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SUMÁRIO

1 Operações Financeiras.................................................................................................................... 2
2 Venda a Prazo, Emissão de Duplicatas ........................................................................................... 2
3 Duplicatas Descontadas.................................................................................................................. 4
4 Operações Com Cheque ................................................................................................................. 6
5 Empréstimos e Financiamentos: Apropriação, Principal, Juros Transcorridos E A Transcorrer. .. 7
6 Despesas E Receitas Financeiras .................................................................................................... 9
6.1 Principais Contas De Receitas Financeiras .......................................................................................... 9
6.1.1 Descontos obtidos: .................................................................................................................... 10
6.1.2 Juros Ativos, Juros Recebidos, Juros Auferidos ......................................................................... 10
6.1.3 Receitas Sobre Outros Investimentos Temporários: ................................................................. 11
6.1.4 Aluguéis Ativos: ......................................................................................................................... 11
6.2 Principais Contas De Despesas Financeiras: ...................................................................................... 11
6.2.1 Juros Passivos, Juros De Empréstimos: ..................................................................................... 11
6.2.2 Descontos Concedidos, Desconto Financeiro, Desconto Condicional Concedido .................... 11
6.2.3 Comissões Passivas E Despesas Bancárias: ............................................................................... 11
7 Juros Sobre Capital Próprio .......................................................................................................... 12
8 Depósitos Judiciais ........................................................................................................................ 14
9 Despesas Antecipadas E Receitas Antecipadas ............................................................................ 14
10 Folha De Pagamentos ............................................................................................................... 18
10.1 Valor Da Folha De Pagamentos ......................................................................................................... 18
10.2 Encargos Sociais................................................................................................................................. 18
10.2.1 INSS retido do funcionário......................................................................................................... 19
10.2.2 INSS patronal ............................................................................................................................. 20
10.2.3 FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) ..................................................................... 21
10.3 Provisão Para Pagamento De Férias .................................................................................................. 22
10.4 Provisão Para Pagamento de 13º Salário .......................................................................................... 23
10.5 Salário Mínimo E Vale Transporte ..................................................................................................... 23
11 Aplicações Financeiras .............................................................................................................. 25
11.1 Juros Pré-fixados................................................................................................................................ 25
11.2 Juros pós–fixados .............................................................................................................................. 26
11.3 Encargos financeiros .......................................................................................................................... 27
12 Perdas Estimadas com Créditos de Liquidação Duvidosa (PECLD) ou Provisão Para Devedores
Duvidosos (PDD) .................................................................................................................................. 28
13 Ajuste a Valor Presente............................................................................................................. 34
13.1 - Por que utilizar o Ajuste a Valor Presente? ..................................................................................... 34
13.2 Contabilização do Ajuste a Valor Presente........................................................................................ 36
13.2.1 Exemplo 1 – Contabilização do AVP – Venda a Prazo: .............................................................. 36
13.2.2 Exemplo 2 – Compra a Prazo: .................................................................................................... 38
14 Resumo Dos Pontos Abordados Nesta Aula ............................................................................. 44
15 Questões Comentadas Nesta Aula ........................................................................................... 45
16 Gabarito Das Questões Comentadas Nesta Aula ..................................................................... 54

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1 Operações Financeiras
Olá, pessoal! Tudo bem com vocês?
Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso CFC De A a Z para o Exame de Suficiência.
Na aula de hoje falaremos sobre operações financeiras e também sobre o chamado Ajuste a Valor
Presente. O assunto esteve presente nas últimas provas, então, vamos olhar com carinho.

Como sempre, a leitura desta aula é indispensável.

Um abraço.

Prof. Gabriel Rabelo.


@contabilidadefacilitada

2 Venda a Prazo, Emissão de Duplicatas


A duplicata é o título de crédito emitido com base em obrigação proveniente de compra e venda
comercial ou prestação de certos serviços. Rege-se pela Lei 5.474/1968.
É conhecida por ser um título causal, ou seja, encontra-se vinculada à relação jurídica que lhe dá
origem que é a compra e venda mercantil.
Na contabilidade, como trabalhamos com o regime de competência, a receita de venda deve ser
reconhecida na entrega da mercadoria, independentemente do recebimento, pois, neste
momento, há a transferência da titularidade (a chamada tradição).
Tradição: Entrega da merc. (Reconhece receita)

Assim, quando realizamos uma venda a prazo (e entregamos as mercadorias), faremos alguns
lançamentos contábeis. Por exemplo, venda por R$ 1.000,00 de mercadorias que custaram R$
700,00, sem a incidência de tributos, para recebimento em 30 dias.
Pelo registro da venda
D – Clientes/Duplicatas a receber (ativo) 1.000,00
C – Receita de vendas (resultado) 1.000,00
Clientes Receita de vendas
1000 1000

Pela baixa no estoque

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D – Custo da mercadoria vendida (resultado) 700,00


C – Estoque de mercadorias para revenda (ativo) 700,00
CMV Estoque
700 700

Quando do recebimento da venda


D – Caixa/Bancos (ativo) 1.000,00
C – Clientes/Duplicatas a receber (ativo) 1.000,00
Clientes Bancos
1000 1000 1000

Imagine-se agora que o cliente pagou a mercadoria, em 31.01.X1, no valor de R$ 1.000,00, para
recebimento em 31.03.X1, cujo custo é de R$ 700,00.
Quando do adiantamento
D – Bancos/Caixa (ativo) 1.000,00
C - Adiantamento de clientes (passivo) 1.000,00
Bancos Adian. Clientes
1000 1000

Quando da entrega das mercadorias, em 31.03.X1


D – Adiantamento de clientes (passivo) 1.000,00
C – Receita de vendas (resultado) 1.000,00
Receita de vendas Adian. Clientes
1000 1000 1000

Pela baixa no estoque


D – Custo da mercadoria vendida (resultado) 700,00
C – Estoque de mercadorias para revenda (ativo) 700,00
CMV Estoque
700 700

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1. (FBC/Exame de Suficiência/2017.1)
Em 10.1.2017, uma Sociedade Empresária celebrou um contrato para venda de 100 unidades de
uma determinada mercadoria pelo valor total de R$50.000,00. Conforme demonstrado a seguir, o
contrato estabeleceu o cronograma para entrega das mercadorias e recebimento das vendas, o que
foi integralmente cumprido.

Não existe efeito relevante na operação que justifique a consideração do ajuste a valor presente.
Por ocasião das entregas, todas as condições estabelecidas na NBC TG 47 – RECEITA DE CONTRATO
COM CLIENTE, necessárias para o reconhecimento da Receita, são satisfeitas.
Os registros contábeis são realizados diariamente e os ajustes, ao final de cada mês.
Desconsiderando-se os efeitos tributários e com base na NBC TG 47 – RECEITA DE CONTRATO COM
CLIENTE, o valor da Receita dessa operação, a ser reconhecido em janeiro de 2017, é de:
a) R$5.000,00.
b) R$10.000,00.
c) R$25.000,00.
d) R$50.000,00.
Comentários:
Somente reconheceremos como receita em janeiro, o valor proporcional às unidades que foram
entregues nesse mês, independentemente do valor recebido.
O valor unitário de venda foi de 50.000/100 = R$ 500. Como a empresa entregou 20 unidades, a
receita de janeiro será 500 x 20 = R$ 10.000,00
Gabarito→B

3 Duplicatas Descontadas
Sabemos que as empresas dificilmente conseguem sobreviver sem que realizem operações a prazo.
Assim, ao realizar vendas a prazo, como já dissemos, a empresa pode emitir duplicatas. Todavia,
também pode acontecer de a empresa necessitar do recurso de maneira antecipada. Contudo, ela
não pode chegar ao cliente, antes do vencimento, e exigir a sua liquidação.
Eis que surge o desconto de duplicatas. A empresa portadora do título recorre ao banco e fala:
olha, preciso do dinheiro desta duplicata, todavia, o vencimento se dará somente lá na frente, na
data x.

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O banco então desconta essa duplicata, ou seja, entrega o valor à empresa, mediante a cobrança de
juros.
Descontar uma duplicata é, grosso modo, uma operação em que pegamos um adiantamento do
valor das duplicatas com o banco, deixando-as em garantia.
Funciona assim:

Operação de desconto de duplicata


- Descontamos o valor da duplicata. Recebemos o valor do principal menos os descontos
relativos à operação (juros e encargos).
- O banco fica com as duplicatas em sua carteira de clientes, para receber.
- Se o banco não receber, isto é, o cliente não quitar, o banco vai pegar o dinheiro de volta,
devolvendo a duplicata para a empresa, para que ela cobre com os meios legais.
A conta duplicatas descontadas hoje é uma conta do passivo exigível. Antigamente, o
entendimento é que ela fazia parte das contas retificadoras do ativo.
Os encargos financeiros, por seu turno, ficam retificando a conta duplicatas descontadas.

Exemplo:
Primeira hipótese: Duplicatas com valor de R$ 1.000,00, descontadas com encargos de R$ 100,00,
com o Banco Alfa.
D - Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) 900,00
D - Encargos Financeiros a Transcorrer (Ret. do Passivo Circulante) 100,00
C - Duplicatas Descontadas (Passivo Circulante) 1.000,00
Bancos Encargos a transc. Duplica. Descont.
900 100 1000

Portanto, repetimos: a conta duplicatas descontadas foi para o passivo exigível! A conta encargos
financeiros a transcorrer ficará retificando a conta duplicatas descontadas. É como se fosse um
empréstimo, deixando-se as duplicatas como garantia.
Segunda hipótese: Passou o período de juros (suponha R$ 10,00 ao mês).
Conforme o período da competência, lançaremos os juros:
D - Despesa de Juros (Resultado) 10,00
C - Encargos Financeiros a Transcorrer (Passivo exigível) 10,00

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Encargos a transc. Despesa de juros


100 10 10

Terceira hipótese: O cliente liquidou a obrigação.


Com o recebimento do cliente, o lançamento será:
D - Duplicatas Descontadas (Passivo exigível) 1.000,00
C - Duplicatas a Receber (Ativo circulante) 1.000,00
Dupl. Descont. Duplicatas a recer
1000 1000 1000

Quarta hipótese: O cliente não liquidou a obrigação. O banco devolveu as duplicatas.


O banco vai devolver a duplicata para que o cliente se vire, e pegar o seu dinheiro de volta.
O lançamento, neste caso, será:
D – Duplicatas Descontadas (Passivo exigível) 1.000,00
C – Caixa/Bancos (Diminuindo o caixa) 1.000,00
Dupl. Descont. Caixa
1000 1000

Observação: Conta retificadora do passivo é uma conta que fica no passivo, mas tem
natureza devedora (tem saldo devedor). Lembra que o Passivo tem natureza
credora? Então, as contas retificadoras diminuem o passivo.
Do mesmo modo, as contas retificadoras do Ativo ficam no ativo, mas com natureza
credora. Por exemplo, a conta depreciação acumulada.

4 Operações Com Cheque


O recebimento em cheque é realizado através da tesouraria, ou seja, da conta
caixa.
Todavia, o pagamento em cheque é feito através de crédito na conta bancos conta
movimento.

