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1.

VOLUME E CONTEÚDO DO PROJECTO (2013)


1.1. Temática do Projecto
Em conformidade com o guia metodológico do Projecto Mecânico a temática mais
complexa corresponde a vários accionamentos de instalações de meios de mecanização
ou accionamentos isolados de máquinas singulares. Estes accionamentos comportam
redutores, caixas de velocidades, variadores, transmissões por correias (planas e
trapezoidais), transmissões por cadeia, uniões de veios, fundamentos e placas e também
órgãos de propulsão isolados de instalações transportadoras, por exemplo, cubos, rodas
estreladas motoras, etc.. Apesar de, nos últimos tempos ser mais amplamente divulgada
a utilização de conjuntos normalizados tais como redutores, uniões de veios, etc., na
construção de máquinas, para a realização do Projecto Mecânico com objectivos
didácticos recomenda-se ao estudante que não se limite à utilização de conjuntos
normalizados mas sim que projecte construções originais com a máxima utilização de
peças normalizadas. Isto permite, aos estudantes, a obtenção de experiência na
investigação científica do trabalho, na racionalização e invenção.
1.2. Volume do projecto
Conforme o programa de trabalho para o projecto na especialidade de construção
de máquinas faz-se um volume com quatro folhas de desenho em formato A1 e um
relatório textual em folhas de formato A4.
1.3. Conteúdo do projecto
Uma das folhas de desenho deve conter a vista geral (DVG) do accionamento;
outras duas folhas servem para a elaboração dos desenhos de montagem (DM) - uma
destas para o desenho de montagem do redutor e outra para o desenho de montagem do
veio motor da instalação ou o fundamento soldado; a quarta folha é para os desenhos de
fabrico de quatro peças diferentes (por exemplo, um veio do redutor e a roda dentada que
sobre ele se monta, veio e tampa de rolamento, veio e polia, copo para rolamentos, etc.;
é importante anotar as tolerâncias). Para o desenho da vista geral e para os desenhos de
montagem devem ser elaboradas especificações (em folhas separadas).

2. EXIGÊNCIAS PARA A PARTE GRÁFICA DO PROJECTO


2.1. Exigências para o desenho da vista geral e para os desenhos de montagem
Desenho da vista geral (DVG) - é o documento que define a construção do artigo,
a interacção recíproca das partes principais e explica o princípio de trabalho deste artigo.
O DVG faz-se, geralmente, em três projecções (vistas) e deve dar uma ideia de todo o
accionamento, as suas características de exploração, as dimensões principais, ligações
mútuas de algumas unidades conjugadas (de montagem) e peças.
O DVG deve consistir nos seguintes elementos:

− Preenchimento de todas as colunas principais da legenda, incluindo a assinatura

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do estudante;

− Designação de todas as partes conjugadas do accionamento;

− Marcação das dimensões exteriores (comprimento, largura, altura);

− Marcação de todas as dimensões de conexão (dimensões da consola do veio de


saída, superfícies de apoio, dimensões e coordenadas dos orifícios para fixação,
etc.);

− Marcação das dimensões de montagem (distância entre eixos de unidades


conjugadas, folga entre duas flanges da união de veios, etc.);

− Anotações das exigências técnicas da montagem do accionamento (desvios


admissíveis no desalinhamento de veios conjugados, e outras, por exemplo: "furar
e alargar", "pintar", “mandrilar", etc.), que devem estar situadas sobre a legenda
principal;

