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Cecilia Czepak, Escola de Agronomia/UFGl; Paula G. Marçon, Marcelo Lima, Rafael Ferreira Silvério e Janayne Rezende,
Agbitech; Matheus Le Senechal Nunes, Escola de Agronomia/UFGl
Outra praga que precisa de forma urgente ser abordada em um contexto amplo
em relação ao MIP é a Spodoptera frugiperda. Além de ser um problema sério em
gramíneas em geral e mais especificamente em milho, essa praga tem se tornado
frequente em outras culturas como algodão, soja, tomate, feijão, dentre outras. As
perspectivas futuras em relação à seriedade desta praga são assustadoras devido à sua
alta capacidade de adaptação e à rápida evolução de populações cada vez mais
resistentes, até mesmo a tecnologias de última geração como as cultivares que
expressam proteínas Bt. Neste alarmante contexto, a única alternativa viável e
sustentável será, sem sombra de dúvida, a adoção de programas de Manejo Integrado de
Pragas, tendo o controle biológico como uma ferramenta alicerce e indispensável.
Com certeza os inseticidas químicos não são e nunca serão a solução definitiva
para o controle de pragas. As ferramentas químicas precisam ser vistas apenas como
uma das várias ferramentas do Manejo Integrado de Pragas, pois para a boa convivência
com estas "super lagartas" é essencial a integração de várias táticas de controle. Da
mesma forma, o controle biológico não deve ser usado como uma prática isolada, sendo
imprescindível que seja inserido dentro de um programa de Manejo de pragas. Neste
sentido, o controle biológico deve ser utilizado de forma “contínua e integrada” a outras
táticas de controle usualmente adotadas pelos produtores. Para tal, deve ser de fácil
acesso, principalmente em relação à oferta e ao custo, duas questões historicamente
limitantes que estão aos poucos sendo superadas por empresas comprometidas com o
desenvolvimento e manufatura destes produtos.