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SUMÁRIO

1. OBJETIVO..........................................................................................................................................3
2. DADOS DA EMPRESA........................................................................................................................3
3. METODOLOGIA DE TRABALHO.........................................................................................................3
4. MÉTODO DE AVALIAÇÃO..................................................................................................................4
5. RESULTADOS.....................................................................................................................................4
5.1. NÍVEL DE AÇÃO (NA)..............................................................................................................4
5.2. ÍNDICE DE EXPOSIÇÃO (IE).....................................................................................................5
5.3. LIMITE DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL...................................................................................6
RESULTADOS DA AVALIAÇÃO AMBIENTAL..............................................................................................9
AGENTE QUÍMICO: NÍQUEL..............................................................................................................9
Setor: Produção Química..................................................................................................................9
AGENTE QUÍMICO: MANGANÊS......................................................................................................10
Setor: Produção Química................................................................................................................10
AGENTE QUÍMICO: CIANETO GASOSO............................................................................................11
Setor: Produção Química................................................................................................................11
AGENTE QUÍMICO: FLUORETO DE HIDROGÊNIO.............................................................................12
Setor: Produção Química................................................................................................................12
AGENTE QUÍMICO: ÁCIDO CLORIDRICO..........................................................................................13
Setor: Produção Química................................................................................................................13
1. CONCLUSÃO....................................................................................................................................14
2. MEDIDAS DE PROTEÇÃO.................................................................................................................15
3. MEDIDAS RELATIVAS AO PESSOAL.................................................................................................21
4. BIBLIOGRAFIA:................................................................................................................................22
5. ANEXO.............................................................................................................................................23
ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Esquema de um sistema de ventilação local exaustora................................................15


Figura 2 - Tipos de captores (coifas).............................................................................................16
Figura 3 - Sistema de dutos...........................................................................................................17
Figura 4 - Ventilador axial............................................................................................................18
Figura 5 - Ventilador centrífugo....................................................................................................18
Figura 6 - Axial propulsor.............................................................................................................19
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LAUDO DE ANÁLISE QUÍMICA


1. OBJETIVO

Avaliação das condições de exposição ocupacional aos agentes químicos, durante as


operações de desenvase de HF nos setores determinados pela empresa.

2. DADOS DA EMPRESA

Empresa: TRATHO METAL QUÍMICA LTDA.

Endereço: Rod Presidente Dutra – S/N – Km 204, Bairro do Portão, Arujá – SP


CEP 07431-000

CNPJ: 18.001.764/0001-67

Ramo de Atividade: Comércio atacadista de outros produtos químicos e petroquímicos


não especificados anteriormente.

CNAE: 24.52-1-00

Grau de Risco: 4

3. METODOLOGIA DE TRABALHO

Em todas as etapas do trabalho foram empregadas metodologias validadas e de


acordo com as recomendações e protocolos do NIOSH (National Institutte for
Occupational Safety and Health) USA; OSHA (Occupational Safety and Health
Administration) USA e ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) BRASIL.
A seguir, descrevem-se de forma sucinta, as técnicas e metodologias empregadas na
realização do presente trabalho.
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4. MÉTODO DE AVALIAÇÃO

As avaliações foram realizadas nos setores determinados pela empresa. Foi realizada
a medição através de amostragem ativa, pelos métodos NIOSH determinados para
cada agente químico, com uso de equipamentos específicos para cada agente, sendo:

 K-7 COM MEMBRANA DE MCE DE 25 MM MONTADA EM MOSTRADOR TIPO IOM


MÉTODO REF. MDHS 14/3 Nº 15797
 K-7 COM MEMBRANA DE MCE DE 25 MM MONTADA EM AMOSTRADOR TIPO IOM
MÉTODO REF. MDHS 14/3 Nº 15812
 K IMPINGER C/ KOH 0,1 N E MEMBRANA DE MCE Nº CIA 8860 A / B
 AMOSTADOR TIPO K-7 DE MCE TRATADO COM NACO3
 AMOSTADOR TIPO K-7 DE MCE TRATADO COM NACO3 Nº FL 0552
 K-7 COM MEMBRANA DE FIBRA DE VIDRO TRATADO COM CARBONATO DE SÓDIO Nº
QZ 5084

O material coletado foi posteriormente encaminhado para o laboratório CASA VERDE


QUÍMICA PRÓ-AMBIENTE, onde foram aplicados métodos para quantificar os
agentes analisados, cujo resultado segue na sequência.