− Anotação das características técnicas do accionamento (potência transmitida,


velocidade de movimento, diapasão de regulação, longevidade ou vida útil, etc.),
que também se colocam sobre a legenda principal ou numa zona livre do formato.
As escalas das representações e as suas designações nos desenhos devem ser
escolhidas segundo normas. Para a escolha da escala e sua designação devem ser
evitadas as escalas de redução 1:2,5, 1:15, 1:75 e a escala de ampliação 2,5:1.
Os DVG das estações de accionamento dos transportadores, guinchos,
alimentadores, etc., devem corresponder aos das construções análogas existentes.
Desenhos de montagem (DM) - são os documentos que têm a representação das
unidades de montagem e outros dados necessários para a montagem (produção) e
controle. Os desenhos de montagem (DM) do redutor fazem-se em quatro projecções
com vistas e secções suplementares. Geralmente, como segundo desenho de montagem
faz-se: o veio motor do transportador, fundamentos soldados, veios intermédios do
accionamento sobre os apoios (mas não o veio do redutor), variadores, etc.. Os
desenhos de montagem devem conter os mesmos elementos designados para o DVG e
também devem ter todas as dimensões das peças conjugadas com a marcação dos
ajustamentos e distâncias interaxiais, que devem ter as tolerâncias marcadas.
Para fazer os desenhos de montagem deve-se prestar atenção especial aos
esquemas de disposição (montagem) dos rolamentos, representação correcta das
engrenagens e transmissões de parafuso sem-fim, vedantes, representação correcta de
peças normalizadas (por exemplo, parafusos de olhal, tampa de inspecção dos redutores,
respiradouros, indicadores do nível do óleo, bujões de drenagem de óleo, corpos de
apoio dos rolamentos, etc.). As construções elaboradas devem ter boa capacidade de
trabalho e facultar fáceis montagem e desmontagem. Para os DVG e DM devem ser
elaboradas especificações.
Especificação é o documento que determina a composição da unidade de montagem
completa.

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Como exemplos, há DVG, DM e especificações nas figuras 1...7 (anexo 1).
2.2. Exigências para os desenhos das peças
No desenho fazem-se, geralmente, quatro peças (formato A3), por regra veio e
roda dentada conjugada, parafuso sem-fim e coroa, pinhões das transmissões abertas,
polias, rodas estreladas, semi-acoplamento (união), copo de rolamentos (não é
recomendável desenhar peças do tipo corpo - tampas e corpo do redutor). A escala
preferível é a escala 1:1.
A disposição das representações no desenho deve garantir uma utilização racional
do campo do formato e facultar uma leitura cómoda.
Nos desenhos das peças devem verificar-se os seguintes requisitos:

− Preenchimento das colunas da legenda principal;

− Presença das dimensões que são necessárias (e suficientes) para a fabricação


das peças e marcação das tolerâncias;

− Presença dos símbolos que indicam a rugosidade das superfícies;

− Correspondência entre as projecções representadas;

− Indicação das tolerâncias de forma e da superfície da peça;

− Presença de exigências técnicas (anotação dos tratamentos térmicos, raios


transitórios ou de concordância, tolerâncias das dimensões livres, etc.).
O desenho que se utiliza mais frequentemente no Projecto Mecânico da disciplina
"Órgãos de Máquinas" faz-se segundo as normas que a seguir se indicam:
Tabela 1
N° Tipo de peça N° da norma

1 Engrenagens cilíndricas CAME859-78


2 Engrenagens cónicas CAME859-78
3 Parafuso sem-fim cilíndrico e coroa CAME859-78
4 Parafuso sem-fim globóide e coroa GOST 2.408 - 75
5 Rodas estreladas para cadeias de rolos móveis e a espiões e roletes GOST 2.408 -68
6 Veios e cubos canelados CAME 750 - 77
7 Rodas estreladas das cadeias GOST 2.421 -75
8 Rodas para cadeias de placas (tipo transportador) GOST 2.245 - 74
9 Rodas estreladas para cadeias desmontáveis GOST 2.426 - 74

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As dimensões no desenho de fabrico das peças devem corresponder aos número da série
preferível (ver anexo 1 são dados exemplos de execução de desenhos de peças). Todos os
documentos da construção devem ser devidamente marcados.
2.3. Códigos nos documentos do projecto
Estabelece-se seguinte marcação dos documentos construtivos:
XXXX. XXXXXX. XXX. XX.
Onde:
XXXX - são quatro sinais de código da instituição que elabora o desenho;
XXXXXX - este código caracteriza a classificação;
XXX - é o número de cifras de registo ordinal;
XX - este código indica que o quão importante é o documento (DM desenho de
montagem;
VG - vista geral; DP - desenho das peças; RT - relatório textual.

