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TRANSITÓRIOS EM LINHAS DE

TRANSMISSÃO

Prof. Jader de Alencar Vasconcelos, Me.


OBJETIVOS

Discutir aspectos gerais das linhas de transmissão :

• Parâmetros distribuídos das linhas;


• Modelagem de linhas através do modelo π;
• Modelo π para linhas longas, médias e curtas;

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II. CIRCUITOS A PARÂMETROS DISTRIBUÍDOS

• O estudo de linhas de transmissão deve considerar o


efeito de atraso no tempo;
• Quando o atraso de tempo na propagação for
desprezível, os elementos básicos do circuito são
considerados elementos concentrados;
• Se os elementos ou interconexões são grandes o
suficiente, pode ser necessário considerá-los como
elementos distribuídos .

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II. CIRCUITOS A PARÂMETROS
DISTRIBUÍDOS

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II. CIRCUITOS A PARÂMETROS DISTRIBUÍDOS

• Para determinar as equações das linhas de


transmissão a parâmetros distribuídos utiliza-se um
comprimento incremental de linha como visto na
Figura 1 [1].

Figura 1: Comprimento incremental uma seção curta de uma LT com perdas.


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II. CIRCUITOS A PARÂMETROS
DISTRIBUÍDOS
• Aplicando-se a LTK no caminho fechado do circuito
da Figura 1:

(1)

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II. CIRCUITOS A PARÂMETROS DISTRIBUÍDOS
• Resolvendo (1) para ΔV/Δz :

(2)
• Usando que:
(3)
• Obtemos:
(4)
• Que, com Δz pequeno, torna-se:
(5)

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II. CIRCUITOS A PARÂMETROS DISTRIBUÍDOS

• Temos então que:


(5) (7)

(6) (8)

• Equações de Ondas Gerais para a LT:


(9)

(10)
8
II. CIRCUITOS A PARÂMETROS DISTRIBUÍDOS
• Para propagação sem perdas, (9) e (10) tornam-se:
(11)

(12)
• [1] e [2] propõem soluções da forma:

(13)

(14)

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II. CIRCUITOS A PARÂMETROS DISTRIBUÍDOS

• A velocidade de propagação na linha sem perdas é


definida por [1]:
(15)

• E define-se como Impedância Característica Z0(ou Zc)


da LT sem perdas:

(16)

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III. MODELO EQUIVALENTE Π
• Pode-se mostrar [2] que, em regime:

(17)

Figura 2 – Linha de Transmissão com dois terminais

• Observa-se que:
(18)
11
III. MODELO EQUIVALENTE Π
• Assim, usando (18):
(19)

(20)

• De (19) e (20):
(21)

(22)

12
III. MODELO EQUIVALENTE Π
• Substituindo (21) e (22) em (17) e reagrupando:

(23)

• Que pode ser reescrito como:

(24)

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III. MODELO EQUIVALENTE Π
• Fazendo procedimento análogo para a equação da
corrente e aplicando as condições de contorno, chega-
se a seguinte relação na forma matricial:

(25)
• A expressão (25) sugere o estabelecimento de um
modelo de um quadripolo equivalente para a LT,
definido pelas constantes A, B, C e D:

(26)
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III. MODELO EQUIVALENTE Π
• Esse modelo, normalmente, é empregado para
linhas longas, mas pela sua generalidade pode
ser usado para qualquer linha de transmissão.
• Nesse modelo, válido para uma dada
frequência, representam-se os parâmetros
indutivos e capacitivos de modo exato, sem
qualquer aproximação, sendo também
conhecido como modelo π exato.

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III. MODELO EQUIVALENTE Π
• O modelo Π é mostrado na Figura 3:

Figura 3 – Circuito π equivalente


• Aplicando LTK:
(27)
• Aplicando LCK:
(28)
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III. MODELO EQUIVALENTE Π
• Comparando (27) e (28) com (26) podemos
identificar:
(29) (33)

(30)

(31)

(32) (34)

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III. MODELO EQUIVALENTE Π
• A manipulação das equações, conforme explicitado
em [2], leva ao seguinte resultado para o modelo de
quadripolos da linha de transmissão utilizando o
modelo :

(35)

(36) (37)

18
IV. MODELO Π – Linhas Médias
• Para linhas com comprimentos na faixa de 80 a
240km, na frequência de 50 a 60Hz, pode-se
aproximar:

e (38)

Portanto:

19
IV. MODELO Π – Linhas Médias

Figura 4 – Circuito π nominal (linhas médias)

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V. MODELO Π – Linhas Curtas
• Para linhas com comprimentos inferiores a
80km, a 60Hz, é razoável desprezar as
capacitâncias (admitâncias) para a terra,
ficando o modelo apenas com uma impedância
em série (Y=0):

• A=D=1
• B=Z
• C=0 Figura 5 – Circuito π - linhas curtas)

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[1] HAYT, W. e BUCK, J. Eletromagnetismo.
7º Edição. Editora Bookman. 2008. Capítulo
11.
[2] ZANETTA, L. C. Fundamentos de Sistemas
Elétricos de Potência. 1º Edição. Editora
Livraria da Física. 2006. Capítulo 3.
[3] QUEVEDO, C. P e LODI, C. Q. Ondas
Eletromagnéticas. 1º Edição. Editora Pearson.
2010. Páginas 291-201.
[4] CARDOSO, J. R. Engenharia
Eletromagnética. 1º Edição. Editora Elsevier.
2011. Capítulo 1.

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