Você está na página 1de 47

Capítulo 4

Seqüenciamento,
programação e
controle de
operações
Objetivos da Unidade
 Conhecer os princípios básicos do
seqüenciamento, programação e
controle de operações;
 Escolher regras de seqüenciamento;
 Conhecer o Manufacturing
Execution System.
Conteúdos da Unidade
 Definições e conceitos básicos;
 Manufacturing Execution System;
 Sistemas de seqüenciamento;
 Sistemas de programação;
 Controle de produção e operações;
 Princípios gerais de seqüenciamento
e programação de produção.
O fluxo de informações e PCP
Marketing Planejamento Estratégico
da Produção
Previsão de Plano de

Avaliação de Desempenho
Vendas Produção

Acompanhamento e Controle da Produção


Pedidos em
Carteira
Planejamento-mestre da
Produção
Plano-mestre
Engenharia de Produção
Estrutura do
Produto
Roteiro de Programação da Produção
Fabricação Administração dos Estoques
Seqüenciamento
Emissão e Liberação

Compras Ordens de Ordens de Ordens de


Compras Fabricação Montagem
Pedidos de
Compras

Fornecedores Estoques Fabricação e Montagem

CLIENTES
Seqüenciamento das operações

Refere-se a definir prioridades (a


ordem) segundo as quais as
atividades devem ocorrer num
sistema de operações, no intuito de
atingir um conjunto de objetivos de
desempenho.
Programação das operações

Consiste em alocar no tempo as


atividades, obedecendo ao
seqüenciamento definido e ao
conjunto de restrições considerado.
Controle de operações

Consiste na atividade de coletar e


analisar as informações
retroalimentadas sobre o
desempenho efetivo de um dado
conjunto de funções ou processos.
Controle de operações

Com intuito de monitorar e disparar


sistematicamente ações úteis no
caso de discrepâncias significativas
entre o desempenho efetivo e o
desempenho planejado
(continuamente alterado) e, quando
adequado, parâmetros ou políticas
usadas nessas funções ou processos.
Manufacturing Execution System

SEQÜENCIAMENTO
sistema de
execução da PROGRAMAÇÃO
manufatura
CONTROLE

da produção
Manufacturing Execution System
alocação e
acompanhamento
da situação de
recursos

programação
análise de detalhadas de
desempenho operações

rastreabilidade despacho de
e rastreamento unidades
de produtos produzidas

gestão de
manutenção
PCP controle de
documentação

coleta e
gestão de aquisição de
processos dados

gestão de gestão de
qualidade mão-de-obra
Centro de trabalho

É uma área ou setor de um


negócio no qual recursos são
organizados e o trabalho é
realizado por atividades
agregadoras de valor.
Recursos
computadores

equipamentos

pessoas

máquinas outros elementos que


auxiliem no processo
de agregação de valor
Seqüenciamento
Lead Time da Cadeia de Valor (n processos)

E1 P1 I1 T1 E2 P2 I2 T2 E3 P3 I3 T3 En Pn In Tn

Cada Processo ou Centro de Trabalho

Espera Processamento Inspeção Transporte

Para Programação da Produção Pode chagar a 80%


+ do LT da Cadeia de
Nas Filas de Entrada dos CT Valor
+ Tem relação direta
Para Conclusão do Lote com o seqüenciamento
Arranjo físico funcional (job-shop)
Estoques PC e MP

SM

SM

SM SM

Estoques de PA
Arranjo físico por produto (em linha)
SM MP

TC TC

TC

SM PC SM PC

TC
TC

PA2 SM PA PA1
Complexidade de Programação
em termos de ordens

 As ordens de produção apresentam datas de


entrega diferente
 Cada ordem, geralmente, está em um estado
diferente de realização
 As ordens podem apresentar set-ups com
tempos e atividades variáveis, em função da
ordem anterior
Complexidade de Programação
em termos de ordens

 Cada ordem pode ter roteiros alternativos,


dependendo das características tecnológicas
dos equipamentos
 Os roteiros alternativos podem ter
produtividade diferente
 Cada ordem pode eventualmente ser feita em
máquinas alternativas com eficiências
diferentes
Complexidade de Programação
em termos de ordens

