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06 –
Estudo dos fluidos
ENEM 2020

Professor Lucas Costa


Aula 06

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Sumário
1 - Considerações iniciais ..................................................................................................................... 3
2 - Conceitos fundamentais .................................................................................................................. 3
2.1 - Massa específica e densidade ................................................................................................... 3
2.1.1 - A massa específica.............................................................................................................. 3
2.1.2 - As unidades mais usuais ..................................................................................................... 4
2.1.3 - A densidade ........................................................................................................................ 5
2.1.4 - A fração submersa .............................................................................................................. 5
2.2 - Pressão .................................................................................................................................... 10
2.2.1 A Pressão Atmosférica ........................................................................................................ 11
3 - A pressão no interior de um fluido................................................................................................. 13
3.1 – O experimento de Torricelli .................................................................................................... 20
3.2 - Equilíbrio de fluidos imiscíveis: Vasos comunicantes .............................................................. 21
3.3 - Princípio de Pascal: a Prensa Hidráulica ................................................................................. 26
4 - O princípio de Arquimedes ............................................................................................................. 28
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4.1 - O Empuxo ................................................................................................................................ 28


4.1.1 - Flutuabilidade ................................................................................................................... 29
5 - Fluidodinâmica ............................................................................................................................... 40
5.1 - Regimes de fluxo constante .................................................................................................... 40
6 - Resumo da aula em mapas mentais .............................................................................................. 42
7 - Lista de questões ............................................................................................................................ 43
7.1 - Já caiu no ENEM ...................................................................................................................... 43
7.2 - Já caiu nos principais vestibulares .......................................................................................... 47
8 - Gabarito das questões sem comentários ...................................................................................... 57
8.1 - Já caiu no ENEM ...................................................................................................................... 57
8.2 - Já caiu nos principais vestibulares .......................................................................................... 57
9 - Questões resolvidas e comentadas ................................................................................................ 58
9.1 - Já caiu no ENEM ...................................................................................................................... 58
9.2 - Já caiu nos principais vestibulares .......................................................................................... 66
10 - Considerações finais .................................................................................................................. 103
11 - Referências Bibliográficas .......................................................................................................... 103
12 - Versão de Aula ........................................................................................................................... 103

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1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Nesta aula de número 06, serão abordados os seguintes tópicos do seu edital:
• Pressão em líquidos e sua transmissão nesses fluidos.
• Pressão em gases.
• Pressão atmosférica.
• Empuxo e condições de equilíbrio em fluidos.
• Vazão e continuidade em regimes de fluxo constante.
Esses assuntos se enquadram no subtópico denominado Mecânica.

Estude as aulas iniciais de seu material com atenção redobrada! A Mecânica é um tema
bastante explorado e cobrado frequentemente em questões interdisciplinares.

2 - CONCEITOS FUNDAMENTAIS
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Essa aula aborda o que alguns autores costumam chamar de estudo dos fluidos. Ela engloba
fluidos em equilíbrio e em movimento, a fluidostática e a fluidodinâmica.
O termo fluidostática, se comparado a hidrostática, é mais completo. Isso porque ele traz a
correta noção de que as relações aqui estudas se aplicam não só a água, mas a qualquer fluido em
equilíbrio.
Um fluido é qualquer substância que flui, escoa, e ocupa todo o volume que lhe é ofertado
em um recipiente, de forma mais rigorosa, um fluido é uma substância que se deforma
continuamente quando submetida a uma tensão de cisalhamento. Os líquidos e os gases são
considerados fluidos.

2.1 - MASSA ESPECÍFICA E DENSIDADE

Os conceitos de densidade e massa específica são erroneamente confundidos. Os termos


densidade absoluta e densidade relativa, ao invés de esclarecer, tornam o entendimento de duas
propriedades simples ainda mais desgostoso.
Apesar de algumas questões trazerem esses conceitos de forma mal-empregada, vamos nos
ater à definição mais aceita pela comunidade científica. Não se preocupe, quando alguma questão
trouxer algum conceito de forma conflitante ao que foi proposto nesse livro, deixarei isso explícito.

2.1.1 - A massa específica


A massa específica, também chamada de densidade absoluta, é uma grandeza escalar que é
característica de cada substância. Ela é, inclusive, usada pelos químicos como uma forma de
identificar diferentes compostos.

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O símbolo usado para caracterizar a massa específica é a décima segunda letra do alfabeto
grego, chamada mi (𝜇). Essa propriedade se define pela razão entre a massa e o volume de um corpo
maciço, conforme a seguinte relação.
𝒎 Massa específica de um corpo maciço
𝝁=
𝑽
[𝝁] = 𝒌𝒈/𝒎𝟑 [𝒎] = 𝒌𝒈 [𝑽] = 𝒎𝟑

Como um exemplo, a massa específica da água é 𝜇á𝑔𝑢𝑎 = 1000 𝑘𝑔/𝑚3 , a de alguns tipos de
óleos 𝜇ó𝑙𝑒𝑜 = 800 𝑘𝑔/𝑚3 e a da areia por volta de 𝜇𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎 = 1800 𝑘𝑔/𝑚3 . Conforme nossos
conhecimentos da Química, essas três substâncias são imiscíveis, portanto, o que acontece quando
são colocadas em um mesmo recipiente?
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Figura 06.1 – Uma mistura de óleo, água e areia em um recipiente. (Fonte: Shutterstock)

O óleo ocupa a parte superior do recipiente, ao passo que a água a parte intermediária e a
areia a parte inferior. A água e a areia compõem a fase inorgânica, e o óleo a fase orgânica dessa
mistura composta por duas fases. Isso acontece pelo fato de que a massa específica da água é
superior à do óleo, e a da areia superior à da água. Daí, podemos concluir que as substâncias de
menor massa específica tendem a flutuar sobre as de maior massa específica.

2.1.2 - As unidades mais usuais


A unidade padrão do Sistema Internacional para a massa específica é o 𝑘𝑔/𝑚3 , contudo,
comumente encontramos essa grandeza expressa em 𝑔/𝑐𝑚3 , vou lhe poupar dos detalhes de
conversão e pedir para que você decore a relação entre essas unidades, e também as mais usuais
unidades relacionadas ao volume de um corpo.

Unidade Equivalência
𝟏 𝒈/𝒄𝒎𝟑 1000 𝑘𝑔/𝑚3
𝟏 𝒎𝟑 1000 𝐿
𝟏 𝒅𝒎𝟑 1𝐿
𝟏 𝒄𝒎𝟑 1 𝑚𝑙

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2.1.3 - A densidade
A densidade, por sua vez, é relativa e, portanto, adimensional. Por esse motivo, alguns
autores costumar se referir a essa propriedade como densidade relativa. No caso de um corpo que
não seja homogêneo, ou seja, tenha algum vazio ou seja oco, esse poderá ter uma densidade menor
que a massa específica do material do qual é feita a sua parte não oca.
A densidade é definida pela razão entre a massa específica de duas substâncias 1 e 2, de
acordo com a relação:
𝝁𝟏 Densidade de um corpo 1 em relação a um corpo 2.
𝒅𝟏,𝟐 =
𝝁𝟐
[𝒅] = 𝟏 (𝒂𝒅𝒊𝒎𝒆𝒏𝒔𝒊𝒐𝒏𝒂𝒍) [𝝁𝟏 ] = 𝒌𝒈/𝒎𝟑 [𝝁𝟐 ] = 𝒌𝒈/𝒎𝟑

Sendo a massa específica da água, 𝜇á𝑔𝑢𝑎 = 1000 𝑘𝑔/𝑚3 , e a de alguns tipos de óleos 𝜇ó𝑙𝑒𝑜 =
800 𝑘𝑔/𝑚3 . Temos que a densidade do óleo em relação a água será:
𝜇ó𝑙𝑒𝑜 800
𝑑ó𝑙𝑒𝑜,á𝑔𝑢𝑎 = = = 0,8
𝜇á𝑔𝑢𝑎 1000
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Caso o avaliador seja omisso quanto a qual substância é usada como referência para a
densidade fornecida, admita se tratar da água. A massa específica da água é usada como
modelo para criação da maior parte de tabelas de densidade.
Com isso, caso você se depare com a informação de que a densidade do ouro é 𝑑𝑜𝑢𝑟𝑜 = 19,
admita que isso significa que 𝜇𝑜𝑢𝑟𝑜 = 19 𝑔/𝑐𝑚3 , ou 𝜇𝑜𝑢𝑟𝑜 = 1,9 ∙ 104 𝑘𝑔/𝑚3 .
Infelizmente, não é raro nos depararmos com alguma questão fazendo referência à massa
específica de uma substância e, para isso, utilizando-se do termo “densidade”. Tenha bastante
cuidado com esse tipo de questões e, com o intuito de ganhar os pontos e ser aprovado nos mais
diversos exames que você prestar durante a sua trajetória, considere os dois conceitos análogos.

2.1.4 - A fração submersa


Um conceito bastante cobrado em provas de vestibular é a fração do volume submerso
quando um corpo se encontra flutuando em outro. O percentual de volume submerso se dá pela
razão entre as massas específicas dos dois corpos envolvidos, ou pela densidade entre dois corpos.
𝜇1 Densidade de um corpo 1 em
𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑎 = = 𝑑1,2
𝜇2 relação a um corpo 2.

Confira um exemplo de uma questão recente.


(2018/PUC-RJ/1ª FASE)
Um copo cilíndrico, com base de área 10,0 𝑐𝑚2 , contém 50,0 𝑔 de gelo flutuando em água. A
altura da superfície da água, em relação à base do copo, é de 10,0 𝑐𝑚. Ao absorver calor da
vizinhança, o gelo derrete.

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Após o derretimento de todo o gelo, encontre a nova altura da superfície da água, em 𝑐𝑚.
a) 12,5 b) 11,0 c) 10,0 d) 0,92 e) 0,80
Dados
𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2
𝜌á𝑔𝑢𝑎 = 1,00 𝑔/𝑐𝑚3
𝜌𝑔𝑒𝑙𝑜 = 0,92 𝑔/𝑐𝑚3
Comentários
Repare que a PUC-RJ usa a letra 𝜌 para fazer referência à massa específica. Podemos calcular
o percentual de volume submerso do gelo através da densidade entre o gelo e a da água. Vamos
respeitar a notação por nós convencionada:
𝜇𝑔𝑒𝑙𝑜 Densidade do gelo
𝑑𝑔𝑒𝑙𝑜,á𝑔𝑢𝑎 =
𝜇á𝑔𝑢𝑎 em relação à água.

0,92
𝑑𝑔𝑒𝑙𝑜,á𝑔𝑢𝑎 = = 0,92
1,00

Isso significa que 92% do gelo fica submerso.


O volume do gelo, após derretido pode ser calculado através de sua massa antes de derreter,
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pois a massa se mantém constante, e da massa específica da água, afinal, ao passar da fase sólida
para a líquida, o gelo se torna água.
𝑚 Massa específica de
𝜇=
𝑉 um corpo maciço

[𝜇] = 𝑘𝑔/𝑚3 [𝑚] = 𝑘𝑔 [𝑑 ] = 𝑚 3

E para o gelo que se tornou água:


𝑚𝑔𝑒𝑙𝑜
𝜇á𝑔𝑢𝑎 =
𝑉𝑔𝑒𝑙𝑜 𝑑𝑒𝑟𝑟𝑒𝑡𝑖𝑑𝑜

Podemos rearranjar essa equação, trocando a massa específica da água e volume de gelo
derretido de lugar. Acompanhe essa troca passo a passo.
𝜇á𝑔𝑢𝑎 𝑚𝑔𝑒𝑙𝑜
=
1 𝑉𝑔𝑒𝑙𝑜 𝑑𝑒𝑟𝑟𝑒𝑡𝑖𝑑𝑜

Efetuando a multiplicação cruzada:


𝜇á𝑔𝑢𝑎 𝑚𝑔𝑒𝑙𝑜
=
1 𝑉𝑔𝑒𝑙𝑜 𝑑𝑒𝑟𝑟𝑒𝑡𝑖𝑑𝑜

𝜇á𝑔𝑢𝑎 ∙ 𝑉𝑔𝑒𝑙𝑜 𝑑𝑒𝑟𝑟𝑒𝑡𝑖𝑑𝑜 = 𝑚𝑔𝑒𝑙𝑜 ∙ 1

𝜇á𝑔𝑢𝑎 ∙ 𝑉𝑔𝑒𝑙𝑜 𝑑𝑒𝑟𝑟𝑒𝑡𝑖𝑑𝑜 = 𝑚𝑔𝑒𝑙𝑜

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Agora podemos passar 𝜇á𝑔𝑢𝑎 para o outro lado da igualdade efetuando uma divisão:
𝑚𝑔𝑒𝑙𝑜
𝑉𝑔𝑒𝑙𝑜 𝑑𝑒𝑟𝑟𝑒𝑡𝑖𝑑𝑜 =
𝜇á𝑔𝑢𝑎

Finalmente, podemos substituir os valores:

50
𝑉𝑔𝑒𝑙𝑜 𝑑𝑒𝑟𝑟𝑒𝑡𝑖𝑑𝑜 = = 50 𝑐𝑚3
1,00

Podemos concluir que, após derretido, o volume que o gelo irá ocupar é de 50 𝑐𝑚3 . Vamos
comparar esse volume ao volume de gelo inicialmente submerso, visto que esse era o volume que
efetivamente contribuía para que o nível da água no copo subisse.
O volume total de gelo no copo, antes de derreter, pode ser calculado usando a sua massa
específica e massa de gelo:
𝑚𝑔𝑒𝑙𝑜
𝜇𝑔𝑒𝑙𝑜 =
𝑉𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑔𝑒𝑙𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠

Usando o mesmo truque de antes, podemos trocar de lugar o volume de gelo e a sua massa
específica:
𝑚𝑔𝑒𝑙𝑜
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𝑉𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑔𝑒𝑙𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 =


𝜇𝑔𝑒𝑙𝑜

Substituindo-se os valores da massa de gelo, e de sua massa específica:

50
𝑉𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑔𝑒𝑙𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 =
0,92

Não faça essa conta, pois sabemos que 92% do gelo fica submerso. Usemos essa informação:

𝑉𝑔𝑒𝑙𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = 𝑉𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑔𝑒𝑙𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 ∙ 0,92

50
𝑉𝑔𝑒𝑙𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = ∙ 0,92
0,92

Coincidência? Não! Em uma questão de Física, os examinadores elaboram as questões de


modo a cobrar os conhecimentos de Física do aluno, e não os de matemática.

50
𝑉𝑔𝑒𝑙𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = ∙ 0,92
0,92

𝑉𝑔𝑒𝑙𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = 50 𝑐𝑚3

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Podemos concluir que o volume de gelo submerso antes desse derreter é igual ao volume
que o gelo derretido ocupa, portanto, o nível de água permanecerá o mesmo.
Note que isso não é uma mera coincidência matemática. O volume de gelo submerso é
calculado pelo produto entre o volume do gelo e a relação entre a massa específica do gelo e da
água:
𝜇𝑔𝑒𝑙𝑜
𝑉𝑔𝑒𝑙𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 = 𝑉𝑔𝑒𝑙𝑜 ∙
𝜇á𝑔𝑢𝑎

E o volume do gelo pode ser escrito como a razão entre a massa de gelo e a sua massa
específica:
𝑚𝑔𝑒𝑙𝑜 𝜇𝑔𝑒𝑙𝑜
𝑉𝑔𝑒𝑙𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 = ∙
𝜇𝑔𝑒𝑙𝑜 𝜇á𝑔𝑢𝑎

Simplificando essa expressão, temos:


𝑚𝑔𝑒𝑙𝑜 𝜇𝑔𝑒𝑙𝑜
𝑉𝑔𝑒𝑙𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 = ∙
𝜇𝑔𝑒𝑙𝑜 𝜇á𝑔𝑢𝑎
𝑚𝑔𝑒𝑙𝑜
𝑉𝑔𝑒𝑙𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 =
𝜇á𝑔𝑢𝑎
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Vamos comparar esse volume ao volume do gelo derretido, que se transforma em água, e,
portanto, tem a massa específica dada pela massa específica da própria água:
𝑚𝑔𝑒𝑙𝑜
𝑉𝑔𝑒𝑙𝑜 𝑑𝑒𝑟𝑟𝑒𝑡𝑖𝑑𝑜 =
𝜇á𝑔𝑢𝑎

Isso nos permite concluir que:

𝑉𝑔𝑒𝑙𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 = 𝑉𝑔𝑒𝑙𝑜 𝑑𝑒𝑟𝑟𝑒𝑡𝑖𝑑𝑜

Gabarito: “c”

Vamos resolver outra questão, dessa vez um pouco mais conceitual:


(2018/UFSC/MODIFICADA)
Em uma aula de laboratório, um professor de Física colocou dentro de um cilindro de vidro
cinco líquidos não miscíveis de densidades diferentes (A, B, C, D e E), conforme mostra a figura
abaixo.
Em seguida, apresentou três esferas maciças que foram colocadas dentro do cilindro de forma
que ficaram em equilíbrio em determinadas posições. Os gráficos de densidade versus volume
de cada um dos líquidos e a tabela com dados das três esferas são apresentados abaixo.

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Com base no exposto e na figura acima, é correto afirmar que:


01. A esfera 1 possui maior densidade do que os líquidos A e B, porém tem menor densidade
do que os demais líquidos.
02. A esfera 2 ficará em equilíbrio estático, totalmente submersa, em qualquer posição dentro
do líquido B.
04. A esfera 3 ficará em equilíbrio quando estiver parcialmente submersa no líquido E.
08. A esfera 2 possui maior peso do que as demais esferas, por isso ficará em equilíbrio no
fundo do cilindro de vidro.
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Comentários
01. Falsa. Vamos calcular as massas específicas de cada uma das esferas:
𝑚 Massa específica de
𝜇=
𝑉 um corpo maciço

[𝜇] = 𝑘𝑔/𝑚3 [𝑚] = 𝑘𝑔 [𝑑 ] = 𝑚 3

E para as esferas:

𝑚1 8,0 𝑔
𝜇1 = = = 0,8 𝑔/𝑐𝑚3
𝑉1 10 𝑐𝑚3
𝑚2 10,5 𝑔
𝜇2 = = = 0,70 𝑔/𝑐𝑚3
𝑉2 15 𝑐𝑚3
𝑚3 7,6 𝑔
𝜇3 = = = 0,95 𝑔/𝑐𝑚3
𝑉3 8 𝑐𝑚3

Para os líquidos, note que a proveta nos evidencia que o líquido de maior massa específica é
o líquido E.
Olhando para os gráficos, vemos que a maior massa específica é de 𝜇𝐸 = 1,00 𝑔/𝑐𝑚3 .
Continuando esse raciocínio, indo do líquido de maior massa específica para o de menor, podemos
escrever:

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𝜇𝐸 = 1,00 𝑔/𝑐𝑚3

𝜇𝐷 = 0,92 𝑔/𝑐𝑚3

𝜇𝐶 = 0,79 𝑔/𝑐𝑚3

𝜇𝐵 = 0,70 𝑔/𝑐𝑚3

𝜇𝐴 = 0,68 𝑔/𝑐𝑚3

A esfera 1, de 𝜇1 = 0,95 𝑔/𝑐𝑚3 tem massa específica, e também densidade, maior que o
líquido c, de 𝜇𝐶 = 0,79 𝑔/𝑐𝑚3 , e isso já é suficiente para tornar essa alternativa falsa.
02. Verdadeira. A esfera 2 tem mesma massa específica, e também densidade, que o líquido
B. Dessa forma, ficara em equilíbrio quando totalmente submersa em qualquer posição dentro do
líquido B.
04. Verdadeira. 𝜇𝐷 = 0,92 𝑔/𝑐𝑚3 < 𝜇3 = 0,95 𝑔/𝑐𝑚3 < 𝜇𝐸 = 1,00 𝑔/𝑐𝑚3 . Como a esfera
3 tem massa específica maior que a do líquido D e menor que a do líquido E, ela ficará em equilíbrio
quando parcialmente submersa no líquido E.
08. Falsa. É verdade que a esfera 2 possui o maior peso, visto que possui a mesma massa e
aceleração da gravidade é constante, contudo, devemos analisar as massas específicas para
determinarmos a posição onde ela ficará em equilíbrio.
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Dito isso, como 𝜇𝐵 = 0,70 𝑔/𝑐𝑚3 = 𝜇2 = 0,70 𝑔/𝑐𝑚3 < 𝜇𝐶 = 0,79 𝑔/𝑐𝑚3 . A esfera 2 se
encontrará completamente submersa em B, tangenciando a interface entre os líquidos B e C.
Gabarito: 𝟎𝟐 + 𝟎𝟒 = 𝟎𝟔.

2.2 - PRESSÃO

Quando uma pessoa segura um lápis bem apontado, utilizando um dedo indicador de cada
mão como apoio, e faz força por igual com as duas mãos, ela sente um incomodo maior no lado
apontado do lápis.

Figura 06.2 – Um lápis sendo apoiado por suas0 extremidades.

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Isso acontece porque, uma vez que a área de contato entre o dedo e a ponta do lápis é
menor, a pressão é maior. Esse conceito intuitivo nos leva inferir que a pressão é proporcional ao
módulo da força perpendicular, e inversamente proporcional à área na qual essa força é aplicada.

⃗|
|𝑭 Pressão exercida por
𝑷𝒓𝒆𝒔𝒔ã𝒐 = uma força perpendicular
𝑨
𝑵 [𝑭] = 𝑵 [𝑨] = 𝒎𝟐
[𝑷𝒓𝒆𝒔𝒔ã𝒐] = = 𝑷𝒂
𝒎𝟐
Repare que a unidade utilizada para a Pressão é o 𝑁/𝑚2 , também conhecido como 𝑃𝑎
(Pascal).

2.2.1 A Pressão Atmosférica


Os gases da atmosfera terrestre, apesar da pequena massa específica, exercem uma pressão
significativa na superfície terrestre, fruto de sua força peso. Essa pressão é conhecida como pressão
atmosférica, e é usualmente aferida com a unidade 𝑎𝑡𝑚, mas qual a relação entre as diferentes
unidades de pressão?
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Unidade Equivalência

𝟏 𝑵/𝒎𝟐 1 𝑃𝑎

𝟏 𝒂𝒕𝒎 ≅ 1 ∙ 105 𝑃𝑎

𝟏 𝒂𝒕𝒎 760 𝑚𝑚 𝐻𝑔

𝟏 𝒎𝒎 𝑯𝒈 1 𝑇𝑜𝑟𝑟

𝟏 𝒂𝒕𝒎 1,01325 𝐵𝑎𝑟

Note que 1 𝑎𝑡𝑚 ≅ 1 𝐵𝑎𝑟. A correlação mais importante dessa tabela é a entre a 𝑎𝑡𝑚 e o 𝑃𝑎.
O 𝑎𝑡𝑚 é uma unidade mais fácil de ser compreendida, afinal, todos estamos sujeitos, quando ao ar
livre e ao nível do mar, a uma pressão próxima de 1 𝑎𝑡𝑚, por outro lado, o 𝑃𝑎 é a unidade padrão
do Sistema Internacional com a qual devemos trabalhar durante a resolução de questões.
Achou estranhou aferir a pressão em função da altura do comprimento de uma coluna de
fluido? É isso mesmo, 1 𝑎𝑡𝑚 corresponde a uma coluna de Mercúrio (𝐻𝑔) de 760 𝑚𝑚, ou 76 𝑐𝑚.
Isso é fruto de um experimento realizado por Torricelli que será discutido em momento oportuno.
Vamos exercitar para fixar esse novo conceito e suas unidades.
(2017/CPS)
A amarelinha é uma brincadeira em que, em alguns momentos, a criança deve se apoiar com
os dois pés no chão e, em outros, com apenas um. Quando uma criança está equilibrada
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somente sobre um pé, a pressão exercida por ela sobre o chão, comparada com a pressão que
é exercida quando a criança tem seus dois pés apoiados é
a) quatro vezes maior.
b) duas vezes maior.
c) numericamente igual.
d) duas vezes menor.
e) quatro vezes menor.
Comentários
Devemos recorrer ao conceito de pressão para resolvermos essa questão:

|𝐹 | Pressão exercida por uma


𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 = força perpendicular
𝐴
𝑁 [𝐹 ] = 𝑁 [𝐴 ] = 𝑚 2
[𝑃 ] = = 𝑃𝑎
𝑚2
Cuidado com as letras usadas para representar as grandezas nessa relação. Não confunda o
“P” usado para fazer referência à pressão com o “P” usado para representar a força peso.
Nessa questão, a força peso da criança é a força a ser estudada. Como a massa da criança e a
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aceleração da gravidade são constantes, então, o peso também é.


Se a criança tem somente um dos pés apoiado no chão, a sua área de apoio se reduz à metade,
admitindo que os seus dois pés sejam iguais, logo, a pressão irá se duplicar.
Confira a análise algébrica da situação para os dois pés apoiados no chão:

𝑓𝑜𝑟ç𝑎 𝑝𝑒𝑠𝑜
𝑃𝑑𝑜𝑖𝑠 𝑝é𝑠 =
𝐴
E para um pé somente apoiado no chão, a área será a metade:

𝑓𝑜𝑟ç𝑎 𝑝𝑒𝑠𝑜
𝑃𝑢𝑚 𝑝é =
𝐴
2
Vamos repetir a fração do numerador e multiplicar pelo inverso da fração do denominador
no caso da pressão quando só um pé está apoiado no chão.