A marcação dos documentos construtivos para os projectos de ensino consiste de:

− Marcação da tarefa do projecto (seja o número, por exemplo) e da variante;

− Marcação dos desenhos: VG - 00; DM - 01 e 02; DP - 03; RM – 10;

− Marcação do número de ordem das peças originais (três últimos números).


Exemplos:
OM 18. 05. 00.000. VG - desenho da vista geral;
OM 03.04.01.000. DM - desenho de montagem (redutor);
OM 03.04.03.012 - desenho da peça;
OM 12.10.10.000.RT - relatório textual.
RT- é o documento que tem a descrição do dispositivo e o princípio de acção das peças
elaboradas e, também, as argumentações (base) tomadas para a elaboração das
soluções técnicas e técnico-económicas.
O RT deve consistir no seguinte:
1. Enunciado da tarefa técnica do projecto;
2. Introdução – nesta deve-se reflectir o papel do projecto mecânico, as ligações
entre a tarefa e o desenvolvimento da construção;

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3. Destino e campo de utilização do accionamento. Neste ponto deve ser dada uma
curta característica geral do artigo e dados principais que devem garantir a
estabilidade dos seus índices técnicos nas condições de exploração: condições
de temperatura, humidade, poluentes, corrosivos, lubrificantes, vibrações,
sobrecargas, etc..
4. Cálculo cinemático do accionamento e escolha do motor eléctrico. Esta parte faz-
se em conformidade com as recomendações de obras bibliográficas;
5. Cálculo de todos os tipos de transmissões (engrenagens, parafusos sem-fim,
correias, cadeias, etc.) deve-se fazer por ordem da transmissão de potência a
partir do motor (i.e., inicia-se do motor e vai-se calculando até às transmissões
finais). Para esta parte utiliza-se a literatura adequada;
6. Cálculo de todos os veios à resistência estática (i. e., quando sobre eles actuam
momentos flectores e torques). Para esta parte deve-se fazer um esquema
espacial de todos os veios do accionamento com indicação das forças que sobre
eles actuam. Esta parte faz-se com base na literatura
7. Escolha dos rolamentos do redutor e outros veios do accionamento. Esta parte
pode ser levada a cabo de acordo com a literatura;
8. Os veios do redutor (de comum acordo com o supervisor do projecto) são
verificados à fadiga, determinando-se o coeficiente de segurança nas secções
mais perigosas.
9. Escolha das chavetas de todos veios e cálculo testador das ligações chavetadas
para o veio mais carregado do redutor;
10. Construção do corpo e da tampa do redutor;
11. Cálculos da lubrificação das engrenagens e conjuntos dos rolamentos do redutor,
volume mínimo necessário do óleo lubrificante e capacidade do cárter;
12. Escolha e cálculo testador das uniões de veios;
13. Cálculo do fundamento
14. Sequência de montagem do redutor
15. Lista da bibliografia utilizada (em geral deve conter o autor, título, editor, local e
ano de edição;
16. Especificação dos desenhos DVG e DM;
17. Resultados dos cálculos no computador ;
18. Índice, listas de símbolos (alfabeticamente ordenados e com unidades), de
figuras, de tabelas.

O texto do relatório deve conter os esquemas de cálculo imprescindíveis e desenhos

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para explicar o cálculo. O número mínimo de esquemas deve ser:
1. Esboço da polia da transmissão por correia;
2. Esboço das rodas dentadas ou do parafuso sem-fim/coroa;
3. Esquema espacial de todos os veios do accionamento e com indicação de
todas as forças que sobre eles actuam;
4. Esquema de carregamento de cada veio com os diagramas dos momentos
flectores e de torsão (Mf e T);
5. Esquema de cálculo para a escolha dos rolamentos;
6. Esquema de cálculo da união de veios (se se revelar necessário).
Notas:
1. O carácter de variação da carga deve ser dado como gráfico de carregamento ou
regime de carregamento (ver anexo 4); este gráfico utiliza-se:

