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PROCESSUAL
DO TRABALHO
Recursos no Processo do Trabalho
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Recursos no Processo do Trabalho
Priscila Margarido
Sumário
Recursos no Processo do Trabalho............................................................................................................................3
1. Recursos no Processo do Trabalho. . ......................................................................................................................3
2. Princípios Recursais.. ........................................................................................................................................................4
2.1. Duplo Grau de Jurisdição...........................................................................................................................................4
2.2. Taxatividade.......................................................................................................................................................................5
2.3. Singularidade ou Unirrecorribilidade................................................................................................................6
2.4. Fungibilidade. . ...................................................................................................................................................................6
2.5. Proibição da Reformatio In Pejus. .......................................................................................................................7
2.6. Variabilidade.. .....................................................................................................................................................................8
2.7. Dialeticidade (ou Discursividade). .......................................................................................................................8
2.8. Irrecorribilidade Imediata das Decisões Interlocutórias. ....................................................................9
3. Pressupostos Recursais. . .............................................................................................................................................11
3.1. Pressupostos Recursais Intrínsecos.................................................................................................................11
3.2. Pressupostos Recursais Extrínsecos.............................................................................................................13
4. Efeitos dos Recursos....................................................................................................................................................20
5. Qual Lei Aplicar aos Recursos?.............................................................................................................................23
6. Análise dos Pressupostos Recursais e Contrarrazões.........................................................................23
7. Prazo para Interposição de Recurso..................................................................................................................25
8. Recursos Cabíveis no Processo do Trabalho................................................................................................26
8.1. Remessa Necessária ou Reexame Necessário ou Recurso de Ofício........................................26
Resumo........................................................................................................................................................................................29
Questões de Concurso. . .....................................................................................................................................................30
Gabarito.......................................................................................................................................................................................47
Gabarito Comentado...........................................................................................................................................................48
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Recursos no Processo do Trabalho
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Recursos no Processo do Trabalho
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EXEMPLO
Recursos de fundamentação livre: recurso ordinário e agravo de petição.
EXEMPLO
Recursos de fundamentação vinculada no processo do trabalho: embargos de declaração (só
podem apontar omissão, obscuridade ou contradição do julgado – Art. 897-A) e recurso de
revista (só é cabível nos casos previstos no art. 896 da CLT).
DICA!
Por ora, não se preocupe muito em decorar a classificação dos
recursos (ex. quais são de fundamentação livre, quais são de
fundamentação vinculada etc.). Quando estudarmos cada um
dos recursos, você conseguirá classificá-los com facilidade. O
importante, agora, é saber quais são as classificações.
O PULO DO GATO
É importante você saber que os recursos cabíveis no processo do trabalho são aqueles pre-
vistos, de forma taxativa, na CLT e nas leis trabalhistas esparsas (ou seja, leis trabalhistas não
incluídas na CLT). Não utilizamos no processo do trabalho os recursos previstos no CPC, ao
argumento de que a CLT é omissa. Quanto a recursos, ou temos previsão expressa para o pro-
cesso do trabalho, ou dizemos que não é cabível.
2. Princípios Recursais
Se você já estudou os princípios dos recursos do processo civil, verá que não há muita
diferença aqui.
Vamos aos princípios.
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revisão de órgão superior. Contudo, é uma visão que não se justifica, uma vez que o abuso
pode ocorrer tanto no primeiro quanto no segundo grau, devendo ser combatido onde quer que
se apresente.
A melhor justificativa para o princípio é o fato de que quem perde nunca se conforma com
a decisão do juiz... Então, o duplo grau permite à parte sucumbente o direito ao desabafo, a ser
ouvida novamente e, desta vez, por julgador mais experiente.
O duplo grau de jurisdição não é um princípio absoluto, pois nem sempre à parte terá esse
direito a ser ouvida novamente. É preciso que haja previsão em lei de recurso cabível para a
situação e, ainda, que sejam observados os pressupostos recursais (ou seja, os requisitos ne-
cessários para que o recurso seja conhecido e analisado).
2.2. Taxatividade
O recurso, para ser admitido no processo do trabalho, precisa estar previsto na CLT ou em
alguma outra lei trabalhista, em regimento interno dos Tribunais do Trabalho ou na Constitui-
ção Federal (que é o caso do recurso extraordinário).
Por este princípio, já tiramos uma importantíssima conclusão: nós não usamos recurso
previsto no CPC alegando que a matéria foi omissa na CLT. Em se tratando de recursos, se a
CLT foi omissa (e não há previsão em outra lei trabalhista extravagante ou regimentos internos)
é porque foi uma decisão do legislador e não podemos aplicar o CPC.
A ideia é que o sistema recursal do processo do trabalho seja mais simples e célere que o
processo civil mesmo, então não vamos buscar no CPC recursos não previstos de forma es-
pecífica na esfera trabalhista.
A CLT estabelece nos arts. 893 e 897-A os recursos próprios do processo do trabalho:
Art. 897-A. Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão, no prazo de cinco dias, de-
vendo seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão subsequente a sua apresentação,
registrado na certidão, admitido efeito modificativo da decisão nos casos de omissão e contradição
no julgado e manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso.
No entanto, os recursos previstos nos arts. 893 e 897-A não são os únicos admitidos no pro-
cesso do trabalho. Leis esparsas trabalhistas e regimentos internos do Tribunais (além da CF,
que prevê o recurso extraordinário) também contemplam recursos trabalhistas. O que o prin-
cípio da taxatividade dispõe é que todo recurso deve estar previsto em lei, de forma expressa.
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O PULO DO GATO
Aí surge uma dúvida: da mesma decisão não podem ser cabíveis tanto os embargos de decla-
ração quanto o recurso para discutir efetivamente a justiça da decisão (por exemplo, recurso
ordinário)? Neste caso, deverão ser opostos primeiro os embargos de declaração e, somente
após a decisão dos embargos é que será interposto recurso ordinário.
2.4. Fungibilidade
É quando, apesar de o recorrente ter interposto o recurso errado, é possível aproveitar este
recurso como se fosse o certo. Isso ocorre em razão dos princípios do aproveitamento dos
atos processuais, da informalidade e da simplicidade do processo do trabalho.
Para que o recurso errado seja admitido como se fosse o recurso certo, é preciso que obe-
deça a 3 regrinhas: 1) que haja dúvida objetiva sobre qual seria o recuso cabível (não é dúvida
do advogado, mas efetiva discussão na doutrina e na jurisprudência); 2) que não haja erro
grosseiro ou má-fé (erro grosseiro é quando a lei diz claramente qual o recurso cabível e a parte
interpõe outro); 3) o recurso errado deve ser interposto no prazo do recurso correto: ou seja, na
dúvida entre dois recursos a serem utilizados, a parte deve interpor o recurso no menor prazo.
Em relação ao princípio da fungibilidade, vamos ver a jurisprudência do TST mais cobrada
em concursos:
Súmula 421:
JURISPRUDÊNCIA
EMBARGOS de Declaração. CABIMENTO. DECISÃO MONOCRÁTICA DO RELATOR CAL-
CADA NO art. 932 do cpc de 2015. ART. 557 DO CPC de 1973. (atualizada em decorrên-
cia do CPC de 2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016
I – Cabem embargos de declaração da decisão monocrática do relator prevista no art.
932 do CPC de 2015 (art. 557 do CPC de 1973), se a parte pretende tão somente juízo
integrativo retificador da decisão e, não, modificação do julgado.
II – Se a parte postular a revisão no mérito da decisão monocrática, cumpre ao relator
converter os embargos de declaração em agravo, em face dos princípios da fungibilidade
e celeridade processual, submetendo-o ao pronunciamento do Colegiado, após a intima-
ção do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de
modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1º, do CPC de 2015.
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OJ 412 da SDI-1:
JURISPRUDÊNCIA
AGRAVO INTERNO OU AGRAVO REGIMENTAL. INTERPOSIÇÃO EM FACE DE DECISÃO
COLEGIADA. NÃO CABIMENTO. ERRO GROSSEIRO. INAPLICABILIDADE DO PRINCÍPIO
DA FUNGIBILIDADE RECURSAL (nova redação em decorrência do CPC de 2015) – Res.
209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e 03.06.2016
É incabível agravo interno (art. 1.021 do CPC de 2015, art. 557, §1º, do CPC de 1973) ou
agravo regimental (art. 235 do RITST) contra decisão proferida por Órgão colegiado. Tais
recursos destinam-se, exclusivamente, a impugnar decisão monocrática nas hipóteses pre-
vistas. Inaplicável, no caso, o princípio da fungibilidade ante a configuração de erro grosseiro.
OJ 69 da SDI-2:
JURISPRUDÊNCIA
FUNGIBILIDADE RECURSAL. INDEFERIMENTO LIMINAR DE AÇÃO RESCISÓRIA OU MAN-
DADO DE SEGURANÇA. RECURSO PARA O TST. RECEBIMENTO COMO AGRAVO REGI-
MENTAL E DEVOLUÇÃO DOS AUTOS AO TRT (inserida em 20.09.2000)
Recurso ordinário interposto contra despacho monocrático indeferitório da petição inicial de
ação rescisória ou de mandado de segurança pode, pelo princípio de fungibilidade recursal,
ser recebido como agravo regimental. Hipótese de não conhecimento do recurso pelo TST e
devolução dos autos ao TRT, para que aprecie o apelo como agravo regimental.
EXEMPLO
Proibição da reformatio in pejus: o reclamante entrou com ação pedindo horas extras (4 HE
por dia) e indenização por danos morais (R$ 20.000). O juiz julgou parcialmente procedente
os pedidos, condenando o reclamado a pagar 2 horas extras por dia e indenização por danos
morais no valor de R$ 5.000,00). O reclamante não recorreu. O reclamado recorreu dizendo
que não havia direito nem a horas extras e nem à indenização. O TRT reformou a decisão,
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entendendo que estava provado o direito às 4 horas extras por dia e manteve a condenação
por danos morais em R$ 5.000,00. Quanto aos danos morais, a decisão é válida. Mas quanto às
horas extras é nula por ter violado o princípio da não reformatio in pejus (o TRT somente pode-
ria ter mantido ou diminuído a condenação). O recorrente não pode ter medo de recorrer e ter
sua situação piorada. Ele precisa de garantia jurídica de que a tentativa é apenas de melhorar
sua situação (não é um jogo de azar!).
Agora, quando as duas partes recorrem, é diferente... Se no mesmo exemplo, além do recurso
do reclamado, houvesse também recurso do reclamante dizendo, por exemplo, que os cartões
de ponto demonstravam claramente 4 horas extras por dia, aí sim o TRT poderia ter aumentado
a condenação no ponto das horas extras. Isso porque o TRT não estaria julgando “para pior” o
recurso do reclamado, mas sim dando procedência ao recurso do reclamante.
Para finalizar o exemplo, vamos imaginar que esse caso já houvesse sido decidido com trânsito
em julgado. Aí o reclamante entrou novamente pedindo horas extras e indenização por danos
morais. O reclamado, ao ser citado, nem deu atenção, pois sabia que o caso estava encerrado e
deixou o processo correr à revelia. O juiz, que não sabia da coisa julgada, considera o réu revel
e julga procedente o pedido de horas extras, mas improcedente o pedido de danos morais. O
reclamante, cara de pau que só, recorre para tentar ganhar os danos morais. Ao chegar o recur-
so no TRT, é verificada a existência de coisa julgada. Os desembargadores podem reconhecer
de ofício a coisa julgada e extinguir a ação. A decisão será pior para o reclamante, mas se trata
de uma exceção ao princípio da proibição da reformatio in pejus.
2.6. Variabilidade
É a possibilidade de, dentro do prazo recursal, trocar o recurso interposto. Se a parte per-
cebe que entrou com o recurso errado ou que, por exemplo, faltou falar alguma coisa, e ainda
não acabou o prazo recursal, poderia interpor outro recurso.
Este princípio é bem controvertido na doutrina e na jurisprudência, e como não há previsão
expressa dessa variabilidade de recurso no CPC e nem na CLT, tem prevalecido que não é pos-
sível fazer essa troca e que o que vale é o primeiro recurso interposto. Mas não se tata de um
posicionamento unânime.
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O que quer dizer recurso interposto por simples petição? Quer dizer que o recurso pode ser
simples, mas deve conter as razões da parte (simples petição não quer dizer simplesmente
apresentar uma petição escrita “recorro”. Deve haver a fundamentação).
Sobe o princípio da dialeticidade, o TST tem a Súmula 422:
JURISPRUDÊNCIA
RECURSO. FUNDAMENTO AUSENTE OU DEFICIENTE. NÃO CONHECIMENTO (redação
alterada, com inserção dos itens I, II e III) – Res. 199/2015, DEJT divulgado em 24, 25 e
26.06.2015. Com errata publicado no DEJT divulgado em 01.07.2015
I – Não se conhece de recurso para o Tribunal Superior do Trabalho se as razões do recor-
rente não impugnam os fundamentos da decisão recorrida, nos termos em que proferida.
II – O entendimento referido no item anterior não se aplica em relação à motivação secun-
dária e impertinente, consubstanciada em despacho de admissibilidade de recurso ou
em decisão monocrática.
III – Inaplicável a exigência do item I relativamente ao recurso ordinário da competência
de Tribunal Regional do Trabalho, exceto em caso de recurso cuja motivação é inteira-
mente dissociada dos fundamentos da sentença.
A redação da súmula é meio confusa mesmo, mas a ideia é que tanto os recursos de na-
tureza ordinária quanto extraordinária tenham fundamentação. No entanto, no caso dos recur-
sos de natureza ordinária dirigidos ao TRT, a fundamentação pode ser mais sucinta. Agora, se
a fundamentação for algo completamente dissociado dos fundamentos da sentença, não será
nem conhecido o recurso. É preciso que haja fundamentação (ainda que simples) e que ela
guarde pertinência com a decisão.
