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SO 9001:2015 - VERSÃO FINAL

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24 de set de 2015

Em setembro de 2015, foi publicada a norma ISO 9001:2015, Sistemas de


Gestão da Qualidade. Esta é a fase final no processo de revisão da ISO 9001.
Entramos agora no período de transição.

A ISO 9001:2015 posiciona a nova versão da Norma como parte integrante dos
esforços da organização em direção ao objetivo mais amplo do
desenvolvimento sustentável e promove-a como uma ferramenta para melhorar
o desempenho global da organização. Incentiva um maior enfoque nas partes
interessadas internas e externas como parte da adoção de uma abordagem à
gestão da qualidade baseada no risco, e enfatiza a importância de adotar um
SGQ como uma decisão estratégica para a organização.

Além de mudar a designação e reorganizar algumas atividades do SGQ, foram


introduzidos outros novos requisitos significativos.

1. Contexto Organizacional
O “contexto“ de uma organização (às vezes designado por ambiente de
negócio) refere-se à combinação de fatores e condições internos e externos
que podem ter um efeito na abordagem que uma organização tem dos seus
produtos e/ou serviços. Como resultado, a conceção e a implementação de um
SGQ de uma organização serão influenciados pelo seu contexto.

2. Riscos e Oportunidades

É agora requisito que uma organização considere quer o seu “contexto”, quer
as suas “partes interessadas” ao planear e implementar a seu SGQ.
Uma parte essencial do SGQ é agora um novo requisito para as organizações
identificarem os riscos e as oportunidades que tenham um potencial impacto
(positivo ou negativo) sobre o funcionamento e o desempenho do seu SGQ.
Após identificar estas questões, externas e internas, que são relevantes para o
seu contexto, bem como as necessidades das partes interessadas, é
necessário que uma organização use essas informações para determinar os
riscos e as oportunidades a eles associados, bem como ações proporcionadas
para os tratar.

3. Liderança
A gestão de topo é agora obrigada a demonstrar um maior envolvimento direto
no SGQ da organização e a ausência, na ISO 9001:2015, da necessidade de
haver um “Representante da Gestão” específico é, em parte, uma tentativa de
garantir que o sistema de gestão de uma organização não é simplesmente
“propriedade” de um único indivíduo. Há agora uma ênfase na “liderança“ em
vez de apenas na gestão do SGQ.

 4. Informação documentada


Os termos ‘procedimento documentado’ e ‘registo’ utilizados na ISO 9001:2008
foram ambos substituídos ao longo da ISO 9001:2015 pela designação
‘informação documentada’. Esse termo é definido como a informação que é
requerido ser controlada e mantida por uma organização, se bem que fique ao
critério de cada organização determinar o nível e tipo de documentação que
necessita de controlar no seu próprio SGQ.

5. Outros requisitos do SGQ


Há também outras mudanças nos requisitos do SGQ, incluindo:

 Proposta de requisitos específicos para as organizações porem em


prática uma abordagem por processos aquando do planeamento,
implementação e desenvolvimento do seu SGQ
 Identificação das competências necessárias para os colaboradores cuja
função afeta o desempenho de qualidade
 Identificação e manutenção do conhecimento necessário para assegurar
que uma organização pode alcançar a conformidade de produtos e
serviços
 Uma abordagem baseada no risco para determinar o tipo e a extensão
dos controlos adequados para os diferentes tipos de fornecedores
externos

 6. Estrutura e terminologia


A ISO 9001:2015 adota a estrutura de cláusulas especificada no Anexo SL que
é agora o enquadramento exigido para todas as normas ISO, novas ou
revistas. A intenção declarada para tal é garantir que a ISO 9001 esteja
alinhada com as outras normas para sistemas de gestão. Ao utilizar a estrutura
do Anexo SL pretende-se apresentar os requisitos do SGQ de uma forma mais
consistente, racional e não simplesmente oferecer um “molde” para os
elementos do SGQ de uma organização.

É importante notar que, para as organizações que já têm um SGQ em


conformidade com a ISO 9001, não haverá necessidade de alterar a estrutura
documental do seu SGQ ou a terminologia que utiliza, para que passe espelhar
a que consta na norma na 9001:2015.

