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GUARDIÃO Cole
VAGNER
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JANEIRO
RIo DE GONÇALVES ç
DA EXU ã
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reimpressåo CASA Or
DA
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SILVA
DO X
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FuTURO s
duçãoTodos
15-24730 ed- SS79e Este
por os livro
Rio Sitlva, por direitos
bibliografia
ISBNInclui p.:17 qualquer
L.
Deusesda
cm.232 deExu SINDICATO
Vagner escrito segue Preparação
originaisde
Janeiro :o Fernandes
Gristina
Warth
978-83-347-0s30-I guardiäo reservados
Rua CIP-BRASIL da as Produção
Gonçalves meio regras Gaspar
EneidaD.
Frederico umbanda. :Pallas, editora, Mariana
Warth
NACIONAL mecanico, Balmas
Cabrini
Livia Aron
da
Pallas å do
20I5. casa de Pallas editorial Editoras
da Novo
21050-840Rio de I.Titulo.I . CATALOGAÇÃO-NA-FONTEdo parte Copyright©
ra.com.br
E-fnail Editora (Orixás:9) Editora
Pallas
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Luciana
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miolo Diagramação Vargas
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ALLAS
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2270-0186 material
LIVROS, da
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299.6/
CDD:2 da sem de
Silva. RJ
escrito. vetada E
capa,
KG Portuguesa.
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EXu
PRODUTO 1
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EXU 3 EXu
5 NOMES
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EXU
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EXU AGRADECIMENTOS
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BIBLIOGRAFIA
ÁFRICA APRESENTAÇÃO
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MOJUBÁ!
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Entre Lançamos
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uma antropologia tem
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afro-brasileiras vasta estudiosos do
ixás
cao10produziu, lançados,
focos Doutor se
trabalhos, ligado pela Filipe culto
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preservacão à afro-brasileiras.
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Antropologia Obi, Lima, cantigas, orixa;
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Ildásio sucesso. descrever
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livrospatrimönio atuado é e Theodoro,
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de Humanas terialfoi de
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Desenvolvimento
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do a leitor
parte Faculdade
financiamento
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legado iaôs, e mas de portanto, Exu.
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Fizemos
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Filosofia,
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Conselho Letrasfinalmente
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Tecnológico agradeço
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Ciências de
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17
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fertilidade,
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inevitável,
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pelas seu entidade
di£logo culto
culto europeus
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religiões
comunidades mal-entendi
de
associada
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valortentar doparamorto plo,
neopentecostalismo.
etc. tes que com crist, homogêneo. o
entre cas, divindade ascom
candomblé oangola), primeiro Assim,
práticas
segundo O Para
os Exujeje-nagô eest£ o diálogos,
derivadosavaliar
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(egum)
adeptos colonização
quemuitos inserido, sistemas
epara
estapasso, o passo indigenas
as
seja e a religioso
Resulta
negociações,
de umbanda catolicismo caracterizarmos
múltiplas
ixás
çao 18 entidade donão adeptos
como
nossasportanto, da religiosos é
neopentecostalismo, um
umbanda, Além considerar catolica
de locais.
umbanda,
afro-brasileiro
candomblé
avaliações
suspendendo orixácultua do um
referências
e e,
disso,africanos
candomblé, imposições longo
mais
de
talvez é de
seria
jurema
um origem quimbanda, adequadamente
que moral
varia
recentemente,
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e a
mundo osmais especifico os e ela maniqueísta
oespirito por
africana. suas culto
juizos Exu, de
deresistência associadas.
dificil,é
exem varian acordo origem de
ba de seja de
não
E em tro esta
o é e
perguntou.Assim,
sepróprioremos
perguntando.
mônio","bem" bem" Assim,
antes entidade de"
o tos exemplo, interior
visão te, seadas,
circulopodem sistema
baseia que do
depode
que definirmos ou aelasoutras de ponto
nestas sistema afro-brasileira) pergunta mundo vicioso
do estar de em
"do ser
chamar
a veem outro crenças geral,
resposta Ao mal" denominações considerado "erradas", de
dicotomias, e se vista
oleção
rixas19 classificatório
estabelecermos
para o Exu típica no
"mal") sobrecomno sistema
deslocarmos
que só do
de de senso
um j£ terá nos
estes é se euma qual
sistema está
significam "divindades"
"deus" "errado'"
divindade" seus e só comum
a uma Exureligiosas, tentarmos participamos.
Certamen
pergunta podemos
religião,
dada termos próprios
religioso nosso
resposta ou (ou ou
religioso de
este para
para "demônio",
qualquer "deus" todas
em
sobre antemão considerando
ou alguns alcancar escapar
sua olhar
critério, (""deus", termos. valores
quem vålida "deuses". as
que de "entida para outras
se quem outra devo deste
Exu não está "de "do Por do
no ve se o
vergonhado, dàdimento
um Exu, como goipeou
tou com para dors
2dquiriu sejoso sobrerel1gião centenas
Ou criterios.entidade
dada Como jå e"do
posiçao um
va una para desafiar
umn na religiäo
isso. bem"
uma aiguem nuca,de herege.
sobre oumachapeu um
professa.Aliäs, o de não
saber Um
admitiu
que cor confusão rei opara bode outras "doou
de e seria
ocupava o das rei de pois ao
ocorrido,esposas de
dferente elese chapéu que tudo
se e de seuS se
o quatro seu não mesmoclassificada
religiöes mal
era tudo quatro o disse,
erro, em formou. mitos EXU
culpado branco.
do descrevendo bode que pröprio acredita deixa
relação
e
reais. cores visse tempo
o
seu olhos, os
Conta
que aquele
pois onipresente, a de
rei chapéu Quando O e seus Exu
nos
ou e naquilo
existem principio
bode lhe umque sentido,ter
aprendeu ele. a não, não sorrateiramente dois que
contasse. súditos
dependendo O já havia o na
ateu crê
prenderam então ensina
umalgo que
no
bode, que golpeador vestiu-se por
frente rei, para as uma
em
a enten faziam, mundo
a pois a
liçao cada con Exu, dada estes
en de
e
animais
dência" e ritos
porcos O Ellis
caráter ção
dele. cortejo defincada
quase que Média. paz como as
sono,
certos Aacrescenta crenças
estavam de das
a (ELLIS, das rudeenvolviam
seu Exu todos na (ELLIS, incubos Nisto,
erótico jovens com mentes
caráterforamn festivais, terra
representação em
associados
xâs
çao27 2007 grande os em talvez,
mulheres, o I890, tais
espaços do de e
demoniaco.vistos e falo outra súcubos
é lado demnônios
tenhamos EXU
o[I894], pompa
ornamentado p.
monges
sacrificio de 4
ao obra
da Elegba: 1)
diabo, como p. que públicos:
por de
65) e cabana umma que
apontado
dançam madeira e
noturnos
Na freiras uma
que mais de descricão perturbavam
Europa, e eé
bodes, chave
era uma levado
do na
ao na
ocasião vista atuando
pinta esses "evi cães redor falo ldade para
dire em em dos
é a
na chifres,
da círculo po" negro". do
Dicionário"demônio"
se cravos 174| Mina, esta
Também tetos sua islämica,
cipal alcorão tradução
Biblia, Africa nas
mantém aproximação ao
"tradução".
e de iorubás espirito gravuras
no
escrita (DOPAMU, ""vicioso"diabo Ourabo
na lblis e da
oruba-inglês Brasil, Antonio "lblis"
o
até
(PEIXOTO, lingua seja, e
palavra sangue
na
a como maligno patas como
hoje, partir uma é Exu
o Na com Europa.
foi
colec portuguesa
da e
termo de
inclusive 1990,
o criaturaShaitan'",
""demônio", dos
o "comia" um .EXu
ào Costa
da Obra Exu,
"Senhor(Shaitan), uso porco
Ràs (lbadan: I943,
p. Um
animais ser
"Leba""lingua tido
nova do
p. Peixoto, feita 20). antropomórfico ou
28 na setecentista na dos (recebia
ewe do em termo
de Segundo bode)
Universityprópria 32). é o de versão na
resultados que
traduzido (Exu
Ina). umque
E falada lingua Fogo" fogo versão em
esta publicada dos "Exu" "davam
"justificaria" ou
Africa. iorubá
a sacrifício)
pelos seus e
tradição um
Press), tradução ocorreu
geral o iorubá como desse (com
como prin cor
epi do cão
No es em de
o
taram
conversão existem.
"pecado",
no
por xidade ricas,conceitos critica j£ um cessidade
respeito
há um
deinglesa
termo.donário
mônio", como ou
termo
Esse que muitas Entretanto,
outro, antagonista foi
uma ganhou
aindaprocesso aoeste para"'adorador "eleso"
consagrada
"mal" muito "diabólico",
certas
obrigatória emprego divindades o
absorcão maior.novos não a
português
mais questão (que
ão de etc. existe que adversário
aracterísticas do a
Se, trocas,
interlocutores para de se às "mau'". Exu) se
do (politeismo), demônio","possuido
orix resultara por oponha religiões do refere
termos(LINK,
tolicismo
ás culturas pecado, seguiu é
estendido
um do traduzido
29
A
I998, a bem, versão à
lado, a
de na como monoteistas.
um pessoa
nas não domesma
e
ExU
demonização, ouma para "Deu_"
p. émal,
segundo trabalho se algo desse para o
"demônio",
quais 197). que
possibili pode ou
tradução
comple as que pelo
Am estes Daíúnico. Onde da inglêscultua
dicio
os da ter diz ne de
a
no
principios
homenstugues origem.
ciado cilitou
mensageiro.
uma prociamou
e ferenciar
segundo os cisamente,
Vale excelencia 2004.
é mediador geiro
considerado homens."Ninguémambiguamente protestantismo,
versão lembrar p. benfazejo. aos a
e
e Isso
132).Afinal, compreenso espanhol
seria Exu ao do santos Deus, cosmológicos
Jesus, de porque,
mnais catolicismo, Nesse
de que Deus, Menino
um a
versão Em como
segundo humanoe cristãos
leco
oriK
associadaElegu£ em de a
principe Cuba, sentido,
enviado segundo presença
agentes ao
Cuba chega Jesus anjos, EXU "
benfazeja de
ou contrari da
os Jesus
foi e Exu
que ao
Leguá. h£ divino, de exaltado Exu
evangelhos ao ao a
relacionado mediadores
santos entre os mitologia
uma Pai Cristo,
teologiaAtocha em no
dase perigo mundo
O o
também catolicismo
veste seno seu do
entidade. tendência
primeiro
mensageiro comno e
e ou, mártires, que
ao aspecto africana
ricamente. (João, por para (CABRERA,
cristã, mais
a foi
mal, eo ocorre
Elegu£ seria a
14:6).mim",salvar
maior mensa asso
por
di por Jesus pre de fa de
(santo as
arco-iris
to está monstra
do bémfazejo frequentadores
intensidade Bahia).
de "fiéis(Salvador, metade
feitas segunda
religiososaparecem, documento
dacom um
Antônio,
boas a quem No
associado São se de o
negro de polícia
pelaosa
novas e verificou a
Exu" demönio, Brasil,
Bartolomeu Exu Ihe visão
que sobretudo,
São em prestava afro-brasileiros,
que referência
do levacomparação a associado (FERNANDES, eram
GabrielOxumarê, negativa
1 deve ceu no jornais
dosEm como do
a do
água Brasil, chamados identificando-o XVIII,
(santo homenagens. frequentadores notícias
dos nasséculo século a EXU
sair aos (anjo
aos que vimos.
da como Exu
homens),
em orixá ainda
a se
anunciador
terra católicoCuba. santos I937,p. XIX, ou
primeiro representado pejorativamente
tinha Na
pelo que estes
I930,
anos no Legbá
para Mas essas
imprensa
Elecatólicos jornal de
São da14),
o que foi com entidade o perseguição
lugar
Benedito cu), lado o referências aparece
que também Alabama templos
associamenor que escrita
nas traz San tam ben
de de em
e
pode
25representa monio das demonio, homens
zar qualidades
fecha homens,
às 1955. teiro
126).procissoes
p.
bloqueadordemönios,
monização
colonial. Em
Argumernto
versões os legiöes
religiões voltar os suma, dos
(uso conceitos
Exu o compartilha
aoscaminhos.
de tidas ceus) para
não africanas
dos santos o o proprio
a bens
demônios Exu,
não afro-brasileiras.
mal hifen ser
é que. como (BASTIDE, que
o
"e"caminhos, absoluto. uma
do do
quando
fruto e como ele
o de
anjos por diabo, bem céu.
com
não "EXU.
entidade que é "do
diaboapenas Exu Mas do chova)
meio sinal que e abre
mostrandocatólicos, do
impedem bem". os 1978.
e como
Por se mal" santoS
o da
da desta fora mal,
diabo do Exu os
o
Mas p. São e
agência linguagemn isso, bem um sendo e caminhos
propulsor
expandem-se
que leitura) pÙde é 181;VALENTE
não oquandocatólicos Pedro
opor anjo comparado
acesso
""e"
católica essa Exu-De anjo
relativi
nunca meiocaído, (por.
