Você está na página 1de 25

Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v.

8, n° 3, 2015, p (36-179), 2014 ISSN 18088597

ACESSIBILIDADE DE PORTADORES DE DEFICIÊNCIA FÍSICA OU


MOBILIDADE REDUZIDA NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE JONAS MANOEL
DIAS EM SÃO LUÍS DE MONTES BELOS - GO1

Daniele Cristina Nascimento Silva 2 Thaynara Macedo Silva 2


Mariane Santos Nogueira3 Rafael M. Custódio Mendonça4
Pedro Henrique Faria Valente5 Rafael Ferraz Araújo6
Aleandro Geraldo Alves7 Fernanda A. Vargas de Brito e Alves8

RESUMO: As pessoas com deficiência apresentam limitações físicas, sensoriais ou mentais


que podem acarretar dificuldades e impossibilidades na execução de tarefas simples,
dificultando o deslocamento de um lugar para o outro. A acessibilidade consiste em um dos
fundamentos principais para a qualidade de vida e o pleno exercício da cidadania pelas
pessoas portadoras de deficiências. O objetivo da pesquisa foi avaliar as condições
ergonômicas de acessibilidade dos portadores de deficiências físicas ou com mobilidade
reduzida em uma unidade de saúde. Este estudo de caráter quantitativo e descritivo foi
realizado Na Unidade Básica de Saúde Jonas Manoel Dias, na cidade de São Luís de Montes
Belos, estado de Goiás. Foram examinados os seguintes itens: acesso principal a edificação,
sanitários e consultórios. Estes itens foram confrontados com a NBR 9050 da ABNT. A partir
da análise dos parâmetros, foram verificadas irregularidades como ausência de piso
antiderrapante e corrimões na rampa de acesso, falta de sinalização da acessibilidade,
presença de altura inferior do assento e das barras horizontais nos sanitários. Conclui-se que a
escassez da acessibilidade nos serviços de saúde interfere no direito de ir e vir do cidadão,
comprometendo sua qualidade de vida.

PALAVRAS-CHAVE: Acessibilidade. Deficiência Física. Mobilidade Reduzida.


Ergonomia. Saúde Pública.

ACCESSIBILITY OF PHYSICAL DISABILITIES OR REDUCED MOBILITY IN


BASIC HEALTH UNIT JONAS MANOEL DIAS IN SÃO LUIS DE MONTES BELOS
- GO ¹
ABSTRACT: People with disabilities have physical, sensory or mental limitations that can
lead to difficulties and impossibilities in performing simple tasks, making it difficult to shift
from one place to another. Accessibility is one of the main reasons for the quality of life and
full citizenship for people with disabilities. The research objective was to evaluate the
ergonomic conditions of affordability with disabilities or reduced mobility a health facility.

1
Trabalho de Conclusão do Curso de Fisioterapia para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia da
Faculdade Montes Belos
2
Concluintes do Curso de Fisioterapia da Faculdade Montes Belos. Email: dany-tina@hotmail.com Email:
thaynaramac@hotmail.com
3
Colaboradora, Fisioterapeuta, Esp. e Docente da Faculdade Montes Belos. Email: nogueira.slmb@hotmail.com
4
Colaborador, Fisioterapeuta, Esp. e Docente da Faculdade Montes Belos. Email: rafael--martins@hotmail.com
5
Colaborador, Fisioterapeuta, Esp. e Docente da Faculdade Montes Belos. Email: pedrohenriquefv@bol.com.br
6
Colaborador, Fisioterapeuta, Esp. e Docente da Faculdade Montes Belos.Email: rafael.ferraz@fmb.edu.br
7
Colaborador, Fisioterapeuta, Mestre e Docente da Faculdade Montes Belos. Email:
aleandrogalves@hotmail.com
8
Orientadora, Fisioterapeuta, Mestre, Coordenadora e Docente do Curso de Fisioterapia da Faculdade Montes
Belos. Email: fernandavargasbra@gmail.com
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 3, 2015, p (37-179), 2014 ISSN 18088597

This study was quantitative and descriptive study conducted at the Health Post Jonas Manoel
Dias, in São Luís de Montes Belos city, state of Goiás The following items were examined:
the main building, toilets and offices access. These items were faced with ABNT NBR 9050.
From the analysis of the parameters, irregularities such as lack of non-slip floors and handrails
on the ramp, signaling a lack of accessibility, presence of lower seat height and horizontal
bars in the toilets were verified. We conclude that the lack of accessibility in health care
interferes with the right of movement of citizens, impairing their quality of life.

KEYWORDS: Accessibility. Physical Disability. Disabled. Ergonomics. Public Health.