5. RESULTADOS

Os resultados são apresentados em tabelas separadas por agente químico e por


função. A comparação dos resultados não é feita exclusiva e diretamente com os
Limites de Exposição Ocupacional (LEO), sendo necessário introduzir os conceitos de
Nível de Ação (NA) e de Índice de Exposição (IE).

5.1. NÍVEL DE AÇÃO (NA)

Nível de Ação do ponto de vista técnico, e conforme definido na legislação brasileira,


deve ser considerado como o nível de concentração ambiental; representativo da
zona respiratória de um trabalhador, a partir do qual, o mesmo é considerado
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exposto ao agente, e ações de Monitorização Ambiental, Biológica e de Vigilância da


Saúde, deve ser iniciada.
De uma forma geral, este nível é por convenção, 50% do LEO. Mas em trabalhos mais
aprofundados, a partir de avaliações ambientais completas, o mesmo é calculado
experimentalmente e é função do desvio padrão geométrico das concentrações.

Ao se encontrar um valor acima do NA em uma avaliação preliminar, tendo-se em


conta a variabilidade das concentrações ao longo do tempo, há possibilidade de pelo
menos, 5% dos valores reais estarem acima do próprio LEO em um dia não avaliado.
No caso específico de operações de soldagem, ensaios já realizados em atividades
deste tipo, constataram que o NA é de 0,15; ou seja, são considerados expostos
todos os soldadores com resultados acima de 15% do LEO ou do IE.

5.2. ÍNDICE DE EXPOSIÇÃO (IE)

Na avaliação de um agente químico isolado o IE é definido como a razão entre o


resultado obtido e o correspondente LEO. O IE facilita a interpretação dos resultados
quando não se têm em mente todos os limites envolvidos, pois na prática, representa
a porcentagem que determinado resultado está em relação ao respectivo limite de
exposição.
Embora situações ocorram comumente em operações de soldagem, onde temos
mistura de fumos metálicos, de toxidade aditiva ao nível do aparelho respiratório,
ocasionando alterações nas provas de função pulmonar e pré-dispondo a doenças
pulmonares. É presenciada também na exposição à mistura de solventes, que
produzem um efeito combinado no sistema nervoso central.

Nestes casos deve ser considerada a exposição de forma global a todos os


componentes, que igualmente pode ser estimada por intermédio do índice de
exposição, agora calculado a partir da seguinte fórmula:
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C1 C2+
IE = L1 L2

ONDE: IE = ÍNDICE DE EXPOSIÇÃO


C1 = CONCENTRAÇÃO MEDIDA DO COMPONENTE - 1
L1 = LIMITE DE EXPOSIÇÃO DO COMPONENTE - 1

Quando o índice de exposição (IE) for superior a 1, tem-se uma exposição excessiva
(acima do limite global). Visando à segurança em sua utilização, foram empregados
os menores limites de exposição listados nas correspondentes tabelas e calculados os
IE apresentados nas tabelas de resultados.

5.3. LIMITE DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL

A presença de agentes químicos, físicos ou biológicos no ambiente de trabalho


oferecem risco à saúde dos trabalhadores. Entretanto, o fato de estarem expostos a
estes agentes agressivos não implicam, obrigatoriamente, que estes trabalhadores
venham a contrair uma doença do trabalho.

Para que os agentes causem danos à saúde, é necessária que estejam ACIMA de uma
determinada concentração ou intensidade, e que o TEMPO DE EXPOSIÇÃO a esta
concentração ou intensidade seja suficiente para uma atração nociva destes agentes
sobre o ser humano.

