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Aos cuidados Metal S.L., inscrita no de número: CNPJ:000000000.000-00

Após o levantamento de dados, pertinentes ao interesse da empresa contratante, eu

Gustavo Dagostin, engenheiro civil, inscrito no CREA-SC, venho por meio desta repassar as

informações necessárias relacionadas ao levantamento pedido pelo responsável da empresa

Metal.S.L. Devido a melhor interpretação e entendimento sobre as mudanças, e as diferenças,

decidi classifica-las em mudanças sutis, mudanças moderadas, e mudanças a partir do zero, para

melhor compreensão da empresa Metal S.L.

Partindo das mudanças sutis, como política da qualidade, liderança, competência,

Treinamento e conscientização, análise crítica pela direção, auditoria interna e ação corretiva,

tendo a maior parte do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) podendo permanecer o mesmo de

hoje, sem fazer alterações. Em uma segunda observação de diferenças entre as ISO partimos para

as mudanças moderadas, neste grupo o que se pode destacar de importante é a mudança do

escopo do SGQ incluindo o Controle de processos, produtos e serviços providos externamente,

objetivos da qualidade e planos para atingi-los, avaliação de desempenho, gestão de documentos,

produção e não menos importante a provisão de serviços, estes elementos deveriam ser revisados

e atualizados para estar em conformidade com a nova versão da norma. E por fim um grupo de

novos procedimentos que chamo de mudanças a partir do zero, como: riscos e oportunidades,

contexto da organização e partes interessadas são agora novos requisitos que precisam ser

atendidos, e eles deveriam ser implementados com cautela porque lançam uma administração

completamente nova sobre o Sistema de Gestão da Qualidade.


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No quesito, tomada de decisão da empresa na mudança priorizando o cliente final, e não

mais a comercialização para as indústrias do setor automotivo, o ponto principal a ser avaliado,

seriam os fatos e dados reais coletados ao longo do tempo de funcionamento da mesma, pois

eles trazem não só a possibilidade de tomar decisões mais certeiras, mas também muitos

benefícios como, eficiências nessas tomadas de decisões, melhor clareza em relação ao

desempenho da empresa, desenvolvimento da gestão para prevenção de problemas futuros,

aumento da capacidade e qualidade em analisar criticamente. Caso a empresa Metal S.L estiver

inserida nesse contesto de dados, a transição será apenas em caráter de manter o certificado, pois

o levantamento para a mudança de atividade (cliente final) já estará definida por números e fatos

concretos. Como avaliador, acredito que essa transição não acarretará grandes perdas, e sim uma

atualização da norma com uma nova proposta comercial vindo da empresa, se encaixando no

momento oportuno de mudança no ramo de atividade. Abaixo segue o anexo A da norma ISO

9001:2015, onde constam as mudanças relacionadas as duas versões:

Tabela A.1 – Principais diferenças em terminologia

entre aABNT NBR ISO 9001:2008 e a ABNT NBR

ISO 9001:2015

ABNT NBR ISO 9001:2008 ABNT NBR ISO 9001:2015

Produtos Produtos e serviços

Não usado

Exclusões (ver Seção A.5 para esclarecimento de

aplicação)
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Não usado

Representante da direção (Responsabilidades e autoridades

similares são atribuídas, mas não há

requisito para um único representante da

direção)

Documentação, manual da qualidade, Informação documentada

procedimentos documentados, registros

Ambiente de trabalho Ambiente para a operação de processos

Equipamento de monitoramento e Recursos de monitoramento e medição

medição

Produto adquirido Produtos e serviços providos externamente

Fornecedor Provedor externo

Fonte: tabela retirada da norma brasileira ABNT NBR ISO 9001:2015


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Antes de falar em documentação na nova norma, a organização deve entender a sua

empresa, identificar as partes interessadas, definir os processos necessários e os responsáveis e

estrutura do mesmo para que se torne eficaz, depois dessas etapas, entender quais as informações

necessárias para garantir a eficácia dos procedimentos. As documentando, algumas mantidas (o

antigo documento) e outras retidas (o antigo registro). A gestão documental da nova versão da

norma ISO9001:2015, fica entendido que os documentos precisam fazer sentido para o sistema

de gestão (quem cria e usa), eles devem garantir a eficácia dos processos que foram

identificados.