Exu, ou dos dos lhes dos
de ou as
sidoreiros pela mo
suscetiveis
sobretudo,
terpretação, legitimidade
rada Ramos,
africanas religiosa campos
de nos pelos sileiras, e sistemas
SOu a entre pliam mas
os No
eservado kardecista,
"decadência" sincrética,
de primeiros adeptos serum as
Brasil,Exu seusambos
tradição tidasaproxima vê o"grau de culturais
diversas
à a se
umbanda, os
influência e
significadospodem
como
"deturpada"" que, indício
em teriam terreiros pesquisadores
relatos
de Exu denominações também que
agÔ-queto,
seu quanto
Exu, "puras" demonizaço" de estabelecer
sido dopor do "graudo
de os a .EXU
aspecto de
religioso
em
catolicismo bantos Demônio, originaram. partir
os serem mais Nina se
contraste ou e
grandes distante em tornou do
ricano. nos (angolas,
legítimas. uma
Rodrigues
considerados eseus religiosas relações
quais mais acadêmico. pureza
contato
e denominação embates seu um
responsåveis
com do das
Exu congos)Nessa é cultopasmediador
espiritis heranças conside e afro-bra entre que
os aferido
Artur
teria ter mais Des por
in os am
e,
baixa"
rixa","não
class1ficatória""
não "abaxo tores
bantos terdesde esta
associação posições do, partir
emsingulares esquerda)
tura). classificadas
deseus
por
As polos As
sidoregistrada função a
iniciações ainda continuidade religioes
ou o do
organizam-se
do umaséculo relativas
da nos qual morais
ou
orixá",
orixá"? hoje Exu-Demônio,destas
não caracteristica
umbanda quaispatrimoniais
para nas cada afro-brasileiras,
(Exu insistam XIX, (bem
olec& "escravo
Kasincorpora etnografias e
Exu posições.E, têm e o
terreiro
estaria Exu, esta abem num
recente, ruptura adeptos
versus
seria conteúdos
devido nestademonização assim eo
do exclusiva continuumn
(preservação
nas ""acima
um elabora
ixá","energia hipótese. sobre de mal, mal ainda
e
embora considerando
pessoas "orixá", a como tradições analistas
esta ou
do intercambi£veis
a certo o que
dos tradição seus de direita
"indefinição muitos não sua
orixå'" práticasversus possam
como "quase-0 terreiros e por
negação. ocupam arranjos
parece o
nagô que erra versus meio
que au
os ou mis ser
a a
dominioforjado.
o ro é éciar pessoa, ra). morto Exu, evita-se pouco outros
carrega todas.continuam
Juana umtido
terreiro", Ogún, a os No enm como Para
avatar como
Esù Elbein filhos (encosto)
candomblé, muitos
tem acrescentar osfrequentes orixás
um
muitos
Elegbára do Os de estigmas
ponto atribuídos
seu de envolvidas
rituais afirma fogo. doisOgum,
serterreiros,
estigma,
ção
ás35 irmão: que, adeptos, e
de é irmãos "despachado" uma mais da sendo "demônio",
ao
especiais
o que: divindade e
chegarem
companheiro a em EXU
Ogum solução cor em
Exu possuir é
este.
compartilham, sinõnimo ser
dauma
preferencialmente mistério,
para Até filho
devem Xoroquê. "anjo
a da
encontradafoiini pele
confundir-se. outro(mandado o população
guerra corpo mesmo
inseparável de e de
ser
da
espirito da tornando-se
Exu"
portanto, Este orixå
e pobreza,
de porque
guarda"?).
celebra do
orixá embo que é
evita
fer que uma
No de de
já vis
sador em ser
ranças causar própria mentomuitosmenos festar
seus assentada De
Aulo qualquer
nos plexo
(SANTOS,sentada força manifestar. to. neles,que o res dos
religiosas
terreiros, danos energia de
casos,
temivel nos de
Barretti que seus abstrata durante
que Ogún
a na continua "por "terreiros"
ele,cabeça eleoufilhos
forma, I977, participa
ixás
lecao que dinâmica Princípio
Filho. entre como meio ultrapassaria - a
é
inclassificável. acompanha
não uma de p. para
iniciação
eles de sendo mesmo "
fazem me da santo, 34) I de" tradicionais,
de
dinâmico evitar EXU
o um força
6
afirmaram vida, Ogún, tudo
babalorixá
iniciações simples evitada
incomensurável, a isso que e suas que dos
que Sua queo só Ològún
o
nãopossa pode que e Esforças.
ù Esù
mortal
sem não com
iniciação, símbolo
epara várias faz representa. não se
poderia o se serexiste, Com
pesqul de manifeste
argu mani repre deve sacerdo
Exu lide
em Exu sua com efei.
se
Lingua
de domblé de pesquisas soas
Ciriaco" Pulquéria Bastidecita orixá Roger
divindade. sinal éque to .
de a [.orgulhosas] estes
de diferença
e Mas na "feitas"
de tê m possessão Em
Vaca, carregar),
do filhos ao
cabeça na Bastide
(BASTIDE, Mar por suma,
que
(de algumas (BASTIDE, caráter dos contrário
de Bahia
(iniciadas)
de era
leção
s37
Grande destino dos o
Gantois): a termos Exu menciona
era a
vidOrixás pequeno pertencerem visto e
filhas diabólico não das nota "
I978, Exu para EXU
(ilha I978, carregar de como
empregados se utras o
sofrimentos enúmero
p. Bi; Julia, de de p. do orgulham quanto Exu que
ExXu aos filhas uma
175-176). Sofia, Exu:"Maria, 175-176) que Exu
Itaparica);
do havia
na
se de
candombl do na (queda seus"condenação". época
prende para filhos de de carregar poucas
cabeça, das
candomblé sua santo,
patronos,
o do pessoas no as de de
irmão a crises sorte.
can esta tudo san Exu, tão este suas pes
de
No nz Lalu, festa conhecido
oupara (Djaima
da DE. de Ciriaco, para
de ria sido Pierre Carneiro Sofia,
Também "dar tradiço
No uma filha
iniciada
filha Exu
de
finalreivindicando de Oxóssi,
1978,p. Verger
Oxum, Rio vingança de de de citada
Mavambo
dos saida o Souza (|948,
no nome" pelo de Ogum. parao Exu tradição
anos mas, jeje. 175:VERGER, por
de
e que
da Rio Santos), laneiro, do Roger p.
ecao
ks 8 tradição Conta-se
na
povo Morreu orixá 70) ele,
1960, de a iaõ, no
seu ele banto. nofora
barracão, hora
Janeirocabeça quem terreiro EXU
iniciado de um "orixá Bastide,
errado, conhecia disse
Gilberto efon,o santo doente, iniciada
deque iniciado 1999, ser O
foi de se este Tumba
iniciado seu
manifestou como Djalma por foi verdadeiro" pois Sofia pesquisador
este
ogã p.
achando-se na por
migrou
Gilberto filho. orixå
Fomotinho, Tata 132).
é
Djalma de na época.acreditava o Junçara, volta
por costume
pronunciar
fora Exu verdade único
para Segundo de
deSeu foi iniciado de (BASTI
muito vitima Edison
SaO Exu. Exu Lalo caso de|936
na se ter Pai
Di
conhecido
objetivoDisney, dinho,
umbanda,
decunaima,de sociedade Exu espécie
dionisiaco
o contradição,
intensamente
tido,personalidade com
povo Como
é se o fantástico. que ser
foram do uma de o "dono"
brasileiro se é
muito
como
romance brasileira. "modelo está tipo um
expressar
por certoum Mário de boa são vê.
criados, do os
sua Zé associadoalegre, de os (LEPINE,
mulherengo querido
rixas
eço 43
metáfora prazeres
legadas orixá,
jovialidade Dong
Pilintra, e suas filhos
Não sua ideal"
Andrade,
como fanfarrão, "
como e EXU"
Flor cultura, a aos da cabeças. de I981, popular.
ou épara quando Exue Exu contumaz
veremos e seus vida, o p.
e personagens
eseus toa à
alegria se malandro
boêmio, e gosto se 22)
"espirito Zé pode-se se se filhos. a Basta
que
pensar
este
Características
sensualidade
Carioca, dois trata parecem e
a por
festiva... seguir, maridos, entidades tipo Neste um
acrescentar
brasileiro" como dizer
a de desfrutar
de propria definir é muito
amante
com
Walt que uma sen ea da
MaVa da
o
Exu NoMES FACES
coleçao orixas 45
"EXU
" EXU
As etnografias dos anos 1930 a 1960 revelam que Ao ver que Exu cumprira o resguardo do sacrificio,
os assentamentos feitos de argila em formato de Olodumare determinou que ele tivesse a primazia
cabeça aos poucos ganharam a forma de um corpo entre os demais orixás (SANTOS, 1977, p. 176-180).
humano pela metade ou por inteiro. Inúmeros mitos de Exu mostram a cabeça como
Vale lembrar que esse diálogo também se manifes parte central do corpo na produção e manutenção
ta nas cabeças feitas de cimento dos Exus (Eleguás) do axé (energia vital).
cubanos que exibem uma pequena haste pontiaguda Outro mito narra que um sacerdote de lIfå perdeu
(geralmente feita com um prego) saindo da testa. todas as boas coisas que tinha. Exu recomenda a ele
A existência da faca ou pena na cabeça de Exu
que revele os desejos de seu coração ao seu Ori (ca
remete ao fato de ser ele um mensageiro especial beça). que é o único que pode realizá-los e salvá-lo. O
que não deve levar fardos comuns sobre ela. Alguns
sacerdote confia no seu Ori e recupera assim as boas
mitos mencionam esse atributo, Num deles, Exu con
coisas perdidas (ABIMBOLA, 1976. p. 144).
sulta o babalaó para saber o que deve fazer a fim de Embora a cabeça seja a sede do culto de Exu,
ter a primazia entre os orixás. Foi-lhe seus assentamentos também exibem estátuas re
prescrito que
sacrificasse o ecodidé (pássaro de penas presentando-o de corpo inteiro. Inicialmente, eram
das) e que não levasse nada sobre a
avermelha
cabeça durante de madeira esculpida, seguindo uma forte tradição
tres meses. Ele fez o sacrificio e na África Ocidental que nas Américas pouco se de
cumpriu o preceito.
Nesse periodo, Olodumare, deus supremo, chamou senvolveu. No Brasil, a imagem de Exu com chifres,
todos os orixás à sua presença. rabo e segurando um cetro em forma de lança em
Todos eles foram e
levaram sobre a cabeça seus vez de cabaças ou ogô foi a que mais se popularizou,
carregos (oferendas),
exceto Exu, que levava apenas uma provavelmente a partir das primeiras décadas do sé
pena do ekodide.
culo XX. Edison Carneiro publicou, em 1937, o aue Muitos estudiosos e adeptos consideram que este
talvez seja a foto mais antiga de uma destas estátuas. cetro é influência do tridente, garfo ou arpéu das re
Nessa foto, na lança de sete pontas (representan presentações do diabo europeu. Seguindo as pistas de
do os sete caminhos), há um revólver pendurado. A Mariano Carneiro da Cunha (1983). penso que este
presença desta arma de fogo pode indicar a função tridente, ainda que possa ter adquirido o significado do
de guardião da ordem e dos espaços (uma espécie
tridente diabólico, é também uma variaço do"pentea
de policial), mas também de promotor da desordem, do" fálico de Exue do chifre como sinal de força na
podendo estar relacionado ao mundo da rua, da cri tradição africana. Representações de Exus com forma
minalidade, da subversão e do perigo. humana, mas com chifres e rabos, também são encon
Com o passar do tempo, o corpo
antropomórfi trados na Africa Ocidental, ao menos desde a primeira
co de ExU assumiua forma
cilindrica, numa provavel metade do século XIX (PARRINDER, I949, p. 81), es
referenciaao falo, e o cetro, a forma de um
garto tando associadas aos símbolos de poder e fecundidade.
de tres pontas (tridente) para o
ExU masculino e de Exu movimenta-se no tempo e no espaço rapida
duas pontas para a sua versão feminina, mente por meio do ogó que ele usa também para
chamada de
PombagiraVale
jå
lembrar que a versão feminina de Exu atrair objetos distantes (VERGER, 1999, p. 136). A
existia na Africa Ocidental, e no encruzilhada, por ser o encontro dos caminhos, e
Brasil era comum,
durante as primeiras décadas do
ràr nos
século XX, encon um dos espaços preferenciais para a realização de
de
assentamentos de Exu uma
boneca vestida suas oferendas. Na umbanda, costuma-se afirmar
vermelho (CARNEIRO, 1937,fig. 6). Essas que as encruzilhadas em forma de "X" (com quatro
de Exu
proliferaram nos terreiros, estátuas pontas) são destinadas a Exu e as em"T" (com três
mais conhecidas tornando-se as
dentro e fora da religião pontas), à Pombagira.
atualmente.
olecao orIKas 50 colecào orisàs 51
tolica
mitologiasexpressar, linha.
ceira segunda
a das garfosgênero.aludem do
parece
Penis variaço
encruzilhadas tridente A
de ênfase
e linha. (de Na ao ter
Exu chifres
queportanto, dos três figura corpo
ao
esido mitica
s52
lecao
utilizam corposNotem dos
Diabo.,
e
reelaborada
postos abaixo,
(em duas
não
humanolugares na
que
a masculino formapontas) simbologia "
linguagem mas
apenas sobre EXU.
elas apresento
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sua
oferenda,
encontro a a e X" na formas do
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do cabeça diterenciação
femininoter na deprimeira as
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variações falo
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cujas e
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e
outras
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mar sobrepedaço e
pelos nacionais sínteses
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mitos poral
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Exus garfos que e
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Normalmente do
giz ideias
s£o presença
seus para vinculam
de
Sejapapéis Exus orixá, se
visa(calcário) riscados"
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3 traçadas. oqual de filhos, se tornaram pontas
de
podem,
padrãocontendo a
velas. vistos
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for encontro,
identificarem poder, Ou EXU
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Este o os em ausência
básico o por
seu Exus emblemas
potentes
objetivo, os
um ato, seus oucorpo,
mágicas.
exemplo, transição,
apedidos chamadopontoriscam nas
centro pontos duplas, nele
partir quando símbolos
a sexualidade do
forma Sobre nosessões
elaborados
queimar
doescritos de com riscados passagem por falo
de
chão
qual força incor trans serem
do
este "fir um de nos
e e
" EXU
"EXU"
ou do "tra
As ferramentas' poderiam ser vistas como uma geralmente do trabalho pesado, braçal,
mal), reflete
versão em ferro dos motivos presentes nos dese balho sujo" (feitiços relacionados ao
nhos dos pontos riscados. Sao feitas para compor imaginário brasileiro, no
um aspecto importante do
os assentamentos da divindade cultuada enm altares qual trabalho braçalévisto como uma tarefa des
individuais ou coletivos. qualificante, destinada preferencialmente às classes
As ferramentas expressam cosmologias comple baixas, em geral às populações negras e pobres. Na
xas. Exu, enquanto intermediário, serve como forca condição de escravo, Exu é o "pau-mandado", o ca
dinämica dos próprios orixás e dos homens. Por pataz, o serviçal, aquele que cumpre ordens. Porém,
esta razão, cada orixá ou ser humano tem um Exu como marginal, ele é também potencialmente um
que Ihe serve, o que leva muitos adeptos a ver Exu sujeito da revolta e da insubordinação. Exu, tal como
como "criado" ou "escravo dos orixás". as classes subalternas, precisa ser contido, e sua for
Experièncias sociais expressam-se nessas ferra ça, controlada. Assim, cadeados são colocados nos
mentas por meio do cruzamento de assentamentos de Exu ou na porta da casa onde
cosmogonias
e do compartilhamento de contextos estão seus assentamentos para que, no movimento
históricos.