Denominamos “LIMITE DE TOLERÂNCIA” aquelas concentrações dos agentes


químicos presentes no ambiente de trabalho, sob as quais os trabalhadores podem
ficar expostos durante toda a sua vida laboral, sem sofrer efeitos a sua saúde.
Para cada agente químico, são fornecidos vários limites, obtidos a partir de diversas
fontes:
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- LIMITE DE TOLERÂNCIA: legislação brasileira de 1977. Valores geralmente


desatualizados e não cobrem todas as substâncias avaliadas, deve-se empregá-los
somente em casos que envolvam questões legais.

- OSHA (Ocupational Safety and Health Administration): é o organismo oficial de


controle da saúde nos Estados Unidos da América, que estabelece legalmente o PEL
(limite de exposição permitido) naquele país:

- ACGIH (American Conference of Governmental Industrial Hygienists): estabelece


os TLVs (Thershold Limit Value), que é a concentração obtida como média ponderada
no tempo, abaixo da qual a maioria dos trabalhadores podem ficar expostos,
repetidas vezes, dia após dia, sem resultar em efeito adverso à sua saúde. Fornece os
valores atualizados e baseados nas melhores informações científicas disponíveis. São
os escolhidos do ponto de vista técnico, sendo tomados como referência a nível
mundial.
- PEL – TWA (Time Weighted Average): é a concentração média ponderada no
tempo, que não poderá ser ultrapassada, em oito horas de trabalho, em jornada de
40,0 horas semanais.

- PEL – STEL (Short Term Exposure Limit): é o limite de exposição máxima permitido
acima do limite de tolerância PEL-TWA, por um período de até 15 minutos, desde que
a média ponderada de todas as exposições durante a jornada diária não seja
ultrapassada.

- MAK: legislação alemã, apresenta indicações para exposição de curta duração para
quase todas substâncias; limites bastante atualizados e bem fundamentados.
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Na comparação dos resultados de avaliação ambiental e os respectivos limites de


exposição, deve ter-se em conta os diversos fatores intervenientes na exposição de
um trabalhador a um dado agente químico. Sendo que os limites devem ser tomados
como guia de orientação, e não uma linha divisória rígida entre uma condição segura
e outra de risco.

Observar ainda, que os limites de exposição são estabelecidos para substâncias


puras, fato que dificilmente se observa na prática. Portanto, é necessário considerar
a interação de efeitos tóxicos nas misturas utilizadas industrialmente.

Não desconsiderar as implicações relativas à frequência da exposição, duração da


mesma e da jornada de trabalho, que podem aumentar ou diminuir a absorção; deve-
se ainda estudar as implicações da exposição alternada com outras substâncias.
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RESULTADOS DA AVALIAÇÃO AMBIENTAL

AGENTE QUÍMICO: NÍQUEL

Setor: Produção Química

Funcionário: LEANDRO BENEDITO FRANCO


Função: Auxiliar de Produção
Data da amostragem: 16/03/2021
Método: NIOSH 7303
Analise: Níquel
Vazão: 2 litros / minuto
Tempo de amostragem: 30 minutos
Volume de ar amostrado: 60 litros
N° do amostrador: K-7 COM MEMBRANA DE MCE DE 25 mm MONTADA EM
MOSTRADOR TIPO IOM MÉTODO REF. MDHS 14/3 Nº 15797

LIMITES (ACGIH-2019) NR-15


RESULTADO
AGENTE QUÍMICO TWA STEL / TETO (C) ANEXO 11
ppm mg/m3 ppm mg/m 3
ppm mg/m 3 ppm mg/m3
Níquel NE ND NE 1,5 I NE NE NE NE
*ND= não detectável
*NE= não estabelecido
*I= Fração Inalável
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AGENTE QUÍMICO: MANGANÊS