A gestão documental na nova atualização da norma, que antes era o requisito da

documentação chamada de Controle de Documentos e Controle de Registros, mudou de nome

para Informação Documentada. Antes os documentos eram protagonistas da implementação do

sistema de gestão, agora um suporte. Por fim a empresa Metal S.L deve proporcionar

informações documentadas em lugar de documentos e registros, portanto essa organização

decidirá quais serão os documentos requeridos para administrar seu sistema de qualidade no

modo mais eficaz, na versão ISO9001:2015 a mudança mais significativa fica com a eliminação

da obrigatoriedade de documentar os procedimentos, também não é necessário o manual de

qualidade. Disponibilizei abaixo na íntegra o parecer da norma para esse quesito:

Informação documentada

Como parte do alinhamento com outras normas de sistema de gestão, uma seção comum

sobre “informação documentada” foi adotada sem alteração ou acréscimo significativo (ver 7.5).
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Onde apropriado, o texto em outros lugares nesta Norma foi alinhado com seus requisitos.

Consequentemente, “informação documentada” é usada para todos requisitos de documento.

Onde a ABNT NBR ISO 9001:2008 usou terminologia específica como “documento” ou

“procedimentosdocumentados”, “manual da qualidade” ou “plano da qualidade”, esta edição

desta Norma define requisitos para “manter informação documentada”. Onde a ABNT NBR ISO

9001:2008 usou o termo “registros” para denotar documentos necessários para prover evidência

de conformidade com requisitos, isso agora é expresso como um requisito para “reter

informação documentada”. A organização é responsável por determinar qual informação

documentada precisa ser retida, o período de tempo pelo qual ela deve ser retida e o meio a ser

usado para sua retenção.Um requisito para “manter” informação documentada não exclui a

possibilidade de que a organização possa também precisar “reter” essa mesma informação

documentada para um propósito particular, por exemplo, reter versões anteriores dela” Onde esta

Norma se refere a “informação” em vez de “informação documentada” (por exemplo, em 4.1:

“A organização deve monitorar e analisar criticamente informação sobre essas questões externas

e internas”), não há requisito para que essa informação seja documentada. Nessas situações, a

organização pode decidir se é ou não necessário ou apropriado manter informação documentada.

(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2015, p. 25).


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O Sistema integrado de gestão (SIG) necessita de um conjunto que reúne ferramentas,

pessoas, processos e documentos para ser implementado. Além de ter um software que coleta,

armazena e organiza os dados. É fundamental ter uma equipe envolvida e comprometida, que

entende a importância da coleta e do uso de dados para a empresa. Da mesma forma, é vital criar

processos que estimulem e demandem o uso dessas informações para a tomada de decisões, para

o desenvolvimento e melhoria contínua de todas as áreas da organização. As integrações de

sistemas de gestão geram diversos benefícios para uma empresa, como agilidade na comunicação

com seu cliente/fornecedor, redução de falhas humanas na troca de arquivos e documentações,

diminuição do índice de retrabalho dos colaboradores e ganho de produtividade geral ao longo

dos processos. Podemos listas as seguintes demandas de vantagens para implementar a SIG.

- Melhoria no controle de processos

Integrando os dados teremos um aumento no controle de processos da organização,

quando o sistema não é integrado, o processo é dividido em várias atividades, aumentando as

chances de ocorrerem erros. Além disso, a inserção de dados incorretos também é um grande

problema proporcionado pela falta de integração de sistemas. Devido as informações ficarem

centralizadas, o gestor consegue ter um melhor controle sobre todos os processos, analisando, e

avaliando o trabalho dos setores individualmente e verificando o que está sendo realizado.

- Redução de Custos
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A integração dos seus sistemas gerenciais, provocam a diminuição contínua

dos custos orçamentários dos processos corporativos da sua empresa. Isso acontece devido à

criação de fluxos de trabalho mais simples, automatizados e com menor grau de retrabalho, que

tornam os projetos e serviços mais econômicos.

O maior benefício para a lucratividade do negócio resulta tanto da automatização de

tarefas, quanto do foco melhorado em análises mais assertivas e que permitem identificar

oportunidades para cortar custos. Devemos mencionar também que reunir todas as informações

em um só local, a empresa ganha em espaço interno, na questão de armazenamento de arquivos.

- Otimização de Processos

O aprimoramento dos processos da sua empresa é fundamental para se manter

competitivo em médio e longo prazo no mercado, podemos salientar que as empresas que usam o

sistema de gestão isolado, estão mais suscetíveis a fraudes. Assim, ao integrar todos os sistemas

do seu negócio, fica muito mais fácil de otimizar os processos operacionais e diminuir os riscos

de ocorrência de fraudes e irregularidades.

A otimização dos processos é consequência de muitas das tarefas serem executadas pelo

próprio sistema. Isso diminui a burocracia, reduz o retrabalho, aumenta a produtividade e

melhora a gestão do tempo do colaborador, que vai conseguir dedicar e contribuir um tempo

maior para atender as demandas mais diretas ao sucesso do negócio outro fator do SIG é

antecipar falhas humanas ou de processo.