𝑓𝑜𝑟ç𝑎 𝑝𝑒𝑠𝑜
𝑃𝑢𝑚 𝑝é = 1
𝐴
2
𝑓𝑜𝑟ç𝑎 𝑝𝑒𝑠𝑜 2 𝑓𝑜𝑟ç𝑎 𝑝𝑒𝑠𝑜
𝑃𝑢𝑚 𝑝é = ∙ =2∙
1 𝐴 𝐴
Usando a primeira relação, de quando os dois pés estão no chão:

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𝑓𝑜𝑟ç𝑎 𝑝𝑒𝑠𝑜
𝑃𝑢𝑚 𝑝é = 2 ∙
𝐴
𝑃𝑢𝑚 𝑝é = 2 ∙ 𝑃𝑑𝑜𝑖𝑠 𝑝é𝑠

Gabarito: “b”

(2019/INÉDITA)
Um tanque de guerra de 3,0 𝑡𝑜𝑛𝑒𝑙𝑎𝑑𝑎𝑠 apoia-se através de duas esteiras, cada uma delas tem
uma área de contato como solo de 1,0 𝑚2 . Qual a pressão média exercida pelo veículo de
guerra citado no solo?
Comentários
Devemos recorrer ao conceito de pressão para resolvermos essa questão:

|𝐹 | Pressão exercida por uma


𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 = força perpendicular
𝐴
𝑁 [𝐹 ] = 𝑁 [𝐴 ] = 𝑚 2
[𝑃 ] = = 𝑃𝑎
𝑚2
Novamente, tome cuidado com as letras, pois a força peso do tanque é a força em questão.
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Lembre-se, também, que uma tonelada equivale a 103 𝑘𝑔.

𝑃𝑒𝑠𝑜 = 𝑚 ∙ 𝑔 Força peso

[𝑃 ] = 𝑁 [𝑚] = 𝐾𝑔 [𝑔] = 10 𝑚/𝑠 2

A área total de contato é o dobro da área de contato de cada esteira. Dessa forma, podemos
calcular a pressão:

𝑓𝑜𝑟ç𝑎 𝑝𝑒𝑠𝑜
𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 =
𝐴𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

𝑚𝑡𝑎𝑛𝑞𝑢𝑒 ∙ 𝑔 3,0 ∙ 103 ∙ 10


𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 = =
2 ∙ 𝐴𝑒𝑠𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎 2 ∙ 1,0

3,0 ∙ 104
𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 = = 1,5 ∙ 104 𝑁/𝑚2 = 1,5 ∙ 104 𝑃𝑎
2
Gabarito: 𝑷 = 𝟏, 𝟓 ∙ 𝟏𝟎𝟒 𝑷𝒂

3 - A PRESSÃO NO INTERIOR DE UM FLUIDO


A pressão total no interior de um fluido aumenta em função da profundidade a qual um corpo
se encontra, e é composta pela soma da pressão atmosférica 𝑃0 e a pressão exercida pela coluna de
fluido 𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 .

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Segundo o teorema de Stevin, as pressões exercidas em pontos de mesma altura em um único


fluido são iguais. A noção teórica desse teorema foi cobrada recentemente.
(2019/EEAR)
A superfície de um líquido em repouso em um recipiente é sempre plana e horizontal, pois
todos os seus pontos suportam a mesma pressão. Com base nessa afirmação, responda qual
Lei descreve esse fenômeno físico.
a) Lei de Pascal b) Lei de Stevin c) Lei de Torricelli d) Lei de Arquimedes
Comentários
Segundo o engenheiro, físico e matemático Simon Stevin, em pontos de uma mesma
profundidade dentro de um fluido, a pressão exercida é igual.
Gabarito: “b”

O peso do fluido é responsável por criar a pressão dentro do seu interior. Por esse motivo, a
pressão de um fluido é função da sua massa específica, da aceleração da gravidade e da
profundidade.
Vou lhe poupar das deduções, indo direto ao ponto, podemos escrever:

𝑷𝒇𝒍𝒖𝒊𝒅𝒐 = 𝝁𝒇𝒍𝒖𝒊𝒅𝒐 ∙ 𝒈 ∙ 𝒉 Pressão exercida por um fluido


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[𝑷𝒇𝒍𝒖𝒊𝒅𝒐 ] = 𝑷𝒂 [𝝁𝒇𝒍𝒖𝒊𝒅𝒐 ] = 𝒌𝒈/𝒎𝟑 [𝒈] = 𝟏𝟎 𝒎/𝒔𝟐 [𝒉] = 𝒎

Cuidado, a pressão total no interior de um fluido, quando a tampa do recipiente for aberta
ao ambiente externo, compreende também a pressão atmosférica:

𝑷𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝑷𝟎 + 𝑷𝒇𝒍𝒖𝒊𝒅𝒐 Pressão total no interior de um fluido

𝑷𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝑷𝟎 + 𝝁𝒇𝒍𝒖𝒊𝒅𝒐 ∙ 𝒈 ∙ 𝒉

[𝑷𝒇𝒍𝒖𝒊𝒅𝒐 ] = 𝑷𝒂 [𝝁𝒇𝒍𝒖𝒊𝒅𝒐 ] = 𝒌𝒈/𝒎𝟑 [𝒈] = 𝟏𝟎 𝒎/𝒔𝟐 [𝒉] = 𝒎

Essa relação nos traz algumas implicações: dois pontos a uma mesma profundidade de um
mesmo fluido apresentarão a mesma pressão, esses pontos são denominados isóbaros.
(2019/INÉDITA)
A vida consegue ocorrer mesmo em lugares inóspitos. Na fossa das Marianas, depressão
oceânica entre as placas tectônicas do Pacífico e das Filipinas, a profundidade atinge até 11000
metros de profundidade. Nesse ambiente, a alta pressão é tão desafiadora que os seres vivos
não conseguiriam viver na superfície, motivo pelo qual não podem ser trazidos para maiores
estudos.
Considerando a massa específica da água igual a 1,0 𝑔/𝑐𝑚3 , e a aceleração da gravidade
10 𝑚/𝑠 2 , a pressão nesse ambiente é de cerca de
(A) 1 atm (B) 11000 atm (C) 1100 atm (D) 1101 atm (E) 1001 atm

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Comentários
A pressão será dada pela soma da pressão atmosférica com a pressão da coluna de fluido:

𝑃 = 𝑃0 + 𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜

𝑃 = 𝑃0 + 𝜇𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ

𝑃 = 1 ⋅ 105 + 1 ⋅ 103 ⋅ 10 ⋅ 11000

𝑃 = 1 ⋅ 105 + 1 ⋅ 103 ⋅ 10 ⋅ 11000

𝑃 = 1 ⋅ 105 + 1 ⋅ 103 ⋅ 10 ⋅ 1100 ⋅ 10

𝑃 = 1 ⋅ 105 + 1100 ⋅ 105

𝑃 = 1101 ⋅ 105 𝑃𝑎 = 1101 𝑎𝑡𝑚

Gabarito: “d”

(2019/INÉDITA)
Recentemente, uma marca “A” lançou a décima primeira geração de um smartphone com o
selo de certificação IP68, afirmando que esse era capaz de ficar totalmente submerso na água
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em uma profundidade de 4 metros por 30 minutos. Em contrapartida, os principais


concorrentes afirmam que seus aparelhos são capazes de encarar uma profundidade de até 2
metros por 30 minutos.
Considere que a densidade da água é constante para diferentes profundidades. A pressão que
o novo modelo é capaz de suportar, em comparação aos seus concorrentes, é maior em
a) 0,2 𝑎𝑡𝑚 b) 1,2 𝑎𝑡𝑚 c) 8,2 𝑎𝑡𝑚 d) 30,2 𝑎𝑡𝑚
Comentários
A 2 metros de profundidade em água, a pressão é:

𝑃 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝑃𝑙í𝑞

𝑃 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜇𝑙í𝑞 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ

𝑃 = 1 ⋅ 105 + 1 ⋅ 103 ⋅ 10 ⋅ 2

𝑃 = 1 ⋅ 105 + 0,2 ⋅ 105 = 1,2 ⋅ 105 𝑃𝑎 = 1,2 𝑎𝑡𝑚

De maneira análoga, para 4 metros de profundidade:

𝑃 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜇𝑙í𝑞 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ

𝑃 = 1 ⋅ 105 + 1 ⋅ 103 ⋅ 10 ⋅ 4

𝑃 = 1 ⋅ 105 + 0,4 ⋅ 105 = 1,4 ⋅ 105 𝑃𝑎 = 1,4 𝑎𝑡𝑚

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Isso nos permite concluir que o novo aparelho é capaz de suportar 0,2 𝑎𝑡𝑚 a mais que seus
concorrentes.
Gabarito: “a”

(2017/FAMERP/MODIFICADA)
Uma caixa de massa 150 kg, com faces retangulares pintadas nas cores verde, vermelho e azul,
está apoiada na borda plana e horizontal de uma piscina de 2,0 𝑚 de profundidade, sobre uma
de suas faces azuis, conforme a figura 1, que também indica as dimensões de cada uma das
faces da caixa.
Na situação da figura 2, a caixa está dentro da piscina, totalmente submersa e apoiada no
fundo, em repouso, sobre uma de suas faces verdes.

Considerando que a água da piscina esteja parada, que sua massa específica seja igual a
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1,0 ∙ 103 𝑘𝑔/𝑚3 e que 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 , calcule, em pascal e em 𝑎𝑡𝑚:


a) a pressão exercida pela caixa sobre a borda da piscina, na situação indicada na Figura 1.
b) a pressão a qual a face superior verde da caixa está sujeita, na situação indicada na Figura 2.
Comentários
a) Devemos recorrer ao conceito de pressão para resolvermos essa alternativa:

|𝐹 | Pressão exercida por uma


𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 = força perpendicular
𝐴
𝑁 [𝐹 ] = 𝑁 [𝐴 ] = 𝑚 2
[𝑃 ] = = 𝑃𝑎
𝑚2
Novamente, tome cuidado com as letras, pois a força peso da caixa é a força em questão.

𝑃 = 𝑚∙𝑔 Força peso

[𝑃 ] = 𝑁 [𝑚] = 𝑘𝑔 [𝑔] = 10 𝑚/𝑠 2

A área azul da caixa é retangular, e sabemos que a área de um retângulo é calculada da


seguinte maneira:

𝐴 = 𝑏𝑎𝑠𝑒 ∙ 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 Área de um retângulo

Dessa forma, podemos calcular a pressão:

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𝑓𝑜𝑟ç𝑎 𝑝𝑒𝑠𝑜
𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 =
Á𝑟𝑒𝑎 𝑎𝑧𝑢𝑙
𝑚𝑐𝑎𝑖𝑥𝑎 ∙ 𝑔 150 ∙ 10 1500
𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 = = =
𝑏𝑎𝑠𝑒 ∙ 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 0,2 ∙ 0,5 0,2 ∙ 0,5

Multiplicar qualquer valor por 0,5 é o mesmo que dividir esse valor pela metade:

1500 1,5 ∙ 103


𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 = =
0,1 1 ∙ 10−1

𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 = 1,5 ∙ 104 𝑁/𝑚2 = 1,5 ∙ 104 𝑃𝑎

𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 = 0,15 ∙ 105 𝑃𝑎 ≅ 0,15 𝑎𝑡𝑚

b) Neste caso, a pressão atmosférica e o fluido são responsáveis pela pressão sob a qual a
face superior da caixa está sujeita. Note que ela está a uma profundidade de (2 − 0,2) 𝑚, que é a
profundidade da piscina subtraída da altura da face azul da caixa.
Então, podemos escrever:

𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑃0 + 𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 Pressão total no interior de um fluido


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𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑃0 + 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙ ℎ

E para a situação em questão:

𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 1 ∙ 105 + 1 ∙ 103 ∙ 10 ∙ (2 − 0,2)

𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 1 ∙ 105 + 1,8 ∙ 104

𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 1 ∙ 105 + 0,18 ∙ 105

𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 1,18 ∙ 105 𝑃𝑎

Como usamos dois algarismos significativos no enunciado:

𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ≅ 1,2 ∙ 105 𝑃𝑎 ≅ 1,2 𝑎𝑡𝑚

Gabarito: 𝒂) 𝑷 = 𝟏, 𝟓 ∙ 𝟏𝟎𝟒 𝑷𝒂 = 𝟎, 𝟏𝟓 𝒂𝒕𝒎 𝒃) 𝑷𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝟏, 𝟐 ∙ 𝟏𝟎𝟓 𝑷𝒂 = 𝟏, 𝟐 𝒂𝒕𝒎

(2019/INÉDITA)
O submarino argentino ARA San Juan foi localizado em novembro de 2018 em uma região de
depressões submarinas, a 800 metros de profundidade e cerca de 600 𝑘𝑚 da cidade de
Comodoro Rivadavia, na Patagônia.
A embarcação teria afundado um ano antes com 44 tripulantes a bordo. Dados coletados por
estações hidroacústicas da Organização do Tratado de Interdição Completa de Ensaios
Nucleares (CTBTO) evidenciaram uma anomalia curta, incomum e violenta, característica de

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uma explosão. O resgate dos corpos é uma operação bastante complexa, sobretudo pela
profundidade na qual o submarino se encontra.
Supondo que a pressão no interior do submarino seja mantida igual à atmosférica ao nível do
mar, a força, em 𝑘𝑁, necessária para que se abra uma portinhola retangular da embarcação,
de 50 𝑥 60 𝑐𝑚2 é de:

Fonte: Shutterstock

a) 12.400 b) 6.400 c) 2400 d) 3.200 e) 1.600


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Note e adote:
Massa específica da água: 1,0 ⋅ 103 𝑘𝑔/𝑚3 .
Adote que a massa específica da água é constante.
A aceleração da gravidade é de 10 𝑚/𝑠 2 .
Comentários
A pressão é definida por:

|𝐹 | Pressão exercida por uma


𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 = força perpendicular
𝐴
𝑁 [𝐹 ] = 𝑁 [𝐴 ] = 𝑚 2
[𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜] = = 𝑃𝑎
𝑚2
Note que, sabendo a área da superfície da portinhola, e a diferença de pressão a qual ela fica
submetida, podemos determinar a força necessária para que ela seja aberta.
Sendo a janela um retângulo, de dimensões 50 e 60 cm, a sua área se dará por:

𝐴𝑟𝑒𝑡â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 = 𝑏𝑎𝑠𝑒 ∙ 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 Área de uma superfície retangular

Substituindo-se as dimensões em questão:

𝐴𝑗𝑎𝑛𝑒𝑙𝑎 = 50 ∙ 60 = 3000 𝑐𝑚2

𝐴𝑗𝑎𝑛𝑒𝑙𝑎 = 3000 𝑐𝑚2 = 3000 ∙ 10−4 𝑚2

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𝐴𝑗𝑎𝑛𝑒𝑙𝑎 = 3 ∙ 103 ∙ 10−4 𝑚2

𝐴𝑗𝑎𝑛𝑒𝑙𝑎 = 3 ∙ 10−1 𝑚2

Para determinarmos a pressão sob a qual a janela está efetivamente sujeita, precisamos fazer
a diferença entre as pressões internas e externas.
A pressão interna, de acordo com o enunciado, é a mesma da atmosfera ao nível do mar, ou
seja, 1 𝑎𝑡𝑚. A pressão externa, a uma profundidade de 800 𝑚, pode ser calculada usando o teorema
de Stevin:

𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑃0 + 𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 Pressão total no interior de um fluido

𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑃0 + 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙ ℎ

[𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ] = 𝑃𝑎 [𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ] = 𝐾𝑔/𝑚3 [𝑔] = 10 𝑚/𝑠 2 [ℎ ] = 𝑚

Para a profundidade de 800 𝑚, temos:

𝑃𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎 = 𝑃0 + 𝜇á𝑔𝑢𝑎 ∙ 𝑔 ∙ ℎ

Tenha em mente que 1 𝑎𝑡𝑚 ≅ 1 ⋅ 105 𝑃𝑎:


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𝑃𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎 = 1 ⋅ 105 + 1 ⋅ 103 ∙ 10 ∙ 800

𝑃𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎 = 1 ⋅ 105 + 1 ⋅ 104 ∙ 80 ⋅ 101

𝑃𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎 = 1 ⋅ 105 + 80 ⋅ 105

𝑃𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎 = 81 ⋅ 105 𝑃𝑎

A diferença de pressão é:

∆𝑃 = 𝑃𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎 − 𝑃𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎

∆𝑃 = 81 ⋅ 105 − 1 ⋅ 105

∆𝑃 = 80 ⋅ 105 𝑃𝑎 = 80 ⋅ 105 𝑁/𝑚2

Repare que, sendo a pressão interna do submarino de 1 𝑎𝑡𝑚, a diferença de pressão


será a exercida pela coluna de fluido.

Voltando para a definição da pressão:

|𝐹 |
𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 =
𝐴
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Podemos passar a área efetuando a multiplicação da pressão, como uma forma de isolarmos
a força nessa relação:

𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 ∙ 𝐴 = 𝐹

Por fim, invertendo:

𝐹 = 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 ∙ 𝐴

Substituindo-se os valores calculados e inferidos:

𝐹 = 80 ⋅ 105 ∙ 3 ∙ 10−1

𝐹 = 8 ⋅ 106 ∙ 3 ∙ 10−1

𝐹 = 24 ⋅ 105 = 2400 ⋅ 103

𝐹 = 2400 𝑘𝑁

Como comparação, essa força equivale ao peso de um animal de 240.000 𝒌𝒈. A baleia-azul,
maior animal do nosso planeta, chega a 𝟏𝟓𝟎. 𝟎𝟎𝟎 𝒌𝒈 quando em fase adulta.

Gabarito: “c”.
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3.1 – O EXPERIMENTO DE TORRICELLI

Evangelista Torricelli, o mesmo da fórmula que descreve o movimento uniformemente


variado de um corpo, mergulhou um tubo de um metro, previamente cheio de mercúrio, em um
recipiente também contendo mercúrio.

Figura 06.3 – O experimento de Torricelli.

O nível do mercúrio no tubo baixou até um certo ponto, mas ainda permaneceu com uma
altura de 760 𝑚𝑚, ou 76 𝑐𝑚. Isso aconteceu devido ao fato de a pressão atmosférica exercer uma
força na superfície do fluido do recipiente, contrabalanceando o peso do mercúrio do tubo de vidro.
Esse instrumento simples e eficiente é capaz de medir a pressão atmosférica local, ou seja, é
um barômetro.
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3.2 - EQUILÍBRIO DE FLUIDOS IMISCÍVEIS: VASOS COMUNICANTES

Um vaso comunicante, ou seja, com duas, ou mais, aberturas para a atmosfera e uma parte
inferior na qual um fluido pode se movimentar apresenta algumas propriedades interessantes.
Lembre-se que, para um mesmo fluido, dois pontos a uma mesma profundidade serão isóbaros, ou
seja, terão a mesma pressão, independentemente do formato do tubo.

Figura 06.4 – Linhas com pontos isóbaros em vasos comunicantes.

O experimento fica ainda mais interessante quando unimos dois ou mais fluidos imiscíveis
(que não se misturam) em um tubo em U. Repare o que acontece quando adicionamos óleo em um
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recipiente que antes continha somente água em equilíbrio.

Figura 06.5 – Óleo adicionado em um tubo em U em equilíbrio que antes só continha água.

Na segunda situação, os pontos A e B estão sujeitos à mesma pressão, pois eles estão no
mesmo fluido e no mesmo nível. Isso significa que a coluna de fluido acima deles tem uma pressão
equivalente.
Com isso, podemos escrever que:

𝑃𝐴 = 𝑃𝐵

Como os tubos são abertos, a pressão nos pontos equivale à soma da pressão atmosférica e
a pressão criada pela coluna de fluido acima de cada um dos pontos.

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𝑃0 + 𝑃á𝑔𝑢𝑎 = 𝑃0 + 𝑃ó𝑙𝑒𝑜

Podemos eliminar a pressão atmosférica em ambos os lados dessa equação.

P0 + 𝑃á𝑔𝑢𝑎 = P0 + 𝑃ó𝑙𝑒𝑜

𝑃á𝑔𝑢𝑎 = 𝑃ó𝑙𝑒𝑜

Explicitando a pressão da coluna de um fluido:

𝜇á𝑔𝑢𝑎 ∙ 𝑔 ∙ ℎ1 = 𝜇ó𝑙𝑒𝑜 ∙ 𝑔 ∙ ℎ2

Cancelando a aceleração da gravidade nos dois lados da equação:

𝜇á𝑔𝑢𝑎 ∙ 𝑔 ∙ ℎ1 = 𝜇ó𝑙𝑒𝑜 ∙ 𝑔 ∙ ℎ2

Finalmente, chegamos à equação que relaciona os dois pontos isóbaros no interior do tubo
comunicante da figura:

𝜇á𝑔𝑢𝑎 ∙ ℎ1 = 𝜇ó𝑙𝑒𝑜 ∙ ℎ2

Extrapolando essa relação para uma situação qualquer, em que um dois pontos isóbaros têm
acima 𝑛 fluidos de massa específica 𝜇 e coluna de cada um desses fluidos de altura ℎ:
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𝝁𝟏 ∙ 𝒉𝟏 + 𝝁𝟐 ∙ 𝒉𝟐 + ⋯ + 𝝁𝒏 ∙ 𝒉𝒏 = 𝝁𝟏 ∙ 𝒉𝟏 + 𝝁𝟐 ∙ 𝒉𝟐 + ⋯ + 𝝁𝒏 ∙ 𝒉𝒏

Vamos ver um exemplo para aplicarmos essa relação:


(2018/EEAR)
Em um sistema de vasos comunicantes, são colocados dois líquidos imiscíveis, água com
densidade de 1,0 𝑔/𝑐𝑚3 e óleo com densidade de 0,85 𝑔/𝑐𝑚3 .
Após os líquidos atingirem o equilíbrio hidrostático, observa-se, numa das extremidades do
vaso, um dos líquidos isolados, que fica a 20 𝑐𝑚 acima do nível de separação, conforme pode
ser observado na figura.
Determine o valor de x, em cm, que corresponde à altura acima do nível de separação e
identifique o líquido que atinge a altura x.

a) 8,5; óleo b) 8,5; água c) 17,0; óleo d) 17,0; água


Comentários
A água tem massa específica maior que o do óleo, portanto, uma coluna de água tem maior
peso do que uma de óleo de mesma altura. Nessa mesma linha de raciocínio, para equilibrar uma
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coluna maior de óleo, é necessário uma coluna menor de água. Com isso, podemos concluir que o
fluido x é a água.
Podemos calcular a altura x fazendo uso da relação para fluidos imiscíveis em tubos
comunicantes. Em relação à linha tracejada:

𝜇ó𝑙𝑒𝑜 ∙ ℎó𝑙𝑒𝑜 = 𝜇á𝑔𝑢𝑎 ∙ ℎá𝑔𝑢𝑎

Sendo essa uma simples relação, podemos substituir os valores fora das unidades padrões do
Sistema Internacional, com o cuidado de nos lembrarmos que as grandezas descobertas seguirão as
unidades equivalentes às fornecidas:
𝑔 𝑔
0,85 ( 3
) ∙ 20 (𝑐𝑚) = 1,0 ( 3 ) ∙ 𝑥 (𝑐𝑚)
𝑐𝑚 𝑐𝑚
0,85 ∙ 20 = 1,0 ∙ 𝑥

𝑥 = 0,85 ∙ 20 = 17 𝑐𝑚

Gabarito: “d”

Vamos resolver uma com mais de 2 fluidos em equilíbrio:


(2019/INÉDITA)
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Três líquidos imiscíveis estão em equilíbrio em um tubo em U, como representados na figura


abaixo. Sendo 𝜇1 = 1,0 𝑔/𝑐𝑚3 e 𝜇2 = 6,0 𝑔/𝑐𝑚3 , determine a massa específica do fluído 3
𝜇3 , em 𝑔/𝑐𝑚3 .

Comentários
Podemos calcular a massa específica do fluído 3, 𝜇3 , fazendo uso da relação para fluidos
imiscíveis em tubos comunicantes. Em relação à linha tracejada mais abaixo, já que ela representa
uma linha isobárica, podemos escrever:

𝜇1 ∙ ℎ1 + 𝜇2 ∙ ℎ2 = 𝜇3 ∙ ℎ3

Sendo essa uma simples relação, podemos substituir os valores fora das unidades padrões do
Sistema Internacional, com o cuidado de nos lembrarmos que as grandezas descobertas seguirão as
unidades equivalentes às fornecidas:

1,0 ∙ 14 + 6,0 ∙ 4,0 = 𝜇3 ∙ 10

14 + 24 = 𝜇3 ∙ 10

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38 = 𝜇3 ∙ 10

38
𝜇3 = = 3,8 𝑔/𝑐𝑚3
10
Gabarito: 𝝁𝟑 = 𝟑, 𝟖 𝒈/𝒄𝒎𝟑

(2019/INÉDITA)
Fluidos imiscíveis possuem comportamento característico quando colocados em tubos
comunicantes e abertos para a atmosfera. Admita que a massa específica de um certo óleo seja
de 0,8 𝑔/𝑐𝑚3 .
Considere que o arranjo descrito pela figura tenha sido feito usando-se um líquido escuro,
denominado “x”, água e óleo.
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Se os três fluidos são imiscíveis, podemos afirmar que a massa específica do líquido x vale
a) 13600 𝑘𝑔/𝑚3 b) 13,6 𝑘𝑔/𝑚3 c) 1,36 𝑘𝑔/𝑚3 d) 136000 𝑘𝑔/𝑚3
Comentários
Pelo equilíbrio de pressão entre as superfícies à mesma altura do líquido x:

𝜇𝑥 ⋅ 𝑔 ⋅ 4,0 = 𝜇á𝑔𝑢𝑎 ⋅ 𝑔 ⋅ 48 + 𝜇ó𝑙𝑒𝑜 ⋅ 𝑔 ⋅ 8,0

𝜇𝑥 ⋅ 𝑔 ⋅ 4,0 = 𝜇á𝑔𝑢𝑎 ⋅ 𝑔 ⋅ 48 + 𝜇ó𝑙𝑒𝑜 ⋅ 𝑔 ⋅ 8,0

𝜇𝑥 ⋅ 4,0 = 𝜇á𝑔𝑢𝑎 ⋅ 48 + 𝜇ó𝑙𝑒𝑜 ⋅ 8,0

A massa específica do óleo foi fornecida no enunciado da questão, ao passo que a da água
veio no comando inicial da prova de Física.

