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HÁ TEMPO PARA UMA MUDANÇA

DE SISTEMA?
Is there time for system change? - Global Ecosocialist Network
Por John Molyneux via SystemChangeNotClimateChange.org

Tradução Política - Há tempo para uma mudança de sistema? (traducaopolitica.com.br)


Tradução R. d’ Arêde/GTP

Revisão: 21/03/2023
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Tempo é sempre um fator importante para a política e a história, mas jamais


importou tanto quanto no enfrentamento às mudanças climáticas.
Em outubro de 2018, o alerta emitido pelo relatório do Painel Intergovernamental
sobre as Mudanças Climáticas (IPCC) informando que o mundo teria 12 anos para
evitar o desastre climático foi, sem dúvida, o fator mais importante no fortalecimento
da onda de ativismo global contra as mudanças climáticas, particularmente nas
formas de Greta Thumberg, das Greves Escolares em massa e do movimento
Rebelião da Extinção.
É claro que este alerta poderia ser (e foi) “ouvido” e interpretado de diferentes
maneiras por diferentes pessoas. Este artigo pretende refletir algumas dessas
interpretações e suas implicações, particularmente em relação à seguinte questão: há
tempo para suscitar uma mudança de sistema ou, dado o curto espaço de tempo, é
necessário se concentrar e contentar-se com mudanças que possam ser
implementadas no âmbito do capitalismo?
Contudo, antes de chegarmos lá, quero sinalizar que muitos políticos oportunistas
irão ouvir este alerta de 12 anos de forma bem diferente de Greta e seus seguidores.
Para o oportunismo político, 12 anos é muito tempo: três mandatos presidenciais nos
EUA, dois mandatos parlamentares completos na Grã-Bretanha e em muitos países;
em outras palavras, mais do que o tempo necessário para satisfazerem suas ambições
e assegurarem um lugar nos livros de história, ou, pelo menos, suas pensões e cargos
de diretoria, antes que algo realmente sério precise ser feito. As únicas implicações
práticas no prazo dos 12 anos seriam a necessidade de criar várias comissões,
elaborar alguns planos de ação, participar de algumas poucas conferências e, de
modo geral, dedicar-se à certa quantidade de greenwashing ͥ. Exatamente o mesmo
se aplica ao CEO de uma grande companhia de petróleo, de gás ou de automóveis.
Por outro lado, um número muito grande de pessoas, especialmente indivíduos mais
jovens, ouviram o alerta no sentido de que restariam, literalmente, apenas 12 anos
para que uma extinção global possa ser evitada.
Esses erros de interpretação não são equivalentes: o primeiro é profundamente
cínico e extremamente nefasto, tanto para os seres humanos como para a natureza; o
segundo é bem intencionado, mas ingênuo. Ambos, no entanto, são leituras
incorretas. As mudanças climáticas não são um evento que pode vir, ou não, a
acontecer em 2030, tampouco um evento do qual seja possível desviar por meio de
ações emergenciais de última hora, mas sim um processo que já está acontecendo.
Cada semana, mês ou ano de atraso na redução das emissões de carbono agrava o
problema, e faz com que seja bem mais difícil enfrentá-lo. Desta maneira, não há
uma data limite absoluta após à qual seria tarde demais para que algo fosse feito, de
modo que poderíamos capitular à essa assombração.
O relatório do IPCC não se concentrou na questão da “extinção”, mas essencialmente
naquilo que seria necessário para manter o aquecimento global 1,5°C abaixo dos
níveis pré-industriais, assim como nos efeitos mais prováveis caso a marca de 2°C
seja alcançada. O que exatamente o relatório diz no Sumário Para Formuladores de
Políticas é:
"A.1. Estima-se que as atividades humanas tenham causado cerca de 1,0°C de
aquecimento global ¹ acima dos níveis pré-industriais, com uma variação provável
de 0,8°C a 1,2°C. É provável que o aquecimento global atinja 1,5°C entre 2030 e
2052, caso continue a aumentar no ritmo atual. (alta confiança)”.