INTRODUÇÃO ponto de vista sobre a deficiência, sendo


resultado de uma interação complexa das
A deficiência consiste na perda ou pessoas com a sociedade. Com esse olhar
anormalidade de estrutura ou função considera-se a deficiência uma parte ou
psicológica, fisiológica ou anatômica, expressão de uma condição de saúde, mas
temporária ou permanente e incapacidade não indica, necessariamente, a presença de
de desenvolver atividades consideradas uma doença ou que o indivíduo seja
habituais ao homem (AMIRALIAN et al., considerado doente. Por exemplo, a perda
2000). Deficiência física abrange de um membro trata-se de uma deficiência
alterações completas ou parciais de um ou na estrutura do corpo, mas não é uma
mais segmentos do corpo humano, que perturbação ou uma doença (OMS, 2004).
causam comprometimento das funções As pessoas com deficiência
físicas, sejam elas por deformidades apresentam limitações físicas, sensoriais ou
congênitas ou adquiridas, exceto as que mentais que muitas vezes acarretam em
não geram dificuldades ao desempenhar dificuldades e impossibilidades na
tarefas (ARAGÃO, 2004). execução de tarefas simples às outras
A Organização Mundial de Saúde pessoas, dificultando o deslocamento de
(OMS) define a pessoa com deficiência um lugar para o outro (BRASIL, 2012).
como sendo aquela que porta algum tipo de Segundo a Norma Brasileira (NBR) 9050,
comprometimento físico, sensorial e os portadores de deficiência ou que
mental, gerando limitação e a colocando possuem mobilidade reduzida precisam
em situação de desvantagem em relação às estar em constante interação com o meio
pessoas consideradas “normais”. A sociocultural para gozarem de uma vida
Classificação Internacional de plena e autônoma (ABNT, 2004).
Funcionalidade, Incapacidade e Saúde Nota-se, então, que a sociedade é
(CIF) representa uma transformação no um importante elemento para o processo
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 3, 2015, p (38-179), 2014 ISSN 18088597

de inserção das pessoas com deficiência. Americano da Saúde (OPAS) relata que
Devendo acomodar indivíduos com apenas 2% da América Latina de 85
diferentes padrões e situações; reduzir o milhões de pessoas com deficiência
gasto energético necessário para utilizar os recebem atendimento médico apropriado
produtos no meio; tornar os ambientes e os (BREDEMEIER, FAM & FLECK, 2012).
produtos mais compreensíveis para os De acordo com os dados do Censo
deficientes e pensar em produtos e de 2010 (IBGE, 2010) há mais de 45
ambientes como sistemas, para melhorar o milhões de pessoas com algum tipo de
atendimento aos portadores de deficiência deficiência no Brasil, cerca de 23% da
(MACHADO JUNIOR, OLIVEIRA & população. Para Neri et al., (2003) no
SILVA, 2005). Brasil, a cada seis pessoas, uma tem algum
A Constituição Federal assegura tipo de deficiência, essa afirmação mostra
aos portadores de deficiência o exercício o quanto se faz necessária a inclusão
efetivo da cidadania e da convivência social, já que não é comum vermos essas
social, garantindo o direito ao trabalho, pessoas circulando nas ruas. Sendo assim,
educação, saúde e lazer. A Lei n° 10.098, é possível observar a desatenção dos
p. 1, de 19 de Dezembro de 2000, órgãos públicos envolvendo a questão da
estabelece normas, critérios e exigências acessibilidade nos centros urbanos.
para a promoção da saúde e a No Brasil, a deficiência visual, não
acessibilidade das Pessoas com necessariamente cegueira total, é o mais
Necessidades Especiais (PNE) em presente, representando quase a metade
qualquer lugar, que possuem mobilidade (48,1%) da população com deficiência.
reduzida, seja ela adquirida ou nata, devem Logo em seguida estão as deficiências
ser eliminadas a supressão de barreiras e de motoras e físicas que, em conjunto, somam
obstáculos nas vias e espaços públicos, no 27,1%. A terceira maior incidência é a
mobiliário urbano, na construção e reforma deficiência auditiva (16,6%) –
de edifícios e nos meios de transporte e considerando os diferentes graus de perda
comunicação (BRASIL, 2000). A OMS auditiva, desde a surdez leve até anacusia
acentua a importância de garantir direitos (surdez total) – e por fim, aparece a
básicos a toda população por meio de deficiência mental, que atinge 8,2% do
acesso a cuidados médicos, reabilitação, e total de indivíduos com deficiência
outros serviços que dispõe a aumentar a (FEBRABAN, 2006).
autonomia a todos com deficiência física.
No entanto, a Organização Pan –
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 3, 2015, p (39-179), 2014 ISSN 18088597

