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ISSN 2595-3516 77

A importância da nanotecnologia e do
uso da coenzima Q10 em tratamentos
antienvelhecimento

Jessica Cristina Carlos de SANTANA1


Danila Aparecida Buoro SCATOLIN2
Resumo: Ainda que a utilização da nanotecnologia no setor cosmético seja
relativamente nova, ela tem oferecido muitos resultados positivos e satisfatórios
e os investimentos nessa área têm crescido gradativamente. Considerando que o
envelhecimento se tornou uma preocupação de grande parte da sociedade e que
o principal causador do envelhecimento são os radicais livres, faz-se importante
o uso da coenzima Q10 em um sistema nanoestruturado, que terá por finalidade
agir como um potente antioxidante, capaz de atingir as camadas mais profundas
da pele. O objetivo deste trabalho, por meio de revisão de literatura, foi realizar
uma abordagem sobre a importância do uso da nanotecnologia e da coenzima
Q10 em tratamentos antienvelhecimento, bem como sobre seu mecanismo de
ação. Foi realizado um levantamento bibliográfico a partir de livros pertencentes
ao Claretiano – Centro Universitário e de artigos científicos acessados em bases
de dados, como Google Acadêmico, SCIELO, entre outras, publicados no período
de 2005 a 2015. O uso da coenzima Q10 (substância altamente antioxidante)
em cosméticos antienvelhecimento tem se tornado frequente devido à sua ação
contra os radicais livres. No entanto, em função de constituir uma molécula
muito grande, é necessário que sejam utilizados métodos nanotecnológicos para
que sua dimensão possa ser reduzida, a fim de que, consequentemente, a CoQ10
consiga permear as camadas da pele, atingindo a camada-alvo (derme).

Palavras-chave: Nanotecnologia. Envelhecimento. Coenzima Q10.

1
Jessica Cristina Carlos de Santana. Bacharelanda em Estética pelo Claretiano – Centro Universitário.
E-mail: <jessica_jccs@hotmail.com>.
2
Danila Aparecida Buoro Scatolin. Mestra em Ciências Farmacêuticas pela Faculdade de
Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP),
campus de Araraquara. Especialista em Farmácia Hospitalar Oncológica pelo Centro Universitário
Herminio Ometto de Araras (UNIARARAS). Especialista em MBA Cosmetologia pela
Universidade Brasil (UNIVBRASIL). Bacharel em Farmácia Industrial pelo Centro Universitário
Herminio Ometto de Araras (UNIARARAS). Docente do Claretiano – Centro Universitário.
E-mail: <danilascatolin@claretianorc.com.br>.

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The importance of nanotechnology and the use


of coenzyme Q10 in anti-aging treatments

Jessica Cristina Carlos de SANTANA


Danila Aparecida Buoro SCATOLIN
Abstract: Since the use of nanotechnology in the cosmetic sector is relatively
new, although it has offered many positive and satisfactory results, investments
in this area have gradually increased. Considering that aging has become a
major concern of society and that the main cause of aging are free radicals, it is
important to use coenzyme Q10 in a nanostructured system in cosmetics, which
will act as a potent antioxidant, Able to reach the deeper layers of the skin. The
aim of this work was to evaluate the importance of the use of nanotechnology
and coenzyme Q10 in antiaging treatments as well as its mechanism of action.
A bibliographic survey was carried out through books belonging to the Claretian
College and scientific articles accessed in the Google Academic, SCIELO and
other databases, published between 2005 and 2015. The use of coenzyme Q10
(highly antioxidant substance) in anti-aging cosmetics has become frequent due
to its action against free radicals and other benefits, however, because it has a very
large characteristic molecule, it is necessary to use methods Nanotechnology so
that its size can be reduced and consequently cause CoQ10 to permeate the layers
of the skin, reaching the target layer (derm).

Keywords: Nanotechnology. Aging. Coenzyme Q10.