Pagamento Sai do banco


Cheque
Recebimento Entra no caixa

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5 Empréstimos e Financiamentos: Apropriação,


Principal, Juros Transcorridos E A Transcorrer.
Agora, falaremos sobre os empréstimos recebidos de terceiros. O primeiro aspecto digno de nota é
que a contabilização se dá com o recebimento dos recursos pela empresa. Se a sociedade ALFA
assina um contrato de empréstimo em 01.01.X1, no montante de R$ 15.000,00, mas só recebe os
recursos efetivamente em 05.01.X1, deverá fazer a contabilização tão-somente nesta última data.
Todavia, se em 01.01.X1, assina um contrato para receber R$ 5.000,00 em 01.02.X1, R$ 5.000,00
em 01.03.X1 e R$ 5.000,00 em 01.04.X1, deverá fazer a contabilização conforme o recebimento da
cada uma das prestações.
Suponhamos que a empresa receba uma quantia de R$ 10.000,00, para pagamento de R$
12.000,00 ao final.
Neste caso, vamos lançar, quando do recebimento do empréstimo:
Recebimento do principal
D – Bancos conta movimento (ativo) 10.000,00
D – Encargos financeiros a transcorrer (retificadora passivo) 2.000,00
C – Empréstimos a pagar (passivo) 12.000,00
Bancos Encargos a trans. Emprés. a pagar
10000 2000 12000

Apropriação dos juros


Com o transcurso de um período, lançaremos:
D – Encargos financeiros (resultado) 200,00
C – Encargos financeiros a transcorrer (retificadora passivo) 200,00
Encargos financeiros Encargos a trans.
200 2000 200

Por fim, com o pagamento do principal (a conta encargos financeiros a transcorrer vai zerar com o
tempo), lançaremos:
D – Empréstimos a pagar (passivo) 12.000,00
C – Bancos conta movimento (ativo) 12.000,00
Bancos Encargos a trans. Emprés. a pagar
10000 12000 2000 2000 12000 12000

Considere que há mais dinheiro no banco além desses 10.000,00 (estamos nos restringindo à
operação de empréstimo).
Sempre que o valor total da carga de juros for conhecido quando da apropriação do
empréstimo, lançaremos como encargos financeiros a transcorrer.

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Atenção! A conta encargos financeiros a transcorrer registra não só o valor dos juros, mas
quaisquer despesas incorridas e diretamente relacionadas à captação dos recursos, devendo ser
apropriada pelo regime de competência.
Os encargos financeiros têm como contrapartida conta de despesa, exceto no caso
de ativos qualificáveis, como já explicado na aula de ativo imobilizado.
Ativos qualificáveis são aqueles que demandam substancial tempo para ficarem prontos para o uso
que se pretende dar. Se, por exemplo, está sendo construído um grande navio, que necessita de
recursos de financiamento para a sua fabricação, tendo juros embutidos no valor de R$ 50.000,00,
lançaremos:
D – Ativos em construção – encargos financeiros (ANC – Imob.) 50.000,00
C – Financiamentos a pagar (PC ou PNC) 50.000,00
Portanto, os encargos financeiros para ativos qualificáveis, que são aqueles que demoram um
período de tempo substancial para ficarem pronto, devem ir para o custo do ativo e não para o
resultado, como é a regra.
2. (Consulplan/Exame CFC/2018.1)
A empresa Exemplo Ltda. obtém um empréstimo bancário em uma instituição financeira, no valor
de R$ 120.000,00, a ser pago em 120 parcelas de R$ 1.000,00. O primeiro pagamento será efetuado
no prazo de 30 dias, e os demais seguirão nos meses seguintes. A empresa efetua o registro
contábil da operação de empréstimo na data da operação.
Qual o efeito do registro contábil na data da operação?
A) Diminui o Ativo.
B) Mantém inalterado o Ativo.
C) Altera o resultado do Exercício.
D) Mantém inalterado o Patrimônio Líquido da empresa.
Comentários:
Como a questão não falou nada sobre o valor dos juros, devemos desconsiderar. O lançamento é o
que se segue:
D – Bancos 120.000,00
C – Empréstimos a pagar 120.000,00
Por que esse lançamento? O valor do banco está aumentando e o valor do empréstimo a pagar
também. Aumento no ativo e aumento no passivo.
Portanto, nenhuma alteração no Patrimônio Líquido. Gabarito D!
Vejamos o erro das demais alternativas.
A) Diminui o Ativo. Aumenta!
B) Mantém inalterado o Ativo. Aumenta!
C) Altera o resultado do Exercício. Não altera o resultado!
Gabarito → D.

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3. (FBC/Perito Contábil/2017)
Os sócios da empresa X discordaram do contador sobre a data de início de capitalização do custo de
um empréstimo para produção de um ativo qualificável, conforme recomenda a NBC TG 20 (R1). O
empréstimo foi obtido em 1º/4/20XX e a obra foi iniciada em 1º/6/20XX. O contador iniciou a
capitalização do custo a partir de 1º/4/20XX, quando ainda não havia obra. Como não houve acordo
entre os sócios e o contador, um perito contábil foi contratado para apresentar um parecer à
diretoria da firma X informando a data inicial em que o custo deveria ser capitalizado. Com base
neste enunciado, assinale a opção que indica a partir de que data deveria ocorrer a capitalização do
custo do empréstimo.
a) O parecer técnico-contábil do perito contábil deve certificar que o custo de empréstimo deve ser
capitalizado a partir da data do empréstimo, 1º/4/20XX.
b) O parecer técnico-contábil do perito contábil deve afirmar que o custo de empréstimo deve ser
capitalizado a partir da data do início da obra, 1º/6/20XX.
c) O parecer técnico-contábil do perito contábil deve afirmar que o custo de empréstimo pode ser
capitalizado a partir de quaisquer das datas, pois norma não interfere nessa decisão.
d) O parecer técnico-contábil do perito contábil deve recomendar à diretoria não capitalizar o custo
do empréstimo porque a norma determina que ele seja levado ao resultado.
Comentários:
O valor dos encargos financeiros relativos a ativos qualificáveis deve ser lançado como custo do
ativo e não como despesa.
A capitalização tem início na data do empréstimo ou da obra, o que acontecer primeiro.
Gabarito → A.

6 Despesas E Receitas Financeiras


Entre as receitas e despesas financeiras, destacam-se juros, descontos, atualizações monetárias,
entre outras.
As despesas ou receitas financeiras incluem os juros. Todavia, segundo o FIPECAFI a variação
monetária deve ser classificada separadamente, exceto se for uma atualização monetária prefixada,
hipótese em que será classificada como despesa ou receita financeira.
Além disso, uma pegadinha recorrente em concursos é a conta juros sobre capital próprio.
Embora figure com o nome de juros, esta conta não é uma despesa financeira, mas, sim,
destinação do lucro, como forma de remuneração do capital dos sócios.

6.1 Principais Contas De Receitas Financeiras


As principais contas de receita financeira são:

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6.1.1 Descontos obtidos:


São aqueles provenientes de pagamentos antecipados de duplicatas. Por exemplo, a empresa ALFA
tem uma duplicata de R$ 1.000,00 a pagar, e, caso liquide com 30 dias de antecedência, obterá um
desconto de 10%. Considerando que a empresa o fez, lançaremos:
D – Duplicatas a pagar (passivo) 1.000,0
C – Receitas financeiras (resultado) 100,00
C – Bancos conta movimento(ativo) 900,00
Duplicatas a pagar Receitas fin. BCM
1000 100 900

4. (Consulplan/COFEN/Contabilidade/2011)
Considere o fato administrativo: “Pagamento de uma duplicata ao Sr. Pedro Paulo, no valor de
R$10.000, com 10% de desconto.” O desconto deverá aparecer:
a) Creditado em uma conta de receita.
b) Debitado em uma conta de receita.
c) Debitado em uma conta de despesa.
d) A única conta a ser creditada será a conta caixa.
e) Omisso no lançamento contábil.
Comentários:
Na questão apresentada, a empresa contratou serviços do Sr. Paulo, emitindo uma duplicata no
valor de R$ 10.000. Porém, quando efetuou o pagamento, conseguiu um desconto de 10%, isto é,
R$ 1.000.
Esse desconto obtido deve ser registrado como receita pela empresa e ficará escriturada da
seguinte maneira:
D – Duplicatas a pagar (Passivo) R$ 10.000
C - Desconto Obtido (Receita) R$ 1.000
C – Bancos (Ativo) R$ 9.000
Gabarito→ A.

6.1.2 Juros Ativos, Juros Recebidos, Juros Auferidos


São os juros que a empresa obtém de seus clientes, como remuneração de seu capital, que está
sendo utilizado por terceiros ou atraso de pagamentos nas obrigações com a empresa.
O cliente Z tem uma obrigação com a minha empresa no montante de R$ 5.000,00, para
pagamento em R$ 31.01.X1. Sabe-se que o cliente só efetuou o pagamento em 31.03.X1. Incidem
juros de 10% ao mês sobre o valor da venda.
Neste caso, como houve dois meses de mora, lançaremos:

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D – Bancos (ativo) 6.000,00


C – Duplicatas a receber (ativo) 5.000,00
C – Juros ativos (resultado) 1.000,00
Bancos Duplic. a receber Juros Ativos
6000 5000 1000

6.1.3 Receitas Sobre Outros Investimentos Temporários:


Registra as receitas obtidas em investimentos como, por exemplo, letra de câmbio.

6.1.4 Aluguéis Ativos:


Representa os aluguéis devidos à empresa.

6.2 Principais Contas De Despesas Financeiras:


6.2.1 Juros Passivos, Juros De Empréstimos:
Representam os juros devidos em operações com terceiros.

6.2.2 Descontos Concedidos, Desconto Financeiro, Desconto Condicional


Concedido
Atenção! Não podemos confundir o desconto condicional com o incondicional. Senão vejamos. O
desconto condicional é aquele que depende de determinada condição a ser cumprida pelo cliente,
como, por exemplo, a quitação antecipada de título de crédito, recebendo um desconto de 10%.
Neste caso, a condição para que se aufira o bônus é que o cliente antecipe o pagamento. Não o
fazendo, não receberá.
Assim, se temos uma venda já registrada de R$ 1.000,00, e o cliente antecipa o pagamento,
lançaremos:
D – Bancos (ativo) 900,00
D – Descontos financeiros concedidos (resultado) 100,00
C – Clientes (ativo) 1.000,00
O desconto incondicional, por seu turno, é aquele concedido no momento da compra,
independentemente de condição. Este não aparece como despesa financeira, mas, sim, como
dedução da receita bruta de vendas, logo no início da demonstração do resultado do exercício.

6.2.3 Comissões Passivas E Despesas Bancárias:


São despesas cobradas pelos bancos e instituições financeiras, sejam em operações de desconto,
seja em concessões de crédito.
Além destas, temos as variações monetárias, que podem ser ativas ou passivas. O FIPECAFI manda
que sejam classificadas em grupo à parte, e não como despesa ou receita financeira. Todavia, as
bancas de concurso não o fazem assim.

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7 Juros Sobre Capital Próprio


Sabe-se que os dividendos representam a forma principal de remuneração do capital dos sócios.
Ao término do exercício, a regra é que se distribua parcela do lucro aos acionistas, como forma de
compensação por empregarem seu capital em determinada atividade de risco.
Outra alternativa de remuneração às ações, como forma de atrair capital para a entidade, é o
pagamento de juros sobre capital próprio (JSCP). Trata-se o JSCP de forma de remuneração atrelada
ao capital investido na sociedade.
De acordo com a Deliberação n. 207/96 da Comissão de Valores Mobiliários, inciso I, o JSCP deve
ser contabilizado como destinação do lucro, diretamente na conta lucros acumulado, sem transitar
pelo resultado do exercício. Mas, para efeito do Imposto de Renda, o JSCP deve ser contabilizado
como despesa financeira, para que possa ser dedutível.
Para resolver esse impasse, a CVM, através da Deliberação 207/96, estabelecia que as empresas
que contabilizarem os JSCP como despesa financeira deviam realizar a reversão do seu valor, na
última linha da demonstração do resultado, antes do saldo da conta de lucro ou prejuízo do
exercício (Deliberação n. 207/96 da CVM, inciso VIII). Ficava assim:

Lucro Bruto
Despesas
Receitas
Despesas Financeiras (incluindo os Juros Sobre Capital Próprio)
Resultado após o Imposto de Renda e antes das participações
(-) Participações estatutárias sobre o lucro
Debenturistas
Empregados
Administradores
Partes beneficiárias
Fundo de assistência/previdência a empregados
+ Reversão dos juros sobre capital próprio
Lucro ou prejuízo líquido do exercício

Ocorre que a deliberação 207/96 CVM foi revogada pela Deliberação CVM 683/2012, que aprovou
a Interpretação Técnica ICPC 08 (R1), do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que estabelece o
seguinte:
Juros sobre o capital próprio (JCP)

10. Os juros sobre o capital próprio – JCP são instituto criado pela legislação
tributária, incorporado ao ordenamento societário brasileiro por força da Lei
9.249/95. É prática usual das sociedades distribuírem-nos aos seus acionistas e
imputarem-nos ao dividendo obrigatório, nos termos da legislação vigente.