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§ 1º Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronuncia-
mento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do
procedimento comum, bem como extingue a execução.
§ 2º Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se en-
quadre no § 1º.
§ 3º São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou
a requerimento da parte.
§ 4º Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despa-
cho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário.
Estava fácil demais até aqui. Agora vamos para as exceções. Existem casos em que se
pode recorrer imediatamente de uma decisão interlocutória. Isso está lá na Súmula 214 do TST
(absurdamente cobrada em concursos!):
JURISPRUDÊNCIA
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE (nova redação) – Res. 127/2005, DJ
14, 15 e 16.03.2005
Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias
não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do
Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Traba-
lho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe
exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional
distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799,
§ 2º, da CLT.
Como te disse, essa súmula é bastante cobrada em provas. Então, vamos gravá-la bem. Ela
traz 3 possibilidades de se recorrer imediatamente de uma decisão interlocutória: 1) quando a
decisão do TRT é contrária ao que diz uma Súmula ou OJ do TST. Neste caso, é bem evidente
que a decisão será reformada e não precisa esperar o recurso da decisão final do TRT. 2) quando o
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regimento interno do TRT prevê algum recurso para aquele tipo de decisão. 3) quando é aco-
lhida a exceção de incompetência territorial e o processo será mandado para outro TRT. Nesta
hipótese o prejuízo da parte é muito grande, pois precisaria ir discutir essa competência lá no
outro juízo; então a súmula ameniza a situação para permitir que haja recurso imediato da de-
cisão interlocutória que acolheu a exceção de incompetência e já se discuta essa questão da
competência antes da remessa a outro TRT.
3. Pressupostos Recursais
Os pressupostos recursais são requisitos que serão observados pelo julgador para dizer
se o recurso merece ou não ser conhecido e analisado. A doutrina os divide em pressupostos
extrínsecos e intrínsecos.
Esses pressupostos são verificados duas vezes: primeiro pelo juízo que deu a decisão recor-
rida (chamado juízo a quo) e depois pelo juízo que irá julgar o recurso (chamado juízo ad quem).
Art. 996. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministé-
rio Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica.
Parágrafo único. Cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade de a decisão sobre a relação jurídi-
ca submetida à apreciação judicial atingir direito de que se afirme titular ou que possa discutir em
juízo como substituto processual.
JURISPRUDÊNCIA
MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO. LEGITIMIDADE PARA RECORRER. SOCIEDADE DE
ECONOMIA MISTA. EMPRESA PÚBLICA (incorporada a Orientação Jurisprudencial n.
338 da SBDI-I) – Res. 210/2016, DEJT divulgado em 30.06.2016 e 01 e 04.07.2016
I – O Ministério Público do Trabalho não tem legitimidade para recorrer na defesa de inte-
resse patrimonial privado, ainda que de empresas públicas e sociedades de economia mista.
II – Há legitimidade do Ministério Público do Trabalho para recorrer de decisão que declara
a existência de vínculo empregatício com sociedade de economia mista ou empresa
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O terceiro que está legitimado a recorrer é aquela pessoa que não participou do processo,
mas que pode ser prejudicada pelos efeitos da decisão.
Quanto à legitimidade, é importante conhecer a OJ 318 da SDI-1 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
AUTARQUIA. FUNDAÇÃO PÚBLICA. legitimidade para recorrer. representação proces-
sual. (incluído o item II e alterada em decorrência do CPC de 2015) – Res. 220/2017,
DEJT divulgado em 21, 22 e 25.09.2017
I – Os Estados e os Municípios não têm legitimidade para recorrer em nome das autar-
quias e das fundações públicas.
II – Os procuradores estaduais e municipais podem representar as respectivas autar-
quias e fundações públicas em juízo somente se designados pela lei da respectiva uni-
dade da federação (art. 75, IV, do CPC de 2015) ou se investidos de instrumento de man-
dato válido.
c) Interesse recursal: a parte recorrente precisa ter algum benefício com a reforma pre-
tendida. É preciso que tenha sido sucumbente (ou seja, perdido) em alguma pretensão e que
precise do recurso para conseguir mudar isso.
O PULO DO GATO
Se o processo foi extinto sem julgamento do mérito, o reclamado tem interesse recursal para
recorrer? Veja que a extinção sem julgamento do mérito é favorável ao reclamado, pois se en-
cerrou o processo que era movido contra ele. No entanto, ele tem, sim, interesse em recorrer
para buscar uma sentença de mérito que diga, de forma definitiva, que o reclamante não tem
razão. Isso porque a extinção sem julgamento de mérito não impede que a ação seja ajuizada
novamente. E é muito mais seguro para o reclamado ter uma decisão definitiva resolvendo o
problema e impedindo nova discussão sobre o assunto.
De acordo com o art. 1.000 do CPC, será considerado que a parte não tem interesse recur-
sal quando houver concordado expressa ou tacitamente com a decisão:
Art. 1.000. A parte que aceitar expressa ou tacitamente a decisão não poderá recorrer.
Parágrafo único. Considera-se aceitação tácita a prática, sem nenhuma reserva, de ato incompatível
com a vontade de recorrer.
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EXEMPLO
Se o reclamado, vencido na ação, paga o valor da condenação, não pode se arrepender do
pagamento e resolver recorrer. Ao pagar, ele aceitou tacitamente a decisão.
No prazo para recurso a parte pode expressamente renunciar ao direito de recorrer, confor-
me previsto no art. 999 do CPC:
Obs.: Não se esqueça de que tivemos uma aula sobre custas, onde vimos quem deve pagar,
sucumbência recíproca, etc.
JURISPRUDÊNCIA
CUSTAS PROCESSUAIS. INVERSÃO DO ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA. (alterada a Súmula e
incorporadas as Orientações Jurisprudenciais n.s 104 e 186 da SBDI-1) – Res. 197/2015
– DEJT divulgado em 14, 15 e 18.05.2015
I – A parte vencedora na primeira instância, se vencida na segunda, está obrigada, inde-
pendentemente de intimação, a pagar as custas fixadas na sentença originária, das quais
ficara isenta a parte então vencida;
II – No caso de inversão do ônus da sucumbência em segundo grau, sem acréscimo ou
atualização do valor das custas e se estas já foram devidamente recolhidas, descabe um
novo pagamento pela parte vencida, ao recorrer. Deverá ao final, se sucumbente, reembol-
sar a quantia; (ex-OJ n. 186 da SBDI-I)
III – Não caracteriza deserção a hipótese em que, acrescido o valor da condenação, não
houve fixação ou cálculo do valor devido a título de custas e tampouco intimação da parte
para o preparo do recurso, devendo ser as custas pagas ao final; (ex-OJ n. 104 da SBDI-I)
IV – O reembolso das custas à parte vencedora faz-se necessário mesmo na hipótese
em que a parte vencida for pessoa isenta do seu pagamento, nos termos do art. 790-A,
parágrafo único, da CLT.
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b) Depósito recursal: pode-se até dizer que o depósito recursal está dentro do preparo, mas
é melhor analisá-lo separadamente, dadas das suas peculiaridades.
O depósito recursal é um valor (alto! Como veremos) que precisa ser depositado para que o
recurso seja conhecido sempre que tiver havido condenação em pecúnia (obrigação de pegar)
e o condenado queira recorrer.
Estabelece o art. 899 da CLT:
Art. 899. Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo,
salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora.
§ 1º Sendo a condenação de valor até 10 (dez) vezes o salário-mínimo regional, nos dissídios indivi-
duais, só será admitido o recurso inclusive o extraordinário, mediante prévio depósito da respectiva
importância. Transitada em julgado a decisão recorrida, ordenar-se-á o levantamento imediato da
importância de depósito, em favor da parte vencedora, por simples despacho do juiz.
§ 2º Tratando-se de condenação de valor indeterminado, o depósito corresponderá ao que for arbi-
trado, para efeito de custas, pela Junta ou Juízo de Direito, até o limite de 10 (dez) vezes o salário-
-mínimo da região.
§ 4º O depósito recursal será feito em conta vinculada ao juízo e corrigido com os mesmos índices
da poupança.
§ 5º (Revogado).
§ 6º – Quando o valor da condenação, ou o arbitrado para fins de custas, exceder o limite de 10 (dez)
vezes o salário-mínimo da região, o depósito para fins de recursos será limitado a este valor.
§ 7º No ato de interposição do agravo de instrumento, o depósito recursal corresponderá a 50%
(cinquenta por cento) do valor do depósito do recurso ao qual se pretende destrancar.
§ 8º Quando o agravo de instrumento tem a finalidade de destrancar recurso de revista que se
insurge contra decisão que contraria a jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho,
consubstanciada nas suas súmulas ou em orientação jurisprudencial, não haverá obrigatoriedade
de se efetuar o depósito referido no § 7º deste artigo.
§ 9º O valor do depósito recursal será reduzido pela metade para entidades sem fins lucrativos, empre-
gadores domésticos, microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte.
§ 10 São isentos do depósito recursal os beneficiários da justiça gratuita, as entidades filantrópicas
e as empresas em recuperação judicial.
§ 11 O depósito recursal poderá ser substituído por fiança bancária ou seguro garantia judicial.
O depósito recursal deve ser feito em conta vinculada ao juízo, conforme disposto no § 4º.
A função do depósito recursal é garantir a futura execução (é uma garantia de que, quando
a decisão transitar em julgado, já tem uma parte do dinheiro ali para pagar o vencedor). Sem o
depósito recursal, o recuso será considerado deserto.
Assim que transitar em julgado a decisão condenando o reclamado, o juiz deve liberar o
valor do depósito recursal ao reclamante (§ 1º). Agora, se a condenação for revertida, o valor
volta para o reclamado.
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Recursos no Processo do Trabalho
Priscila Margarido
JURISPRUDÊNCIA
DEPÓSITO. CONDENAÇÃO A PAGAMENTO EM PECÚNIA (mantida) – Res. 121/2003, DJ
19, 20 e 21.11.2003
Se não há condenação a pagamento em pecúnia, descabe o depósito de que tratam os
§§ 1º e 2º do art. 899 da CLT
Deverá ser feito o depósito recursal para a interposição dos seguintes recursos: recurso
ordinário, recurso de revista, agravo de instrumento e recurso extraordinário.
O PULO DO GATO
Se já houve penhora (e aí estamos falando da fase de execução), o juízo já está garantido e
não haverá necessidade de depósito recursal para interposição de recurso. Nesse sentido, a
Súmula 128 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
DEPÓSITO RECURSAL (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais n.s 139, 189 e
190 da SBDI-1) – Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I – É ônus da parte recorrente efetuar o depósito legal, integralmente, em relação a cada
novo recurso interposto, sob pena de deserção. Atingido o valor da condenação, nenhum
depósito mais é exigido para qualquer recurso. (ex-Súmula n. 128 – alterada pela Res.
121/2003, DJ 21.11.03, que incorporou a OJ n. 139 da SBDI-1 – inserida em 27.11.1998)
II – Garantido o juízo, na fase executória, a exigência de depósito para recorrer de qual-
quer decisão viola os incisos II e LV do art. 5º da CF/1988. Havendo, porém, elevação do
valor do débito, exige-se a complementação da garantia do juízo. (ex-OJ n. 189 da SBDI-1
– inserida em 08.11.2000)
III – Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, o depósito recursal efe-
tuado por uma delas aproveita as demais, quando a empresa que efetuou o depósito não
pleiteia sua exclusão da lide. (ex-OJ n. 190 da SBDI-1 – inserida em 08.11.2000)
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Recursos no Processo do Trabalho
Priscila Margarido
JURISPRUDÊNCIA
DEPÓSITO RECURSAL. PRAZO (mantida) – Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
O depósito recursal deve ser feito e comprovado no prazo alusivo ao recurso. A interposi-
ção antecipada deste não prejudica a dilação legal.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 99 do TST:
AÇÃO RESCISÓRIA. DESERÇÃO. PRAZO (incorporada a Orientação Jurisprudencial n.
117 da SBDI-2) – Res. 137/2005, DJ 22, 23 e 24.08.2005
Havendo recurso ordinário em sede de rescisória, o depósito recursal só é exigível quando
for julgado procedente o pedido e imposta condenação em pecúnia, devendo este ser efetu-
ado no prazo recursal, no limite e nos termos da legislação vigente, sob pena de deserção.
----------
OJ 140 da SDI-1:
DEPÓSITO RECURSAL E CUSTAS PROCESSUAIS. RECOLHIMENTO INSUFICIENTE.
DESERÇÃO. (nova redação em decorrência do CPC de 2015) – Res. 217/2017 – DEJT
divulgado em 20, 24 e 25.04.2017
Em caso de recolhimento insuficiente das custas processuais ou do depósito recursal,
somente haverá deserção do recurso se, concedido o prazo de 5 (cinco) dias previsto no §
2º do art. 1.007 do CPC de 2015, o recorrente não complementar e comprovar o valor devido.
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Recursos no Processo do Trabalho
Priscila Margarido
Súmula 86 do TST:
DESERÇÃO. MASSA FALIDA. EMPRESA EM LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL (incorporada
a Orientação Jurisprudencial n. 31 da SBDI-1) – Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
Não ocorre deserção de recurso da massa falida por falta de pagamento de custas ou de
depósito do valor da condenação. Esse privilégio, todavia, não se aplica à empresa em
liquidação extrajudicial.
De acordo com a Súmula 86, a massa falida está dispensada do depósito recursal, mas
a empresa em liquidação extrajudicial, não. E a empresa em recuperação judicial? Isso já foi
muito discutido, mas a reforma trabalhista acabou com a polêmica, ao acrescentar o § 10 ao
art. 899 da CLT, dispondo que: “São isentos do depósito recursal os beneficiários da justiça
gratuita, as entidades filantrópicas e as empresas em recuperação judicial”.