De acordo com o Instituto saúde e assistência pública, protegendo e


Brasileiro de Geografia e Estatística (2010) preservando as pessoas com deficiência
a proporção de pessoas com deficiência (BREDEMEIER, FAM & FLECK, 2012).
aumenta com a idade, passando de 4,3% Segundo Deliberato et al., (2006) a
nas crianças até 14 anos, para 54% do total expressão acessibilidade originou-se em
das pessoas com idade acima de 65 anos. meados de 1960, quando surgiu no setor de
Esta análise reflete a ideia de que com o arquitetura dos Estados Unidos da América
aumento da expectativa de vida e o (EUA) e dos países da Europa a
consequente envelhecimento populacional, caracterização sobre barreiras, enfatizando
a proporção de pessoas com deficiência na deficiência física e na dificuldade de
está se elevando. Os dados revelam ainda circulação, que afetava principalmente os
que há predominância do sexo masculino usuários de cadeiras de rodas. O ato de
com deficiência física, mental e auditiva, aceitar a igualdade genérica pode ser
provavelmente relacionado com o tipo de entendido como uma postura de omissão.
atividade exercida e ao risco de acidentes A acessibilidade consiste em um
de natureza diversa. Enquanto que a dos fundamentos principais para a
prevalência em mulheres está relacionada qualidade de vida e o pleno exercício da
com as dificuldades motoras (incapacidade cidadania pelas pessoas portadoras de
de caminhar ou subir/descer escadas) ou deficiências. No entanto, por mais que se
visuais. tenha consciência do regulamento que
O Censo Demográfico de 2010 determina a eliminação de barreiras
mostra que os estados com as maiores arquitetônicas e urbanas, nota-se que a
taxas de Pessoas Portadoras de acessibilidade nos espaços em geral é
Deficiências (PPD’s) são: Paraíba muito restrita no país. Sendo assim, muitos
(18,76%), Rio Grande do Norte (17,64%), portadores de deficiência encontram
Piauí (17,63%), Pernambuco (17,4%) e dificuldades de locomoção nas vias
Ceará (17,34%). Os cinco estados que públicas e de acesso aos transportes
apresentam as menores taxas de PPD’s públicos. Esses indivíduos são vítimas de
são: São Paulo (11,35%), Roraima inúmeros constrangimentos, que
(12,5%), Amapá (13,28%), Distrito inviabilizam o exercício pelos direitos à
Federal (13,44%) e Paraná (13,57%) educação, à saúde e ao trabalho (AVELAR
(IBGE, 2010). & CARVALHO, 2010). O acesso
É aptidão da União, dos Estados, do corresponde às características da oferta de
Distrito Federal e dos Municípios zelar da serviços que facilitam ou impedem a sua
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 3, 2015, p (40-179), 2014 ISSN 18088597

utilização pelos usuários, além de al., (2006) a ergonomia busca melhorar o


representar a capacidade de oferta de conforto, a segurança, a saúde, a eficiência
produzir serviços e responder às no trabalho e as condições de vida em
necessidades das pessoas (CHAVES, geral, considerando as capacidades,
ELIAS & MONTEIRO, 2007). limitações físicas e as restrições
Toda construção, ampliação ou psicológicas da pessoa, podendo prevenir
reforma de edifícios públicos ou privados acidentes e corrigir falhas. Para qualquer
designados ao uso comum deverão ser tipo de construção pública ou privada é
executadas de forma que sejam ou se significativa a presença de um profissional
tornem acessíveis aos portadores de da saúde, além do arquiteto e engenheiro,
necessidades especiais (BRASIL, 2000). A para que a construção tenha os padrões
acessibilidade dos indivíduos às áreas ergonômicos, proporcionando segurança,
individuais, coletivas ou privadas deve conforto e autonomia a todas as pessoas.
empregar a concepção moderna e abordar A ergonomia representa um papel
o tema da deficiência, permitindo a entrada fundamental na acessibilidade, visto que
e as condições mínimas para a utilização, durante a realização do projeto
com segurança e independência, das arquitetônico, a construção disponha de
edificações, espaços diversos, mobiliários condições de portabilidade (FONSECA &
e equipamentos urbanos, sobretudo os RHEINGANTZ, 2009). Para CODE
referentes à utilidade pública, obedecendo (2006), ao projetar edificações para o
às legislações e às normas existentes deficiente físico, é fundamental considerar
(DELIBERATO et al., 2006). critérios de ergonomia para os
A ergonomia é uma palavra de deslocamentos e uso do espaço construído
origem grega que significa ergon e dos equipamentos. A maneira
(trabalho) e nomos (regras). É a disciplina aconselhável para unir ergonomia e
que se preocupa em alcançar o bem-estar arquitetura é durante o projeto, pois este é
físico, mental e social, com base em o momento ideal para incorporar os
pesquisas e estudos em saúde do princípios da ergonomia à concepção do
trabalhador. Sua meta principal é a ambiente físico. De acordo com Santos
humanização do trabalho por meio das (2008), o ambiente deve estar
adaptações das condições laborais às ergonomicamente adequado aos
características psicofisiológicas dos funcionários e usuários, para que estes
trabalhadores (DEMARZO, HAAS & possam realizar suas tarefas com conforto,
HENRIQUE, 2009). Segundo Deliberato et
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 3, 2015, p (41-179), 2014 ISSN 18088597