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𝜇𝑥 ⋅ 4,0 = 1,0 ⋅ 48 + 0,8 ⋅ 8,0

𝜇𝑥 ⋅ 4,0 = 48 + 6,4

𝜇𝑥 ⋅ 4,0 = 48 + 6,4

𝜇𝑥 = 13,6 𝑔/𝑐𝑚3 = 13600 𝑘𝑔/𝑚3

Gabarito: “a”

(2019/INÉDITA)
Um instrumento usado para a aferição da pressão de fluidos é formado por dois tubos verticais
que se comunicam por suas bases e são abertos em suas extremidades. O conjunto é
preenchido de forma parcial por um fluido imiscível com a água e, inicialmente, o nível nos
tubos é o mesmo. Em um certo momento, é introduzida água no tubo da esquerda, de modo
a criar uma pressão equivalente a 240 𝑃𝑎.
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Figura meramente ilustrativa


Considerando que não ocorram vazamentos no sistema, o fluido no tubo à direita
experimentará uma ascensão, em 𝑚𝑚, igual a
a) 24 b) 12 c) 2,0 d) 8,0 e) 10
Note e adote:
Diâmetro do tubo à esquerda: 40 𝑚𝑚
Diâmetro do tubo à direita: 20 𝑚𝑚
Densidade do fluido que preenche o instrumento: 2,4
Massa específica da água: 1,0 𝑔/𝑐𝑚3
Aceleração local da gravidade = 10 𝑚/𝑠 2
Comentários
Primeiro devemos descobrir a quantos 𝑚𝑚 de coluna de água, a pressão de 240 𝑃𝑎 equivale:

240 = 1,0 ⋅ 103 ⋅ 10 ⋅ ℎ𝐻2 𝑂

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24 ⋅ 10 24 24
ℎ𝐻2 𝑂 = 4
= 3
𝑚 = 3
⋅ 103 𝑚𝑚 = 24 𝑚𝑚
10 10 10
Uma vez que não existem vazamentos, podemos escrever que o volume do fluido no tubo à
esquerda, que desceu “a” 𝑚𝑚 em relação ao ponto original, equivaleu à subida de “b” 𝑚𝑚 no tubo
à direita.

𝑉𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎 = 𝑉𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑎
2 2
𝜋 ⋅ 𝑟𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎 ⋅ 𝑎 = 𝜋 ⋅ 𝑟𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑎 ⋅𝑏

𝜋 ⋅ 202 ⋅ 𝑎 = 𝜋 ⋅ 102 ⋅ 𝑏

400 ⋅ 𝑎 = 100 ⋅ 𝑏 ⇒ 𝑏 = 4 ⋅ 𝑎

Pela lei de Stevin, podemos escrever:

𝑃𝐴 = 𝑃𝐵

𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝑃𝐻2𝑂 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜

𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝑃𝐻2𝑂 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜


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𝜇𝐻2 𝑂 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ𝐻2 𝑂 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜

Se devemos considerar o ponto de interface entre os dois fluidos, temos que a coluna de
fluido no tubo à direita subiu de 𝑎 + 𝑏:

1,0 ⋅ 𝑔 ⋅ 24 = 2,4 ⋅ 𝑔 ⋅ (𝑎 + 𝑏)

24
= 2,4 ⋅ (𝑎 + 𝑏)
2,4

10 = 𝑎 + 𝑏

Devemos resolver o sistema para determinar a ascensão pedida, dada por 𝑏:

10 = 𝑎 + 4 ⋅ 𝑎 ⇒ 𝑎 = 2

Logo:

𝑏 =4⋅𝑎 =4⋅2=8

Gabarito: “d”.

3.3 - PRINCÍPIO DE PASCAL: A PRENSA HIDRÁULICA

Qualquer variação de pressão ocorrida num ponto de um fluido em equilíbrio se


transmite integralmente a todos os pontos desse fluido.

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De forma mais didática: imagine um tubo em U, no qual um fluido está em equilíbrio, suponha
que exista um êmbolo (como em uma seringa) em cada uma das aberturas desse tubo. A pressão
exercida em uma das aberturas é semelhante à exercida na outra. Existem inúmeras aplicações
práticas para esse princípio, desde freios e direções hidráulicas a sistemas elaborados de prensas e
balanças, e todas fazem uso da mesma aplicação: obter uma força maior que a exercida:

Figura 06.6 – Esquema de uma prensa hidráulica simples.


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Como a pressão nos dois êmbolos é igual, podemos escrever:

𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜1 = 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜2

Desenvolvendo essa expressão, fazendo uso da definição da pressão, temos:

𝐹1 𝐹 2 Relação extraída de uma


=
𝐴1 𝐴2 prensa hidráulica

A clássica questão do elefante pode nos ajudar a fixar esse conhecimento:


(2001/UERJ)
Um adestrador quer saber o peso de um elefante. Utilizando uma prensa hidráulica, consegue
equilibrar o elefante sobre um pistão de 2000 𝑐𝑚2 de área, exercendo uma força vertical 𝐹
equivalente a 200 𝑁, de cima para baixo, sobre o outro pistão da prensa, cuja área é igual a
25 𝑐𝑚2 .

Calcule o peso do elefante.

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Comentários
Podemos usar a relação de uma prensa hidráulica para resolvermos essa questão. Lembre-se
que as pressões devem ser iguais nos dois êmbolos, daí:

𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜1 = 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜2

Desenvolvendo essa expressão e fazendo uso da definição da pressão, temos:

𝐹1 𝐹 2 Relação extraída de uma


=
𝐴1 𝐴2 prensa hidráulica

Para a situação em questão:

𝐹𝑜𝑟ç𝑎 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑒𝑙𝑒𝑓𝑎𝑛𝑡𝑒 𝐹


=
𝐴𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 𝐴𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟
𝐹
𝐹𝑜𝑟ç𝑎 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑒𝑙𝑒𝑓𝑎𝑛𝑡𝑒 = ∙ 𝐴𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟
𝐴𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟
𝐴𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟
𝐹𝑜𝑟ç𝑎 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑒𝑙𝑒𝑓𝑎𝑛𝑡𝑒 = 𝐹 ∙
𝐴𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟

Note que o poder de multiplicação da força 𝐹 decorre da relação entre as áreas dos êmbolos.
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Finalmente, substituindo-se os valores fornecidos no enunciado:

2000 2000
𝐹𝑜𝑟ç𝑎 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑒𝑙𝑒𝑓𝑎𝑛𝑡𝑒 = 200 ∙ =8∙
25 1
𝐹𝑜𝑟ç𝑎 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑒𝑙𝑒𝑓𝑎𝑛𝑡𝑒 = 16000 = 1,6 ∙ 104 𝑁

Gabarito: 𝑷 = 𝟏, 𝟔 ∙ 𝟏𝟎𝟒 𝑵.

4 - O PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES
Arquimedes inferiu que um corpo, quando submerso em um fluido, perde parte de seu peso.
Isso decorre do fato de que o fluido tenta expulsar esse corpo, exercendo uma força com direção
vertical e sentido para cima, chamada de força de empuxo.
Essa força é proporcional ao peso do líquido deslocado, como o volume de líquido deslocado
é semelhante ao volume do corpo, é mais intuitivo nos referirmos a esse último na formulação de
uma relação para o empuxo.

4.1 - O EMPUXO

O empuxo é proporcional ao peso do fluido deslocado pelo corpo submerso.

𝐸 = 𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜 Relação fundamental da força de empuxo.

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Sabemos que o peso de um corpo se dá pelo produto entre a sua massa e a gravidade.

𝐸 = 𝑚𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜 ∙ 𝑔

Durante o estudo da fluidostática e da fluidodinâmica é muito mais habitual que, ao invés de


usarmos a massa de um corpo, façamos referência ao produto entre o seu volume a sua massa
específica, veja como esses dois são congruentes, a partir da definição da massa específica:
𝑚 Massa específica de um corpo maciço
𝜇=
𝑉
Logo:

𝜇∙𝑉 = 𝑚

𝑚 =𝜇∙𝑉

Assim podemos escrever para o empuxo:

𝐸 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑉𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜 ∙ 𝑔

Finalmente, como o volume do fluido deslocado é semelhante ao volume do corpo submerso,


contanto que esse corpo não sofra nenhuma deformação.
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Desse modo, podemos escrever para a força de empuxo:

𝑬 = 𝝁𝒇𝒍𝒖𝒊𝒅𝒐 ∙ 𝑽𝒄𝒐𝒓𝒑𝒐 𝒔𝒖𝒃𝒎𝒆𝒓𝒔𝒐 ∙ 𝒈 Força de empuxo exercida em função


da massa específica do fluido

[ 𝑬] = 𝑵 [𝝁] = 𝒌𝒈/𝒎𝟑 [𝑽] = 𝒎𝟑 [𝒈] = 𝒎/𝒔𝟐

4.1.1 - Flutuabilidade
O peso aparente é uma maneira de se referir à resultante das forças em um corpo submerso
em um fluido. Ela dá a falsa impressão de que todo corpo em um fluido tem uma força resultante
com direção vertical e sentido para baixo, o que é falso.
De modo facilitado, a direção da resultante das forças é função da relação entre as massas
específicas do fluido e do corpo nele submerso: um corpo de massa específica menor que a massa
específica do fluido irá flutuar, visto que a força de empuxo será superior que a sua força peso.
De modo contrário, um corpo cuja massa específica seja maior que a do fluido no qual esteja
submerso irá afundar, pois a sua força peso é maior que a força de empuxo.
Em uma última situação, caso a massa específica do corpo e a do fluido sejam semelhantes,
a força peso e a força de empuxo terão o mesmo módulo e irão se anular, dessa forma, o corpo
ficará em repouso no interior do fluido.
Veja um exemplo com cortiça, ferro e uma melancia. Esses materiais têm massa específica
menor, maior e igual à da água, respectivamente.

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Figura 06.7 – Corpos de diferentes massas específicas em contato com a água.

Note que as três situações são estáticas. Caso seja abandonada no interior da água, a esfera
de cortiça terá uma força de empuxo maior que a força peso, fazendo com que essa seja levada até
a superfície e tenha uma fração do volume expulsa do fluido, para então, atingir o equilíbrio
representado.
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Por outro lado, quando a esfera de ferro é abandonada no interior do líquido, o seu peso é
superior à força de empuxo nele exercida, fazendo com que ela seja levada até o fundo do recipiente,
quando a força normal irá se unir ao empuxo para equilibrar o peso da esfera.
A melancia, caso abandonada em repouso no interior do fluido, permanecerá em equilíbrio,
sem se mover. Isso decorre do fato de a força peso e a força de empuxo apresentarem o mesmo
módulo. Vamos praticar para fixar.
(2019/INÉDITA)
Um corpo de massa 𝑚, e massa específica 𝜇𝑐 , é totalmente imerso no interior de um fluido de
massa específica 𝜇 e, então, abandonado. Assuma que o módulo da força de empuxo exercida
pelo fluido é 𝐸 e o módulo do peso do corpo 𝑃 e despreze os atritos envolvidos. Se o corpo,
imediatamente após ser abandonado, tende para a superfície do fluido podemos afirmar que
a) 𝐸 = 𝑃 e 𝜇𝑐 > 𝜇 b) 𝐸 < 𝑃 e 𝜇𝑐 = 𝜇
c) 𝐸 > 𝑃 e 𝜇𝑐 > 𝜇 d) 𝐸 > 𝑃 e 𝜇𝑐 < 𝜇
e) 𝐸 < 𝑃 e 𝜇𝑐 = 𝜇
Comentários
Na situação, se o corpo está tendendo para a superfície após ser abandonado, teremos que
o módulo do empuxo, que é vertical e de sentido para cima, é superior ao módulo da força peso,
vertical e de sentido para baixo:

⃗ | > |P
|E ⃗|

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Se o corpo tende a subir, temos uma situação como a da cortiça no exemplo acima, na qual a
massa específica do corpo é menor que a do fluido no qual está imerso:

𝜇𝑐 < 𝜇

Gabarito: “d”

(2019/INÉDITA)
Em uma tarde ensolarada, um aluno que deve prestar vestibular relaxava na piscina de seu
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prédio. Como forma de colocar os aprendizados de Física em prática, decide encher um balão
feito de borracha, com uma massa combinada de 50 𝑔, e o veda completamente com um nó.
O estudante pega, então, o balão e o posiciona no fundo da piscina, ficando esse com um
volume de 200 𝑚𝑙. Quando aluno solta o balão, ele adquire uma aceleração vertical e para
cima de módulo igual a
a) 20 𝑚/𝑠 2 b) 30 𝑚/𝑠 2 c) 40 𝑚/𝑠 2 d) 50 𝑚/𝑠 2
Comentários
Quando o balão é solto, as duas forças atuando sobre ele são o peso e o empuxo, sendo que
o empuxo deve ser superior ao peso, já que o balão adquire aceleração vertical e para cima.
Podemos usar a segunda lei de Newton para determinarmos a aceleração adquirida pelo balão
quando ele é solto:

𝐹𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = 𝑚 ⋅ 𝑎

𝐸−𝑃 =𝑚⋅𝑎

𝜇𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏 ⋅ 𝑔 − 𝑚𝑏𝑎𝑙ã𝑜 ⋅ 𝑔 = 𝑚𝑏𝑎𝑙ã𝑜 ⋅ 𝑎

𝜇𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏 ⋅ 𝑔 − 𝑚𝑏𝑎𝑙ã𝑜 ⋅ 𝑔


𝑎=
𝑚𝑏𝑎𝑙ã𝑜

Devemos converter o volume do balão para 𝑚3 . Lembre-se que 1 𝑚3 = 1000 𝑙 e 200 𝑚𝑙 =


0,2 𝑙:

𝑉𝑏𝑎𝑙ã𝑜 = 200 𝑚𝑙 = 0,2 𝑙 = 0,2 ⋅ 10−3 𝑚3

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A massa também precisa ser convertida para 𝑘𝑔: 50 𝑔 = 0,05 𝑘𝑔. Voltando para equação
principal, temos:

1,0 ⋅ 103 ⋅ 0,2 ⋅ 10−3 ⋅ 10 − 0,05 ⋅ 10


𝑎=
0,05

1,0 ⋅ 103 ⋅ 0,2 ⋅ 10−3 ⋅ 10 − 0,5


𝑎=
0,05

2 − 0,5 1,5 15 ⋅ 10−1


𝑎= = = = 3 ⋅ 101 = 30 𝑚/𝑠 2
0,05 0,05 5 ⋅ 10−2
Gabarito: “b”

(2019/INÉDITA)
Um corpo de volume de 1,5 ∙ 103 litros, e massa específica de 0,50 𝑔/𝑐𝑚3 está totalmente
imerso em um líquido de densidade igual a 2,0, em relação a água. Sendo a aceleração da
gravidade 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 , e a massa específica da água 𝜇á𝑔𝑢𝑎 = 1,0 𝑔/𝑐𝑚3 , determine:
a) a intensidade da força de empuxo com que o líquido age sobre o corpo;
b) a intensidade da força ascensional que age sobre o corpo;
c) a aceleração do movimento do corpo do líquido, desprezadas as resistências.
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Comentários
O objeto, totalmente imerso, está sob o efeito de duas forças: o empuxo vertical e com
sentido para cima e o peso, vertical e para baixo. Como esse tem massa específica menor que o
líquido, é de supor que o empuxo é maior que o seu peso.
Antes de resolver as alternativas, devemos converter as unidades para o sistema
internacional:

𝜇𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 = 0,5 𝑔/𝑐𝑚3 = 0,5 ∙ 103 𝑘𝑔/𝑚3

A massa específica do fluido pode ser extraída de sua densidade:

𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 = 𝑑𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝜇á𝑔𝑢𝑎

𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 = 2,0 ∙ 1 𝑔/𝑐𝑚3 = 2,0 𝑔/𝑐𝑚3

E essa também precisa ser convertida:

𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 = 2,0 𝑔/𝑐𝑚3 = 2,0 ∙ 103 𝑘𝑔/𝑚3

O volume do corpo também precisa ser convertido, 1 𝑚3 equivale a 1000 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠, portanto:

𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 = 1,5 ∙ 103 𝑙 = 1,5 ∙ 103 ∙ 10−3 𝑚3

𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 = 1,5 𝑚3

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A força de empuxo pode ser calculada segundo a relação com o peso do fluido deslocado:

𝐸 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ∙ 𝑔 Força de empuxo exercida em função


da massa específica do fluido

[𝐸 ] = 𝑁 [𝜇] = 𝑘𝑔/𝑚3 [𝑉 ] = 𝑚 3 [𝑔] = 𝑚/𝑠 2

Para o caso em questão:

𝐸 = 2,0 ∙ 103 ∙ 1,5 ∙ 10

𝐸 = 3,0 ∙ 104 𝑁

b) A força ascensional tem esse nome porque o empuxo é superior à força peso, logo, o corpo
sobe ao ser largado no interior do fluido. Podemos afirmar isso antes de efetuar qualquer cálculo
pelo fato de a massa específica do fluido ser superior à massa específica do corpo.
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A força resultante, chamada de força ascensional, se dará pela diferença entre a força de
empuxo e a força peso:

𝐹𝑟 = 𝐸 − 𝑃

Já sabemos o empuxo, e o peso pode ser calculado pelo produto entre a massa e a gravidade
do corpo:

𝑃 =𝑚∙𝑔

Lembre-se que em questões que envolvem hidrostática é comum que, ao invés de usarmos a
massa, façamos referência ao produto entre o seu volume a sua massa específica:

𝑚 =𝜇∙𝑉 Massa de um corpo em função da sua


massa específica e do seu volume

Voltando à força resultante, temos:

𝐹𝑟 = 𝐸 − 𝑃

𝐹𝑟 = 𝐸 − 𝑚 ∙ 𝑔

𝐹𝑟 = 𝐸 − 𝜇𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ∙ 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ∙ 𝑔

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Achou essa última relação para o peso familiar? Sim, é a própria relação que usamos para o
empuxo, afinal, a força de empuxo equivale ao peso do fluido deslocado.
Vamos substituir os valores das variáveis:

𝐹𝑟 = 3,0 ∙ 104 − 0,5 ∙ 103 ∙ 1,5 ∙ 10

𝐹𝑟 = 3,0 ∙ 104 − 7,5 ∙ 103

𝐹𝑟 = 3,0 ∙ 104 − 0,75 ∙ 104

𝐹𝑟 = 2,25 ∙ 104

Como trabalhamos com dois algarismos significativos:

𝐹𝑟 = 2,3 ∙ 104 𝑁

c) Para determinarmos a aceleração do corpo, podemos recorrer à segunda lei de Newton:

⃗𝑭𝒓𝒆𝒔𝒖𝒍𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆 = 𝒎 ∙ 𝒂
⃗ 2ª lei de Newton

⃗ = 𝒌𝒈 ∙ 𝒎⁄𝒔𝟐 = 𝑵
𝑭 [𝑚] = 𝑘𝑔 [𝑎 ] = 𝑚 ⁄𝑠 2

Usando novamente a massa como o produto da massa específica pelo volume:


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𝐹𝑟 = 𝜇𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ∙ 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ∙ 𝑎

2,3 ∙ 104 = 0,5 ∙ 103 ∙ 1,5 ∙ 𝑎

Invertendo a equação:

0,5 ∙ 103 ∙ 1,5 ∙ 𝑎 = 2,3 ∙ 104

2,3 ∙ 104 2,3 ∙ 104


𝑎= =
0,5 ∙ 103 ∙ 1,5 0,5 ∙ 1,5 ∙ 103

2,3 ∙ 101 23
𝑎= =
0,5 ∙ 1,5 0,5 ∙ 1,5

Primeiro vamos fazer a divisão do 23 pelo 0,5. Lembre-se que dividir por 0,5 é o mesmo que
multiplicar por 2.

46
𝑎=
1,5

Finalmente, podemos multiplicar o numerador e o denominador por 10 para facilitar a divisão


a ser feita:

46 10 460
𝑎= ∙ = ≅ 30,7 𝑚/𝑠 2
1,5 10 15

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Com dois algarismos significativos:

𝑎 ≅ 31 𝑚/𝑠 2 ≅ 3,1 ∙ 101 𝑚/𝑠 2

Gabarito: 𝒂) 𝑬 = 𝟑, 𝟎 ∙ 𝟏𝟎𝟒 𝑵, 𝒃) 𝑭𝒓 = 𝟐, 𝟑 ∙ 𝟏𝟎𝟒 𝑵, 𝒄) 𝒂 ≅ 𝟑, 𝟏 ∙ 𝟏𝟎𝟏 𝒎/𝒔𝟐

(2019/INÉDITA)
Uma esfera sólida e homogênea, de massa específica 𝜇, repousa totalmente imersa na
interface entre dois fluidos imiscíveis. O fluido de cima tem massa específica 𝜇1 e o de baixo,
𝜇2 , de modo que 𝜇1 < 𝜇 < 𝜇2 .

A fração do volume da esfera imersa no líquido inferior é:


(𝜇2 −𝜇1 ) (𝜇−𝜇1 ) (𝜇+𝜇1 ) (𝜇+𝜇1 ) (𝜇−𝜇1 )
𝑎) (𝜇−𝜇1 )
𝑏) (𝜇1 −𝜇2 )
𝑐) (𝜇2 +𝜇1 )
𝑑) (𝜇2 −𝜇1 )
𝑒) (𝜇2 −𝜇1 )
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Comentários
Para que exista o equilíbrio, as forças verticais agindo sobre o corpo devem se anular.
Portanto, a soma dos empuxos, exercidos pelos fluidos, deve ser equivalente à força peso, em
módulo.

𝐸1 + 𝐸2 = 𝑃

Chamando de 𝑉1 a fração do corpo submersa no fluido 1, e 𝑉2 a fração do mesmo submersa


em 2, temos:

𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 1 ∙ 𝑔 ∙ 𝑉1 + 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 2 ∙ 𝑔 ∙ 𝑉2 = 𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ∙ 𝑔

Simplificando essa expressão, temos:

𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 1 ∙ 𝑔 ∙ 𝑉1 + 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 2 ∙ 𝑔 ∙ 𝑉2 = 𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ∙ 𝑔

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𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 1 ∙ 𝑉1 + 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 2 ∙ 𝑉2 = 𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜

Escrevendo a massa em função da massa específica e do volume de um corpo, temos:

𝑚 =𝜇∙𝑉

Voltando para a equação anterior, usando a notação proposta e chamando de 𝑉 o volume da


esfera, temos:

𝜇1 ∙ 𝑉1 + 𝜇2 ∙ 𝑉2 = 𝑉 ∙ 𝜇

Como queremos a razão 𝑉2 /𝑉, devemos substituir 𝑉1 por 𝑉 − 𝑉2 :

𝜇1 ∙ (𝑉 − 𝑉2 ) + 𝜇2 ∙ 𝑉2 = 𝑉 ∙ 𝜇

𝜇1 ∙ 𝑉 − 𝜇1 ⋅ 𝑉2 + 𝜇2 ∙ 𝑉2 = 𝑉 ∙ 𝜇

𝜇2 ∙ 𝑉2 − 𝜇1 ⋅ 𝑉2 = 𝑉 ∙ 𝜇 − 𝜇1 ∙ 𝑉

𝑉2 ⋅ (𝜇2 − 𝜇1 ) = 𝑉 ∙ (𝜇 − 𝜇1 )

𝑉2 (𝜇 − 𝜇1 )
=
𝑉 (𝜇2 − 𝜇1 )
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Gabarito: “e”.

(2019/INÉDITA)
Uma pequena esfera, de massa 500 𝑔 é presa a um fio ideal fixado um ponto P no fundo de
um tanque. O sistema está totalmente imerso em um fluido de massa específica maior que a
da esfera.

A massa de líquido deslocada pela esfera é de


a) 225 𝑔 b) 325 𝑔 c) 425 𝑔 d) 525 𝑔 e) 625 𝑔
Note e adote:
O comprimento do fio ideal é de 50,0 𝑐𝑚 e seu volume é desprezível.
A esfera oscila com pequena amplitude e período igual a 6,00 𝑠.
Desconsidere os efeitos resistivos.
A aceleração da gravidade local é 𝑔 = 10,0 𝑚/𝑠 2 e aproxime 𝜋 = 3

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Comentários
Se a massa específica do fluido é maior que a da esfera, então ela oscila com uma aceleração
vertical e de sentido para cima. Se o período de oscilação é baixo, podemos determinar essa
aceleração pela seguinte relação:

Período de oscilação de um pêndulo


𝐿
𝑇 = 2 ∙ 𝜋√ simples quando em baixas amplitudes.
𝑎

Para o problema em questão, temos:


2
𝐿
𝑇 2 = (2 ∙ 𝜋√ )
𝑎

𝐿
𝑇2 = 4 ∙ 𝜋2 ⋅
𝑎
𝐿
𝑎 = 4 ∙ 𝜋2 ⋅
𝑇2
0,5 0,5
𝑎 = 4 ∙ 32 ⋅ = 36 ⋅ = 0,5 𝑚/𝑠 2
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6 2 36
A força resultante atuando na esfera é dada pela diferença entre o empuxo e o peso da esfera:

𝐹𝑅 = 𝑚 ⋅ 𝑎

𝐸−𝑃 =𝑚⋅𝑎

𝜇𝑙𝑖𝑞 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏 ⋅ 𝑔 − 𝑚 ⋅ 𝑔 = 𝑚 ⋅ 𝑎

Se a esfera está totalmente submersa o seu volume é o próprio volume de líquido deslocado:

𝜇𝑙𝑖𝑞 ⋅ 𝑉 ⋅ 𝑔 − 𝑚 ⋅ 𝑔 = 𝑚 ⋅ 𝑎

𝑚𝑙𝑖𝑞 ⋅ 𝑔 − 𝑚 ⋅ 𝑔 = 𝑚 ⋅ 𝑎

𝑚⋅𝑎+𝑚⋅𝑔
𝑚𝑙𝑖𝑞 =
𝑔
0,5 ⋅ 0,5 + 0,5 ⋅ 10 0,25 + 5 5,25
𝑚𝑙𝑖𝑞 = = = = 0,525 𝑘𝑔
10 10 10
Gabarito: “d”.