Quem também está dispensado do preparo são os entes de direito público externo e a Fa-
zenda Pública.
O mesmo § 10, citado acima, acabou com uma outra polêmica: antes da reforma se dis-
cutia se o beneficiário da justiça gratuita estava dispensado ou não do preparo. Havia forte
corrente no sentido de que se o depósito é uma garantia da execução e o beneficiário da justiça
gratuita terá, de algum modo, de pagar a
execução, não estaria dispensado do preparo. Contudo, o entendimento que prevaleceu
com a reforma é o de que o beneficiário da justiça gratuita está mal das pernas e não pode ser
exigido depósito recursal para que possa interpor recurso.
Como se vê, o § 10 veio para apaziguar as emoções e acalmar os corações
De acordo com o § 9º, o valor do depósito será reduzido à metade quando a parte que pre-
tenda recorrer for entidade sem fins lucrativos, empregador doméstico, microempreendedor
individual, microempresas e empresas de pequena porte.
O PULO DO GATO
O STF decidiu que para a interposição de recurso extraordinário (o recurso extraordinário é
dirigido ao STF, como veremos ao estudarmos cada um dos recursos) não é necessário o de-
pósito recursal. Portanto, é só na esfera trabalhista que há tal exigência.
c) Regularidade formal: Como vimos há pouco, o art. 899 da CLT dispõe que “Os recursos
serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções
previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora”.
Vimos há pouco que embora o artigo fale em simples petição, o entendimento majoritário
é de que o recurso deve apresentar as razões recursais (apontamento de todos os tópicos da
decisão que se pretende reformar e demonstração dos motivos). Essa necessidade de funda-
mentação é chamada princípio da dialeticidade ou da discursividade.
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d) Assinatura: o recurso precisa estar assinado para que seja conhecido. Mas a falta de
assinatura é um vício sanável. Estabelece a OJ 120 da SDI-1 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
RECURSO. ASSINATURA DA PETIÇÃO OU DAS RAZÕES RECURSAIS. ART. 932, PARÁ-
GRAFO ÚNICO, DO CPC DE 2015. (alterada em decorrência do CPC de 2015) Res.
212/2016, DEJT divulgado em 20, 21 e 22.09.2016
I – Verificada a total ausência de assinatura no recurso, o juiz ou o relator concederá
prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício. Descumprida a determinação, o
recurso será reputado inadmissível (art. 932, parágrafo único, do CPC de 2015).
II – É válido o recurso assinado, ao menos, na petição de apresentação ou nas razões
recursais.
Com o processo eletrônico, a matéria acaba perdendo a relevância, uma vez que a assina-
tura digital é necessariamente aposta para interposição do recurso.
e) Tempestividade: o recurso deve ser previsto dentro do prazo que a lei estabelece.
A regra geral dos recursos trabalhistas é que o prazo para interposição é de 8 dias. Mas
existem exceções, como, por exemplo, os embargos de declaração (5 dias – art. 897-A da CLT)
e o recurso extraordinário (15 dias).
De acordo com o art. 775 da CLT: Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em
dias úteis, com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento.
Agora vamos falar dos recursos interpostos antes do prazo começar. Você acha que de-
vem ser considerados tempestivos ou intempestivos? Para mim, sempre foi óbvio que se parte
se adianta e, antes do prazo começar a correr, já recorre, o recurso é super tempestivo. No en-
tanto, o TST tinha súmula dizendo que era intempestivo/extemporâneo. Mas, para alegria geral
dos adiantados e ansiosos, essa Súmula foi cancelada e passou-se a seguir o entendimento
do STF, no sentido de que o recurso interposto antes do início do prazo (antes da publicação
da decisão) é tempestivo.
Já que estamos falando da tempestividade dos recursos, há uma importante análise a ser
feita: o TST entende que se o recurso não for conhecido por falta de pressuposto processual, a
decisão é ex nunc, ou seja, não retroage. Isso quer dizer que a só a partir da publicação da de-
cisão que não conheceu o recurso é que poderá ocorrer o trânsito em julgado da decisão (isso
é importante para o ajuizamento de ação rescisória. Lembrando que o prazo para ajuizamento
de ação rescisória é de 2 anos a contar da data do trânsito em julgado da decisão de mérito).
Agora, se o recurso não for conhecido por intempestividade ou não cabimento, a decisão
que não conhece o recurso produz efeitos ex tunc, ou seja, a decisão retroage. Retroage a
quando? À data do término do prazo recursal da decisão recorrida (ou seja, chegou no último
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dia do prazo recursal, no dia seguinte considera-se que houve o trânsito em julgado). Isso por-
que a parte comeu mosca mesmo, entrou com recurso fora do prazo ou com recurso errado,
então a decisão já transita em julgado assim que acaba o prazo do recurso (do recurso corre-
to!). Mas há uma exceção se a dúvida quanto à tempestividade ou cabimento for razoável,
a decisão passa a produzir efeitos ex nunc e o trânsito em julgado ocorrerá apenas com a pu-
blicação da decisão que não conheceu o recurso (afinal, a parte não comeu mosca, a questão
era complicada mesmo!).
DICA!
ex nunc = não retroage
ex tunc = retroage
JURISPRUDÊNCIA
AÇÃO RESCISÓRIA. DECADÊNCIA (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais n.s
13, 16, 79, 102, 104, 122 e 145 da SBDI-2) – Res. 137/2005, DJ 22, 23 e 24.08.2005
I – O prazo de decadência, na ação rescisória, conta-se do dia imediatamente subse-
quente ao trânsito em julgado da última decisão proferida na causa, seja de mérito ou
não. (ex-Súmula n. 100 – alterada pela Res. 109/2001, DJ 20.04.2001)
II – Havendo recurso parcial no processo principal, o trânsito em julgado dá-se em momen-
tos e em tribunais diferentes, contando-se o prazo decadencial para a ação rescisória do
trânsito em julgado de cada decisão, salvo se o recurso tratar de preliminar ou prejudicial
que possa tornar insubsistente a decisão recorrida, hipótese em que flui a decadência a
partir do trânsito em julgado da decisão que julgar o recurso parcial. (ex-Súmula n. 100 –
alterada pela Res. 109/2001, DJ 20.04.2001)
III – Salvo se houver dúvida razoável, a interposição de recurso intempestivo ou a interpo-
sição de recurso incabível não protrai o termo inicial do prazo decadencial. (ex-Súmula n.
100 – alterada pela Res. 109/2001, DJ 20.04.2001)
IV – O juízo rescindente não está adstrito à certidão de trânsito em julgado juntada com
a ação rescisória, podendo formar sua convicção através de outros elementos dos autos
quanto à antecipação ou postergação do “dies a quo” do prazo decadencial. (ex-OJ n. 102
da SBDI-2 – DJ 29.04.2003)
V – O acordo homologado judicialmente tem força de decisão irrecorrível, na forma do
art. 831 da CLT. Assim sendo, o termo conciliatório transita em julgado na data da sua
homologação judicial. (ex-OJ n. 104 da SBDI-2 – DJ 29.04.2003)
VI – Na hipótese de colusão das partes, o prazo decadencial da ação rescisória somente
começa a fluir para o Ministério Público, que não interveio no processo principal, a partir
do momento em que tem ciência da fraude. (ex-OJ n. 122 da SBDI-2 – DJ 11.08.2003)
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Recursos no Processo do Trabalho
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VII – Não ofende o princípio do duplo grau de jurisdição a decisão do TST que, após
afastar a decadência em sede de recurso ordinário, aprecia desde logo a lide, se a causa
versar questão exclusivamente de direito e estiver em condições de imediato julgamento.
(ex-OJ n. 79 da SBDI-2 – inserida em 13.03.2002)
VIII – A exceção de incompetência, ainda que oposta no prazo recursal, sem ter sido
aviado o recurso próprio, não tem o condão de afastar a consumação da coisa julgada e,
assim, postergar o termo inicial do prazo decadencial para a ação rescisória. (ex-OJ n. 16
da SBDI-2 – inserida em 20.09.2000)
IX – Prorroga-se até o primeiro dia útil, imediatamente subsequente, o prazo decadencial
para ajuizamento de ação rescisória quando expira em férias forenses, feriados, finais de
semana ou em dia em que não houver expediente forense. Aplicação do art. 775 da CLT.
(ex-OJ n. 13 da SBDI-2 – inserida em 20.09.2000)
X – Conta-se o prazo decadencial da ação rescisória, após o decurso do prazo legal pre-
visto para a interposição do recurso extraordinário, apenas quando esgotadas todas as
vias recursais ordinárias. (ex-OJ n. 145 da SBDI-2 – DJ 10.11.2004)
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Recursos no Processo do Trabalho
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§ 2º Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a
apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais.
JURISPRUDÊNCIA
RECURSO ORDINÁRIO. EFEITO DEVOLUTIVO EM PROFUNDIDADE. art. 1.013, § 1º, do
cpc de 2015. ART. 515, § 1º, DO CPC de 1973. (nova redação em decorrência do CPC de
2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016
I – O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário, que se extrai do § 1º do art.
1.013 do CPC de 2015 (art. 515, §1º, do CPC de 1973), transfere ao Tribunal a apreciação
dos fundamentos da inicial ou da defesa, não examinados pela sentença, ainda que não
renovados em contrarrazões, desde que relativos ao capítulo impugnado.
II – Se o processo estiver em condições, o tribunal, ao julgar o recurso ordinário, deverá
decidir desde logo o mérito da causa, nos termos do § 3º do art. 1.013 do CPC de 2015,
inclusive quando constatar a omissão da sentença no exame de um dos pedidos.
Art. 331. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco)
dias, retratar-se.
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Recursos no Processo do Trabalho
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Art. 1.008. O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a decisão impugnada no que tiver sido
objeto de recurso.
e) efeito suspensivo: o efeito suspensivo faz com que a decisão fique suspensa (não seja
cumprida) enquanto o recurso está aguardando julgamento.
A regra, no processo do trabalho, é que os recursos não têm efeito suspensivo, portanto, a
decisão deve ser cumprida mesmo antes do julgamento do recurso.
Quando a execução provisória da sentença puder causar danos irreparáveis ao reclamado,
é possível requerer ao relator, ao Presidente, ou Vice-Presidente do Tribunal, que conceda o
efeito suspensivo. Isso está no art. 1.029, § 5º, do CPC:
JURISPRUDÊNCIA
MANDADO DE SEGURANÇA. TUTELA PROVISÓRIA CONCEDIDA ANTES OU NA SEN-
TENÇA (nova redação em decorrência do CPC de 2015) – Res. 217/2017 – DEJT divul-
gado em 20, 24 e 25.04.2017
I – A tutela provisória concedida na sentença não comporta impugnação pela via do man-
dado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. É admissível a obten-
ção de efeito suspensivo ao recurso ordinário mediante requerimento dirigido ao tribunal,
ao relator ou ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, por aplicação sub-
sidiária ao processo do trabalho do artigo 1.029, § 5º, do CPC de 2015.
II – No caso de a tutela provisória haver sido concedida ou indeferida antes da sentença,
cabe mandado de segurança, em face da inexistência de recurso próprio.
III – A superveniência da sentença, nos autos originários, faz perder o objeto do mandado
de segurança que impugnava a concessão ou o indeferimento da tutela provisória.
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Recursos no Processo do Trabalho
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Art. 912. Os dispositivos de caráter imperativo terão aplicação imediata às relações iniciadas, mas
não consumadas, antes da vigência desta Consolidação.
Art. 915. Não serão prejudicados os recursos interpostos com apoio em dispositivos alterados ou
cujo prazo para interposição esteja em curso à data da vigência desta Consolidação.
Portanto, a regra geral é: a lei aplicável é aquela vigente à época da interposição do recurso.
Assim que a decisão é proferida, a parte já precisa pensar “qual o recurso que eu vou in-
terpor?”. E o recurso a ser interposto é aquele previsto em lei vigente no momento em que a
decisão foi proferida.
EXEMPLO
A decisão é proferida em 20/2/2019. Em 23/2/2019 passa a viger uma lei que diz que daquela
decisão não cabe mais o recurso X, mas o recurso Y. Como a lei entrou em vigor depois que a
decisão foi proferida (e depois que o prazo recursal já estava em curso), não vale a lei nova, mas
sim o que era previsto quando a decisão foi proferida (no exemplo, será cabível o recurso X).
A lei só será imediatamente aplicada, mesmo com o prazo em curso, se ela for mais bené-
fica (por exemplo, quando amplia o prazo recursal).
Art. 900. Interposto o recurso, será notificado o recorrido para oferecer as suas razões, em prazo
igual ao que tiver tido o recorrente.
O recurso e as contrarrazões serão enviadas à autoridade superior (juízo ad quem), que fará
nova análise dos pressupostos e julgará o mérito.
No TRT, o relator, antes de decidir que o recurso é inadmissível, deve conceder o prazo de 5
dias ao recorrente para sanar o vício. Isso está previsto no art. 932 do CPC:
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Recursos no Processo do Trabalho
Priscila Margarido
JURISPRUDÊNCIA
DECISÃO MONOCRÁTICA. RELATOR. art. 932 do cpc de 2015. ART. 557 DO CPC de 1973.
APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA AO PROCESSO DO TRABALHO (atualizada em decorrência do
CPC de 2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016
Aplica-se subsidiariamente ao processo do trabalho o art. 932 do CPC de 2015 (art. 557
do CPC de 1973).
JURISPRUDÊNCIA
EMBARGOS de DECLARAÇÃO. CABIMENTO. DECISÃO MONOCRÁTICA DO RELATOR
CALCADA NO art. 932 do cpc de 2015. ART. 557 DO CPC de 1973. (atualizada em decor-
rência do CPC de 2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016
I – Cabem embargos de declaração da decisão monocrática do relator prevista no art.