11. Assim, o tratamento contábil dado aos JCP deve, por analogia, seguir o
tratamento dado ao dividendo. (...)

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Portanto, para o CPC, a história de tratar o JSCP como despesa financeira, com consequente
reversão, não vale mais para provas de contabilidade para concursos! Agora, os juros sobre capital
próprio têm o mesmo tratamento que possuem os dividendos.

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8 Depósitos Judiciais
A conta depósitos judiciais é uma conta do ativo.
Conceitua-se esta conta como valores depositados por ordem judicial e que estejam subordinados
ou vinculados a uma causa ainda não transitada em julgado, ou seja, que esteja em pendência.
Suponha-se, assim, que a empresa ALFA seja devedora em determinada ação trabalhista. Como
garantia o magistrado resolve realizar o bloqueio de alguns de seus bens, através do BACEN-JUD, no
montante de R$ 15.000,00. O lançamento de tal situação ficará do seguinte modo:
D – Bloqueio judicial/depósito judicial (AC ou ANC RLP) 15.000,00
C – Bancos conta movimento (ativo) 15.000,00
Outro exemplo é o caso clássico da discussão de tributos em juízo. Na disputa, pode ou não haver o
depósito do montante discutido. Suponha-se que a empresa ALFA foi autuada pelo fisco em R$
2.000.000,00, levando a lide ao Poder Judiciário. Tal fato deverá ser contabilizado do seguinte
modo:
D – Despesas com multa tributárias (resultado) 2.000.000,00
C – Obrigações tributárias a pagar (passivo) 2.000.000,00

9 Despesas Antecipadas E Receitas Antecipadas


Já falamos sobre esse assunto anteriormente, mas não custa reforçar.
Já dissemos que na contabilidade vige o chamado regime de competência, segundo o qual as
receitas e despesas são reconhecidas quando ocorrem, independentemente de pagamento ou
recebimento.
Assim, a receita de venda de uma mercadoria é reconhecida quando da entrega da mercadoria,
que é quando ocorre a tradição, a transferência da propriedade. A despesa com salários, por seu
turno, é reconhecida quando do efetivo transcurso do mês trabalhado. Uma receita de aluguel é
reconhecida quando o inquilino, por exemplo, utiliza o imóvel. Tudo isso, independentemente do
recebimento ou pagamento.
Mas pode ocorrer de a empresa receber o valor de uma venda antes que efetue a referida entrega.
Por que não?! Pode ocorrer de determinado funcionário pedir um adiantamento de salário antes
de prestar efetivamente o serviço. Pode ocorrer ainda de minha empresa antecipar (devido a um
período de bons lucros) todo o aluguel do ano subsequente. Todas essas hipóteses configuram as
chamadas despesas e receitas antecipadas. A priori deve-se compreender que elas não são
reconhecidas como receitas ou despesas tão logo recebidas, mas tão-somente quando o período a
que elas se referem chegar.
Exemplifiquemos. O cliente A paga para a empresa ALFA em 28.01.X1 a quantia de R$ 1.000,00,
para recebimento de mercadorias em 20.04.X1. A receita só será reconhecida por ALFA quando da
entrega das mercadorias ao cliente. Em contrapartida, quando o cliente efetua o pagamento à
empresa, ele passa a ter direito a receber o produto. Direito para o cliente, obrigação para
empresa.
Lançamento no recebimento em dinheiro:

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D – Bancos (Ativo circulante) 1.000,00


C - Adiantamento de clientes (Passivo circulante) 1.000,00
Bancos (AC) Adiant. Clientes (PC)
$ 1.000,00 $ 1.000,00

Até aqui, o que a empresa tem é uma obrigação, a de entregar os produtos, já que o dinheiro já foi
recebido. Como não houve entrega, nenhuma receita é reconhecida.
No dia 20.04.X1, quando a mercadoria for entregue, devemos reconhecer a receita, pelo seguinte
lançamento:
D – Adiantamento de clientes (Passivo circulante) 1.000,00
C – Receita de vendas (Receitas) 1.000,00
Bancos (AC) Adiant. Clientes (PC) Receita de vendas
1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00

5. (FBC/Exame de Suficiência/2017.1)
Em 31.1.2017, uma Sociedade Empresária recebeu de cliente o valor de R$10.000,00, a título de
adiantamento de serviços a serem prestados durante o mês de fevereiro.
No dia 28.2.2017, a Sociedade Empresária concluiu os serviços e emitiu uma Nota Fiscal de
Prestação de Serviços no valor de R$9.200,00. Na mesma data, devolveu ao cliente, em dinheiro, o
valor de R$800,00.
Considerando-se apenas as informações apresentadas e desconsiderando-se a incidência de
tributos, entre as opções apresentadas indique o lançamento contábil realizado pela Sociedade
Empresária que reflete o registro da transação ocorrida em 28.2.2017.

Comentários:
Pelo Princípio da Competência, a Receita de prestação de serviços é reconhecida quando ocorre a
prestação de serviços e não no momento de recebimento.
Vamos efetuar as contabilizações apresentadas na questão:

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Em 31.1.2017, uma Sociedade Empresária recebeu de cliente o valor de R$10.000,00, a título de


adiantamento de serviços a serem prestados durante o mês de fevereiro.
D – Caixa
C – Adiantamento de Clientes R$ 10.000,00
No dia 28.2.2017, a Sociedade Empresária concluiu os serviços e emitiu uma Nota Fiscal de
Prestação de Serviços no valor de R$9.200,00. Na mesma data, devolveu ao cliente, em dinheiro, o
valor de R$800,00.
D – Adiantamento de Clientes R$ 10.000,00
C – Caixa R$ 800,00
C – Receita de Serviços – Resultado R$ 9.200,00
Essa é a contabilização solicitada pela questão.
Gabarito→B

6. (FBC/Exame de Suficiência/2011.1)
Os adiantamentos de clientes são registrados como:
a) crédito em conta de Receitas .
b) crédito em conta de Passivo.
c) débito em conta de Ativo.
d) débito em conta de Passivo.
Comentários:
Os adiantamento recebidos são uma obrigação para a empresa, afinal, ela recebeu o valor mas
ainda não prestou o serviço ou entregou a mercadoria. Configura-se, assim, um passivo para ela.
Gabarito → B.

7. (FBC/Exame de Suficiência/2013.1)
Uma sociedade empresária, atuante no ramo de locação de máquinas pesadas, alugou, em 2 de
janeiro de 2013, uma de suas máquinas, no valor de R$1.500,00, ao mês, pelo prazo de 24 meses. A
sociedade empresária recebeu o valor total na data da assinatura do contrato, e registra suas
transações obedecendo ao Princípio da Competência.
A transação acima resultou em um acréscimo de:
a) R$18.000,00 no Ativo Circulante.
b) R$18.000,00 no Ativo não Circulante.
c) R$36.000,00 no Ativo Circulante.
d) R$36.000,00 no Ativo não Circulante.
Comentários:

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Na data em que receber o valor, a companhia lançará R$ 1.500 x 24 meses no ativo circulante
(caixa), em contrapartida da conta adiantamento de clientes no passivo circulante e passivo não
circulante (12 meses em cada).
D – Caixa (AC) 36.000,00
C – Adiantamento de clientes (PC) 18.000,00
C – Adiantamento de cliente (PNC) 18.000,00
Gabarito → C.
Agora, falemos um pouco sobre as despesas antecipadas. Segundo a lei 6.404:
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do


exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do
exercício seguinte;

O termo destacado refere-se às chamadas despesas antecipadas.


Suponhamos que nossa empresa efetue, em 31.12.X1, o pagamento de R$ 12.000,00, relativo ao
seguro do prédio onde se encontram instalados todos os nossos ativos. De acordo com o regime de
competência, a despesa só será incorrida quando houver transcorrido o período a que ela se refere.
Porém, como o pagamento foi realizado antes, devemos realizar algum registro, para refletir
corretamente os efeitos econômicos reais que se passam na sociedade. O lançamento, quando do
pagamento antecipado, será:
D – Despesas antecipadas – adiantamento de seguro (ativo) 12.000,00
C – Bancos (ativo) 12.000,00
Desp. Antec. (Ativo) Bancos (Ativo)
12.000,00 12.000,00

Com o transcurso do primeiro mês, vamos lançar:


D – Despesas de seguros (resultado) 1.000,00
C - Despesas antecipadas – adiantamento de seguro (ativo) 1.000,00
Desp. Antec. (Ativo) Bancos (Ativo) Desp. Seguros
12.000,00 1.000,00 12.000,00 1.000,00
1.000,00
E assim por diante, até que toda a despesa seja reconhecida.

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10 Folha De Pagamentos
Os salários são registrados como despesa da empresa. O mesmo tratamento deve ser dado às
contribuições e encargos trabalhistas que sejam ônus do empregador.
Assim, desconsiderado outros encargos, se tenho um funcionário que custa para a empresa o valor
de R$ 5.000,00, lançaremos ao término do mês.
D – Despesa com salários 5.000,00
C – Salários a pagar 5.000,00
Despesa com sal. Salários a pagar
5000 5000

Este lançamento é para o salário provisionado. Caso o pagamento se dê ali, no ato, lançaremos:
D – Despesa com salários 5.000,00
C – Caixa/Bancos conta movimento 5.000,00
Despesa com sal. Bancos
5000 5000

Agora, supondo que haja a incidência de FGTS e INSS.


Neste caso, devemos nos perguntar se os encargos são do empregador ou do empregado. Sendo do
empregador, a empresa lançará como despesa, fora do montante previsto para o salário. Sendo do
empregado, a empresa apenas reterá o valor, lançando-o como obrigação no passivo e reduzindo o
montante a pagar aos empregados. Retém na condição de responsável.

Encargos do empregador
• Lança como despesa, fora do valor dos salários

Encargos do empregado
• Retém o valor, reduzindo o valor a pagar para o empregado

10.1 Valor Da Folha De Pagamentos


O custo da mão de obra deve incluir todos os encargos sociais, a provisão de férias e a provisão
de décimo terceiro salário. Mas, naturalmente, para concursos, a questão pode indicar apenas
alguns encargos. Devemos sempre seguir as instruções da questão.
Vamos ver rapidamente o cálculo das provisões de férias e décimo terceiro, e dos encargos sociais.

10.2 Encargos Sociais


Os principais encargos são o INSS e o FGTS.

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INSS: Há dois tipos de recolhimentos que as empresas realizam, para o INSS:

10.2.1 INSS retido do funcionário


As empresas descontam dos funcionários a contribuição previdenciária sobre o salário recebido, e
posteriormente repassa o valor para o INSS. Não é despesa da empresa. Essa parcela do
recolhimento ao INSS é devida pelo empregado. A empresa apenas desconta e repassa.
O percentual de desconto varia de 8% a 11%, conforme a faixa salarial do funcionário. Este valor
não é incluído na provisão para férias, pois não é encargo da empresa.
Vamos ver como ficaria a contabilização do pagamento de salário no valor de R$ 1.000,00, com
retenção do INSS de 9%:
D – Despesa de salário 1.000
C – INSS retido a recolher (Passivo) 90
C – Salários a pagar (Passivo) 910
Despesa de salário INSS retido a recolher Salários a pagar
1000 90 910

Vejam que não foi considerado este valor como despesa, já que o valor é ônus do empregado.
Temos de descontar do valor a pagar e recolher para o Governo.
Pelo pagamento do salário:
D – Salário a pagar 910
C – Caixa 910
Despesa de salário INSS retido a recolher Salários a pagar
1000 90 910 910

Caixa
910

Pelo recolhimento do INSS:


D – INSS retido a recolher 90
C – Caixa 90
Despesa de salário INSS retido a recolher Salários a pagar
1000 90 90 910 910

Caixa
910
90
Como se observa, o INSS dos funcionários não é despesa para a empresa; e também não afeta o
valor das despesas de salários (a empresa apenas desconta e repassa, nada mais).