A concepção de Exu como de abrir ou fechar destes cadeados, sua força seja
"diabo" e "escravo" e
certamente tributária da viso católica sobre a liberada ou controlada. Alguns nomes pelos quais
religiosidade africana e a escravido. E mais: a con ele é conhecido, como "Exu Abre-Caminhos", "Exu
Cepçao de Exu relacionado ao mundo do Tranca-Ruas", "Exu Porteira" e, mais recentemente,
trabalho, "Exu Sete Cadeados", assim como referências ao
erraerta
deter muadG orá onome pelo qual se seu poder de quebrar barreiras, presente no reper
Que santetizam seus conhecem os ferros de um
para Oxoss o
riderte para Exu et atributos. como o arco e Tiece tório dos c§nticos de Exu na umbanda, como vere
54
colec ao orixas55
"EXU EXu
coleçao orixas59
" EXU EXU
giras de Exu, que ocorrem nos terreiros geralmente função desta relação. Conta um mito que, quando
Dor volta da meia-noite de segunda ou sexta-feira. é Olodumare enviou os orixás à terra (aiê), designou
possivel ver este imaginrio em ação: Exus vestidos um Odu de Ifá (signo do destino) e um Exu para
com cartola e capa preta, bebendo, fumando, sol acompanhar cada um deles e ajudá-los em suas ta
tando grunhidos amedrontadores e usando expres refas.Assim, é por meio do axé de Exu que os orixás
sões que denotam o seu grau de evolução espiritual:
dinamizam seu poder. Outro mito narra que Olo
quanto mais desbocados, ofensivos e obscenos, me dumare, ao criar o universo, deu a Exu Odara uma
nos evoluidos demonstram ser. E, por isso mesmo,
cópia do axé, da força divina, com a qual construiu
podem ser procurados pelos consulentes em busca o mundo. Exu seria também o senhor do agbára
de soluções radicais para seus problemas.
(poder neutro) e, nesta condição de Elegbára, é re
No candomblé de tradição fon-iorubå, Exu
pode presentado por uma cabaça que contém o poder de
ser invOcado sob inúmeros nomes ou avatares realização. Como Osije-Ebo, é ele quem transporta
(também chamados de "qualidades", no Brasil, ou o carrego, o ebo. Na condição de Enugbagiro, repre
"caminhos", em Cuba). Mesmo sem haver consen senta a boca coletiva que tudo come e devolve ao
so sobre aiguns dos seus
que estes nomes ou
significados, pode-se dizer orum. Exu é, assim, o vigia e lider dos orixás, a quem
avatares fazem referncia a competiria abrir as portas do orum, o Olopá Orun,
epitetos,titulos. funções, atributos
esfera de regencia etc. Cada ser míticos, lugares,
porteiro e mensageiro divino (SANTOS, SANTOS,
197lb; SANTOS, I977; ABIMBOLA, 1975;VERGER,
proprio Exu, chamado Exu Bara,humano poSsui seu
o Senhor que
traz 1981; BARRETTI, 2010). Vejamos alguns destes no
movimento ao corpo. Os orixás mes e atribuições:
Seus Exus também possuem
particuares, que são
identificados em
coleçao orixás . 61
" EXU
" EXU
coleçào orixás 6}
EXU " EXU"
. Exu Odara - Senhor da Beleza, da Felicidade. conhecido como Aluvaiá, Gongobira, Bombojira,
das Coisas Boas Pambojila, Unjira, Unjila, Nzila, Mavambo, Mavile.
Exu Oduso - Senhor Vigia dos Odus Jiramavambo, Paven, Mancuce, Quitungueiro, Cara
Exu Ofun Meji - Exu de Oke coci, Cariapemba, entre outros nomes (CARNEIRCO.
Exu Okanran Meji - Exu de Xangô 1937; SANTANA, 1984). Nesta nação ele também
- Exu Okoto - Senhor do Caracol desempenha o papel de mensageiro divino, repre
Exu Olobé - Senhor da Faca sentado pela encruzilhada, de protetor das casas
" Exu Olopi Orun -Senhor Porteiro do Orum e intermediário entre os homens e o mundo dos
. Exu Olorun Sara - Exu de Oia ancestrais e outras divindades.
" Exu Orifin -Exu de Oro Na umbanda, os Exus que não se
apresentam com
" Exu Oro-igi - Exu de Iroko nomes africanos ou de demônios cristãos permitem
" Exu Orun ou Exu Nile Olodumnare - Exu da uma análise do diálogo entre as concepções com as
casa de Olodumare, Exu de Oxagui quais entraram em contato. Não é necessårio re
Exu Osije-Ebo - Senhor do Transporte do Ebó. produzir aqui a grandee crescente quantidade e va
Senhor da Reparação riedade destes nomes: basta citar alguns, como Exu
Exu Oturu Ponwonrin - Exu de Obalufon Sete Encruzilhadas, Exu Porteira, Exu Tranca-Ruas,
"Exu Tiriri - Senhor Valoroso Exu Destranca-Ruas, ExXu Catacumba, Exu Caveira,
" Exu Yangi - Senhor da Laterita Vermelha Exu Cemitério, Exu Lorde da Morte, Exu Matança,
Exu Meia-Noite, Exu do Lodo, Exu Duas Cabeças.
No Exu Morcego, Exu Capa Preta, entre outros. Esses
candomblé de tradição banta (angola e congo).
o correspondente ao orixá Exu é o inquice Exus "brasileiros" revelam a dinâmica dos processos
(NkisI)
coleç ào orix ás b5
ulecae utixàs4
EXU EXU
O sino da
Na cantiga a seguir, ocaráter ambiguo de
Exuéenal igrejinha
Faz belém, blém... blóm...
tecido. pois e desse mistério que a entidade
retira sua
força Ele é anjo despejado do céu Deu meia-noite,
(caído), mas tem o
colecào orixàs 72 colecào orixás 73
.FXU: EXU
4 coleçao orixás . 75
EXU EXU
Entre os iorub£s, Exu é uma entidade freguen uma caracteristica de Exu que não se deixa restringir
temente masculina. Entretanto, conforme informa àdivisão de gênero, ainda que sua sexualidade seja
A. B. Ellis (1890. p. 4|), Exu pode ser representado retratada visualmente por meio de um falo ereto.
por uma fgura feminina, provida de seios longos e pon Entre os mitos encontrados, porém, apenas um des
tudos e outros dcessórios necessários.
creve Exu como mulher (GUNDIPE, 1978, p. 178).
Wande Abimbola (1975, p. 27) afirma que em Segundo esta narrativa, Ifå nasce e os babalaôs pro
alguns mitos é a mulher de Exu, chamada Agberu, fetizam que ele serámuito conhecido e importante.
quem tem a obrigação de coletar os sacrifícios e os Mas seu passatempo é ficar parado, vendo as pessoas
entregar ao marido: passarem, e conversar com elas. Torna-se muito po
pular. pois sempre escuta a todos e tem conselhos
A posiç£o de Exu é central no sacrifício para ou opiniões a dar. Entretanto, não consegue aprender
a adivinhação de Ifá. Exu é o poder responsável nenhuma profissão nem quer casar. Numa encruzi
por levar todos os sacrificios para as divinda Ihada, encontra urna mulher bonita e intrigante, que
des.Alguns mitos afirmam que a esposa de Exu, causa inveja e, por isso, as pessoas passam a evitaro
conhecida como Agberu (a coletora dos sacrifi casal. Ifå cai no ostracismo. Amulhero leva para a
cios), é quem de fato aceita todos os sacrifícios floresta, onde lhe ensina o valor medicinal das plantas
e os entrega ao seu marido, e como adivinhar com frutos de palmeira. Por grati
dão, Ifå promete que, em todo sacrificio prescrito, ela
Esse caráter de duplo sexo, ou sem um sexo deverå receber a primeira parte, e seu retrato devera
defini
do, foiinterpretado por muitos autores (OGUNDIPE, sempre estar no tabuleiro de adivinhação. Essa mu
1978. p. l63: SANTOS, Iher é Exu.
SANTOS, 197Ib, p. 9|) como
coleçào orixás77
coleçao orixás 76
EXU
EXU
coleção orixás - 83
colecae orixás 82
EXU EXU
os
a elaboração dos sistemas sociais de trocas de bens. Da laterita (pedra) ao tridente falico brasileiro,
de aquisição da linguagem e de elaboração do paren assentamentos de Exu exibem diferentes arranjos
tesco, entre outros. Vejamos alguns destes aspectos. destas concepções. Pode ser um monte de terra
localizado na entrada do terreiro, sobre o qual se
COMPADRE DE EXU fazem as oferendas de sangue de animal (entre os
quais, bodes, aves e ibi, espécie de caramujo), azeite
No Brasil, Exu é cultuado no chão, geralmernte na de dendê, moedas etc.
entrada dos terreiros, na forma de um assentamento Na África, de acordo com Maupoil (1943), o Exu
coletivo ao ar livre e de assentamentos individuais da porta é uma proteção contra forças negativas
privativos localizados em um cômodo isolado, cuja vindas de fora, e o Exu dos aposentos, uma prote
porta fica permanentemente trancada para restrin ção contra possiveis ações malficas originadas no
gir o acesso e também para que o deus trickster, interior do pröprio grupo. No Brasil, estas funções
segundo as diferentes crenças, não fuja e espalhe de foram associadas a diferentes graus de periculosida
sordem pelo mundo (BASTIDE, 1978, p. 71). Como de. O Exu da entrada é considerado mais "maléfico"
vimos, cadeados e chaves são mencionados em suas ou perigoso em relação ao dos aposentos, que é
cantigas na umbanda e podem ser colocados nos mais protetor, e por isso chamado de "compadre"
seus assentamentos, em referência a essa força que (CARNEIRO, I937, p. 42; BASTIDE, 1978, p. I80).
precisa ser controlada. Exu também é assentado A dicotomia afro-brasileira do Exu de dentro (da
atrás da porta dos barracões, onde se realizam as casa) versus Exu de fora (do portão ou da rua) ou.
festas publicas, ou dos pejis. Em ambos os casos, ele nos termos da umbanda, Exu batizado versus Exu pa
desempenha o papel de guardião e protetor da casa. gão, expressa, com metáforas de lugar (próximo-dis
Okun
e por um homem, Orixalå (Obaba Arugbo), que vie. No início não havia terra. Havia apenas
ram àterra acompanhados de Ajajuno, uma pessoa (ou Olokun), o oceano, e a água se estendia
Olorum,
que agia como mensageiro e chefe de guerra. De. sobre todas as coisas. Acima, havia
Dois de criaremo mundo, se encantaramn e viraram o orixá do céu, e Olokun, o orixá do mar, os
pedra. Essa narrativa ficou pouco conhecida. Coube quais eram contemporâneos. Eles continham
a Leo Frobenius publicar, em 1913, a narrativa ioru (ou possuíam) tudo o que havia. Olorun tinha
b£ sobre a criação do mundo, segundo o formato dois filhos. O primeiro chamava-se Orishalla (o
que se tornou mais divulgado posteriormente. Nela mesmo que Otaballa, também chamado sim
aparecem três versões do mito. Na primeira e na plesmente de Orixá), e o mais jovem, Odudua.