932 do CPC de 2015 (art. 557 do CPC de 1973), se a parte pretende tão somente juízo
integrativo retificador da decisão e, não, modificação do julgado.
II – Se a parte postular a revisão no mérito da decisão monocrática, cumpre ao relator
converter os embargos de declaração em agravo, em face dos princípios da fungibilidade
e celeridade processual, submetendo-o ao pronunciamento do Colegiado, após a intima-
ção do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de
modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1º, do CPC de 2015.
Quanto às contrarrazões, é importante mencionar que não podem conter pedido de refor-
ma da decisão ou discutir matéria não impugnada no recurso, uma vez que se trata apenas de
resposta ao recurso e não de um novo recurso. O máximo que o recorrido pode fazer em con-
trarrazões é levantar questões que possam ser conhecidas de ofício, bem como a prescrição e
todas as matérias de defesa (ainda que não tenham sido analisadas na sentença).
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Há mais uma coisa importante sobre as contrarrazões que precisa ser dita: elas servem,
também, para que o recorrido impugne uma decisão interlocutória que, até então, ele tinha “en-
golido”. Vamos à explicação Como já vimos, as decisões interlocutórias são irrecorríveis de
imediato. O momento de recorrer é no recurso da decisão de mérito. Se, quando sai a decisão
de mérito, uma parte recorre e a outra não; a parte que não recorreu pode aproveitar as contrar-
razões para manifestar seu inconformismo com aquela decisão interlocutória lá de trás, que
até então não poderia ter sido questionada.
Dispõe o art. 1.009, § 1º, CPC:
Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em dias úteis, com exclusão do dia
do começo e inclusão do dia do vencimento.
§ 1º Os prazos podem ser prorrogados, pelo tempo estritamente necessário, nas seguintes hipóte-
ses:
I – quando o juízo entender necessário;
II – em virtude de força maior, devidamente comprovada.
JURISPRUDÊNCIA
FERIADO LOCAL OU FORENSE. AUSÊNCIA DE EXPEDIENTE. PRAZO RECURSAL. PROR-
ROGAÇÃO. COMPROVAÇÃO. NECESSIDADE. (alterada em decorrência do CPC de 2015)
– Res. 220/2017, DEJT divulgado em 21, 22 e 25.09.2017
I – Incumbe à parte o ônus de provar, quando da interposição do recurso, a existência de
feriado local que autorize a prorrogação do prazo recursal (art. 1.003, § 6º, do CPC de
2015). No caso de o recorrente alegar a existência de feriado local e não o comprovar no
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E a partir de quando começa a contar o prazo? Se a intimação for por meio de publicação
no Diário de Justiça Eletrônico, a regra é a seguinte: o prazo começa a contar no dia útil seguin-
te à publicação. Agora vem o detalhe: a data da publicação é o primeiro dia útil seguinte à data
de disponibilização. Isso está no art. 4º da Lei n. 11.419/2006:
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Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada
pelo tribunal, a sentença:
I – proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autar-
quias e fundações de direito público;
II – que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal.
§ 1º Nos casos previstos neste artigo, não interposta a apelação no prazo legal, o juiz ordenará a
remessa dos autos ao tribunal, e, se não o fizer, o presidente do respectivo tribunal avocá-los-á.
§ 2º Em qualquer dos casos referidos no § 1º, o tribunal julgará a remessa necessária.
§ 3º Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o proveito econômico obtido na
causa for de valor certo e líquido inferior a:
I – 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito
público;
II – 500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias
e fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados;
III – 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fun-
dações de direito público.
§ 4º Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em:
I – súmula de tribunal superior;
II – acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julga-
mento de recursos repetitivos;
III – entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de
competência;
IV – entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do pró-
prio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.
Em relação ao tema, o que é mais cobrado em provas é a Súmula 303 do TST. Então,
vamos a ela:
JURISPRUDÊNCIA
FAZENDA PÚBLICA. REEXAME NECESSÁRIO (nova redação em decorrência do CPC de
2015) – Res. 211/2016, DEJT divulgado em 24, 25 e 26.08.2016
I – Em dissídio individual, está sujeita ao reexame necessário, mesmo na vigência da
Constituição Federal de 1988, decisão contrária à Fazenda Pública, salvo quando a con-
denação não ultrapassar o valor correspondente a: a) 1.000 (mil) salários mínimos para
a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público; b) 500 (quinhentos)
salários mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e fun-
dações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados; c) 100
(cem) salários mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fun-
dações de direito público.
II – Também não se sujeita ao duplo grau de jurisdição a decisão fundada em: a) súmula
ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) acórdão proferido pelo
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Em sede de precatório NÃO é cabível reexame de ofício. Isso está na OJ 8 do Pleno do TST:
JURISPRUDÊNCIA
PRECATÓRIO. MATÉRIA ADMINISTRATIVA. REMESSA NECESSÁRIA. NÃO CABIMENTO
(DJ 25.04.2007)
Em sede de precatório, por se tratar de decisão de natureza administrativa, não se aplica
o disposto no art. 1º, V, do Decreto-Lei n. 779, de 21.08.1969, em que se determina a
remessa necessária em caso de decisão judicial desfavorável a ente público.
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RESUMO
Os recursos podem ser classificados da seguinte forma:
1) quanto à finalidade: recursos ordinários e recursos extraordinários; 2) quanto à funda-
mentação: recursos de fundamentação livre e recursos de fundamentação vinculada; 3) quan-
to ao inconformismo da parte: recurso parcial ou recurso total.
Os princípios recursais são os seguintes: Duplo grau de jurisdição; taxatividade; singulari-
dade ou unirrecorribilidade; fungibilidade; proibição da reformatio in pejus; variabilidade; diale-
ticidade (ou discursividade); irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias.
Os pressupostos recursais são requisitos que serão observados pelo julgador para dizer
se o recurso merece ou não ser conhecido e analisado. A doutrina os divide em pressupostos
extrínsecos e intrínsecos.
Pressupostos recursais intrínsecos: a) Cabimento; b) Legitimidade e c) Interesse recursal.
Pressupostos recursais extrínsecos: são fatores externos à decisão recorrida. São eles:
preparo, depósito recursal, regularidade formal, assinatura e tempestividade.
O depósito recursal é exigido sempre que houver condenação do empregador. Se o empre-
gado for condenado, por exemplo, em reconvenção, não precisará fazer o depósito recursal
para poder recorrer. Isso decorre do princípio da proteção ao trabalhador hipossuficiente.
Se não houver condenação em obrigação de pagar (se for, por exemplo, obrigação de fazer
ou não fazer), não haverá necessidade do depósito.
Cada vez que a parte for interpor um recurso, deve fazer um novo depósito, até que se
atinja o valor da condenação (assim que for atingido o valor da condenação, nenhum depósito
mais é exigido para interposição de recurso).
Para interpor agravo de instrumento, deve ser feito depósito recursal de 50% do valor exigi-
do como depósito recursal para interposição do recurso que se pretende destrancar.
O prazo para comprovação do depósito recursal é o prazo que a lei prevê para a interposi-
ção do recurso.
O valor do depósito será reduzido à metade quando a parte que pretenda recorrer for enti-
dade sem fins lucrativos, empregador doméstico, microempreendedor individual, microempre-
sas e empresas de pequena porte.
A regra, no processo do trabalho, é que os recursos não têm efeito suspensivo, portanto, a
decisão deve ser cumprida mesmo antes do julgamento do recurso.
Quando a execução provisória da sentença puder causar danos irreparáveis ao reclamado,
é possível requerer ao relator, ao Presidente, ou Vice-Presidente do Tribunal, que conceda o
efeito suspensivo.
No TRT, o relator, antes de decidir que o recurso é inadmissível, deve conceder o prazo de 5
dias ao recorrente para sanar o vício.
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (FUNDATEC/GHC-RS/ADVOGADO/2021) Em relação aos recursos no Processo do Tra-
balho, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Os Estados e os Municípios têm legitimidade para recorrer em nome das autarquias e das
fundações públicas.
b) Os procuradores estaduais e municipais podem representar as respectivas autarquias e fun-
dações públicas em juízo somente se designados pela lei da respectiva unidade da federação
(Art. 75, IV, do CPC de 2015) ou se investidos de instrumento de mandato válido.
c) É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos autos até o mo-
mento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter excepcional (Art. 104 do CPC de
2015), admite-se que o advogado, independentemente de intimação, exiba a procuração no
prazo de 5 (cinco) dias após a interposição do recurso, prorrogável por igual período mediante
despacho do juiz. Caso não a exiba, considera-se ineficaz o ato praticado e não se conhece
do recurso.
d) O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário, que se extrai do § 1º do Art. 1.013
do CPC de 2015 (Art. 515, §1º, do CPC de 1973), transfere ao Tribunal a apreciação dos funda-
mentos da inicial ou da defesa, não examinados pela sentença, ainda que não renovados em
contrarrazões, desde que relativos ao capítulo impugnado.
e) Não se conhece de recurso para o Tribunal Superior do Trabalho se as razões do recorrente
não impugnam os fundamentos da decisão recorrida, nos termos em que proferida. Tal enten-
dimento não se aplica em relação à motivação secundária e impertinente, consubstanciada
em despacho de admissibilidade de recurso ou em decisão monocrática. Também, é inaplicá-
vel tal exigência relativamente ao recurso ordinário da competência de Tribunal Regional do
Trabalho, exceto em caso de recurso cuja motivação é inteiramente dissociada dos fundamen-
tos da sentença.
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c) deverá ser recolhido pela metade pela Associação Promessa de Futuro, em razão de ser
uma entidade sem fins lucrativos, e não precisará ser recolhido pela Bite Informática, que está
isenta de seu recolhimento por estar em recuperação judicial.
d) deverá ser recolhido pela metade por ambas as reclamadas, tendo em vista o benefício pre-
visto em lei para as entidades sem fins lucrativos e para as empresas em recuperação judicial.
e) deverá ser recolhido, por meio de depósito na conta vinculada do FGTS, pela Associação
Promessa de Futuro, em razão de ser uma entidade sem fins lucrativos, e não precisará ser
recolhido pela Bite Informática, que está isenta de seu recolhimento por estar em recupera-
ção judicial.
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ocorreu no Diário Oficial no dia 5/3, uma quinta-feira e pretendendo todas as partes ingressa-
rem com Recurso Ordinário, o último dia para sua interposição, considerando que não houve
feriados naquele mês, será
a) 12/3 para o Reclamante e para a Reclamada e 20/3 para a Municipalidade, respectivamente.
b) 17/3 para o Reclamante e para a Reclamada e 30/3 para a Municipalidade, respectivamente.
c) 18/3 para todos.
d) 13/3 para o Reclamante e para a Reclamada e 23/3 para a Municipalidade, respectivamente.
e) 18/3 para o Reclamante e para a Reclamada e 30/3 para a Municipalidade, respectivamente.
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a) Ambas as partes deverão interpor Recurso Ordinário, que deverão ser interpostos até o dia
14 de ago. de 2018 (terça-feira), tendo em vista que o prazo conta-se em dias corridos, excluin-
do-se o dia da intimação e incluindo-se o dia do termo final. A Reclamada Mévio & Tício Ltda.
está isenta do pagamento do depósito recursal, já que encontra-se em Recuperação Judicial.
b) A Reclamante deverá interpor Recurso Ordinário, que deverá ser interposto até o dia 15
de ago. de 2018 (quarta-feira), tendo em vista que o prazo conta-se somente em dias úteis,
incluindo-se os dias da intimação e do termo final. A Reclamada Mévio & Tício Ltda. deverá
interpor obrigatoriamente Recurso Adesivo, tendo em vista que encontra-se em Recuperação
Judicial e não possui condições de arcar com o depósito recursal.
c) Ambas as partes deverão interpor Recurso Ordinário, que deverão ser interpostos até o dia
15 de ago. de 2018 (quarta-feira), tendo em vista que o prazo conta-se somente em dias úteis,
incluindo-se os dias da intimação e do termo final. A Reclamada Mévio & Tício Ltda. deverá
comunicar o Juízo do processo da Recuperação Judicial para habilitação do recolhimento do
depósito recursal.
d) Ambas as partes deverão interpor Recurso Ordinário, que deverão ser interpostos até o dia
16 de ago. de 2018 (quinta-feira), tendo em vista que o prazo conta-se somente em dias úteis,
excluindo-se o dia da intimação e incluindo o último dia do prazo. A Reclamada Mévio & Tício
Ltda. deverá efetuar o recolhimento do depósito recursal ou comunicar o Juízo do processo da
Recuperação Judicial para a habilitação da despesa, sob pena de deserção.
e) Ambas as partes deverão interpor Recurso Ordinário, que deverão ser interpostos até o
dia 16 de ago. de 2018 (quinta-feira), tendo em vista que o prazo conta-se somente em dias
úteis, excluindo-se o dia da intimação e incluindo o último dia do prazo. A Reclamada Mévio
& Tício Ltda. está isenta do pagamento do depósito recursal, já que encontra-se em recupera-
ção judicial.
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b) São legitimados para interpor recursos: as partes, o terceiro prejudicado e o Ministério Públi-
co, conforme dispõe o Novo Código de Processo Civil aplicado subsidiariamente.
c) O jus postulandi das partes, no processo trabalhista, atinge as Varas do Trabalho, os Tribu-
nais Regionais do Trabalho e o Tribunal Superior do Trabalho.
d) O depósito recursal, exigido do empregado e do empregador, também deverá ser feito nas
hipóteses de ações de natureza declaratória, constitutiva, obrigação de fazer e obrigação de
não fazer.
