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Índice
1. Introdução.................................................................................................................................4
3. Dos Recursos do Processo de Trabalho...................................................................................5
3.1. Conceito................................................................................................................................5
3.2. Características dos recursos..................................................................................................5
4. Princípios Recursais.................................................................................................................6
4.1. Fundamentos dos Recursos...................................................................................................7
5. Pressupostos Recursais.............................................................................................................8
5.1. Pressupostos recursais intrínsecos........................................................................................8
5.2. Pressupostos recursais extrínsecos.......................................................................................9
6. Modalidades dos Recursos no Processo de Trabalho...............................................................9
6.1. Interposição dos recursos....................................................................................................10
7. Efeitos dos recursos do processo de trabalho.........................................................................10
7.1. Do efeito devolutivo...........................................................................................................11
8. Conclusão...............................................................................................................................13
9. Referências Bibliográficas.....................................................................................................14
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1. Introdução
O presente trabalho é referente à disciplina de direito Processual do Trabalho e é relativo ao 3.º
grupo de trabalho. Este tem como tema principal “os Recursos do Processo de Trabalho”, no
qual ao longo do seu desenvolvimento procurar-se-á abordar acerca do conceito, os tipos e os
efeitos dos recursos.
No que tange à estrutura, o trabalho está estruturado em quatro (4) partes no qual o primeiro
apresenta notas introdutórias, que ajudam o leitor a perceber aquilo que será abordado ao longo
do desenvolvimento do trabalho, e no segundo temos o marco teórico ou seja o desenvolvimento,
no terceiro temos a conclusão e por fim, o quarto serão apresentadas as referências
bibliográficas, as doutrinas usadas para a elaboração do trabalho.
1.1. Objectivos:
1.1.1. Geral:
Abordar sobre os recursos do processo de trabalho.
1.1.2. Específicos:
Compreender o conceito de recurso como meio de impugnação de decisão judicial;
Compreender os recursos cabíveis no processo de trabalho;
Identificar e apontar os efeitos de recursos do processso de trabalho.
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3. Dos Recursos do Processo de Trabalho
3.1. Conceito
Nos termos do artigo 74.º do Código de Processo de Trabalho conjugado ao artigo 676º do CPC
(subsidiariamente), as decisões dos tribunais da jurisdição do trabalho podem ser impugnadas
por meio de recurso, segundo as regras de competência em razão da hierarquia. Assim, enquanto
a decisão não estiver transitada em julgado, cabe ao princípio de duplo grau de jurisdição1.
A palavra recurso vem do latim recursus, que em sentido estrito, segundo Sérgio Pinto Martins
significa ‘‘a possibilidade de provocar o reexame de determinada decisão, pela autoridade
hierarquicamente superior visando à obtenção de sua reforma ou modificação’’. O recurso visa
garantir o duplo grau de jurisdição assegurado pela CRM.
São os meios próprios de impugnar as decisões judiciais não transitadas em julgado 2, consistindo
num desdobramento, ou extensão do exercício do direito de ação. Ou seja, constituem na
provocação do reexame de determinada decisão pela autoridade hierarquicamente superior, em
regra, ou pela própria autoridade promotora da decisão, objectivando a reforma ou modificação
do julgado.
Os recursos no processo do trabalho são regulados pelo CPT e subsidiariamente pelo CPC3.
Os recursos:
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O princípio do duplo grau de jurisdição assenta-se na possibilidade de controlo dos actos jurisdicionais dos órgãos
inferiores pelos órgãos judiciais superiores e também na possibilidade de o cidadão recorrer contra um provimento
jurisdicional que lhe foi desfavorável, aperfeiçoando, com isso, as decisões do Poder Judiciário.
2
Vide o art. 677º do CPC.
3
Artigo 1º, n.º 3/a): Nos casos omissos recorrer-se-á, sucessivamente: à legislação processual comum, civil ou
penal, que directamente os previna;
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4. Princípios Recursais
Princípio da taxatividade
Pelo princípio da taxatividade, somente são cabíveis os recursos previstos no Código Processual
de Trabalho, tanto como na legislação extravagante.