TRANSIÇÃO A PARTIR DA ISO 9001:2008

As organizações já certificadas pela ISO 9001:2008 têm 3 anos para efetuar a


transferência após a publicação da nova versão. O período de transição
termina em setembro de 2018.
A SGS emitirá brevemente, mais informações acerca da ISO 9001:2015.
O que é a NP EN ISO 9001?
Confrontados com um mercado repleto de serviços e produtos, as empresas
precisam necessariamente de manter padrões de qualidade para encararem a
concorrência e conseguirem assim satisfazer as expectativas dos Clientes.
Porém, o que determina a qualidade de um produto/serviço?

Dado o interesse crescente das empresas em assegurar uma produção de alta


qualidade para se diferenciarem positivamente no mercado têm surgido vários
sistemas de gestão de qualidade suportados em normas de gestão.

Uma das normas mais conhecidas e utilizadas é a NP EN ISO 9001, cujo


principal intuito é ser usada pelas empresas como um guia de implementação
de um Sistema de Gestão da Qualidade reconhecido. Desta forma, ao obter a
certificação pela norma  NP EN ISO 9001 é criada uma força motriz que
impulsionará de forma sustentada a qualidade do produto/serviço. Ao longo
deste artigo explicamos em síntese quais os princípios que a sustentam.

Ter ou não ter? Eis a questão


Antes de mais, cabe à empresa tomar a decisão se quer ou não aplicar
um Sistema de Gestão da Qualidade com o intuito de melhorar o seu
produto/serviço. A conceção, planeamento e implementação do sistema deve
por isso ser influenciada pelas características únicas da empresa: a sua
dimensão, as características dos produtos ou serviços, as metodologias
aplicadas, entre outros.

É importante que perceba ainda que a norma NP EN ISO 9001 não pretende
igualar todas as empresas, mas sim complementar as suas capacidades
exclusivas e de alguma forma melhorá-las. se quisermos resumir o principal
objectivo desta norma, podemos dizer que a satisfação do cliente é a meta
final.

E em que casos a certificação da norma NP EN ISO


9001 pode ser útil?
Basicamente, como apontamos acima, o objetivo é assegurar a qualidade da
empresa para que consiga posicionar-se melhor em situações tão diversas
como:

 Entrada em novos mercados;


 Melhorar a sua posição no mercado atual;
 Aumento da confiança interna e externa;
 Reestruturação empresarial;
 Aumento de notoriedade;
 Controlo e redução dos custos de não qualidade;
 Aumento da satisfação dos clientes;
 Melhorar posição no panorama internacional.
 Melhoria da comunicação interna.
Quais os passos essenciais?
O projeto de certificação de uma empresa com a norma NP EN ISO 9001 pode
variar conforme as suas características, embora o prazo típico seja
habitualmente os 12 meses. Todo o processo deve ainda ser desenvolvido e
implementado seguindo a metodologia Plan, Do, Check and Act resumida
facilmente em quatro tópicos.

 Planear – Esta é a fase em que se estabelecem objetivos e metodologias


certas para satisfazer o cliente e melhorar de forma contínua
 Fazer – Uma vez determinados os objetivos , está na hora de implementar
a metodologia formulada anteriormente.
 Verificar – Nesta terceira fase, começa-se a medir os processos/produtos e
relatar os resultados.
 Atuar – Esta é a fase em que se começa a exercer ações de melhoria
sobre o processo/ produto.

Em resumo, podemos concluir que a implementação de um Sistema de Gestão


da Qualidade integra necessariamente acções como:

 Documentar o que se pretende atingir/fazer


 Fazer o que está documentado
 Evidenciar os resultados atingidos

Mas quais os passos essenciais para colocar este


sistema em acção na sua empresa?
1. Auditoria para diagnosticar a situação atual do Sistema da Qualidade e,
consequentemente, organizar toda a informação num relatório.
2. Caracterizar os produtos, serviços e processos, assim como os seus
indicadores.
3. Preparar a equipa da empresa através de ações de formação e
sensibilização para se adaptarem às mudanças e futura certificação da
empresa.
4. Preparar um Manual de Gestão de Qualidade, assim como o estabelecer a
hierarquia ou organigrama da empresa, designar as funções de cada
colaborador e nomear um grupo da qualidade, entre outros.
5. Analisar a legislação e averiguar como aplicá-la.
6. .
7. Documentar actividades relevantes.
8. Implementar actividades requeridas pela norma e eventualmente ainda não
prosseguidas pela empresa como a sistematização da resolução de
problemas.
9. Implementar auditorias internas de qualidade para avaliar o cumprimento
das actividades definidas e os resultados alcançados.
10. Analisar as constatações da auditoria interna e realizar o pedido de
concessão.
11. Analisar o relatório da equipa auditora e resposta ao mesmo.

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