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Segundo o médico Sergio Canavero, o projeto que reunirá uma equipe de cirurgiões
terá início em junho em Maryland, nos Estados Unidos.
Durante anos, Canavero vem afirmando que a ciência médica avançou ao ponto
que um transplante de corpo inteiro é uma possibilidade real. Ele publicou
recentemente um artigo no qual explica como seria a cirurgia. Em entrevista à
revista "New Scientist", o médico disse que os transplantes de corpo inteiro seriam
usados para prolongar a vida de pessoas afetadas por doenças terminais.
"Se a sociedade não quiser algo assim, não vou seguir em frente. Mas se as
pessoas não querem essa possibilidade nos Estados Unidos ou na Europa, não
significa que não possa ser feito em outro lugar", disse.
danos aos nervos. A cabeça seria movida e transplantada para o corpo do doador.
Para permitir que nervos e medula de um corpo se fundissem a outro, a equipe
usaria uma substância chamada glycol polyethyleno. O paciente seria mantido em
coma durante semanas, para evitar que se movesse, permitindo a correta ligação.
Após sair do coma, Canavero afirma que o paciente seria capaz de falar e mover o
rosto, mas considera que seria preciso um ano de fisioterapia para que o paciente
voltasse a mover o corpo.
Além da tecnologia, o maior entrave para a realização de uma cirurgia tão radical
está na questão moral e ética. Para que pudesse ser realizada, o processo
envolveria o uso de primatas em testes, o que poderia levantar a ira de grupos de
proteção aos animais. E depois, testes em humanos.
"As chances deste projeto se realizar são pequenas, pois se trata de um projeto
muito grande", afirmou à revista Harry Goldsmith, professor de cirurgia neurológica
na Universidade da Califórnia. "Eu não acredito que vá funcionar um dia, há muitos
problemas envolvidos nesse procedimento".
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