(2019/INÉDITA)
Em uma aula prática de Física, uma esfera maciça foi submetida a duas situações. Na primeira
ela foi colocada em recipiente contendo um líquido de massa específica igual a 20% da massa

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específica da água. Nesse caso descia em direção ao fundo do vaso. Na segunda situação, a
esfera foi colocada em água e flutuou em repouso, com um terço de seu volume submerso.

A aceleração a qual a esfera ficou submetida na primeira situação foi de


a) 1,0 𝑚/𝑠 2 b) 4,0 𝑚/𝑠 2 c) 23,0 𝑚/𝑠 2 d) 11,0 𝑚/𝑠 2 e) 19,0 𝑚/𝑠 2
Note e adote:
A massa específica da água vale 1,0 ⋅ 103 𝑘𝑔/𝑚3 .
Assuma que as únicas forças atuando na esfera são o seu peso o empuxo produzido pelo fluido.
Aceleração local da gravidade = 10 𝑚/𝑠 2 .
Comentários
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A expressão que descreve a força de empuxo é:

𝐸 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ∙ 𝑔 Força de empuxo exercida em função


da massa específica do fluido

[𝐸 ] = 𝑁 [𝜇] = 𝑘𝑔/𝑚3 [𝑉 ] = 𝑚 3 [𝑔] = 𝑚/𝑠 2

E a expressão que descreve a força peso:

𝑃 =𝑚∙𝑔 Força peso

[𝑃 ] = 𝑁 [𝑚] = 𝑘𝑔 [𝑔] = 𝑚/𝑠 2

Da segunda situação, na qual o peso do corpo e o empuxo produzido pela água tem mesmo
módulo, podemos escrever:

𝐸á𝑔𝑢𝑎 = 𝑃𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜

𝜇á𝑔𝑢𝑎 ∙ 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ∙ 𝑔 = 𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ∙ 𝑔

𝜇á𝑔𝑢𝑎 ∙ 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ∙ 𝑔 = 𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ∙ 𝑔

𝜇á𝑔𝑢𝑎 ∙ 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 = 𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜

Podemos escrever a massa do corpo em função de sua massa específica e seu volume:

𝜇á𝑔𝑢𝑎 ∙ 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 = 𝜇𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ⋅ 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜

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Se um terço do corpo está submerso:

𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜
𝜇á𝑔𝑢𝑎 ∙ = 𝜇𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ⋅ 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜
3
𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜
𝜇á𝑔𝑢𝑎 ∙ = 𝜇𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ⋅ 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜
3
𝜇á𝑔𝑢𝑎
= 𝜇𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜
3
𝜇á𝑔𝑢𝑎
𝜇𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 =
3
De posse da massa específica do corpo, podemos descobrir a aceleração na primeira situação.
Se o corpo tende a ir para o fundo do recipiente, podemos inferir que o peso terá módulo superior
ao empuxo. Pela segunda lei de Newton, temos:

𝑃𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 − 𝐸𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 = 𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ⋅ 𝑎

𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ∙ 𝑔 − 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ∙ 𝑔 = 𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ∙ 𝑎

Na primeira situação o corpo está completamente submerso:


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𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ∙ 𝑔 − 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ∙ 𝑔 = 𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ∙ 𝑎

Devemos novamente substituir a massa do corpo pela relação de sua massa específica e seu
volume:

𝜇𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ⋅ 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ∙ 𝑔 − 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ∙ 𝑔 = 𝜇𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ⋅ 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ∙ 𝑎

𝜇𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ⋅ 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ∙ 𝑔 − 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ∙ 𝑔 = 𝜇𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ⋅ 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ∙ 𝑎

𝜇𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ∙ 𝑔 − 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 = 𝜇𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ⋅ 𝑎

𝜇𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ∙ 𝑔 − 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 𝑔 ⋅ (𝜇𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 − 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 )


𝑎= =
𝜇𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝜇𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜

Finalmente, substituindo a relação das massas específicas com a da água:

𝜇á𝑔𝑢𝑎 2 ⋅ 𝜇á𝑔𝑢𝑎 10 ⋅ 𝜇á𝑔𝑢𝑎 6 ⋅ 𝜇á𝑔𝑢𝑎


𝑔⋅( − ) 𝑔⋅( − )
3 10 30 30
𝑎= 𝜇á𝑔𝑢𝑎 = 𝜇á𝑔𝑢𝑎
3 3
4 ⋅ 𝜇á𝑔𝑢𝑎 4 ⋅ 𝜇á𝑔𝑢𝑎
𝑔⋅ 𝑔⋅ 4 3 4
𝑎= 30 = 30 =𝑔⋅ ⋅ =𝑔⋅ = 4,0 𝑚/𝑠 2
𝜇á𝑔𝑢𝑎 𝜇á𝑔𝑢𝑎 30 1 10
3 3
Gabarito: “b”.

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5 - FLUIDODINÂMICA
A fluidostática, ou hidrostática estuda os fluidos em equilíbrio estático. Por outro lado, a
fluidodinâmica, ou hidrodinâmica, estuda os fluidos em movimento. Os regimes de fluxo constante
são um dos objetos de estudo da fluidodinâmica.

5.1 - REGIMES DE FLUXO CONSTANTE

Suponha um fluido ideal que escoa com velocidade constante e uniforme ao longo de uma
tubulação cuja área da secção transversal é conhecida e constante.
Vamos adotar algumas hipóteses simplificadoras para descrever o escoamento de um fluido
ideal:
• O escoamento é não viscoso. Ou seja, os atritos internos do fluido são desprezíveis. Imagine
um virar um pote de mel e um pote de água, a água rapidamente deixa o recipiente, ao passo
que o mel, não. O mel é um fluido muito mais viscoso que a água.
• O escoamento é incompressível. Isso significa que a massa específica do fluido não varia em
função do tempo. Isso é, de certa forma, aceitável para líquidos, por outro lado, é grosseiro
admitir o escoamento de um gás como incompressível.
• O escoamento é irrotacional. Nenhuma parcela do fluido efetua movimentos rotacionais em
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relação ao seu centro de massa durante o escoamento.


• O escoamento é estacionário. Isso significa que a velocidade vetorial do fluido não varia com
o tempo. Imagine que as moléculas do fluido seguem uma mesma trajetória, como se
formassem uma fila, mais conhecida como uma linha de corrente. Esse tipo de escoamento
é o oposto de um escoamento turbulento.

Figura 06.8 – Um fluido com velocidade 𝒗 que passa através de um corte transversal de área A.

Adotadas essas hipóteses simplificadoras, podemos dizer que a vazão 𝑄 de fluido que passa
através de um certo corte transversal de um tubo se dá pela razão entre a variação de volume ∆𝑉 e
o intervalo de tempo ∆𝑡:

∆𝑽 Vazão de escoamento de um fluido ideal


𝑸=
∆𝒕
[𝑸] = 𝒎𝟑 /𝒔 [𝑽] = 𝒎𝟑 [𝒕] = 𝒔

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Com a definição de vazão e a relação entre vazão e velocidade de escoamento seremos


capazes de resolver boa parte das questões que abordam a fluidodinâmica em vestibulares não
militares.
Como o volume da unidade de escoamento é de formato cilíndrico, podemos dizer que ele se
dará pelo produto entre a área da secção transversal 𝐴 (base do cilindro) e a sua altura ∆𝑆.


𝑨 ∙ ∆𝑺
𝑸=
∆𝒕
Lembrando que, sendo a velocidade de escoamento constante, 𝑣 = ∆𝑆/∆𝑡, daí:

𝐴 ∙ ∆𝑆
𝑄=
∆𝑡
𝑄 = 𝐴∙𝑣

Portanto, a vazão 𝑄 em tubo é proporcional ao produto entre a área da secção transversal 𝐴


e a velocidade de escoamento 𝑣.


𝑸= 𝑨∙𝒗 Relação entre vazão e velocidade

[𝑸] = 𝒎𝟑 /𝒔 [𝑨] = 𝒎𝟐 [𝒗
⃗ ] = 𝒎/𝒔
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É importante relembrarmos o cálculo da área de uma secção transversal de um tubo. Ela se


resume ao cálculo da área de um círculo.

Figura 06.9 – Um círculo de raio R.

𝑨 = 𝝅 ∙ 𝑹𝟐 Área de um círculo em
função do seu raio

Também podemos expressar essa área em função do diâmetro do círculo. Como o raio 𝑅
equivale à metade do diâmetro 𝐷:

𝐷 2
𝐴=𝜋∙( )
2
𝐷2
𝐴=𝜋∙
4

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Reescrevendo essa relação:

𝝅 ∙ 𝑫𝟐 Área de um círculo em função do seu diâmetro


𝑨=
𝟒

6 - RESUMO DA AULA EM MAPAS MENTAIS


Atenção: use o(s) mapa(as) mental(ais) como forma de fixar o conteúdo e para
consulta durante a resolução das questões, não tente decorar as fórmulas específicas para
cada situação, ao invés disso entenda como deduzi-las.
Tente elaborar os seus mapas mentais, eles serão de muito mais fácil assimilação do
que um montado por outra pessoa. Além disso, leia um mapa mental a partir da parte
superior direita, e siga em sentido horário.
O mapa mental foi disponibilizado como um arquivo .pdf em anexo ao seu material.
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7 - LISTA DE QUESTÕES

7.1 - JÁ CAIU NO ENEM

1. (2018/ENEM)
Talvez você já tenha bebido suco usando dois canudinhos iguais. Entretanto, pode-se verificar
que, se colocar um canudo imerso no suco e outro do lado de fora do líquido, fazendo a sucção
simultaneamente em ambos, você terá dificuldade em bebê-lo.
Essa dificuldade ocorre porque o(a)
a) força necessária para a sucção do ar e do suco simultaneamente dobra de valor.
b) densidade do ar é menor que a do suco, portanto, o volume de ar aspirado é muito maior
que o volume de suco.
c) velocidade com que o suco sobe deve ser constante nos dois canudos, o que é impossível
com um dos canudos de fora.
d) peso da coluna de suco é consideravelmente maior que o peso da coluna de ar, o que
dificulta a sucção do líquido.
e) pressão no interior da boca assume praticamente o mesmo valor daquela que atua sobre o
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suco.

2. (2018/ENEM PPL)
A figura apresenta o esquema do encanamento de uma casa onde se detectou a presença de
vazamento de água em um dos registros. Ao estudar o problema, o morador concluiu que o
vazamento está ocorrendo no registro submetido à maior pressão hidrostática.

Em qual registro ocorria o vazamento?


a) l b) II c) III d) IV e) V

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3. (2017/ENEM PPL)
Um estudante construiu um densímetro, esquematizado na figura, utilizando um
canudinho e massa de modelar. O instrumento foi calibrado com duas marcas de
flutuação, utilizando água (marca A) e etanol (marca B) como referências. Em seguida, o
densímetro foi usado para avaliar cinco amostras: vinagre, leite integral, gasolina (sem
álcool anidro), soro fisiológico e álcool comercial (92,8 °GL).
Que amostra apresentará marca de flutuação entre os limites A e B?
a) Vinagre. b) Gasolina. c) Leite integral.
d) Soro fisiológico. e) Álcool comercial.

4. (2016/ENEM PPL)
Um navio petroleiro é capaz de transportar milhares de toneladas de carga. Neste caso, uma
grande quantidade de massa consegue flutuar. Nesta situação, o empuxo é
a) maior que a força peso do petroleiro.
b) igual à força peso do petroleiro.
c) maior que a força peso da água deslocada.
d) igual â força peso do volume submerso do navio.
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e) igual á massa da água deslocada.

5. (2015/ENEM PPL)
No manual de uma torneira elétrica são fornecidas instruções básicas de instalação para que o
produto funcione corretamente:
- Se a torneira for conectada à caixa-d’água domiciliar, a pressão da água na entrada da torneira
deve ser no mínimo 18 𝑘𝑃𝑎 e no máximo 38 𝑘𝑃𝑎.
- Para pressões da água entre 38 𝑘𝑃𝑎 e 75 𝑘𝑃𝑎 ou água proveniente diretamente da rede
pública, é necessário utilizar o redutor de pressão que acompanha o produto.
- Essa torneira elétrica pode ser instalada em um prédio ou em uma casa.
Considere a massa específica da água 1.000 𝑘𝑔/𝑚3 e a aceleração da gravidade 10 𝑚/𝑠 2 .

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Para que a torneira funcione corretamente, sem o uso do redutor de pressão, quais deverão
ser a mínima e a máxima altura entre a torneira e a caixa-d’água?
a) 1,8 m e 3,8 m b) 1,8 m e 7,5 m c) 3,8 m e 7,5 m
d) 18 m e 38 m e) 18 m e 75 m

6. (2014/ENEM)
Uma pessoa, lendo o manual de uma ducha que acabou de adquirir para a sua casa, observa o
gráfico, que relaciona a vazão na ducha com a pressão, medida em metros de coluna de água
(𝑚𝑐𝑎).
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Nessa casa residem quatro pessoas. Cada uma delas toma um banho por dia, com duração
média de 8 minutos, permanecendo o registro aberto com vazão máxima durante esse tempo.
A ducha é instalada em um ponto seis metros abaixo do nível da lâmina de água, que se
mantém constante dentro do reservatório.
Ao final de 30 dias. esses banhos consumirão um volume de água, em litros, igual a
a) 69.120. b) 17.280. c) 11.520. d) 8.640. e) 2.880.

7. (2013/ENEM PPL)
Os densímetros instalados nas bombas de combustível permitem averiguar se a quantidade de
água presente no álcool hidratado está dentro das especificações determinadas pela Agência
Nacional do Petróleo (ANP). O volume máximo permitido de água no álcool é de 4,9%. A
densidade da água e do álcool anidro são de 1,00 𝑔/𝑐𝑚3 e 0.80 𝑔/𝑐𝑚3 , respectivamente.
Disponível em: http://nxt.anp.gov.br. Acesso em: 5 dez. 2011 (adaptado).

A leitura no densímetro que corresponderia à fração máxima permitida de água é mais próxima
de
a) 0,20 𝑔/𝑐𝑚3 . b) 0,81 𝑔/𝑐𝑚3 . c) 0,90 𝑔/𝑐𝑚3 .
d) 0,99 𝑔/𝑐𝑚3 . e) 1,80 𝑔/𝑐𝑚3 .

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8. (2013/ENEM)
Para realizar um experimento com uma garrafa PET cheia de água, perfurou-se a lateral da
garrafa em três posições a diferentes alturas. Com a garrafa tampada, a água não vazou por
nenhum dos orifícios, e, com a garrafa destampada, observou-se o escoamento da água,
conforme ilustrado na figura.

Como a pressão atmosférica interfere no escoamento da água, nas situações com a garrafa
tampada e destampada, respectivamente?
a) Impede a saída de água, por ser maior que a pressão interna; não muda a velocidade de
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escoamento, que só depende da pressão da coluna de água.


b) Impede a saída de água, por ser maior que a pressão interna; altera a velocidade de
escoamento, que é proporcional à pressão atmosférica na altura do furo.
c) Impede a entrada de ar, por ser menor que a pressão interna; altera a velocidade de
escoamento, que é proporcional ã pressão atmosférica na altura do furo.
d) Impede a saída de água, por ser maior que a pressão interna; regula a velocidade de
escoamento, que só depende da pressão atmosférica.
e) Impede a entrada de ar, por ser menor que a pressão interna: não muda a velocidade de
escoamento, que só depende da pressão da coluna de água.

9. (2013/ENEM)
Para oferecer acessibilidade aos portadores de dificuldade de locomoção, é utilizado, em
ônibus e automóveis, o elevador hidráulico. Nesse dispositivo é usada uma bomba elétrica,
para forçar um fluido a passar de uma tubulação estreita para outra mais larga, e dessa forma
acionar um pistão que movimenta a plataforma. Considere um elevador hidráulico cuja área
da cabeça do pistão seja cinco vezes maior do que a área da tubulação que sai da bomba.
Desprezando o atrito e considerando uma aceleração gravitacional de 10𝑚/𝑠 2 , deseja-se
elevar uma pessoa de 65 𝑘𝑔 em uma cadeira de rodas de 15 𝑘𝑔 sobre a plataforma de 20 𝑘𝑔.
Qual deve ser a força exercida pelo motor da bomba sobre o fluido, para que o cadeirante seja
elevado com velocidade constante?
a) 20 N b) 100 N c) 200N d) 1000 N e) 5000 N

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7.2 - JÁ CAIU NOS PRINCIPAIS VESTIBULARES

1. (2020/UFPR)
Uma força de módulo 𝐹 é aplicada perpendicularmente sobre uma superfície de área 𝐴,
gerando uma pressão de valor 𝑃1 . Se a força se torna quatro vezes maior e a área cai pela
metade, a pressão torna-se 𝑃2 . Com base nesses dados, assinale a alternativa que apresenta
corretamente o valor da relação entre 𝑃1 e 𝑃2 .
a) 𝑃2 = 𝑃1 /2. b) 𝑃2 = 𝑃1 . c) 𝑃2 = 2 𝑃1 .
d) 𝑃2 = 4 𝑃1 . e) 𝑃2 = 8 𝑃1 .

2. (2019/FUVEST/1ª FASE)
Os grandes aviões comerciais voam em altitudes onde o ar é rarefeito e a pressão atmosférica
é baixa. Devido a isso, eles têm o seu interior pressurizado em uma pressão igual à atmosférica
na altitude de 2.000 m. A figura mostra o gráfico da pressão atmosférica em função da altitude.
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A força, em N, a que fica submetida uma janela plana de vidro, de 20 𝑥 30 𝑐𝑚2 , na cabine de
passageiros na altitude de 10.000 𝑚, é, aproximadamente

a) 12.400 b) 6.400 c) 4800 d) 3.200 e) 1.600

3. (2019/UECE)
O município de Fortaleza experimentou, nos primeiros meses de 2019, uma intensa quadra
chuvosa. Em abril, por exemplo, dados de uma instituição de meteorologia revelaram que a
média de chuva no mês inteiro, no município, foi aproximadamente 500 𝑚𝑚. Supondo que a
densidade da água seja 103 𝑘𝑔/𝑚3 , considerando que o município de Fortaleza tenha uma
área de aproximadamente 314 𝑘𝑚2 , e que a chuva tenha se distribuído uniformemente em
toda a área, é correto estimar que a massa total de chuva foi
a) 500 ⋅ 109 𝑘𝑔 b) 157 ⋅ 109 𝑘𝑔 c)157 ⋅ 109 𝑡𝑜𝑛𝑒𝑙𝑎𝑑𝑎𝑠 d) 500 ⋅ 109 𝑡𝑜𝑛𝑒𝑙𝑎𝑑𝑎𝑠

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4. (2017/MACKENZIE)
Um navio flutua porque
a) seu peso é pequeno quando comparado com seu volume.
b) seu volume é igual ao volume do líquido deslocado.
c) o peso do volume do líquido deslocado é igual ao peso do navio.
d) o peso do navio é menor que o peso do líquido deslocado.
e) o peso do navio é maior que o peso do líquido deslocado.

5. (2018/FMP)
Um objeto de massa 𝑚 e densidade 𝜌 está em equilíbrio, totalmente imerso dentro de um
fluido. O empuxo exercido pelo fluido sobre o objeto
a) tem módulo menor que o do peso do objeto, é vertical e para baixo.
b) tem módulo maior que o do peso do objeto, é vertical e para cima.
c) é nulo.
d) depende da profundidade em que o objeto está mergulhado.
e) tem módulo igual ao do peso do objeto, é vertical e para cima.
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6. (2019/UEG)
Em um recipiente cilíndrico, de 5,0 𝑐𝑚 de raio, são despejados 200 𝑚𝑙 de água e 200 𝑚𝐿 de
óleo. Considerando que a densidade da água vale 1,0 𝑔/𝑐𝑚3 e que a do óleo vale 0,8 𝑔/𝑐𝑚3 ,
qual será aproximadamente a pressão total, em 𝑁/𝑚2 , somente por esses líquidos no fundo
do recipiente?
Considere 𝜋 = 3.
a) 320 b) 800 c) 540 d) 160 e) 480

7. (2018/UNESP)
No processo de respiração, o ar flui para dentro e para fora dos pulmões devido às diferenças
de pressão, de modo que, quando não há fluxo de ar, a pressão no interior dos alvéolos é igual
à pressão atmosférica. Na inspiração, o volume da cavidade torácica aumenta, reduzindo a
pressão alveolar de um valor próximo ao de uma coluna de 2,0 𝑐𝑚 de 𝐻2 𝑂 (água).
Considerando a aceleração gravitacional igual a 10 𝑚/𝑠² e a massa específica da água igual a
1,0 ∙ 103 𝑘𝑔/𝑚3 , a variação da pressão hidrostática correspondente a uma coluna de 2,0 𝑐𝑚
de 𝐻2 𝑂 é
a) 2,0 ∙ 101 𝑃𝑎 b) 0,5 ∙ 103 𝑃𝑎 c) 0,5 ∙ 102 𝑃𝑎
d) 2,0 ∙ 102 𝑃𝑎 e) 2,0 ∙ 103 𝑃𝑎

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8. (2018/UFU)
Em uma sala de aula, um professor de física realiza o seguinte
experimento: enrola um pedaço de papel na forma de um canudo e o
coloca atravessando um orifício feito na parte superior de uma
garrafa plástica, transparente, vazia e sem tampa, como ilustrado na
figura. Em seguida, ateia fogo na extremidade do canudo que está do
lado de fora da garrafa. O que se observa como resultado é que a
fumaça do lado de fora da garrafa movimenta-se para cima,
enquanto, na outra extremidade do canudo, do lado de dentro da
garrafa, a fumaça flui para baixo (figura).

Um estudante, que acompanha o experimento, faz as seguintes afirmações:


I - A fumaça, independentemente de estar do lado de fora ou de dentro da garrafa, possui
densidade menor que a do ar atmosférico que a envolve.
II - A fumaça do lado de dentro da garrafa desce, porque o ar atmosférico que entra pela
abertura superior da garrafa sem tampa a arrasta para baixo.
III - A fumaça do lado de dentro da garrafa desce por estar em temperatura próxima à do
ambiente e, por ser uma suspensão de partículas, possui maior densidade que o ar atmosférico.
Em relação às afirmações acima, marque V para as verdadeiras e F para as falsas e assinale a
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alternativa CORRETA.
a) I - V; II- F; III- F. b) 1- V; II- V; III- V.
c) I - F; II- V; III- F. d) I - F; II - F; III- V.

9. (2018/USF)
Um manual de instruções de um aparelho medidor de pressão (esfigmomanômetro) traz as
seguintes informações para o uso correto do aparelho:
– Sente-se em uma cadeira que tenha encosto.
– Coloque seu braço sobre uma mesa de modo que a braçadeira esteja no mesmo nível que
seu coração.
– Coloque os dois pés no chão.

Das alternativas a seguir, assinale a que apresenta o princípio físico que tem relação direta com
a posição correta da braçadeira.
a) Se um corpo está em equilíbrio sob a ação exclusiva de três forças não paralelas, então elas
deverão ser concorrentes.

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b) Pontos de um mesmo líquido em equilíbrio situados em um mesmo plano horizontal


recebem pressões iguais.
c) As alturas alcançadas por dois líquidos imiscíveis em um par de vasos comunicantes são
inversamente proporcionais às suas massas específicas.
d) Um líquido confinado transmite integralmente, a todos os seus pontos, os acréscimos de
pressão que recebe.
e) Todo corpo mergulhado em um fluido recebe um empuxo vertical, de baixo para cima, cuja
intensidade é igual ao peso do fluido deslocado

10. (2018/EEAR)
Um operário produz placas de cimento para serem utilizadas como calçamento de jardins. Para
a produção destas placas utiliza-se uma forma metálica de dimensões 20 cm x 10 cm e altura
desprezível. Uma prensa hidráulica aplica sobre essa área uma pressão de 40 𝑘𝑃𝑎 visando
compactar uma massa constituída de cimento, areia e água. A empresa resolveu reduzir as
dimensões para 20 cm x 5 cm, mas mantendo a mesma força aplicada, logo o novo valor da
pressão utilizada na produção das placas é de _______𝑘𝑃𝑎.
a) 20 b) 40 c) 80 d) 160
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11. (2018/CFTMG)
A figura a seguir mostra dois recipientes cilíndricos lacrados, contendo um mesmo líquido,
porém com alturas e diâmetros diferentes. Considere 𝑃1 e 𝑃2 as pressões no interior do fundo
dos frascos 1 e 2, respectivamente.

A razão entre as pressões 𝑃1 /𝑃2 é dada por


a) 1/2. b) 1. c) 2. d) 4.
12. (2018/PUCRJ)
Um recipiente de altura ℎ e aberto para atmosfera se encontra completamente cheio de um
líquido tal que a pressão no ponto mais baixo do tubo é o dobro da pressão atmosférica 𝑝0 .

