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AMPLIFICAÇÃO SONORA EM BEBÊS

Protocolos de diagnóstico e de avaliação da amplificação e seus efeitos


com precisão e adequados às particularidades da população pediátrica, para
que haja o diagnóstico e reabilitação precoces, aproveitando a plasticidade dos
bebês.
Processo de indicação/adaptação
 Avaliação: limiares tonais com especificidade de frequência e orelha.
 Seleção: características físicas e eletroacústicas.
 Verificação: amplificação prescrita x programação do AASI.
 Validação: efeito na percepção da fala, desenvolvimento de linguagem e
plasticidade cerebral.
Avaliação – utilização dos limiares audiológicos
 Respostas eletrofisiológicas 30dB mais elevadas que as
comportamentais: envolve fatores como idade, transdutor, calibração,
estímulo, parâmetros utilizados.
 dBNA – fator de correção = dB nível de audição estimulado.
 Precisa-se saber o que a fonoaudióloga da avaliação usar para aplicar o
fator de correção.
RECD (real ear couppler difference) – resposta da diferença da orelha
real para o acoplador.
 Diferença entre o NPS medido no CAE com o molde na orelha da
criança e o NPS medido no acoplador.
 Diferença na medida de RECD de até 20dB do nível de saída por
frequência entre bebês e adultos.
 O valor varia à medida que a criança vai se desenvolvendo e o CAE vai
aumentando de tamanho.
 A diferença do valor do RECD varia tanto com a idade quanto de criança
para criança, pois vai depender da forma do CAE.
 Quando o som incide no CAE do bebê, ele pode ter um ganho maior do
que o exposto na ficha técnica do aparelho devido ao tamanho desse
conduto ser pequeno. Por isso é necessário aplicar o fator de correção.
 O RECD tem por objetivo adequar a amplificação, levando em
consideração efeitos produzidos pela cabeça, pavilhão auricular, tronco
e ressonância do MAE.
 Consiste em fazer uma varredura de tons puros com a mesma energia
sonora (60dBNPS) por meio de um fone de inserção e medir, por meio
de um microfone sonda.
 A diferença entre o NPS resultante no MAE da criança com o molde e o
NPS medido por meio do microfone de referência no acoplador de 2cc, é
a RECD.
 Procedimentos:
- Calibração do fone de inserção: no acoplador HA2 de 2cc que está
conectado ao microfone de referência, com equipamento de análise
eletroacústica de AASI, registrar o NPS para o acoplador de 2cc. Ver
manual do equipamento.
- Preparação da criança: realizar meatoscopia; verificar se tem excesso
de cerúmen; medir comprimento do molde e marcar no microfone sonda
4mm mais profundo que o molde.
- Mensuração na orelha do bebê: conectar o fone de inserção ao tubo do
molde da criança, e o microfone sonda no CAE.
 Obtenção da RECD
- Subtrair o resultado da mensuração no acoplador, do resultado da
mensuração no CAE.
- Valores de forma inversamente proporcional à idade, ou seja, quanto
maior a idade, menor o RECD.
 Seleção:
- Métodos prescritivos adequados: DSL i/o v5.
- Construir o campo dinâmico de audição para a criança, pensando no
entendimento de fala e considerar a necessidade do RECD para não
causar uma superamplificação, decorrendo em uma perda auditiva
adicional.
1. Definir a área auditiva
A) Dados audiométricos convertidos de dBNA para dBSPL.
B) Nível máximo de conforto; som fraco – próximo ao limiar
auditivo; sons médios – nível máximo de conforto (próximo da
metade da área dinâmica da audição) e sons fortes (próximo
do UCL). B-A = campo dinâmico.
2. Determinar o nível de sensação: desejada para a fala amplificada.
Função input/output – evidência científica da necessidade
acústica e linguística da criança.
3. Determinar a saída máxima: meta – limite de conforto.
Verificação
 Medidas objetivas:
- Ganho de inserção.
- Curva de saída com inputs diferentes.
- Comparação com a prescrição do DSLm (i/o) v5 para ver se está
sendo efetivo.
 A medida no acoplador de 2cc utilizando a RECD permite realizar
mensurações sem que a criança precise colaborar no exame.
 Os valores de saída para diferentes níveis de sons de entrada prescritos
pelo DSL, a partir dos dados fornecidos (limiares tonais, transdutores na
avaliação, idade, RECD), serão o alvo buscado na programação. Com
esses valores, se consegue fazer a verificação do aparelho sem a
criança estar presente.
 Cada AASI é colocado na câmara anecoica do equipamento de
verificação conectado ao acoplador de 2cc e conectado ao hipro para
ser programado.
 A cada mudança de programação, novas curvas de saída com sons de
entrada de 50, 65 e 80dBNPS, são realizadas e comparadas com os
valores alvo. Ajustes são realizados até que os alvos sejam atingidos.
Validação
 Processo terapêutico que permite a avaliação longitudinal
(acompanhamento conforme o desenvolvimento da criança).
 Protocolo de avaliação do desenvolvimento.
 Retorno ao diagnóstico, para ver se mudou alguma cisa na
caracterização da perda auditiva.
 Mudanças no dispositivo eletrônico para se adequar a possíveis
mudanças ocorridas na perda auditiva.
 Observação do comportamento auditivo.
 Reabilitação auditiva.
 Observação da família.
 Little ears e it-mais.
 Gasp, sons de Ling.
 Respostas não consistentes com as previstas: datalogging, moldes,
revisão dos limiares da prescrição e, se necessário, reavaliação
audiológica e médica.

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