Por ser o rol dos recursos trabalhistas taxativo, ou seja, numerus clausus, não há possibilidade de
interpretação extensiva ou analógica para se admitirem outros recursos que não têm previsão no
Código de Processo de Trabalho, tampouco há a possibilidade de se admitir recurso previsto no
Código de Processo Civil que não tem previsão no Código de Processo do Trabalho.
Artigo 75.º: Os recursos são ordinários e extraordinários: são ordinários a apelação, o agravo e o
recurso para o tribunal pleno; são extraordinários a revisão e a oposição de terceiro.
A doutrina ainda aponta o duplo grau de jurisdição com um requisito necessário para a justiça
das decisões.
Em sentido contrário, argumenta-se que o duplo grau de jurisdição provoca uma demora
desnecessária na tramitação do processo, propiciando, principalmente ao devedor inadimplente,
uma desculpa para não cumprir sua obrigação
Princípio da uni-recorribilidade
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O princípio da singularidade ou unirrecorribilidade consiste em ser cabível somente um recurso
para cada decisão.
Nesse sentido, é a visão de Campos Batalha4: “No Direito Processual do Trabalho não se admite
duplicidade de recursos ao mesmo tempo. Os recursos devem ser interpostos sucessiva e não
simultaneamente.”
Princípio da fungibilidade
É quando, apesar de o recorrente ter interposto o recurso errado, é possível aproveitar este
recurso como se fosse o certo. Isso ocorre em razão dos princípios do aproveitamento dos actos
processuais, da informalidade e da simplicidade do processo do trabalho.
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CAMPOS BATALHA, Wilson de Souza. Tratado de direito judiciário do trabalho. 2. ed. São Paulo: LTr, 1985. p.
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5. Pressupostos Recursais
Os pressupostos recursais são requisitos que serão observados pelo julgador para dizer se o
recurso merece ou não ser conhecido e analisado. A doutrina os divide em pressupostos
extrínsecos e intrínsecos.
Esses pressupostos são verificados duas vezes: primeiro pelo juízo que deu a decisão recorrida
(chamado juízo a quo) e depois pelo juízo que irá julgar o recurso (chamado juízo ad quem).
Art. 680.º: O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado.
Interesse recursal: a parte recorrente precisa ter algum benefício com a reforma
pretendida. É preciso que tenha sido sucumbente (ou seja, perdido) em alguma pretensão
e que precise do recurso para conseguir mudar isso.
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Vide o art. 678º do CPC.
6
Vide o artigo 679º do CPC.
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5.2. Pressupostos recursais extrínsecos
São factores externos à decisão recorrida. São eles: preparo, depósito recursal, regularidade
formal, assinatura e tempestividade.
a) Preparo: é o pagamento das custas para que o recurso seja conhecido. O valor das custas
é fixado na sentença. Quando não há o pagamento, diz-se que o recurso é deserto.
A parte que for beneficiária da justiça gratuita não precisa fazer esse recolhimento para recorrer.
É doutrinária a divisão dos recursos em ordinários e extraordinários e isso não difere no processo
de trabalho. Nos termos do art. 75.º do CPT, os recursos são ordinários e extraordinários: são
ordinários a apelação, o agravo e o recurso para o tribunal pleno; são extraordinários a revisão e
a oposição de terceiro. O prazo para a interposição do recurso de agravo é de dez dias, segundo
reza o n.º do art. 76.º do CPT, e, o n.º 2 do mesmo artigo, dispõe que, o prazo para a interposição
de recurso de apelação é de vinte dias.
Da apelação
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Vide o art. 77º do CPT.
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O recurso de apelação compete da sentença final e do despacho saneador que conheçam do
mérito da causa. A sentença ou o despacho saneador que decidem sobre a procedência de alguma
excepção peremptória, que não seja o caso julgado, conhecem do mérito da causa.
Do agravo
O agravo cabe das decisões, susceptíveis de recurso, de que não pode apelar-se.
Art. 78º - 1. O juiz mandará subir o recurso desde que a decisão seja recorrível, o recurso tenha
sido interposto tempestivamente, o recorrente seja legítimo e tenha sido dado cumprimento à
legislação sobre custas.
2. Se o juiz não mandar subir o recurso ou retiver um recurso que deva subir imediatamente, o
recorrente poderá reclamar.