eficiência e eficácia, sem danos a UBS estão na mira de críticas negativas


saúde física, psicológica e cognitiva. dos usuários por não garantirem livre
Para um ambiente possuir uma boa acesso às pessoas (FACCHINI et al.,
acessibilidade espacial, ele deve 2009).
proporcionar ao indivíduo condições de ir Uma maior adequação de
e vir com total independência, dispondo de ambientes, construções, espaços públicos e
conforto e segurança. É preciso que haja principalmente de locais que prestam
uma boa orientação, onde as placas, sinais serviços de saúde faz-se necessária para a
ou qualquer tipo de informação estejam promoção da qualidade de vida da
bem acessíveis; boa condição quanto ao população (MACHADO JUNIOR,
deslocamento, seja no sentido horizontal OLIVEIRA & SILVA, 2005). Os
ou vertical, enfatizando as escadas, impedimentos que uma pessoa com
corredores, rampas e elevadores; e que o limitação física enfrenta ao ingressar os
usuário não necessite de qualquer serviços públicos de saúde são notórios
treinamento prévio dos equipamentos desde o percurso casa-instituição até a
disponíveis (DISCHINGER, ELY & locomoção dentro desta. Sendo assim, a
PIARDI, 2012). Com isso, a presença de remoção de barreiras arquitetônicas
pisos irregulares, degraus, elevadores, e constitui um importante passo para a
banheiros não adaptados são considerados integração dos portadores de deficiência na
barreiras arquitetônicas, as quais dificultam atividade humana (PAGLIUCA &
a locomoção das pessoas com limitações VASCONCELOS, 2006). Todas as
(ALMEIDA et al., 2008). construções públicas ou privadas devem
No que se refere à acessibilidade ser adaptadas para que todas as pessoas
aos serviços de saúde há dois aspectos a com ou sem necessidades especiais possam
serem considerados: a dimensão sócio- estar desfrutando destes, com a convicção
organizacional, que caracteriza a oferta do de que são reconhecidas como cidadãos
serviço e a dimensão geográfica, que se (FRAGNAN & VIANA, 2009).
associa à distância e ao deslocamento A realidade do sistema de saúde
(ALVES et al., 2012). Quando se trata das apresenta dificuldades que impedem a
unidades básicas de saúde (UBS), são satisfação das necessidades de assistência à
muitas as dificuldades encontradas para se saúde da população. É lamentável perceber
obter estruturas adequadas aos portadores que a falta de acessibilidade atinge até
de deficiências. Até mesmo as construções mesmo as unidades de saúde, as quais
mais recentes e projetadas para acolher deveriam oferecer toda a assistência
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 3, 2015, p (42-179), 2014 ISSN 18088597

necessária para o usuário do Foram inclusas no estudo apenas as


serviço. Sendo assim, é essencial Unidades Básicas de Saúde próximas a
proporcionar a essa população ambientes locais que possuem atendimento
acessíveis sem riscos de acidentes. O fisioterapêutico público.
interesse em desenvolver o estudo na A exclusão consistiu em Unidades
unidade básica de saúde ocorreu em função Básicas de Saúde que não se localizam
da importância do mesmo para uma melhor próximas a áreas que possuem atendimento
atenção ao paciente e por haver escassez de fisioterapêutico público.
material sobre o tema. A pesquisa foi realizada na Unidade
O objetivo do presente estudo foi Básica de Saúde Jonas Manoel Dias,
avaliar as condições ergonômicas de localizada na Rua Amapá, S/N, Qd. 19,
acessibilidade aos portadores de Setor Aeroporto, na cidade de São Luís de
deficiências físicas ou com mobilidade Montes Belos-GO. As pesquisadoras estão
reduzida nas unidades básicas de saúde. de posse de uma carta de autorização para
realização da pesquisa (APÊNDICE A),
1. MATERIAIS E MÉTODOS assinada pela responsável do local.
Os funcionários e responsáveis pela
Trata-se de uma pesquisa unidade de saúde receberam uma
quantitativa e descritiva, cuja finalidade é explicação detalhada sobre o projeto de
observar, registrar e avaliar as pesquisa em questão, e após lida e assinada
características ergonômicas de a Carta de Autorização para Realização da
acessibilidade das Unidades Básicas de Pesquisa (APÊNDICE A) pela
Saúde através de um levantamento. coordenadora é que a unidade pode
O estudo foi direcionado a participar do projeto.
Comissão de Ética em Pesquisa da O espaço foi analisado verificando
Faculdade União de Goyazes (CEP/FUG) as medidas referentes à entrada principal,
localizada na Rodovia GO-060, Km 19, N° acesso aos banheiros e aos consultórios. A
184, Setor Laguna Park, Trindade-Go, avaliação foi realizada observando os itens
CEP 75380-000, seguindo todas as normas abaixo e confrontando-os com a Norma
estabelecidas pela Resolução 196/96 do Brasileira 9050 (NBR 9050) da Associação
Conselho Nacional de Saúde para análise e Brasileira de Normas Técnicas (ABNT):
parecer ético. A pesquisa foi aprovada pelo • Acesso principal a edificação: 1.
CEP/FUG com o protocolo 068/2013-2 em rampa (presença de rampa e piso);
24 de Agosto de 2013 (ANEXO 1). 2. presença de corrimão (diâmetro,
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 3, 2015, p (43-179), 2014 ISSN 18088597