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10.2.2 INSS patronal


Constitui um encargo (despesa) da empresa, que deve recolher 20% do valor da folha salarial ao
INSS.
8. (FBC/Exame de Suficiência/2017.1)
Uma Sociedade Empresária apresentou os seguintes dados relacionados à folha de pagamento
mensal:

Informações adicionais:
Para este caso, deve-se desconsiderar a incidência de outros componentes de remuneração ou de
encargos sociais.
Esta situação não está enquadrada entre os casos de desoneração da folha de pagamento.
A Sociedade Empresária realiza as apropriações dos fatos, inclusive dos ajustes de saldos para
conciliar com as guias emitidas para recolhimento, dentro do próprio mês de competência.
Os pagamentos são realizados no mês subsequente.
Considerando-se apenas as informações apresentadas, assinale a opção que contém,
respectivamente, o valor do INSS, enquadrado no grupo Despesas com Pessoal, e o de INSS a
Recolher, enquadrado no grupo Salários e Encargos Sociais.
a) R$4.000,00 e R$4.000,00.
b) R$4.000,00 e R$5.600,00.
c) R$5.600,00 e R$4.000,00.
d) R$5.600,00 e R$5.600,00.
Comentários:
Vamos calcular o valor do INSS dos empregados e da empresa, respectivamente:
INSS empregados = 20.000 x 0,08 = R$ 1.600,00
INSS patronal = 20.000 x 0,20 = R$ 4.000,00.
Porém, apenas o INSS patronal é despesa da empresa. O INSS dos empregados é encargos dos
trabalhadores, e a empresa apenas tem a função de recolher aos cobres públicos.
Assim sendo, temos que:
INSS despesas = R$ 4.000,00
INSS a recolher (total) = 4.000 + 1.600 = R$ 5.600,00.
Gabarito→B.

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9. (FBC/Exame de Suficiência/2011.1)
Uma empresa elaborou folha de pagamento, que será paga até o quinto dia do mês subsequente, e
enviou para ser contabilizada. A folha continha os seguintes dados:
Descrição Valor
Remuneração dos empregados R$100.000,00
INSS retido dos segurados R$11.000,00
INSS patronal R$20.000,00
A contabilização dessa folha resultará em um aumento no Passivo no valor de:
a) R$100.000,00.
b) R$109.000,00.
c) R$120.000,00.
d) R$131.000,00.
Comentários:
Os lançamentos são:
Despesa de salários Salários a pagar INSS a pagar
R$ 100.000,00 R$ 11.000,00 R$ 100.000,00 R$ 11.000,00
R$ 20.000,00

Despesa de INSS
R$ 20.000,00

O passivo ficará assim:


Salários a pagar 89.000
INSS a recolher 31.000
Aumento do passivo 120.000,00
Gabarito → C.

10.2.3 FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço)


Também é encargo da empresa. Corresponde a 8% do valor do salário. O FGTS fica depositado
numa conta, em nome do funcionário, e pode ser retirado quando o funcionário é demitido, ou em
certos casos: compra de imóvel, doença, etc.
Há ainda outras contribuições, como o Seguro de Acidentes de Trabalho, Sebrae, Sesc, Senai, etc.
Algumas são variáveis, como o SAT (seguro de acidente do trabalho), cuja alíquota depende do grau
de risco da atividade.
Mas normalmente as questões informam o percentual de encargos sociais que deve ser
considerado.

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INSS patronal

Encargo da empresa

FGTS

Encargo do
INSS dos funcionários
trabalhador

10.3 Provisão Para Pagamento De Férias


Entre os direitos dos funcionários, encontra-se o direito às férias, após trabalhar um ano. Mas
contabilmente deve ser reconhecido 1/12 por mês, para observar o Regime da Competência.
A legislação estabelece que o funcionário tem direito às férias, após um ano de trabalho. Se for
demitido antes de um ano, a empresa deve pagar férias proporcionais. Ou seja, o funcionário
demitido após 9 meses de trabalho tem direito a 9/12 do salário, referente às férias proporcionais.
E isso não é relativo a 1/3 de férias. Se ele for demitido, no “acerto de contas” ele receberá 9/12 do
salário, pois, se ele estivesse de férias, receberia o salário normal, mesmo que não trabalhasse.
A provisão de férias é dedutível para efeito de Imposto de Renda, e deve ser calculada
individualmente para cada funcionário.
Além do salário, devem ser também provisionados os encargos e o adicional de férias (um terço).
Abono de férias: Ao sair de férias, o funcionário tem direito ao Abono de férias, no valor de 1/3 do
salário. O abono deve ser somado ao salário, para cálculo dos encargos sociais.
Exemplo: Vamos considerar um funcionário com salário de R$ 1.000 reais e com direito a 10/12
avos de férias. A provisão de férias, com abono e encargos, ficaria assim
Observação: vamos calcular apenas o INSS patronal, de 20%, e o FGTS, de 8%, como encargos.
Salário 1.000,00 A base para a provisão vai se basear no
salário, será o salário dividido por 12. nesse
Base para provisão (10/12 avos) 833,00
exemplo ele só trabalhou 10 meses. O
Abono de férias (1/3) 277,67 abono vai ser em cima de 833,00 e o
subtotal é a base + abono. 20% e 8% será
Subtotal 1.110,67 em cima do subtotal.
INSS (20%) 222,13
FGTS (8%) 88,85
Total Provisão férias 1.421,65
Esse cálculo deve ser feito para todos os funcionários, um a um. A contabilização, para os
funcionários da produção, entra como custo de mão-de-obra; para os outros funcionários, como
despesa:
Funcionários da produção:
D – Custo de Mão de obra – provisão de férias 1.421,65

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C – Provisão de Férias (passivo circulante) 1.421,65


Outros funcionários (escritório)
D – Despesa admin. – provisão de férias (resultado) 1.421,65
C – Provisão de Férias (passivo circulante) 1.421,65
Observação: A empresa pode contabilizar separadamente cada parcela da provisão de férias (férias,
abono, INSS a Recolher, FGTS a recolher) ou pode contabilizar um valor total e manter um controle
à parte, extracontábil.

10.4 Provisão Para Pagamento de 13º Salário


É semelhante à provisão para férias. Deve ser apropriado 1/12 avos do salário por mês, mais
encargos.
A fração igual ou superior a 15 dias de trabalho será considerada como mês integral.
A provisão para 13º é contabilizada como custo, para os funcionários da produção; e como despesa,
para os outros funcionários.
Os encargos (INSS e FGTS) também devem ser provisionados.

10.5 Salário Mínimo E Vale Transporte


A seguir, o valor do salário mínimo de anos recentes:
Data Valor mensal
01.01.2019 R$ 998,00
01.01.2018 R$ 954,00

Quanto ao vale transporte, funciona da seguinte forma: a empresa paga o valor que o funcionário
gasta com transporte público (ônibus, metrô) e desconta 6% do salário do funcionário.

Tem descontado 6% do
Empregado
valor do SALÁRIO

Vale transporte
Lança como despesa a
Empresa
diferença

Por exemplo, se determinado funcionário gasta R$ 260,00 por mês e tem salário de $2.000,00 a
empresa desconta 6% do salário (120 reais) e considera o excesso (260 – 120 = 140) como despesa
com vale transporte (vai compor as despesas com folha de pagamento).
Salário do funcionário R$ 2.000,00
Total da despesa com transporte R$ 260,00
Pode descontar do funcionário 6% x 2.000 = R$ 120,00
Despesa da empresa R$ 260,00 – R$ 120,00 = R$ 140,00

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10. (Consulplan/Exame CFC/2019.2)


A Gerência de Recursos Humanos de uma Sociedade Empresária, após a apuração das horas
trabalhadas de seu empregado no mês de abril de 2018, elaborou a folha de pagamentos do mês
para ser paga no 5º dia útil do mês de maio, da qual foram extraídos os seguintes dados:
Parcelas Valores
Salário-Base do mês 04/18 R$ 1.800,00
15 horas extras pagas em dobro R$ 245,40
INSS – parte do empregado R$ 224,99
Vale Transporte – parte do empregado R$ 130,00
FGTS do mês R$ 163,63
Vale Transporte – parte da empresa R$ 240,00
Após verificar que não havia saldos de períodos anteriores, com base nos dados apresentados e
acatando o regime de competência de exercícios, o saldo líquido da conta “Salários a Pagar” da
Sociedade Empresária, em 30 de abril de 2018, é de:
A) R$ 1.450,41
B) R$ 1.690,41
C) R$ 1.766,78
D) R$ 1.930,41
Comentários:
O gabarito preliminar da banca foi a letra d. Contudo, após os recursos, houve mudança para a letra
b.
O INSS parte do empregado é descontado do valor a pagar, pois a empresa retém como substituto
tributário, pagando o valor para o Governo.
O vale transporte também não é computado como remuneração, por isso, a empresa deve calcular
de forma separada.
O cálculo correto é o seguinte:
Salário-Base do mês 04/18 R$ 1.800,00
15 horas extras pagas em dobro R$ 245,40
Vale Transporte – parte do empregado (R$ 130,00)
INSS – parte do empregado (R$ 224,99)
Salários a pagar R$ 1.690,41
Somamos o salário com as horas extras. Disso, subtraímos a parte do empregado relativa ao vale
transporte. Isso é descontado do salário dele, bem como o INSS.
Chegaremos ao valor líquido a pagar de R$ 1.690,41.
O FGTS e o vale transporte parte da empresa não computados como salários a pagar.
FGTS do mês R$ 163,63

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Vale Transporte – parte da empresa R$ 240,00


Gabarito → B.

11. (FBC/Exame CFC/2012.2)


A folha de pagamento era representada pelos seguintes itens em um determinado período:
Salário Bruto R$ 54.000,00
Horas-Extras R$ 8.000,00
Contribuição Previdenciária Patronal R$ 12.400,00
Contribuição Previdenciária de Empregados R$ 4.960,00
FGTS R$ 6.820,00
Ao contabilizar essa folha de pagamento, o Departamento de Contabilidade terá de registrar
despesas no valor de:
a) R$73.780,00.
b) R$74.400,00.
c) R$81.220,00.
d) R$86.180,00.
Comentários:
São despesas da empresa:
Salário Bruto R$ 54.000,00
Horas-Extras R$ 8.000,00
Contribuição Previdenciária Patronal R$ 12.400,00
FGTS R$ 6.820,00
Soma R$ 81.220,00.
Gabarito → C.

11 Aplicações Financeiras
11.1 Juros Pré-fixados
Quando o valor dos juros já é conhecido no momento da aplicação (juros pré-fixados), devemos
incluí-los na contabilização, como juros ativos a vencer (ou rendimentos a apropriar ou juros a
apropriar).
Exemplo: A empresa KLS efetuou uma aplicação financeira, no valor de 10.000, com prazo de 5
meses, e irá resgatar 11.000 ao final. Efetue a contabilização:
Na aplicação:
D – Aplicações financeiras (Ativo) 11.000

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C – Juros Ativos a Transcorrer (retificadora do ativo) 1.000


C – Bancos (Ativo) 10.000
Pela apropriação mensal dos rendimentos (vamos usar juros simples, para facilitar os cálculos. Mas
o correto é usar o método exponencial):
D - Juros Ativos a Transcorrer (retificadora do ativo) 200
C – Receitas Financeiras – Juros ativos (Resultado) 200
Ao final dos cinco meses, a conta retificadora do ativo “Juros Ativos a apropriar” está zerada (todo
o seu valor foi transferido para Receita financeira). A contabilização, quando do recebimento, fica
assim:
D – Banco (Ativo) 11.000
C - Aplicações financeiras (Ativo) 11.000
Observação 1: Essa forma de contabilização, com o uso da conta retificadora “Juros a
Transcorrer” é aplicada também no caso de empréstimos ou financiamentos com juros pré-
fixados.
Observação 2: Por que juros ativos a transcorrer não é conta de resultado?
- O que é receita é XXXXXX ativo.
- XXXXXX ativo a vencer não é receita.
- XXXXXX ativo a receber não é receita
- XXXXXX ativo qualquer outra coisa" não é receita.
- O que é receita é XXXXXX ativo (sem mais nada depois de ativo).