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1.  INTRODUÇÃO

A nanotecnologia é uma tecnologia relativamente nova e tem


sido muito utilizada para o desenvolvimento de medicamentos,
produtos terapêuticos e cosméticos, em especial os cosméticos an-
tienvelhecimento (MORGANTI, 2010).
Atualmente, a indústria vem investindo cada vez mais em
produtos nanotecnológicos. Esse tipo de tecnologia visa oferecer
uma melhor aceitação do consumidor em relação ao produto final,
pois possibilita aumentar a permeação de ativos bem como a per-
formance dos produtos (DAUDT et al., 2013).
Além do uso médico e cosmético, a nanotecnologia também
é utilizada para produção de diversos produtos presentes em nos-
so cotidiano, com o objetivo de reforçar determinadas matérias-
-primas; nanotubos de carbono, por exemplo, são muito utilizados
em quadros de bicicleta, raquetes de tênis, entre outras aplicações
(DELOUISE, 2012).
Como essa tecnologia possibilita organizar e manejar os ma-
teriais em escala nanométrica, acaba se tornando uma área multi-
disciplinar, inserida em diversos campos de pesquisa (BARIL et
al., 2012).
Na área cosmética, os principais sistemas utilizados para na-
noencapsulação de princípios ativos em cosméticos são nanoesfe-
ras, nanocápsulas, nanopartículas lipídicas, lipossomas, niossomas
e microemulsões (DAUDT et al., 2013).
Segundo Morganti (2010), as nanopartículas, quando usadas
em produtos cosméticos, têm como objetivo encapsular uma am-
pla quantidade de ativos que beneficiam a pele e anexos em geral.
Sendo assim, ao se utilizar essa tecnologia, o potencial de ação dos
produtos é ampliado consideravelmente. As nanopartículas tam-
bém possibilitam aperfeiçoar as propriedades físico-químicas das
emulsões e oferecer cuidados para prevenção do envelhecimento,
bem como para acne, inflamações, psoríase, micoses, entre outras
afecções (BAHAMONDE et al., 2015).

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A permeação dos ativos na pele é totalmente influenciada


pelo tamanho das partículas e/ou moléculas, ou seja, quanto menor
a dimensão do ativo, maior sua capacidade de permeação na pele
(MORGANTI, 2010). Pode-se dizer também que a espessura da
pele e a dimensão do folículo piloso podem variar de indivíduo
para indivíduo e em determinadas áreas do corpo, portanto essas
diferenças podem certamente influenciar na permeação das nano-
partículas (DELOUISE, 2012).
A preocupação da sociedade com a saúde e a beleza tem au-
mentado a cada dia que passa, e a busca por produtos antienvelhe-
cimento, em especial os de uso tópico, tem ampliado (SHARMA;
SHARMA, 2012).
Um dos ativos cosméticos que atualmente tem sido muito
utilizado na prevenção do envelhecimento é a coenzima Q10, ou
ubiquinona, um ativo lipossolúvel com ação altamente antioxi-
dante, capaz de promover estimulação do sistema imunológico da
pele, deixando-a com aspecto mais saudável e jovial (VANZIN;
CAMARGO, 2011). No entanto, devido à lipofilia desse ativo, sua
capacidade de permeação na pele é limitada, portanto é necessário
recorrer à nanotecnologia para que este consiga ser permeado na
pele, caso contrário, permanecerá apenas superficialmente na epi-
derme (GONÇALVES, 2014).
É importante considerar que o processo de envelhecimento
cutâneo pode ocorrer de duas formas: naturalmente (envelhecimen-
to intrínseco) ou por fatores externos (envelhecimento extrínseco),
como exposição solar, tabagismo, álcool, polução, entre outros fa-
tores. De acordo com Fries e Frasson (2010), um dos principais
causadores de mudanças na pele, como flacidez, hipercromias e
rugas, são os radicais livres, que ocasionam um estresse oxidativo
na pele.
Sendo assim, antioxidantes como a coenzima Q10 possuem a
capacidade de neutralizar os radicais livres e ainda fornecer prote-
ção contra os danos causados ao colágeno, prevenindo o fotoenve-
lhecimento e o câncer de pele (SHARMA; SHARMA, 2012).
Haja vista o grande avanço tecnológico na área cosmética e
o interesse em grande parte da sociedade em retardar o processo

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de envelhecimento cutâneo, tem-se observado um crescimento na


busca de produtos cosméticos com tecnologia antienvelhecimento.
Dessa forma, por se tratar de um assunto relativamente novo, que
é o uso da nanotecnologia em cosméticos associado ao uso de co-
enzima Q10 como princípio ativo de produtos antienvelhecimento,
torna-se importante este estudo.
Nesse contexto, o objetivo deste trabalho, por meio de revi-
são de literatura, foi realizar uma abordagem sobre a importância
do uso da nanotecnologia e da coenzima Q10 em tratamentos an-
tienvelhecimento, bem como sobre seu mecanismo de ação.