• altura, distância da parede e dia 13 de setembro de 2013, sendo


localização); 3. piso externo executado na sexta-feira, às 14h.
(superfície regular, estável e Todos os dados coletados serão
antiderrapante); 4. porta de acesso utilizados somente para fins científicos. As
principal (visor, puxador, e largura informações obtidas serão armazenadas em
do vão livre); 5. indicação visual de local reservado, tendo acesso somente às
acessibilidade; pesquisadoras, por um período de cinco
• Sanitários: 1. bacia sanitária (altura anos e após, reciclados, conforme
do assento, barras horizontais e orientação da Resolução do Conselho
válvula de descarga); 2. piso Nacional de Saúde n° 196/96.
(superfície regular, estável e
antiderrapante); 2. RESULTADOS
• Consultórios: 1. dimensões da porta
e mesa. A UBS Jonas Manoel Dias foi
O material usado para a avaliada conforme a descrição acima. Os
mensuração dos parâmetros foram duas resultados foram obtidos de acordo com o
fitas métricas comuns de dois metros e mapeamento da área física, englobando o
duas trenas metálicas comuns de cinco acesso principal da edificação, banheiros e
metros. E para os registros fotográficos consultórios estabelecidos na NBR 9050 da
utilizou-se uma câmera fotográfica digital. ABNT, que garante o direito da
Toda avaliação dos itens acima foi acessibilidade aos locais com segurança e
realizada pelas pesquisadoras, tendo como independência.
referência a NBR 9050, destinada a A UBS pesquisada foi construída
acessibilidade a edificações, mobiliário, para atender principalmente as pessoas
espaços e equipamentos urbanos. com necessidades especiais. Porém não
A verificação dos dados busca atinge todos os requisitos da NBR 9050,
mostrar se há adequação dos itens à norma. que será mostrado neste estudo por meio
O desenvolvimento da pesquisa ocorreu no de ilustrações dos locais para facilitar a
visualização e percepção dos resultados.
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 3, 2015, p (44-179), 2014 ISSN 18088597

Figura 01- Acesso Principal do Edifício.

A figura 01 corresponde à entrada corrimões em ambos os lados para permitir


principal do edifício. As medidas da rampa boa empunhadura e deslizamento.
estão dentro dos parâmetros exigidos pela Os pisos devem possuir superfície
NBR 9050. Porém a ausência de corrimões regular, firme, estável e antiderrapante sob
e piso antiderrapante não atende as normas. qualquer condição, que não provoque
Estas determinam que é necessário ter trepidação em dispositivos com rodas. Na
figura acima, a rampa não apresenta piso
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 3, 2015, p (45-179), 2014 ISSN 18088597

antiderrapante tornando-se propícia a do símbolo internacional de acesso


quedas ou outros incidentes. A porta de consiste em um pictograma branco sobre
acesso principal está adequada às normas fundo azul. Esta sinalização deve ser
sendo do tipo vai-e-vem com altura de 2,15 afixada em local visível ao público,
m, vão livre de 1,40 m, com puxador de informando-o que o local é livre de
porta apropriado. barreiras arquitetônicas. Essa comunicação
Observa-se ainda a inexistência do visual é uma importante contribuição para
símbolo internacional indicando a a inclusão social.
acessibilidade do prédio. A representação

Figura 02 – Sanitário.

A figura 02 representa as 1,05 m, a altura da barra lateral com 0,63


instalações dos sanitários feminino e m, e a barra de fundo com 0,64 m. O
masculino, que possuem as mesmas comprimento da barra lateral com 0,51 m,
medidas. A altura do assento foi 0,40 m, a e a barra de fundo com 0,69 m. Os pisos
altura do acionamento da descarga com
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 3, 2015, p (46-179), 2014 ISSN 18088597

dos sanitários possuem superfície regular, recomendado. Com isso, podem interferir
estável e antiderrapante. na autonomia com segurança da utilização
Os itens analisados acima dos sanitários, e causar constrangimento
apresentam irregularidades, exceto a altura dos usuários caso necessitem de auxílio de
do acionamento da descarga e altura do outros.
assento, cujas medidas obtiveram Na pesquisa, essas características
alterações insignificantes comparadas com foram observadas conforme apresentada na
os parâmetros da NBR 9050. Os demais Tabela 1, o qual compara os valores
itens configuram falhas relevantes, pois obtidos com os referentes à NBR 9050.
possuem valores inferiores ao

Itens UBS NBR 9050


Altura do assento 0,40 m 0,45 m
Altura do acionamento da descarga 1,05 m 1m
Altura da barra lateral 0,63 m 0,75 m
Altura da barra de fundo 0,64 m 0,75 m
Comprimento da barra lateral 0,51 m 0,80 m
Comprimento da barra de fundo 0,69 m 0,80 m
Tabela 1 – Condições de acesso ao sanitário.

