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Videogames: entre os benefícios à saúde dos jogadores e o controle do vício.

Durante o filme “jogador n°1”, é descrito a vivência de um jovem de periferia que, ao entrar
em contato com um videogame, simula a sua rotina e utiliza-o como fuga da realidade.
Paralelo a isso, fora da ficção, é nítido que os adeptos desse hábito negligenciam o controle do
vício, ocasionando danos a integridade física e mental, além dos impactos nas relações sociais.
Logo, embora essa atividade traga benefícios à saúde dos jogadores, deve haver uma discussão
acerca do seu uso excessivo.

Primeiramente, vale ressaltar os benefícios dos videogames. A partir da década de 90, as


transformações do meio tecnológico emergiram com alta velocidade, alterando o cenário
histórico-social e atribuindo novas ferramentas de entretenimento. Sob esse viés, nota-se a
melhora cognitiva a partir dos games, haja visto que esses estimulam o raciocínio rápido, a
concentração e incentivam a construção de diversas estratégias dentro do mundo virtual. Por
conseguinte, o uso moderado dos jogos, entretém e aprimora diversos campos psíquicos.
Assim, a utilização disciplinada é benéfica, dado que afeta positivamente seus praticantes.

Entretanto, é imperioso enfatizar que a prática desenfreada corrobora para a persistência do


óbice. Segundo a filósofa Hanna Arendt, o conceito “banalidade do mal” designa uma
alienação através de atos prejudiciais que tornam-se cotidianos, gerando a perda da
consciência crítica. Sob essa ótica, jovens e adolescentes permanecem alheios aos malefícios
advindos do uso demasiado desses dispositivos, uma vez que ignoram os cuidados necessários
para uma vida saudável. Consequentemente, a ausência de atividades físicas, favorecem a
manifestação de doenças, por exemplo, a obesidade. Desse modo, os benefícios dos
videogames são incoerentes com a ausência do controle do vício.

Portanto, fica evidente a dicotomia relacionada ao uso das novas tecnologias, que, por um
lado, incentivam a criatividade e a habilidade, todavia, provocam enfermidades e a perda do
senso crítico. Dessa maneira, é dever dos jogadores estabelecer regras em suas rotinas,
visando a prática saudável e evitando a obsessão pelos jogos. Dessa forma, combatendo o
cenário apresentado na obra cinematográfica e enfrentando a realidade.

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