2.  MATERIAL E MÉTODOS

Foi realizado um levantamento bibliográfico a partir de li-


vros pertencentes ao Claretiano – Centro Universitário e de artigos
científicos acessados em bases de dados, como Google Acadêmi-
co, SciELO, entre outras, publicados no período de 2005 a 2015,
utilizando os termos “nanotecnologia”, “coenzima Q10”, “perme-
ação”, “penetração” e “envelhecimento” para a pesquisa, a fim de
verificar as principais utilizações da nanotecnologia, sua finalidade
na área cosmética e as ações da coenzima Q10 em tratamentos an-
tienvelhecimento.

3.  REVISÃO DE LITERATURA

A nanociência e a nanotecnologia começaram a ser estuda-


das por volta dos anos 1950 por Richard Phillips Feynman, um fí-
sico norte-americano. No entanto, foi apenas em 1959, após um
encontro promovido pela Sociedade Americana de Física, quando
Feynman realizou uma palestra sobre nanotecnologia que se tornou
um marco na história, que as técnicas passaram a ter mais relevân-
cia, pois, até então, não se acreditava que era possível realizar a
manipulação de átomos (MARTINS et al., 2015).
Desde então, a nanotecnologia vem se tornando uma área de
amplo estudo, que se encontra em grande desenvolvimento. Pode-
-se dizer que, basicamente, ela consiste em desenvolver e mani-

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pular materiais em escalas nanométricas, que podem variar de 1 a


1000 nm (GONÇALVES, 2014).
A primeira empresa da área cosmética a produzir um cos-
mético com base nanotecnológica foi a Lancôme, uma empresa
internacional do grupo de luxo da L’Oreal, que lançou, em 1995,
um creme facial composto de nanocápsulas de vitamina E com fi-
nalidade antienvelhecimento. Já no Brasil, o primeiro cosmético
nanotecnológico foi um creme antissinais chamado de nanosérum,
composto de nanoestruturas que continham vitaminas A, C e K,
desenvolvido pelo O Boticário. A partir de então, outras empresas
nacionais começaram a investir em pesquisas e a produzir cosméti-
cos nanotecnológicos (BARIL et al., 2012).
Atualmente, a utilização tópica de ativos ainda é um desafio,
uma vez que é difícil determinar exatamente a quantidade de ativos
que irá atingir as diversas camadas da pele. As propriedades de um
princípio ativo ou substância, bem como o seu mecanismo de trans-
porte, são os principais responsáveis pela sua disposição na pele.
Algumas estratégias vêm sendo utilizadas como forma de aumentar
a biodisponibilidade de diversos ativos para administração tópica;
uma dessas estratégias compreende associar os ativos a sistemas
carreadores nanométricos (MARÇALO, 2013).
Como afirma Matos (2014, p. 17), a nanotecnologia consiste
em reduzir o tamanho das partículas de matérias em geral, ou seja,
“[...] nano corresponde à bilionésima parte de uma grandeza (1 nm
= 10-9 m)”; sendo assim, esse tipo de tecnologia pode oferecer aos
produtos finais resultados muito mais eficazes.
Para se obter uma partícula nanométrica, existem duas ma-
neiras: a primeira é por um método chamado “the bottom-up” ou
“de baixo para cima”, que consiste em montar nanopartículas a par-
tir da sua estatura molecular (átomos e moléculas) até atingir uma
estrutura maior; e a segunda maneira é conhecida como “the top-
-down” ou “de cima para baixo”, na qual as partículas maiores são
reduzidas por meio métodos físico-químicos; este é o método mais
utilizado para produzir as diversas estruturas, como lipossomas, na-
nossomas e niossomas (MORGANTI, 2010).

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As vantagens da nanotecnologia para o transporte de subs-


