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1. Como o Brasil pode vincular a instituição pública e as empresas sociais para realizar ações
de interesse público que governos municipais/estaduais/federal não dão conta por falta de
recursos financeiros, físicos e/ou humanos?
A parceria entre instituições públicas e empresas sociais pode ser uma estratégia para enfrentar os
desafios da escassez de recursos nas esferas municipais, estaduais e federais do governo brasileiro.
Essas parcerias podem ser estabelecidas por meio de convênios, acordos ou contratos, em que as
instituições públicas e as empresas sociais trabalhem juntas na implementação de ações de interesse
público.
As empresas sociais declaram ter como intenção conciliar objetivos sociais com atividades
econômicas, utilizando os recursos de forma sustentável e reinvestindo os lucros em suas próprias
atividades sociais. Essas organizações podem ter expertise em áreas específicas, como educação,
saúde, meio ambiente, cultura, entre outras, e podem contribuir com soluções inovadoras e
eficientes para problemas sociais e comunitários.
A parceria entre instituições públicas e empresas sociais pode ser uma forma de otimizar os
recursos disponíveis, uma vez que essas organizações podem trazer recursos financeiros, técnicos e
humanos, complementando as limitações dos governos em termos de recursos. Além disso, a
expertise das empresas sociais em sua área de atuação pode ajudar a melhorar a qualidade e
efetividade das ações de interesse público.
É importante destacar que a parceria entre instituições públicas e empresas sociais deve ser pautada
por princípios de transparência, accountability e participação social, garantindo que os interesses
públicos sejam preservados. Portanto, para que as ações sejam voltadas para o bem-estar da
sociedade como um todo é fundamental o estabelecimento de mecanismos de governança e
monitoramento.
Na prática, os governos precisam se resguardar contra ONGs financiadas por governos estrangeiros
que possuem interesses que vão de encontro aos interesses nacionais brasileiros. É de conhecimento
público que diversas ONGs são proibidas em países que já tiveram a experiência da utilização
dessas empresas sociais contra o interesse público nacional dos seus países.
Um bom controle dessas empresas sociais, principalmente aquelas ligadas diretamente a governos
estrangeiros, é fundamental para que as mesmas não atuem contra o interesse público nacional sob o
pretexto de financiar alguma boa ação. O controle do terceiro setor deve ser discutido amplamente
com a sociedade civil e as fontes de financiamento dessas ONGs devem ser mais transparentes para
garantir a efetividade das políticas públicas em conjunto com instituições públicas.
Atualmente no Brasil o orçamento público possui grande comprometimento com o pagamento dos
juros e da dívida pública. Em torno de 50% da riqueza nacional enviada aos cofres públicos vai
diretamente e sem questionamento aos bancos. Este é um fator de desequilíbrio que permeia toda a
discussão econômica do atual sistema político brasileiro.
Sendo assim, existe uma carência geral em investimentos e implementação de políticas públicas que
efetivamente resolvam os problemas sociais do país. Algumas áreas são mais sensíveis e possuem
maiores necessidades de ajuda do governo para resolver emergências como o setor agrícola, a
saúde, o setor de resposta a desastres naturais. Outros setores sofrem por não haver interesse de
investimento por parte da iniciativa privada, é o caso, por exemplo, da área de infraestrutura, cultura
e turismo, educação e a área de pesquisa, tecnologia e inovação.
3. Aponte duas políticas públicas do governo federal e indique como ocorre o processo de
avaliação e acompanhamento dessas políticas no âmbito do governo ou fora dele.
O Programa Mais Médicos possui avaliação feita pelo Ministério da Saúde através de indicadores
de cobertura de atendimento e da avaliação da qualidade dos serviços prestados obtidos por meio de
pesquisas com os usuários dos serviços. O TCU, como órgão de controle externo, também realiza
auditorias e avaliações independentes.
O Programa Bolsa Família é avaliado e acompanhado pelo Ministério da Cidadania através de
indicadores de cobertura, frequência escolar das crianças, acompanhamento de saúde, entre outros.
O CGU e o TCU são auditores externos do programa.
REFERÊNCIAS
1. FEDOZZI, Luciano et al. Participação, cultura, política e cidades. Sociologias, Porto Alegre ,
v. 14, n. 30, ago. 2012. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/soc/a/stS7M5p3qKv4g846K8CxNHs/?format=pdf&lang=pt>. Acesso
em 15 abr. 2023.