A figura 03 ilustra o consultório corresponde a 1,07 m. Em relação à mesa,


médico da unidade. Foram verificadas as com formato de “L”, a altura foi de 0,75 m
dimensões da porta e mesa. As alturas da e o comprimento foi de 1,58 m na
porta e do vão livre foram respectivamente horizontal e 1,49 m na vertical.
2,07 m e 0,88 m. A altura da maçaneta
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 3, 2015, p (47-179), 2014 ISSN 18088597

Figura 03 – Consultório Médico.

As medidas da porta e mesa reduzida deparam-se com um ambiente


referentes ao consultório médico acessível visando um melhor atendimento.
encontram-se dentro dos parâmetros da O piso possui característica antiderrapante
NBR 9050. Sendo assim, os indivíduos que contribui para uma circulação segura
com deficiência física ou mobilidade no local.
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 3, 2015, p (48-179), 2014 ISSN 18088597

Figura 04 – Consultório de Enfermagem. Figura 05 – Consultório Odontológico.

As figuras 04 e 05 mostram os de altura e 0,30 m de comprimento no


consultórios de enfermagem e mínimo.
odontológico. Foram analisadas as As condições dos consultórios
dimensões da porta e mesa. Ambas verificados oferecem medidas
apresentaram as mesmas medidas. As antropométricas adequadas,
alturas da porta, do vão livre e da maçaneta proporcionando espaço suficiente para a
foram respectivamente 2,07 m, 0,88 m e inserção de uma cadeira de rodas. Porém
1,07m. Enquanto que a altura e há uma proximidade da mesa com a porta e
comprimento da mesa foram de 0,75 m e também com mobiliário que poderá
1,23 m, nessa ordem. dificultar o acesso do cadeirante ao local
As medidas referentes às portas e de atendimento, bem como sua
mesas dos consultórios não obtiveram translocação.
alterações significativas. A altura da
maçaneta deve estar entre 0,90 m e 1,10 m. 3. DISCUSSÃO
Já a altura da porta e o vão livre precisam
ser de 2,10 m e 0,80 m, respectivamente. E Garantir a acessibilidade para todos
a mesa com as seguintes medidas: 0,73 m é uma tarefa difícil, pois se devem
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 3, 2015, p (49-179), 2014 ISSN 18088597

abranger as necessidades espaciais de o objetivo de promover a maior


pessoas com as mais diferentes restrições, acessibilidade possível aos indivíduos, e
ou seja, pessoas com limitações em que as rampas não podem ter pisos
desempenhar atividades devido as suas escorregadios e obrigatoriamente devem
condições físicas associadas às ter corrimãos (ABNT, 2004).
características dos ambientes A falta de corrimões conjuga uma
(DISCHINGER, ELY & PIARDI, 2012). importante barreira arquitetônica.
A acessibilidade inadequada aos Confirmado pelos autores Dischinger, Ely
serviços de saúde pode fazer com que a e Piardi (2012) que relatam que uma boa
pessoa com deficiência enfrente obstáculos acessibilidade deve proporcionar ao sujeito
que inviabilizem o seu acesso (CASTRO et condições de ir e vir com total
al., 2011). independência, atuando sempre com
Almeida, Aragão e Freitag (2007) conforto e segurança.
constataram que em quatro hospitais do Bittencout et al., (2004) realizou
estado Ceará havia ausência de faixas para um estudo sobre a acessibilidade na
pedestre e apenas um apresentava Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
rebaixamento de meio-fio em pontos e constatou que as escadas e as poucas
estratégicos; calçadas com buracos e rampas existentes não possuíam corrimãos
desnivelamento; metade das avenidas adequados às normas, afetando os acessos
livres de buracos; placas de sinalização de dos usuários com mobilidade reduzida.
trânsito visíveis em três dos hospitais; Para Araújo, Cândido e Leite (2009), a
percurso para instituição sinalizado. ausência de rampas com corrimões
Quanto a UBS Jonas Manoel Dias percebe- impossibilita a independência do usuário
se a presença desses itens citados, porém que possivelmente precisará de ajuda ao se
há ausência de pisos antiderrapantes e locomover pela mesma.
corrimões na rampa. Além disso, a entrada As pessoas com deficiência motora
não dispõe de sinalização que informe a têm sua liberdade de caminhar preservada
acessibilidade do local. quando empunham o corrimão e
A ausência de rampas com transferem parte do peso para o apoio fixo
corrimãos nas UBS constitui um problema, (ALMEIDA, ARAGÃO & FREITAG,
oposto ao que determina as normas de 2007).
acessibilidade da ABNT, que prevê que os
locais de utilização pública e privada de
uso comunitário devem ser adaptados, com
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 3, 2015, p (50-179), 2014 ISSN 18088597