tâncias cosméticas são inúmeras, visto que, ao se aplicar essa tec-
nologia nos produtos, ocorre uma melhora significativa das pro-
priedades físico-químicas, além de uma proteção dos ativos contra
a oxidação, tornando as formulações muito mais estáveis do que o
normal; isso sem mencionar que os sistemas nanoestruturados po-
dem ultrapassar determinadas barreiras biológicas de penetração,
bem como carrear ativos que não possuem afinidade com o tecido
cutâneo. Dependendo do tipo de sistema nanoestruturado, é pos-
sível controlar a liberação dos ativos, maximizando os resultados
esperados, ou seja, o tamanho das partículas utilizadas influencia
decisivamente no resultado final; portanto, quanto menor sua es-
trutura, maior será a sua área de atuação. No entanto, mesmo com
todas as vantagens mencionadas, a nanotecnologia também apre-
senta suas desvantagens e/ou limitações, pois, já que quanto menor
a partícula, maior sua capacidade de permeação, isso pode levar o
ativo a atingir áreas ou barreiras em que não deveria atuar. Desse
modo, fica difícil dizer se o ativo atingiu somente as camadas-alvo
ou não, até mesmo se todo o volume que penetrou foi distribuído,
absorvido ou eliminado; outra desvantagem é que a utilização de
nanopartículas pode encarecer o produto final, tornando-os inaces-
síveis (GONÇALVES, 2013).
Um dos principais alvos para a aplicação de cosméticos na-
notecnológicos é a pele, tendo em vista as agressões constantes que
ela sofre. Como relembram Soares et al. (2015), a pele é o maior
órgão do corpo humano, representando cerca de 12% a 15% do
peso corporal e recobrindo uma área de aproximadamente 2 m²;
ela possui diversas funções, como atuar como barreira de proteção
contra agentes externos, e é responsável pela percepção dos estímu-
los e sensações, como tato, calor e frio. É a pele que faz a regulação
da temperatura corporal e, ainda, a síntese de vitaminas como a da
vitamina D.
A pele sempre foi considerada um símbolo de beleza, e o uso
de cosméticos para cuidar e melhorar sua aparência ocorre desde a
Antiguidade. Hoje em dia, os cosméticos vêm assumindo um novo
papel no mercado dermatológico, não só proporcionando os cuida-

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dos básicos, mas também proporcionando cuidados relacionados à


saúde da pele (BAHAMONDE et al., 2015).
Pode-se dizer que a pele possui uma estrutura bem complexa,
pois é composta por vários anexos, como pelos, glândulas, folícu-
los, unhas etc., que, juntos, formam o sistema tegumentar (BAHA-
MONDE et al., 2015). A pele é formada basicamente por duas ca-
madas, a epiderme (mais externa), composta por 4 a 5 camadas de
queratinócitos, e a derme (mais profunda), uma camada altamente
vascularizada, onde estão localizadas as glândulas sudoríparas e se-
báceas, os nervos, os folículos e os vasos sanguíneos e linfáticos,
compondo, assim, um tecido denso, cujos principais componentes
são as fibras de colágeno e a elastina (SOARES et al., 2015).
A maior dificuldade para a permeação de produtos de uso tó-
pico está justamente em ultrapassar a camada córnea ou estrato cór-
neo, localizado na epiderme, que é o responsável por formar uma
barreira física extremamente eficiente contra os agentes externos
e por controlar a liberação de água do corpo para o meio externo
(BAHAMONDE et al., 2015; SOARES et al., 2015).
O estrato córneo é composto principalmente por queratinóci-
tos, células anucleadas também chamadas de corneócitos, ou seja,
são células que perderam o núcleo e se tornaram achatadas. Essas
células ficam cercadas por lipídeos e proteínas, constituindo, por-
tanto, uma camada que possui pouca permeabilidade, devido à sua
estrutura altamente organizada pelos queratinócitos, formando uma
barreira em potencial da pele (GRATIERI; GELFUSO; LOPEZ,
2008).
Segundo Alves (2015), quando falamos em absorção cutânea
e permeação queremos dizer que os ativos conseguiram ultrapassar
a camada córnea da pele, atingindo a epiderme e a derme, ou a
camada-alvo específica. No caso de penetração, fazemos referência
à passagem do ativo somente até a camada córnea.
A permeação de substâncias na pele pode ocorrer através da
pele intacta ou de seus anexos, ou através do folículo piloso e do
ducto da glândula sudorípara. A permeação de substâncias através
dos anexos é considerada muito pequena, já que os anexos ocupam
a menor parte da dimensão da pele. Já a permeação da substância

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através da pele intacta pode ocorrer de duas formas: uma é através


da via transepidérmica (intra e intercelular), com o ativo passan-
do por entre os queratinócitos; a outra é chamada de transcelular,
ou seja, o ativo atravessa os queratinócitos, conforme demonstra
a figura 1. Embora seja muito importante a influência do estrato
córneo na permeação, o tipo de veículo utilizado na formulação
cosmética também o é, pois pode haver agentes que irão facilitar
a permeação do ativo através do estrato córneo, diminuindo sua
resistência (LEONARDI, 2008).
Figura 1. Vias de permeação.