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seu advogado Carlos que informou que o recurso cabível seria o Recurso Ordinário, para a ins-
tância superior no prazo de:
a) 15 (quinze) dias úteis.
b) 10 (dez) dias corridos.
c) 8 (oito) dias corridos.
d) 10 (dez) dias úteis.
e) 8 (oito) dias úteis.
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a) Que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para juízo do
mesmo Tribunal Regional daquele a que se vincula o juízo excepcionado.
b) De Vara do Trabalho contrária à súmula ou Orientação Jurisprudencial do TST.
c) De Turma do TRT contrária à súmula do mesmo Tribunal.
d) Suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal.
e) De Vara do Trabalho contrária à súmula ou Orientação Jurisprudencial do TRT a que se vincula.
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II – O efeito devolutivo pode ser examinado apenas em relação à sua extensão, mas não em
relação à sua profundidade.
III – O princípio da transcendência guarda pertinência com as nulidades relativas, vale dizer,
estas só devem ser declaradas se e quando puderem acarretar prejuízo às partes.
IV – O efeito expansivo permite que o tribunal, nos casos em que a sentença tenha julgado
extinto o processo por ausência de pressupostos processuais ou condições da ação, adentre
ao julgamento do mérito, quando a demanda versar exclusivamente sobre matéria de direito.
V – O princípio da dialeticidade não exige que o recorrente decline as razões de seu inconfor-
mismo com a decisão hostilizada.
Está correta a alternativa:
a) l e V.
b) I, III e IV.
c) II, IV e V.
d) II e V.
e) II, III e IV.
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044. (TRT 23/TRT – 23ª REGIÃO (MT)/JUIZ DO TRABALHO/2012) Assinale a alternativa que
contém proposição incorreta de acordo com entendimento consubstanciado na Súmula 214
do TST de que na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlo-
cutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão:
a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula do Tribunal Superior do Trabalho.
b) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior
do Trabalho.
c) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal.
d) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal
Regional distinto daquele a que se vincula o Juízo excepcionado, consoante o disposto no art.
799, § 2º, da CLT.
e) que nega medida liminar em reclamação trabalhista que visa reintegrar no emprego dirigen-
te sindical suspenso pelo empregador.
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GABARITO
1. a 26. c
2. e 27. c
3. d 28. a
4. C 29. b
5. C 30. b
6. E 31. c
7. b 32. E
8. e 33. e
9. e 34. d
10. a 35. E
11. b 36. e
12. E 37. d
13. E 38. a
14. E 39. c
15. b 40. b
16. a 41. a
17. c 42. a
18. a 43. C
19. e 44. e
20. c 45. E
21. a 46. c
22. e 47. d
23. b 48. b
24. e 49. E
25. b
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GABARITO COMENTADO
001. (FUNDATEC/GHC-RS/ADVOGADO/2021) Em relação aos recursos no Processo do Tra-
balho, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Os Estados e os Municípios têm legitimidade para recorrer em nome das autarquias e das
fundações públicas.
b) Os procuradores estaduais e municipais podem representar as respectivas autarquias e fun-
dações públicas em juízo somente se designados pela lei da respectiva unidade da federação
(Art. 75, IV, do CPC de 2015) ou se investidos de instrumento de mandato válido.
c) É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos autos até o mo-
mento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter excepcional (Art. 104 do CPC de
2015), admite-se que o advogado, independentemente de intimação, exiba a procuração no
prazo de 5 (cinco) dias após a interposição do recurso, prorrogável por igual período mediante
despacho do juiz. Caso não a exiba, considera-se ineficaz o ato praticado e não se conhece
do recurso.
d) O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário, que se extrai do § 1º do Art. 1.013
do CPC de 2015 (Art. 515, §1º, do CPC de 1973), transfere ao Tribunal a apreciação dos funda-
mentos da inicial ou da defesa, não examinados pela sentença, ainda que não renovados em
contrarrazões, desde que relativos ao capítulo impugnado.
e) Não se conhece de recurso para o Tribunal Superior do Trabalho se as razões do recorrente
não impugnam os fundamentos da decisão recorrida, nos termos em que proferida. Tal enten-
dimento não se aplica em relação à motivação secundária e impertinente, consubstanciada
em despacho de admissibilidade de recurso ou em decisão monocrática. Também, é inaplicá-
vel tal exigência relativamente ao recurso ordinário da competência de Tribunal Regional do
Trabalho, exceto em caso de recurso cuja motivação é inteiramente dissociada dos fundamen-
tos da sentença.
a) Errada. Os Estados e os Municípios têm NÃO TÊM legitimidade para recorrer em nome das
autarquias e das fundações públicas.
OJ 318 da SDI-1 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
AUTARQUIA. FUNDaÇÃO PÚBLICA. legitimidade para recorrer. representação proces-
sual. (incluído o item II e alterada em decorrência do CPC de 2015) – Res. 220/2017,
DEJT divulgado em 21, 22 e 25.09.2017
I – Os Estados e os Municípios não têm legitimidade para recorrer em nome das autar-
quias e das fundações públicas.
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JURISPRUDÊNCIA
RECURSO ORDINÁRIO. EFEITO DEVOLUTIVO EM PROFUNDIDADE. art. 1.013, § 1º, do
cpc de 2015. ART. 515, § 1º, DO CPC de 1973. (nova redação em decorrência do CPC de
2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016
I – O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário, que se extrai do § 1º do art.
1.013 do CPC de 2015 (art. 515, §1º, do CPC de 1973), transfere ao Tribunal a apreciação
dos fundamentos da inicial ou da defesa, não examinados pela sentença, ainda que não
renovados em contrarrazões, desde que relativos ao capítulo impugnado.
II – Se o processo estiver em condições, o tribunal, ao julgar o recurso ordinário, deverá
decidir desde logo o mérito da causa, nos termos do § 3º do art. 1.013 do CPC de 2015,
inclusive quando constatar a omissão da sentença no exame de um dos pedidos.
JURISPRUDÊNCIA
RECURSO. FUNDAMENTO AUSENTE OU DEFICIENTE. NÃO CONHECIMENTO (redação
alterada, com inserção dos itens I, II e III) – Res. 199/2015, DEJT divulgado em 24, 25 e
26.06.2015. Com errata publicado no DEJT divulgado em 01.07.2015
I – Não se conhece de recurso para o Tribunal Superior do Trabalho se as razões do recor-
rente não impugnam os fundamentos da decisão recorrida, nos termos em que proferida.
II – O entendimento referido no item anterior não se aplica em relação à motivação secun-
dária e impertinente, consubstanciada em despacho de admissibilidade de recurso ou
em decisão monocrática.
III – Inaplicável a exigência do item I relativamente ao recurso ordinário da competência
de Tribunal Regional do Trabalho, exceto em caso de recurso cuja motivação é inteira-
mente dissociada dos fundamentos da sentença.
Letra a.
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Recursos no Processo do Trabalho
Priscila Margarido
A regra geral, no processo do trabalho, é que os recursos serão interpostos no prazo de 8 dias
(existem exceções, como os embargos de declaração e o recurso extraordinário). Em relação
ao recurso ordinário, a previsão está no art. 895 da CLT.
Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em dias úteis, com exclusão do dia
do começo e inclusão do dia do vencimento.
Letra e.
A regra geral é que as decisões interlocutórias são irrecorríveis de imediato, somente podendo
ser impugnadas por meio do recurso cabível da decisão de mérito. Mas, é importante lembrar
que existem as exceções lá da Súmula 214 do TST.
Letra d.
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Recursos no Processo do Trabalho
Priscila Margarido
JURISPRUDÊNCIA
PRECATÓRIO. MATÉRIA ADMINISTRATIVA. REMESSA NECESSÁRIA. NÃO CABIMENTO
(DJ 25.04.2007)
Em sede de precatório, por se tratar de decisão de natureza administrativa, não se aplica
o disposto no art. 1º, V, do Decreto-Lei n. 779, de 21.08.1969, em que se determina a
remessa necessária em caso de decisão judicial desfavorável a ente público.
Conhecendo a OJ, você já mata a questão. Mas vamos um pouco além... Quando falamos
em precatório, é porque estamos na fase de execução. E a remessa necessária é própria
da fase de conhecimento. Dispõe o inciso V do art. 1º do Decreto-Lei n. 779/1969:
Art. 1º Nos processos perante a Justiça do Trabalho, constituem privilégio da União, dos Estados,
do Distrito Federal, dos Municípios e das autarquias ou fundações de direito público federais, esta-
duais ou municipais que não explorem atividade econômica:
V – o recurso ordinário “ex officio” das decisões que lhe sejam total ou parcialmente contrárias;
JURISPRUDÊNCIA
FAZENDA PÚBLICA. REEXAME NECESSÁRIO (nova redação em decorrência do CPC de
2015) – Res. 211/2016, DEJT divulgado em 24, 25 e 26.08.2016
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Recursos no Processo do Trabalho
Priscila Margarido
II – Também não se sujeita ao duplo grau de jurisdição a decisão fundada em: a) súmula
ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) acórdão proferido pelo
Supremo Tribunal Federal ou pelo Tribunal Superior do Trabalho em julgamento de recur-
sos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assun-
ção de competência; d) entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no
âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou
súmula administrativa.
Se a decisão foi no sentido do que o próprio ente público entende, não faz sentido a remessa
de ofício (que é feita em benefício do ente público).
Certo.
A existência de feriado local não é fato notório e incumbe à parte prová-lo. Isso está previsto
na Súmula 385 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
FERIADO LOCAL OU FORENSE. AUSÊNCIA DE EXPEDIENTE. PRAZO RECURSAL. PROR-
ROGAÇÃO. COMPROVAÇÃO. NECESSIDADE. (alterada em decorrência do CPC de 2015)
– Res. 220/2017, DEJT divulgado em 21, 22 e 25.09.2017
I – Incumbe à parte o ônus de provar, quando da interposição do recurso, a existência de
feriado local que autorize a prorrogação do prazo recursal (art. 1.003, § 6º, do CPC de
2015). No caso de o recorrente alegar a existência de feriado local e não o comprovar no
momento da interposição do recurso, cumpre ao relator conceder o prazo de 5 (cinco)
dias para que seja sanado o vício (art. 932, parágrafo único, do CPC de 2015), sob pena
de não conhecimento se da comprovação depender a tempestividade recursal;
II – Na hipótese de feriado forense, incumbirá à autoridade que proferir a decisão de
admissibilidade certificar o expediente nos autos;
III – Admite-se a reconsideração da análise da tempestividade do recurso, mediante prova
documental superveniente, em agravo de instrumento, agravo interno, agravo regimental,
ou embargos de declaração, desde que, em momento anterior, não tenha havido a con-
cessão de prazo para a comprovação da ausência de expediente forense.
Errado.
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Recursos no Processo do Trabalho
Priscila Margarido
a) Errada. O recurso adesivo não é propriamente um recurso, mas uma forma de interposição
de recurso. E é compatível com o processo do trabalho.
b) Certa. Perfeito.
c) Errada. Se a tutela antecipada foi concedida na sentença, cabe recurso ordinário. Ora, o re-
curso cabível contra a sentença de mérito, no processo do trabalho, é o recurso ordinário. E se
a antecipação de tutela está na sentença, não dá para dizer que a decisão é irrecorrível.
Súmula 414 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
MANDADO DE SEGURANÇA. TUTELA PROVISÓRIA CONCEDIDA ANTES OU NA SEN-
TENÇA (nova redação em decorrência do CPC de 2015) – Res. 217/2017 – DEJT divul-
gado em 20, 24 e 25.04.2017
I – A tutela provisória concedida na sentença não comporta impugnação pela via do man-
dado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. É admissível a obten-
ção de efeito suspensivo ao recurso ordinário mediante requerimento dirigido ao tribunal,
ao relator ou ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, por aplicação sub-
sidiária ao processo do trabalho do artigo 1.029, § 5º, do CPC de 2015.
II – No caso de a tutela provisória haver sido concedida ou indeferida antes da sentença,
cabe mandado de segurança, em face da inexistência de recurso próprio.
III – A superveniência da sentença, nos autos originários, faz perder o objeto do mandado
de segurança que impugnava a concessão ou o indeferimento da tutela provisória.
d) Errada. Estudaremos embargos de declaração na próxima aula, mas já adianto que se o juiz
perceber que há chance de acolher os embargos, e que isso implicará em alteração da decisão
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Recursos no Processo do Trabalho
Priscila Margarido
(e não mera correção de erro material), antes de proferir a decisão será necessário dar prazo
para o embargado apresentar contrarrazões aos embargos de declaração.
e) Errada. Também estudaremos recurso de revista na próxima aula. Mas com o que vimos
hoje você já poderia saber que a alternativa está errada: a regra, no processo do trabalho, é que
os recursos têm efeitos apenas devolutivo (todos têm!) e não efeito suspensivo.
Art. 896, § 1º O recurso de revista, dotado de efeito apenas devolutivo, será interposto perante o
Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, que, por decisão fundamentada, poderá recebê-lo ou
denegá-lo.
Letra b.
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Recursos no Processo do Trabalho
Priscila Margarido
A resposta exige o conhecimento da Súmula 303 do TST. Lembra que eu falei que ela é bem
cobrada em concursos?
JURISPRUDÊNCIA
FAZENDA PÚBLICA. REEXAME NECESSÁRIO (nova redação em decorrência do CPC de
2015) – Res. 211/2016, DEJT divulgado em 24, 25 e 26.08.2016
I – Em dissídio individual, está sujeita ao reexame necessário, mesmo na vigência da
Constituição Federal de 1988, decisão contrária à Fazenda Pública, salvo quando a con-
denação não ultrapassar o valor correspondente a: a) 1.000 (mil) salários mínimos para
a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público; b) 500 (quinhentos)
salários mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e fun-
dações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados; c) 100
(cem) salários mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fun-
dações de direito público.