E acrescenta, pode-se dizer, o óbvio:

“B.5. Projeta-se que os riscos para a saúde, meios de subsistência, segurança


alimentar, abastecimento de água, segurança humana e crescimento econômico
relacionados ao clima aumentem com o aquecimento global de 1,5°C, e aumentem
ainda mais com 2°C”

Não destaquei estes trechos por considerar o relatório do IPCC um texto sagrado ou,
de forma alguma, a última palavra no assunto. Pelo contrário, parece-me bem claro
que o relatório foi conservador em suas previsões – o que não é surpresa, já que seu
método requer consenso entre milhares de cientistas. Na realidade, o aquecimento
global e seus efeitos cruciais estão avançando em ritmo mais acelerado do que o IPCC
esperava (cf. John Molyneux, “How fast is the climate changing?”, Climate &
Capitalism, 02/08/2019). Meu propósito aqui é mostrar que, de acordo com o IPCC,
e com toda compreensão séria a respeito das mudanças climáticas, o que estamos
enfrentando não é o limite de um penhasco, de cuja beirada iremos despencar em
2030, ou em qualquer outra data previsível, mas sim um processo que vem se
intensificando rapidamente, com crescentes efeitos catastróficos. O mais provável,
no decorrer desse processo, é que ocorram pontos de rupturas a partir dos quais o
ritmo das mudanças acelere muito rapidamente e certas alterações se tornem
irreversíveis, mas ninguém sabe exatamente quando esses pontos ocorrerão e se, até
lá, ainda estaremos falando de um processo, ao invés de uma imediata e completa
extinção.
É vital que haja um entendimento correto, cientificamente embasado, desse
processo. Nos engajarmos, na condição de ativistas, em algum tipo de contagem
regressiva (restam agora apenas 10, 9, 8… anos para salvar o planeta, como se
houvesse uma linha temporal bem fixada) provavelmente não ajudará - e nem
queremos ser chamados de falsos alarmistas quando o mundo não acabar. Um
entendimento correto é importante para dar fundamentação à questão crucial: há
tempo para uma mudança de sistema?
O argumento que diz não haver tempo suficiente para mudar o sistema (me refiro
aqui à superação do capitalismo) tem rondado o movimento ambientalista há muito
tempo, bem antes do alerta de 12 anos.
Lembro-me do argumento sendo atirado agressivamente contra certo trotskista um
tanto infeliz, quando da Campanha Contra as Mudanças Climáticas na qual me
envolvi pela primeira vez no início da década de 2000. “Não há tempo para esperar
pela sua revolução”, disseram a ele. É claro que agora este argumento pode ser usado
de forma dissimulada por pessoas que são, na verdade, pró-capitalistas, mas também
de forma honesta por pessoas que saudariam o fim do capitalismo se o
considerassem uma possibilidade prática. Cito Alan Thornett, socialista de longa
data, como testemunho disso:
“A solução padrão levantada pela maior parte da esquerda radical […] é a
derrubada revolucionária do capitalismo global – implicitamente nos próximos 12
anos, porque esse é todo o tempo que temos para isso […] Tal abordagem é
maximalista, esquerdista e inútil. Enquanto socialistas, podemos votar com as duas
mãos pela abolição do capitalismo e, sem dúvida, esse é o objetivo a longo prazo.
Mas, como resposta ao aquecimento global, dentro do prazo de 12 anos, não faz
sentido. Haveria uma ‘vácuo de credibilidade’. Embora os efeitos catastróficos das
mudanças climáticas estejam batendo à porta, dificilmente o mesmo pode ser dito,
com alguma credibilidade, a respeito de uma revolução socialista mundial – a
menos que eu tenha perdido algo. Não digo que seja impossível, mas é uma
possibilidade remota demais para servir de resposta ao aquecimento global e às
mudanças climáticas […] Sendo bem direto, se a superação do capitalismo, a nível
mundial, for a única solução para o aquecimento global e as mudanças climáticas
nos 12 anos que restam, então não há solução” (Alan Thornett, Facing the
Apocalypse: Arguments for Ecosocialism, Resistance Books 2019, p. 95).
Alan expressa aqui, de forma bem clara, o argumento que eu quero contestar.
A primeira coisa a ser dita é que, para marxistas e socialistas sérios (a começar por
Marx, Engels e Rosa Luxemburgo), a luta revolucionária não se contrapõe à luta por
reformas. Ao invés disso, a revolução é algo que cresce a partir da luta por demandas
concretas²
Assim, da mesma forma que os marxistas combinam a convicção de que a única
solução para a exploração é a abolição do sistema de salários com o apoio à luta
sindical por aumento salarial e melhores condições de trabalho, pode-se lutar por
demandas imediatas, tais como transporte público gratuito, abandono do uso de
combustíveis fósseis e investimentos massivos em energias renováveis, ao mesmo
tempo em que se defende a revolução ecossocialista. Dessa forma, a possibilidade de
um capitalismo ecologicamente sustentável é submetida a um teste prático.
Contudo, esta necessária resposta não esgota a questão. Se a revolução parece
demasiadamente remota e improvável como solução, então os ativistas climáticos
deveriam basicamente concentrar todos os seus esforços na luta por reformas, ao
invés de discutir e organizar a revolução – e mais, concentrar-se de forma massiva
apenas em reformas sobre essa questão. Afinal, se não por um moralismo abstrato,
qual seria o ponto de se concentrar em questões como o direito dos trabalhadores, a
luta antirracismo, os direitos reprodutivos da mulher, os direitos LGBTQ, etc.,
quando a sobrevivência da humanidade estaria em risco já nos próximos poucos
anos? No entanto, se o esperado é que o capitalismo se evidencie não-reformável, ou
reformável de forma insuficiente, então será necessário juntar a campanha
ecossocialista, o ativismo revolucionário, a propaganda e a organização em uma
frente bem mais ampla, reconhecendo que a revolução exige a mobilização em massa
da classe trabalhadora em torno de várias questões, assim como sua união para
enfrentar as inúmeras estratégias de dividir-e-governar.
Consequentemente, surgem três questões legítimas:
1. Qual a probabilidade de conter as mudanças climáticas com reformas sobre
a base capitalista?
2. Quão "remota" é a possibilidade de uma revolução socialista?
3. Há alternativas à essa escolha binária?