Setor: Produção Química

Funcionário: LEANDRO BENEDITO FRANCO


Função: Auxiliar de Produção
Data da amostragem: 16/03/2021
Método: NIOSH 7303
Analise: Manganês
Vazão: 2 litros / minuto
Tempo de amostragem: 10 minutos
Volume de ar amostrado: 20 litros
N° do amostrador: K-7 COM MEMBRANA DE MCE DE 25 mm MONTADA EM
AMOSTRADOR TIPO IOM MÉTODO REF. MDHS 14/3 Nº 15812

LIMITES (ACGIH-2019) NR-15


RESULTADO
AGENTE QUÍMICO TWA STEL / TETO (C) ANEXO 11
ppm mg/m3 ppm mg/m 3
ppm mg/m 3 ppm mg/m3
Manganês NE ND NE 0,1 I NE NE NE 1
*ND= não detectável
*NE= não estabelecido
*I= Fração Inalável
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AGENTE QUÍMICO: CIANETO GASOSO

Setor: Produção Química

Funcionário: FERNANDO PEREIRA DA COSTA


Função: Encarregado de Produção
Data da amostragem: 16/03/2021
Método: NIOSH 7904
Analise: Cianeto Gasoso
Vazão: 1 litros / minuto
Tempo de amostragem: 145 minutos
Volume de ar amostrado: 145 litros
N° do amostrador: K IMPINGER C/ KOH 0,1 N E MEMBRANA DE MCE Nº CIA
8860 A / B

LIMITES (ACGIH-2019) NR-15


RESULTADO
AGENTE QUÍMICO TWA STEL / TETO (C) ANEXO 11
ppm mg/m3 ppm mg/m 3
ppm mg/m 3 ppm mg/m3
Cianeto Gasoso 2,81 ND 4,7 NE NE NE 8 9
*ND= não detectável
*NE= não estabelecido
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AGENTE QUÍMICO: FLUORETO DE HIDROGÊNIO

Setor: Produção Química

Funcionário: FERNANDO PEREIRA DA COSTA


Função: Encarregado de Produção
Data da amostragem: 18/03/2021
Método: NIOSH 7906
Analise: Fluoreto De Hidrogênio
Vazão: 2 litros / minuto
Tempo de amostragem: 110 minutos
Volume de ar amostrado: 220 litros
N° do amostrador: AMOSTADORTIPO K-7 DE MCE TRATADO COM NaCO3
Nº FL 0552

LIMITES (ACGIH-2012) NR-15


RESULTADO
AGENTE QUÍMICO TWA STEL / TETO (C) ANEXO 11
ppm mg/m3 ppm mg/m 3
ppm mg/m 3 ppm mg/m3
Fluoreto de Hidrogênio 2,15 ND 1 NE NE NE NE NE
*ND= não detectável
*NE= não estabelecido
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AGENTE QUÍMICO: ÁCIDO CLORIDRICO

Setor: Produção Química

Funcionário: CLEITON ANDERSON PEREIRA DA SILVA


Função: Auxiliar de Produção
Data da amostragem: 18/03/2021
Método: NIOSH 7903
Analise: Ácido Clorídrico
Vazão: 2 litros / minuto
Tempo de amostragem: 40 minutos
Volume de ar amostrado: 80 litros
N° do amostrador: K-7 COM MEMBRANA DE FIBRA DE VIDRO TRATADO
COM CARBONATO DE SÓDIO Nº QZ 5084

LIMITES (ACGIH-2012) NR-15


RESULTADO
AGENTE QUÍMICO TWA STEL / TETO (C) ANEXO 11
ppm mg/m3 ppm mg/m 3
ppm mg/m 3 ppm mg/m3
Ácido Clorídrico 10,54 14,49 2 NE NE NE 4 5,5
*ND= não detectável
*NE= não estabelecido
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1. CONCLUSÃO

Os resultados obtidos da avaliação ambiental dos produtos químicos analisados se


apresentaram abaixo do limite de tolerância estabelecido nos anexos 11 da NR-15 da
Portaria 3.214/78 e nas Normas STEL e TWA da ACGIH.