segunda, Olorum encarrega Obatalá de criar o mun Olorun convocou Oxalå e deu-lhe um pouco
do, mas este se embriaga e a tarefa fica por conta de de terra, uma galinha com cinco dedos (Adje
Odudua (agora um ser masculino). Na terceira ver -Alesse-manu) e disse-Ihe:"Desça (ou:Vá para a
sâo, Olorum em pessoa vem à terra e cria o mundo terra) e faça terra sobre Okun." Oxaláfoi. No
a partir da cidade sagrada de llê Ifé (localizada na caminho, encontrou vinho de palma e bebeu até
Nigéria atual). Pede para Exu sentar-se atrás dele, embriagarrse e dormir. Olorun viu isso, chamou
Ogum à sua direita, Oxalá à sua frente e os demais Odudua e disse-lhe:"Teu irmão (mais velho) se
orixás ao seu redor. E planta no meio da ilha três embriagou pelo caminho.Vá, você. pegue a areia
e a galinha com cinco dedos e faca a terra so
palmeiras,. por meio das quais os homens podero
conhecer o futuro. Eis o relato da primeira versão: bre Okun" Odudua foi, tomou a areia, desceu e
colocou-a sobre o mar. E colocou a galinha com
cinco dedos sobre a areia. A galinha começou
Elbein do
ciscar e espalhar a areia, forçando a água para Em outra narrativa, publicada por Juana
os lados. llêIfê foi o local onde isto ocorreu Santos (I977, p. 58-59), Exu aparece como o primei
de
e ao redor do qual, num primeiro momento, ro ser criado (Yangui ou Yangi) ou um principio
o mar ainda corria. Odudua governou a terra existência individualizada:
de llê lfê como seu primeiro rei. (FROBENIUS,
1913, vol. I,p. 284, tradução minha) Nos primórdios existia nada além de ar;
Olorum era uma massa infinita de ar; quando
As várias versões dos mitos de origem iorubá começou a mover-se lentamente, a respirar,
por trás de cada porta da casa do futuro. Assim, os cador. Cansado e com fome, recorreu a Exu para
saber como receber mais sacrificios dos homens.
homens aprenderam os segredos do oráculo. passa
Exu o aconselhou a recolher noz de cola do chefe
ram a viver melhor, e o culto de Fáse espalhou pelo
mundo. Aqui se vê que os dezesseis olhos de Fá, as dos homens (Orungan). pois por meio dela o en
dezesseis portas da casa do futuro ou os filhos de sinaria a prever o futuro. Ifá aprendeu e ensinou a
Få enviados referem-se aos dezesseis Odus princi Orungan, que, muito feliz, passou a retribuir a lfá
pais (signos) do jogo do opele Ifá. Também no jogo fazendo sacrificios. Uma parte de todos os sacri
de búzios sâo usados dezesseis búzios. ficios, porém, deveria ser reportado primeiramen
Na tradição fon-iorubá, Exu e Ifá ou Legbáe Fá te a Exu. Em 1949, Frobenius (p. 228-230) publica
uma verso mais complexa desse mito na qual, para
s£o divindades inseparáveis, seja como amigos seja
acabar com a fome dos orixás, Exu perambula pela
como inimigos. Na maioria dos mitos, é Exu quem
ensina o oráculo de Ifá para Orunmilá(o deus adi
terra em busca de solução. Chega à casa de Orun
vinho),. mas em outros é o contrário: Exu aprende gan, que o aconselha a recolher dezesseis coquinhos
da palmeira. EXu o faz, Dorém não sabe o que fazer
com Orunmilá (CABRERA, 2012, p. 100).
coleçao orixas 99
eolecao orixas 98
" EX
inundações sobre dida"Quando EXu Entre 1976; filhostambém eeste nascer zade daEntre BASCOM, GA, sapatotransforma as gato
aos pessoas; enquanto a
garante IBIE,
debaixo possa dos I995: ;
suas pela os cabelo orixás; os ao vencer
Olocum faz se outros pato e o o
a terra
águas, seres 1986; vegetais,SÀLÁMI , 1969;
fim o transformar
da o branco quem cupim tigre o
inhame vegetais
finalmente tigre
orixas
leçaoI03
de que equilibrio
mandou (Mar) SÁLÁM0,
da terra (MAUPOIL, é
OGUNDIPE,
defende RIBEIRO, é em
corndenado e
nos Exu a .
submergir galinha a natureza,
se (CABRERA, e EXU
e quem rei se
o em filhos faz quem
grandes revoltou entre RIBEIRO, e
de amendoim a depois tornar
a roupas dele 2011). då a
terra cinco os o do árvore faz
I943;ANGARICA, 1978; viver
papel um do patas
ondas, domínios por 1954;ABIMBOLA, 20 algodão em animal
e dedos para obi IBIE,
tudo ter regulador I). terem deus; Iroco em na
provocando os uma comida selva;
sido 1986: forma doméstico
que espalhou criados. homens; para quem da
"inva muitos quem
nela inimioferen |955. para
de que faz EPE de
florescia. Os
Que levasse umhomens
.EXU
(COURLANDER,
Muitas
por
1973. 21-22). acalmar OlO
caracteristicas dos orixás
p. com sal para Exu, mas recusou-se a fazê-lo ÀDoi.
te, enquanto ele dormia, Exu pegou uma cabaça e
Exu, como o poder foram atribuídas a fixou nas costas dele. Quando Obatalá acordou,
Reza a tradição que sobre o fogo de Xangô e Oiá. viu que estava corcunda. Disse então Exu a Obatalá:
do rei de Xangô era o
satisfeito, pediu poderoso
Oió. Não e "Você se recusou a oferecer uma cabaça, por iisso
temi
capaz de a
Exu uma magia será corcunda. (Eépor isso que existem corcundas
aumnentar
rou-lhe uma poção
ainda mais seu
poder. Exu prepa até hoje.) Você se recusou a oferecer um pouco de
encantada que
boca.A esposa de Xango, faz fogo sair
pela
sal, portanto, jamais poderá comê-lo. (Oxalá está
Oiá, proibido de comer comidas com sal)" (VERGER,
O
preparado, experimentou-o eencarregada de buscar
1995, p. 95).
baredas quando falava. Xangô, começou lançar la
a
Considerando essa ampla mitologia, que não será
mulher. que fugiu enfurecido, perseguiu a
raio sobre ela. enquanto ele atirava suas pedras de obviamente explorada aqui em todos os seus sen
não
conseguiu
Finalmente, quando tomou a poção, ele tidos, podemos nos restringir a algumas questöes:
controlar o
fogo em Quais seriam então os principais motivos que fazem
diando palácio real e a cidade ao sua boca, incen
o
de Exu o primaz, mensageiro e guardião por exce
tornaren essa poção. Oi£ e redor. Depois de lência? De onde vêm sua importância, sua fama, sua
em orxás Xangô se
Em outro (COURLANDER, transformaram
1973, p. 79-82). força e seu poder, que se retroalimentam? Verifico
mito, Exu que a fonte deste poder ou destes papéis pode ser
estabelece
cumprem o sacrificio,interditos
xás gue não aos ori
compreendida a partir de pelo menos cinco caracte
como aconteceu
risticas, discutidas a seguir.
cole àe
orAAs - O4
Exu.
continuava pobre.
iA REGENCIA DE EXU NAS TRANSFORMAÇOES DO DESTIY ele mesmo
blemas, porém chorar no pa
o
aconselhoU a ir
amigo, um olho
oue era seu disse ao rei que
Exu então
Os motivos que levam os deuses e homens a Fy, l5cio de Olofim. o outro,
lacrimejando sangue e
se referem àtransformação da vida, à possibilidade de Orunmilá estava caissem no solo.
de alterar as condições desfavoraveis por meio do esse sangue e essa água
água, e se morreria. Teme
uso de sua força dinämica. Estas condições podenm desapareceria e seu rei
uma cidade Orunmilá.
milhes de búzios a
envolver temas como saúde, doença, fortuna, ri roso, o rei då oito guardar todo este
uma casa onde
qUez2 casamento. fertilidade, nascimento e morte. mas ele nem tem
Orunmilá a chorar nova
entre outros.A vida terrena (aie) se reproduz como dinheiro. Exu aconselha
uma casa para Orun
se o opeie ifa (tabuleiro da adivinhação) fosse um mente no palácio e pede ao rei
O rei lhe dá uma casa
espelho do que e (ou foi ou está sendo) a vida no milå poder guardar o dinheiro.
sozinho
orum. Consultar o oráculo, no qual Exu tem um pa com dezesseis quartos. Mas Orunmilávivia
choro, o rei e
pel fundamental, é buscar por uma
solução dos pro nela. Novamente, sob a ameaça do
Orunmilá. Mas
biemas atuais baseada na solucão
encontrada para incitado a dar dezesseis esposas para
então
problemas semelhantes que ocorreram nos
temp0S nenhuma delas dá filhos a Orunmilá. O rei
miticos. Vejamos um mito exemplar oferece
desse "jogo de aconselha Orunmilå a cultuar lfå. Orunmilá
espelhos" muitos filhos e
uma cabra para lfá, torna-se pai de
Na Cidade de 20ID).
Olofim havia muitos desde então louva Exu (SÀLÁMI, RIBEIRO,
mulheres engravidavam, havia problemas: as
não
Os problemas da cidade são, em síntese,
as des
seca e fome intrigas, guerras, Orunmilä.
Orunmila era adivinho de Olofim e. venturas humanas na terra resolvidas por
com seus ebos, ajudou
a resolver todos estes pro. Entretanto, h£ na retribuição do rei a Orunmilå uma
metafora do próprio jogo de opele ifá como qual o aos dons (saúde. fertilidade.
do qual ele teve acesso
adivinho acessa a solução dos problemas. orum para a terra. E como
riqueza, paz) trazidos do
Esse jogo consiste num colar com oito metades de auxílio de Exu. ele
manipulador deste oráculo, com o
coco. Quando suspenso pelo meio e atirado ao solo. destas riquezas e dons
agora pode propiciar o fluxo
ocolar apresenta duas colunas de quatro cocos. Con do orum ao aie e
vice-versa.
siderando a posição de queda destas metades (com Exu é também aquele que com astúcia e
esperte
a parte côncava para cima ou para baixo) é possiyel lcu em inúmeros
za enfrenta a morte, chamada de
obter dezesseis combinações. Quando uma coluna
mitos.As três narrativas seguintes são esclarecedo
e igual à outra, esses signos são chamados de odus
ras deste aspecto.
principais. De certo modo, a quantidade de búzios Orunmilá ecoloca
O agente da morte vem buScar
recebida por Orunmilá faz referência aos oito cocos
o caixão em frente à sua casa. Orunmilá havia feito
deste colar ("oito milhões"). A casa com dezesseis
o sacrificio devido a lIfa. Exu, que estava la, convence
quartos faz referência ao próprio colar e ao opon
então o agente da morte a levar ratos e påssaros no
ifa. tabuleiro que recebe as marcas destas
quedas.As lugar de Orunmilá. Quandooagente sai carregando
dezesseis esposas referem-se ao fato de que destes
na cabeça o caixão repleto destes animais, Exu joga
dezesseis odus principais épossivel obter (eles"pro
Ihe uma maldição para que ele nunca mais possa
criam") outras 240 combinações possiveis,
chamadas colocar no chão o caixão, que fica grudado em sua
de "odus filhos". Enfim,
Orunmilå recebe como re cabeça (ABIMBOLA, I976, p. 212-215).Vale lembrar
compensa as dadivas terrenas (do aie) numa quan pássaros da
que os ratos so dedicados a Exu e os
tidade (oito milhões, dezesseis sentido,
quartos, dezesseis morte, às grandes mães feiticeiras. Neste
esposas) que referencia o jogo do opele por meio animais.
Exu manipula e engana a morte com esses
do caminho. Nesse meio-tempo, Odua, que foi criaço foi publicada pela
Fsta versão do mito da possivel
consultar Ifa,fazia suas oferendassa Esu. e até onde foi
Seguin- primeira vez (em portugues
do os conselhos dos Babalawos, ele trouxera Santos (1976), que alega
pesquisar) por Juana E. dos
åiyé, tal qual é re
cinco galinhas, das que têm cinco dedos em rê-la recolhido do "Itan igba-ndá
(conjunto
cada pata, cinco pombos, um camaleão, dois mil velada pelo odu-Ifá Otúrúpòn-Owónrin"
elos de cadeia e todos os outros elementos no foi possivel lo
de textos oraculares, os quais
autores que
que acompanham o sacrifício. Esù apanhou es calizar). Foi reproduzida por inúmeros
tes últimos e uma pena da cabeça de cada ave afro-ameri
escreveram sobre a mitologia africana e
e devolveu a Odua a cadeia, as aves e o camaleo
cana, inclusive por Pierre Verger, que publicou duas
vivos. Odua consultou outra vez os Babaláwos. interferência
versões para este mito: sem e com a
que Ihe indicaram ser necessário, agora, efetuar e
de Exu (respectivamente: VERGER, 1995, p. 191:
um ebo, isto é, um sacrificio, aos pés de Olórun,
VERGER, 1980, p. 23 1; 1981, p. 252; 1985, p. 83-87).
de duzentos igbin, os caracóis que
contêmn o Entre |910 e 2013, encontramos ao menos doze pu
"sangue branco","a água que apazigua", omi-èrò
blicações nacionais e estrangeiras que reproduzem
(SANTOS. 1977. p. 61). o mito da criação do mundo sem a interferência
de
colecdo orixàs
"EXU:
viagens
andava embriagando Obatala e atrapalhando a cria. fim do século XIX, por conta das
nartir do realizadas Dor
cão dos homens na mitologia da santeria cubana do Atlantico
entre as duas margens mediadores
Um mito (ANGARICA, 1955, p. 72) narra artistas e outros
que Oba religiosos, academicos,
talá recebe de Olofim grande poder para 2005). Assim, parece que
ajudá-lo desse processo (MATORY, aconte
na criação do mundo e dos seres, porem ele
se tor. em certos mitos,
quando "coisas erradas"
mito
na prepotente e passa a tratar com desdém todos uma nova versão do
cem sem a mão de Exu,
ao seu redor. Exu queixa-se para Olofim, que pune personagem, principal
poderá trazer à tona este com
Obatalá desorganizando suas obras. Os homens estão relacionadas
mente quando estas coisas
que ele fabricava ficavam personagem tricks
inacabados: pernas para a possibilidade de atuação de um
um lado, cabeça para outro, e Martins (2005),
assim por diante. EXu, ter. O livro Lendas de Exu, de Adilson
vendo Obatalá tão foram coleta
arrependido e abatido, intervém é um bom exemplo. Muitas narrativas
junto a Olofim, que perdoa o orix£ e lhe
restitui das de outras publicações nas quais não aparece a
opoder de criação.