 As ordens podem ser de clientes com


importância relativa diferente
 As ordens podem necessitar de
reprogramações freqüentes, tanto em função
dos clientes quanto de ocorrências não
previstas quanto aos recursos ou às
operações
Complexidade de Programação
em termos de recursos

■ Máquinas quebram, bem como demandam


manutenção
■ Matérias-primas podem não estar sempre e
confiavelmente disponíveis
■ Ferramentas podem não estar disponíveis
■ Podem faltar insumos de produção como
água, gases, ar comprimido, etc.
■ Funcionários podem faltar
Complexidade de Programação
em termos de operações

■ Problemas relacionados à qualidade


geralmente ocorrem, requerendo retrabalhos
■ As operações podem ter tempo de
perecibilidade
■ Operações podem demandar tempo de pós-
produção (cura, secagem, etc.)
Complexidade de Programação
em termos de operações
■ Operações podem ter restrições para definição
de tamanhos de lote
■ Operações podem ser feitas em recursos
gargalo, demandando máxima utilização
■ Operações podem demandar a disponibilidade
simultânea de diversos recursos (ex.: uma
determinada máquina trabalhando com uma
determinada ferramenta ou com um
determinado trabalhador especializado)
Sistemas de seqüenciamento

O processo de decidir que tarefa


fazer primeiro em determinado
centro de trabalho é denominado
seqüenciamento ou definição de
prioridades.
Variáveis de decisão
M3
filas?

M1 M6

prioridade?
abertura? M4

M2
roteiro?
M7

M5
Regras de seqüenciamento
Decisão 1

OF1 OF
Regras para
OF2 Escolhida
escolha
da ordem

OFn

Grupo de OFs Planejadas


Regras de seqüenciamento

QUANTO À ESCOLHA
DA ORDEM A SER
PROCESSADA
regras normalmente baseadas nas
características do item ou lote a ser
produzido, como, por exemplo,
tempo da operação-padrão,
cobertura do estoque, importância
do cliente, etc.
Regras de seqüenciamento
Decisão 2

R1
Regras para OF
R2 Programada
escolha
do recurso
Rn

Grupo de Recursos do CT
Regras de seqüenciamento

QUANTO À ESCOLHA
DO RECURSO A SER
UTILIZADO

o foco das regras de seqüenciamento


é o recurso, como, por exemplo,
tempo de setup, taxa de produção,
capacidade disponível, etc.
Informações para seqüenciamento
 Tempo de processamento da ordem no
centro de trabalho sendo seqüenciado;
 Data prometida de entrega da ordem de
produção;
 Momento de entrada da ordem de
produção;
 Momento de entrada da ordem no
centro de trabalho;
Informações para seqüenciamento
 Importância do cliente solicitante da
ordem;
 Tempo de operação restante – tempo
somado de processamento nas
operações que ainda precisam ser
feitas na ordem;
 Outros.
Percentual de
ordens de produção
completadas no
prazo

Tempo
médio de Níveis de
“atravessamento” utilização de recursos
(tempo médio que as
ordens permanecem
Repercussão (% do tempo durante o
qual os recursos estão
na unidade
produtiva)
Estratégica do sendo efetivamente
utilizados)

Seqüenciamento

Níveis de estoques
em processo na
unidade produtiva
Outros
Regras de seqüenciamento
Regras de seqüenciamento usuais para determinar prioridades em job-shops

Sigla Definição
1 FIFO First in First Out – primeira tarefa a chegar no centro de trabalho é a primeira a ser atendida.
2 FSFO First in the System, First Out – primeira tarefa á chegar à unidade produtiva é a primeira a ser
atendida.
3 SOT Shortest Operation Time – tarefa com menor tempo de operação no centro de trabalho é a
primeira a ser atendida.
5 SOT1 Mesma SOT, mas com limitante de tempo máximo de espera para evitar que ordens longas
esperem muito.
5 EDD Earliest Due Date – a tarefa com a data prometida mais próxima é processada antes.
7 SS Static Slack – folga estática, calculada como “tempo até a data prometida menos tempo de
operação restante”.
8 DS Dynamic Slack – folga dinâmica, calculada como “folga estática dividida pelo número de
operações por executar”.
9 CR Critical Ratio – razão crítica, calculada como “tempo até a data prometida dividido pelo tempo
total de operação restante”.
Regras de seqüenciamento