Sobre a primeira questão, eu e outros ecossocialistas (destacadamente John Bellamy


Foster, Ian Angus, Michael Löwy, Martin Empson, Amy Leather, etc.) temos
defendido, longa e repetidamente, que a possibilidade de enfrentamento às
mudanças climáticas sobre uma base capitalista é extremamente remota, seja em 12
anos, 20 anos ou 40 anos³. Não vou listar aqui todos os argumentos, mas
simplesmente dizer que o capitalismo é um sistema inerente e inexoravelmente
orientado à acumulação competitiva de capital, em rota de colisão com a natureza, e
a função que as indústrias de combustíveis fósseis (petróleo, gás, carvão)
desempenham nessa acumulação é tão crucial que não existe uma perspectiva
realista em que o capitalismo seja capaz de superar sua dependência em relação à
tais indústrias.
Sobre a segunda questão, eu admitiria que, se o futuro (me refiro aos próximos 12
anos) fosse como o passado recente, i.e., os últimos 50 anos, a possibilidade de uma
revolução socialista internacional parece, de fato, muito remota. Mas é precisamente
o fato das mudanças climáticas a garantia de que a próxima década não será como o
passado. Ao contrário, as condições colocadas pelo aquecimento global (o aumento
insuportável do calor, as secas, incêndios, tempestades, inundações, etc.) irão
transformar o nível de consciência das massas sobre a necessidade de dar fim ao
capitalismo e sobre a possibilidade da revolução.
O fato de que o agravamento da crise climática seja complementado por uma crise
ambiental mais ampla e multiforme, com o aprofundamento e recorrência de crises
econômicas (como é bem evidente agora), assim como o aumento da tensão militar e
geopolítica internacional (por exemplo, com a China e a Rússia), deixará tudo mais
complexo.
O que foi estabelecido no início deste artigo – que os “12 anos” não são e nem podem
ser um prazo exato ou definitivo - é muito importante aqui.
Se, como acredito ser absolutamente previsível, o capitalismo for incapaz de conter o
aquecimento abaixo de 1,5°C, isso não significará que o jogo acabou, que a luta
terminou, como sugere Thornett, mas que todas as condições e desastres sublinhados
acima se intensificarão e, no processo, a propensão para revoltas em massa e para a
revolução também será maior.
Muitas pessoas conseguem imaginar uma revolução em um só país, mas não acham
plausível a ideia de uma revolução mundial ou internacional. Bem, se por revolução
internacional se entende uma sublevação conjunta coordenada a nível global, de fato,
é extremamente improvável. Mas esse nunca foi o cenário imaginado pelos
apoiadores de uma revolução internacional. Ao invés disso, iniciando-se em um só
país, seja no Brasil ou no Egito, na Irlanda ou na Itália, a revolução poderia (e iria) se
espalhar para outros países, numa longa e contínua sequência de lutas. Essa
perspectiva é reforçada pela experiência das ondas de conflitos mais recentes:
primeiro houve a Primavera Árabe, em 2011, que testemunhou uma reação em cadeia
de insurreições, da Tunísia ao Egito, Líbia, Barém e Síria, antes de inspirar revoltas
menores, porém significantes, como o Movimento dos Indignados, na Espanha, e o
Occupy nos Estados Unidos; depois, em 2019, sobreveio uma onda de rebeliões em
massa que atravessou o mundo, como os Coletes Amarelos na França, Sudão, Haiti,
Hong Kong, Argélia, Porto Rico, Chile, Equador, Iraque, Líbano, etc. (veja John
Molyneux, “A New Wave of Global Revolt?“). Houve ainda a propagação mundial
das Greves Estudantis e, este ano [2020], mesmo em meio à pandemia de Covid-19,
o movimento Black Lives Matter.
Isso deixa bem claro que, no atual mundo globalizado, revoltas podem se espalhar
mundialmente com velocidade e alcance incríveis. O impacto internacional de uma
revolução socialista em qualquer país seria gigantesco. E será ainda maior se houver
um forte elemento ecológico contra as mudanças climáticas presente na revolução –
como haverá.
Porque, independentemente de qualquer debate passado sobre o socialismo em um
só país, estará perfeitamente claro que nenhuma revolução, seja na África do Sul, na
França, Indonésia ou Chile, pode enfrentar as mudanças climáticas enquanto os