Segundo a NBR 9050, a indicação de regular, barras de apoio e uma boa


acessibilidade das edificações, do iluminação.
mobiliário, dos espaços e dos Alves et al., (2012) verificaram
equipamentos urbanos deve ser feita por recentemente que, em João Pessoa (PB),
meio do símbolo internacional de acesso. 41,7% dos indivíduos entrevistados com
O símbolo internacional de acesso deve deficiência e restrição de mobilidade
indicar a acessibilidade aos serviços e relataram que não existiam adaptações nos
identificar espaços, edificações, locais de atendimento a saúde, onde o
mobiliários e equipamentos urbanos onde acesso ao serviço foi considerado o
existem elementos acessíveis ou utilizáveis principal problema. Apesar desses autores
por pessoas portadoras de deficiência ou avaliarem aspectos diferentes envolvendo a
com mobilidade reduzida (ABNT, 2004). acessibilidade quando comparado com a
Nota-se que na entrada principal do presente pesquisa, observa-se que os
edifício não há sinalização que revele a usuários de mobilidade reduzida e
acessibilidade. deficiência física enfrentam dificuldades
Ao analisar clínicas e consultórios quanto ao acesso ao edifício.
em Fortaleza (CE), Almeida et al., (2008) Em uma pesquisa, Baptista et al.,
observou que a ausência do símbolo (2010) observou que em 20 UBS de um
internacional de acesso nas edificações município paraibano haviam
contribui para o isolamento espacial à irregularidades nas instalações sanitárias,
saúde, além do bloqueio social. A constando de portas com larguras
população deve estar atenta aos pequenos inferiores. Em 65% das UBS analisadas
detalhes, pois são esses que facilitam a encontrou-se um espaço interno que
vida das pessoas com algum impossibilita as manobras necessárias para
comprometimento físico. que uma pessoa cadeirante possa utilizá-la.
De acordo com um estudo realizado Avelar & Carvalho (2010),
por Rabuske & Silva (2013), a maioria dos destacam a importância da instalação de
indivíduos que possuem mobilidade banheiros adaptados para as pessoas com
diminuída consideraram boas as condições necessidades especiais, distinguindo-os por
de acessibilidade nos locais públicos de gênero, de forma acessível a essas pessoas.
lazer da cidade de Pelotas (RS). Entretanto, Seguindo essa proposição, os autores
medidas devem ser adotadas para conter a Gomes, Rezende e Tortorelli (2010),
falta de manutenção, propiciar um piso relatam que a maioria das obras públicas
construídas recentemente tem se adequado
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 3, 2015, p (51-179), 2014 ISSN 18088597

a esses requisitos, o que é considerado um deficiente. Isso pode ser confirmado por
grande avanço. Contudo, é preciso avaliar Deliberato et al., (2006) que analisou a
obras antigas para intervir sobre possíveis acessibilidade em dez clínicas de
adaptações. fisioterapia com base na NBR 9050 e
Ely & Cavalcanti (2001), afirmam verificou que o espaço onde mais havia
que a altura mínima do assento sanitário irregularidades era no banheiro. Este fato
deverá ser de 0,45 m, pois esta altura deu-se pela falta de capacitação e
proporciona uma diminuição relevante no conhecimento dos profissionais
esforço realizado do indivíduo, fisioterapeutas sobre a NBR 9050.
principalmente aquele com mobilidade Facchini et al., (2009) realizou um
reduzida. Dessa forma, observa-se que a estudo em 41 municípios do Brasil para
altura do assento sanitário da UBS Jonas descrever as condições das unidades
Manoel Dias está inapropriada. básicas de saúde em relação às barreiras
O acionamento da descarga deve arquitetônicas. Foram observadas inúmeras
estar a uma altura de 1,00 m do seu eixo ao inadequações que dificultam a
piso acabado, e ser preferencialmente do acessibilidade, como presença de degraus,
tipo alavanca ou com mecanismos falta de corrimões, rampas e banheiros sem
automáticos (ABNT, 2004). Na UBS adaptação necessária. Ambos os resultados
avaliada, o acionamento foi de 1,05 m, não foram semelhantes ao desta pesquisa, onde
possuindo diferença significante que verificou-se também ausência de corrimões
dificulte a mobilidade do indivíduo. e rampas e as inadequações das instalações
As barras horizontais para apoio sanitárias.
propiciam a transposição do usuário de O piso dos consultórios apresentam
cadeira de rodas à bacia sanitária, superfícies antiderrapantes, firmes e
diminuindo o risco de quedas para aqueles regulares, propícias para o usuário com
com mobilidade reduzida (PAGLIUCA & deficiência física ou mobilidade reduzida.
VASCONCELOS, 2006). As instalações Confirmado pelos autores Pagliuca &
das barras horizontais da UBS examinada Vasconcelos (2006) que consideram que os
apresentaram uma altura inferior à pisos polidos podem causar quedas e
preconizada, prejudicando dessa forma a acidentes.
transposição para o assento. Em relação ao acesso aos
Sendo assim, nota-se que o consultórios, observa-se que o mobiliário
banheiro foi o local no qual a disponível no espaço pode integrar uma
acessibilidade encontrou-se mais barreira arquitetônica, prejudicando a
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 3, 2015, p (52-179), 2014 ISSN 18088597