Agradecido, Obaralá proclama figura de Exu como o pivô das confusões. Pode-se
que doravante, em tudoo que ele criar ou em que evidentemente considerar que se trata de um pro
tiver de intervir, Exu teråa
Este caso
primazia. cesso de "fragmentação" anterior (em decorrência
exemplifica existncia
a de uma "rede das condições da diáspora africana do passado) e de
mitica transatlantica", na qual as versões dos
mitos "reunificação" no presente da mitologia fon-iorubá
dialogam entre si nos contextos locais e
nais,e que interliga paises transnacio (em decorrência da globalização da religião dos ori
te pelo culto às conectados religiosamen x£s e da crescente ação de "recuperação oracular"
divindades africanas trazidas para as dos exegetas das tradições de Ifå, tanto na Africa
Américas, inicialmente devido à escravidão, mas. a como nas Américas).
mito, Olocum
Os mitoS em que Exu garante
ordem são tão noite. a terra com o mar. Segundo o
a a
numerosos quanto aqueles em que sua açaão é dele (Lua) tinham cada qual
(Mar), Orum (Sol) e Oxu Oxu
téria. Deve-se a ele. por exemplo, a separação entre universo. Olocum vivia nas águas.
Sua morada no onde
o ceu e a terra Ocorrida na época em que estes do toda noite e para
vivia no céu, de onde saia
minios eram contiguos e os seres transitavam de um quando ento Orum se
voltava ao raiar do dia. Era
lado para o outro. Segundo a ao cair da noite.
narrativa, Mawu vivia levantava de sua casa, Só voltando
no ceu, que estava pertinho da morada de cada um era
terra, o que permitia Exu convenceu-os de que a
que ela vigiasse constantemente seu todos mu
filho, Legbá. Para melhor do que a do outro e fez com que
se livrar caminhar
vigilância da mãe, o orixá aconselha uma dassem de casa. Quando Oxalá viu a Lua
velha a jogar água suja para cima. Mawu, furiosa, vai durante o dia, o Sol vagar à noite e o Mar habitar
deslocando o ceu cada vez mais para longe da terra, oS montes e as matas da terra, ordenou que cada
deixando Legbá para trás, um voltasse para a morada que ele havia designado a
de encarregando-o, porem,
reportar a ela, toda noite, tudo o que eles. Xapan, por ordem de Oxalá com a ajuda de
durante o dia. Por isso, Legbå está em aconteceu Orum, pune Exu, fustigando-o com seu xaxará (vas
todo
(HERSKOVITS, 1938, v. 2, p. 224). Aqui vê-se quelugara soura com a qual ele transmite a varíola). Exu banha
poluição (água suja) representa a própria no rio para aliviar-se de suas cicatrizes e, como
provocada por Legbå, que resulta na desordem, vingança, determina que todos os homens que se la
mundos na retirada da
e separação dos
Não satisfeito com divindade suprema da terra. varem naquelas águas se contaminem com a doença
essa separação
a le mar), Exu entre ceu e ter
ainda tentou fazer com de Xaparnã (FROBENIUS, I913, v. I.p. 236-240).
separadas trocassem de lugar, que as coisas Novamente Exu usa a água poluída (agora com
confundindo o dia com doenças)) ou fora do seu lugar (não formando o mar,
abandonada
de procurar uma rainha
aprofundar os aspectos ou
condições das ot. [Exu] foi
e Ihe disse:
Exu se vale para tempo por seu marido
provocar ou resolver conflitos e nro já há algum e cor
da barba do rei
blemas relacionados ao mundo das classificacões Traga-me alguns fios amuleto
O esta faca. Eu Ihe farei um
primeiro aspecto decorre da sua condicão te-os com marido." Em se
de tradutor-intérprete. Exu provoca volta o seu
que lhe trará de
confusões por filho da rainha, que era
meio, sobretudo, da fala ou da lingua (usada na
comu. guida, Exu foi à casa do residência
nicação como veiculo de transmissão de herdeiro. Ele vivia numa
verdades o principe
palácio do rei. O
ou mentiras). No
candomblé, a fofoca tem um papel situada fora dos limites do
fim de prevenir
importante como forma de controle moral e disse costume assim o determinava, a
de um soberano
minação de informações (AMARAL, 2002). Cito duas toda tentativa de assassinato
subir ao trono.
narrativas que envolvem este aspecto. Na primeira, por um principe impaciente por
Oxalá pediu a Exu que lhe servisse, disse-Ihe ele,
como refeição, "O rei vai partir para a guerra",
a noite ao
melhor coisa do mundo. Exu foi ao
mercado, com "e pede o seu comparecimento esta
prou lingua bovina,
preparou-a e deu ao orixá. Farto palácio, acompanhado de seus guerreiros." Fi
de tanto comer, Oxalá rainha,
aprovou escolha e, para o
a nalmente, Exu foi ao rei e disse-Ihe:"A
dia seguinte, solicitou que lhe
fosse dada para comer magoada pela sua frieza, deseja matá-lo para se
a pior coisa do mundo. veio. O
Novamente Exu preparou vingar. Cuidado esta noite." E a noite
Ihe lingua bovina.
do prato até que
Oxalá não entendeu a repetição rei deitou-se, fingiu dormir e viu, logo depois,
ouviu explicação de Exu:
a
a lin a rainha aproximar uma faca de sua garganta.
gua pode ser boa ou
ruim, dependendo do seu uso O que ela queria era cortar um
fio da barba
(MARTINS. 2005. p. 39).Em outro mito, do rei, mas ele julgou que desejava assassiná-lo.
coleçao orixas 24
coleçao orixás " 125
"EXU
EXU "
faca paracortar
O rei desarmoU-a e nao usoua Nesse
ambOs lutaram. Ouseja, Exu.
fazendo eacrificiosa Exu, votivo de
animalmetaforicamentecomo
grande algazarra. Oprincipe, que algum
chegava
palácio com seus guerreirOs, escutOu gritos Dotao o
pescoço de
linguapode
ser vista
afiada", que pro
caso, a "lingua
aposentos do rei e correu para là. Vendo "corta",ou lingua e
que movimento.A
o rei
uma língua dissensões oU
com uma faca na mao, o principe pensou que metáforas
voca rupturas, sacrifício) são, portanto,
ele queria matar sua mae. Por seu lado, o rei (usadano cabeca
sede a
a faca ambas têm como
a0 ver o seu filho penetrar nos seus aposen outra. E usa no
uma da "pênis-faca" que Exu
tos, no meio da noite, armado e seguido por boca eo
(a língua na mito gira, portanto, em torno
da
seus guerreiros, acreditou que eles desejavam O
topo da cabeça). um fio de barba que
assassiná-lo. Gritou por socorro. A sua guarda Exu pede
metáfora da cabeça: o príncipe
acudiu e houve então uma grande luta, segui cortado com uma faca.A faca faz
deve ser acredita que
da de massacre generalizado. (VERGER, 1995, ser£ morta, e o rei
achar que sua mãe cabeça.
1999,p. 125) coroa que ele carrega na
o príncipe quer a
utilização do fogo como
segundo aspecto éa
O Mencionei seu
Neste último mito, Exu armou a atuação de Exu.
intriga usando meio recorrente da
apenas a lingua (afirmações), mas é Fogo), e são inúme
a história se
significativo que epíteto de Exu Ina (Senhor do
inicie com uma faca que ele elemento aparece. EXu
entrega a ros os mitos em que este
esposa do rei para que ela corte um sacri
do marido (e não do
fio da barba provoca incêndios para punir quem não faz os
cabelo, talvez devido à proxi ficios (VERGER, I995) ou cabe a ele dar para
Xango
midade da barba com o
pescoço). O mito o fogo, roubado por Oiá. Um mito é
exemplar de
lembrando que tudo ocorreu porque o rei finaliza
n£o fez como EXu usa o fogo para mostrar ou expandir seu
coleçao orixasnB
colecåo orixás. 129
EXU
EXU
de aves
todas as especies
comeu
mentos (representada pela boca aves e cantava:"Visto que
onivora) e como
apetite sexual (representada por seu caráter falical
dia. pediu
Enquanto isso sua mãe
duzentas
aue bavia, acorda e usa
Na interpretação afro-brasileira deste tema, hå uma filho, o que
consegui ter um continue a comer."
No
diferentes, Filho,
aproximação mediada por Exu entre os sistemas de Vestimentas
carne e devorou
todos
classificação alimentar e de parentesco. Dois mitos Exu quis comer
quarto dia, cachorros, por
fornecem elementos importantes para analisarmos quadrúpedes ofertados:
os animais etc. No quinto dia,
ainda
ovelhas, cavalos
essa aproximação. No primeiro, publicado por Juana cos, cabras, "Mãe, mãe. Eu quero
Elbein dos Santos (1971b, 1977), Orunmilá queria chorando de fome, Exu diz:
come, come. Filho,
muito ter um filho e foi procurar Oxalá, mas este comê-la."A mãe, cantando "Filho,
devorar por ele. Orunmilá,
informou que ainda não havia acabado de criar os come, come", deixa-se que ele
que recomenda
seres; havia apenas Exu, que ficava à porta de sua aflito, consulta o babalaô,
espada, um bode e 14 mil
casa. Orunmilá insistiu e Oxalá então mandou que faça uma oferta de uma
volta para o
ele colocasse a mão sobre
Exu, e promneteu que, búzios. No sexto dia, quando Exu se
com a espada na
quando voltasseà terra, sua mulher Yébiirú, daria à pai querendo comê lo, Orunmilá,
Quando
luz. O menino que nasceu foi chamado
Elegbaráe mão, sai em perseguição ao filho que foge.
pedaçOs,
veio ao mundo com uma grande fome. Sua
primeira ele é apanhado, Orunmilá o corta em 20l
(pedra), menos
frase foi:"Mae, mãe, eu quero
comer preás." O pai os quais se transformam em Yangi
foi àcaça e trouxe
inúmeros preás, que foram de a ducentésima primeira parte que se transforma
vorados avidamente pelo filho. No dia no proprio Exu, que se levantae continua
a correr.
seguinte, Exu
pediu peixes. Comeu então todos os Orunmilá novamente captura o filho e o corta em
peixes frescos,
defumados e secos que o pai Ihe serviu. No terceiro 201 pedaços, dos quais duzentos se
transformam
EXU
os homens e tudo
pararia.Comeria
que Exu não
mesnmo a
em Yangui eo que restou se transforma em Fxu chegando
sua frente,
å
que continua a correr. Essa operação se sucede que estivesse então a Ogum
que con
Ordenou
Delos nove oruns (cèus), que vão sendo povoados comer o céu. conseguir
irmão a qualquer custo. Para
de Yangi. Aperseguição só tem fim quando, no úl tivesse o matar Exu, a fim
de
obrigado a
timo orum, Exu propõe um acordo. Orunmilá dei. isto, Ogum foi pai (Odudua)
por seu
xaria de persegui-lo e, em troca, todos os Yangi se preservar a terra criada morte de
humanos. Mas depois da
transformariam em representantes de Exu na terra e os seres
rios,
pastos, as årvores, os
e executariam os trabalhos que Orunmilá desejasse, Exu, a natureza, os
tambm, pois sem Exu
como se fossem seus filhos. Por fim, o orixá aceita tudo começou a morrer
ventos não sopravam, o
devolver a própria måe e tudo o que comera (SAN as águas não corriam, os
não germinavamn,
TOS, 1971b. p. 3|-49; 1977. p. 135-138). sol não se punha, as senmentes
Em outra versão deste mito, recolhida por Rita a vida ia se acabando por
estase. Um babala
Amaral (2000. p. I),a história se repete: (representante de Orunmilá na terra) alertou
Orunmilá de que o espirito de Exu sentia fome
Exu (filho
primogênito de lemanjå, a orixá dos e desejava ser saciado, ameaçando provocar
mares, com Orunmilá, o ancião orixá da adivi tambm a discórdia entre os povos Como Vin
nhação, e irmão de Ogum, Xangoe Oxóssi), era gança pelo que Orunmilá e Ogum lhe haviam
Voraz e insaciável. Conseguiu
comer todos os feito. Orunmiládeterminou, então, que em toda
animais da aldeia em que vivia. Depois
disso, pas e qualquer oferenda que fosse feita pelos ho
Sou a comer as arvores, os
pastos e tudo o que mens a um orixå houvesse uma parte substan
via até chegar ao mar.
Orunmilá previu, então, cial oferecida a Exu; e que esta parte Ihe seria
manter mentos cåo
um pròpria
dasem pois daissolitativo.
No comer
tudo, Ao
rantir mito oindistintamente, Esses
dadiva papel dos ordem foi comer,
e servida
desenvolvimento retribuirrecebe assim
o nos
as sacrificado. pôs dois
da sistemas
classificação
importante regras
controle
("dar-receber-retribuir"), e fala,
vida ou garantia em mitos possibilitasse para antes
(doador). talvez,
da risco do que
social retira culturais.