Estados Unidos, China, Rússia e Índia continuarem conduzindo seus negócios da
forma habitual. As mudanças climáticas são um problema internacional sem
precedentes na história.
Em relação à questão de haver outras alternativas que não tornar o capitalismo
sustentável ou derrubá-lo revolucionariamente, duas se apresentam: uma é a
perspectiva/estratégia de transformar o capitalismo em socialismo através de vitórias
em eleições parlamentares, o que poderia ser chamado de estratégia Corbyn; outra é
a “alternativa” da barbárie fascista/autoritária. A primeira, infelizmente, é ilusória; a
segunda, de forma ainda mais infeliz, é real até demais.
O que chamo de estratégia Corbyn (em sua mais recente versão) é na verdade algo
bem antigo, remonta pelo menos a Karl Kautsky e ao partido Social Democrata
Alemão, antes da Primeira Guerra Mundial, e tem sido submetida a numerosos testes
práticos, com resultados desastrosos - seja na própria Alemanha ou na Itália, durante
o Biênio Vermelho, seja no Chile, em 1970-73, ou com o Syriza, na Grécia, até chegar
a Corbyn - exceto pelo fato de que Corbyn não conseguiu a necessária vitória
eleitoral. Superficialmente, tal estratégia parece muito mais prática e plausível do
que uma revolução, mas, na prática, ela é fundamentalmente falha.
A classe dominante existente no capitalismo não sairá de cena, i.e., não irá entregar o
poder por causa de uma vitória eleitoral socialista – seja em um determinado país,
seja internacionalmente. Ao contrário, irá utilizar todo seu poder econômico
(“greves” de investimentos, fuga de capitais, desvalorização da moeda, etc.), sua
hegemonia ideológica e social (especialmente através da mídia) e, de forma mais
determinante, o controle que tem sobre o Estado para subjugar um potencial
governo socialista e, se necessário, destruí-lo⁴. Somente a mobilização revolucionária
da classe trabalhadora poderia resistir a esse tipo de sabotagem e superá-la. É por
isso que essa alternativa, por mais progressistas que sejam suas intenções, é uma
ilusão; ou ela se tornará uma revolução concebida para ser desnecessária, ou
desaparecerá no ar
A respeito da “alternativa” fascista/autoritária, com as amargas experiências na
Itália, Alemanha, Espanha, Portugal, Chile e outros mais, sabemos que se trata de
uma possibilidade bem real – e, em vários aspectos, o outro lado de uma alternativa
reformista fracassada. Se olharmos para o mundo hoje, preso ao sistema capitalista
numa crise de múltiplas dimensões, veremos o crescimento da polarização política e
as forças de extrema direita engrossando suas fileiras em muitos países. É um fato
sombrio que três países estratégicos (EUA, Brasil e Índia) estejam sob governos de
extrema direita, se não completamente controlados por fascistas, e que um número
significante de outros países sejam governados por regimes altamente autoritários.
Na medida em que a crise climática se intensifica, e com ela o número de refugiados
do clima, a “alternativa” fascista/autoritária parecerá cada vez mais atraente para as
classes dominantes em pânico, juntamente com alguns apoiadores de classe média. A
longo prazo, o fascismo não vai conter o aquecimento global, mas este fracasso pode
estar apenas na outra margem de um oceano de barbárie.
Retornando à questão de haver, ou não, tempo para uma mudança de sistema:
ninguém pode prever o futuro com precisão⁵, mas sem dúvida o cenário mais
provável é que o agravamento da crise climática e ambiental intensificará a luta de
classes e a polarização política em todas as direções. Um processo que vai se dilatar à
medida que o mundo se aproximar do limiar de 1,5°C, e continuará crescendo após
tê-lo ultrapassado.
O movimento terá que se preocupar não apenas com o que será preciso fazer para
evitarmos ou interrompermos as mudanças climáticas, mas também com a forma
como iremos lidar com seus efeitos devastadores: através da barbárie ou da
solidariedade?
O capitalismo, em todas as suas formas, irá recorrer cada vez mais à barbárie: apenas
a mudança de sistema, a substituição do capitalismo pelo socialismo, permitirá uma
resposta fundada na classe trabalhadora e na solidariedade humana.