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Se o líquido for totalmente substituído por outro com metade de sua densidade, a pressão no
ponto mais baixo do tubo será,
a) 3𝑝0 /2 b) 2𝑝0 c) 𝑝0 d) 𝑝0 /2 e) 3𝑝0

13. (2018/EEAR)
O valor da pressão registrada na superfície de um lago é de 1 ∙ 105 𝑁/𝑚2 , que corresponde a
1 𝑎𝑡𝑚. Um mergulhador se encontra, neste lago, a uma profundidade na qual ele constata uma
pressão de 3 𝑎𝑡𝑚. Sabendo que a densidade da água do lago vale 1,0 𝑔/𝑐𝑚3 e o módulo da
aceleração da gravidade no local vale 10,0 𝑚/𝑠 2 , a qual profundidade, em metros, em relação
à superfície, esse mergulhador se encontra?
a) 10 b) 20 c) 30 d) 40

14. (2018/ESPCEX/AMAN)
Quatro objetos esféricos A, B, C e D, sendo respectivamente suas massas 𝑚𝐴 , 𝑚𝐵 , 𝑚𝐶 e 𝑚𝐷 ,
tendo as seguintes relações 𝑚𝐴 > 𝑚𝐵 e 𝑚𝐵 = 𝑚𝐶 = 𝑚𝐷 , são lançados dentro de uma piscina
contendo um líquido de densidade homogênea. Após algum tempo, os objetos ficam em
equilíbrio estático. Os objetos A e D mantêm metade de seus volumes submersos e os objetos
C e B ficam totalmente submersos conforme o desenho abaixo.
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Desenho ilustrativo fora de escala


Sendo 𝑉𝐴 , 𝑉𝐵 , 𝑉𝐶 e 𝑉𝐷 os volumes dos objetos A, B, C e D, respectivamente, podemos afirmar
que
a) 𝑉𝐴 = 𝑉𝐷 > 𝑉𝐶 = 𝑉𝐵 b) 𝑉𝐴 = 𝑉𝐷 > 𝑉𝐶 > 𝑉𝐵
c) 𝑉𝐴 > 𝑉𝐷 > 𝑉𝐵 = 𝑉𝐶 d) 𝑉𝐴 < 𝑉𝐷 = 𝑉𝐵 = 𝑉𝐶
e) 𝑉𝐴 = 𝑉𝐷 < 𝑉𝐶 < 𝑉𝐵

15. (2018/EFOMM)
Em um recipiente contendo dois líquidos imiscíveis, com densidade 𝑝1 = 0.4 𝑔/𝑐𝑚3 e 𝑝2 =
1,0 𝑔/𝑐𝑚3 , é mergulhado um corpo de densidade 𝑝𝑐 = 0.6 𝑔/𝑐𝑚3 , que flutua na superfície
que separa os dois líquidos (conforme apresentado na figura). O volume de 10 𝑐𝑚3 do corpo
está imerso no fluido de maior densidade. Determine o volume do corpo, em 𝑐𝑚3 , que está
imerso no fluido de menor densidade.

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a) 5.0 b) 10,0 c) 15,0 d) 20,0 e) 25,0

16. (2018/FGV)
Uma pessoa mergulhou na água do mar gelado de uma praia argentina e desceu até
determinada profundidade. Algum tempo depois, ela teve a oportunidade de mergulhar à
mesma profundidade na tépida água de uma praia caribenha. Lembrando que a densidade da
água varia com a temperatura, é correto afirmar que o empuxo sofrido pela pessoa
a) e a pressão exercida pela água sobre ela foram os mesmos tanto na praia argentina como
na caribenha.
b) foi de menor intensidade na praia caribenha, mas a pressão exercida pela água foi a mesma
em ambas as praias.
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c) foi de maior intensidade na praia caribenha, mas a pressão exercida pela água nessa praia
foi menor.
d) foi de menor intensidade na praia caribenha, e a pressão exercida pela água nessa praia foi
menor também.
e) foi de mesma intensidade em ambas as praias, mas a pressão exercida pela água na praia
caribenha foi maior.

17. (2018/EPCAR/AFA)
Dois recipientes A e B, contendo o mesmo volume de água, são colocados separadamente
sobre duas balanças I e II, respectivamente, conforme indicado na figura a seguir.

A única diferença entre os recipientes A e B está no fato de que B possui um “ladrão” que
permite que a água escoe para um outro recipiente C, localizado fora das balanças.

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Em seguida, mergulha-se, lentamente, sem girar e com velocidade constante, por meio de um
fio ideal, em cada recipiente, um cilindro metálico, maciço, de material não homogêneo, de tal
forma que o seu eixo sempre se mantém na vertical. Os cilindros vão imergindo na água, sem
provocar variação de temperatura e sem encostar nas paredes e nos fundos dos recipientes,
de tal forma que os líquidos, nos recipientes A e B, sempre estarão em equilíbrio hidrostático
no momento da leitura nas balanças. O gráfico que melhor representa a leitura L das balanças
I e II, respectivamente, LI e LII em função da altura h submersa de cada cilindro é

18. (2018/UFJF/PISM 2)
Na solução da prova, use quando necessário: 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 , 1 𝑎𝑡𝑚 = 105 𝑃𝑎, 𝜌á𝑔𝑢𝑎 =
1000 𝑘𝑔/𝑚3 , 𝜋(𝑝𝑖) = 3.
Para economizar energia, você contratou uma bombeira hidráulica, chamada Maria Emmy, que
instalou um sistema de aquecimento solar para um reservatório de água. O reservatório é
conectado ao chuveiro de sua casa por 12 metros de tubulação com diâmetro de 1 cm. Quando
a torneira é aberta, o chuveiro apresenta uma vazão constante de 6 litros por minuto. Quanto
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tempo você deve esperar para começar a cair água quente no chuveiro? Utilize 𝜋(𝑝𝑖) ≈ 3.
a) 18 s b) 9 s c) 36 s d) 2,25 s e) 5,5 s

19. (2017/UNESP)
No sistema auditivo humano, as ondas sonoras são captadas pela membrana timpânica, que
as transmite para um sistema de alavancas formado por três ossos (martelo, bigorna e estribo).
Esse sistema transporta as ondas até a membrana da janela oval, de onde são transferidas para
o interior da cóclea. Para melhorar a eficiência desse processo, o sistema de alavancas aumenta
a intensidade da força aplicada, o que, somado à diferença entre as áreas das janelas timpânica
e oval, resulta em elevação do valor da pressão.

Considere que a força aplicada pelo estribo sobre a janela oval seja 1,5 vezes maior do que a
aplicada pela membrana timpânica sobre o martelo e que as áreas da membrana timpânica e
da janela oval sejam 42,0 𝑚𝑚2 e 3,0 𝑚𝑚2 , respectivamente. Quando uma onda sonora exerce
sobre a membrana timpânica uma pressão de valor 𝑃𝑇 , a correspondente pressão exercida
sobre a janela oval vale
a) 42 𝑃𝑇 b) 14 𝑃𝑇 c) 63 𝑃𝑇 d) 21 𝑃𝑇 e) 7 𝑃𝑇

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20. (2017/PUC-RJ)
Uma esfera de raio R flutua sobre um fluido com apenas 1/8 de seu volume submerso. Se esta
esfera encolhesse uniformemente, mantendo sua massa inicial, qual seria o valor mínimo de
seu raio para que não viesse a afundar?
a) 𝑅/2 b) 𝑅/3 c) 𝑅/8 d) 𝑅/16 e) 𝑅/24

21. (2017/UNIGRANRIO)
Uma pedra cujo peso vale 500 𝑁 é mergulhada e mantida submersa dentro d’água em
equilíbrio por meio de um fio inextensível e de massa desprezível. Este fio está preso a uma
barra fixa como mostra a figura. Sabe-se que a tensão no fio vale 300 𝑁. Marque a opção que
indica corretamente a densidade da pedra em 𝑘𝑔/𝑚3 . Dados: Densidade da água = 1 𝑔/𝑐𝑚3
e 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 .

a) 200 b) 800 c) 2.000 d) 2.500 e) 2.800


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22. (2017/EFOMM)
O tipo de manômetro mais simples é o de tubo aberto, conforme a figura abaixo. Uma das
extremidades do tubo está conectada ao recipiente que contém um gás a uma pressão 𝑝𝑔á𝑠 , e
a outra extremidade está aberta para a atmosfera. O líquido dentro do tubo em forma de U é
o mercúrio, cuja densidade é 13,6 ∙ 103 𝑘𝑔/𝑚3 . Considere as alturas ℎ1 = 5,0 𝑐𝑚 e ℎ2 =
8,0 𝑐𝑚. Qual é o valor da pressão manométrica do gás em pascal?

Dado: 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2

a) 4,01 ∙ 103 b) 4,08 ∙ 103 c) 40,87 ∙ 102 d) 4,9 ∙ 104 e) 48,2 ∙ 102

23. (2017/PUC-RJ)
Um tubo em forma de U, aberto nos dois extremos e de seção reta constante, tem em seu
interior água e gasolina, como mostrado na figura.

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Sabendo que a coluna de gasolina (à esquerda) é de 10 𝑐𝑚, qual é a diferença de altura∆ℎ, em


𝑐𝑚, entre as duas colunas?
Dados
densidade volumétrica da água: 𝜌á𝑔𝑢𝑎 = 1 𝑔/𝑐𝑚3
densidade volumétrica da água: 𝜌𝑔𝑎𝑠𝑜𝑙𝑖𝑛𝑎 = 0,75 𝑔/𝑐𝑚3
a) 0,75 b) 2,5 c) 7,5 d) 10 e) 25

24. (2015/FUVEST/1ª FASE)


Para impedir que a pressão interna de uma panela de pressão ultrapasse um certo valor, em
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sua tampa há um dispositivo formado por um pino acoplado a um tubo cilíndrico, como
esquematizado na figura ao lado. Enquanto a força resultante sobre o pino for dirigida para
baixo, a panela está perfeitamente vedada. Considere o diâmetro interno do tubo cilíndrico
igual a 4 mm e a massa do pino igual a 48 g. Na situação em que apenas a força gravitacional,
a pressão atmosférica e a exercida pelos gases na panela atuam no pino, a pressão absoluta
máxima no interior da panela é

Note e adote:
𝜋=3 1 𝑎𝑡𝑚 = 105 𝑁/𝑚2 Aceleração local da gravidade = 10 𝑚/𝑠 2
a) 1,1 𝑎𝑡𝑚 b) 1,2 𝑎𝑡𝑚 c) 1,4 𝑎𝑡𝑚 d) 1,8 𝑎𝑡𝑚 e) 2,2 𝑎𝑡𝑚

25. (2015/UNESP)
As figuras 1 e 2 representam uma pessoa segurando uma pedra de 12 𝑘𝑔 e densidade 2 ∙
103 𝑘𝑔/𝑚3 , ambas em repouso em relação à água de um lago calmo, em duas situações

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diferentes. Na figura 1, a pedra está totalmente imersa na água e, na figura 2, apenas um


quarto dela está imerso. Para manter a pedra em repouso na situação da figura 1, a pessoa
exerce sobre ela uma força vertical para cima, constante e de módulo 𝐹1 . Para mantê-la em
repouso na situação da figura 2, exerce sobre ela uma força vertical para cima, constante e de
módulo 𝐹2 .

Considerando a densidade da água igual a 103 𝑘𝑔/𝑚3 e 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 , é correto afirmar que
a diferença 𝐹2 − 𝐹1 , em newtons, é igual a
a) 60. b) 75. c) 45. d) 30. e) 15.
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26. (2014/FUVEST/1ª FASE)

Um bloco de madeira impermeável, de massa 𝑀 e dimensões 2 𝑥 3 𝑥 3 𝑐𝑚3 , é inserido muito


lentamente na água de um balde, até a condição de equilíbrio, com metade de seu volume
submersa. A água que vaza do balde é coletada em um copo e tem massa m. A figura ilustra as
situações inicial e final; em ambos os casos, o balde encontra-se cheio de água até sua
capacidade máxima.
a) 𝑚 = 𝑀/3 b) 𝑚 = 𝑀/2 c) 𝑚 = 𝑀 d) 𝑚 = 2𝑀 e) 𝑚 = 3𝑀

27. (2019/IME)
Um manômetro de reservatório é composto por dois tubos verticais comunicantes pelas
respectivas bases e abertos em suas extremidades. Esse conjunto é preenchido parcialmente
por um fluido e, como o dispositivo encontra-se no ar à pressão atmosférica padrão, o nível de
fluido nos dois tubos é o mesmo. Em um dado momento, no tubo à esquerda, é adicionada

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uma pressão manométrica equivalente a 12 𝑚𝑚 de coluna de água. Considerando que não


haja vazamento no manômetro, a ascensão de fluido no tubo à direita, em mm, é igual a:
Dados:
• diâmetro do tubo à esquerda: 20 𝑚𝑚;
• diâmetro do tubo à direita: 10 𝑚𝑚; e
• densidade do fluido: 1,2.
a) 20 b) 40 c) 8 d) 4 e) 10

8 - GABARITO DAS QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS

8.1 - JÁ CAIU NO ENEM

1. E 2. B 3. E

4. B 5. A 6. C

7. B 8. A 9. C
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8.2 - JÁ CAIU NOS PRINCIPAIS VESTIBULARES

1. E 2. D 3. B

4. C 5. E 6. E

7. D 8. D 9. B

10. C 11. C 12. A

13. B 14. D 15. D

16. D 17. D 18. B

19. D 20. A 21. D

22. B 23. B 24. C

25. C 26. C 27. C

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9 - QUESTÕES RESOLVIDAS E COMENTADAS

9.1 - JÁ CAIU NO ENEM

1. (2018/ENEM)
Talvez você já tenha bebido suco usando dois canudinhos iguais. Entretanto, pode-se verificar
que, se colocar um canudo imerso no suco e outro do lado de fora do líquido, fazendo a sucção
simultaneamente em ambos, você terá dificuldade em bebê-lo.
Essa dificuldade ocorre porque o(a)
a) força necessária para a sucção do ar e do suco simultaneamente dobra de valor.
b) densidade do ar é menor que a do suco, portanto, o volume de ar aspirado é muito maior
que o volume de suco.
c) velocidade com que o suco sobe deve ser constante nos dois canudos, o que é impossível
com um dos canudos de fora.
d) peso da coluna de suco é consideravelmente maior que o peso da coluna de ar, o que
dificulta a sucção do líquido.
e) pressão no interior da boca assume praticamente o mesmo valor daquela que atua sobre o
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suco.
Comentários
a) Incorreta. A diferença de pressão é responsável pela sucção do suco e não a força.
b) Incorreta. A diferença de pressão é responsável pela sucção do suco e não o volume
aspirado.
c) Incorreta. A diferença de pressão é responsável pela sucção do suco e a velocidade de
subida do líquido não é determinante.
d) Incorreta. A falta da diferença de pressão dificulta a sucção do líquido.
e) Correta. O canudo fora do líquido não permite a formação do gradiente de pressão, que
faz com que o suco possa ser sugado. Isso ocorre porque a esse canudo aberto para o ar faz com que
pressão no interior da foca fica praticamente a mesma da atmosfera durante o processo.
Gabarito: “e”.

2. (2018/ENEM PPL)
A figura apresenta o esquema do encanamento de uma casa onde se detectou a presença de
vazamento de água em um dos registros. Ao estudar o problema, o morador concluiu que o
vazamento está ocorrendo no registro submetido à maior pressão hidrostática.

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Em qual registro ocorria o vazamento?


a) l b) II c) III d) IV e) V
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Comentários
A no interior de um fluido é dada por:

𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑃0 + 𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 Pressão total no interior de um fluido

𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑃0 + 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙ ℎ

[𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ] = 𝑃𝑎 [𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ] = 𝑘𝑔/𝑚3 [𝑔] = 10 𝑚/𝑠 2 [ℎ ] = 𝑚

Como evidenciado, a pressão é função da altura do líquido. Dito isso, o registro II, com maior
altura em relação a caixa d’água é o de maior pressão hidrostática.
Gabarito: “b”.

3. (2017/ENEM PPL)
Um estudante construiu um densímetro, esquematizado na figura, utilizando um
canudinho e massa de modelar. O instrumento foi calibrado com duas marcas de
flutuação, utilizando água (marca A) e etanol (marca B) como referências.
Em seguida, o densímetro foi usado para avaliar cinco amostras: vinagre, leite integral,
gasolina (sem álcool anidro), soro fisiológico e álcool comercial (92,8 °GL).
Que amostra apresentará marca de flutuação entre os limites A e B?
a) Vinagre. b) Gasolina. c) Leite integral.
d) Soro fisiológico. e) Álcool comercial.

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Comentários
Devemos procurar, dentre as alternativas, alguma que apresente massa específica maior que
a do etanol e menor que a da água. Das alternativas, a única que apresenta essa característica é o
álcool comercial.
a) Incorreta. A densidade do vinagre é ligeiramente maior que a da água.
b) Incorreta. A densidade da gasolina é menor que a do álcool.
c) Incorreta. A densidade do leite é ligeiramente maior que a da água.
d) Incorreta. A densidade do soro fisiológico é ligeiramente maior que a da água.
e) Correta.
Gabarito: “e”.

4. (2016/ENEM PPL)
Um navio petroleiro é capaz de transportar milhares de toneladas de carga. Neste caso, uma
grande quantidade de massa consegue flutuar. Nesta situação, o empuxo é
a) maior que a força peso do petroleiro.
b) igual à força peso do petroleiro.
c) maior que a força peso da água deslocada.
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d) igual â força peso do volume submerso do navio.


e) igual á massa da água deslocada.
Comentários
Para que o navio seja capaz de flutuar, é necessário que as forças verticais nele atuando se
equivalem. Dessa forma, o empuxo que o líquido nele exerce deve ser capaz de equilibrar o peso
total do conjunto navio e carga.
Gabarito: “b”.

5. (2015/ENEM PPL)
No manual de uma torneira elétrica são fornecidas instruções básicas de instalação para que o
produto funcione corretamente:
- Se a torneira for conectada à caixa-d’água domiciliar, a pressão da água na entrada da torneira
deve ser no mínimo 18 𝑘𝑃𝑎 e no máximo 38 𝑘𝑃𝑎.
- Para pressões da água entre 38 𝑘𝑃𝑎 e 75 𝑘𝑃𝑎 ou água proveniente diretamente da rede
pública, é necessário utilizar o redutor de pressão que acompanha o produto.
- Essa torneira elétrica pode ser instalada em um prédio ou em uma casa.
Considere a massa específica da água 1.000 𝑘𝑔/𝑚3 e a aceleração da gravidade 10 𝑚/𝑠 2 .

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Para que a torneira funcione corretamente, sem o uso do redutor de pressão, quais deverão
ser a mínima e a máxima altura entre a torneira e a caixa-d’água?
a) 1,8 m e 3,8 m b) 1,8 m e 7,5 m c) 3,8 m e 7,5 m
d) 18 m e 38 m e) 18 m e 75 m
Comentários
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Para que a torneira funcione perfeitamente, ela deve ficar submetida a uma pressão entre 18
e 38 𝑘𝑃𝑎. Podemos usar o teorema de Stevin para determinarmos a altura da coluna de líquido
correspondente:

𝑃𝑙í𝑞 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙ ℎ

𝑃𝑙í𝑞
ℎ=
𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔

𝑃1 18 ⋅ 103
ℎ1 = = = 1,8 𝑚
𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 1 ⋅ 103 ∙ 10
𝑃2 38 ⋅ 103
ℎ2 = = = 3,8 𝑚
{ 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 1 ⋅ 103 ∙ 10

Gabarito: “a”.

6. (2014/ENEM)
Uma pessoa, lendo o manual de uma ducha que acabou de adquirir para a sua casa, observa o
gráfico, que relaciona a vazão na ducha com a pressão, medida em metros de coluna de água
(𝑚𝑐𝑎).

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Nessa casa residem quatro pessoas. Cada uma delas toma um banho por dia, com duração
média de 8 minutos, permanecendo o registro aberto com vazão máxima durante esse tempo.
A ducha é instalada em um ponto seis metros abaixo do nível da lâmina de água, que se
mantém constante dentro do reservatório.
Ao final de 30 dias. esses banhos consumirão um volume de água, em litros, igual a
a) 69.120. b) 17.280. c) 11.520. d) 8.640. e) 2.880.
Comentários
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Pela leitura do gráfico, vemos que para uma pressão estática de 6 𝑚𝑐𝑎, ou 6 metros de coluna
d’água, já que a ducha é instalada em um ponto seis metro abaixo do nível da lâmina de água, a
vazão na ducha é de 12 𝐿/𝑚𝑖𝑛:

Sabendo a vazão, e o tempo total, em minutos, somos capazes de determinar o volume de


água gasto. Para 30 dias, temos um tempo em minutos de:
𝑚𝑖𝑛
∆𝑡𝑚ê𝑠 = 4 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 ⋅ 8 ⋅ 30 𝑑𝑖𝑎𝑠 = 960 𝑚𝑖𝑛
𝑑𝑖𝑎
A relação entre vazão, volume e tempo é:

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∆𝑉 Vazão de escoamento de um fluido ideal


𝑄=
∆𝑡
[𝑄] = 𝑚3 /𝑠 [𝑉 ] = 𝑚 3 [𝑡 ] = 𝑠

Finalmente:

∆𝑉
𝑄= ⇒ ∆𝑉 = 𝑄 ⋅ ∆𝑡
∆𝑡
𝐿
∆𝑉 = 12 ⋅ 960 𝑚𝑖𝑛 = 11520 𝑙
𝑚𝑖𝑛
Gabarito: “c”.

7. (2013/ENEM PPL)
Os densímetros instalados nas bombas de combustível permitem averiguar se a quantidade de
água presente no álcool hidratado está dentro das especificações determinadas pela Agência
Nacional do Petróleo (ANP). O volume máximo permitido de água no álcool é de 4,9%. A
densidade da água e do álcool anidro são de 1,00 𝑔/𝑐𝑚3 e 0.80 𝑔/𝑐𝑚3 , respectivamente.
Disponível em: http://nxt.anp.gov.br. Acesso em: 5 dez. 2011 (adaptado).

A leitura no densímetro que corresponderia à fração máxima permitida de água é mais próxima
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de
a) 0,20 𝑔/𝑐𝑚3 . b) 0,81 𝑔/𝑐𝑚3 . c) 0,90 𝑔/𝑐𝑚3 .
d) 0,99 𝑔/𝑐𝑚3 . e) 1,80 𝑔/𝑐𝑚3 .
Comentários
Na situação limite, temos 4,9 % de água e 95,1% de álcool. Isso significa que a cada 100 𝑚𝑙,
por exemplo, dessa mistura, teremos 4,9 𝑚𝑙 de água e 95,1 𝑚𝑙 de álcool. A massa específica da
mistura pode ser dada por:
𝑚𝑚𝑖𝑠𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑚á𝑔𝑢𝑎 + 𝑚á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙
𝜇𝑚𝑖𝑠𝑡𝑢𝑟𝑎 = =
𝑉𝑚𝑖𝑠𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑉𝑚𝑖𝑠𝑡𝑢𝑟𝑎

Lembre-se que a massa também pode ser escrita em função da massa específica e do volume:
𝑚
𝜇= ⇒𝑚 =𝜇⋅𝑉
𝑉
Voltando para a expressão anterior:

𝑚á𝑔𝑢𝑎 + 𝑚á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙 𝜇á𝑔𝑢𝑎 ⋅ 𝑉á𝑔𝑢𝑎 + 𝜇á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙 ⋅ 𝑉á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙


𝜇𝑚𝑖𝑠𝑡𝑢𝑟𝑎 = =
𝑉𝑚𝑖𝑠𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑉𝑚𝑖𝑠𝑡𝑢𝑟𝑎
1,00 ⋅ 4,9 + 0,80 ⋅ 95,1 4,9 + 76,08
𝜇𝑚𝑖𝑠𝑡𝑢𝑟𝑎 = =
100 100

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80,98
𝜇𝑚𝑖𝑠𝑡𝑢𝑟𝑎 = = 0,8098 ≅ 0,81 𝑔/𝑐𝑚3
100
Gabarito: “b”.

8. (2013/ENEM)
Para realizar um experimento com uma garrafa PET cheia de água, perfurou-se a lateral da
garrafa em três posições a diferentes alturas. Com a garrafa tampada, a água não vazou por
nenhum dos orifícios, e, com a garrafa destampada, observou-se o escoamento da água,
conforme ilustrado na figura.
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Como a pressão atmosférica interfere no escoamento da água, nas situações com a garrafa
tampada e destampada, respectivamente?
a) Impede a saída de água, por ser maior que a pressão interna; não muda a velocidade de
escoamento, que só depende da pressão da coluna de água.
b) Impede a saída de água, por ser maior que a pressão interna; altera a velocidade de
escoamento, que é proporcional à pressão atmosférica na altura do furo.
c) Impede a entrada de ar, por ser menor que a pressão interna; altera a velocidade de
escoamento, que é proporcional ã pressão atmosférica na altura do furo.
d) Impede a saída de água, por ser maior que a pressão interna; regula a velocidade de
escoamento, que só depende da pressão atmosférica.
e) Impede a entrada de ar, por ser menor que a pressão interna: não muda a velocidade de
escoamento, que só depende da pressão da coluna de água.
Comentários
Com a tampa fechada, a água não sai da garrafa pois para que isso aconteça é necessário que
a pressão interior vença a exterior. Sabemos a pressão da coluna de um fluido é dada por:

𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙ ℎ Pressão exercida por um fluido

[𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ] = 𝑃𝑎 [𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ] = 𝑘𝑔/𝑚3 [𝑔] = 10 𝑚/𝑠 2 [ℎ ] = 𝑚

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E para a água, de 𝜇á𝑔𝑢𝑎 = 1,0 ⋅ 103 𝑘𝑔/𝑚3 :

𝑃á𝑔𝑢𝑎 = 𝜇á𝑔𝑢𝑎 ∙ 𝑔 ∙ ℎ

Para uma pressão de 1 𝑎𝑡𝑚, ou aproximadamente 1,0 ⋅ 105 𝑃𝑎, precisaremos de uma coluna
de água de ℎ metros:

1,0 ⋅ 105 = 1,0 ⋅ 103 ∙ 10 ∙ ℎ

1,0 ⋅ 105
ℎ= = 10 𝑚
1,0 ⋅ 104

Devemos supor que a garrafa PET não possui 10 𝑚 de altura, logo a água não será capaz de
escoar quando a sua tampa está fechada.
Por outro lado, com a tampa aberta a pressão em cada orifício aumentará na proporção da
coluna de água. Dessa forma, o orifício mais próximo ao fundo da garrafa terá maior pressão e a
água escoa até um ponto mais distante.
Gabarito: “a”.