3. Recebida a reclamação, será mandada ouvir a parte contrária, salvo se tiver sido impugnada
unicamente a admissibilidade do recurso.
4. O juiz pode satisfazer a reclamação e mandar subir o recurso, nos termos normais; não
satisfazendo a reclamação, o processo subirá dentro de cinco dias, a contar da resposta da parte
contrária, ao tribunal superior, cujo presidente decidirá a questão dentro de quarenta e oito horas.
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5. Decidida a admissibilidade ou tempestividade do recurso, seguirá este os seus termos normais
sem voltar à 1º instância, salvo se tratar-se de recurso que pela sua natureza ou oportunidade não
deva subir imediatamente.
Em geral, os recursos dentro do ordenamento jurídico, têm os seguintes efeitos: efeito de obstar
o trânsito em julgado; efeito devolutivo; efeito suspensivo, efeito expansivo; efeito translativo;
substitutivo; e efeito iterativo.
Significa devolver o problema ao Poder Judiciário para uma nova análise. Todos os recursos têm
efeito devolutivo, pois sempre que se recorre, se devolve a análise da matéria ao Poder Judiciário
(normalmente ao órgão superior àquele que proferiu a decisão; mas, excepcionalmente, o recurso
pode ser de competência do próprio promotor da decisão, como ocorre nos embargos de
declaração).
O efeito devolutivo está ligado às razões do recorrente. Somente é devolvido para nova análise
aquilo que foi objecto de inconformismo, ou seja, as partes da decisão que o recorrente
impugnou. Para ficar mais bonito, vamos utilizar o termo latim que descreve isso: tantum
devolutum quantum appelatum. Isso quer dizer que é devolvido aquilo que foi apelado.
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prestar caução da importância em que foi condenado, por meio de depósito efectivo no tribunal
ou nos estabelecimentos onde por força da lei vigente se fazem os depósitos judiciais, ou por
meio de fiança bancária.
Efeito translativo: significa que quando há um recurso, além das matérias recorridas, o
Tribunal pode conhecer de ofício as matérias de ordem pública, mesmo que não alegadas
no recurso ou nas contra-razões. (É uma exceção ao tantum devolutum quantum
appelatum).
Efeito regressivo: é a possibilidade de o órgão que promoveu a decisão se retratar;
corrigir a sua decisão. Nos casos dos embargos de declaração.
Efeito suspensivo: o efeito suspensivo faz com que a decisão fique suspensa (não seja
cumprida) enquanto o recurso está aguardando julgamento.
O efeito suspensivo provoca a paralisação dos efeitos da sentença, contra a qual foi interposto o
recurso, impedindo o início da execução, mesmo que provisória.
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8. Conclusão
Chegando no quarto dos elementos que compõem a estrutura do trabalho, isto é, nas
considerações finais, conclui-se, a admissibilidade do recurso de uma decisão judicial em
processo do trabalho depende, em primeiro lugar, do valor da causa, o qual é fixado nos termos
gerais do processo civil.
O regime dos recursos em processo de trabalho corresponde ao estabelecido no processo civil
(artigos 676º e ss. do CPC), com algumas particularidades das quais importa destacar duas.
A primeira particularidade respeita aos prazos. Os prazos para interpor recursos são
estabelecidos no art. 76º CPT (entre dez, vinte ou trinta dias), que nem sempre coincidem com os
prazos estabelecidos no Código de Processo Civil (art. 685º do CPC).
Quanto aos efeitos dos recursos, em geral, os recursos dentro do ordenamento jurídico, têm os
seguintes efeitos: efeito de obstar o trânsito em julgado; efeito devolutivo; efeito suspensivo,
efeito expansivo; efeito translativo; substitutivo; e efeito iterativo.
Contudo, no processo do trabalho a regra é o efeito devolutivo, que ocorre quando a questão for
devolvida pelo juiz da causa a outro juiz ou tribunal. O efeito suspensivo provoca a paralisação
dos efeitos da sentença, contra a qual foi interposto o recurso, impedindo o início da execução,
mesmo que provisória.
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9. Referências Bibliográficas
Doutrinas:
3. De Sousa, Miguel Teixeira, estudos sobre o novo processo civil, 2ª edição, 1997.
Legislação:
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