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Intelectual do fordismo
Ocorre que Parsons, que também foi tradutor da obra de Max
Weber e seu difusor nos Estados Unidos, foi contemporâneo das
linhas de montagem, a Scientific Management, o chamado
Gerenciamento Científico, introduzidas por F.Taylor (1856-1915)
e por Henry Ford (1863-1947), cujas espantosas modificações no
processo produtivo, verdadeiramente revolucionárias, foram
necessárias à produção em massa. A nova maneira de produzir
os manufaturados começou a ser adotada em larga escala a partir
da Primeira Guerra Mundial, difundindo-se de modo
impressionante nos anos de 1920 por boa parte do mundo. Pode-
se então dizer que Talcott Parsons foi, antes de tudo, o intelectual
orgânico das novas técnicas produtivas adotadas pelas
industrias: o taylorismo e o fordismo.
Agindo então tal como se fora um capataz de fábrica ou um
engenheiro de produção, ele naturalmente via qualquer
dissonância, crítica, protesto ou greve, como algo perturbador,
como um “desvio”, quando não uma expressão da patologia, que
atrapalhava o todo. Para ele o sistema, como qualquer outro
corpo biológico, não só era estável como buscava ser
harmonioso, equânime e consensual, tendo manifestado
hostilidade à perturbações desencadeadas por ataques de
“bacilos”. Desinteressando-se dos aspectos da transformação
social sua inclinação deu-se em favor do equilíbrio e do consenso.
Naturalmente que isso o posicionou a entender o indivíduo como
expressão das estruturas, as quais ele devia manter e preservar.
Caso isso não ocorresse entravam em ação os mecanismos do
Controle Social (moral, ética, sistema jurídico e penal, etc.), como
um instrumento preventivo ou corretivo.
Síntese do Funcionalismo
O Sistema Social:
1. As peças que o compõem são mutuamente dependentes
2. elas contribuem para o bom funcionar do sistema
3. equilíbrio, ainda que sempre em movimento; o distúrbio induz
a uma contra-reação para manter o equilíbrio manter o equilíbrio
Avaliação Moral
Expectativa feita na base da avaliação moral, tendo por resultado
graus de respeito ou de desaprovação (status)
Seis bases da avaliação moral diferencial:
1. Sociedade na unidade do parentesco (pelo nascimento, pela
união)
2. Qualidades pessoais (sexo, idade, beleza pessoal, valor e
força da inteligência)
3. Realizações (resultado de ações do indivíduo)
4. Possessões (coisas materiais e não-materiais que pertencem
a um individual e pode ser transferida)
5. Autoridade (reconhecimento institucional, direito legítimo para
poder influenciar as ações de outras)
6. Poder (habilidade de influenciar outros e fixar possessões que
não sancionadas institucionalmente)
Assim:
1. Papéis instrumentais = homens = atuam pela família na parte
externa; mundo ocupacional (trabalho, profissão); adaptação da
sociedade
2. Papéis expressivos = mulheres = atuam no interior da família:
gerência da tensão na família; socialização das crianças.
Bibliografia
Malinowski, B. – Uma teoria cientifica da cultura (RJ, Zahar, 1962)
Mills, Wright C. – A imaginação sociológica (RJ, Zahar,1975)
Online Dictionary of the Social Sciences (Athabasca University,
Universidade aberta do Canadá)
Fonte: http://www.robertexto.com/archivo2/talcott_pt.htm