Exu condição narram de
sobre reciprocidade ponto
a se
neste que da
da qualquer
(MAUSS, do se sobrevivencia mantivesse EXU"
sua
do Portanto, comunicação.
necessidade
as34 mito, mundo torna estão
E de que a
processo. o concórdia.
fome sacrificio
que vista
sua IS974). apenas na Exu, um,
(a"parte" rompe tudo e o
quantitativo
punição base os tornou sempre orix
um do por
o um significados humana Nesse
dos oque desempenha da mundo comer
tomador, ou
por triângulo constitui o satisfeit
querer funda deseja, sentido.zelador homem
não de e etudo
por qua
da ga
do mundo
externo
Ina, Ina é mojubd ê dentro e de fora, do terreiro e
de
da natureza e das
forças indivi
Emojubå ds forcas genéricas
Ing, Ina é mojubá nos adeptos em forma
incorporar
dualizadas que vo
Xire pode prosseguir com
de orixás.Após este ato, o
Exu Agbo orixas, de Ogum a Oxalá.
os cantos para os demais
Agbo mojub£ também é realizado no dia
O outro tipo de pade
Egbara Agbo ao final da
da festa de orix, porem ocorre sempre
Agbo mojubá tarde (crepúsculo). Tem uma duração maior e em geral
Elegbara Exu Lon é restrito aos membros do terreiro e alguns convida
dos mais próximos. As oferendas alimentares são pra
Bara Obebe
ticamente as mesmas (farinha de mandioca, azeite de
Tiriri Lon
dend, água, bebida alcoólica, sal, acaçá). Neste rito são
Exu Tiriri
Bara Obebe
invocados, além de Exu, alguns orixás associados à vida
e å morte, os espiritos ancestrais (eguns) do terreiro
Tiriri Lon
(ou esas) e as lyami Oxorongå que representam as
Ao final das ancestrais femininas ou grandes mães feiticeiras. Por se
cantigas, o pai de santo designa dois ou
rês membros mais tratar de entidades potencialmente perigosas não
A primeira é Mavambo.Apaven
responsável por misturar as oferendae meio de seus inúmeros
avatares:
numa cabaça, entre outros.
mantendo-se de joelhos e com os coto Bombogira, Aluvaia,
velos apoiados num apoti
(pequeno
danca para Exu e leva as oferendas banco).A segunda
os locais onde serão rapidamente para E
mavile mavile
depositados no terreiro. As ofe. Movambo
rendas de lyami Oxorongå, por exemplo, podem ser
depositadas num ajubó (altar) ao pe de uma jaqueira. Recompenso a
A comunidade, durante todo o transcorrer do ato.
deve ficar ajoelhada com a cabeça no chão em
sinal de Exu Apaven
respeito. Somente ao final da cerimönia todos
pode Exu Apaveno
råo se levantar e dançar com alegria, por
saber que as Sua aldeig guê
oferendas foram entregues e as forças potencialmente Sug moroda quê
perigosas, controladas. Este tipo de pade, em que Exu
é homenageado ao lado de outras
entidades, só é rea Bombogira jamu kongue
lizado em terreiros que pOssuem altares
adequados às Ará o rÇ rê
invocações (Egun, lyami Oxorongá etc.). Bombogira jamu kongue
Nos candomblés bantos (angola e
congo), o ritual Ará o rà re
do pade possui
basicamente a mesma estrutura do
primeiro rito descrito
anteriormente. Nesste caso, Aluvaiå vem tomnó xoxo
entretanto, homenageia-se o inquice mensageiro Aluvaiá vem tomó xoxô
desta nação, que tambem é referido nas
cantigas por
colecáo orIXás 40 colecao orixas 141
" EXU.
. EXU
assentamento do Bará
enterrado o
encontra
ao imaginário cristo associado a este orixá:figo-do. li se
teito, segundo uns, pelos africa
-inferno. palmatória-do-diabo, comigo-ninguém-po que teria sido ou.
(Exu)
construiram o mercado no século XIX,
de. olho-de-gato, olho-de-cabra, arrebenta-cavalo nos que nobre
outros, por Principe Custódio, um
(juá-vermelho), facheiro-preto, jurema-preta, folha segundo
Porto Alegre no mesmo
de-fogo etc.As folhas para Exu podem ser usadas de africano que se exilara em
principe exercia gran
múltiplas formas, inteiras ou maceradas, em sacudi periodo. Reza a lenda que o
também
mentos ou ebós (ritos de limpeza espiritual), ou em meio religioso da época e
de influência no
membros da elite, inclusive
banhos e preparos (omi-ero, amaci, abô etc.). era amigo de políticos e
Medeiros, razão pela qual
Os locais públicos, alm dos altares no interior do governador Borges de
próprio pa
dos terreiros onde suas oferendas podem ser de teria feito um assentamento de Baráno
assentamento
positadas, geralmente são encruzilhadas, cemité lácio do governo, para protege-lo. O
quatro ala
rios, estradas, mercados, pórticos e outros locais do mercado foi feito no cruzamento das
de
de passagem, reafirmando sua condição de men medas internas que interligam as quatro portas
quadrilátero formado
sageiro e mediador entre os mundos. Afinal, como acesso, uma em cada face do
está
dizem os africanos: ninguém vive sem
passar por pelo predio. Dizem que cada porta do Mercado
do
uma encruzilhada.. dedicada a um orixá.A que ficava situada do lado
orixás das
No Brasil, talvez o caso mais
conhecido de culto Rio Guaiba pertence a lemanjá e Oxum,
público de Exu seja o do Mercado Püblico Municipal águas.A situada em frente ao corpo de bombeiros é
de Porto Alegre. Este dedicada a Ogum, orixá do fogo. A que då acesso a
do batuque (nome pelo
mercado, para os praticantes a lans. ori
qual o culto aos orixás é uma antiga rua de meretricio é dedicada
conhecido regionalmente), é um lugar
sagrado, pois xá da sensualidade. Ea situada em frente à prefeitura
passou por uma Quando o edificio concorridas e assumem diversas formas de acordo
foi removido e reforma, nos anos T990, o açougue com as interpretações desta entidade em cada ter
houve uma escavaço no reiro. A forma de paramentá-lo nestes eventos é
deveria estar o local onde
assentamento de Exu, mas teria também bastante vari£vel. Uma saida de iao de Exu,
sido
encontrado. Este fato, em si, não causounadagrande Ocorrida em I98| no terreiro de mãe Aligo (can
celeumna entre osreligiosos, pois muitos alegaram domblé originário da umbanda), em São Paulo, foi
que o
assentamento de Bará, sendo de assim descrita por um ex-membro desse terreiro:
tempo poderia ter se misturado ao terra, com o
Mercado. Hoje, neste local, foi próprio solo do Em tal ambiente, o Exu era apenas a reprodu
colocada uma placa
diferenciada de cerâmica para sinalizar a morada de ção de séculos de mitologia crist, isto é, era o
Exu no solo. E sobre próprio Belzebu, o Diabo. Em consequência, ao
ela os guardas ou
mercado costumamn se posicionar para vigias do contrário de todo mundo, ele ficou recolhido
desse ponto de vista inspecionar, no quarto de Exu e não no roncó, o erê era um
privilegiado, o fluxo das pes exu-mirim, na tradição do diabinho. Na saida [de
uma
iaô], ele foi vestido de brocado mesmo tempo, inclusive
preto e coisas ao de
Usava na
um ainda mais
mão um ridiculo
tridente e vermelcabecaho;
na
CRr muitas
inversão dos rituais.
algumas delas: o iaô
Vejamos
ron
ridiculo adorno com chifres., quarto de Exu e não no
recolhido no
espécie de chapéu. Outra coisa de que me uma Eyu ficoU
reservado para as iniciacões
bro: apagaram quase todas as luzes na
lem. có (quarto geralmente primeira
hora da orixás). O iniciado
não teve a
saida, para dar um ar de inferno å aos demais que
casa, eu acho saída pública dedicada Oxalá, orixá da criação
Não me lembro se ele teve eo último a ser sau
saida
de Oxalá, a pri se veste de branco e
geralmente
meira saida de todo iao, quando se tem
usava branco na ordem de referência aos orixás. Oxalá
total. O Oswaldo [nome do dado
iniciado para Exu]) (de Exu) e geralmente não
como tabu a cor vermelha
morreria pouco depois, de infarto.. ele qualquer animal,
fumava recebe em sacrificio o sangue de
muito. Ultima coisa que me lembro: a saida foi tem o "'sangue bran
apenas o do ibi, um caracol que
concorridissima, com muitos pais e mães de san co", nem oferendas com azeite de
dende e álcool.
to visitantes, e todos mortos de inveja de um tal sacrificio sempre
Ao contrário, Exu deve receber o
Edmundo, o escolhido para tirar o nome do iao. E oferendas prediletas
o velho Justino, em primeiro luga, e entre suas
bisavô (de santo) de todo mundo, dendê e o ålcool. Como
estao o sangue,o azeite de
quando soube da saída, mandou carta da Demônio-Jesus podem
Bahia se vê, os pares Exu-Oxalá e
reclamando nesse tom: "Você tirou (iniciou] o relações entre Exu
Diabo e não mandou me chamar?" ser acionados para descrever as
mencionada, o
eo Demônio. Além disso, na iniciação
acompanha o orixå) era um
er (espírito infantil que
Percebe-se que hå um mistério na figura de como uma
que atrai as Exu Exu-mirim (entidade que se comporta
pessoas exatamente porque ele se fez no escu
pode crianca bastante travessa) e sua saida
em aue
menosprezada, na medida
ro (com as luzes do barracão Ser
apagadas),,numa cito nao deve
divulgam imagens que vêm
as trevas e ao inferno. alusão
Curiosamente, oiao morreria por
meio de
Suas obras,
indiretamenre
e
promovendo
algum tempo depois, assinalando para os ee tornando
canonicas
regional.
um adeptos entre pråticas em
âmbito
destino marcado pelo vicio. uma articulação foros de
internacional. Neste sentido, as
Exu pode ser ainda paramentado com pacional ou
tiras de documentandoo modo de paramentar
pano e correntes penduradas pelo corpo, numa con. Pierre Verger muitos
servido de inspiração para
cepção de Exu como"escravo do orixa" (aquele que Exu na Africa, têm
para Exu.
obedece ou executa as tarefas dos orixás). Essa per. terreiros em suas iniciações
Segundo me relatou Leonor, uma filha de EXu ini
cepção pode se sobrepor ao imaginário do escravo
as formas de apre
acorrentado e simultaneamente ao poder que emana ciada em São Paulo nos anos I980,
própria teve seu ExU
dele de quebrar estes grilhões e abrir os cadeados, sentá-lo variaram bastante. Ela
correntes. Mas hoje
ou mesmo de usar a força destes elOS da
paramentado com tiras de pano e
corrente
descrita anteriormente.
para impor seu poder de fechar portas e caminhos. ele é paramentado da forma
Exu com tecidos
Hoje em dia, entretanto, é mais usual parament£-lo Outra inovação tem sido vestir
com umn gorro e matérias-primas que não façam
referência apenas
cônico, uma saia de tiras vermelhas e
utilização de tecidos
pretas, bordadas com búzios, e o bastão fålico na mão. å sua concepção "rústica" (a
por exem
O uso de indumentárias e insignias que têm simples de algodo cru e palha-da-costa,
por base com roupas
o rito africano tem sido comum nos plo).V-se, nos barracões, Exus vestidos
terreiroS que de rendas
procuram uma sofisticadas e luxuOsas (com a utilização
concepção menos "abrasileirada" de bordados com pedrarias). Esta
Exu.A contribuição de pesquisadores (religiosos e tecidos brilhantes
ou Eleguá
não) e artistas nesse processo indumentária aproxima-se da forma pela qual
de"reformatacão" do
coleção orixás151
colecáo orixas 150
EXU
usando
terra, ganhou a vida
"malandro carioca" ou, mais precisamente,
uma perso- rante seu
periodo na sobrevivência: pode
nificação ingenua do que seria este"malandro" meio de
malandragem como mesmo
A
a contraventor,cafetão ou
umbanda que se desenvolvia nesse perio. rer sido
capoeirista,
direitas e casadas"
do, principalmente nas zonas urbanas do sudeste de "mulheres
ter vivido àcusta morrendo de
também produziu uma versão religiosa deste ma. apaixonaram. Acabou
que por ele se com faca, navalha
ou
landro: o "Z Pilintra", uma entidade da linha de assassinado
"morte matada": outro
Exu tida como boêmio, amante da noite e da rua briga por mulher, divida de jogo ou
ciro numa tido ori
As semelhanças entre os dois "losés" não se res. qualquer. Zé Pilintra, embora possa ter
vicio como
nordestino, tornou-se famoso
tringem, portanto, aos nomes de ambos usados em gem no catimbó
urbano" das zonas portuárias
Sua forma popular:"Zé". Seus sobrenomes também uma espécie de "Exu Pombagi
indicam uma genealogia comum. "Pilintra" (sujeito meretricio, assim como as
e das åreas de
"paletó e gravata",
vaidoso e sem escrúpulos) pode estar relacionado ras. Veste-se de modo formal, de
décadas do século XX.
com "Pilantra" (sujeito esperto e golpista), e"Cario como era moda nas primeiras
ca" é referncia à pessoa natural do Rio de O paletó, as calças e os
sapatos brancos contrastam,
Janeiro,
lenço vermelhos. O
estado onde esse estereótipo do malandro teria se entretanto, comn a gravata e o
na convivencia,
originado ou, ao menos, teria se popularizado em contraste das cores nos faz pensar
ves
termos de divulgação nacional. em sua imagem, da ordem e da desordem. Sua
ludibriar sua
Na umbanda, o espirito desse
"malandro divino" timenta impecável seria uma forma de
(AUGRAS, 1997;LIGIÉRO, 2004), quando se manifes condição de marginal social e chamar atenção para si
ta no corpo dos seus
filhos, gosta de beber, cantar como sujeito que não tem propriamente um lugar na
e cortejar as
mulheres. Geralmente narra que, du estrutura excludente da sociedade brasileira.