− para determinação do coeficiente de irregularidade do carregamento nas


engrenagens;

− para a escolha das tensões admissíveis nas engrenagens;

− para a determinação da carga dinâmica equivalente dos rolamentos;

− para escolha dos coeficientes de carga para o cálculo das transmissões por
correias;

− para escolha dos coeficientes de carga e de segurança das embraiagens


durante o cálculo das uniões de veios (ou seja, acoplamento).
No cálculo das uniões de veios o torque de cálculo é algo superior ao nominal e é
calculado por:

Tk = k ⋅ T

onde:
k – coeficiente de carga dinâmica.
Para evitar o funcionamento dos dispositivos de segurança durante o arranque,
nas uniões de segurança adopta-se um torque de cálculo para o arranque:
Tk = (1,1...2)·Tarr
onde:
Tarr - torque de arranque.
2. Nas tarefas são previstos os volumes da produção:

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− unitária - 1... 10 artigos por ano;

− pequena série - até 100 artigos por ano;

− média série - até 1000 artigos por ano;

− grande série - até 100 000 artigos por ano;

− massa - mais de 100 000 artigos por ano.


O volume da produção influi grandemente na tecnologia de fabricação da peça e
isto reflecte-se significativamente no volume de trabalho e no custo de produção da peça
e sobre as formas construtivas da peça (é de notar que na produção em massa o volume
de trabalho é algumas vezes menor que na produção unitária). Por exemplo, a obtenção
do esboço (peça bruta) das engrenagens por estampagem ou por fundição apenas é
racional para a produção em massa ou em grandes séries e a forjadura livre é utilizável
para a produção unitária ou em pequena série.
Para grandes volumes de produção é racional utilizar a fundição, para as peças
do tipo de corpos e para a produção unitária é melhor fazer corpos soldados, se for
possível. A economia do metal (por extensão, do material) é mais importante com o
crescimento do volume da produção e a máxima aplicação de peças estandartizadas
possibilita a obtenção de uma economia suplementar na produção em grandes séries ou
em massa.
3. Depois de obter a tarefa do Projecto Mecânico o estudante deve preencher a folha
dos dados técnicos (ver anexo 5) e depois deve combinar com o professor quais os
desenhos que deve elaborar;
4. A capa do relatório textual (RT) deve estar em conformidade com o anexo 6;
5. Nos desenhos DVG, DM e outros a legenda principal faz-se pela forma número 1
(anexo 7) (CAME 365-76);
6. A apresentação do relatório textual (RT) deve corresponder às recomendações.
Para a primeira folha do relatório, depois das tarefas técnicas, prevê-se a legenda
principal pela forma número 2 (anexo 7) GOST 2.104-68; para a segunda e
seguintes folhas a legenda principal tem a forma indicada no anexo 7, figura 2a
(CAME 140-74, CAME 365-76).

3. COMPARAÇÃO DO CONTEÚDO DO PROJECTO

Comparação com os dados literários


Terminada a elaboração do projecto do ano é necessário, complementarmente,
analisar as construções elaboradas, comparar os cálculos e construções feitas com
construção análogas existentes em literaturas especiais. Tipicamente, deve-se utilizar o
Atlas de Construção de Máquinas.
O estudante pode escolher a fonte literária tematicamente mais próxima para

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fazer uma análise comparativa, de modo a avaliar o grau de correcção dos cálculos e
construções elaborado.

Todas as apresentações dos documentos construtivos devem corresponder às


normas de controle. A sua função é a de sublinhar, nos documentos construtivos, as
normas e exigências dos estandartes, indicações e regras dum sistema único dos
documentos construtivos, conjuntos de documentos construtivos, etc.
O controle normativo realiza-se na base padrões (estandartes). Ele permite
aumentar a qualidade da produção. Se, nos documentos construtivos, não forem
estritamente observadas as exigências que existem nos padrões (estandartes) ou
outros documentos construtivos o controle normativo traz responsabilidade ao
elaborador da documentação construtiva. Na realização do Projecto Mecânico o
responsável pelo controle normativo é o supervisor do projecto. No entanto, deve-se
sublinhar que o controle normativo deve, principalmente, ser efectuado pelo próprio
estudante no fim da elaboração dos documentos construtivos. Para isto, recomenda-
se ao estudante uma verificação muito atenta dos desenhos em termos de
correspondência às exigências dos estandartes, e introduzir as necessárias
correcções.