11.2 Juros pós–fixados


Neste caso, não sabemos a priori qual será o valor dos rendimentos. Portanto, não usamos a conta
retificadora “juros a transcorrer”.
Exemplo: A empresa KLS efetuou uma aplicação financeira, no valor de 10.000, que irá render a
variação da taxa SELIC, no prazo de 5 meses.
Contabilização: No momento inicial, não sabemos qual será a taxa SELIC. Portanto, a contabilização
será a seguinte:
D – Aplicações financeiras (Ativo) 10.000
C – Bancos (Ativo) 10.000
Após um mês, digamos que a Taxa Selic tenha sido de 1%.
Cálculo dos juros: 10.000 x 1% = 100
Contabilização:
D – Aplicação Financeiras (Ativo) 100
C – Receitas financeiras (Resultado) 100

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Este lançamento se repete mês após mês. Digamos que o valor dos juros, ao final dos 5 meses, seja
de 800. Assim, o valor da conta Aplicação Financeira seria de 10.800. O recebimento da aplicação
deve ser contabilizado assim:
D – Banco (Ativo) 10.800
C - Aplicações financeiras (Ativo) 10.800

11.3 Encargos financeiros


Vamos estudar agora uma importante alteração ocorrida na contabilização dos encargos
financeiros.
Conforme o Pronunciamento CPC 08 – Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e
Valores Mobiliários:
Encargos financeiros são a soma das despesas financeiras, dos custos de transação, prêmios,
descontos, ágios, deságios e assemelhados, a qual representa a diferença entre os valores
recebidos e os valores pagos (ou a pagar) a terceiros.
Assim, os encargos financeiros passam a incluir, além das despesas de juros, todas das despesas (e
receitas) relativas à operação de captação, como taxas e comissões, prêmios recebidos, despesas
com consultores financeiros, auditores, advogados, etc.
Antes tais despesas eram contabilizadas diretamente no resultado.
Atualmente, conforme o “Manual de Contabilidade Societária”, FIPECAFI, 2010, o valor a ser
registrado no momento inicial da captação de recursos junto a terceiros deve corresponder aos
valores líquidos recebidos pela entidade, sendo a diferença entre os valores pagos e a pagar tratada
como encargos financeiros.
Tais encargos devem ser apropriados ao resultado em função do prazo da operação.
Ressaltamos que, no caso de passivo classificado e avaliado pelo valor justo, com contrapartida
diretamente no resultado, os encargos são amortizados na primeira avaliação ao valor justo, e não
ao longo do prazo da operação.

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12 Perdas Estimadas com Créditos de Liquidação


Duvidosa (PECLD) ou Provisão Para Devedores
Duvidosos (PDD)
Sabemos que as empresas, para sobreviver, precisam realizar vendas a prazo. Todavia, nem sempre
ela acaba por receber todo o valor vendido. Se uma entidade do varejo vende, por exemplo, R$
1.000.000,00, é quase certo que ela levará algum calote.
Por isso surge a provisão para devedores duvidosos. Esse nome, contudo, vem sendo substituído
gradativamente em provas.
Embora continue sendo chamada de Provisão, o nome tecnicamente mais correto seria perdas
estimadas com devedores duvidosos, ou, se formos mais rigorosos, perdas estimadas com créditos
de liquidação duvidosa.
A conta perdas estimadas com créditos de liquidação duvidosa é retificadora da
conta clientes/duplicatas a receber.
Uma empresa vendeu R$ 100.000,00 a prazo, e constitui provisão para devedores duvidosos de 3%.
Na venda dos R$ 100.000,00:
D – Clientes (ativo) 100.000,00
C – Receita de vendas (resultado) 100.000,00
Clientes (Ativo) Receita Vendas
100.000,00 100.000,00

Na constituição da provisão para devedores duvidosos:


D – Despesa com provisão para devedores duvidosos (despesa) 3.000,00
C – Provisão para devedores duvidosos (retificadora do ativo) 3.000,00
Despesa com PDD PDD (Ret. Ativo)
3.000,00 3.000,00

Primeira hipótese: perdeu exatamente os R$ 3.000,00 e recebeu R$ 97.000,00.


D – Bancos (ativo) 97.000,00
D - Provisão para devedores duvidosos (retificadora do ativo) 3.000,00
C – Clientes (ativo) 100.000,00
Clientes (Ativo) PDD (Ret. Ativo)
100.000,00 100.000,00 3.000,00 3.000,00

Bancos (Ativo)
97.000,00

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Nesta hipótese, demos baixa em toda a conta clientes. Entrou R$ 97.000,00 no banco e liquidamos
a PDD, como era esperado. O calote foi totalmente absorvido pela provisão.
Segunda hipótese: perdemos somente R$ 2.000,00, recebendo R$ 98.000,00.
D – Bancos (ativo) 98.000,00
D - Provisão para devedores duvidosos (retificadora do ativo) 2.000,00
C – Clientes (ativo) 100.000,00
Clientes (Ativo) PDD (Ret. Ativo)
100.000,00 100.000,00 2.000,00 3.000,00
1.000,00

Bancos (Ativo)
98.000,00

Vejam que sobrou na conta provisão para devedores duvidosos o valor de R$ 1.000,00.
Assim, restam duas possibilidades para a empresa:
1 – Método da complementação:
Complementar o valor que faltar no próximo exercício. Assim, se ela vender R$ 50.000,00 no
exercício seguinte, terá de constituir PDD de R$ 1.500,00 (3% de 50.000,00). Como já temos R$
1.000,00 na conta PDD, constituiremos somente R$ 500,00.
D – Despesa com provisão para devedores duvidosos (despesa) 500,00
C – Provisão para devedores duvidosos (retificadora do ativo) 500,00
Despesa com PDD PDD (Ret. Ativo)
500,00 1.000,00 Saldo Inicial
500,00

2 – Método da reversão:
Reverter o valor que sobrou. Nesta hipótese, havendo sobra no período, revertemos todo o
montante, constituindo nova provisão no exercício subsequente.
D - Provisão para devedores duvidosos (retificadora do ativo) 1.000,00
C – Reversão da PDD (receita) 1.000,00
PDD (Ret. Ativo) Reversão da PDD
2.000,00 3.000,00 1.000,00
1.000,00 1.000,00

E no exercício subsequente
D – Despesa com provisão para devedores duvidosos (despesa) 1.500,00
C – Provisão para devedores duvidosos (retificadora do ativo) 1.500,00
Despesa com PDD PDD (Ret. Ativo)
1.500,00 1.500,00

Terceira hipótese: perdeu R$ 5.000,00, recebendo somente R$ 95.000,00.

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Neste caso, a conta provisão para devedores duvidosos revela-se insuficiente para absorver o
calote. Teremos de lançar uma perda, no resultado do exercício, no valor de R$ 2.000,00.
D – Bancos (ativo) 95.000,00
D – Perdas com clientes (despesa) 2.000,00
D - Provisão para devedores duvidosos (retificadora do ativo) 3.000,00
C – Clientes (ativo) 100.000,00
Clientes (Ativo) PDD (Ret. Ativo) Perda com clientes
100.000,00 100.000,00 3.000,00 3.000,00 2.000,00

Bancos (Ativo)
95.000,00

Mais uma coisa...


Quando a provisão é constituída, nós lançamos:
D – Despesa com PCLD
C – PCLD (redutora ativo)
Posteriormente, se a perda for reconhecida como efetiva, quando o cliente é considerado
incobrável, nós fazemos o seguinte:
D – PCLD
C – Duplicatas a receber
Vejam que, neste lançamento, a conta foi considerada como incobrável. Ocorre que,
posteriormente, o cliente que havia sido considerado incobrável, efetuou o pagamento. Mas já
havíamos dado baixa na conta. O que fazer? Nesta hipótese, lançamos o valor na conta caixa, o
montante recebido, e a contrapartida será uma conta de receita (outras receitas operacionais).
D – Disponível
C – Outras receitas operacionais
No balanço patrimonial, a conta PDD aparece no Ativo, embora tenha saldo credor (é retificadora
do Ativo):
Ativo
Caixa
Bancos
Duplicatas a Receber 100.000
Provisão para Devedores Duvidosos (4.000)

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12. (Consulplan/Exame CFC/2019.2)


A Cia Opção S/A não constitui Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa. Ao realizar a
auditoria da empresa, verificou-se, a partir do aging list, que haviam 550 títulos em atraso,
conforme apresentado a seguir:

Considerando que, após as análises realizadas, o prazo médio de recebimento de clientes é de 120
dias, pode-se afirmar que em decorrência do não provisionamento para os créditos de liquidação
duvidosa:
A) O ativo se encontra subavaliado em R$ 105.900,00.
B) O ativo se apresenta subavaliado em R$ 68.600,00.
C) O auditor deve recomendar a constituição de PCLD no valor de R$ 52.100,00.
D) O auditor deve recomendar a constituição de PCLD no valor de R$ 50.400,00.
Comentários:
De cara, podemos eliminar as letras A e B. Se determinado valor não foi ajustado, então isso implica
dizer que o ativo está superavaliado, e não subavaliado.
O critério adotado pelo examinador merece críticas. Ele simplesmente somou todos os saldos
superiores a 120 dias e somou.
Isso implica dizer que você não receberia qualquer crédito daqueles. Está errado. Seria prudente
fazer uma estimativa razoável e real da situação.
O que o examinador fez foi somar os itens em vermelho:

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O montante total é de R$ 52.100,00, o que dá o gabarito letra c.


Gabarito → C.
13. (Consulplan/Exame CFC/2018.1)
Os seguintes saldos em Duplicatas a Receber e Perdas Estimadas com Créditos de Liquidação
Duvidosa (PECLD) constavam no Ativo Circulante do Balanço Patrimonial de uma Sociedade
Anônima.
Cliente Duplicata a Receber PECLD R$
Cliente A 10.000,00 (200,00)
Cliente B 30.000,00 (1.500,00)
Sabe-se que, após esgotadas diversas tentativas de cobrança sem sucesso, inclusive utilizando-se
de meios judiciais, o departamento jurídico informou ao departamento contábil que havia
evidências significativas e objetivas de que o Cliente B não pagaria a dívida de R$ 30.000,00.
Considerando-se somente as informações apresentadas, e que os relatórios contábil-financeiros
devem representar fidedignamente a realidade econômica da entidade, assinale o valor da perda
incorrida com o Cliente B que a Sociedade Anônima deveria reconhecer no resultado do exercício.
A) R$ 1.500,00.
B) R$ 1.700,00.
C) R$ 28.500,00.
D) R$ 30.000,00.
Comentários:
O gabarito preliminar foi a letra C – R$ 28.500,00.
A douta Banca efetuou o seguinte cálculo:
Valor da duplicata $30.000 – PECLD $1.500 = $28.500.
Ocorre que o cálculo das perdas estimadas com crédito de liquidação duvidosa deve ser analisado
caso a caso, ou seja, é necessária a análise individual do saldo de cada cliente para estimar a Perda
Estimada com Crédito de Liquidação Duvidosa.

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Mas a contabilização das perdas é realizada contra o saldo total da conta PECLD.
Conforme o Manual de Contabilidade Societária, Sérgio de Iudícibus e outros, 3ª Edição, 2018, pg.
52:
“CONTABILIZAÇÃO. A constituição da perda estimada tem como contrapartida contas de despesas
operacionais (Perda Estimada com Crédito de Liquidação Duvidosa – PECLD) (...) Quando um saldo
se torna efetivamente incobrável, ou seja, quando se esgotarem sem sucesso os meios possíveis de
cobrança e uma perda estimada se converte em uma perda certa, sua baixa da conta de cliente
deve ser feita tendo como contrapartida a própria conta de Ajuste.”
Considerando-se somente as informações apesentadas pela questão, a contabilização da PECLD e
com a baixa da duplicata incobrável fica assim:
D – Despesa com Perdas Estimadas com Crédito Incobrável (resultado) 1.700,00
C – Perdas Estimadas com Créditos Incobráveis (ret. Ativo) 1.700,00
A conta PECLD (retificadora do ativo) é constituída pelo valor total de 1700.
Baixa da duplicata do cliente B, no valor de $30.000.
D – PECLD (Ret. Ativo) 1.700,00
D – Despesa com cliente incobrável (Resultado) 28.300,00
C – Duplicatas a receber (Ativo) 30.000,00
Como a duplicata incobrável deve ser baixada contra a conta PECLD e tal conta tinha saldo de
$1.700,00, o valor que a empresa deve reconhecer no resultado é de $ 28.300,00.
Considerando que a questão não apresenta alternativa correta, solicitamos a anulação da questão,
mas a banca não acatou.
Gabarito Preliminar → C.
Gabarito Definitivo → C.