9. (2013/ENEM)
Para oferecer acessibilidade aos portadores de dificuldade de locomoção, é utilizado, em
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ônibus e automóveis, o elevador hidráulico. Nesse dispositivo é usada uma bomba elétrica,
para forçar um fluido a passar de uma tubulação estreita para outra mais larga, e dessa forma
acionar um pistão que movimenta a plataforma. Considere um elevador hidráulico cuja área
da cabeça do pistão seja cinco vezes maior do que a área da tubulação que sai da bomba.
Desprezando o atrito e considerando uma aceleração gravitacional de 10𝑚/𝑠 2 , deseja-se
elevar uma pessoa de 65 𝑘𝑔 em uma cadeira de rodas de 15 𝑘𝑔 sobre a plataforma de 20 𝑘𝑔.
Qual deve ser a força exercida pelo motor da bomba sobre o fluido, para que o cadeirante seja
elevado com velocidade constante?
a) 20 N b) 100 N c) 200N d) 1000 N e) 5000 N
Comentários
Primeiro devemos calcular o peso do conjunto que deve ser elevado:

𝐹𝑝𝑒𝑠𝑜 = 𝑚𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ⋅ 𝑔 = (𝑚𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 + 𝑚𝑐𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎 + 𝑚𝑝𝑙𝑎𝑡𝑎𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎 ) ⋅ 𝑔

𝐹𝑝𝑒𝑠𝑜 = (65 + 15 + 20) ⋅ 10 = 100 ⋅ 10 = 1000 𝑁

Se a velocidade com a qual o conjunto é elevado é constante, temos que a força a ser aplicada
também será. Pelo princípio de Pascal, podemos determinar a força do motor, visto que as pressões
devem ser as mesmas tanto na área da cabeça do pistão quanto na tubulação da bomba:

𝑃𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 = 𝑃𝑝𝑖𝑠𝑡ã𝑜

𝐹𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 𝐹𝑝𝑖𝑠𝑡ã𝑜
=
𝐴𝑡𝑢𝑏 𝐴𝑝𝑖𝑠𝑡ã𝑜

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𝐹𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 𝐹𝑝𝑒𝑠𝑜
=
𝐴𝑡𝑢𝑏 5 ⋅ 𝐴𝑡𝑢𝑏
𝐹𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 𝐹𝑝𝑒𝑠𝑜
=
𝐴𝑡𝑢𝑏 5 ⋅ 𝐴𝑡𝑢𝑏
𝐹𝑝𝑒𝑠𝑜
𝐹𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 =
5
1000
𝐹𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 = = 200 𝑁
5
Gabarito: “c”.

9.2 - JÁ CAIU NOS PRINCIPAIS VESTIBULARES

1. (2020/UFPR)
Uma força de módulo 𝐹 é aplicada perpendicularmente sobre uma superfície de área 𝐴,
gerando uma pressão de valor 𝑃1 . Se a força se torna quatro vezes maior e a área cai pela
metade, a pressão torna-se 𝑃2 . Com base nesses dados, assinale a alternativa que apresenta
corretamente o valor da relação entre 𝑃1 e 𝑃2 .
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a) 𝑃2 = 𝑃1 /2. b) 𝑃2 = 𝑃1 . c) 𝑃2 = 2 𝑃1 .
d) 𝑃2 = 4 𝑃1 . e) 𝑃2 = 8 𝑃1 .
Comentários
Pela definição da pressão exercida por uma força perpendicular a uma superfície, temos:

𝐹𝑜𝑟ç𝑎
𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 =
Á𝑟𝑒𝑎
𝐹
𝑃1 =
𝐴
E para a segunda situação:

4⋅𝐹 4⋅𝐹 4⋅𝐹 2 𝐹


𝑃2 = = = ⋅ = 8 ⋅ = 8 ⋅ 𝑃1
𝐴 𝐴 1 𝐴 𝐴
2 2
Gabarito: “e”.

2. (2019/FUVEST/1ª FASE)
Os grandes aviões comerciais voam em altitudes onde o ar é rarefeito e a pressão atmosférica
é baixa. Devido a isso, eles têm o seu interior pressurizado em uma pressão igual à atmosférica
na altitude de 2.000 m. A figura mostra o gráfico da pressão atmosférica em função da altitude.

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A força, em N, a que fica submetida uma janela plana de vidro, de 20 𝑥 30 𝑐𝑚2 , na cabine de
passageiros na altitude de 10.000 𝑚, é, aproximadamente

a) 12.400 b) 6.400 c) 4800 d) 3.200 e) 1.600

Comentários
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A pressão é definida por:

|𝐹 | Pressão exercida por uma


𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 = força perpendicular
𝐴
𝑁 [𝐹 ] = 𝑁 [𝐴 ] = 𝑚 2
[𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜] = = 𝑃𝑎
𝑚2
Note que, sabendo a área da superfície da janela, e a diferença de pressão a qual ela fica
submetida, podemos determinar a força que estará sujeita.
Sendo a janela um retângulo, de dimensões 20 e 30 cm, a sua área se dará por:

𝐴𝑟𝑒𝑡â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 = 𝑏𝑎𝑠𝑒 ∙ 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 Área de uma superfície retangular

Substituindo-se as dimensões em questão:

𝐴𝑗𝑎𝑛𝑒𝑙𝑎 = 20 ∙ 30

𝐴𝑗𝑎𝑛𝑒𝑙𝑎 = 600 𝑐𝑚2

Como um metro compreende 100 centímetros, para convertermos o centímetro em metro


basta multiplicarmos por 10−2 , mas e quando temos centímetros quadrados (𝑐𝑚2 )?
Devemos multiplicar por (10−2 )2 = 10−4 .
E se fossem 𝑐𝑚3 para 𝑚3 ? Seguindo a mesma lógica: multiplicamos por (10−2 )3 = 10−6 .

𝐴𝑗𝑎𝑛𝑒𝑙𝑎 = 600 𝑐𝑚2 = 600 ∙ 10−4 𝑚2

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𝐴𝑗𝑎𝑛𝑒𝑙𝑎 = 6 ∙ 102 ∙ 10−4 𝑚2

𝐴𝑗𝑎𝑛𝑒𝑙𝑎 = 6 ∙ 10−2 𝑚2

Para determinarmos a pressão sob a qual a janela está efetivamente sujeita, precisamos fazer
a diferença entre as pressões internas e externas da cabine do avião. A pressão interna, de acordo
com o enunciado, é a mesma da atmosfera, numa altitude de 2.000 m. Essa e a pressão externa, a
uma altitude de 10.000 m, podem ser retiradas do gráfico fornecido:
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Foi usada uma graduação pouco comum no gráfico. Um olhar distraído poderia ter pensado
que cada graduação equivalia a 5.000 Pa. De qualquer forma, as alternativas apresentavam valores
bem distanciados, o que apaziguava esse tipo de erro.
A diferença de pressão é:

∆𝑃 = 𝑃𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎 − 𝑃𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎

∆𝑃 = 𝑃2.000 − 𝑃10.000 = 80000 − 27000

∆𝑃 = 53000 𝑃𝑎 = 5,3 ∙ 104 𝑃𝑎

Voltando para a fórmula da pressão:

|𝐹 |
𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 =
𝐴
Podemos passar a área efetuando a multiplicação da pressão, como uma forma de isolarmos
a força nessa relação:

𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 ∙ 𝐴 = 𝐹

Por fim, invertendo:

𝐹 = 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 ∙ 𝐴

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Substituindo-se os valores calculados e inferidos:

𝐹 = 5,3 ∙ 104 ∙ 6 ∙ 10−2 = 31,8 ∙ 102

𝐹 = 3180 𝑁 ≅ 3200 𝑁

Gabarito: “d”.

3. (2019/UECE)
O município de Fortaleza experimentou, nos primeiros meses de 2019, uma intensa quadra
chuvosa. Em abril, por exemplo, dados de uma instituição de meteorologia revelaram que a
média de chuva no mês inteiro, no município, foi aproximadamente 500 𝑚𝑚. Supondo que a
densidade da água seja 103 𝑘𝑔/𝑚3 , considerando que o município de Fortaleza tenha uma
área de aproximadamente 314 𝑘𝑚2 , e que a chuva tenha se distribuído uniformemente em
toda a área, é correto estimar que a massa total de chuva foi
a) 500 ⋅ 109 𝑘𝑔 b) 157 ⋅ 109 𝑘𝑔 c)157 ⋅ 109 𝑡𝑜𝑛𝑒𝑙𝑎𝑑𝑎𝑠 d) 500 ⋅ 109 𝑡𝑜𝑛𝑒𝑙𝑎𝑑𝑎𝑠
Comentários
A massa específica é dada pela razão entre a massa e o volume:
𝑚 Massa específica de um corpo maciço
𝜇=
𝑉
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[𝜇] = 𝑘𝑔/𝑚3 [𝑚] = 𝑘𝑔 [𝑉 ] = 𝑚 3

Para determinarmos a precisamos do volume total de chuva, precisamos imaginar a cidade


como um grande sólido de área 314 𝑘𝑚2 e altura de 500 𝑚𝑚. Não deixe as unidades criarem
confusão, vamos fazer as devidas conversões para metros e metros quadrados:

ℎ = 500 𝑚𝑚 = 500 ⋅ 10−3 𝑚 = 5 ⋅ 102 ⋅ 10−3 = 5 ⋅ 10−1 𝑚

𝐴 = 314 𝑘𝑚2 = 314 ⋅ 106 𝑚2

Agora podemos calcular o volume de chuva:

𝑉 = 𝐴 ⋅ ℎ = 314 ⋅ 106 ⋅ 5 ⋅ 10−1 = 1570 ⋅ 105 = 157 ⋅ 106 𝑚3

E usar a relação da massa específica para determinar a massa de chuva:


𝑚
𝜇= ⇒𝑚 =𝜇⋅𝑉
𝑉
Ao substituirmos os valores:

𝑚 = 103 ⋅ 157 ⋅ 106 = 157 ⋅ 109 𝑘𝑔

Gabarito: “b”.

4. (2017/MACKENZIE)
Um navio flutua porque
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a) seu peso é pequeno quando comparado com seu volume.


b) seu volume é igual ao volume do líquido deslocado.
c) o peso do volume do líquido deslocado é igual ao peso do navio.
d) o peso do navio é menor que o peso do líquido deslocado.
e) o peso do navio é maior que o peso do líquido deslocado.
Comentários
O navio é capaz de flutuar porque o peso do líquido por ele deslocado é igual ao seu peso. O
peso do líquido deslocado é conhecido como força empuxo.
Gabarito: “c”

5. (2018/FMP)
Um objeto de massa 𝑚 e densidade 𝜌 está em equilíbrio, totalmente imerso dentro de um
fluido. O empuxo exercido pelo fluido sobre o objeto
a) tem módulo menor que o do peso do objeto, é vertical e para baixo.
b) tem módulo maior que o do peso do objeto, é vertical e para cima.
c) é nulo.
d) depende da profundidade em que o objeto está mergulhado.
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e) tem módulo igual ao do peso do objeto, é vertical e para cima.


Comentários
O objeto totalmente imerso está sob o efeito de duas forças: o empuxo vertical e para cima
e o peso, vertical e para baixo. Estando esse em equilíbrio, as duas forças citadas deverão ter o
mesmo módulo, como mostrado na figura abaixo.

Gabarito: “e”

6. (2019/UEG)
Em um recipiente cilíndrico, de 5,0 𝑐𝑚 de raio, são despejados 200 𝑚𝑙 de água e 200 𝑚𝐿 de
óleo. Considerando que a densidade da água vale 1,0 𝑔/𝑐𝑚3 e que a do óleo vale 0,8 𝑔/𝑐𝑚3 ,
qual será aproximadamente a pressão total, em 𝑁/𝑚2 , somente por esses líquidos no fundo
do recipiente?
Considere 𝜋 = 3.
a) 320 b) 800 c) 540 d) 160 e) 480

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Comentários
O avaliador pede a pressão total exercida pelos líquidos no fundo do recipiente. Essa
afirmação cria confusão, visto que a pressão total, caso o frasco seja aberto para a atmosfera,
deveria considerar também a pressão atmosférica.
O que, de fato, é pedido é a pressão manométrica oriunda do peso dos líquidos exercida no
fundo do recipiente.
Devemos calcular a altura do frasco usando o volume de um cilindro. Sabemos que o volume
ocupado por cada líquido será equivalente ao volume do cilindro, daí:

𝑉𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜 = 𝐴𝐵𝑎𝑠𝑒 ∙ ℎ

𝑉𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜 𝑉𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜
ℎ= =
𝐴𝐵𝑎𝑠𝑒 𝜋 ⋅ 𝑅2

Ao substituirmos o volume em 𝑐𝑚3 e o raio da base em 𝑐𝑚, teremos a altura em 𝑐𝑚. Lembre-
se de que a área aparecerá em 𝑐𝑚2 pela potência quadrática do raio:

200 200 8 8
ℎ= 2
= = 𝑐𝑚 = ⋅ 10−2 𝑚
3 ⋅ 5,0 75 3 3

Podemos usar o teorema de Stevin para calcularmos a pressão pedida:


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𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙ ℎ Pressão exercida por um fluido

[𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ] = 𝑃𝑎 [𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ] = 𝑘𝑔/𝑚3 [𝑔] = 10 𝑚/𝑠 2 [ℎ ] = 𝑚

Lembre-se que para convertermos a massa específica em 𝑔/𝑐𝑚3 para 𝑘𝑔/𝑚3 devemos
efetuar a multiplicação por 103 . Saiba também que 1 𝑚𝑙 = 1 𝑐𝑚3 , e 1 𝑐𝑚3 = 1 ⋅ 10−6 𝑚3:

𝑃á𝑔𝑢𝑎 = 𝜇á𝑔𝑢𝑎 ∙ 𝑔 ∙ ℎ

8 8
𝑃á𝑔𝑢𝑎 = 1 ⋅ 103 ∙ 10 ∙ ⋅ 10−2 = ⋅ 102 𝑁/𝑚2
3 3
De maneira análoga, para o óleo:

𝑃ó𝑙𝑒𝑜 = 𝜇ó𝑙𝑒𝑜 ∙ 𝑔 ∙ ℎ

8 6,4
𝑃ó𝑙𝑒𝑜 = 8 ⋅ 102 ∙ 10 ∙ ⋅ 10−2 = ⋅ 102 𝑁/𝑚2
3 3
Finalmente, a pressão originada pelos fluidos é de:

𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜𝑠 = 𝑃ó𝑙𝑒𝑜 + 𝑃á𝑔𝑢𝑎

8 6,4 8 + 6,4
𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜𝑠 = ⋅ 102 + ⋅ 102 = ⋅ 102
3 3 3

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14,4 𝑁
𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜𝑠 = ⋅ 102 = 4,8 ⋅ 102 = 480 2
3 𝑚
Gabarito: “e”.

7. (2018/UNESP)
No processo de respiração, o ar flui para dentro e para fora dos pulmões devido às diferenças
de pressão, de modo que, quando não há fluxo de ar, a pressão no interior dos alvéolos é igual
à pressão atmosférica. Na inspiração, o volume da cavidade torácica aumenta, reduzindo a
pressão alveolar de um valor próximo ao de uma coluna de 2,0 𝑐𝑚 de 𝐻2 𝑂 (água).
Considerando a aceleração gravitacional igual a 10 𝑚/𝑠² e a massa específica da água igual a
1,0 ∙ 103 𝑘𝑔/𝑚3 , a variação da pressão hidrostática correspondente a uma coluna de 2,0 𝑐𝑚
de 𝐻2 𝑂 é
a) 2,0 ∙ 101 𝑃𝑎 b) 0,5 ∙ 103 𝑃𝑎 c) 0,5 ∙ 102 𝑃𝑎
d) 2,0 ∙ 102 𝑃𝑎 e) 2,0 ∙ 103 𝑃𝑎
Comentários
Da relação que nos permite calcular a pressão no interior de um fluido, temos:

𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙ ℎ Pressão exercida por um fluido


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[𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ] = 𝑃𝑎 [𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ] = 𝐾𝑔/𝑚3 [𝑔] = 10 𝑚/𝑠 2 [ℎ ] = 𝑚

Portanto, podemos calcular a pressão de uma coluna de 2 𝑐𝑚, ou 2 ∙ 10−2 𝑚, de água


substituindo-se os devidos valores nessa relação:

𝑃á𝑔𝑢𝑎 = 𝜇á𝑔𝑢𝑎 ∙ 𝑔 ∙ ℎ = 1 ∙ 103 ∙ 10 ∙ 2 ∙ 10−2

𝑃á𝑔𝑢𝑎 = 1 ∙ 103 ∙ 10 ∙ 2 ∙ 10−2 = 1 ∙ 104 ∙ 2 ∙ 10−2

𝑃á𝑔𝑢𝑎 = 1 ∙ 104 ∙ 2 ∙ 10−2 = 2 ∙ 102 𝑃𝑎

Gabarito: “d”.

8. (2018/UFU)
Em uma sala de aula, um professor de física realiza o seguinte experimento: enrola um pedaço
de papel na forma de um canudo e o coloca atravessando um orifício feito na parte superior
de uma garrafa plástica, transparente, vazia e sem tampa, como ilustrado na figura. Em
seguida, ateia fogo na extremidade do canudo que está do lado de fora da garrafa. O que se
observa como resultado é que a fumaça do lado de fora da garrafa movimenta-se para cima,
enquanto, na outra extremidade do canudo, do lado de dentro da garrafa, a fumaça flui para
baixo (figura).

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Um estudante, que acompanha o experimento, faz as seguintes afirmações:


I - A fumaça, independentemente de estar do lado de fora ou de dentro da garrafa, possui
densidade menor que a do ar atmosférico que a envolve.
II - A fumaça do lado de dentro da garrafa desce, porque o ar atmosférico que entra pela
abertura superior da garrafa sem tampa a arrasta para baixo.
III - A fumaça do lado de dentro da garrafa desce por estar em temperatura próxima à do
ambiente e, por ser uma suspensão de partículas, possui maior densidade que o ar atmosférico.
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Em relação às afirmações acima, marque V para as verdadeiras e F para as falsas e assinale a


alternativa CORRETA.
a) I - V; II- F; III- F. b) 1- V; II- V; III- V.
c) I - F; II- V; III- F. d) I - F; II - F; III- V.
Comentários
I – Falsa. A fumaça produzida pela combustão do papel flui para dentro da garrafa e para fora.
Na parte de dentro, afastada do fogo, a temperatura da fumaça é menor, e a mistura de gases
produzida tem massa específica média maior que a dos gases da atmosfera, fazendo com que ela
desça.
A fumaça produzida que vai para o lado de fora sobe pela proximidade com a fonte de calor,
pois ela tem a sua temperatura aumentada, o que faz com que ocorra uma expansão dos gases que
a compõem. Como a massa específica se dá pela razão entre massa e volume:
𝑚
𝜇= Massa específica de um corpo maciço
𝑉
[𝜇] = 𝑘𝑔/𝑚3 [𝑚] = 𝑘𝑔 [𝑉 ] = 𝑚 3

Um aumento do volume, com uma massa constante, faz a massa específica diminuir e,
consequentemente, ficar menor que a dos gases atmosféricos.
II – Falsa.
Na parte de dentro, afastada do fogo, a temperatura da fumaça é menor, e a mistura de gases
produzida tem massa específica média maior que a dos gases da atmosfera, com isso, ela desce.
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Além disso, os gases presentes no interior da garrafa são expulsos pela fumaça produzida e
saem pela abertura superior da garrafa, e não o contrário.
III – Verdadeira.
Na parte de dentro, afastada do fogo, a temperatura da fumaça é menor, e a mistura de gases
produzida tem massa específica média maior que a dos gases da atmosfera, com isso, ela desce. A
fumaça é uma suspensão de partículas sólidas fruto da combustão incompleta do papel.
Gabarito: “d”.

9. (2018/USF)
Um manual de instruções de um aparelho medidor de pressão (esfigmomanômetro) traz as
seguintes informações para o uso correto do aparelho:
– Sente-se em uma cadeira que tenha encosto.
– Coloque seu braço sobre uma mesa de modo que a braçadeira esteja
no mesmo nível que seu coração.
– Coloque os dois pés no chão.
Das alternativas a seguir, assinale a que apresenta o princípio físico
que tem relação direta com a posição correta da braçadeira.
a) Se um corpo está em equilíbrio sob a ação exclusiva de três forças não paralelas, então elas
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deverão ser concorrentes.


b) Pontos de um mesmo líquido em equilíbrio situados em um mesmo plano horizontal
recebem pressões iguais.
c) As alturas alcançadas por dois líquidos imiscíveis em um par de vasos comunicantes são
inversamente proporcionais às suas massas específicas.
d) Um líquido confinado transmite integralmente, a todos os seus pontos, os acréscimos de
pressão que recebe.
e) Todo corpo mergulhado em um fluido recebe um empuxo vertical, de baixo para cima, cuja
intensidade é igual ao peso do fluido deslocado
Comentários
O motivo pelo qual a braçadeira deve estar no mesmo nível do coração da pessoa cuja
pressão deve ser aferida é que os pontos de um mesmo líquido a uma mesma profundidade
apresentam pressões iguais.
O objetivo da braçadeira medição é aferir a pressão arterial, por isso devemos colocar a
braçadeira em um mesmo plano horizontal do coração, da qual partem as artérias, logo o sangue
estará a uma mesma pressão no ponto medido do braço e na região próxima ao músculo cardíaco.
Gabarito: “b”.

10. (2018/EEAR)
Um operário produz placas de cimento para serem utilizadas como calçamento de jardins. Para
a produção destas placas utiliza-se uma forma metálica de dimensões 20 cm x 10 cm e altura
desprezível. Uma prensa hidráulica aplica sobre essa área uma pressão de 40 𝑘𝑃𝑎 visando
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compactar uma massa constituída de cimento, areia e água. A empresa resolveu reduzir as
dimensões para 20 cm x 5 cm, mas mantendo a mesma força aplicada, logo o novo valor da
pressão utilizada na produção das placas é de _______𝑘𝑃𝑎.
a) 20 b) 40 c) 80 d) 160
Comentários
Da definição de pressão, temos:

|𝐹 | Pressão exercida por uma


𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 = força perpendicular
𝐴
𝑁 [𝐹 ] = 𝑁 [𝐴 ] = 𝑚 2
[𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜] = = 𝑃𝑎
𝑚2
Passando a área 𝐴 para o outro lado da igualdade, fazendo uma multiplicação:

𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 ∙ 𝐴 = 𝐹 ⇒ 𝐹 = 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 ∙ 𝐴

Como a força se mantém igual nos dois casos:

𝐹1 = 𝐹2

𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜1 ∙ 𝐴1 = 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜2 ∙ 𝐴2
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Lembre-se que a área de uma chapa retângulo se dá pelo produto entre seu comprimento e
largura:

40 𝑘𝑃𝑎 ∙ 20 ∙ 10 𝑐𝑚2 = 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜2 ∙ 20 ∙ 5 𝑐𝑚2

Desenvolvendo essa relação:

40 ∙ 20 ∙ 10 = 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜2 ∙ 20 ∙ 5

40 ∙ 20 ∙ 10 = 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜2 ∙ 20 ∙ 5

40 ∙ 10 = 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜2 ∙ 5

𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜2 ∙ 5 = 40 ∙ 10

40 ∙ 10 40 ∙ 10 8 ∙ 10
𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜2 = = = = 80 𝑘𝑃𝑎
5 5 1
Gabarito: “c”.

11. (2018/CFTMG)
A figura a seguir mostra dois recipientes cilíndricos lacrados, contendo um mesmo líquido,
porém com alturas e diâmetros diferentes. Considere 𝑃1 e 𝑃2 as pressões no interior do fundo
dos frascos 1 e 2, respectivamente.

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A razão entre as pressões 𝑃1 /𝑃2 é dada por


a) 1/2. b) 1. c) 2. d) 4.
Comentários
Da relação que nos permite calcular a pressão no interior de um fluido, temos:

𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙ ℎ Pressão exercida por um fluido


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[𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ] = 𝑃𝑎 [𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ] = 𝐾𝑔/𝑚3 [𝑔] = 10 𝑚/𝑠 2 [ℎ ] = 𝑚

Como os frascos são lacrados, não temos influência da pressão atmosférica. Dito isso,
podemos escrever a razão entre as duas pressões pedidas:

𝑃1 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙ ℎ1
=
𝑃2 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙ ℎ2

As massas específicas e a aceleração da gravidade se anulam:

𝑃1 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙ ℎ1 ℎ1
= =
𝑃2 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙ ℎ2 ℎ2

Veja que, independentemente da conformação espacial, o que realmente interessa, em


relação à pressão no fundo do recipiente, é a altura da coluna de fluido. Substituindo-se as duas
alturas, conforme as figuras:

𝑃1 2 ⋅ 𝐻 2 ⋅ 𝐻
= = =2
𝑃2 𝐻 𝐻

Gabarito: “c”.

12. (2018/PUCRJ)
Um recipiente de altura ℎ e aberto para atmosfera se encontra completamente cheio de um
líquido tal que a pressão no ponto mais baixo do tubo é o dobro da pressão atmosférica 𝑝0 .