4. ERROS MAIS COMUNS NOS PROJECTOS MECÂNICOS


4.1. Desenho da vista geral (DVG)
− Ausência de qualquer dos elementos que estão indicados no ponto 2.1;
− Marcação dos artigos dados sem o índice "VG" ;
− Discrepância entre as dimensões do relatório textual (RT) e as dimensões
indicadas nos desenhos;
− Diferença entre as dimensões concretas dos veios sob polias, rodas dentadas
e uniões de veios, e as dimensões normalizadas;
− Falta de provisão de dispositivos para tender as correias nos accionamentos
com transmissões por correias;
− Ausência de fixação axial das polias, rodas estreladas, etc., o que pode levar à
perda da capacidade de trabalho (avaria);
− Ausência do esquema cinemático, características técnicas, etc.
4.2. . Desenho de montagem (DM)

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Redutor, caixa de velocidades, variador, veio motor do transportador, etc.

− Ausência de qualquer dos elementos indicados no ponto 2.1.;

− Discrepância entre as dimensões calculadas no relatório textual (RT) e as


dimensões indicadas no desenho;

− Diferenças nas inclinações das hachuras da mesma peça desenhada em


projecções distintas;

− Ausência de anilhas de mola nos parafusos ou discordância entre o sentido do


corte das anilhas e o sentido de aperto da rosca;

− Ausência do bujão do nível do fundo do corpo e falta de correspondência do seu


diâmetro às normas (ø20mm);

− Comprimento excessivo da chaveta a tal ponto que não deixa espaço para o
livre ajustamento (axial) entre o cubo e o veio (a chaveta deve ser 5...10mm
mais curta que o cubo para facilitar a montagem);

− Comprimento insuficiente do cubo [<(1.2...1,5) ao veio];

− Comprimento excessivo do parafuso, não permitindo unir as peças-corpo com


tampas, uniões de veios, polias, etc.;

− Marcação só do número de ordem para peças estandartizadas, em vez da


marcação, também, do número da norma.
4.3. Desenhos das peças

− Ausência de qualquer dos elementos indicados no ponto 3.1;

− Discordância entre a imagem do desenho e a escala que está indicada na folha;

− Indicação incorrecta das dimensões de várias peças conjugadas;

− Igualdade das indicações dos dentes de rodas dentadas conjugadas (dentes


helicoidais) em vez de inclinações contrárias;

− Discrepância entre as dimensões das coroas dentadas ou estreladas (alterações


de dimensões, omissão de linhas e colunas, etc.);

− Situação das ranhuras para chavetas em planos diferentes dificultando, assim


a tecnologia da fabricação;

− Indicação da profundidade da chaveta a partir de uma superfície que não é a


cilíndrica (que, de facto, deve ser).

− Designação dupla das dimensões ou rugosidades duma superfície em diferentes


projecções;

− Apresentação de projecções supérfluas;

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− Fecho de uma cadeia de dimensões (por exemplo, indicação de todos os
comprimentos elementares de uma peça e, também, da indicação do seu
comprimento total);

− Anotação do sinal da rugosidade da superfície numa projecção e das dimensões


noutra o que diminui a comodidade da leitura e interpretação do desenho;

− Indicação do ajustamento em vez da tolerância, por exemplo, Φ50 H7/h7 em vez


de Φ50h7;

− Falta da indicação da norma do material de fabrico da peça.