As regras de seqüenciamento podem


ser classificadas segundo várias óticas
 Estáticas x Dinâmicas
 Locais x Globais
 Prioridades Simples
 Combinações de Prioridades Simples
 Índices Ponderados
 Heurísticas Sofisticadas
Sistemas de programação

 Carregamento infinito X carregamento


finito de recursos
 Programação para trás X programação
para frente no tempo
Carregamento infinito

 Ocorre quando se alocam tarefas a


recursos simplesmente com base nas
necessidades de atendimento de
prazos.
Carregamento finito
 Ocorre quando a programação
considera a utilização de recursos e
sua disponibilidade detalhada no
momento do carregamento e não
programa uma ordem ou atividade para
um período em que não haja
disponibilidade de recursos.
Carregamento finito
Ação do usuário no
método de solução
de problemas

Demanda
(prevista ou
carteira de pedidos)

Sistema
de programação de produção
com capacidade finita

Programa de
Modelagem do produção viável e
sistema produtivo consistente com
objetivos da
Feedback do piso de fábrica empresa

Esquema do funcionamento de um sistema de programação de produção com capacidade finita


Carregamento finito

 Matrizarias (injeção e sopro de plástico,


forjarias, ferramentas de estampo, etc. –
produtos one off)
 Tinturarias complexas
 Litografias complexas
 Gráficas complexas
Carregamento finito
 Empresas que trabalham sob encomenda
(ex.:fabricantes de embalagens e máquinas
especiais)
 Algumas manufaturas de alimentos e
medicamentos (perigo de contaminação de
um produto por outro – matriz de set-up)
 Outras empresas de produção não seriada
Controle de produção e operações

Planejamento/
programação
SOP Shop Floor Control
Capacidade Materiais sistema que se
RCCP MPS utiliza de dados do
chão de fábrica
para manter e
CRP MRP comunicar
informações de
situação corrente
Controle
sobre ordens de
PUR SFC fabricação e
centros de trabalho
SFC
Shop Floor Control

 Definir prioridades para cada ordem de


produção;
 Manter informação sobre quantidades de
estoque em processo;
 Comunicar situação corrente de ordens de
produção para a gestão;
 Prover dados sobre saídas efetivas para
suportar atividades de controle de capacidade
produtiva;
SFC
Shop Floor Control

 Prover informações de quantidade por local


e por ordem de produção para efeito de
controle de estoque em processo
(operacional e contabilmente);
 Prover mensuração de eficiência, utilização
e produtividade da força de trabalho e dos
equipamentos.
Princípios gerais de
seqüenciamento e programação
de produção
 Há uma relação direta entre fluxo de
produção e fluxo de caixa: fluxos mais
rápidos melhoram o fluxo de caixa;
 A eficiência de qualquer sistema de
seqüenciamento e programação deveria
ser medida predominantemente pela
velocidade dos fluxos através da
unidade produtiva;
Princípios gerais de
seqüenciamento e programação
de produção
 Uma vez iniciada, uma tarefa não
deveria ser interrompida;
 Velocidade de fluxos é melhor
aumentada se a ênfase da gestão for
nos centros de trabalho “gargalos”;
 Reprograme o mais freqüentemente
possível;
Princípios gerais de
seqüenciamento e programação
de produção
 Obtenha realimentação da situação das
tarefas nos centros de trabalho o mais
freqüentemente possível, cuidando da
qualidade dessa informação – automação
dos processos de coleta de dados pode
auxiliar;
 Aloque volumes de entrada para os
centros de trabalho, baseado no que o
centro de fato consegue processar;
Princípios gerais de
seqüenciamento e programação
de produção
 Conseguirprecisão absoluta de
informações e parâmetros de fábrica
como lead times, roteiros, tempos-
padrão etc. é impossível, mas precisão
absoluta deve sempre ser enxergada
como meta;
Princípios gerais de
seqüenciamento e programação
de produção
 Use dados históricos da realidade para
corrigir freqüentemente os parâmetros
de lead times, tempos-padrão,
capacidade efetiva dos centros
produtivos, entre outros.
Síntese da Unidade
 Descrevemos os princípios básicos do
seqüenciamento e da programação de
produção;
 Assim como o controle de produção
dessas operações;
 Definimos Manufacturing Execution
System;
 Estudamos os fatores que podem afetar o
seqüenciamento e a programação de
produção e operações.

Você também pode gostar