14. (FBC/Exame Suficiência/CFC/2016.2)


Uma Sociedade Empresária apresentava um saldo de R$350.000,00 em Duplicatas a Receber, em
31.12.2015, antes do encerramento do seu Balanço Patrimonial.
Ao proceder a mensuração do valor recuperável dessas duplicatas a receber, a empresa estimou
uma perda no valor recuperável de R$10.500,00.
O lançamento contábil da constituição dessa perda estimada será:
A) Débito: Perdas Estimadas com Contas a Receber – Despesas Comerciais R$10.500,00
Crédito: Perdas Estimadas com Créditos de Liquidação Duvidosa – Clientes R$10.500,00
B) Débito: Custo das Mercadorias Vendidas R$10.500,00
Crédito: Perdas Estimadas com Créditos de Liquidação Duvidosa – Clientes R$10.500,00
C) Débito: Perdas Estimadas com Contas a Receber – Despesas Comerciais R$10.500,00
Crédito: Duplicatas a Receber – Clientes R$10.500,00

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D) Débito: Custo das Mercadorias Vendidas R$10.500,00


Crédito: Duplicatas a Receber – Clientes R$10.500,00
Comentários:
Nosso gabarito, portanto, é letra a:
Débito: Perdas Estimadas com Contas a Receber – Despesas Comerciais R$10.500,00
Crédito: Perdas Estimadas com Créditos de Liquidação Duvidosa – Clientes R$10.500,00
Gabarito → A.

13 Ajuste a Valor Presente


O ajuste a valor presente, chamaremos de AVP, é inovação da Lei 11.638/2007 (que modificou a
contabilidade)? Na verdade, não! A Instrução CVM 64 (hoje sem eficácia) já previa a sua utilização
para companhias abertas.
A Lei 11.638/07 incluiu o tema na Lei 6.404/76 da seguinte forma:
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os
seguintes critérios:

VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão


ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito
relevante. (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007)
Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com
os seguintes critérios:

III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não


circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados
quando houver efeito relevante. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

Elementos Período AVP?


Não circulante Ajustados a valor presente
Ativo
Circulante Se houver efeito relevante
Não circulante Ajustados a valor presente
Passivo
Circulante Se houver efeito relevante

13.1 - Por que utilizar o Ajuste a Valor Presente?


As vendas e as compras, quando feitas a prazo, inserem no valor da operação, juros e encargos
financeiros referentes à remuneração de um capital no futuro.
Assim, a contabilização pelo valor nominal faz com que essas operações sejam demonstradas de
forma superavaliada no Balanço Patrimonial. Fica difícil, também, diferenciar o resultado
financeiro (de juros) do resultado realmente apurado com operações da atividade empresarial. O
ajuste a valor presente (AVP) veio para que possamos dirimir esse problema.

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Assim, se determinada empresa compra mercadorias para pagar daqui a três anos, no montante de
R$ 150.000,00, com encargos de R$ 25.000,00, qual o seu valor presente, isto é, hoje? Resposta: R$
150.000,00 – R$ 25.000,00 = R$ 125.000,00. Lógico que não é tão simples assim, mas segue esta
linha.
Objetivos do ajuste a valor presente:

- Evitar que as demonstrações sejam superavaliadas.


- Diferenciar o resultado financeiro do resultado com as operações da atividade.
Vamos a um exemplo.
Uma empresa pode adquirir um equipamento pelo preço à vista de 100.000 ou em 12 prestações
de 10.000, no total de 120.000.
Sem o ajuste a valor presente (ou seja, segundo a contabilização anterior), teríamos a seguinte
contabilização:
Compra à vista:
D – Imobilizado (equipamento) 100.000
C – Caixa/bancos 100.000
Imobilizado Caixa
100000 100000

Compra a prazo:
D - Imobilizado (equipamento) 120.000
C – Fornecedores (passivo) 120.000
Imobilizado Fornecedores
120000 120000

No segundo caso, a contabilização inclui uma parcela financeira, devido ao pagamento parcelado.
Com isso, o preço do equipamento ficou inflado por despesas financeiras.
Em diversos pronunciamentos do CPC (estoque, imobilizado, intangível), encontramos a seguinte
determinação:
No caso de venda a prazo, os juros e despesas financeiras não devem integrar o
custo do estoque (ou imobilizado, ou intangível). Devem ser apropriados como
despesas financeiras proporcionalmente ao prazo, exceto no caso de
financiamento de ativos qualificáveis.

É isso o que conseguimos com o ajuste a valor presente. No exemplo acima, supondo que o ajuste
seja relevante, a contabilização seria a seguinte:
Compra a prazo (com ajuste a valor presente)
D - Imobilizado (equipamento) 100.000
D – Encargos a transcorrer (Retificadora do Passivo) 20.000

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C – fornecedores (passivo) 120.000


Imobilizado Fornecedores Encargos a transc.
100000 120000 20000

Compare essa contabilização com a realizada para a compra à vista. O ativo fica registrado pelo
mesmo valor, nos dois casos, e a diferença é apropriada como despesa financeira, mês a mês
(supondo uma despesa financeira de 5.000, no primeiro mês):
D – Despesa financeira 5.000
C - Encargos a transcorrer (Retificadora do Passivo) 5.000
Encargos a transc. Despesa finan.
20000 5000 5000

A mensuração contábil a valor presente deve ser aplicada no reconhecimento inicial de ativos e
passivos. Depois disso, não mais se altera, a não ser que haja alguma renegociação, modificando as
condições iniciais.
Vamos ver como é feita a contabilização do AVP?

13.2 Contabilização do Ajuste a Valor Presente.


Aprenderemos a fazer essa contabilização e a entender esses itens através de um pequeno
exemplo. Vejamos:

13.2.1 Exemplo 1 – Contabilização do AVP – Venda a Prazo:


A empresa KLS vendeu mercadorias para receber após 24 meses, no valor de 50.000,00.

Informações adicionais:
Taxa de juros: 2% ao mês = 1,0224 = 1,6084
Valor presente: 50.000/1,6084 = 31.086
Observação: 1,02^24 → leia-se “um virgula zero dois elevado à vigésima quarta potência”.

Juros Compostos
Que operação é essa? São os chamados juros compostos!
E qual a fórmula da matemática financeira para calcular as variáveis?
Valor nominal = Valor presente x (1 + i)n
Onde:
Valor nominal = Valor futuro
Valor presente = Valor hoje
i = Taxa de juros
n = Prazo

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Atenção! A regra é a utilização do método exponencial, composto. O mercado dificilmente


utilizará juros simples. Então, só o faça se a questão assim exigir.

Passo a passo para a resolução:

1) Encontrar o valor nominal (valor de venda), que conterá os juros.


2) Encontrar juros e prazo (que devem estar na mesma unidade).
3) Trazer a valor presente pela fórmula de juros compostos, da matemática financeira:
Valor nominal = Valor presente x (1 + i)n
4) Fazer os lançamentos:
Contabilização:
No momento inicial
D – Contas a Receber (RLP) 50.000
D – Despesa com ajuste a valor presente (Resultado) 18.914
C – Ajuste a VP (ANC – Realizável a LP) 18.914
C – Receita de Vendas (resultado) 50.000
Contas a receber AVP s/ clientes (Desp) AVP (Ret. Ativo)
50.000,00 18.914,00 18.914,00

Receita de vendas
50.000,00

Mês a mês
Passado um mês, há a contabilização de uma receita financeira, apropriada por competência, e
seguindo o método exponencial:
D – Ajuste a VP (RLP) 622
C – Receita Financiamento de vendas (Resultado) 622
AVP (Ret. Ativo) Receita financeira
622,00 18.914,00 622,00

E assim mês a mês, até o recebimento.


Podemos calcular estes juros, para reconhecê-los mês a mês, da seguinte forma:

No mês 1: 31.086,00 x 0,02 = 622.


No mês 2: 31.708 x 0,02 = 634.

Mês Principal Juros Total


1 R$ 31.086,00 R$ 622,00 R$ 31.708,00

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2 R$ 31.708,00 R$ 634,00 R$ 32.342,00


3 R$ 32.342,00 R$ 647,00 R$ 32.989,00
E assim por diante, até reconhecer toda a receita. Essa tabela, ou pelo menos os dados para seu
cálculo, tem que ser fornecida em prova, não se preocupem.
Vamos supor que, após um ano, as condições de mercado se alterem e a taxa de juros passe para
1% ao mês.
Nesse caso, devemos alterar a taxa de juros que será utilizado no restante desta operação? Não. A
taxa de juros é definida no início da operação, e não mais se altera, a não ser que haja uma
renegociação. Naturalmente, as novas operações serão calculadas pela taxa de juros mais
adequada na época do seu reconhecimento.

13.2.2 Exemplo 2 – Compra a Prazo:


A empresa KLS comprou mercadorias para pagar após 24 meses, no valor de R$ 50.000,00.

Informações adicionais:
Taxa de juros: 2% ao mês = 1,0224 = 1,6084
Valor presente: 50.000/1,6084 = 31.086
Contabilização:
No momento inicial:
D – Mercadoria (AC) 31.086
D – Ajuste a valor presente sobre fornecedores (PNC - ELP) 18.914
C – Fornecedores (PNC - ELP) 50.000
Mercadorias (AC) AVP - Fornecedores (Ret. P) Fornecedores (Passivo)
31.086,00 18.914,00 50.000,00

Mês a mês
Após um mês, apropriamos os encargos financeiros:
D – Despesa Financeira – financiamento de compras (resultado) 622
C - Ajuste a valor presente sobre fornecedores (PNC - ELP) 622
AVP - Fornecedores (Ret. P) Despesa financeira
18.914,00 622,00 622,00

Ao final dos 24 meses, a conta “ajuste a valor presente sobre fornecedores” estará zerada, e todo o
seu valor terá sido transferido para resultado.
Notem que não podemos calcular 18.914/24 = R$ 788, e apropriar este valor para todos os meses.
Devemos usar o método exponencial, pois o mercado dificilmente utilizará juros simples para uma
operação de financiamento.
Se alguma banca cobrar este assunto, deverá fornecer a tabela de controle, ou pedir uma
informação que possa ser calculada facilmente (por exemplo, qual o valor apropriado como receita

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financeira no segundo mês? Segundo a tabela acima, será 634. Cálculo: 31.086 x 1,02 = 31.708;
31.708 x 0,02 = 634).
15. (Consulplan/Exame CFC/2019.1)
Em 02/10/20X1, a Sociedade Empresária “A” adquiriu, em condições usuais e taxa de juros
compostos condizentes ao mercado, um imóvel por meio de financiamento para ser liquidado em 6
prestações trimestrais, periódicas, iguais e postecipadas, com a primeira prestação após três meses
da aquisição do imóvel, conforme tabela demonstrada a seguir:

A Sociedade Empresária “A” manterá esse imóvel para uso no fornecimento de suas mercadorias e
espera-se que ele seja utilizado por mais de um período para geração de benefícios futuros e
econômicos à entidade. Com base nas informações apresentadas e, que a Sociedade Empresária
“A”, no reconhecimento inicial, aplicou a Resolução CFC nº 1.151, de 23 de janeiro de 2009 –
Aprova a NBC TG 12 – Ajuste a valor presente, NBC TG 27 (R4) – Ativo imobilizado e Lei nº 6.404/76
(Lei das SAs), assinale os lançamentos contábeis que refletem corretamente, em 02/10/20X1, o
registro do imóvel, das prestações e dos juros no patrimônio da Sociedade Empresária “A”. Admita
que os juros estão embutidos no valor das prestações e que o exercício social da Sociedade
Empresária “A” finda-se em 31 de dezembro de cada ano. A Sociedade Empresária “A” considera
que os lançamentos contábeis aludidos anteriormente apresentam efeito relevante aos usuários
das informações contábeis.

