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Introdução
O dia 3 de Junho, é o Dia da Conscientização Contra a Obesidade Mórbida Infantil. Com a
conscientização, vem à luta contra as causas deste mal que assola crianças e jovens ao redor do mundo,
como a má alimentação e o sedentarismo. Atualmente, é impossível pensar em jovens e sedentarismo e não
pensar em videogames, devido à má fama formada por anos de mídia unindo os fatos e propagando que os
jogos são os inimigos de uma vida menos sedentária, mas será que realmente os games são os inimigos
nessa história? Com os avanços tecnológicos e as inúmeras novas formas de se jogar, até onde o virtual está
atrapalhando a vida saudável?
Os jogos eletrônicos deixaram de ser exclusivamente uma brincadeira infantil, divertindo jovens e
adultos. Mas ficar sentado em frente à televisão durante horas leva muita gente ao sedentarismo. Com a
evolução da tecnologia de entretenimento, alguns videogames simulam a prática de esportes como tênis,
futebol, boxe e outros jogos ensinam até a dançar e dão aula de ginástica localizada. Apesar de terem
estímulo corporal e mental, esses jogos não devem substituir os exercícios físicos.
Desenvolvimento
Atualmente, dois assuntos têm ganhado relevância no meio acadêmico: os jogos eletrônicos e o
sedentarismo. Os jogos eletrônicos têm implicado discussões acerca do seu uso. Uns o apontam como
instrumento social que possibilita o desenvolvimento de habilidades cognitivas e motoras e outros o
atribuem como um dos principais aliados do sedentarismo. Este, por sua vez, é considerado como um dos
principais fatores para o desenvolvimento de doenças crônicas degenerativas, tais quais: diabetes, cardíacas,
artrose, dentre outras. A falta ou considerável diminuição na realização de atividades físicas causa vários
males para o indivíduo, assim como a falta de acessibilidade a locais e saberes científicos para a realização
adequada desses exercícios físicos. O acesso aos videogames que tanto desperta encanto as crianças e
adolescentes também nos interessa, tendo em vista que os exergames (Os exergames são jogos eletrônicos
que captam e virtualizam os movimentos reais dos usuários), representam um considerável avanço
tecnológico em relação à prática de exercícios físicos em casa, pelo fato de nesses jogos o usuário poder
realizar movimentos “imitando” situações reais de determinado manifestação humana, como o esporte, as
lutas e as danças, por exemplo.
É claro que nada disso substitui a experiência real, mas para um povo que estava beirando a parada
total, a prática de simulação de atividades físicas já é algo notável. Essa nova leva de aparelhos mostrou-se
responsável por uma redução na taxa de obesidade em jovens e até adultos nos últimos anos e a tendência é
que esse valor melhore. Mas, é claro, tudo depende da iniciativa.
Muitas modalidades virtuais proporcionam grandes gastos calóricos. Mas a equipe de professores de
educação física do Programa de Melhoria da Qualidade de Vida, o Geração Saúde, é unânime em afirmar
que os esportes virtuais não são considerados exercícios físicos, e sim atividades. “O exercício físico é
orientado por um profissional, que, por exemplo, corrige movimentos errados. A atividade física é livre,
assim como qualquer movimento no cotidiano”, explica o coordenador Rodrigo Rocha.
O tipo de jogo a ser escolhido, principalmente para crianças e adolescentes, deve estimular não só o
movimento, mas também o aprendizado por trás da atividade. “Academias de artes marciais, por exemplo,
procuram formar o caráter e disciplinam através de um professor orientando. E alguns jogos de luta podem
não ensinar isso, portanto é preciso cuidado”, alerta o professor Anderson Correia.
Jogadores infantis – A atenção com os pequenos jogadores deve ser maior. “Os jogos podem ajudar
as crianças a sair do sedentarismo. Elas são estimuladas a se movimentarem mais e até despertam a vontade
de praticar aquele esporte. Se ela começa a jogar em casa e tem essa vivência, passam a querer pratica-lo
também ao ar livre”, argumenta o professor Alexandre Nunes.
Além do cuidado em escolher jogos que estimulam o aprendizado e tenha caráter educativo, os pais
devem ficar atentos para os filhos não se perderem no meio de tanta diversão. “A criança pode ficar horas na
frente da televisão e acabar se esquecendo de comer, dormir, se hidratar, portanto precisa de orientação para
não se dispersar nesse mundo virtual”, recomenda Rodrigo.
Conclusão
Desde o princípio o sedentarismo foi uma questão de querer ou não ser sedentário. Sempre há a
oportunidade de se fazer alguma atividade física, algo que tire a pessoa de seu ciclo rotineiro sem
condicionamento físico adequado, mas por vezes a preguiça ou a falta de vontade se mostra superior ao
ímpeto de melhorar a própria qualidade de vida.
Usando os mesmos exemplos previamente citados, temos o Kinect. Ele permite ao jogador
manipular toda a interface do Xbox 360 com gestos, okay, mas o que garante que o jogador o fará? Ele pode
muito bem continuar usando o controle e ficar no seu sofá. O mesmo pode ser feito em muitos jogos do Wii,
fazendo movimentos leves com a mão sem a menor imersividade com a proposta dos títulos.
Mesmo que os aparelhos não existissem, voltando trinta anos no tempo, foi uma opção das crianças
ficarem dentro de suas casas e dispensarem as brincadeiras na rua. Os corpos são nossos e não podemos
atribuir a qualquer lazer ou luxo a culpa por não termos o condicionamento que esperamos. É tudo uma
questão de gerenciamento de tempo, rotina, alimentação e prioridades.
Mas é claro que certos conceitos vão demorar para serem quebrados.
Bibliografia
SITES: http://www.gameblast.com.br/2013/06/obesidade-e-sedentarismo-os-jogos-sao-o.html
http://www.blog.saude.gov.br/promocao-da-saude/31598-jogos-eletronicos-simulam-exercicios-
fisicos-mas-nao-devem-substituir-a-pratica-real.html
http://www.efdeportes.com/efd199/sedentarismo-na-adolescencia-versus-jogos-eletronicos.htm