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No tema 5 tratamos da imigração e da mobilidade social como resultado de uma relação cada
vez mais intercultural. Vimos ainda que nem sempre essa relação se manifesta de modo
tranquilo, pois aqueles que deixam
amigos e a família poderão vir a enfrentar a solidão, sentir que não são bem-vindos entre as
pessoas que temem ou que hostilizam os estrangeiros recém-chegados, poderão perder o
emprego ou adoecer e, por isso, não ser capaz de aceder aos serviços de apoio de que
necessitam para prosperar.
Esse movimento migratório entre regiões do próprio país e ainda entre nações ultimamente
não tem passado despercebido pelos organismos nacionais e internacionais, como a UNESCO.
Diante desse quadro, busca-se desenvolver estratégias de superação desta crescente rejeição
pela diferença, sendo fundamental desenvolver e trabalhar projetos que integrem a dimensão
da interculturalidade, ou seja, do respeito e da valorização das culturas presentes em um
bairro, em uma escola, em um país, e reconhecimento desta importância em um processo de
reconstrução identitária.
A UNESCO, em sua Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural, artigo 4º, reafirma seus
propósitos, como ocompromisso de garantir a plena realização dos direitos humanos e das
liberdades fundamentais proclamadas na Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Para tanto, apresenta nesse mesmo documento um plano de ação que vai desde a proteção
dos que migram até o respeito às manifestações culturais diversas. Propõe ainda um debate
em escala nacional e internacional sobre formulação de políticas e a reflexão sobre a
conveniência de elaborar um instrumento jurídico internacional sobre a diversidade cultural.
Esse combate é uma questão vital e tem como mola propulsora a questão do exercício da
cidadania, das nossas relações com os outros no plano local, nacional e internacional. A partir
desse pressuposto, os atores que fazem parte das associações de imigrantes, associações de
jovens, associações de desenvolvimento e outras formas associativas ou institucionais, serão
não só os protagonistas de projetos locais onde se firma o valor e o reconhecimento das
diferentes culturas, mas também os atores diretos de formas de cooperação descentralizadas,
horizontais, entre os países do Norte e do Sul.
Referências