Comentários:
Questão que só tem tamanho, mas é bem tranquila.
O imobilizado deve ser registrado pelo valor à vista. E como achar o valor à vista? Veja que a
questão disse que o valor dos juros está embutido na parcela.

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Assim, é só tirar o juros do valor da parcela e você terá o principal.


Prestação Prestação Juros Principal
1 R$ 25.843,65 R$ 4.200,00 R$ 21.643,65
2 R$ 25.843,65 R$ 3.550,69 R$ 22.292,96
3 R$ 25.843,65 R$ 2.881,90 R$ 22.961,75
4 R$ 25.843,65 R$ 2.193,05 R$ 23.650,60
5 R$ 25.843,65 R$ 1.483,53 R$ 24.360,12
6 R$ 25.843,65 R$ 752,73 R$ 25.090,92
Totais R$ 155.061,90 R$ 15.061,90 R$ 140.000,00

Agora, é só separar. Vão ficar quatro prestações no circulante e duas no não circulante. Note que as
parcelas são trimestrais.
Prestação Prestação Juros Principal
1 R$ 25.843,65 R$ 4.200,00 R$ 21.643,65
2 R$ 25.843,65 R$ 3.550,69 R$ 22.292,96
3 R$ 25.843,65 R$ 2.881,90 R$ 22.961,75
4 R$ 25.843,65 R$ 2.193,05 R$ 23.650,60
Circulante R$ 103.374,60 R$ 12.825,64
5 R$ 25.843,65 R$ 1.483,53 R$ 24.360,12
6 R$ 25.843,65 R$ 752,73 R$ 25.090,92
Não Circulante R$ 51.687,30 R$ 2.236,26

Com isso, chegaremos à seguinte contabilização:

Gabarito → A.

16. (CONSULPLAN/Exame de Suficiência/2018.1)


A Em 06/11/2017, uma Sociedade Empresária vendeu mercadorias para revenda com as seguintes
condições de pagamento:
• 60% do valor da venda foi recebido à vista, em dinheiro.
• O restante do valor da venda foi a prazo, com parcelamento em três prestações mensais, iguais e
consecutivas de R$ 300,00 com a primeira prestação devendo ser quitada um mês após a venda.
Informações adicionais:
• A Sociedade Empresária exigiu o pagamento de 1,2% ao mês de taxa de juros compostos na fatia
que representa a venda parcelada.
• O Custo das Mercadorias Vendidas na transação de venda foi R$ 878,82.
Com base nas informações apresentadas e desconsiderando-se a incidência de impostos, assinale
os lançamentos contábeis que refletem corretamente o registro da venda realizada pela Sociedade
Empresária em 06/11/2017. Admita que os lançamentos contábeis foram efetuados com valores

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aproximados e que a Sociedade Empresária adota o mês comercial de 30 dias em suas vendas
parceladas.

Comentários:
A solução da banca foi a seguinte:
Recebimento a prazo: três prestações mensais, iguais e consecutivas de R$ 300,00, com juros de
1,2% ao mês.
A banca efetuou o ajuste a valor presente para as três prestações.
Parcela Valor Juros Valor Ajustado
1ª 300,00 1,0120 296,44
2ª 300,00 1,0241 292,93
3ª 300,00 1,0364 289,45
Total 900,00 878,82

O valor de $ 878,82 corresponde a 40% da venda.


Venda = $ 878,82 / 40% = $2.197,05
Recebimento a vista = $ 2.197,05 x 60% = $ 1.318,23
Juros a apropriar = $900,00 - $ 878,82 = $21,18
A contabilização fica assim:
D – Caixa – Ativo Circulante 1.318,23
D – Duplicatas a receber – ativo circulante 900,00
C – Receita de vendas – Resultado 2.197,05

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C – Juros a apropriar- ativo circulante 21,18


D – Custo das mercadorias vendidas 878,82
C – Mercadorias para revenda – Ativo Circulante 878,82
Gabarito preliminar: letra A.
Mas vejamos o que diz o CPC 12 – Ajuste a Valor Presente:
21. Os elementos integrantes do ativo e do passivo decorrentes de operações de longo prazo, ou de
curto prazo quando houver efeito relevante, devem ser ajustados a valor presente com base em
taxas de desconto que reflitam as melhores avaliações do mercado quanto ao valor do dinheiro no
tempo e os riscos específicos do ativo e do passivo em suas datas originais.
A Lei 6.404/76 segue a mesma linha:
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:
VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor
presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.
As prestações que vencem em três meses são do Ativo Circulante. Assim, a questão deveria
mencionar que o juste tem efeito relevante. Mas questão é silente quanto à relevância. Se
consideramos que o ajuste a valor presente não deve ser utilizado, a letra C é a correta.
Fizemos uma sugestão de recurso para essa questão. A banca ainda não aceitou.
Gabarito → A

17. (FBC/Exame de Suficiência/2017.1)


Uma Sociedade Empresária efetuou, em 31.12.2015, uma venda no valor de R$40.000,00, para
receber o valor em parcela única, com vencimento em cinco anos.
Caso a venda fosse efetuada à vista, de acordo com opção disponível, o valor da venda teria sido de
R$24.836,85, o que corresponde a uma taxa de juros imputada de 10% ao ano, equivalente à taxa
de juros de mercado.
Considerando-se apenas as informações apresentadas e de acordo com a NBC TG 12 – AJUSTE A
VALOR PRESENTE, o valor contábil atualizado de Contas a Receber decorrente dessa transação de
venda, em 31.12.2016, é de:
a) R$40.000,00.
b) R$36.000,00.
c) R$27.320,54.
d) R$24.836,85.
Comentários:
De acordo com a NBC TG 12 – Ajuste a Valor presente, o valor dos ativos não circulantes DEVEM ser
ajustados a valor presente. Deste modo a contabilização na data venda apresentada será:
D – Clientes R$ 40.000,00
C – Ajuste a valor presente Clientes R$ 15.163,15

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C – Receita de Vendas R$ 24.836,85.


Portanto, o valor líquido de clientes é R$24.836,85. Porém, a questão solicitou o valor contábil
atualizado de Contas a Receber decorrente dessa transação de venda, em 31.12.2016, isto é, um
ano após a venda. Para encontramos o valor atualizado bastar multiplicar esse valor por (1+0,10),
visto que a taxa de juros anual é de 10%.
Valor Atualizado = 24.836,85 x 1,10 = R$27.320,54
Gabarito → C.

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14 Resumo Dos Pontos Abordados Nesta Aula


1 - Na contabilidade, como trabalhamos com o regime de competência, a receita de venda deve ser
reconhecida na entrega da mercadoria, independentemente do recebimento, pois, neste
momento, há a transferência da titularidade (a chamada tradição).
2 - A conta duplicatas descontadas hoje é uma conta do passivo exigível. Antigamente, o
entendimento é que ela fazia parte das contas retificadoras do ativo. Os encargos financeiros, por
seu turno, ficam retificando a conta duplicatas descontadas.
3 - O recebimento em cheque é realizado através da tesouraria, ou seja, da conta caixa. Todavia, o
pagamento em cheque é feito através de crédito na conta bancos conta movimento.
4 - Sempre que o valor total da carga de juros for conhecido quando da apropriação do
empréstimo, lançaremos como encargos financeiros a transcorrer.
5 - A conta encargos financeiros a transcorrer registra não só o valor dos juros, mas quaisquer
despesas incorridas e diretamente relacionadas à captação dos recursos, devendo ser apropriada
pelo regime de competência.
6 - Os encargos financeiros têm como contrapartida conta de despesa, exceto no caso de ativos
qualificáveis.
7 - Agora, os juros sobre capital próprio têm o mesmo tratamento que possuem os dividendos.
8 - A conta depósitos judiciais é uma conta do ativo.
9 - Os salários são registrados como despesa da empresa. O mesmo tratamento deve ser dado às
contribuições e encargos trabalhistas que sejam ônus do empregador.
10 – As empresas descontam dos funcionários a contribuição previdenciária sobre o salário
recebido, e posteriormente repassa o valor para o INSS. Não é despesa da empresa. Essa parcela do
recolhimento ao INSS é devida pelo empregado. A empresa apenas desconta e repassa.
11 - O salário família e maternidade são pagos pela empresa, porém, restituídos à empresa pelo
Estado! O lançamento do salário-família e salário-maternidade se dá do seguinte modo:
D – INSS a recolher (passivo circulante)
C – Salários a pagar (passivo circulante)
12 – O FGTS também é encargo da empresa. Corresponde a 8% do valor do salário.
13 - A seguir, o valor do salário mínimo de anos recentes:
Data Valor mensal
01.01.2019 R$ 998,00
01.01.2018 R$ 954,00

14 - Quanto ao vale transporte, funciona da seguinte forma: a empresa paga o valor que o
funcionário gasta com transporte público (ônibus, metrô) e desconta 6% do salário do funcionário.

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15- Ajuste a valor presente:

Elementos Período AVP?


Não circulante Ajustados a valor presente
Ativo
Circulante Se houver efeito relevante
Não circulante Ajustados a valor presente
Passivo
Circulante Se houver efeito relevante

15 Questões Comentadas Nesta Aula


1. (FBC/Exame de Suficiência/2017.1)
Em 10.1.2017, uma Sociedade Empresária celebrou um contrato para venda de 100 unidades de
uma determinada mercadoria pelo valor total de R$50.000,00. Conforme demonstrado a seguir, o
contrato estabeleceu o cronograma para entrega das mercadorias e recebimento das vendas, o que
foi integralmente cumprido.

Não existe efeito relevante na operação que justifique a consideração do ajuste a valor presente.
Por ocasião das entregas, todas as condições estabelecidas na NBC TG 47 – RECEITA DE CONTRATO
COM CLIENTE, necessárias para o reconhecimento da Receita, são satisfeitas.
Os registros contábeis são realizados diariamente e os ajustes, ao final de cada mês.
Desconsiderando-se os efeitos tributários e com base na NBC TG 47 – RECEITA DE CONTRATO COM
CLIENTE, o valor da Receita dessa operação, a ser reconhecido em janeiro de 2017, é de:
a) R$5.000,00.
b) R$10.000,00.
c) R$25.000,00.
d) R$50.000,00.
2. (Consulplan/Exame CFC/2018.1)
A empresa Exemplo Ltda. obtém um empréstimo bancário em uma instituição financeira, no valor
de R$ 120.000,00, a ser pago em 120 parcelas de R$ 1.000,00. O primeiro pagamento será efetuado
no prazo de 30 dias, e os demais seguirão nos meses seguintes. A empresa efetua o registro
contábil da operação de empréstimo na data da operação.
Qual o efeito do registro contábil na data da operação?
A) Diminui o Ativo.

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B) Mantém inalterado o Ativo.