" EXU
maneiro
um cara
Num terreiro de umbanda de São Paulo, para en. fato é
Malandro de
só mulher
fhtizar a relação da entidade com a malandragem amarra em uma
agira de Zé Pilintra, chamada de gira dos malan. E não se
desconsiderado
dros", assumiu uma forma inusitada. Mesinhas e homem
Mané é um aprender
cadeiras como as que encontramos em bares ou
tem muto que
E da vida ele
botecos populares são colocadas no barracão do
terreiro os Zés Pilintras, quando incorporados, Pilintra é, portanto,ooposto do
O malandro Zé dinheiro, mu
sentam-se ao redor das mesas, bebem (geralmente
pois "sabe das coisas", tem
Zé Mané, moral. Curio
cerveja ou pinga) e comem petiscos enquanto dão com a vida e tem sua
Iheres, aprendeu uma conduta
consultas espirituais ao poblico. Durante a gira, pon termo"moral" aqui significa
so é queo
tos de umbanda dedicados à entidade se misturam sobrevivência adaptado às
adequada a um estilo de oque
às músicas, tocadas em aparelhos de £udio, de pago
condições da vida. Ou seja, malandro é
reais o
deiros e sambistas que fazem referência ao mundo condições adversas e retira
aprende com estas
da malandragem ou da religião, como Bezerra da oportunidades, visando a sua
Silva cantando seu sucesso
"Malandro é malandro máximo das poucas
obtenção de presti
e Mané é Mané" (NEGUINHO, 2000), cuja letra diz: ascensåo social ou ao menos à
gio entre seus iguais.
umban
Em muitos outros terreiros, sobretudo de
os pon
Molandro é o coro que sabe dos coisos da, é possivel assistir a giras de Exu em que
alguns inclusive
Molandro é Gquele que sabe o que quer tos são cantados ao ritmo do samba,
mna
Malandro é o cara que tó com
dinheiro no estilo de sambas-enredos. A triade "samba,
.EXU
uma guia
de erva e
próprio padre, aludindo assim ao poder de Exue Unsbanhos
diälogo entre os campos religiosos referidos (
ofender Exu,
padre caiu na farofa"). desrespeitarou
despacho é destinados.
Referencias à farofa e ao despacho nas letras da Pisar num esquinas são
despachos nas
os música é punido
música popular brasileira têm sido usadas co a quem descrito na
autor do ato sob
meio de expressar valores concernentes aos cer Por issoo
ele aprecia e que está
que
portamentos de grupo, como na música "Pisei num perdendo tudo aquilo conquistar mulheres,
de
Exu:o dom de
despacho", de Geraldo Pereirae Elpídio Viana (1947): a regência de ritmo e
cadencia. A solu
dançar, ter
compor, cantar, ebós (oferen
santo e fazer
ção é procurar um pai de
Desde o dia em que passei
a sorte perdida.
das) para recuperar
Numa esquina e pisei num despacho podem ser usados para ex
Entro no samba meu corbo tó duro Farofa e despacho tam
campo religioso, mas
Bem que procuro a codência e não gcho pressar os embates no razão
universo dos sambistas, em
Meu samba e meu verso não fazem sucesso bém no próprio
sociais. O
e desigualdades
de diferenças étnicas
a entender os usos
Vou à gafieira, fico noite inteira samba "Feitiço da Vila" nos ajuda
contexto. Escrito por
No fim nõo dou sorte com
ninguém de Exu como metáfora neste
compositores de Vila
Noel Rosa e Vadico (1934),
para
Vou num pai de santo Isabel, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro,
região central,
Pedir qualquer dia se contrapor ao samba produzido na
terreiros e
Que me dà uns passes como a Praça XI, onde a influência dos
"EXU
libertação dos
lei de
assinoua produzir um
Isabel, que letra,
princesa a
das comunidades negras na produção musicl conseguiu, segundo seria feito
por
escravos), samba
intensa, "Feitiço da Vila" retira do termo decente".A Vila, cujo
"feitiço" a "feitico medo de
bamba",
questiona,
carga religiosa que ele contêm, indicando a necesi. não tem influência reli
"bacharel que papel da
dade de autonomia do campo musical em relacão àt metaforicamente, o possivel no
assim, mediação
suas supostas origens religiosas e étnicas. Exu) como a única musical
giosa (via universos religioso e
entrecruzamento dos crítica,
e "letrada". E faz uma
popular
LÏ em Vila Isabel quem é bacharel ou das culturas "decente", ao suposto
caráter
termo
Não tem medo de bomba, por meio do religiosa popular.
cultura
desregrado presente nesta mundo do can
[] oVila lsabel dá sambo.
critica, nesse caso, é dirigida ao
A ao redor
das tias baianas
dombl dos terreiros
AVila tem um feitiço sem farofa, onde
frequentados pelos sambistas e
Sem vela e sem vintém da Praça XI, carnavalescos
cordões
Que nos faz bem. teriam surgido os primeiros
(MOURA, I983: REIS, 1999).
Tendo o nome de princesa, do Rio de Janeiro
cantados no interior
Transformou o samba Pontos ou cantigas de Exu
gravados ou serviram
Num feitiço decente que prende 0 gente. dos terreiros também foram
que se tornaram
[.-] de inspiração para composições
Carvalho foi um
sucessos. Nos anos 1930, J. B. de
composição e de
Por livrar da farofa, da vela e do dos pioneiros neste estilo de
vintém, a
Vila Isabel, "tendo nome transposição da musicalidade dos terreiros para a
princesa" (referência
desenvolvimento nos
producão musical comercial. São dele músicas come longo de seu ainda hoje
consolidado ao
continuam inegáveis
"Cadê Viramundo?". de 1931 (CARVALHO, 1953 XXI, outros
séculos XX e os
terreiros e
a um dos umbilicais entre tiveram
que tem no próprio titulo referncia relacões
a sociabilidade que
mes de Exu: produção de quando
espaços de sobretudo
música e a dança,
por base a rua. Em
locais públicos como a
Õ, codê Viramundo, Pemba? se manifestam
em
que, antes de
Ta ng terrêra, Pemba escolas de samba, é inevitável
muitas sejam feitas
Com seu cambono, Pemba avenida por ocasião dos desfiles,
sair à afoxés e ma
mesmo ocorre em
Veodo no mato Corredor saudações a Exu. O realizado
ritual do pade é
Codê meu mano caçador? racatus. Nesses casos, o fundadores ou
Codê caboclo Ventania? por sacerdotes que, em geral, são
carnavalescas.
Esse caboclo é nosso guia frequentadores destas associações
Afoxé Filhos de Ghandi enm
Galinha de preta na encruzilhada O padê realizado pelo
sede no Pelourinho, é
Gato de preto de madrugada Salvador, antes de sair de sua
sua apresentação. As
um dos momentos altos de
Azeite de dende
na entrada
Farofa amarela
sentamentos de Exu são consagrados
Com tres vintém carnavalescas como se
das sedes dessas associações
Numa panela. sede do Afoxé
fossem terreiros, commo no caso da
Filhos de Ghandi.
De qualquer forma, ainda que a autonomia das E são muitas as escolas que, em seus sambas-en
diversas instituições da cultura popular tenha se
redos, homenageiam os orixás e outros elementos
de
MocidadeAlegre,
escola de samba orixás
da cultura afro-brasileira, mas sempre reservand. Em 2009, a samba-enredo dedicado aos
num passistas fantasia
um lugar de destaque para Exu. A escola de São Paulo, com
samba comissão de
frente considerando
Beija-Flor. no Rio Janeiro, causou grande polêmica fez uma apropriado,
Nada mais caminhos" da
no carnaval de I989 ao tentar colocar na Dasea dos de Exu. frente 'abre
os
comissão de
rela uma alegoria do Cristo Redentor vestido de que a
escola
passarela. por Mãe
mendigo, que foi vetada pela lgreja Católica. Para
Exu e sambaé narrado
reforçar o caráter contestador proposto pelo tema Um mito sobre Sexta-feira
(1997,p. 27). Numa
do desfile, que misturava luxo e pobreza, o samba Beata de lemanjá uma mulher que
(dia em que não havia festa),
-enredo (BETINHO, GLYVALDO, MARIA, OSMAR, Santa sua família, lan
preocupava com sua casa e
2012) fazia referências explícitas a Exu (aludindo à não se com Exu!
um desafio: dançaria nem que fosse
sua comida favorita, a farofa, ao ebó despacho çou da canma e aca
ouviu uma música, saiu
ou limpeza -e ao seu próprio nome na tradiçåo A meia-noite,
com um rapaz, o qual, ao
fon-ewe, Legbá ou Elegbara): bou numa festa. Ládançou
estrondo, revelou-se ser Exu.
final, com um grande
seguinte, desmaiada
A mulher foiencontrada no dia
mais foi a mesma nem
Formou a grande confusão numa encruzilhada, e nunca
Quol oreio no farofa pôde sambar.
que deve haver
[-J Esse mito parece querer mostrar
religiosas e lúdi
um equilibrio entre as obrigações
respeita
Ebó lebaró-laid-laió-ô cas, pois Exu tambm gosta de samba, mas
os preceitos. No caso, a mulher não respeitou a
fizesse um
consulente que o
"Ôme" ou
recomendava ao Exu (o inter
Sexta-feira Santa, que é tida como um dia velho encruzilhada para caso pedia a
de luto do
ou "grande energia negativa" (devido à mort trabalho na gravidade
poderosa.
a
"Homem'"),pois entidade mais
Cristo), quando, inclusive, muitos terreiros faze uma
vencão de
tuais dedicados a Exu.A musica tocada à meia-noite
suncêtá,
que
("hora grande" de Exu) foi uma artimanha do orixá do jeito
Ah môfio, ajudá.
para atrair a mulher e puni-la em seguida, que pode ti
Sóo ôme é
Mas não ésó de samba que vive ExXu. Em muitos marafo,
outros ritmos e movimentos musicais referências a um garrafa de
Suncêcompra
ele aparecem.Já foi cantado pelo mnovimento musical
da Jovem Guarda, como em "Feitiço Broto", de na incruziada,
Meia-noite suncê,
Carlos Imperial (1966), interpretada por Rosemary: chama o ôme
Distampa a garrafa e
escuta,
cantá, suncê
O galo vai hora.
Sexto-feira enluarada chão que tó na
Rêia tudo no
Bem na sua encruzilhada
noturno vem chegando,
E se guáda
Um feitiço novo eu vou botar vai andando.
Suncê óia pa ele que ele
obviamente,
meiro,(1975) faz
Casa de
NaBamba
toestima
ladainha
Se ATem ...] [..] [..] Não
Tem [...]Macumba parte
[..] Todo Mas [.] Todo
tem ninguém minha
se mundo reza galinha canta
mundo alheio,
falado positiva. deste
tem alguém
bonitinha casa alguns
alguém preta, liga processo
canta, chora, [...] Em
173
áso aflito, pra dedicadopontos
e
azeite "Festa
cantando,
todo todo intriga
canjiquinha de
de de de
aconstrução
mundo mundo Exu
terreiro,
dende, Umbanda",
Tranca-Ruas.
dança sofre, pra
comer. sendo de
Martinho uma
o
pri au
suas
mina (incluindo regravou
algumas
ria verso to por
2009), Rita cantadas corre Tranco-Ruas
giraOi O Deu
Que Seu meig-noite Faz O
mandou.
OgumQue galo sino Festa
deixar Ribeiro, Gil, Músicas belém,
com várias religioso é de
João dono já
um com cantou igrejinha
blem, Umbanda
linhas:pontos de em
Bosco, da
"Canto ser, intérpretes
diversos
referências gira
afro-brasileiroTecnomacumba blõo
Pombagira, de abre
Zeca "
dominio (ponto EXU "
para o músicasao
trabalho associadas Pagodinho,
Oxalá". a
" Zé de
público e, Exu
(RIBEIRO; dominio
Pilintra têm
com como
entre Gilber
como
para
"Saudação" sido, público)
etc.) não JONGUI,
Exu outros. assim,
e pode
ter em uni
o i
o foGonhei quêquÇ é Exu
éApaven emExu oi Seu deu faz O Lalorê
mavangô
mavilê
cigoninha
girê que que de uma corre sino
a minha
Apaven, Tranco-Ruas
meia-noite, belém
cigana da Exu
é
pombo casa
é uma gira
dela meu
puerê, de
aldeia que
quem girà
iblgemrejinha Mojubá é
não é barraca Exu o
da pombo
o puerÅ, é ingá
Apovenð Ogum que golo blaum
meu cigana me
velha, é
é
já EXU -
75s
deu
puerá mandou. donocantou
da
gira
" EXU
EXU
apático personagem Jeca Tatu, personagem do livro candomblés é descrita no capítulo "Macumba" no
Urupés, de Monteiro Lobato (1918), que nas primei qual ele visita o terreiro de Tia Ciata, por onde cir
culavam músicos, politicos, intelectuais e artistas
ras décadas do século XX foi um estereótipo do
acham bebida tocunaima muito Exu, demônio sivel a dosvirgem seus querupari,zacões pelos ambos plicitamente,
divindade.da No aproximação
comum como a homens mitos havia sua
partir que do os
missionários,
inclusive de bem terreiro, da
experimenta
Exu, não veio o de Brasil,
demonização seres o
aos exploradas do
tradição (CASCUDO, descreve ele
e poderia as entre ser ao (Exu autor
começa
que Exus
terceiro á
alecao
orixás
181 semelhanças terra na
demônio FXU .