Fonte: Gratieri, Gelfuso e Lopez (2008, p. 1492).

De acordo com Gonçalves (2014), existem diversos fatores


que podem influenciar tanto na permeação de ativos quanto na sua
biodisponibilidade. Esses fatores podem estar ligados à histologia,
à anatomia e à fisiologia da pele; isso significa que a pele ser mais
espessa ou mais fina em determinadas regiões do corpo. Outros
fatores que podem influenciar na permeação são o pH, a vasculari-
zação, a concentração lipídica, a qualidade do estrato córneo, o fun-
cionamento das glândulas sebáceas e sudoríparas, as características
físico-químicas do produto e também a estrutura molecular utili-
zada para veicular os princípios ativos. Estudos relatam que subs-
tâncias hidrossolúveis e lipossolúveis de alta densidade possuem
grande dificuldade de permeação, ficando retidas no estrato córneo.

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Atualmente, os nanocosméticos têm sido muito utilizados,


principalmente quando se fala em tratamentos antienvelhecimen-
to, devido à sua melhor atuação na pele (CAMPOS et al., 2015).
O envelhecimento cutâneo faz parte do processo natural de todos
os seres vivos. Pode-se dizer que o envelhecimento é um processo
de grandes mudanças fisiológicas no organismo. Diversos estudos
científicos evidenciam que o envelhecimento se inicia por volta dos
30 anos, e, a partir de então, começam a aparecer mudanças no
organismo e principalmente na pele; todas as mudanças ocorridas
induzem à diminuição das funções da epiderme e derme (VANZIN;
CAMARGO, 2011).
Uma das mudanças mais visíveis durante o envelhecimento
é a diminuição do tônus e/ou elasticidade da pele, ocasionada es-
pecialmente pela degradação do colágeno, de forma que a pele se
torna mais flácida e, por esse motivo, começam a aparecer as linhas
de expressão, as rugas e as hipercromias. Além disso, com o tempo,
ocorre também o desgaste das glândulas sebáceas e sudoríparas,
ocasionando a diminuição da umidade e da lubrificação da pele e
provocando uma mudança na epiderme, tornando-a uma pele seca
e fina (GOMES; DAMAZIO, 2013).
De acordo com Leonardi (2008), o processo de envelheci-
mento cutâneo pode ser classificado de duas maneiras: envelhe-
cimento intrínseco e extrínseco. O envelhecimento intrínseco está
diretamente ligado ao processo biológico natural do organismo e
também a fatores genéticos; já o envelhecimento extrínseco é oca-
sionado por maus hábitos cotidianos e por fatores do ambiente ex-
terno, como poluição, exposição solar, baixa umidade ambiental,
vento e tabagismo.
Entre as diversas causas do envelhecimento, as que mais se
destacam são a exposição solar e a ação dos radicais livres, pois
provocam reações oxidativas nas células e, principalmente, nas fi-
bras de colágeno e elastina, levando à degeneração das fibras e dos
mucopolissacarídeos (CAMPOS et al., 2015).
Os radicais livres são moléculas instáveis geradas a partir
de um átomo de oxigênio completamente reativo, que de alguma
maneira perdeu um elétron da sua camada mais externa, ou seja,

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tornou-se instável. Pode-se dizer que essas moléculas instáveis


