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MARINGÁ
2023
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
MARINGÁ
2023
COSMOVISÃO E A ANÁLISE DA PESSOA DE JESUS NO
JUDAÍSMO ORTODOXO E NO RELATO DOS EVANGELHOS
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também
que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou
extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas
públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles
cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de
produção deste trabalho.
Resumo
Abstract
Agradecimentos
Agradeço primeiramente a Deus pela oportunidade que ele me deu de perpetrar
mais um curso de licenciatura, e pelo discernimento recebido durante esse período
de construção do trabalho. Seria impossível de arrematar um curso como esse sem
a benção e a direção de Deus. Percebo como ele foi, e tem sido bondoso para
comigo, pois ele me favoreceu com muita disposição e equilíbrio para concluir o
curso. Outra pessoa que merece meus agradecimentos é minha querida esposa
Rafaella Dunga, que em muitos momentos se tornou minha sustentação e minha fiel
escudeira, me dando suporte emocional, amparo e motivação de permanecer
estudando até esta altura.
Sempre tive o desejo de cursar ao menos uma faculdade, e hoje, posso dizer que
estou concluindo minha segunda licenciatura, tendo em vista que, este componente
curricular sempre foi o meu predileto no período da educação básica. Sou grato
também a instituição Faveni que me dotou de sabedoria e entendimento com
excelentes materiais pedagógicos, que facilitaram o encadeamento da
aprendizagem, promovendo momentos de crescimento acadêmico com os
conteúdos lançados em nosso fórum, ademais com os comentários de cada aluno
cursando em História.
E a visão, diz respeito a nossa visão, ao nosso olhar, tendo em vista a forma
como enxergamos o mundo a nossa volta. Idealmente, uma cosmovisão é a
estrutura bem fundamentada de crenças e convicções que nos ajudam e ter a
visão do todo, dando-nos uma perspectiva verdadeira e unificada do sentido da
existência humana. Como alternativa, podemos dizer que nossa cosmovisão é a
história que contamos para responder questões como estas: por que as coisas
existem? Como podemos saber ao certo? Como chegamos até aqui, aliás por
que estamos aqui? O que devo fazer da minha vida? E onde tudo isso vai
terminar?
Sendo assim, a cosmovisão está na essência de quem somos, pois ela sempre
revela nossas convicções fundamentais, inclusive o que acreditamos (ou não
acreditamos), sendo Deus ou não. De fato, não existe neutralidade espiritual/intelectual –
não há visão a partir do nada. Mesmo os ateus e agnósticos conduzem suas vidas rumo a
um propósito maior. O teólogo Langdon Gilkey escreveu: “Quer deseje ou não, o homem,
como criatura livre deve moldar sua vida como conforme algum objetivo final determinado,
deve centrá-la em alguma lealdade definitiva escolhida e confiar a sua segurança a
alguma forma na qual acredite. Essa visão irá direcionar todas as nossas ações, que
refletem na forma como lidam com o dever escolar, como gastam seu dinheiro, decidem
seu voto, usam seus smartphones e fazem todas as outras coisas. Aquilo que é
irrevogável para nós molda nossa identidade.
Esse fascínio se traduz no desejo de saber o que Jesus de fato fez, e sobre
quem de fato ele era, prescindindo daquilo que seus seguidores fizeram por ele.
Sendo assim, o Judeu Ortodoxo enxerga a pessoa de jesus como sendo uma
figura histórica, que de fato existiu a mais de 2000 anos atrás. É de Josefo a
referência mais famosa sobre o mestre da Galileia. O fragmento ficou conhecido
como Testimonium Flavianum (Testemunho de Flávio) e consta em
“Antiguidades Judaicas”. Na edição brasileira das obras completas de Josefo
publicada pela CPAD em 1990, o testemunho de Flávio aparece nesse formato:
O que quer que Jesus possa ter sido, ele foi um Judeu da Galiléia, e o movimento
de Jesus, se estendeu por todo o mundo até chegar nos 4 cantos da terra. Entretanto, os
Judeus Ortodoxos entendem que este homem não cumpre o papel de messias por alguns
motivos. Destacaremos os motivos no decorrer do texto, logo abaixo. Para os judeus o
Tanach elenca uma série de profecias que o messias judeu cumprirá quando ele vier.
Para eles, o messias deverá cumprir cada uma delas. Segundo a tradição Judaica, o
profeta Elias irá reaparecer antes da vinda do Messias (Malaquias 4:5-6).
O texto diz:
O profeta Malaquias previu que o próprio Elias iria retornar, e não apenas alguém
em seu espírito, caso típico da reencarnação. Elias, para quem não sabe, foi o único que
subiu ao céus sem morrer segundo o Tanach (2 Reis 2:11). Por necessidade de
reencarnar.
Um Segundo motivo para os judeus não acreditarem que Jesus era o messias é
devido a sua genealogia. Pois de acordo com eles, segundo o Tanach, o messias deve
ser descendente de Davi e Salomão. (Jeremias 23:05, 33:17, Ezequiel 34:23-24, 2
Samuel 7:5-13). O Novo Testamento cristão fala sobre a genealogia de José. Jesus
afirma ter nascido da virgem Maria, e que José não foi o teu pai biológico. (Mat. 1:18-23).
Sendo assim, José adotou Jesus, e passou sua genealogia pra ele por adoção. O Judeu
Ortodoxo alega não haver base bíblica para adoção nesses casos.
Pois um pai não pode passar sua linha tribal por adoção. Um sacerdote que adota
um filho de outra tribo não pode fazer dele um sacerdote por adoção. Tendo em vista que,
para eles, José caiu na maldição do Eterno pois não teria nenhum descendente que
sentaria no trono de Davi, pois José era descendente de Jeconias, e este teria recebido
tal maldição, de acordo com a interpretação do relato de (Jeremias 22:30, 36:30).
Antes de qualquer coisa, devemos entender quem foi Jesus sob o ponto de vista
histórico, e na narrativa dos evangelhos. As principais fontes de informação sobre a vida
de Jesus são os quatro evangelhos canônicos, pertencentes ao Novo Testamento e
escritos originalmente em grego, em diferentes épocas pelos seguidores dos discípulos
Mateus, Marcos Lucas e João. Para os cristãos, Jesus foi uma pessoa fascinante, Já
para outros,
Josefo, vai dizer que quanto ao governo das outras nações, algumas delas
eram monarquias, outras oligarquia, ainda outras democracias; e o que Deus
havia instituído em Israel foi uma monarquia. Portanto, Israel percebendo a
superioridade bélica dos Filisteus, somado ao fato deles dominarem a arte de
moldar o ferro, produzindo armas mais eficazes que as de bronze, que eram as
mais comuns. Justamente neste período de extrema dificuldade da nação os
anciãos olham ao redor, e falta algo que os filisteus e outras nações possuem:
um rei. É nesse contexto que surge Saul, um rei sobre o qual não sabemos
muito além do que está narrado em 1 Samuel 10.