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1. DEFINIÇÃO DE ARTE
Criação humana com valores estéticos (beleza, equilíbrio, harmonia, revolta) que sintetizam as suas emoções,
sua história, seus sentimentos e a sua cultura. É um conjunto de procedimentos utilizados para realizar obras, e no
qual aplicamos nossos conhecimentos. Apresenta-se sob variadas formas como: a plástica, a música, a escultura, o
cinema, o teatro, a dança, a arquitetura etc. Pode ser vista ou percebida pelo homem de três maneiras:
visualizadas, ouvidas ou mistas (audiovisuais). Hoje, alguns tipos de arte permitem que o apreciador participe da
obra. O artista precisa da arte e da técnica para comunicar-se.
A Estética é a parte da filosofia voltada para a reflexão a respeito da beleza sensível e do fenômeno artístico. Em
grego, arte se diz téchne, daí a palavra técnica. O termo téchne é derivado do verbo tíktein, que, originalmente, se
refere ao ato de dar à luz, ou seja, criar. Etimologicamente, a palavra arte deriva do vocábulo latino ars, “maneira de
ser ou de agir, habilidade natural ou adquirida, arte, conhecimento técnico (por oposição ao latim natúra ‘habilidade
natural’), tudo que é de indústria humana, ciência, ofício, instrução, conhecimento, saber, profissão, destreza,
perícia, habilidade, gênio, talento, qualidades adquiridas” (HOUAISS).
O mundo da arte é concreto e vivo podendo ser produzido, apreciado e compreendido. Através da experiência
artística o ser humano desenvolve sua imaginação e criação aprendendo a conviver com seus semelhantes,
respeitando as diferenças e sabendo modificar sua realidade. A arte é uma das primeiras manifestações da
humanidade como forma do ser humano marcar sua presença criando objetos e formas (pintura nas cavernas,
templos religiosos, roupas, quadros, filmes etc.) que representam sua vivência no mundo, comunicando e
expressando suas ideias, sentimentos e sensações para os outros. Desta maneira, quando o ser humano faz arte,
ele cria um objeto artístico que não precisa nos mostrar exatamente como as coisas são no mundo natural ou vivido
e sim, como as coisas podem ser, de acordo com a sua visão. A função da arte e o seu valor, portanto, não estão
no retrato fiel da realidade, mas sim, na representação simbólica do mundo humano.
Portanto, para apreciarmos a arte é necessário aprender sobre ela. Aprender a observar, a analisar, a refletir, a
criticar e a emitir opiniões fundamentadas sobre gostos, estilos, materiais e modos diferentes de fazer arte.
Introdução ao Estudo da Arte.
VOCÊ, O APRECIADOR
Exige esforço, dedicação e diálogo com o
trabalho, então pergunte-se:
Qual é o tema?
O ARTISTA O TRABALHO Quais são os materiais utilizados?
A obra tem título?
Pode ter uma mensagem (obra de arte) Quando e onde foi feita?
e toma decisões Qual o seu tamanho?
Quais são as suas cores?
Como são as suas formas?
Você gosta?
Como ela faz se sentir?
Já viu algo parecido?
O primeiro elemento é o artista, aquele que cria a obra, partindo do seu conhecimento concreto, abstrato e
individual transmitindo e expressando suas ideias, sentimentos, emoções em um objeto artístico (pintura, escultura,
desenho etc) que simbolize esses conceitos. Para criar a obra o artista necessita conhecer e experimentar os
materiais com que trabalha, quais as técnicas que melhor se encaixam à sua proposta de arte e como expor seu
conhecimento de maneira formal no objeto artístico.
O outro elemento é o observador, que faz parte do público que tem o contato com a obra, partindo num
caminho inverso ao do artista – observa a obra para chegar ao conhecimento de mundo que ela contém. Para isso
o observador precisa de sensibilidade, disponibilidade para entendê-la e algum conhecimento de História e História
da Arte, assim poderá entender o contexto em que a obra foi produzida e fazer relação com o seu próprio contexto.
Por fim, a obra de arte ou o objeto artístico, faz parte de todo o processo, indo da criação do artista até o
entendimento e apreciação do observador. A obra de arte guarda um fim em si mesma, sem precisar de um
complemento ou “tradução” desde que isso não faça parte da proposta do artista.
EXERCÍCIO 01
1. A partir do texto em estudo, qual foi o seu entendimento sobre o conceito de arte?
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2. Quais são os elementos necessários para existir a arte?