Macunaima cristã. Exu comparado época eesta
incorporados. apela pordeixar para como foi Jurupari)
termo e
comportamen
gargalhar,
primeira Mario Jurupari I988, das
de reformar filho consequênciacristão. aludindo
vai ser, entre a
entrar de de 420). p. do
Jesus, primeiras foram ao
vez foram só No
Os Andrade.tarmbém comparação,
Macunaima os Sol
é fato
no
presentes a compreen Neste e
pois dos caso
associados
cachaça, costumes evangeli de
transe
de um
riscos do
caso, uma que
Ma e o de lu
"EXU"
. EXU
abordados pelo autor em dois dos seus romances batizado, os rituais são
No dia marcado para o
os quais considero relevantes para a
interpretacão Ogum venha. Entretan
de sua obra e da viso do Brasil que feitos no terreiro para que
esta promove. galinha-d'angola a ser
Os pastores da noite (AMADO, I964) reúne qua to, um imprevisto ocorre. A
pri
sacrificada para Exu, que deve ser saudado em
tro episódios com enredos independentes, porém a
meiro lugar, escapa, e a mãe de santo, para aplacar
com personagens comuns. Um deles, "Compadre de fúria do orixá, sacrifica três pombas brancas. Os ani
Ogum", aborda diretamente as estripulias de Exu.
mais para Exu em geral devem ser pretos. Pombas
O enredo narra inicialmente o dilema do negro
brancas costumavam ser para Oxalá, "seu oposto".
Massu, que naão consegue escolher, entre seus me
Tudo parece tranquilo. Ogum supostamente vem no
Ihores amigos, aquele que serå o padrinho de seu
corpo de seu filho e dança muito, se comportando
filho. Ogum ento aparece numa viso para Massu e
de modo atrevido. Quando a comitiva, tendo àfren
diz que ele próprio seráo padrinho da criança. Mas
te aquele"estranho" Ogum, chega à igreja, a farsa se
como seria isso? Um filho de santo de Ogum, Artur
revela, pois na verdade era Exu quem vinha monta
da Guima, fica encarregado de incorporar o orixå do em Artur da Guima. O orixá
aproveitou-se da
no dia do batizado, e assim o orixá poderá compa desfeita de não ter recebido seu alimento certo e
recer em "pessoa" ao batizado na lgreja do Rosário resolveu que ele seria o padrinho da criança. Mas, de
dos Homens Pretos no Pelourinho. Padre Gomes, repente, Padre Gomes tem um barravento (estre
um mulato vindo de familia de gente do candomble, mece) e acontece o inesperado: Ogum o
incorpora.
era o sacerdote desta igreja e era tolerante com os Ogum então, no corpo do padre, expulsa
Exu do
filhos de santo que a frequentavam. corpo de Artur da Guima e se apodera
deste.E é
assim que Massu se torna
compadre de Ogum.
"EXU
dlegria.
Gosta de balburdia, senhor dos caminhos, mensa- rebuliçoe fé.
oeiro dos deuses, Correio dos
Sou boto;jogo e faço
orIxas, um capeta Rodo,tiro e
poeira.
Por tudo isso ventoe
sincretizaram-no comO diabo: em Sou nuvem, mulher.
homem e
verdade ele e apenas o orixa em movimento, ami. Quandoquero, maré.
g0 de um bafafa, de uma ContusaO mas, no fundo praias e do
Sou das
cantos;
excelente pessoa. (FUNDAÇÃO, 2014) Ocupo todos os
mnaluco até.
Sou menino, avô,
José.
O poema "Exu".? do escultor Mário Cravo Ir Posso ser João, Maria ou
(2000). dedicado a Jorge Amado, mostra bem as afi cruzamento.
Sou o ponto do
nidades entre o orixáeo escritor: Durmo acordado e ronco falando.
Corro, grito e pulo.
Não sou preto, branco ou vermelho;
Tenho as cores e formas que quiser.
Faço filho assobiando.
Sou argamassa, de sonho, carne e areia.
Não sou diabo nem santo, sou Exu!
Mando e desmando, traço e risco, faço e desfaço. Sou a gente sem bandeira.
Estou e nÙo vou. Tiro e não dou.
O espeto, meu bastão.
O assento? O vento!
Sou Exu!
Posso e cruzo. Traço, misturo e arrasto o pé. Sou do mundo, nem do campo, nem da
cidade.
Não tenho idade.
2 DevO um agradecimento especial a Mário Cravo l., por autorizar a
Recebo erespondo pelas pontas, pelos chifres da
reprodução deste poema, divulgado inicialmente no jornal A Tarde, em
1993, e mais recentemente no ensaio fotográfico Laróy, de seu filho
Sou Exu. Nação.
Mario Cravo Neto. publicado pela editora Aries (Salvador, 2000). Sou agito, vida, ação.
E
MAL
Sou os cornos da lua noVa; a barriga da lug cheia!
ExuBEM
5
Quer mais?
Não dou, não tô mais aqui.
especialmente
As décadas de 1970 e 1980 foram
importantes para a o apogeu da temática afro-bra
sileira na cultura nacional. Obras de Jorge Amado
foram adaptadas para o cinema e para a televisão,
o movimento musical conheceu grandes intérpre
tes de temas religiosos dos terreiros,
como Clara
Nunes, figuras como Mãe
Menininha se
conhecidas nacionalmente. Entretanto, tornaram
mo período, neste mes
como crescimento das igrejas
gélicas, sobretudo das evan
neopentecostais, verificou-se
coleção orixás 196 Colecio ori
EXU
" EXU
candomblé é o se
segredo do
um crescente movimento de rejeição das religiões O grande das
sacrificios sangrentos,
afro-brasileiras, com a retomada da deemonização guinte: por trás dos enfim,
banhos de ervas;
das entidades espirituais destas religiões, principal oferendas, comidas e
"obrigações", há um poder
mente de Exu e Pombagira (SILVA, 2007). por trás de todas as
O povo acredita
Na visão das igrejas neopentecostais, vivemos maligno e diabólico em ação.
não entende que
uma batalha do bem contra o mal, sendo os males que os orixás são deuses, mas
por
do mundo (doença, depressão, infelicidade conjugal, na realidade são forças do mal forcejando
desemprego, pobreza, azar nos negócios etc.) causa entrar em suas vidas a fim de as Controlar e
dos pela presença do demônio na terra.A identifica depois destruir.
ção destes demônios com o panteão afro-brasileiro
remonta a uma das primeiras igrejas fundadas no Esta linha de pensamento foi seguida por outros
Rio de Janeiro pelo pastor Robert McAlister, que pastores que se formaram na igreja de McAlister
Neste
escreveu um livro chamado Mãe de santo. e posteriormente fundaram suas próprias igrejas,
Irvro, o pastor narra como teria
convertido uma como Edir Macedo, que publicou um livro
com o
sacerdotisa dos cultos afro-brasileiros å sua igreja, mesmo teor intitulado Orixás, caboclos & guias:
deu
salvando-a das influencias nefastas dos "Exus e Ori ses ou demônios? Neste livro o
demônio, nunciar
autor pretende de
xas". que, para ele, eram manifestacões do
manifestas
devendo ser expulsos toda vez que se
as manobras
sem. Segundo McAlister (I983, p. 93): satânicas através do
da umbanda, do candomblé e outras kardecismo,
milares; coloca a seitas si
descoberto verdadeiras in
as
os
demônio revele
para queo pessoa. Em
tencões dos demonios que se fazem passar por entãopede daquela
O pastor causado àvida
orixás, exus, eres, e ensina a formula para oue
males que tem invocando o po
o expulsa,
a pessoa se liberte do seu dominio (MACEDO repreende e âmbito
seguida
Ou seja, se Exu, no
I996. p. 20) de Jesus. pedido
der do sangue um
mensageiro do
terreiros, tem sido
dos pelo paide santo,
Vejam que aqui há uma afirmação que procura orixás, intermediado
dos fiéis aos pastor assume
desqualificar especialmente as religiões afro-brasi. no âmbito das
igrejas pentecostais o
leiras e seu panteão de orixás.Assim tiveram início do pai de santo,
expulsando o Exu e se
a posiço
de atender
nas igrejas neopentecostais, as sessões de convo colocando como o intermediador capaz
cação e expulsão de demônios chamadas de "ses o fiel ao invocar aquele que, segundo a
concepço
sões de descarrego", muitas delas transmitidas em
daquela igreja, seria o único mensageiro capaz de
programas televisivos. Em geral, nestas sessões, os atender o pedido dos homens: lesus Cristo. Vimos
pastores seguram firmemente a cabeça dos adeptos que a correlação entre Leguá (Exu) e Jesus Cristo,
e pedem para que os demônios que neles se encon
por serem ambos mensageiros, é uma caracteris
trem se manifestem. Quando estes se manifestam,
tica da religião dos orixás em Cuba., sendo ambos
se identificam com nomes de Exus e Pombagiras
vistos como principios positivos. No
popularmente conhecidos nos terreiros de umban talismo, esta correlação também é neopentecOS
da. Seu comportamento também é semelhante ao estabelecida, mas
exatamente para negá-la, jå que um
dos transes dessas entidades nesses terreiros: cor o principio do
bem (esus) e o representaria
po curvado, mãos em forma de garra colocadas nas do mal (Exu). Por outro, o
principio
isso, o pastor,
coStas, vOz gutural, linguagem amedrontadora etc. deve subjugar Exu e o segundo sua otica,
expulsar. Se na umbanda ou
coleção orixás 200
coleção orixa
"EXU.
EXU
Exu Belzebu
no candomble ExU pode fazer o bem das trevas, como Exu Lúcifer,
e o mal, pois ao mundo como se
estes conceitOS muitas vezes sao entretanto, que os ExUs,
relativizados a etc. E bom enfatizar,
ser recebido nas igrejas umbanda com o diabo,
neopentecostais na forma viu, ainda que identificados na
de demonio, ele volta "evoluir" para o mundo
a
representar o mal absolu. podem escapar de Sua sina e
to,reeditando a visao eurocentrica dos primeiros Ou seja, mesmo na condi
da luz pela pråtica do bem.
condição
exploradores cristãos que se depararam com o ção de"demônios", podem se libertar de sua
culto de Exu na Africa Ocidental séculos atrás, A de "'anjos caidos'". Neste caso, podemos afirmar que,
diferençaé que agora sairia da boca do próprio Exu, paralelamente à demonização do Exu, realizada pelo
incorporado nestes fieis, o reconhecimento de que contato das religiões de origem africana com o catoli
ele é o demônio que o acusam de ser. cismo e, agora, com o neopentecostalismo, ocorre, em
O que causa estranhamento é o fato de que os sentido inverso, uma "exuzização" (ou relativização)
demônios nestas igrejas se apresentam sempre do demônio no âmbito das religiões afro-brasileiras,
como entidades das religiões afro-brasileiras. Nunca pois é somente no quadro destas religiões que estes
são vistos demônios se apresentando ou se com assim chamados demônios (Exus) podem deixar de ser
portando como divindades budistas ou xintoistas, o mal absoluto. No quadro da tradição
judaico-crist,
santos católicos, seres espirituais das cosmologias o demônio é imutável, pois neste
åmbito imperam o
indigenas sul-americanas ou deuses maias e astecas.. monoteismo e a crença em polos absolutistas: bem e
Para muitos adeptos e estudiosos do candombl, mal, certo e errado, falso e
verdadeiro.
teriam sido a umbanda e a quimbanda (que trabalha E aqui novamente os mitos de Exu sobre a re
sobretudo com a linha de Exu Ou da esquerda) as prin latividade da verdade podem nos ajudar a
das armadilhas do escapar
cipais responsáveis pela difusão desses Exus associados pensamento absolutista ou fun
EXU
terreiros,
destruição de imagens, coação, na discriminação. naena Éocaso da proibição
existente em algumas igre
ofensas etc.Até mesmo o ensino de da capoeira, da produção
história e cul jas evangélicas da prática
tura africana e afro-brasileira nas percussiva (de atabaques), da
escolas, matéri oU audição de música africana
origem
obrigatória por força de lei federal, tem sido coibido participação em grupos de dança de
de alimentos
porque familias evangelicas nao querem que seus fi. como escolas de samba, da ingestão
Ihos aprendam sobre as votivas aos orixás,
religiosidades trazidas pe que se originaram de comidas
los africanos e herdadas pelos seus
descendentes como o acarajé etc. Por outro lado, e paradoxal
no Brasil. O problema é que os
valores religiosos mente, algumas igrejas t¿m se apropriado destes
presentes nestas heranças não podem ser deixados símbolos e práicas, desvinculando-os da religiosida
de lado, ainda que o ensino nao tenha um caráter de afro-brasileira. É o caso do "'acarajé do Senhor"
proselitista, considerando que a escola é, ou deveria ou "bolinho de Jesus", produzido por baianas evan
ser, laica.Ou seja, não se pode glicas que não se apresentam como vinculadas aos
ensinar cultura grega
clássica sem falar de suas divindades, mas terreiros e, por isso, dizem que os acarajés vendidos
isso não
em seus tabuleiros são abençoados por Deus, en
quer dizer que se está tentando
converter quem quanto os outrOs sao do Demonio. O mesmo ocor
aprende a cultuar Mercúrio ou Hermes, deuses re com a"capoeira gospel" ou"capoeira evangélica",
mensageiros da cultura greco-romana, tal como xu na qual as cantigas não fazem referência aos santos
oé na cultura africana e
afro-brasileira. católicos, orixás ou valores que tradicionalmente se
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