II – Também não se sujeita ao duplo grau de jurisdição a decisão fundada em: a) súmula
ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) acórdão proferido pelo
Supremo Tribunal Federal ou pelo Tribunal Superior do Trabalho em julgamento de recur-
sos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assun-
ção de competência; d) entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no
âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou
súmula administrativa.
III – Em ação rescisória, a decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho está sujeita
ao duplo grau de jurisdição obrigatório quando desfavorável ao ente público, exceto nas
hipóteses dos incisos anteriores. (ex-OJ n. 71 da SBDI-1 – inserida em 03.06.1996)
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Recursos no Processo do Trabalho
Priscila Margarido
a) Errada. Tendo em vista que Vila Velha é um município e não é a capital do Estado, somente
será necessária a remessa necessária quando o valor da condenação ultrapassar 100 (cem)
salários-mínimos. (Súmula 303, item I, TST).
b) Errada. Em ação rescisória, a decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho está su-
jeita ao duplo grau de jurisdição obrigatório quando desfavorável ao ente público (ATÉ AQUI,
OK), mesmo que esteja MAS NÃO HAVERÁ REEXAME NECESSÁRIO SE ESTIVER fundamenta-
da em orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho (Súmula 303, item II, TST).
c) Errada. Está sujeita ao reexame necessário decisão contrária a União, em valor correspon-
dente a 2.000 1.000 (MIL) salários-mínimos, ainda que a decisão esteja SALVO SE A DECISÃO
ESTIVER fundamentada em entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no
âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou sú-
mula administrativa. (Súmula 303, itens I e II, TST).
d) Errada. Entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de as-
sunção de competência é fato impeditivo do reexame necessário (ATÉ AQUI, OK), salvo se for
decisão contrária a um Estado da federação e em quantia igual ou superior a 500 (quinhentos)
salários-mínimos, caso que deve o juiz determinar a remessa.
Não tem isso de valor. Se a decisão segue o entendimento firmado em incidente de resolução
de demandas repetitivas ou de assunção de competência, não é caso de remessa de ofício e
ponto final. Independentemente do valor. (item II da Súmula 303/TST).
e) Certa. É exatamente o que diz o item IV da Súmula 303/TST.
Letra e.
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Recursos no Processo do Trabalho
Priscila Margarido
c) C – E – C.
d) C – C – E.
JURISPRUDÊNCIA
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE (nova redação) – Res. 127/2005, DJ
14, 15 e 16.03.2005
Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias
não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do
Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Traba-
lho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe
exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional
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Recursos no Processo do Trabalho
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distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799,
§ 2º, da CLT.
Como você já sabe, a regra é que as decisões interlocutórias são irrecorríveis de imediato. No
entanto a Súmula 214 traz exceções à regra e uma das exceções é justamente esta: quando
for acolhida a exceção de incompetência territorial e o processo for mandado para outro TRT,
cabe recurso de imediato. E o recurso é recurso ordinário (que é o recurso normal das decisões
de juiz do trabalho), cujo prazo é de 8 dias.
Letra b.
Art. 831. A decisão será proferida depois de rejeitada pelas partes a proposta de conciliação.
Parágrafo único. No caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão irrecorrível,
salvo para a Previdência Social quanto às contribuições que lhe forem devidas.
JURISPRUDÊNCIA
TERMO DE CONCILIAÇÃO. AÇÃO RESCISÓRIA (mantida) – Res. 121/2003, DJ 19, 20 e
21.11.2003
Só por ação rescisória é impugnável o termo de conciliação previsto no parágrafo único
do art. 831 da CLT.
Errado.
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Recursos no Processo do Trabalho
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No processo do trabalho, a regra é que os recursos têm efeito apenas devolutivo. O efeito sus-
pensivo é uma exceção. Isso privilegia o princípio da efetividade e da celeridade (enquanto o
recurso vai correndo, a decisão já vai sendo executada provisoriamente).
Errado.
JURISPRUDÊNCIA
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE (nova redação) – Res. 127/2005, DJ
14, 15 e 16.03.2005
Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não
ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Tra-
balho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho;
b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exce-
ção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto
daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT.
Errado.
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Recursos no Processo do Trabalho
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a) Errada. É exigido depósito recursal, mas o valor é a metade do valor do depósito do recurso
que se pretende destrancar.
b) Certa. Perfeito.
c) Errada. O depósito recursal corresponderá a 30% 50% (CINQUENTA POR CENTO) do valor do
depósito do recurso ao qual se pretende destrancar.
d) Errada. O depósito recursal corresponderá a 60% 50% (CINQUENTA POR CENTO) do valor do
depósito do recurso ao qual se pretende destrancar.
e) Errada. Somente será devido o depósito recursal se tratar de procedimento ordinário (NÃO
IMPORTA O TIPO DE PROCEDIMENTO), sendo este correspondente a 25% 50% (CINQUENTA
POR CENTO) do valor do depósito do recurso ao qual se pretende destrancar.
Letra b.
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I – Correto. Art. 899, CLT (“Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito me-
ramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória
até a penhora.”);
II – Correto. Art. 893, § 1º, CLT (§ 1º – Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio
Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias so-
mente em recursos da decisão definitiva);
III – Correto (Art. 896 – Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho
das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais
Regionais do Trabalho, quando: (...));
IV – Perfeito;
V – Correto. Art. 895, II, da CLT:
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d) deverá ser recolhido pela metade por ambas as reclamadas, tendo em vista o benefício pre-
visto em lei para as entidades sem fins lucrativos e para as empresas em recuperação judicial.
e) deverá ser recolhido, por meio de depósito na conta vinculada do FGTS, pela Associação Pro-
messa de Futuro, em razão de ser uma entidade sem fins lucrativos, e não precisará ser recolhido
pela Bite Informática, que está isenta de seu recolhimento por estar em recuperação judicial.
Quanto à entidade sem fins lucrativos, o valor do depósito recursal será reduzido pela metade,
conforme previsto no § 9º do art. 899 da CLT:
§ 9º O valor do depósito recursal será reduzido pela metade para entidades sem fins lucrativos, empre-
gadores domésticos, microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte.
Letra c.
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e) 16 dias úteis para ambas as reclamadas, uma vez que possuem advogados distintos, única
hipótese em que é permitida a dobra do prazo processual.
Cada parte possui o prazo de 8 dias para interpor recurso ordinário contra sentença de juiz
do trabalho. Não importa qual a pretensão que está sendo discutida no recurso. O prazo para
recurso ordinário é sempre de 8 dias (8 dias úteis).
a) Certa.
b) Errada. Como vimos na aula sobre partes, não se aplica ao processo do trabalho o prazo em
dobro para litisconsortes com advogados distintos.
OJ 310 da SDI-1 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
LITISCONSORTES. PROCURADORES DISTINTOS. PRAZO EM DOBRO. ART. 229, CAPUT
E §§ 1º E 2º, DO CPC DE 2015. ART. 191 DO CPC DE 1973. INAPLICÁVEL AO PROCESSO
DO TRABALHO.
Inaplicável ao processo do trabalho a norma contida no art. 229, caput e §§ 1º e 2º, do
CPC de 2015 (art. 191 do CPC de 1973), em razão de incompatibilidade com a celeridade
que lhe é inerente.
c) Errada. O prazo para as partes recorrerem é comum (ou seja, corre junto para todo mundo
– reclamante e reclamados).
d) Errada. Não importa qual seja a matéria discutida, isso não influencia no prazo recursal.
e) Errada. Vide explicação da alternativa b.
Letra a.
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O prazo para interposição de recurso ordinário é de 8 dias. (Art. 895 – Cabe recurso ordinário
para a instância superior: (...) I – das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos,
no prazo de 8 (oito) dias; e (...)).
No entanto, para a Fazenda Pública (no caso, o Município), o prazo é em dobro, ou seja, 16 dias.
(DL n. 779/1969: Art. 1º Nos processos perante a Justiça do Trabalho, constituem privilégio
da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das autarquias ou fundações de
direito público federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade econômica: (...)
III – o prazo em dobro para recurso;)
Os prazos são contados em dias úteis (Art. 775 da CLT. Os prazos estabelecidos neste Título se-
rão contados em dias úteis, com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento.)
E a partir de quando começa a contar o prazo? Aqui tinha um detalhe muito importante: a
questão diz que a intimação foi disponibilizada no dia 5/3 (disponibilizada e não publicada).
Se foi disponibilizada no dia 5, considera-se publicada no dia 6/3 (sexta-feira) e o prazo come-
çará a correr no próximo dia útil seguinte (9/3 – segunda-feira). Isso está no art. 4º da Lei n.
11.419/2006:
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Art. 899, § 9º O valor do depósito recursal será reduzido pela metade para entidades sem fins lucra-
tivos, empregadores domésticos, microempreendedores individuais, microempresas e empresas de
pequeno porte.
2) Massa Falida de Frigorífico Carne de Sol Ltda. – já foi decretada falência – está isenta de
recolhimento do depósito recursal:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 86 do TST:
DESERÇÃO. MASSA FALIDA. EMPRESA EM LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL (incorporada
a Orientação Jurisprudencial n. 31 da SBDI-1) – Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
Não ocorre deserção de recurso da massa falida por falta de pagamento de custas ou de
depósito do valor da condenação. Esse privilégio, todavia, não se aplica à empresa em
liquidação extrajudicial.
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3) Loja de Móveis Tudo Azul Ltda. – está em recuperação judicial – está isenta do depósi-
to recursal:
4) Organização para o Bem de Menores Carentes – entidade filantrópica – está isenta do de-
pósito recursal:
§ 11 O depósito recursal poderá ser substituído por fiança bancária ou seguro garantia judicial.
Letra c.
JURISPRUDÊNCIA
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE (nova redação) – Res. 127/2005, DJ
14, 15 e 16.03.2005
Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias
não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do
Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Traba-
lho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe
exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional
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Recursos no Processo do Trabalho
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distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799,
§ 2º, da CLT.
Portanto, tanto no caso do item I quanto no caso do item II da questão, será possível o recurso
de imediato, pois ambas as hipóteses estão enquadradas na Súmula 214/TST.
Letra a.
Vamos aplicar, aqui, todo o conhecimento que obtivemos lá na questão 19: o prazo para inter-
posição de recurso ordinário é de 8 dias úteis.
Se a publicação ocorreu na segunda-feira, o prazo começa a contar na terça-feira. Fica assim:
1º dia – terça-feira
2º dia – quarta-feira
3º dia – quinta-feira
4º dia – sexta-feira
5º dia – segunda-feira
6º dia – terça-feira
7º dia – quarta-feira
8º dia – quinta-feira
Letra e.
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JURISPRUDÊNCIA
DEPÓSITO RECURSAL (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais n.s 139, 189 e
190 da SBDI-1) – Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I – É ônus da parte recorrente efetuar o depósito legal, integralmente, em relação a cada
novo recurso interposto, sob pena de deserção. Atingido o valor da condenação, nenhum
depósito mais é exigido para qualquer recurso. (ex-Súmula n. 128 – alterada pela Res.
121/2003, DJ 21.11.03, que incorporou a OJ n. 139 da SBDI-1 – inserida em 27.11.1998)
II – Garantido o juízo, na fase executória, a exigência de depósito para recorrer de qual-
quer decisão viola os incisos II e LV do art. 5º da CF/1988. Havendo, porém, elevação do
valor do débito, exige-se a complementação da garantia do juízo. (ex-OJ n. 189 da SBDI-1
– inserida em 08.11.2000)
III – Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, o depósito recursal efe-
tuado por uma delas aproveita as demais, quando a empresa que efetuou o depósito não
pleiteia sua exclusão da lide. (ex-OJ n. 190 da SBDI-1 – inserida em 08.11.2000)
No caso em exame, para a interposição do recurso de revista será necessário depositar ape-
nas o valor faltante para atingir o valor da condenação (ou seja, se já foi feito depósito de R$
9.189,00, e a condenação é de R$ 15.000,00, falta depositar apenas R$ 5.811,00). Depois disso,
nenhum depósito recursal mais pode ser exigido.
Letra b.
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Recursos no Processo do Trabalho
Priscila Margarido
Primeira coisa: da sentença proferida pelo juiz do trabalho cabe recurso ordinário. Prazo? 8
dias úteis.
Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em dias úteis, com exclusão do dia
do começo e inclusão do dia do vencimento.
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Priscila Margarido
Aqui na questão se fala em intimação (e não apenas em disponibilização). E prazo para recur-
so começa a ser contado no dia seguinte à intimação.
E o fato de a empresa estar em recuperação judicial? Quanto ao prazo não altera nada; a dife-
rença é em relação ao depósito recursal: a empresa em recuperação judicial é isenta do depó-
sito recursal. (Art. 899, § 10, CLT).