Para os casos em que a concentração de produtos químicos no ambiente se manteve


abaixo dos Limites de Tolerância ou não atingiram o limite mínimo para
quantificação, recomendamos o controle periódico dos processos de trabalho e
procedimentos operacionais, a fim de evitar que qualquer mudança não previamente
informada possa alterar a realidade dos resultados apresentados no Laudo.

Recomendamos a reavaliação bienal do monitoramento ambiental ou em caso de


alterações no processo de trabalho.

Com isto a empresa poderá ter uma série histórica de dados da exposição
ocupacional, que permitirá introduzir medidas de controle sempre que necessária e
no futuro, estabelecer ou refutar o nexo causal entre trabalho e agravos a saúde dos
operadores.
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2. MEDIDAS DE PROTEÇÃO

a) Ventilação local exaustora

A ventilação local exaustora tem como objetivo principal captar os poluentes de uma fonte
(gases, vapores ou poeiras tóxicas) antes que os mesmos se dispersem no ar do ambiente de
trabalho, ou seja, antes que atinjam a zona de respiração do trabalhador. A ventilação de
operações, processos e equipamentos, dos quais emanam poluentes para o ambiente, é
uma importante medida de controle de riscos.
De forma indireta, a ventilação local exaustora também influi no bem-estar, na eficiência e
na segurança do trabalhador, por exemplo, retirando do ambiente uma parcela do calor
liberado por fontes quentes que eventualmente existam. Também no que se refere ao
controle da poluição do ar da comunidade, a ventilação local exaustora tem papel
importante. A fim de que os poluentes emitidos por uma fonte possam ser tratados em um
equipamento de controle de poluentes (filtros, lavadoras, etc.), eles têm de ser captados e
conduzidos a esses equipamentos, e isso, em grande número de casos, é realizado por esse
sistema de ventilação.
Basicamente, um esquema de instalação de um sistema de ventilação local exaustora é o
seguinte.

Figura 1 - Esquema de um sistema de ventilação local exaustora.


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Figura 2 - Tipos de captores (coifas)


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Sistema de dutos

Figura 3 - Sistema de dutos.

Ventiladores

São os responsáveis pelo fornecimento de energia ao ar, com a finalidade de movimentá-lo,


quer seja em ambientes quer seja em sistema de dutos.
A função básica de um ventilador é, pois, mover uma dada quantidade de ar por um sistema
de ventilação a ele conectado.
Assim o ventilador deve gerar uma pressão estática suficiente para vencer as perdas do
sistema e uma pressão cinética para manter o ar em movimento.
Basicamente, há dois tipos de ventiladores: os axiais e os centrífugos, conforme a figuras
abaixo.
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A). Axial

Figura 4 - Ventilador axial.

Tipo de ventilador axial

O ventilador de hélice (Figura 5) consiste em uma hélice montada muna armação de


controle de fluxo, com o motor apoiado por suportes normalmente presos à estrutura dessa
armação. O ventilador é projetado para movimentar o ar de um espaço fechado a outro a
pressões estáticas relativamente baixas. O tipo de armação e posição da hélice tem
influência decisiva no desempenho do ar e eficiência do próprio ventilador.

B) centrífugo

Figura 5 - Ventilador centrífugo.


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Ventiladores centrífugos

Um ventilador centrífugo (Figura 10b) consiste em um rotor, uma carcaça de conversão de


pressão e um motor. O ar entra no centro do rotor em movimento na entrada, e acelerado
pelas palhetas é impulsionado da periferia do rotor para fora da abertura de descarga.

a). Axial propulsor: É tipo mais barato para mover grandes volumes de ar a baixas pressões,
sendo frequentemente utilizado para circulação de ar ambiente.