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3. Descreva o que seja artista, observador e obra-de-arte
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O processo de criação do artista é a parte mais valiosa da obra. Lógico que o produto final é importante, mas é
durante o início e o término da obra que estão suas inquietações, erros e acertos, dúvidas e certezas, vontade de
mudar tudo e o mais importante os seus questionamentos. Todo artista se pergunta no seu processo de criação, ou
pelo menos deveria se perguntar:
O que eu quero dizer com essa obra?
A obra final de um artista não é o ápice de sua criação, mas descobrir já durante o processo que impactos irão
causar no seu público. O artista vive a obra somente enquanto ela está sendo produzida, pois quando é finalizada
quem passa a vivenciá-la é o fruidor, o contemplador de sua obra. Os processos de criação na atualidade estão
sendo cada vez mais valorizados, pois é o instante do autor com sua obra. A construção da obra é um lugar que
tem vários caminhos e isso é prazeroso tanto para quem faz como para quem vê. Mas no campo de investigação
dos processos de criação, existem muitos equívocos. Primeiro, o processo de criação é, antes de tudo, busca por
um produto final que ainda não se sabe claramente o que é, mas que se tem uma noção de onde se quer chegar.
Segundo, mostra de processos não são explicativos do que é processo. Terceiro não se deve ignorar o público
assistindo. Os processos criativos são fragmentos que gosto ou mostram onde “até aqui cheguei, mas ainda não é
isso que quero”. Talvez a palavra mais próxima que defina o que vem a ser processo criativo é possibilidades.
Exemplos de processos de criação em diferentes linguagens:
TEXTO
(...) Cada artista tem seu tempo de criação. É difícil saber quando começa a gravidez e quando se dá o parto.
Há pintores que são permanentemente prenhes, parindo ninhadas como era o caso de Picasso. Eu, antes de iniciar
a viagem – o quadro -, consulto minha bússola interior e traço o rumo. Mas, quando estou no mar grosso, sempre
sopra um vento forte que me desvia da rota preestabelecida e me leva a descobrir o novo quadro. Todo criador é
um Pedro Álvares Cabral. (...)
(In: Camargo, Iberê, Gaveta dos Guardados, São Paulo: EDUSP, 1998. p.31-36.)
ARTES VISUAIS
● Marulho (1997-2006) - Cildo Meireles
(...) fotografias de mar em centenas de livros abertos que cobrem o chão, sob um deck de madeira (um píer) na
instalação de Cildo Meireles, que se complementa com reprodução em áudio da palavra água enunciada por
crianças e adultos em 80 línguas
diferentes.
TEATRO
Cia. Caixa de Fuxico - A Batalha dos Encantados (2007)
"O espetáculo foi criado a partir da pesquisa sobre os
orixás, da pesquisa com objetos, das imagens que esses
orixás trazem em suas narrativas e da música sempre
pesquisada ao vivo por músicos experientes. Por exemplo,
Euá é uma orixá que se transforma em rio, então pesquisamos
suas características: é a bruma, a névoa, a transformação da
água, a poesia entre outras imagens. A criação da cena surgiu
através do repertório comum que tínhamos eu [Andrea
Cavinato] e a musicista [Márcia Fernandes], dos nossos
tempos de vivência no Teatro Ventoforte: dar forma às
imagens com panos, com cor, com movimento e com música.
Essa cena da foto é, especificamente, quando Euá 'nasce'
como orixá, ou seja, deixa de ser humana e passa a ser uma
força da natureza, uma fonte que jorra e se transforma em rio."
DANÇA
Terpsí Teatro de Dança - E la nave no va II
A imagem da coreografia do Terpsí Teatro de Dança mostra como objeto
cênico um tacho de lavar roupa.
Balé da Cidade de São Paulo - Baile na Roça: coreografia para Portinari (1998)
Baile na roça é o título que Cândido Portinari deu à primeira tela em que retratou o Brasil, pintando uma típica
festa popular de sua cidade natal no interior de São Paulo,
Brodósqui. A obra foi rejeitada pelo Salão Oficial da Escola
de Belas Artes do Rio de Janeiro, pelas inovações técnicas
incorporadas pelo pintor. Baile na roça é também o nome do
espetáculo que o Balé da Cidade de São Paulo remonta
neste ano para comemorar os cem anos desse pintor
brasileiro que sempre buscou as raízes de seu país.Mas as
relações entre Portinari e a dança estão longe de se esgotar
neste nome. Além de pintar variadas telas sobre bailes e
festas de sua terra, ele ainda estendeu sua arte para os
figurinos e os cenários do balé Iara, apresentado no Brasil
A obra Baile na Roça, de Cândido Portinari, inspirou a criação do em 1946 pelo Original Ballet Russe.
espetáculo, para o Balé da Cidade de São Paulo
EXERCÍCIO 02
1. O que é o processo de criação em arte, segundo Layo Bulhão?
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2. O processo de criação artístico se dá em diferentes linguagens, quais são elas segundo o texto?