Quanto ao prazo, fica assim:
Intimação em 6 de ago. de 2018 (segunda-feira). Inicio do prazo no dia seguinte:
1º dia: 7/8 (terça-feira)
2º dia: 8/8 (quarta-feira)
3º dia: 9/8 (quinta-feira)
4º dia: 10/8 (sexta-feira)
5º dia: 13/8 (segunda-feira)
6º dia: 14/8 (terça-feira)
7º dia: 15/8 (quarta-feira)
8º dia: 16/8 (quinta-feira)
Vamos às alternativas:
a) Errada. Ambas as partes deverão interpor Recurso Ordinário, que deverão ser interpostos
até o dia 14 de ago. de 2018 (terça-feira) 16 DE AGOSTO (QUINTA-FEIRA), tendo em vista que o
prazo conta-se em dias corridos ÚTEIS, excluindo-se o dia da intimação e incluindo-se o dia do
termo final. A Reclamada Mévio & Tício Ltda. está isenta do pagamento do depósito recursal,
já que encontra-se em Recuperação Judicial.
b) Errada. A Reclamante deverá interpor Recurso Ordinário, que deverá ser interposto até o dia
15 de ago. de 2018 (quarta-feira) 16 DE AGOSTO (QUINTA-FEIRA), tendo em vista que o prazo
conta-se somente em dias úteis, incluindo-se os dias EXCLUINDO-SE O DIA da intimação e IN-
CLUINDO-SE O DIA do termo final. A Reclamada Mévio & Tício Ltda. deverá interpor obrigatoria-
mente Recurso Adesivo, tendo em vista que encontra-se em Recuperação Judicial e não possui
condições de arcar com o depósito recursal (TAMBÉM NO RECURSO ADESIVO É NECESSÁRIO
O DEPÓSITO RECURSAL).
c) Errada. Ambas as partes deverão interpor Recurso Ordinário, que deverão ser interpostos até
o dia 15 de ago. de 2018 (quarta-feira) 16 DE AGOSTO (QUINTA-FEIRA), tendo em vista que o
prazo conta-se somente em dias úteis, incluindo-se os dias EXCLUINDO-SE O DIA da intimação
e INCLUINDO-SE O DIA do termo final. A Reclamada Mévio & Tício Ltda. deverá comunicar o
Juízo do processo da Recuperação Judicial para habilitação do recolhimento do depósito re-
cursal ESTÁ ISENTA DO DEPÓSITO RECURSAL.
d) Errada. Ambas as partes deverão interpor Recurso Ordinário, que deverão ser interpostos
até o dia 16 de ago. de 2018 (quinta-feira), tendo em vista que o prazo conta-se somente em
dias úteis, excluindo-se o dia da intimação e incluindo o último dia do prazo (TUDO OK ATÉ
AQUI). A Reclamada Mévio & Tício Ltda. deverá efetuar o recolhimento do depósito recursal ou
comunicar o Juízo do processo da Recuperação Judicial para a habilitação da despesa, sob
pena de deserção ESTÁ ISENTA DO DEPÓSITO RECURSAL.
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e) Certa. Ambas as partes deverão interpor Recurso Ordinário, que deverão ser interpostos até o
dia 16 de ago. de 2018 (quinta-feira), tendo em vista que o prazo conta-se somente em dias úteis,
excluindo-se o dia da intimação e incluindo o último dia do prazo. A Reclamada Mévio & Tício
Ltda. está isenta do pagamento do depósito recursal, já que encontra-se em recuperação judicial.
Letra e.
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tocante aos prazos processuais e já esgotado o prazo para interposição de Embargos de De-
claração, segundo jurisprudência do TST, bem como o disposto pela Lei n. 13.467/2017,
a) todos possuem prazo comum de oito dias contínuos e irreleváveis, podendo, entretanto, ser
prorrogados pelo tempo estritamente necessário pelo juiz ou tribunal, ou em virtude de força
maior, devidamente comprovada.
b) Eliane possui prazo de oito dias úteis, mas as reclamadas possuem prazos sucessivos, após
o prazo de Eliane de oito dias úteis para interposição de Recurso Ordinário, tendo em vista que
são litisconsortes passivos com procuradores distintos, devendo cumpri-lo primeiramente a
Empresa Limpa Tudo Ltda. e posteriormente a Concessionária de Veículos.
c) todos possuem prazo comum de oito dias úteis para interposição de Recurso Ordinário, não
importando a existência de litisconsórcio passivo, com procuradores distintos.
d) Eliane possui prazo de oito dias contínuos e irreleváveis para interposição de Recurso Ordi-
nário, sendo que as reclamadas possuem prazo em dobro, tendo em vista o litisconsórcio com
procuradores diferentes.
e) Eliane e sua ex-empregadora Empresa Limpa Tudo Ltda. possuem o prazo de oito dias úteis
para interposição de Recurso Ordinário, sendo que a tomadora dos serviços terceirizados de
limpeza, por ter sido condenada de forma subsidiária, terá o prazo de oito dias úteis posterior
ao prazo das duas para interposição de Recurso Ordinário.
Você deve ter percebido que os examinadores gostam desse negócio de prazo para interposi-
ção de recurso, né? Então, bora gravar bem a matéria e garantir uns acertos...
O prazo é comum para todos. A regra é: saiu a sentença, geral corre para recorrer. Tudo junto
e misturado. No processo do trabalho não há prazo em dobro para litisconsortes que tenham
advogados diferentes.
OJ 310 da SDI-1 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
LITISCONSORTES. PROCURADORES DISTINTOS. PRAZO EM DOBRO. ART. 229, CAPUT
E §§ 1º E 2º, DO CPC DE 2015. ART. 191 DO CPC DE 1973. INAPLICÁVEL AO PROCESSO
DO TRABALHO.
Inaplicável ao processo do trabalho a norma contida no art. 229, caput e §§ 1º e 2º, do
CPC de 2015 (art. 191 do CPC de 1973), em razão de incompatibilidade com a celeridade
que lhe é inerente.
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§ 1º Os prazos podem ser prorrogados, pelo tempo estritamente necessário, nas seguintes hipóte-
ses:
I – quando o juízo entender necessário;
II – em virtude de força maior, devidamente comprovada.
JURISPRUDÊNCIA
DEPÓSITO RECURSAL E CUSTAS PROCESSUAIS. RECOLHIMENTO INSUFICIENTE.
DESERÇÃO. (nova redação em decorrência do CPC de 2015) – Res. 217/2017 – DEJT
divulgado em 20, 24 e 25.04.2017
Em caso de recolhimento insuficiente das custas processuais ou do depósito recursal,
somente haverá deserção do recurso se, concedido o prazo de 5 (cinco) dias previsto no §
2º do art. 1.007 do CPC de 2015, o recorrente não complementar e comprovar o valor devido.
a) Errada. O recolhimento insuficiente, ainda que a diferença seja mínima, até é causa de deser-
ção, mas desde que tenha havido prazo de 5 dias antes para complementação e a parte não
tenha complementado.
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b) Errada. Somente haverá deserção do recurso, se, concedido o prazo de dez dias 5 (CINCO)
DIAS previsto no § 2º do art. 1007 do CPC de 2015, o recorrente não complementar e compro-
var o valor devido.
c) Certa.
d) Errada. A OJ 140 fala expressamente que o disposto no § 2º do art. 1007 do CPC de 2015
se aplica tanto às custas processuais quanto ao depósito recursal.
e) Errada. É aplicado subsidiariamente o CPC, consoante entendimento firmando na OJ 140 da
SDI-1 do TST.
Letra c.
JURISPRUDÊNCIA
DEPÓSITO RECURSAL. PRAZO (mantida) – Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
O depósito recursal deve ser feito e comprovado no prazo alusivo ao recurso. A interposi-
ção antecipada deste não prejudica a dilação legal.
Letra a.
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a) Não é possível conceder efeito suspensivo ao recurso interposto contra sentença normativa
proferida em dissídio coletivo.
b) Quanto ao efeito devolutivo em profundidade, o tribunal poderá apreciar todos os fundamen-
tos da reclamação trabalhista ou da defesa, inclusive aqueles não examinados em sentença e
não renovados em contrarrazões.
c) O tribunal poderá, ao julgar recurso ordinário, decidir desde logo o mérito da causa se o
processo estiver em condições, salvo se constatar omissão da sentença quanto a um pedido
formulado.
d) O efeito devolutivo em extensão transfere ao tribunal a possibilidade de apreciação integral
dos fundamentos, sejam eles da reclamação trabalhista ou da defesa.
a) Errada. Não é possível conceder efeito suspensivo ao recurso interposto contra sentença
normativa proferida em dissídio coletivo.
b) Certa. É exatamente isso o efeito devolutivo em profundidade.
c) Errada. O tribunal poderá, ao julgar recurso ordinário, decidir desde logo o mérito da causa
se o processo estiver em condições, salvo se INCLUSIVE QUANDO constatar omissão da sen-
tença quanto a um pedido formulado.
Súmula 393 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
RECURSO ORDINÁRIO. EFEITO DEVOLUTIVO EM PROFUNDIDADE. art. 1.013, § 1º, do
cpc de 2015. ART. 515, § 1º, DO CPC de 1973. (nova redação em decorrência do CPC de
2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016
I – O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário, que se extrai do § 1º do art.
1.013 do CPC de 2015 (art. 515, §1º, do CPC de 1973), transfere ao Tribunal a apreciação
dos fundamentos da inicial ou da defesa, não examinados pela sentença, ainda que não
renovados em contrarrazões, desde que relativos ao capítulo impugnado.
II – Se o processo estiver em condições, o tribunal, ao julgar o recurso ordinário, deverá
decidir desde logo o mérito da causa, nos termos do § 3º do art. 1.013 do CPC de 2015,
inclusive quando constatar a omissão da sentença no exame de um dos pedidos.
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b) São legitimados para interpor recursos: as partes, o terceiro prejudicado e o Ministério Públi-
co, conforme dispõe o Novo Código de Processo Civil aplicado subsidiariamente.
c) O jus postulandi das partes, no processo trabalhista, atinge as Varas do Trabalho, os Tribu-
nais Regionais do Trabalho e o Tribunal Superior do Trabalho.
d) O depósito recursal, exigido do empregado e do empregador, também deverá ser feito nas
hipóteses de ações de natureza declaratória, constitutiva, obrigação de fazer e obrigação de
não fazer.
a) Errada. A regra, no processo do trabalho, é que os recursos não têm efeito suspensivo. Ainda
mais o recurso extraordinário dirigido ao Supremo Tribunal Federal... Já passou por todas as
instâncias trabalhistas e agora ficará uma vida aguardando para ser julgado no STF... Se tivesse
efeito suspensivo, comprometeria completamente a celeridade e efetividade do processo. O art.
893, § 2º, do STF, prevê expressamente que o recurso extraordinário não suspenderá a execução:
Art. 996. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministé-
rio Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica.
Parágrafo único. Cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade de a decisão sobre a relação jurídi-
ca submetida à apreciação judicial atingir direito de que se afirme titular ou que possa discutir em
juízo como substituto processual.
c) Errada. Já estudamos isso em aulas passadas, mas é bom relembrar porque guarda ligação
aqui com o nosso tema... No TST não se aplica o jus postulandi.
Súmula 425 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO. ALCANCE.
O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Tra-
balho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação
cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do
Trabalho.
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Recursos no Processo do Trabalho
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Essa questão é bem simples... Basta saber quem é Fazenda Pública. Você lembra? São incluí-
dos como Fazenda Pública: União, Estados, Municípios, Distrito Federal, Territórios, autarquias,
fundações públicas instituídas pelo poder público e que sigam o regime de direito público.
Empresa pública e sociedade de economia mista não são Fazenda Pública. E o reexame neces-
sário é apenas quando a decisão for contrária à Fazenda Pública.
Portanto, como a questão fala de empresa pública, não havia necessidade do reexame de ofício.
Apenas se as empresas públicas forem instituídas para fins de prestação de serviços públi-
cos de competência dos entes da Administração Pública direta é que haverá equiparação à
Fazenda Pública. Mas isso nem vem ao caso, porque a questão não trouxe qualquer dado
nesse sentido.
Letra c.
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Recursos no Processo do Trabalho
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A regra realmente é que o recurso ordinário tem apenas efeito devolutivo. Entretanto, é possível
se obter efeito suspensivo, de forma excepcional.
Se o recurso não tem efeito suspensivo, a decisão já pode ser cumprida (executada) mesmo
antes do julgamento do recurso. No entanto, se a execução provisória da sentença puder cau-
sar danos irreparáveis ao reclamado, é possível requerer ao relator ou ao Presidente ou Vice-
-Presidente do Tribunal que conceda o efeito suspensivo. Isso está no art. 1.029, § 5º, do CPC:
JURISPRUDÊNCIA
MANDADO DE SEGURANÇA. TUTELA PROVISÓRIA CONCEDIDA ANTES OU NA SEN-
TENÇA (nova redação em decorrência do CPC de 2015) – Res. 217/2017 – DEJT divul-
gado em 20, 24 e 25.04.2017
I – A tutela provisória concedida na sentença não comporta impugnação pela via do man-
dado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. É admissível a obten-
ção de efeito suspensivo ao recurso ordinário mediante requerimento dirigido ao tribunal,
ao relator ou ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, por aplicação sub-
sidiária ao processo do trabalho do artigo 1.029, § 5º, do CPC de 2015.
II – No caso de a tutela provisória haver sido concedida ou indeferida antes da sentença,
cabe mandado de segurança, em face da inexistência de recurso próprio.
III – A superveniência da sentença, nos autos originários, faz perder o objeto do mandado
de segurança que impugnava a concessão ou o indeferimento da tutela provisória.
Errado.
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Recursos no Processo do Trabalho
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A regra geral, no processo do trabalho, é que os recursos serão interpostos no prazo de 8 dias
(existem exceções, como os embargos de declaração e o recurso extraordinário). Em relação
ao recurso ordinário, a previsão está no art. 895 da CLT.
Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em dias úteis, com exclusão do dia
do começo e inclusão do dia do vencimento.
Letra e.
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d) III.
e) II.
JURISPRUDÊNCIA
JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO. ALCANCE.
O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Tra-
balho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação
cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do
Trabalho.
III – Correto. Isso está no art. 996 do CPC e é aplicado ao processo do trabalho.
Art. 996. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministé-
rio Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica.
Parágrafo único. Cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade de a decisão sobre a relação jurídi-
ca submetida à apreciação judicial atingir direito de que se afirme titular ou que possa discutir em
juízo como substituto processual.
Letra d.
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A tutela provisória concedida em sentença pode ser impugnada por meio de recurso ordinário,
ao qual não poderá ser atribuído efeito suspensivo
A primeira parte (A tutela provisória concedida em sentença pode ser impugnada por meio de
recurso ordinário) está super correta (Súmula 414 do TST). O problema está no final. Embora
a regra seja que os recursos têm efeitos apenas devolutivo, é possível conseguir o efeito sus-
pensivo em determinados casos, e isso independe de ter sido concedida tutela provisória na
sentença ou não.