são formadas pelo próprio organismo, pelo mecanismo de oxigê-
nio, pela radiação solar, pelo tabagismo e até mesmo pela inges-
tão de álcool, ocasionando um mau funcionamento das células e
até mesmo morte delas. Esses radicais livres atacam especialmente
os fibroblastos, podendo muitas vezes lesar até o DNA das células
(CHORILLI; LEONARDI; SALGADO, 2007).
A pele sofre constantemente com o estresse oxidativo oca-
sionado por fatores intrínsecos e extrínsecos, devido à presença de
O2. A partir do momento que se instaura o estresse oxidativo, di-
versas mudanças bioquímicas e fisiológicas começam a ocorrer no
organismo por meio de várias reações com proteínas, DNA celular,
enzimas, e por outras formas, causando até a apoptose celular. Ao
longo do tempo, o organismo vai perdendo a capacidade de se re-
cuperar das ações dos radicais livres, levando ao aparecimento das
rugas, à perda de luminosidade e de elasticidade, gerando flacidez,
manchas, ressecamento e até mesmo o aparecimento de câncer, pois
as fibras de colágeno e elastina ficam completamente danificadas
(FRIES; FRASSON, 2010).
O corpo já possui naturalmente mecanismos de defesa contra
os radicais livres, ou seja, moléculas antioxidantes, no entanto, com
o passar dos anos, esses mecanismos vão diminuindo, enquanto a
produção de radicais livres no organismo aumenta, acelerando o
envelhecimento. A maior parte dos radicais livres atua muito rapi-
damente, sendo produzidos com a mesma velocidade com que são
eliminados (CHORILLI; LEONARDI; SALGADO, 2007).
Os ativos antioxidantes são os mais utilizados na prevenção
do envelhecimento, pois são moléculas capazes de neutralizar a
ação dos radicais livres, ou seja, evitando, assim, a formação de ru-
gas e uma possível deficiência celular. Os antioxidantes fornecem
uma proteção ao colágeno contra os danos de fotoenvelhecimento,
câncer e outros (SHARMA; SHARMA, 2012).
Os antioxidantes utilizados em cosméticos de uso tópico pre-
cisam ser absorvidos rapidamente e liberados no tecido-alvo, por
isso a importância de possuir propriedades físico-químicas estabi-

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lizadas, pH adequado e uma boa base cosmética (FRIES; FRAS-


SON, 2010).
A coenzima Q10 (CoQ10), também conhecida como ubiqui-
nona, é uma molécula lipossolúvel, com características antioxidan-
tes, produzida pelo próprio organismo. A CoQ10 também pode ser
encontrada em alimentos e suplementada por meio deles, como car-
nes, peixes, legumes, aves e cereais (SANTOS et al., 2009).
Atualmente, a maior parte dos cosméticos antienvelhecimen-
to está sendo produzida com antioxidantes como vitamina C, coen-
zima Q10, vitamina E e ácido lipoico. Entre os ativos mencionados,
a coenzima Q10 tem sido muito utilizada. Ela atua naturalmente,
produzindo energia celular dentro da mitocôndria, no entanto, por
ser uma molécula relativamente grande, quando utilizada na produ-
ção de cosméticos de uso tópico, é necessário que ela esteja nanoes-
truturada, a fim de que se favoreça a sua estabilidade e melhore sua
permeação, para que ela atinja todas as camadas da pele (FRIES;
FRASSON, 2010).
A coenzima Q10 age diretamente nos fibroblastos, impedindo
a formação de radicais livres e, logo, prevenindo o envelhecimen-
to. Devido à lipofilia da CoQ10, o uso da nanotecnologia se torna
indispensável, pois, se ela for utilizada em sua dimensão natural, a
substância ficará retida na superfície cutânea. Em um estudo reali-
zado por Gokce, a veiculação da coenzima Q10 através de liposso-
mas revelou-se muito mais eficaz do que por meio de uma emulsão
comum de base O/A (GONÇALVES, 2014).
Alguns estudos realizados mostraram que, durante a ação da
coenzima Q10, ocorreram a proliferação de fibroblastos e o aumen-
to da produção dos componentes da membrana basal. Além disso, a
coenzima Q10 também mostrou que possui efeitos protetores con-
tra a apoptose celular ocasionada por espécies de oxigênio reativas
(TAKADA et al., 2009).
O primeiro creme formulado com coenzima Q10 utilizando
o sistema nanoestruturado foi o NanoRepair Q10®, da Cutanova,
inserido no mercado em outubro de 2005, o qual continha nanopar-
tículas lipídicas sólidas em sua formulação. A partir do lançamento
desse produto, alguns estudos foram realizados comparando as es-

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truturas do creme NanoRepair Q10® e de outro creme com a mesma