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3. Quais são os equívocos que existem no campo da investigação do processo de criação em artes?
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3. ARTE NA PRÉ-HISTÓRIA
Ao pensarmos no início da história do Brasil, em geral nos vem à mente o ano de 1500, ano da chegada dos
portugueses. Mas o território brasileiro já era habitado por povos indígenas havia milhares de anos. Sabemos deles
por meio de vestígios arqueológicos: fragmentos de ossos e de objetos, desenhos e pinturas gravados em rochas.
Entre desenhos e pinturas rupestres encontrados no Brasil, destacam-se os do sitio arqueológico localizado em
São Raimundo Nonato, Piauí. Em 1978, foi coletada no local grande quantidade de vestígios arqueológicos.
Segundo as pesquisas, os primeiros habitantes da região usavam as grutas como abrigo ocasional e foram os
autores das obras ali pintadas e gravadas. Outros sítios arqueológicos importantes no Brasil, por exemplo, em
Pedra Pintada, no Pará, e em Peruaçu e Lagoa Santa, em Minas Gerais.
Pesquisadores classificam a arte rupestre no Brasil em dois grandes grupos: os de obras com motivos
naturalistas e obras com motivos geométricos. No grupo dos motivos naturalistas predominam representações de
figuras humanas, isoladas ou em grupo, em cenas de caça, guerra e trabalhos coletivos. Há também figuras de
animais: em geral onças, veados, pássaros diversos, peixes e insetos. As figuras com motivos geométricos são
muito variadas: linhas paralelas, pontos agrupados, círculos, às vezes concêntricos, cruzes, espirais e triângulos.
Exercício Nº 03
Questão 01- O objetivo do homem pré-histórico ao desenhar nas paredes das grandes cavernas era:
a) uma forma de se comunicar com os deuses da pré-história;
b) sua religião formal para obtenção das bênçãos divinas;
c) prender sua alma para usá-Ia como alimento diário e em rituais de fertilidade;
d) aprisionar a alma do animal para torná-Io vulnerável e fácil de ser capturado;
e) prender seu espírito para utilizar rituais de fertilidade
Questão 02 O que caracterizou a Arte Rupestre?
a)arte rupestre é aquele que utiliza a cor e perspectiva para retratar a realidade
b) A característica mais marcante da arte rupestre é o naturalismo com que o artista retratava o seu cotidiano, os
seres e animais.
c) As pirâmides do Egito são exemplos da evolução arquitetura pré-histórica.
d) uma forma de se comunicar com os deuses da pré-história;
Questão 03 - As pinturas feitas nas paredes das cavernas são também conhecidas como pintura rupestre
que quer dizer:
a) Gravado ou uma boa caçada; b) Uma boa caçada ou traçado na rocha; c) gravado ou traçado na rocha;
d ) Traçado na rocha ou grafismo; e) Gratismo ou gravado na rocha.
Questão 04 - Nas cavernas foram encontradas, também, peças em osso, madeira, pedra e barro. Algumas
delas eram esculturas, nas quais predominavam imagens femininas, com ventre largo e cabeça grudada ao
corpo. Tal representação era provavelmente uma forma de divinizar o poder da fertilidade e da concepção,
exclusivo das mulheres. Existe a hipótese, também, de que essas estatuetas seriam uma forma de amuleto
de boa sorte. É desse período a:
a) Vênus de Willenporf b) Vênus de Willentorf c) Vênus de Willenborf d) Vênus de Willenfford
e) Vênus de Willendorf
Questão 05 - Como se dividiu a arquitetura pré-histórica?
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Questão 06 - Como se dividiu a arte pré-histórica brasileira?
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Questão 07 - A arte rupestre possui a característica de expressar elementos da cultura do homem pré-
histórico. Dentre esses elementos, destacam-se, nas pinturas rupestres:
a) o retrato das famílias, feito de forma realista, com o uso de carvão.
b) a descrição de cenas relacionadas com a vida política da pólis.
c) a descrição das trocas comercias intercontinentais.
d) a descrição de cenas de caça, rituais e símbolos cosmológicos.
e) o retrato das personalidades da tribo