Como foram listadas as vantagens, também devem ser expostos os inconvenientes de

implementar o sistema integrado de gestão.


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Podendo destacar necessidade de realizar a manutenção da integração periodicamente.

Muitas vezes por atualização do software que está sendo usado, ou para atender a demanda da

legislação vigente, necessitando a inclusão e exclusão de dados.

Além disso, para que a integração funcione de maneira satisfatória, é fundamental

garantir o envolvimento e comprometimento de todos os participantes do processo, caso não

exista essa compatibilidade dos envolvidos, o SIG não funciona de forma devida. Vale citar

também, que o usuário deve ter o domínio e atenção total no sistema integrado de gestão, para

não acabar enviando documentos sigilosos de alguns setores da empresa para destinatários não

desejáveis. No primeiro momento esse processo pode ser custoso, mas vale a pena investir

considerando todos os benefícios citados.


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Devido a mudança no cliente final para a empresa Metal S.L, no quesito gestão de risco,

podemos ver como uma oportunidade de momento para esta alteração, pois gerenciar riscos e

oportunidades, na ISO 9001:2015, é uma forma de controlar os efeitos desejáveis ou indesejáveis

que podem afetar uma organização. Considerando que a empresa teve um bom estudo para

chegar a essa mudança de perfil, feito com base em resultados planejados e esperados. Sendo

assim, para não ser surpreendida com resultados abaixo do almejado, conhecer os riscos e as

oportunidades é próspero.

A ISO 9001:2015 defende uma “mentalidade de risco”, ou seja, ela orienta as

organizações sobre a importância de considerar as incertezas. Na fase que a empresa se encontra,

estabelecendo uma possível mudança de portifólio de clientes, considerando obter a certificação

ISO 14.001, para potencializar o cliente final, percebendo que o sistema de gestão documental

atual é lento e ineficiente (mudou para informação documentada, questão 2), sabendo que com a

atualização da norma essa questão se torna mais eficaz, responde que a empresa já considera

estar no caminho certo, e a gestão de riscos exigida na nova ISO, só vem a ajudar no momento

oportuno, a boa gestão de risco busca não conceder oportunidades e possibilidades para que os

mesmos ocorram. De acordo com a ISO 9001:2015, a tarefa de determinar riscos e oportunidades

é importante para identificar e amplificar efeitos positivos. Os riscos encontrados podem se

reverter em efeitos positivos, e ajudar a organização a alcançar ou superar objetivos pretendidos.

Um destes efeitos é a identificação de novas fontes de receita como a percepção de uma mudança

de clientes. A gestão de riscos pode levar a economia em uma das etapas de produção, e até

mesmo gerar uma solução para elaboração de um novo produto (ou seja, uma nova fonte de

renda, cliente final e não industrias). O trecho da ISO 9001:2015 deixa bem claro a oportunidade
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de momento da empresa:

Oportunidades podem levar à adoção de novas práticas, lançamento de novos

produtos, abertura de novos mercados, abordagem de novos clientes, construção de

parcerias, uso de novas tecnologias e outras possibilidades desejáveis e viáveis para abordar as

necessidades da organização ou de seus clientes. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

TÉCNICAS, 2015, p. 5).


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REFERÊNCIAS:

ABNT NBR ISO 9001:2015, Sistema de gestão e qualidade – Requisitos.

ABNT NBR ISO 14001, Sistemas da gestão ambiental - Requisitos com orientações para uso.

ABNT ISO/TR 10013, Diretrizes para a documentação de sistema de gestão da qualidade.

Stojanovic, Strahinja. Infográfico: ISO9001:2015 vs. Versão 2008 – O que mudou. Advisera,
2015. Disponível em: < https://advisera.com/9001academy/pt-
br/knowledgebase/infografico-iso-90012015-vs-versao-2008-o-que-mudou/ >. Acesso
em: 11 de jul. de 2023.

Furniel, Igor. ISO 14001: tudo que você precisa saber. Certificacaoiso, 2019. Disponível em: <
https://certificacaoiso.com.br/iso-14001-2/>. Acesso em: 12 de jul. de 2023.

SIG – Sistema de informação gerencial: o que é. Zendesk, 2023. Disponível em: <
https://www.zendesk.com.br/blog/sig-sistema-de-informacao-gerencial//>. Acesso em: 13
de jul. de 2023.

Gestão de riscos na ISO9001:2015. Autodoc, 2019. Disponível em:


< https://site.autodoc.com.br/conteudos/gestao-de-riscos-na-iso-90012015/>. Acesso em:
13 de jul. de 2023.

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