4.4. Relatório textual

− Discordância entre a estrutura do relatório textual e a estrutura proposta no ponto


3.4;

− Ausência de legenda na primeira folha;

− Apresentação incorrecta da folha do título (frontispício);

− Ausência, no texto, da citação da bibliografia;

− Apresentação incorrecta da lista da literatura;

− Falta de severidade na enumeração das partes e sub-partes do relatório ou


utilização de numeração romana para o efeito;

− Os cálculos são dados sem esquemas e desenhos explicativos e sem explicações


frásicas (por exemplo, "designa-se", “admita-se", "recebe-se", "admite-se",
"arredonda-se", etc.).

− Falta de assinatura e data na folha do título (legenda do frontispício)


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Falta da estrutura completa do relatório.
Consideração dos elementos do veio executivo como parte das transmissões.
Mau emparelhamento dos materiais no cálculo de engrenagens.
Falta de cálculo à carga máxima.
Confusão entre a potência no veio e a potência na transmissão, que é algo menor.

Falta de correcção do coeficiente εβ depois da adopção do módulo normalizado.


Falta de superfícies de saída das ferramentas
Coeficiente de segurança à fadiga muito maior que o recomendado
Recálculo das relações entre os torques parciais / durações parciais e os valores

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máximos / totais, quando estes são dados na tarefa na forma fraccionária.
Variação das posições das peças nos esquemas e nos desenhos, diferindo das posição
no esquema cinemático.
Falta de revisão ortográfica.
Falta de esquemas em cada cálculo.
Omissão das margens de cálculo nas tensões das peças e do tempo de vida real dos
rolamentos.
Sobredimensionamento exagerado dos rolamentos, mesmo quando rolamentos de
séries mais ligeiras podem ser usados ou quando é possível reduzir os diâmetros dos
veios.

Omissão das equações (supérfluas) para confirmar os cálculos das reacções nos apoios
e erros nos diagramas dos momentos.
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5. PRAZO DA EXECUÇÃO DO PROJECTO MECÂNICO
Para garantir a ritmicidade e o êxito na realização do projecto dentro dos prazos
devidos o Departamento de Engenharia Mecânica recomenda os seguintes períodos de
execução das etapas do projecto (ver tabela 3).
Tabela 3 - Plano de trabalho para a elaboração do Projecto Mecânico
Volume Semana de Documentos
Etapa Designação do trabalho
Relativo realização prontos
[%]

Elaboração da proposição técnica: escolha


da literatura; procura e estudo de analogias
composição da estrutura do relatório escrito, 10 Primeira
p. e., introdução, "características técnicas", segunda
1 "resumo descritivo do esquema do
accionamento", etc.

Elaboração do esboço do projecto: escolha


do motor eléctrico; cálculo cinemático do
2 accionamento; cálculo de todas as Terceira
transmissões do accionamento, veios e Quarta
rolamentos; composição do esboço do 20 Quinta
redutor sobre papel milimétrico

Elaboração do projecto técnico:

3.1. Elaboração do desenho de montagem Sexta


do redutor e da sua especificação - DM. 20 Sétima 1a folha
3
3.2. Elaboração do desenho de montagem
Oitava Nona
de um conjunto (veio motor do 15 2a folha
transportador, variador, etc.) - DM

3.3. Elaboração do desenho da vista geral


Décima
do accionamento e da folha da sua 15 3a folha
Décima 1a
especificação - DVG.

Elaboração do projecto de trabalho:


