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Fichamento: “Bauhaus”- GROPIUS, Walter e “Por uma Arquitetura”- Le Coubusier

Walter Gropius, em geral, decorre seu texto sobre como se obteve a criação da escola
Bauhaus, trazendo suas metodologias e questionamentos da época, por ser a concepção
de uma escola inovadora para tal geração.
O autor incia seu texto, salientando como a diversidade é a “fonte vital de verdade
democracia” e que, não há um estilo universal, trazendo críticas ao modernismo, seu
monotonismo e conjuntos pré fabricados.

Para chegar a Bauhaus, o autor afirma a necessidade da completa harmonia nas funções
técnico-praticas que proporcionam formas que podem suscitar beleza, bem como a
responsabilidade do arquiteto de produzir uma arquitetura ligada a natureza, e que reflita
a época, para assim fugir de falsas aparências e imitações. Os estudantes eram
preparados de uma forma inovadora, em uma época inovadora, onde devia haver união
entre o artesão e o maquinário, de forma inovadora e criativa, onde o maquinário serviria
de apoio. Sendo assim, a ideia era uma escola que abrangesse a vida e a natureza
humana, como uma “comunidade de trabalho criativo”, onde a intenção era
reestabelecer a conecção do artista criador com o mundo real.
Walte afirma que “a meta da bauhaus não constituia em propagar um “estilo” qualquer,
mas em exercer uma influencia viva no design (...) nossos esforços visavam a descobrir
uma nova postura, que deveria desenolver uma consiência criadora nos participantes,
para finalmente levar uma nova concepção de vida”.
Gropius tem uma linguagem técnica e objetiva ao se tratar de seus metodos, enquanto
“Por uma arquitetura” de Le Corbusier trás uma linguagem mais poética quando se refere
a arquitetura.
Corbusier inicia seu texto com uma questão cotidiana no parametro da construção civil,
as relações e diferenças e funções entre o arquiteto e engenheiro. Onde, a arquitetura,
por ser uma profissão artistica e que, em tese, pode ser substituida pelo engenheiro, tem
uma função difetente, de emocionar, admirar, onde ela consiste em “relações”, e é pura
criação do espírito.
No texto de Gropius, ele se atenta a explicar a formação da escola Bauhaus, suas
metodologias e a forma de pensar a arte. Já Le Corbusier, ao fazer um paralelo entre estes
textos, parte dos princípios da arquitetura, para ele, definidos pelo volume, superfície e
planta, e, também, o padrão de traçados reguladores aplicados na arquitetura. Onde, as
relações da arquitetura como o volume e a superficie são elementos que se manifestam a
arquitetura, e determinados pela planta.
O autor trás exemplos do período clássico como Pathernon e Acrópole de Athenas, para
exemplificar estes conceitos, como seus volumes se comportam e as determinações da
planta.
O texto atua como uma receita de arquitetura, exibindo soluções urbanisticas e
arquitetônicas para as cidades, seguindo um padrão por volume, superfície e planta, bem
como traçados reguladores.
O autor de “Por uma Arquitetura” claramente defende o movimento moderno onde acha
que o funcionalismo resolveria às necessidades do homem moderno. Assim como defende
a inovação que resultaria cada vez mais em criar elementos simples e econômicos como
plantas de geometria primitiva, no qual proporcionaria uma visão mais ampla da
arquitetura, pois a planta que define seu volume.
Le Corbusier queria que, os arquitetos aprendessem assim como os engenheiros, que
através dos cálculos seguem uma lei onde a mesma podia se adaptar a arte e, assim criar
uma harmonia entre elas. Sendo assim, em sua visão de mundo, uma boa arquitetura
mesclava ensinamentos da engenharia, do calculo, do racionamento e precisão,
juntamente com as concepções de forma (o volume, a superficie e a planta) para assim
obter um bom resultado, e não apenas meramente artistico.
É possivel compreender que os assuntos dos dois textos se tangenciam, quando buscam
uma forma de ensinar e entender a arquitetura. Há uma semelhança na junção da técnica
com a arte em ambos pensamentos, contudo para Gropius, a arquitetura é uma arte, e
critica parametros modernistas ao defender uma arte única, onde o arquiteto deve criar
suas características partindo de ensinamentos com artesãos e designs. Já Corbusier tenta,
de certa forma, gerar uma receita para uma boa arquitetura, se baseando nos conceitos
da engenharia e de uma arquitetura racional e defendendo a arquitetura modernista.

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