formulação, em base O/A, porém sem o sistema de nanopartículas
lipídicas sólidas. Dessa forma, foi possível observar e comprovar
que esse sistema nanoestruturado possibilitou uma ótima espalha-
bilidade e consistência do produto, proporcionando uma melhor
sensação de hidratação sobre a pele, além de não apresentar efeitos
irritantes sobre a pele (PARDEIKE; SCHWABE; MULLER, 2010).
De acordo com Fontes (2013), foi realizado um estudo in vivo
em que pôde ser demonstrado que a CoQ10 diminui a produção de
espécies que são reativas ao oxigênio, além de minimizar os danos
ocasionados ao DNA produzidos pela radiação UVA. Em um ou-
tro estudo clínico, feito por Inui et al., notou-se que com o uso de
uma determinada formulação contendo coenzima Q10 a 1%, pelo
período de aproximadamente cinco meses, foi possível reduzir o
número das rugas, resultado verificado pela observação de um der-
matologista. Todos esses resultados indicam que a coenzima Q10
é muito benéfica para a pele, pois tem uma ótima capacidade de
rejuvenescê-la. Atualmente, ainda não foram encontrados efeitos
colaterais com o uso tópico da CoQ10. Por esse motivo e por todos
os benefícios já mencionados, ela é muito utilizada nos produtos
cosméticos.
Segundo Estrada et al., (2015), além dos benefícios da co-
enzima Q10 para a pele, há alguns anos, ela também vem sendo
utilizada no Japão em tratamentos médicos de doenças cardiovas-
culares. Recentemente, a CoQ10 foi inserida em tratamentos contra
o câncer e doenças neurodegenerativas, sendo relatados diversos
benefícios à saúde. Por outro lado, considerando que a CoQ10 pos-
sui uma difícil absorção no organismo, faz-se necessário o uso de
nanotecnologias para reduzir o tamanho das partículas e melhorar
a absorção.
Hoje em dia, encontram-se disponíveis várias estruturas na-
noparticuladas que são utilizadas para carreação de substâncias,
permitindo-se que estas sejam selecionadas e diferenciadas para
as várias formas de aplicação (GONÇALVES, 2014). Entre os vá-
rios sistemas nanoestruturados, os mais usados em cosméticos são
nanoesferas, nanocápsulas, nanopartículas lipídicas sólidas, na-

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noemulsões, microemulsões, lipossomas, fitossomas e niossomas


(DAUDT et al., 2013).
As nanoesferas possuem uma matriz polimérica que permite
que o ativo seja encapsulado dentro dessa matriz. Elas são isen-
tas de óleo em sua composição e geralmente são utilizadas para
encapsular vitaminas e fragrâncias, as quais são liberadas na pele
por meio de difusão (DAUDT et al., 2013; GONÇALVES, 2014).
As nanocápsulas são sistemas coloidais que apresentam tamanho
variado, entre 10 e 1000 nm, formadas por um fino invólucro que
constitui um tipo de reservatório contendo um núcleo oleoso, no
qual as substâncias ficam dissolvidas, diferente da matriz utilizada
pelas nanoesferas, conforme demonstrado na Figura 2; no entanto,
também é possível obter nanocápsulas com núcleo aquoso, utilizan-
do a quitosana como um polímero hidrofílico na preparação. Além
disso, as nanocápsulas têm importantes funções, como proteger ati-
vos sensíveis, diminuir odores e ainda evitar a incompatibilidade
com outros componentes (SCHMALTZ; SANTOS; GUTERRES,
2005).
Figura 2. (A) Sistema de matriz – nanoesfera e (B) Sistema de re-
servatório – nanocápsula.

Fonte: Bahamonde et al. (2015, p. 1565).

O sistema de nanopartículas lipídicas sólidas consiste em


partículas sólidas com formato esférico e um núcleo lipídico cons-
tituído de ácidos graxos e triglicerídeos. Esse tipo de estrutura é
muito utilizado para carrear ativos como ácido retinoico, tocofe-
rol e coenzima Q10, pois faz com que não haja nenhuma alteração

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química nas substâncias, nem ao menos deterioração pelo oxigênio