JURISPRUDÊNCIA
MANDADO DE SEGURANÇA. TUTELA PROVISÓRIA CONCEDIDA ANTES OU NA SEN-
TENÇA (nova redação em decorrência do CPC de 2015) – Res. 217/2017 – DEJT divul-
gado em 20, 24 e 25.04.2017
I – A tutela provisória concedida na sentença não comporta impugnação pela via do man-
dado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. É admissível a obten-
ção de efeito suspensivo ao recurso ordinário mediante requerimento dirigido ao tribunal,
ao relator ou ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, por aplicação sub-
sidiária ao processo do trabalho do artigo 1.029, § 5º, do CPC de 2015.
II – No caso de a tutela provisória haver sido concedida ou indeferida antes da sentença,
cabe mandado de segurança, em face da inexistência de recurso próprio.
III – A superveniência da sentença, nos autos originários, faz perder o objeto do mandado
de segurança que impugnava a concessão ou o indeferimento da tutela provisória.
Errado.
Art. 899. Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo,
salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora.
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JURISPRUDÊNCIA
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE (nova redação) – Res. 127/2005, DJ
14, 15 e 16.03.2005
Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias
não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do
Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Traba-
lho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe
exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional
distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799,
§ 2º, da CLT.
a) Errada. Que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para juí-
zo do mesmo Tribunal Regional DE TRIBUNAL REGIONAL DISTINTO daquele a que se vincula o
juízo excepcionado. (Lembre-se que a possibilidade de recurso é justamente para a parte não
precisar ir lá para outro TRT discutir a matéria).
b) Errada. De Vara do Trabalho DE TRIBUNAL RREGIONAL DO TRABALHO contrária à súmula
ou Orientação Jurisprudencial do TST.
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Recursos no Processo do Trabalho
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a) Certa. Efeito regressivo é a possibilidade de o órgão que prolatou a decisão se retratar, cor-
rigir a sua decisão.
Há essa previsão no art. 331 do CPC:
Art. 331. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco)
dias, retratar-se.
b) Errada. Efeito substitutivo: a nova decisão substituiu a decisão anterior em relação às ma-
térias recorridas. Mesmo que o acórdão do TRT tenha mantido integralmente a sentença de
primeiro grau, o acórdão substituiu a sentença.
Isso está no art. 1.008 do CPC:
Art. 1.008. O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a decisão impugnada no que tiver sido
objeto de recurso.
c) Errada. Efeito translativo significa que quando há um recurso, além das matérias recorridas,
o Tribunal pode conhecer de ofício as matérias de ordem pública, ainda que não alegadas no
recurso ou nas contrarrazões.
d) Errada. Efeito devolutivo significa devolver o problema ao Poder Judiciário para uma nova
análise. Todos os recursos têm efeito devolutivo.
e) Errada. Nem falamos disso quando estamos recursos. Fique tranquila(o).
Letra a.
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a) Certa. A CLT estabelece nos arts. 893 e 897-A os recursos próprios do processo do trabalho:
Art. 897-A Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão, no prazo de cinco dias, de-
vendo seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão subsequente a sua apresentação,
registrado na certidão, admitido efeito modificativo da decisão nos casos de omissão e contradição
no julgado e manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso.
b) Certa. Os recursos previstos nos arts. 893 e 897-A não são os únicos admitidos no processo
do trabalho. Leis esparsas trabalhistas e regimentos internos do Tribunais (além da CF, que
prevê o recurso extraordinário) também contemplam recursos trabalhistas. O que o princípio
da taxatividade dispõe é que todo recurso deve estar previsto em lei, de forma expressa.
c) Errada. A lei federal poderá criar, extinguir ou modificar recursos, posto que é da União a
competência exclusiva PRIVATIVA para legislar sobre matéria processual.
Isso está no art. 22 da Constituição Federal:
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Talvez tenha surgido a seguinte dúvida: e qual a diferença entre competência exclusiva e com-
petência privativa? A competência exclusiva não pode ser delegada e competência privativa
pode ser delegada. Por exemplo, a União pode delegar aos Estados competência para legislar
sobre determinada matéria trabalhista.
d) Certa. É exatamente esta a definição do princípio da taxatividade.
e) Certa. Não está escrito em nenhuma lei que somente será admitido um recurso se ele estiver
previsto em lei. O princípio é extraído do nosso sistema processual.
Letra c.
I – correto. O efeito translativo permite que o Tribunal analise as matérias de ordem pública
ainda que não tenham sido levantadas em recurso. E podem ser analisadas para piorar a situa-
ção, portanto, não observando o princípio do non reformatio in pejus. Além disso, o julgamento
pode ser ultra ou extra petita, pois podem ser analisadas questões não trazidas pelas partes
no recurso.
II – errado. O efeito devolutivo pode ser examinado tanto em relação à sua extensão (as ma-
térias/tópicos que são trazidos no recurso) quanto à sua profundidade (o desdobramento
do assunto).
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III – correto.
IV – correto.
V – errado. É justamente o oposto: o princípio da dialeticidade EXIGE que o recorrente decline
as razões de seu inconformismo com a decisão hostilizada.
Letra b.
Art. 899. Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo,
salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora.
Letra a.
a) Certa. É exatamente o que diz o art. 893, § 1º, CLT. A regra é que das decisões interlocutórias
não cabe recurso imediato. O artigo diz isso. Mas encontraremos exceções na jurisprudência
do TST.
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Art. 893. Das decisões são admissíveis os seguintes recursos:
§ 1º Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apre-
ciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva.
Art. 893, § 2º A interposição de recurso para o Supremo Tribunal Federal não prejudicará a execução
do julgado.
d) Errada. É recorrível de imediato e trata-se de uma das exceções consagradas pela jurispru-
dência do TST. Essas exceções estão na Súmula 214:
JURISPRUDÊNCIA
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE (nova redação) – Res. 127/2005, DJ
14, 15 e 16.03.2005
Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias
não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do
Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Traba-
lho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe
exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional
distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799,
§ 2º, da CLT.
e) Errada. A decisão que acolhe exceção de incompetência territorial é uma decisão interlocu-
tória e, portanto, em regra, é irrecorrível de imediato. No entanto, a Súmula 214 prevê a possi-
bilidade de recurso imediato quando a decisão acolhe a exceção de incompetência e remete o
processo para outro TRT. (letra c da Súmula 214, citada acima).
Letra a.
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No caso de decisão contrária à autarquia, em regra, é devida a remessa necessária (ou recurso
de ofício). No entanto, se a decisão está em conformidade com Súmula do TST, não é neces-
sário o reexame.
Súmula 303 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
FAZENDA PÚBLICA. REEXAME NECESSÁRIO (nova redação em decorrência do CPC de
2015) – Res. 211/2016, DEJT divulgado em 24, 25 e 26.08.2016
I – Em dissídio individual, está sujeita ao reexame necessário, mesmo na vigência da
Constituição Federal de 1988, decisão contrária à Fazenda Pública, salvo quando a con-
denação não ultrapassar o valor correspondente a: a) 1.000 (mil) salários mínimos para
a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público; b) 500 (quinhentos)
salários mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e fun-
dações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados; c) 100
(cem) salários mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fun-
dações de direito público.
II – Também não se sujeita ao duplo grau de jurisdição a decisão fundada em: a) súmula
ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) acórdão proferido pelo
Supremo Tribunal Federal ou pelo Tribunal Superior do Trabalho em julgamento de recur-
sos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente deresolução de demandas repetitivas ou de assun-
ção de competência; d) entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no
âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou
súmula administrativa.
III – Em ação rescisória, a decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho está sujeita
ao duplo grau de jurisdição obrigatório quando desfavorável ao ente público, exceto nas
hipóteses dos incisos anteriores. (ex-OJ n. 71 da SBDI-1 – inserida em 03.06.1996)
IV – Em mandado de segurança, somente cabe reexame necessário se, na relação pro-
cessual, figurar pessoa jurídica de direito público como parte prejudicada pela conces-
são da ordem. Tal situação não ocorre na hipótese de figurar no feito como impetrante
e terceiro interessado pessoa de direito privado, ressalvada a hipótese de matéria admi-
nistrativa. (ex-OJs n.s 72 e 73 da SBDI-1 – inseridas, respectivamente, em 25.11.1996 e
03.06.1996).
Não haverá recurso de ofício, mas, se as partes quiserem, podem recorrer. (Poder, pode. O que
não quer dizer que o recurso será acolhido... rsrs). Se a decisão está de acordo com Súmula do
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TST, o recurso pode ser julgado improcedente, em caráter monocrático, pelo relator designado
em segunda instância.
Certo.
044. (TRT 23/TRT – 23ª REGIÃO (MT)/JUIZ DO TRABALHO/2012) Assinale a alternativa que
contém proposição incorreta de acordo com entendimento consubstanciado na Súmula 214
do TST de que na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlo-
cutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão:
a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula do Tribunal Superior do Trabalho.
b) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior
do Trabalho.
c) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal.
d) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal
Regional distinto daquele a que se vincula o Juízo excepcionado, consoante o disposto no art.
799, § 2º, da CLT.
e) que nega medida liminar em reclamação trabalhista que visa reintegrar no emprego dirigen-
te sindical suspenso pelo empregador.
Súmula 214:
JURISPRUDÊNCIA
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE (nova redação) – Res. 127/2005, DJ
14, 15 e 16.03.2005
Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não
ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Tra-
balho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho;
b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exce-
ção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto
daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT.
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A existência de feriado local não é um fato notório. Cada localidade tem seus próprios feriados
e não é presumível que o julgador os conheça. Assim, incumbe à parte que interpôs o recurso
comprovar a existência de feriado local que prorrogue o prazo recursal.
Súmula 385 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
FERIADO LOCAL OU FORENSE. AUSÊNCIA DE EXPEDIENTE. PRAZO RECURSAL. PROR-
ROGAÇÃO. COMPROVAÇÃO. NECESSIDADE. (alterada em decorrência do CPC de 2015)
– Res. 220/2017, DEJT divulgado em 21, 22 e 25.09.2017
I – Incumbe à parte o ônus de provar, quando da interposição do recurso, a existência de
feriado local que autorize a prorrogação do prazo recursal (art. 1.003, § 6º, do CPC de
2015). No caso de o recorrente alegar a existência de feriado local e não o comprovar no
momento da interposição do recurso, cumpre ao relator conceder o prazo de 5 (cinco)
dias para que seja sanado o vício (art. 932, parágrafo único, do CPC de 2015), sob pena
de não conhecimento se da comprovação depender a tempestividade recursal;
II – Na hipótese de feriado forense, incumbirá à autoridade que proferir a decisão de
admissibilidade certificar o expediente nos autos;
III – Admite-se a reconsideração da análise da tempestividade do recurso, mediante prova
documental superveniente, em agravo de instrumento, agravo interno, agravo regimental,
ou embargos de declaração, desde que, em momento anterior, não tenha havido a con-
cessão de prazo para a comprovação da ausência de expediente forense.
Errado.
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JURISPRUDÊNCIA
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE (nova redação) – Res. 127/2005, DJ
14, 15 e 16.03.2005
Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias
não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do
Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Traba-
lho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe
exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional
distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799,
§ 2º, da CLT.
Você já deve ter percebido que o assunto é importante e cai muito em provas, né? Então vamos
às alternativas e nada de enjoar das questões... rsrs.
a) Errada. De Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula, Orientação Jurisprudencial do
Tribunal Superior do Trabalho (ATÉ AQUI, OK) ou direito indisponível do trabalhador (NADA A
VER...).
b) Errada. Suscetível de impugnação mediante recurso para o Tribunal Superior do Trabalho,
por afronta literal à Constituição Federal ou Súmula Vinculante do Supremo Tribunal Federal
(AAAFFF! QUE CRIATIVIDADE).
c) Certa.
d) Errada. De Vara do Trabalho ou Tribunal, quando trate de direitos difusos ou individuais ho-
mogêneos; quando julgue ações promovidas pelo Ministério Público do Trabalho ou Sindicato
como substituto Processual e quando envolva direitos menores (NADA A VER MESMO).
e) Errada. De Vara do Trabalho, quando se trate de direitos decorrentes de normas internacio-
nais (MAIS UMA NADA A VER).
Letra c.
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Art. 899, § 11 O depósito recursal poderá ser substituído por fiança bancária ou seguro garantia
judicial.
Art. 899, § 10 São isentos do depósito recursal os beneficiários da justiça gratuita, as entidades
filantrópicas e as empresas em recuperação judicial.
JURISPRUDÊNCIA
EMBARGOS de DECLARAÇÃO. CABIMENTO. DECISÃO MONOCRÁTICA DO RELATOR
CALCADA NO art. 932 do cpc de 2015. ART. 557 DO CPC de 1973. (atualizada em decor-
rência do CPC de 2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016
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Realmente houve uma alteração em relação ao depósito recursal com a reforma trabalhista de
2017. Entretanto, ela não isentou os empregadores domésticos e as microempresas do depó-
sito recursal, mas, sim, determinou que o depósito fosse feito pela metade do valor.
Art. 899, § 9º O valor do depósito recursal será reduzido pela metade para entidades sem fins lucrativos,
empregadores domésticos, microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno
porte.
Errado.
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Formada em Direito pela Universidade Católica Dom Bosco (2005). Pós-graduação em Direito do Trabalho
e Processo do Trabalho pela Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal
(Uniderp). Juíza do Trabalho – Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região –, ocupando o cargo de
Presidente da Associação dos Magistrados do Trabalho da 24ª Região. Professora universitária da
Faculdade Unigran Capital. Autora do livro A Vaga é Sua, sobre como se preparar para concursos.
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