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Se o líquido for totalmente substituído por outro com metade de sua densidade, a pressão no
ponto mais baixo do tubo será,
a) 3𝑝0 /2 b) 2𝑝0 c) 𝑝0 d) 𝑝0 /2 e) 3𝑝0
Comentários
Da relação que nos permite calcular a pressão no interior de um fluido, temos:

𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙ ℎ Pressão exercida por um fluido

[𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ] = 𝑃𝑎 [𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ] = 𝐾𝑔/𝑚3 [𝑔] = 10 𝑚/𝑠 2 [ℎ ] = 𝑚

Como os frascos são abertos, temos influência da pressão atmosférica. Dito isso, podemos
escrever a pressão no fundo do tubo no primeiro caso como a soma da pressão atmosférica e a
pressão produzida pela coluna de fluido:

𝑃1 = 𝑃0 + 𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜,1

Substituindo-se os valores, e adotando que a pressão no fundo do recipiente vale, nesse caso,
o dobro da pressão atmosférica:

2𝑝0 = 𝑝0 + 𝜇 ∙ 𝑔 ∙ ℎ

2𝑝0 − 𝑝0 = 𝜇 ∙ 𝑔 ∙ ℎ
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𝑝0 = 𝜇 ∙ 𝑔 ∙ ℎ

Para a segunda situação, temos:

𝑃2 = 𝑃0 + 𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜,2
𝜇
𝑃2 = 𝑝0 + ∙𝑔∙ℎ
2
Aluno, esse é o ponto mais importante da resolução. Temos explicitadas as pressões nas duas
situações, e agora? Olhe as alternativas, veja que precisamos determinar a pressão da segunda
situação 𝑃2 em função da pressão atmosférica 𝑝0 . A temos que encontrar uma maneira de nos
livrarmos de todas as outras variáveis (letras) que compõem a relação de 𝑃2 que temos até então.
Vou reescrever 𝑃2 para que o próximo passo fique mais claro:

𝜇∙𝑔∙ℎ
𝑃2 = 𝑝0 +
2
Sim, meu aluno, escrever a fração dessa forma representa a mesma situação que escrever só
a massa específica dividida por 2. Isso acontece porque em uma multiplicação, ou divisão, a ordem
dos fatores não altera o resultado.
Finalmente, substituindo-se a equação de 𝑝0 na equação de 𝑃2 :

𝜇∙𝑔∙ℎ
𝑃2 = 𝑝0 +
2

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𝑝0
𝑃2 = 𝑝0 +
2
2𝑝0 𝑝0 3𝑝0
𝑃2 = + =
2 2 2
Gabarito: “a”.

13. (2018/EEAR)
O valor da pressão registrada na superfície de um lago é de 1 ∙ 105 𝑁/𝑚2 , que corresponde a
1 𝑎𝑡𝑚. Um mergulhador se encontra, neste lago, a uma profundidade na qual ele constata uma
pressão de 3 𝑎𝑡𝑚. Sabendo que a densidade da água do lago vale 1,0 𝑔/𝑐𝑚3 e o módulo da
aceleração da gravidade no local vale 10,0 𝑚/𝑠 2 , a qual profundidade, em metros, em relação
à superfície, esse mergulhador se encontra?
a) 10 b) 20 c) 30 d) 40
Comentários
Da relação que nos permite calcular a pressão no interior de um fluido, temos:

𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙ ℎ Pressão exercida por um fluido

[𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ] = 𝑃𝑎 [𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ] = 𝐾𝑔/𝑚3 [𝑔] = 10 𝑚/𝑠 2 [ℎ ] = 𝑚


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Como o lago é aberto, temos influência da pressão atmosférica. Dito isso, podemos escrever
a pressão no seu interior como a soma da pressão atmosférica e a pressão produzida pela coluna de
fluido:

𝑃𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 = 𝑃0 + 𝑃á𝑔𝑢𝑎

𝑃𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 = 𝑃0 + 𝜇á𝑔𝑢𝑎 ∙ 𝑔 ∙ ℎ

A massa específica precisa ser convertida:

𝜇á𝑔𝑢𝑎 = 1 𝑔/𝑐𝑚3 = 1 ∙ 103 𝑘𝑔/𝑚3

Se 1 𝑎𝑡𝑚 corresponde a 1 ∙ 105 𝑁/𝑚2 , então, 3 𝑎𝑡𝑚 correspondem a 3 ∙ 105 𝑁/𝑚2 .


Substituindo-se essa e as outras informações, temos:

3 ∙ 105 = 1 ∙ 105 + 1 ∙ 103 ∙ 10 ∙ ℎ

3 ∙ 105 = 1 ∙ 105 + 1 ∙ 104 ∙ ℎ

3 ∙ 105 − 1 ∙ 105 = 1 ∙ 104 ∙ ℎ

2 ∙ 105 = 1 ∙ 104 ∙ ℎ

Invertendo essa equação:

1 ∙ 104 ∙ ℎ = 2 ∙ 105

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2 ∙ 105
ℎ= = 2 ∙ 101 = 20 𝑚
1 ∙ 104
Gabarito: “b”.

14. (2018/ESPCEX/AMAN)
Quatro objetos esféricos A, B, C e D, sendo respectivamente suas massas 𝑚𝐴 , 𝑚𝐵 , 𝑚𝐶 e 𝑚𝐷 ,
tendo as seguintes relações 𝑚𝐴 > 𝑚𝐵 e 𝑚𝐵 = 𝑚𝐶 = 𝑚𝐷 , são lançados dentro de uma piscina
contendo um líquido de densidade homogênea. Após algum tempo, os objetos ficam em
equilíbrio estático. Os objetos A e D mantêm metade de seus volumes submersos e os objetos
C e B ficam totalmente submersos conforme o desenho abaixo.

Desenho ilustrativo fora de escala


Sendo 𝑉𝐴 , 𝑉𝐵 , 𝑉𝐶 e 𝑉𝐷 os volumes dos objetos A, B, C e D, respectivamente, podemos afirmar
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que
a) 𝑉𝐴 = 𝑉𝐷 > 𝑉𝐶 = 𝑉𝐵 b) 𝑉𝐴 = 𝑉𝐷 > 𝑉𝐶 > 𝑉𝐵
c) 𝑉𝐴 > 𝑉𝐷 > 𝑉𝐵 = 𝑉𝐶 d) 𝑉𝐴 < 𝑉𝐷 = 𝑉𝐵 = 𝑉𝐶
e) 𝑉𝐴 = 𝑉𝐷 < 𝑉𝐶 < 𝑉𝐵
Comentários
O enunciado nos afirma que os corpos estão em equilíbrio. As únicas forças verticais agindo
sobre os corpos são a força peso e a força de empuxo, conforme ilustração.

Como os corpos B, C e D têm massas iguais, eles terão pesos iguais e, consequentemente,
empuxos iguais.

𝐸𝐵 = 𝐸𝐶 = 𝐸𝐷

A expressão que descreve a força de empuxo de um corpo é:

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Força de empuxo exercida em função


𝐸 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ∙ 𝑔
da massa específica do fluido

[𝐸 ] = 𝑁 [𝜇] = 𝑘𝑔/𝑚3 [𝑉 ] = 𝑚 3 [𝑔] = 𝑚/𝑠 2

Dado que B e C estão completamente submersos, e D com metade de seu volume submerso,
podemos escrever:

𝑉𝐷
𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙ 𝑉𝐵 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙ 𝑉𝐶 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙
2
Simplificando essa expressão, temos:

𝑉𝐷
𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙ 𝑉𝐵 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙ 𝑉𝐶 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙
2
𝑉𝐷
𝑉𝐵 = 𝑉𝐶 =
2
Dobrando todos os termos dessa expressão:

2 ∙ 𝑉𝐵 = 2 ∙ 𝑉𝐶 = 𝑉𝐷

O que nos leva a concluir que:


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𝑉𝐷 > 𝑉𝐵 = 𝑉𝐶

Agora devemos comparar A e B. Sabemos que a massa de A é maior que a massa de B, daí:

𝑃𝐴 > 𝑃𝐵

E como o peso e o empuxo de cada corpo tem mesmo módulo:

𝐸𝐴 > 𝐸𝐵

Desenvolvendo a expressão do empuxo, lembrando que a tem metade de seu volume


submerso, ao passo que B tem todo:

𝑉𝐴
𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙ > 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙ 𝑉𝐵
2
Simplificando essa expressão:

𝑉𝐴
𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙ > 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙ 𝑉𝐵
2
𝑉𝐴
> 𝑉𝐵
2
𝑉𝐴 > 2 ∙ 𝑉𝐵

Como 2 ∙ 𝑉𝐵 = 𝑉𝐷 , podemos concluir que:


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𝑉𝐴 > 𝑉𝐷

Finalmente:

𝑉𝐴 > 𝑉𝐷 > 𝑉𝐵 = 𝑉𝐶

Gabarito: “d”.

15. (2018/EFOMM)
Em um recipiente contendo dois líquidos imiscíveis, com densidade 𝑝1 = 0.4 𝑔/𝑐𝑚3 e 𝑝2 =
1,0 𝑔/𝑐𝑚3 , é mergulhado um corpo de densidade 𝑝𝑐 = 0.6 𝑔/𝑐𝑚3 , que flutua na superfície
que separa os dois líquidos (conforme apresentado na figura). O volume de 10 𝑐𝑚3 do corpo
está imerso no fluido de maior densidade. Determine o volume do corpo, em 𝑐𝑚3 , que está
imerso no fluido de menor densidade.
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a) 5.0 b) 10,0 c) 15,0 d) 20,0 e) 25,0


Comentários
Para que exista o equilíbrio, as forças verticais agindo sobre o corpo devem se anular.
Portanto, a soma dos empuxos, exercidos pelos fluidos, deve ser equivalente à força peso, em
módulo.

𝐸1 + 𝐸2 = 𝑃

A expressão que descreve a força de empuxo de um corpo é:

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𝐸 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ∙ 𝑔 Força de empuxo exercida em função


da massa específica do fluido

[𝐸 ] = 𝑁 [𝜇] = 𝑘𝑔/𝑚3 [𝑉 ] = 𝑚 3 [𝑔] = 𝑚/𝑠 2

Chamando de 𝑉1 a fração do corpo submersa no fluido 1, e 𝑉2 a fração do mesmo submersa


em 2:

𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 1 ∙ 𝑔 ∙ 𝑉1 + 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 2 ∙ 𝑔 ∙ 𝑉2 = 𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ∙ 𝑔

Simplificando essa expressão, temos:

𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 1 ∙ 𝑔 ∙ 𝑉1 + 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 2 ∙ 𝑔 ∙ 𝑉2 = 𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ∙ 𝑔

𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 1 ∙ 𝑉1 + 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 2 ∙ 𝑉2 = 𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜

Na fluidostática é comum trocarmos a massa de um corpo pelo produto entre a sua massa
específica e o seu volume, fazendo uso da definição da massa específica:
𝑚 Massa específica de
𝜇=
𝑉 um corpo maciço

[𝜇] = 𝑘𝑔/𝑚3 [𝑚] = 𝑘𝑔 [𝑉 ] = 𝑚 3


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Rearranjando a equação da massa específica:

𝜇∙𝑉 = 𝑚

Invertendo:

𝑚 =𝜇∙𝑉

Voltando para a questão:

𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 1 ∙ 𝑉1 + 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 2 ∙ 𝑉2 = 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ∙ 𝜇𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜

O volume do corpo se dará pela soma entre 𝑉1 e 𝑉2 :

𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 1 ∙ 𝑉1 + 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 2 ∙ 𝑉2 = (𝑉1 + 𝑉2 ) ∙ 𝜇𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜

Agora podemos substituir os valores fornecidos. Note que, se trabalharmos com as massas
específicas em 𝑔/𝑐𝑚3 e os volumes em 𝑐𝑚3 , não teremos problemas com unidades conflitantes.
Lembre-se também que o fluido 2, de maior massa específica, ocupa a parte inferior do
recipiente, e o volume de 10,0 𝑐𝑚3 é nele imerso.

0,4 ∙ 𝑉1 + 1,0 ∙ 10,0 = (𝑉1 + 10,0) ∙ 0,6

0,4 ∙ 𝑉1 + 10 = 0,6 ∙ 𝑉1 + 6,0

10 − 6,0 = 0,6 ∙ 𝑉1 − 0,4 ∙ 𝑉1

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4,0 = 0,2 ∙ 𝑉1

4,0 10 40
𝑉1 = ∙ = = 20 𝑐𝑚3
0,2 10 2

Gabarito: “d”.

16. (2018/FGV)
Uma pessoa mergulhou na água do mar gelado de uma praia argentina e desceu até
determinada profundidade. Algum tempo depois, ela teve a oportunidade de mergulhar à
mesma profundidade na tépida água de uma praia caribenha. Lembrando que a densidade da
água varia com a temperatura, é correto afirmar que o empuxo sofrido pela pessoa
a) e a pressão exercida pela água sobre ela foram os mesmos tanto na praia argentina como
na caribenha.
b) foi de menor intensidade na praia caribenha, mas a pressão exercida pela água foi a mesma
em ambas as praias.
c) foi de maior intensidade na praia caribenha, mas a pressão exercida pela água nessa praia
foi menor.
d) foi de menor intensidade na praia caribenha, e a pressão exercida pela água nessa praia foi
menor também.
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e) foi de mesma intensidade em ambas as praias, mas a pressão exercida pela água na praia
caribenha foi maior.
Comentários
A expressão que descreve a força de empuxo de um fluido sobre um corpo nele imerso é:

𝐸 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ∙ 𝑔 Força de empuxo exercida em função


da massa específica do fluido

[𝐸 ] = 𝑁 [𝜇] = 𝑘𝑔/𝑚3 [𝑉 ] = 𝑚 3 [𝑔] = 𝑚/𝑠 2

Nota-se que o empuxo varia conforme a massa específica do fluido, já que o volume do corpo
submerso e a aceleração da gravidade são constantes em qualquer um dos dois mergulhos.
A massa específica, por sua vez, é definida pela seguinte razão:
𝑚 Massa específica
𝜇=
𝑉
[𝜇] = 𝑘𝑔/𝑚3 [𝑚] = 𝑘𝑔 [𝑉 ] = 𝑚 3

O volume do fluido, ao contrário do volume do corpo, sofre variações significativas em função


da temperatura. Quanto maior a temperatura, maior o volume, menor a massa específica e menor
o empuxo, logo, na praia caribenha o empuxo foi menor, se comparado ao empuxo exercido pela
água na praia argentina.
A pressão exercida por um fluido é calculada pela seguinte expressão:

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𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙ ℎ Pressão exercida por um fluido

[𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ] = 𝑃𝑎 [𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ] = 𝐾𝑔/𝑚3 [𝑔] = 10 𝑚/𝑠 2 [ℎ ] = 𝑚

Novamente, sendo a aceleração da gravidade e a profundidade do mergulho iguais, a pressão


será menor quando a massa específica for menor, dessa forma, a pressão exercida pelo fluido
também é menor na praia caribenha.
Gabarito: “d”.

17. (2018/EPCAR/AFA)
Dois recipientes A e B, contendo o mesmo volume de água, são colocados separadamente
sobre duas balanças I e II, respectivamente, conforme indicado na figura a seguir.
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A única diferença entre os recipientes A e B está no fato de que B possui um “ladrão” que
permite que a água escoe para um outro recipiente C, localizado fora das balanças.
Em seguida, mergulha-se, lentamente, sem girar e com velocidade constante, por meio de um
fio ideal, em cada recipiente, um cilindro metálico, maciço, de material não homogêneo, de tal
forma que o seu eixo sempre se mantém na vertical. Os cilindros vão imergindo na água, sem
provocar variação de temperatura e sem encostar nas paredes e nos fundos dos recipientes,
de tal forma que os líquidos, nos recipientes A e B, sempre estarão em equilíbrio hidrostático
no momento da leitura nas balanças. O gráfico que melhor representa a leitura L das balanças
I e II, respectivamente, LI e LII em função da altura h submersa de cada cilindro é

Comentários
A balança não lê, diretamente, o peso do corpo sobre ela repousado, e sim a força normal.
Ao colocar o cilindro dentro do fluido, esse tentará expulsá-lo, criando uma força chamada de
empuxo. A balança também irá quantificar a força de mesmo módulo e sentido oposto a essa força
de empuxo.
A nova leitura da balança I será, portanto, o peso do conjunto fluido e recipiente, acrescido
da força de empuxo.

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𝐿𝐼 = 𝑃𝑐𝑜𝑛𝑗𝑢𝑛𝑡𝑜 + 𝐸

A expressão que descreve a força de empuxo de um fluido sobre um corpo nele imerso é:

𝐸 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ∙ 𝑔 Força de empuxo exercida em função


da massa específica do fluido

[𝐸 ] = 𝑁 [𝜇] = 𝑘𝑔/𝑚3 [𝑉 ] = 𝑚 3 [𝑔] = 𝑚/𝑠 2

Sendo o volume do cilindro:

𝑉𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜 = Á𝑟𝑒𝑎𝑏𝑎𝑠𝑒 ∙ 𝐴𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 Volume de um cilindro

Nota-se que o empuxo aumenta conforme a altura do cilindro submerso aumenta. E isso
ocorre de forma linear, portanto o único gráfico que satisfaz a essa condição é o da letra A.
Continuando a nossa análise, a balança II também faz a leitura do peso do conjunto acrescido
da força de empuxo.

𝐿𝐼𝐼 = 𝑃𝑐𝑜𝑛𝑗𝑢𝑛𝑡𝑜 + 𝐸

Entretanto, o peso do conjunto diminui à mesma proporção que o empuxo aumenta visto
que o peso de fluido deslocado é o mesmo peso do fluido expulso através do dreno.
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Dessa forma, a leitura 𝐿𝐼𝐼 , da segunda balança, permanece inalterada, caracterizada por uma
reta constante.
Gabarito: “d”.

18. (2018/UFJF/PISM 2)
Na solução da prova, use quando necessário: 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 , 1 𝑎𝑡𝑚 = 105 𝑃𝑎, 𝜌á𝑔𝑢𝑎 =
1000 𝑘𝑔/𝑚3 , 𝜋(𝑝𝑖) = 3.
Para economizar energia, você contratou uma bombeira hidráulica, chamada Maria Emmy, que
instalou um sistema de aquecimento solar para um reservatório de água. O reservatório é
conectado ao chuveiro de sua casa por 12 metros de tubulação com diâmetro de 1 cm. Quando
a torneira é aberta, o chuveiro apresenta uma vazão constante de 6 litros por minuto. Quanto
tempo você deve esperar para começar a cair água quente no chuveiro? Utilize 𝜋(𝑝𝑖) ≈ 3.
a) 18 s b) 9 s c) 36 s d) 2,25 s e) 5,5 s
Comentários
Devemos começar calculando o volume da tubulação, aqui encarada como um cilindro de raio
da base igual a metade de um 1 cm e comprimento de 12 metros.

𝑉𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜 = Á𝑟𝑒𝑎𝑏𝑎𝑠𝑒 ∙ 𝐴𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 Volume de um cilindro

Sendo a base do cilindro um círculo de raio 𝑅, e sua altura ℎ, podemos escrever:

𝑉𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜 = 𝜋 ∙ 𝑅2 ∙ ℎ

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Como um metro equivale a 100 centímetros, temos a seguinte conversão:

𝑅 = 0,5 𝑐𝑚 = 0,5 ∙ 10−2 𝑚 = 5,0 ∙ 10−3 𝑚

Substituindo-se os valores para determinarmos o volume da tubulação:

𝑉 = 3 ∙ (1,0 ∙ 10−3 )2 ∙ 12 = 900 ∙ 10−6

𝑉 = 9 ∙ 102 ∙ 10−6 = 9 ∙ 10−4 𝑚3

Sendo 1 𝑚3 = 1000 𝑙.

𝑉 = 9 ∙ 10−4 ∙ 103 𝑙

𝑉 = 9 ∙ 10−1 𝑙

A água quente cairá no chuveiro quando toda a tubulação estiver repleta de água quente. De
posse do volume da tubulação e da vazão de 6 litros por minuto, podemos usar a sua definição para
determinarmos o tempo pedido:

∆𝑽
𝑸= Vazão de escoamento de um fluido ideal
∆𝒕
[𝑸] = 𝒎𝟑 /𝒔 [𝑉 ] = 𝑚 3 [𝑡 ] = 𝑠
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Substituindo-se os valores:

9 ∙ 10−1 𝑙
6 𝑙/𝑚𝑖𝑛 =
∆𝑡
9 ∙ 10−1
∆𝑡 =
6
9 ∙ 10−1 3 ∙ 10−1
∆𝑡 = = = 1,5 ∙ 10−1
6 2
∆𝑡 = 0,15 𝑚𝑖𝑛

1 minuto equivale a 60 segundos:

∆𝑡 = 0,15 ∙ 60 𝑠

15
∆𝑡 = ∙ 60 = 9 𝑠
100
Gabarito: “b”.

19. (2017/UNESP)
No sistema auditivo humano, as ondas sonoras são captadas pela membrana timpânica, que
as transmite para um sistema de alavancas formado por três ossos (martelo, bigorna e estribo).
Esse sistema transporta as ondas até a membrana da janela oval, de onde são transferidas para

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o interior da cóclea. Para melhorar a eficiência desse processo, o sistema de alavancas aumenta
a intensidade da força aplicada, o que, somado à diferença entre as áreas das janelas timpânica
e oval, resulta em elevação do valor da pressão.

Considere que a força aplicada pelo estribo sobre a janela oval seja 1,5 vezes maior do que a
aplicada pela membrana timpânica sobre o martelo e que as áreas da membrana timpânica e
da janela oval sejam 42,0 𝑚𝑚2 e 3,0 𝑚𝑚2 , respectivamente. Quando uma onda sonora exerce
sobre a membrana timpânica uma pressão de valor 𝑃𝑇 , a correspondente pressão exercida
sobre a janela oval vale
a) 42 𝑃𝑇 b) 14 𝑃𝑇 c) 63 𝑃𝑇 d) 21 𝑃𝑇 e) 7 𝑃𝑇
Comentários
Do enunciado, temos que:

𝐹𝑜𝑣𝑎𝑙 = 1,5 ∙ 𝐹𝑡í𝑚𝑝𝑎𝑛𝑜 (Equação 20.1)


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Da definição de pressão, temos:

|𝐹 | Pressão exercida por uma


𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 = força perpendicular
𝐴
𝑁 [𝐹 ] = 𝑁 [𝐴 ] = 𝑚 2
[𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜] = = 𝑃𝑎
𝑚2
Isolando a força nessa relação, temos:

𝐹 = 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 ∙ 𝐴

Trocando a força pelo produto entre a pressão e a área na Equação F20.1, temos:

𝑃𝑜𝑣𝑎𝑙 ∙ 𝐴𝑜𝑣𝑎𝑙 = 1,5 ∙ 𝑃𝑡í𝑚𝑝𝑎𝑛𝑜 ∙ 𝐴𝑡í𝑚𝑝𝑎𝑛𝑜

Substituindo-se os valores das áreas, fornecidos no enunciado:

𝑃𝑜𝑣𝑎𝑙 ∙ 3,0 = 1,5 ∙ 𝑃𝑡í𝑚𝑝𝑎𝑛𝑜 ∙ 42,0

𝑃𝑜𝑣𝑎𝑙 ∙ 3,0 = 1,5 ∙ 42,0 ∙ 𝑃𝑡í𝑚𝑝𝑎𝑛𝑜

1,5 ∙ 42,0
𝑃𝑜𝑣𝑎𝑙 = ∙ 𝑃𝑡í𝑚𝑝𝑎𝑛𝑜
3,0

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1,5 ∙ 42,0 1 ∙ 42,0


𝑃𝑜𝑣𝑎𝑙 = ∙ 𝑃𝑡í𝑚𝑝𝑎𝑛𝑜 = ∙ 𝑃𝑡í𝑚𝑝𝑎𝑛𝑜
3,0 2
42,0
𝑃𝑜𝑣𝑎𝑙 = ∙ 𝑃𝑡í𝑚𝑝𝑎𝑛𝑜 = 21 ∙ 𝑃𝑡í𝑚𝑝𝑎𝑛𝑜
2
Gabarito: “d”.

20. (2017/PUC-RJ)
Uma esfera de raio R flutua sobre um fluido com apenas 1/8 de seu volume submerso. Se esta
esfera encolhesse uniformemente, mantendo sua massa inicial, qual seria o valor mínimo de
seu raio para que não viesse a afundar?
a) 𝑅/2 b) 𝑅/3 c) 𝑅/8 d) 𝑅/16 e) 𝑅/24
Comentários
Devemos começar calculando a massa da esfera, em função do seu raio e de sua massa
específica. Para isso, sabemos que 1/8 de seu volume submerso, e raio R, o empuxo se equivale ao
peso.
A força de empuxo se dá pela seguinte relação:

Força de empuxo exercida em função


𝐸 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ∙ 𝑔
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da massa específica do fluido

[𝐸 ] = 𝑁 [𝜇] = 𝑘𝑔/𝑚3 [𝑉 ] = 𝑚 3 [𝑔] = 𝑚/𝑠 2

E o peso:

𝑃⃗ = 𝑚 ∙ 𝑔 A força Peso

[𝑚] = 𝐾𝑔 [𝑎 ] = 𝑚 ⁄𝑠 2 𝑃⃗ = 𝐾𝑔 ∙ 𝑚⁄𝑠 2 = 𝑁

De posse dessas informações, chamando a situação antes de encolher de 1, e a situação de


raio limite para que a moeda não afunde de 2, temos:

𝐸1 = 𝑃

𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ∙ 𝑔 = 𝑚 ∙ 𝑔

𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ∙ 𝑔 = 𝑚 ∙ 𝑔

𝑉1
𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ =𝑚
8
Invertendo essa relação:

𝑉1
𝑚 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙
8

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Quando a esfera estiver completamente submersa, porém sem afundar, temos que o novo
empuxo é equivalente ao peso inalterado da esfera:

𝐸2 = 𝑃

𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ∙ 𝑔 = 𝑚 ∙ 𝑔

𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ∙ 𝑔 = 𝑚 ∙ 𝑔

𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑉2 = 𝑚

Igualando a massa, que é constante nas duas situações:

𝑉1
𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑉2 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙
8
𝑉1 𝑉1
𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑉2 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ ⇒ 𝑉2 =
8 8
Agora precisamos nos lembrar do volume de uma esfera de raio R.