C) Altera o resultado do Exercício.
D) Mantém inalterado o Patrimônio Líquido da empresa.
3. (FBC/Perito Contábil/2017)
Os sócios da empresa X discordaram do contador sobre a data de início de capitalização do custo de
um empréstimo para produção de um ativo qualificável, conforme recomenda a NBC TG 20 (R1). O
empréstimo foi obtido em 1º/4/20XX e a obra foi iniciada em 1º/6/20XX. O contador iniciou a
capitalização do custo a partir de 1º/4/20XX, quando ainda não havia obra. Como não houve acordo
entre os sócios e o contador, um perito contábil foi contratado para apresentar um parecer à
diretoria da firma X informando a data inicial em que o custo deveria ser capitalizado. Com base
neste enunciado, assinale a opção que indica a partir de que data deveria ocorrer a capitalização do
custo do empréstimo.
a) O parecer técnico-contábil do perito contábil deve certificar que o custo de empréstimo deve ser
capitalizado a partir da data do empréstimo, 1º/4/20XX.
b) O parecer técnico-contábil do perito contábil deve afirmar que o custo de empréstimo deve ser
capitalizado a partir da data do início da obra, 1º/6/20XX.
c) O parecer técnico-contábil do perito contábil deve afirmar que o custo de empréstimo pode ser
capitalizado a partir de quaisquer das datas, pois norma não interfere nessa decisão.
d) O parecer técnico-contábil do perito contábil deve recomendar à diretoria não capitalizar o custo
do empréstimo porque a norma determina que ele seja levado ao resultado.
4. (Consulplan/COFEN/Contabilidade/2011)
Considere o fato administrativo: “Pagamento de uma duplicata ao Sr. Pedro Paulo, no valor de
R$10.000, com 10% de desconto.” O desconto deverá aparecer:
a) Creditado em uma conta de receita.
b) Debitado em uma conta de receita.
c) Debitado em uma conta de despesa.
d) A única conta a ser creditada será a conta caixa.
e) Omisso no lançamento contábil.
5. (FBC/Exame de Suficiência/2017.1)
Em 31.1.2017, uma Sociedade Empresária recebeu de cliente o valor de R$10.000,00, a título de
adiantamento de serviços a serem prestados durante o mês de fevereiro.
No dia 28.2.2017, a Sociedade Empresária concluiu os serviços e emitiu uma Nota Fiscal de
Prestação de Serviços no valor de R$9.200,00. Na mesma data, devolveu ao cliente, em dinheiro, o
valor de R$800,00.
Considerando-se apenas as informações apresentadas e desconsiderando-se a incidência de
tributos, entre as opções apresentadas indique o lançamento contábil realizado pela Sociedade
Empresária que reflete o registro da transação ocorrida em 28.2.2017.

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6. (FBC/Exame de Suficiência/2011.1)
Os adiantamentos de clientes são registrados como:
a) crédito em conta de Receitas .
b) crédito em conta de Passivo.
c) débito em conta de Ativo.
d) débito em conta de Passivo.
7. (FBC/Exame de Suficiência/2013.1)
Uma sociedade empresária, atuante no ramo de locação de máquinas pesadas, alugou, em 2 de
janeiro de 2013, uma de suas máquinas, no valor de R$1.500,00, ao mês, pelo prazo de 24 meses. A
sociedade empresária recebeu o valor total na data da assinatura do contrato, e registra suas
transações obedecendo ao Princípio da Competência.
A transação acima resultou em um acréscimo de:
a) R$18.000,00 no Ativo Circulante.
b) R$18.000,00 no Ativo não Circulante.
c) R$36.000,00 no Ativo Circulante.
d) R$36.000,00 no Ativo não Circulante.
8. (FBC/Exame de Suficiência/2017.1)
Uma Sociedade Empresária apresentou os seguintes dados relacionados à folha de pagamento
mensal:

Informações adicionais:
Para este caso, deve-se desconsiderar a incidência de outros componentes de remuneração ou de
encargos sociais.

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Esta situação não está enquadrada entre os casos de desoneração da folha de pagamento.
A Sociedade Empresária realiza as apropriações dos fatos, inclusive dos ajustes de saldos para
conciliar com as guias emitidas para recolhimento, dentro do próprio mês de competência.
Os pagamentos são realizados no mês subsequente.
Considerando-se apenas as informações apresentadas, assinale a opção que contém,
respectivamente, o valor do INSS, enquadrado no grupo Despesas com Pessoal, e o de INSS a
Recolher, enquadrado no grupo Salários e Encargos Sociais.
a) R$4.000,00 e R$4.000,00.
b) R$4.000,00 e R$5.600,00.
c) R$5.600,00 e R$4.000,00.
d) R$5.600,00 e R$5.600,00.
9. (FBC/Exame de Suficiência/2011.1)
Uma empresa elaborou folha de pagamento, que será paga até o quinto dia do mês subsequente, e
enviou para ser contabilizada. A folha continha os seguintes dados:
Descrição Valor
Remuneração dos empregados R$100.000,00
INSS retido dos segurados R$11.000,00
INSS patronal R$20.000,00
A contabilização dessa folha resultará em um aumento no Passivo no valor de:
a) R$100.000,00.
b) R$109.000,00.
c) R$120.000,00.
d) R$131.000,00.
10. (Consulplan/Exame CFC/2019.2)
A Gerência de Recursos Humanos de uma Sociedade Empresária, após a apuração das horas
trabalhadas de seu empregado no mês de abril de 2018, elaborou a folha de pagamentos do mês
para ser paga no 5º dia útil do mês de maio, da qual foram extraídos os seguintes dados:
Parcelas Valores
Salário-Base do mês 04/18 R$ 1.800,00
15 horas extras pagas em dobro R$ 245,40
INSS – parte do empregado R$ 224,99
Vale Transporte – parte do empregado R$ 130,00
FGTS do mês R$ 163,63
Vale Transporte – parte da empresa R$ 240,00

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Após verificar que não havia saldos de períodos anteriores, com base nos dados apresentados e
acatando o regime de competência de exercícios, o saldo líquido da conta “Salários a Pagar” da
Sociedade Empresária, em 30 de abril de 2018, é de:
A) R$ 1.450,41
B) R$ 1.690,41
C) R$ 1.766,78
D) R$ 1.930,41
11. (FBC/Exame CFC/2012.2)
A folha de pagamento era representada pelos seguintes itens em um determinado período:
Salário Bruto R$ 54.000,00
Horas-Extras R$ 8.000,00
Contribuição Previdenciária Patronal R$ 12.400,00
Contribuição Previdenciária de Empregados R$ 4.960,00
FGTS R$ 6.820,00
Ao contabilizar essa folha de pagamento, o Departamento de Contabilidade terá de registrar
despesas no valor de:
a) R$73.780,00.
b) R$74.400,00.
c) R$81.220,00.
d) R$86.180,00.
12. (Consulplan/Exame CFC/2019.2)
A Cia Opção S/A não constitui Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa. Ao realizar a
auditoria da empresa, verificou-se, a partir do aging list, que haviam 550 títulos em atraso,
conforme apresentado a seguir:

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Considerando que, após as análises realizadas, o prazo médio de recebimento de clientes é de 120
dias, pode-se afirmar que em decorrência do não provisionamento para os créditos de liquidação
duvidosa:
A) O ativo se encontra subavaliado em R$ 105.900,00.
B) O ativo se apresenta subavaliado em R$ 68.600,00.
C) O auditor deve recomendar a constituição de PCLD no valor de R$ 52.100,00.
D) O auditor deve recomendar a constituição de PCLD no valor de R$ 50.400,00.
13. (Consulplan/Exame CFC/2018.1)
Os seguintes saldos em Duplicatas a Receber e Perdas Estimadas com Créditos de Liquidação
Duvidosa (PECLD) constavam no Ativo Circulante do Balanço Patrimonial de uma Sociedade
Anônima.
Cliente Duplicata a Receber PECLD R$
Cliente A 10.000,00 (200,00)
Cliente B 30.000,00 (1.500,00)
Sabe-se que, após esgotadas diversas tentativas de cobrança sem sucesso, inclusive utilizando-se
de meios judiciais, o departamento jurídico informou ao departamento contábil que havia
evidências significativas e objetivas de que o Cliente B não pagaria a dívida de R$ 30.000,00.
Considerando-se somente as informações apresentadas, e que os relatórios contábil-financeiros
devem representar fidedignamente a realidade econômica da entidade, assinale o valor da perda
incorrida com o Cliente B que a Sociedade Anônima deveria reconhecer no resultado do exercício.
A) R$ 1.500,00.
B) R$ 1.700,00.
C) R$ 28.500,00.
D) R$ 30.000,00.
14. (FBC/Exame Suficiência/CFC/2016.2)
Uma Sociedade Empresária apresentava um saldo de R$350.000,00 em Duplicatas a Receber, em
31.12.2015, antes do encerramento do seu Balanço Patrimonial.
Ao proceder a mensuração do valor recuperável dessas duplicatas a receber, a empresa estimou
uma perda no valor recuperável de R$10.500,00.
O lançamento contábil da constituição dessa perda estimada será:
A) Débito: Perdas Estimadas com Contas a Receber – Despesas Comerciais R$10.500,00
Crédito: Perdas Estimadas com Créditos de Liquidação Duvidosa – Clientes R$10.500,00
B) Débito: Custo das Mercadorias Vendidas R$10.500,00
Crédito: Perdas Estimadas com Créditos de Liquidação Duvidosa – Clientes R$10.500,00
C) Débito: Perdas Estimadas com Contas a Receber – Despesas Comerciais R$10.500,00
Crédito: Duplicatas a Receber – Clientes R$10.500,00
D) Débito: Custo das Mercadorias Vendidas R$10.500,00

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Crédito: Duplicatas a Receber – Clientes R$10.500,00


15. (Consulplan/Exame CFC/2019.1)
Em 02/10/20X1, a Sociedade Empresária “A” adquiriu, em condições usuais e taxa de juros
compostos condizentes ao mercado, um imóvel por meio de financiamento para ser liquidado em 6
prestações trimestrais, periódicas, iguais e postecipadas, com a primeira prestação após três meses
da aquisição do imóvel, conforme tabela demonstrada a seguir:

A Sociedade Empresária “A” manterá esse imóvel para uso no fornecimento de suas mercadorias e
espera-se que ele seja utilizado por mais de um período para geração de benefícios futuros e
econômicos à entidade. Com base nas informações apresentadas e, que a Sociedade Empresária
“A”, no reconhecimento inicial, aplicou a Resolução CFC nº 1.151, de 23 de janeiro de 2009 –
Aprova a NBC TG 12 – Ajuste a valor presente, NBC TG 27 (R4) – Ativo imobilizado e Lei nº 6.404/76
(Lei das SAs), assinale os lançamentos contábeis que refletem corretamente, em 02/10/20X1, o
registro do imóvel, das prestações e dos juros no patrimônio da Sociedade Empresária “A”. Admita
que os juros estão embutidos no valor das prestações e que o exercício social da Sociedade
Empresária “A” finda-se em 31 de dezembro de cada ano. A Sociedade Empresária “A” considera
que os lançamentos contábeis aludidos anteriormente apresentam efeito relevante aos usuários
das informações contábeis.

16. (CONSULPLAN/Exame de Suficiência/2018.1)


A Em 06/11/2017, uma Sociedade Empresária vendeu mercadorias para revenda com as seguintes
condições de pagamento:
• 60% do valor da venda foi recebido à vista, em dinheiro.

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• O restante do valor da venda foi a prazo, com parcelamento em três prestações mensais, iguais e
consecutivas de R$ 300,00 com a primeira prestação devendo ser quitada um mês após a venda.
Informações adicionais:
• A Sociedade Empresária exigiu o pagamento de 1,2% ao mês de taxa de juros compostos na fatia
que representa a venda parcelada.
• O Custo das Mercadorias Vendidas na transação de venda foi R$ 878,82.
Com base nas informações apresentadas e desconsiderando-se a incidência de impostos, assinale
os lançamentos contábeis que refletem corretamente o registro da venda realizada pela Sociedade
Empresária em 06/11/2017. Admita que os lançamentos contábeis foram efetuados com valores
aproximados e que a Sociedade Empresária adota o mês comercial de 30 dias em suas vendas
parceladas.

17. (FBC/Exame de Suficiência/2017.1)


Uma Sociedade Empresária efetuou, em 31.12.2015, uma venda no valor de R$40.000,00, para
receber o valor em parcela única, com vencimento em cinco anos.
Caso a venda fosse efetuada à vista, de acordo com opção disponível, o valor da venda teria sido de
R$24.836,85, o que corresponde a uma taxa de juros imputada de 10% ao ano, equivalente à taxa
de juros de mercado.
Considerando-se apenas as informações apresentadas e de acordo com a NBC TG 12 – AJUSTE A
VALOR PRESENTE, o valor contábil atualizado de Contas a Receber decorrente dessa transação de
venda, em 31.12.2016, é de:
a) R$40.000,00.

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b) R$36.000,00.
c) R$27.320,54.
d) R$24.836,85.

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16 Gabarito Das Questões Comentadas Nesta Aula

QUESTÃO GABARITO
1 B
2 D
3 A
4 A
5 B
6 B
7 C
8 B
9 C
10 B
11 C
12 C
13 C
14 A
15 A
16 A
17 C

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