4 Desenho das peças (de acordo com o 10 Décima 2a
supervisor.

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6. PERGUNTAS DE AUTO-PREPARAÇÃO PARA A DEFESA
Na defesa do projecto é muito frequente o surgimento das perguntas que a seguir
se indicam. Em geral, estas perguntas estão ligadas à elaboração do projecto concreto a
ser defendido e, por isso, o estudante pode ilustrar as suas respostas utilizando exemplos
dos seus desenhos ou o relatório escrito (parte textual).
1. Característica da accionamento projectado. Descrição do trabalho.
2. Literatura utilizada para a elaboração do projecto
3. Exigências que se apresentam para aos desenhos de montagem, de peças da
vista geral do accionamento, relatório manuscrito e especificações.
4. Características dos materiais utilizados para a construção dos conjuntos e
peças no projecto (marca, características mecânicas e outras).
5. Para que peças e objectos se faz o tratamento térmico?
6. Para que cálculos se usa e de que modo se considera o gráfico de carga?
7. Ordem de montagem do conjunto e sua regulação.
8. Características dos conjuntos de rolamentos elaborados no projecto.
9. Esquema de montagem dos rolamentos
10. Em que caso dos rolamento se escolhe pela capacidade de carga estática ou
pela capacidade de carga dinâmica?
11. Condições de escolha dos rolamentos pela capacidade de carga dinâmica
12. Características das uniões de veios utilizados no projecto.
13. Outros tipos de uniões de veios
14. Por que razão um dos veios das transmissões angulares se monta sem fixação
axial (montagem flutuante)?
15. Destino dos dispositivos de bloque nas caixas de velocidades.
16. Que métodos utilizou para evitar o desaperto espontâneo dos parafusos?
17. Que medidas da técnica de segurança prevê no seu projecto?
18. De que dependem os coeficientes de segurança da resistência e as tensões
admissíveis?
19. Que resoluções originais fez na elaboração dos conjuntos e peças do projecto?
20. De que modo se faz a lubrificação das transmissões por engrenagens e dos
rolamentos do accionamento?

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21. De que maneira se faz o controle e a mudança do óleo lubrificante no redutor?
22. Indicar os casos em que se adoptam, no projecto, ajustamentos com aperto e
com folga e as suas designações.
23. De que modo se escolhem as chavetas? Qual é o cálculo testador das ligações
chavetadas?
24. Particularidades do cálculo das engrenagens cilíndricas com dentes helicoidais
e das engrenagens cónicas.
25. De que raciocínio se escolhem os números de filetes do parafuso sem-fim?
26. De que modo considera os factores económicos para a realização do projecto?
27. De que gosta mais na elaboração do projecto?
28. Existe algum ponto fraco no seu projecto? De que modo se pode tornear?
29. Como calculou os veios quanto à sua resistência?
30. Como se determina a potência do motor? E a sua frequência da rotação?
31. Como se determina a realização de transmissão geral (global) do
accionamento?
32. De que modo se determina o passo das cadeias motrizes, os diâmetros dos
cabos e as dimensões da correia (cinta) transportadora?
33. Quais os métodos de tensão nas transmissões por correias?
34. De que modo se considera a longevidade nos cálculos da resistência?
35. Por que critérios se escolhem os rolamentos?
36. Que fez para a unificação máxima das peças?
37. Que são os torques nominal, máximo e calculado?
38. Porque se dá a dureza entre dois números limites?
39. Porque é que as durezas das superfícies activas dos dentes do pinhão e da
roda coroa são o diferentes? Porque razão (ou razões) os dentes do pinhão
têm sempre um maior dureza que os da roda movida?
40. Que formas surgem durante o funcionamento das transmissões elaboradas?
41. Sobre que pontos da correia surgem as tensões máximas?
42. Quais são os parâmetros indicados na tabela do desenho da roda dentada?
43. Sequência do cálculo das transmissões dentadas, por correias e por cadeias.

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44. Vantagens e desvantagens do uso de engrenagens com dentes rectos,
helicoidais e angulares.
45. Com que fim se faz o cálculo dos redutores por parafuso sem-fim/coroa?
46. Para que servem os respiradouros dos redutores e os vedantes dos veios?
47. Mostrar as porções dos veios do seu redutor que não transmitem torque.
48. Porque se instalam, entre o corpo e a tampa do redutor, dois pinos? Porquê
dois?
49. Sobre qual dos veios (motor ou movido) se deve montar a união de segurança
(se esta estiver prevista na tarefa dadas)? Porquê?
50. Escrever a fórmula para determinar o torque e os parâmetros das rodas
dentadas. Mostre, no desenho, o módulo da engrenagem.
51. Em que limites se situa o ângulo de inclinação dos dentes das rodas dentadas
cilíndricas helicoidais e angulares? Porquê?
52. Quantos módulos tem uma transmissão por engrenagens helicoidais.

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