4 Volume de uma esfera


𝑉𝑒𝑠𝑓𝑒𝑟𝑎 = ∙ 𝜋 ∙ 𝑅3
3
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Infelizmente, esse é o tipo de fórmula que não me resta opção senão pedir que você decore.
A prova dessa fórmula passa por uma integral tripla em coordenadas esféricas. Como uma forma de
facilitar, pense que volume é uma propriedade tridimensional, espacial, daí o expoente do raio,
elevado ao cubo.
Substituindo-se o volume na relação anterior:

4
4 ∙ 𝜋 ∙ 𝑅3
3
∙𝜋∙𝑟 = 3
3 8
4
4 ∙ 𝜋 ∙ 𝑅3
3
∙𝜋∙𝑟 = 3
3 8

3
𝑅3
𝑟 =
8
3
𝑅3 √𝑅3 𝑅
3
𝑟= √ = 3 =
8 √83 2

Gabarito: “a”.

21. (2017/UNIGRANRIO)
Uma pedra cujo peso vale 500 𝑁 é mergulhada e mantida submersa dentro d’água em
equilíbrio por meio de um fio inextensível e de massa desprezível. Este fio está preso a uma
barra fixa como mostra a figura. Sabe-se que a tensão no fio vale 300 𝑁. Marque a opção que
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indica corretamente a densidade da pedra em 𝑘𝑔/𝑚3 . Dados: Densidade da água = 1 𝑔/𝑐𝑚3


e 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 .

a) 200 b) 800 c) 2.000 d) 2.500 e) 2.800


Comentários
Como o conjunto está em repouso, as forças na vertical se equivalem:
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Assim, podemos escrever:

𝐸+𝑇 =𝑃

Substituindo-se os valores fornecidos pelo enunciado:

𝐸 + 300 = 500

𝐸 = 500 − 300 = 200 𝑁

A força de empuxo se dá pela seguinte relação:

Força de empuxo exercida em função


𝐸 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ∙ 𝑔
da massa específica do fluido

[𝐸 ] = 𝑁 [𝜇] = 𝑘𝑔/𝑚3 [𝑉 ] = 𝑚 3 [𝑔] = 𝑚/𝑠 2

Substituindo-se essa informação na equação anterior:

𝜇á𝑔𝑢𝑎 ∙ 𝑉 ∙ 𝑔 = 200

Devemos converter a massa específica da água:

𝜇á𝑔𝑢𝑎 = 1 𝑔/𝑐𝑚3 = 1 ∙ 103 𝑘𝑔/𝑚3

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Voltando:

1 ∙ 103 ∙ 𝑉 ∙ 10 = 200

𝑉 ∙ 1 ∙ 104 = 200

200 2 ∙ 102
𝑉= 4
= 4
= 2 ∙ 10−2 𝑚3
1 ∙ 10 1 ∙ 10
De posse do peso da pedra, podemos determinar a sua massa:

⃗⃗ = 𝒎 ∙ 𝒈
𝑷 ⃗⃗ A força Peso

[𝒎] = 𝒌𝒈 [𝑎 ] = 𝑚 ⁄𝑠 2 𝑃⃗ = 𝐾𝑔 ∙ 𝑚⁄𝑠 2 = 𝑁

Substituindo-se o peso e a aceleração da gravidade:

500 = 𝑚 ∙ 10

500
𝑚= = 50 𝑘𝑔
10
Finalmente, de posse da massa e do volume da pedra, podemos calcular a sua massa
específica:
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𝑚
𝜇= Massa específica de um corpo maciço
𝑉
[𝜇] = 𝑘𝑔/𝑚3 [𝑚] = 𝑘𝑔 [𝑉 ] = 𝑚 3

Para a pedra:

50
𝜇= = 25 ∙ 102 = 2500 𝑘𝑔/𝑚3
2 ∙ 10−2
Gabarito: “d”.

22. (2017/EFOMM)
O tipo de manômetro mais simples é o de tubo aberto, conforme
a figura abaixo. Uma das extremidades do tubo está conectada ao
recipiente que contém um gás a uma pressão 𝑝𝑔á𝑠 , e a outra
extremidade está aberta para a atmosfera. O líquido dentro do
tubo em forma de U é o mercúrio, cuja densidade é 13,6 ∙
103 𝑘𝑔/𝑚3 . Considere as alturas ℎ1 = 5,0 𝑐𝑚 e ℎ2 = 8,0 𝑐𝑚.
Qual é o valor da pressão manométrica do gás em pascal?

Dado: 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2

a) 4,01 ∙ 103 b) 4,08 ∙ 103 c) 40,87 ∙ 102 d) 4,9 ∙ 104 e) 48,2 ∙ 102

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Comentários
A pressão manométrica de um gás se dá pela sua pressão interna subtraída da pressão
atmosférica. Vamos adotar a linha tracejada como nossa referência.

Pelo equilíbrio de fluidos imiscíveis, podemos escrever para a situação:

𝑃𝑔á𝑠 = 𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 − 𝑃0

Como queremos a pressão manométrica, devemos descontar a pressão atmosférica:


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𝑃𝑔á𝑠 = 𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜

A pressão no interior de um fluido é calculada por:

𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙ ℎ Pressão exercida por um fluido

[𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ] = 𝑃𝑎 [𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ] = 𝐾𝑔/𝑚3 [𝑔] = 10 𝑚/𝑠 2 [ℎ ] = 𝑚

Para o esquema proposto a pressão do fluido se dará por:



𝑃𝑔á𝑠 = 𝜇𝑚𝑒𝑟𝑐ú𝑟𝑖𝑜 ∙ 𝑔 ∙ (ℎ2 − ℎ1 )

Precisamos converter a altura do fluido para metros, lembre-se que 1 𝑚 equivale a 100 𝑐𝑚:

ℎ2 − ℎ1 = 8,0 − 5,0 𝑐𝑚 = 3,0 𝑐𝑚 = 3,0 ∙ 10−2 𝑚

Voltando a relação anterior:



𝑃𝑔á𝑠 = 13,6 ∙ 103 ∙ 10 ∙ (3,0 ∙ 10−2 )

𝑃𝑔á𝑠 = 13,6 ∙ 104 ∙ (3,0 ∙ 10−2 ) = 13,6 ∙ 3,0 ∙ 10(4−2)

𝑃𝑔á𝑠 = 40,8 ∙ 102 = 4,08 ∙ 103 𝑃𝑎

Gabarito: “b”.

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23. (2017/PUC-RJ)
Um tubo em forma de U, aberto nos dois extremos e de seção reta constante, tem em seu
interior água e gasolina, como mostrado na figura.

Sabendo que a coluna de gasolina (à esquerda) é de 10 𝑐𝑚, qual é a diferença de altura∆ℎ, em


𝑐𝑚, entre as duas colunas?
Dados
densidade volumétrica da água: 𝜌á𝑔𝑢𝑎 = 1 𝑔/𝑐𝑚3
densidade volumétrica da água: 𝜌𝑔𝑎𝑠𝑜𝑙𝑖𝑛𝑎 = 0,75 𝑔/𝑐𝑚3
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a) 0,75 b) 2,5 c) 7,5 d) 10 e) 25


Comentários
A PUC-RJ chama a massa específica de densidade volumétrica. Vamos adotar a linha azul
como nossa referência.

Pelo equilíbrio de fluidos imiscíveis, podemos escrever para a situação:

𝑃𝐴 = 𝑃𝐵

Como os tubos são abertos, temos a pressão nos pontos dada pela soma entre a pressão
atmosférica e a pressão exercida pela coluna de fluido:

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𝑃0 + 𝑃𝑔𝑎𝑠𝑜𝑙𝑖𝑛𝑎 = 𝑃0 + 𝑃á𝑔𝑢𝑎

𝑃𝑔𝑎𝑠𝑜𝑙𝑖𝑛𝑎 = 𝑃á𝑔𝑢𝑎

A pressão no interior de um fluido é calculada por:

𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙ ℎ Pressão exercida por um fluido

[𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ] = 𝑃𝑎 [𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ] = 𝐾𝑔/𝑚3 [𝑔] = 10 𝑚/𝑠 2 [ℎ ] = 𝑚

Para o esquema proposto a pressão de cada fluido se dará por:

𝜇𝑔𝑎𝑠𝑜𝑙𝑖𝑛𝑎 ∙ 𝑔 ∙ ℎ𝑔𝑎𝑠𝑜𝑙𝑖𝑛𝑎 = 𝜇á𝑔𝑢𝑎 ∙ 𝑔 ∙ ℎá𝑔𝑢𝑎

𝜇𝑔𝑎𝑠𝑜𝑙𝑖𝑛𝑎 ∙ ℎ𝑔𝑎𝑠𝑜𝑙𝑖𝑛𝑎 = 𝜇á𝑔𝑢𝑎 ∙ ℎá𝑔𝑢𝑎

Substituindo-se os valores de acordo com o enunciado, e as alturas de acordo com a figura:

0,75 ∙ 10 = 1,0 ∙ (10 − ∆ℎ)

7,5 = 10 − ∆ℎ

∆ℎ = 10 − 7,5 = 2,5 𝑐𝑚
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Gabarito: “b”.

24. (2015/FUVEST/1ª FASE)


Para impedir que a pressão interna de uma panela de pressão ultrapasse um certo valor, em
sua tampa há um dispositivo formado por um pino acoplado a um tubo cilíndrico, como
esquematizado na figura ao lado. Enquanto a força resultante sobre o pino for dirigida para
baixo, a panela está perfeitamente vedada. Considere o diâmetro interno do tubo cilíndrico
igual a 4 mm e a massa do pino igual a 48 g. Na situação em que apenas a força gravitacional,
a pressão atmosférica e a exercida pelos gases na panela atuam no pino, a pressão absoluta
máxima no interior da panela é

Note e adote:
𝜋=3
1 𝑎𝑡𝑚 = 105 𝑁/𝑚2

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Aceleração local da gravidade = 10 𝑚/𝑠 2


a) 1,1 𝑎𝑡𝑚 b) 1,2 𝑎𝑡𝑚 c) 1,4 𝑎𝑡𝑚 d) 1,8 𝑎𝑡𝑚 e) 2,2 𝑎𝑡𝑚
Comentários
Quando apenas a força gravitacional, a força decorrida da pressão atmosférica e a força
exercida pelos gases dentro da panela atuam no pino, temos a força decorrida da pressão
atmosférica e o peso do pino atuando com sentido para baixo, ao passo que a força decorrida da
pressão dos gases atua com sentido para cima. Estando o pino em equilíbrio, podemos escrever:

𝐹𝑔𝑎𝑠𝑒𝑠 = 𝐹𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑖𝑛𝑜 + 𝐹𝑎𝑡𝑚

A relação entre uma força e a pressão se dá por:

|𝐹 |
𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 =
𝐴
Podemos passar a área efetuando a multiplicação da pressão, como uma forma de isolarmos
a força nessa relação:

𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 ∙ 𝐴 = 𝐹

Por fim, invertendo:


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𝐹 = 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 ∙ 𝐴

Substituindo-se essa expressão na primeira relação encontrada, sabendo que a área de


atuação das forças é a mesma, tanto para os gases internos, quanto para os gases da atmosfera:

𝑃𝑔𝑎𝑠𝑒𝑠 ∙ 𝐴 = 𝐹𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑖𝑛𝑜 + 𝑃𝑎𝑡𝑚 ∙ 𝐴

Dividindo toda a expressão por 𝐴:

𝑃𝑔𝑎𝑠𝑒𝑠 ∙ 𝐴 𝐹𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑖𝑛𝑜 𝑃𝑎𝑡𝑚 ∙ 𝐴


= +
𝐴 𝐴 𝐴
𝐹𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑖𝑛𝑜
𝑃𝑔𝑎𝑠𝑒𝑠 = + 𝑃𝑎𝑡𝑚
𝐴
Se o pino está acoplado a um tubo cilíndrico, a área da base do cilindro é a região de atuação
das forças relacionadas à pressão dos gases. Como a área da base de um cilindro é um círculo de raio
𝑅, podemos escrever:

𝐴 = 𝜋 ∙ 𝑅2 Área de um círculo de raio R

Sendo o diâmetro interno do tubo cilíndrico de 4 𝑚𝑚, equivalente ao diâmetro da base


circular, temos que o raio dessa região equivale à metade desse valor, portanto, 2 𝑚𝑚. Para
efetuarmos a conversão desse valor para metros podemos nos lembrar que o prefixo do SI “mili”
corresponde a 10−3 :

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𝑅 = 2 𝑚𝑚 = 2 ∙ 10−3 𝑚

O força peso do pino pode ser calculada pelo produto entre a sua massa e a aceleração da
gravidade, conforme a relação:

𝑃 =𝑚∙𝑔 Força peso

[𝑃 ] = 𝑁 [𝑚] = 𝑘𝑔 [𝑔] = 𝑚/𝑠 2

A massa do pino também precisa ter a sua unidade convertida. Lembre-se que o prefixo 𝑘
corresponde a 103 , portanto, para convertermos um grama em um quilograma, precisamos efetuar
a multiplicação por 10−3 :

𝑚 = 48 𝑔 = 48 ∙ 10−3 𝑘𝑔

A pressão atmosférica desse ser inserida na com a sua unidade em 𝑃𝑎, ou 𝑁/𝑚2 . De posse
dessas informações, retornando à equação anterior:
𝑚𝑝𝑖𝑛𝑜 ∙ 𝑔
𝑃𝑔𝑎𝑠𝑒𝑠 = + 𝑃𝑎𝑡𝑚
𝜋 ∙ 𝑅2
48 ∙ 10−3 ∙ 10
𝑃𝑔𝑎𝑠𝑒𝑠 = −3 2
+ 1 ∙ 105
3 ∙ (2 ∙ 10 )
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48 ∙ 10−2
𝑃𝑔𝑎𝑠𝑒𝑠 = + 1 ∙ 105
3 ∙ 22 ∙ 10(−3)∙2
12 ∙ 10−2
𝑃𝑔𝑎𝑠𝑒𝑠 = + 1 ∙ 105
3 ∙ 1 ∙ 10−6
𝑃𝑔𝑎𝑠𝑒𝑠 = 4 ∙ 104 + 1 ∙ 105

𝑃𝑔𝑎𝑠𝑒𝑠 = 0,4 ∙ 105 + 1 ∙ 105

𝑃𝑔𝑎𝑠𝑒𝑠 = 1,4 ∙ 105 𝑃𝑎 = 1,4 ∙ 105 𝑁/𝑚2

𝑃𝑔𝑎𝑠𝑒𝑠 = 1,4 ∙ 105 𝑁/𝑚2 = 1,4 𝑎𝑡𝑚

Gabarito: “c”.

25. (2015/UNESP)
As figuras 1 e 2 representam uma pessoa segurando uma pedra de 12 𝑘𝑔 e densidade 2 ∙
10 𝑘𝑔/𝑚3 , ambas em repouso em relação à água de um lago calmo, em duas situações
3

diferentes. Na figura 1, a pedra está totalmente imersa na água e, na figura 2, apenas um


quarto dela está imerso. Para manter a pedra em repouso na situação da figura 1, a pessoa
exerce sobre ela uma força vertical para cima, constante e de módulo 𝐹1 . Para mantê-la em
repouso na situação da figura 2, exerce sobre ela uma força vertical para cima, constante e de
módulo 𝐹2 .

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Considerando a densidade da água igual a 103 𝑘𝑔/𝑚3 e 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 , é correto afirmar que
a diferença 𝐹2 − 𝐹1 , em newtons, é igual a
a) 60. b) 75. c) 45. d) 30. e) 15.
Comentários
No primeiro caso, a pessoa tem a impressão de que a pedra está mais leve devido à força de
empuxo que o fluido exerce na pedra, por outro lado, na figura 2 o homem deve fazer uma maior
força, visto que somente um quarto do volume da pedra está imerso no fluido e, consequentemente,
a força de empuxo é menor.
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Para a primeira situação, temos a força peso 𝑃⃗ sendo sustentada por um maior empuxo 𝐸⃗1 e
uma pequena força 𝐹1 :

Para os módulos das forças envolvidas, podemos escrever:

𝐸1 + 𝐹1 = 𝑃

Para a segunda situação, temos o empuxo com menor módulo, e a força exercida pelo homem
precisa compensar essa perda:

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𝐸2 + 𝐹2 = 𝑃

O peso da pedra é função de sua massa e da aceleração da gravidade. Essas duas propriedades
não se alteram, portanto, a força peso é constante. Com isso:

𝐸1 + 𝐹1 = 𝐸2 + 𝐹2

Rearranjando essa nova equação, de modo que a diferença pedida seja explicitada, temos:

𝐸1 − 𝐸2 = 𝐹2 − 𝐹1
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Invertendo:

𝐹2 − 𝐹1 = 𝐸1 − 𝐸2

Lembre-se da relação usada para calcular a força de empuxo:

𝐸 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ∙ 𝑔 Força de empuxo exercida em função


da massa específica do fluido

[𝐸 ] = 𝑁 [𝜇] = 𝑘𝑔/𝑚3 [𝑉 ] = 𝑚 3 [𝑔] = 𝑚/𝑠 2

Desenvolvendo a equação anterior:

𝐹2 − 𝐹1 = 𝜇𝐻2𝑂 ∙ 𝑉𝑝𝑒𝑑𝑟𝑎 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 𝑒𝑚 1 ∙ 𝑔 − 𝜇𝐻2 𝑂 ∙ 𝑉𝑝𝑒𝑑𝑟𝑎 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 𝑒𝑚 2 ∙ 𝑔

Podemos colocar a massa específica e a aceleração da gravidade em evidência:

𝐹2 − 𝐹1 = 𝜇𝐻2𝑂 ∙ 𝑔 ∙ (𝑉𝑝𝑒𝑑𝑟𝑎 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 𝑒𝑚 1 − 𝑉𝑝𝑒𝑑𝑟𝑎 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 𝑒𝑚 2 )

Chamando de 𝑉 o volume da pedra, na primeira situação temos toda a pedra submersa, e na


segunda situação somente um quarto dela.

𝑉
𝐹2 − 𝐹1 = 𝜇𝐻2 𝑂 ∙ 𝑔 ∙ (𝑉 − )
4
4𝑉 𝑉
𝐹2 − 𝐹1 = 𝜇𝐻2 𝑂 ∙ 𝑔 ∙ ( − )
4 4

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3𝑉
𝐹2 − 𝐹1 = 𝜇𝐻2 𝑂 ∙ 𝑔 ∙ ( )
4
Não sabemos o volume da pedra, mas fazendo uso da definição da massa específica podemos
determinar essa propriedade:
𝑚 Massa específica de
𝜇=
𝑉 um corpo maciço

[𝜇] = 𝑘𝑔/𝑚3 [𝑚] = 𝑘𝑔 [𝑉 ] = 𝑚 3

Rearranjando a equação da massa específica:


𝑚
𝑉=
𝜇

Voltando para a questão:

3 𝑚𝑝𝑒𝑑𝑟𝑎
𝐹2 − 𝐹1 = 𝜇𝐻2 𝑂 ∙ 𝑔 ∙ ( ∙ )
4 𝜇𝑝𝑒𝑑𝑟𝑎

Substituindo-se os valores fornecidos no enunciado:


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3 12
𝐹2 − 𝐹1 = 103 ∙ 10 ∙ ( ∙ )
4 2 ∙ 103
3 ∙ 12
𝐹2 − 𝐹1 = 104 ∙ ( )
4 ∙ 2 ∙ 103
3 ∙ 12
𝐹2 − 𝐹1 = 104 ∙ ( )
4 ∙ 2 ∙ 103
3∙3
𝐹2 − 𝐹1 = 104 ∙ ( )
1 ∙ 2 ∙ 103

4
9 9 ∙ 104
𝐹2 − 𝐹1 = 10 ∙ = = 45 𝑁
2 ∙ 103 2 ∙ 103
Gabarito: “c”.

26. (2014/FUVEST/1ª FASE)

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Um bloco de madeira impermeável, de massa 𝑀 e dimensões 2 𝑥 3 𝑥 3 𝑐𝑚3 , é inserido muito


lentamente na água de um balde, até a condição de equilíbrio, com metade de seu volume
submersa. A água que vaza do balde é coletada em um copo e tem massa m. A figura ilustra as
situações inicial e final; em ambos os casos, o balde encontra-se cheio de água até sua
capacidade máxima.
a) 𝑚 = 𝑀/3 b) 𝑚 = 𝑀/2 c) 𝑚 = 𝑀 d) 𝑚 = 2𝑀 e) 𝑚 = 3𝑀
Comentários
Atingida a condição de equilíbrio, as duas forças atuando no bloco de madeira terão mesmo
módulo, mesma direção e sentidos opostos.

Daí podemos escrever:


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𝑃=𝐸

A expressão que descreve a força de empuxo é:

Força de empuxo exercida em função


𝐸 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ∙ 𝑔
da massa específica do fluido

[𝐸 ] = 𝑁 [𝜇] = 𝑘𝑔/𝑚3 [𝑉 ] = 𝑚 3 [𝑔] = 𝑚/𝑠 2

E a expressão que descreve a força peso:

𝑃 =𝑚∙𝑔 Força peso

[𝑃 ] = 𝑁 [𝑚] = 𝑘𝑔 [𝑔] = 𝑚/𝑠 2

Substituindo-se essas expressões na relação anterior:

𝑚𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜 ∙ 𝑔 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑉𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ∙ 𝑔

𝑚𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜

Na fluidostática é comum trocarmos a massa de um corpo pelo produto entre a sua massa
específica e o seu volume, fazendo uso da definição da massa específica:
𝑚 Massa específica de um corpo maciço
𝜇=
𝑉
[𝜇] = 𝑘𝑔/𝑚3 [𝑚] = 𝑘𝑔 [𝑉 ] = 𝑚 3

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Rearranjando a equação da massa específica:

𝜇∙𝑉 = 𝑚

Invertendo:

𝑚 =𝜇∙𝑉

Isso nos permite concluir que:

𝑚𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑉𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜

Voltando para a equação da massa do bloco, sabendo que o volume de fluido deslocado é
equivalente ao volume do corpo submerso:

𝑚𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜

𝑚𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑉𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜

𝑚𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜 = 𝑚𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜

Usando a notação das massas adotada pela questão:

𝑀=𝑚
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Gabarito: “c”.

27. (2019/IME)
Um manômetro de reservatório é composto por dois tubos verticais comunicantes pelas
respectivas bases e abertos em suas extremidades. Esse conjunto é preenchido parcialmente
por um fluido e, como o dispositivo encontra-se no ar à pressão atmosférica padrão, o nível de
fluido nos dois tubos é o mesmo. Em um dado momento, no tubo à esquerda, é adicionada
uma pressão manométrica equivalente a 12 𝑚𝑚 de coluna de água. Considerando que não
haja vazamento no manômetro, a ascensão de fluido no tubo à direita, em mm, é igual a:
Dados:
• diâmetro do tubo à esquerda: 20 𝑚𝑚;
• diâmetro do tubo à direita: 10 𝑚𝑚; e
• densidade do fluido: 1,2.
a) 20 b) 40 c) 8 d) 4 e) 10
Comentários
Pelos dados fornecidos, o diâmetro do lado esquerdo é o dobro do tubo da direita, logo, a
razão entre as áreas transversal são de 4: 1, por serem bidimensionais.
Portanto, para um mesmo volume, o fluido no tubo da direita sobe 4 vezes mais do que desce
o líquido no lado esquerdo.
Fazendo um desenho esquemático, temos que:

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Pelo teorema de Stevin, temos que:

𝑃𝐴 = 𝑃𝐵

𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜇á𝑔𝑢𝑎 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎá𝑔𝑢𝑎 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜

𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜇á𝑔𝑢𝑎 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎá𝑔𝑢𝑎 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜

𝜇á𝑔𝑢𝑎 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎá𝑔𝑢𝑎 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜

𝜇á𝑔𝑢𝑎 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎá𝑔𝑢𝑎 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜


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𝜇á𝑔𝑢𝑎 ⋅ ℎá𝑔𝑢𝑎 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ⋅ ℎ𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜


𝑥
1,0 ⋅ 12 = 1,2 ⋅ (𝑥 + )
4
𝑥 5⋅𝑥
10 = 𝑥 + =
4 4
40
𝑥= = 8,0 𝑚𝑚
5
Gabarito: “c”.

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10 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
“O segredo do sucesso é a constância no objetivo”

Parabéns por mais uma aula concluída. Ela significa menos um degrau até a sua aprovação.
É importante frisar que um dos principais diferencias do Estratégia é o famoso fórum de dúvidas. O
fórum é um ambiente no qual, prevalecendo o respeito, ocorre a troca de informações e o
esclarecimento das dúvidas dos alunos.
Para acessar o fórum de dúvidas faça login na área do aluno, no site do Estratégia
Vestibulares. Pelo link https://www.estrategiavestibulares.com.br/ e busque pela opção “Fórum de
Dúvidas”.

11 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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[1] Calçada, Caio Sérgio. Física Clássica volume 3. 2. Ed. Saraiva Didáticos, 2012. 354p.
[2] Newton, Gualter, Helou. Tópicos de Física volume 2. 11ª ed. Saraiva, 1993. 512p.
[3] Toledo, Nicolau, Ramalho. Os Fundamentos da Física volume 2. 9ª ed. Moderna. 521p.
[4] Resnick, Halliday, Jearl Walker. Fundamentos de Física volume 2. 10ª ed. LTC. 282p.

12 - VERSÃO DE AULA

Versão Data Modificações

1.0 03/02/2020 Primeira versão do texto.

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