ou pela água, além de ser biodegradável devido à sua composição
lipídica semelhante à da membrana das células. Esse sistema de na-
nopartículas lipídicas sólidas permite melhorar muito a hidratação
da pele, em virtude da sua característica oclusiva, além de oferecer
muitos benefícios aos cosméticos antienvelhecimento (GONÇAL-
VES, 2014).
Segundo Marçalo (2013), as nanoemulsões são dispersões
muito finas e frágeis, compostas de uma base O/A, e suas partícu-
las possuem dimensão menor do que 999 nm. As nanoemulsões são
caracterizadas pela junção de dois líquidos imiscíveis, óleo e água,
podendo até mesmo melhorar a permeabilidade de substâncias que
são pouco solúveis. Podemos encontrar nanoemulsões em produtos
como cremes corporais, formulações antirrugas e óleos de banho
(DAUDT et al., 2013).
De acordo com Batista, Carvalho e Magalhães (2007), os
lipossomas são estruturas formadas por vesículas microscópicas
compostas por uma ou mais bicamadas de fosfolipídios que mui-
to se assemelham à estrutura da membrana celular. Os lipossomas
podem incorporar tanto ativos lipofílicos quanto ativos hidrofí-
licos. Segundo Sharma e Sharma (2012), os lipossomas também
são muito utilizados em produtos de rejuvenescimento facial, pois
atuam em um sistema de entrega muito eficiente e são absorvidos
rapidamente até as camadas mais profundas da pele, além de serem
biodegradáveis e não tóxicos.
Os niossomas são estruturas obtidas a partir da mistura de
surfactantes não iônicos e possuem característica lamelar seme-
lhante à dos lipossomas; em relação à estrutura de sua membra-
na, ela é formada por uma bicamada de surfactantes não iônicos,
enquanto a membrana dos lipossomas é formada por fosfolipídios
(MARÇALO, 2013).
Temos também as ciclodextrinas, que são estruturas forma-
das por oligossacarídeos cíclicos. Essas estruturas podem propor-
cionar uma ótima estabilização ativa contra os agentes oxidativos
e contra as degradações térmica e fotolítica. As ciclodextrinas são

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muito utilizadas em cremes antirrugas, pois favorecem o tratamen-


to de regeneração celular (SHARMA; SHARMA, 2012).
Devido à gama de nanoestruturas utilizadas atualmente para
melhorar a performance e estabilizar formulações cosméticas, no-
ta-se que há uma tendência crescente no uso de ativos nanoencap-
sulados (DAUDT et al., 2013).
Tendo em vista que a coenzima Q10 apresenta ótimos bene-
fícios e resultados para os tratamentos antienvelhecimento, mas é
constituída por uma molécula grande, a nanotecnologia vem contri-
buir para melhorar a performance dos ativos e dos produtos cosmé-
ticos, bem como a sua aceitação no mercado consumidor, possibili-
tando, de certa forma, uma alternativa para aumentar a estabilidade
do cosmético, além de propor uma liberação controlada do ativo e,
ainda, oferecer produtos que sejam esteticamente mais agradáveis
(DAUDT et al., 2013).

4.  CONSIDERAÇÕES FINAIS

Hoje em dia, o envelhecimento precoce se tornou uma das


maiores preocupações da sociedade. Por esse motivo, os mercados
farmacêutico e cosmético vêm se empenhando no desenvolvimento
de produtos tecnológicos que consigam atender, de forma eficiente,
as necessidades. Haja vista que o envelhecimento cutâneo pode ser
ocasionado por diversos fatores endógenos e exógenos, entre os
quais os principais vilões são os radicais livres, que ocasionam o
estresse oxidativo nas células; surge então a necessidade do uso de
ativos antioxidantes que neutralizem a ação desses radicais. Dessa
forma, o uso da coenzima Q10 (substância altamente antioxidante)
em cosméticos antienvelhecimento tem se tornado frequente, devi-
do aos benefícios apresentados. No entanto, em virtude de possuir
uma molécula de característica muito grande, é necessário que se-
jam utilizados métodos nanotecnológicos para que sua dimensão
possa ser reduzida e, consequentemente, fazer com que a CoQ10
consiga permear as camadas da pele, atingindo a camada-alvo (der-
me). Nesse contexto, observa-se a importância de se utilizarem os
produtos formulados com nanotecnologia, pois eles se distinguem,

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entre muitos aspectos, dos produtos convencionais. A nanotecno-


logia tem por objetivo possibilitar a encapsulação de diversos ati-
vos, controlando sua biodisponibilidade quando aplicados na pele,
melhorando sua permeabilidade e garantindo melhor estabilidade e
consistência do cosmético. Existem diversas estruturas nanotecno-
lógicas que podem ser utilizadas a fim de potencializar os efeitos
do produto e, assim, aumentar a sua permeação, no entanto, mesmo
com os diversos estudos realizados, ainda não é possível discrimi-
nar exatamente a quantidade de ativos permeada ou até mesmo se
realmente o ativo atingiu somente o sítio-alvo, se alcançou outras
áreas ou até mesmo a corrente sanguínea. Ainda assim, o uso da co-
enzima Q10 associada a estruturas nanotecnológicas vem ganhan-
do campo no setor cosmético devido aos seus bons resultados na
prevenção e/ou tratamento antienvelhecimento.

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