Figura 6 - Axial propulsor

b). Axial comum: Possui ampla calota central, que possibilita sua utilização a pressões mais
elevadas. É frequentemente usado em ventilação de minas subterrâneas e, em algumas
ocasiões, em indústrias. Nesse tipo de ventilador, a forma das pás é muito importante, e eles
não devem ser usados onde haja risco de erosão e corrosão.

c) Tubo-axial: Trata-se de um propulsor, com pás mais grossas mais largas, colocado dentro
de um tubo, o que permite direta conexão como dutos.
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Figura 7 - Tubo axial

d). Centrífugas pás para trás: Possui duas importantes vantagens: 1ª - apresenta maior
eficiência e autolimitação de potência. Isso significa que, se o ventilador está sendo usado
em sua máxima potência, o motor não será sobrecarregado por mudanças de sistema de
dutos. É um ventilador de alta eficiência e silencioso, se trabalhar num ponto adequado.

Figura 8 - Centrífugo com pás para trás

e). Centrífugo, pás radiais: Um ventilador robusto, para movimentar efluentes com grande
carga de poeira, poeiras pegajosas e corrosivas. Apresenta menores possibilidades de
"afogar", sendo usado para trabalhos mais pesados. A eficiência desse tipo de ventilador é
baixa, e seu funcionamento, barulhento.

Figura 9 - Centrífugo com pás radiais.


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f) - Centrífugas pás para frente: Mais eficiente, tem maior capacidade exaustora a baixas
velocidades, e não é adequado para trabalhos de alta pressão nem para altas cargas de
poeira, apresentando problemas freqüentes de corrosão, se mal utilizado.

Figura 10 - Centrífugo com pás para frente.

3. MEDIDAS RELATIVAS AO PESSOAL

a) Equipamento de Proteção Individual - EPI

Os EPI’s devem ser sempre considerados como uma segunda linha de defesa, ou seja, após
esgotadas todas as medidas de controle relativas ao ambiente. O uso de EPI’s assim como as
limitações que eles oferecem na proteção, são aspectos que o pessoal deve conhecer
através de treinamento, coordenado pelo Departamento Técnico de Engenharia de
Segurança.
Exemplo: Máscara com filtro para vapores orgânicos, creme protetor de pele, óculos de
segurança, luvas.

b) Educação e Treinamento

A conscientização do trabalhador quanto aos riscos inerentes às formas operacionais


adequadas que garantem a efetividade das medidas de controle adotadas além do
treinamento em procedimento de emergência, noções de primeiros socorros e medidas de
urgência adequadas a cada ambiente de trabalho específico, são de suma importância.
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c) Controle Médico - Portaria nº 3.214/78 do MTb (NR-7)

Exames médicos pré-admissionais e periódicos constituem medidas fundamentais, de


caráter permanente. Os exames pré-admissionais apresentam características
importantíssimas de seleção ocupacional. Os exames médicos periódicos dos trabalhadores
possibilitam além de um controle de saúde geral do pessoal, a detecção de fatores que
podem levar a uma doença profissional, assim como será uma forma de avaliar a efetividade
dos métodos de controle empregados.

4. BIBLIOGRAFIA:

1. Manual de Toxicologia Industrial - R.R. Plunket – 1974;


2. Higiene Ocupacional – Senac – Ezio Brevigliero, José Possebon e Robson Spinelli
3. TLVs e BEIs da ACGIH - Edição 2012 – Tradução Associação Brasileira de Higienistas
Ocupacionais - ABHO
4. MINISTÉRIO DO TRABALHO. Segurança e Medicina do Trabalho: Lei nº 6.514, de 22 de
dezembro de 1977, normas regulamentadoras aprovadas pela Portaria nº 3.214 do
Ministério do Trabalho, de 8 de junho de 1978. Em Manuais de legislação Atlas, 67ª Ed.
São Paulo: Atlas (2011).

Guarulhos, abril de 2.021.

__________________ __________________
DIEGO S. F. SOUZA DAIANE R. S. BARBOSA
Eng. de Segurança do Trabalho Téc. de Segurança do Trabalho
CAU/SP: nº A61797-0 MTE nº 0108636/SP
Pág. 23

5. ANEXO

CERTIFICADO DE CALIBRAÇÃO
ATESTADO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA

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