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John Molyneux é um escritor e ativista socialista, editor da publicação Irish


Marxist Review, Irlanda
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NOTAS DO AUTOR

1. “O nível presente de aquecimento global é definido pela média de um período de 30 anos centrado em 2017,
assumindo que o ritmo recente de aquecimento se mantenha” IPCC-SPM, versão português, p. 7, nt. 5.

2. O exemplo mais óbvio é a Revolução Russa, que cresceu a partir da demanda por pão, terra e paz, mas o
mesmo se aplica a praticamente todas as revoluções populares.

3. Veja John Molyneux, “Apocalypse Now! Climate Change, capitalism and revolution”, Irish Marxist Review 25,
2019, e Martin Empson, “System Change not Climate Change”, Bookmarks, Londres, 2019

4. Eu discuto isso em profundidade em “Understanding Left Reformism”, Irish Marxist Review e em “Lenin for
Today”, capítulo 3, Bookmarks, Londres, 2017.

5. “Na verdade, alguém só poderia prever ‘cientificamente’ a luta, mas não seus momento concreto”. Antônio
Gramsci, “Selection from the Prison Notebooks”, Londres 1971, p. 438

NOTAS DO GRUPO

i.Greenwashing, comumente traduzido como "lavagem verde" ou "maquiagem verde", diz respeito ao
comportamento ou atividades corporativas que fazem as pessoas acreditarem que determinada empresa está
fazendo mais para proteger o meio ambiente do que realmente está (cf. Cambridge Dictionary Online)

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