entrada e a movimentação no local. devem usufruir do espaço com acessos e


Conforme relatado por Nascimento (2012), circulações adequadas, garantindo a
este tipo de situação gera medo do futuro integridade física dos mesmos.
no deficiente físico, pois acentua a Fragnan & Viana (2009),
iminência da sua exclusão e inibe seu descrevem que há muitos locais impróprios
esforço na busca do seu reconhecimento para o acesso de usuários com cadeiras de
social. rodas. Este dado retrata as condições reais
Segundo Pagliuca & Vasconcelos do deficiente que, muitas vezes, é forçado
(2006), a altura da mesa deve possibilitar a sair do espaço sem conseguir realizar um
um bom atendimento entre o usuário de giro de 180º.
cadeira de rodas e o profissional. Facchini et al., (2009) ao
Miranda & Vieira (2008), entrevistar trabalhadores de 236 equipes de
avaliaram o acesso no Centro de Ciências UBS da região Sul e Nordeste, concluiu
Biológicas da Universidade Federal de que 59,8% dos prédios não eram
Pernambuco e constataram que algumas adequados para a acessibilidade de idosos
características encontravam-se e pessoas com deficiência. O problema não
inadequadas quando confrontadas com a se restringe apenas às UBS, uma vez que
norma. As principais irregularidades um estudo realizado por França & Pagliuca
consistiam em altura inapropriada do (2008), evidenciou a presença de barreiras
balcão, ausência de sinalização, sanitários arquitetônicas em quatro hospitais da
sem barras de apoio e com altura irregular cidade de Sobral (CE).
do assento, além do acionamento da Brito et al., (2006) realizaram uma
descarga possuir altura desfavorável. pesquisa para avaliar a acessibilidade em
As condições dos consultórios clínicas de Fisioterapia em Brasília (DF), e
verificados oferecem medidas observaram que a maioria das clínicas não
antropométricas adequadas. eram adequadas. Os proprietários destes
Proporcionando espaço suficiente para a locais justificaram que a inadequação dos
inserção de uma cadeira de rodas. Porém, ambientes ocorria devido a esses
há uma proximidade da mesa à porta que estabelecimentos não atenderem a
pode dificultar o acesso do cadeirante ao pacientes neurológicos. Não consideraram
local de atendimento. Contestando assim, o que a utilização de cadeira de rodas
que afirma os autores Santos, Santos e também pode dar-se por idosos, portadores
Ribas (2005), ao relatarem que os de deficiência temporária e com outras
portadores de necessidades especiais necessidades especiais.
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 3, 2015, p (53-179), 2014 ISSN 18088597

acessibilidade nos serviços de saúde


Alves, Amoy e Pinto (2007), consideraram inadequadas as instalações
relataram que a construção de rampas e a de rampas e sanitários. Assim, evidencia-se
supressão de barreiras e obstáculos em que os direitos das pessoas com deficiência
logradouros, edificações e outros espaços não estão sendo cumpridos conforme a lei
públicos são assuntos de interesse social, a 10.098 (2000) que garante o direito de ir e
fim de promover a locomoção de pessoas vir do cidadão.
portadoras de deficiências. Partindo dessa premissa, Garbe
Costa et al., (2010) aplicou um (2012) afirma que a promoção da
questionário para investigar o ponto de acessibilidade é o caminho que atribuirá
vista de usuários com mobilidade reduzida oportunidade às pessoas com deficiência
no que diz respeito as condições de integrarem plenamente na sociedade,
arquitetônicas. Os autores averiguaram que em igualdade de condições com as demais.
apesar dos usuários considerarem as
condições de acesso como sendo boas, CONCLUSÃO
ainda existiam reivindicações neste
contexto. As propostas dos entrevistados Sabe-se que os direitos à
incluíam: a pavimentação asfáltica, a acessibilidade à saúde dos indivíduos com
adequação do piso com antiderrapantes, a deficiência ou com mobilidade reduzida
diminuição da inclinação da rampa, a são garantidos pela legislação brasileira.
instalação de corrimão nas escadas, a Para assegurar a execução dessa legislação
construção de banheiros adaptados, a é preciso planejar os espaços,
construção de rampas no estacionamento e principalmente de via pública, a fim de
a instalação de telefone público em altura torná-los acessíveis.
acessível. Ao longo dos anos observa-se um
O acesso inadequado aos serviços aumento da população com deficiência ou
de saúde compromete os direitos, a alguma incapacidade física. Este fato deve
qualidade de vida e a contribuição social refletir no que diz respeito à inclusão
das pessoas com dificuldades na social, promovendo a eliminação de
locomoção (CHAVES, ELIAS & barreiras arquitetônicas e permitindo o
MONTEIRO, 2008). deslocamento dessa população com
Uma amostra realizada por Castro proteção e bem-estar.
et al., (2011) revelou que 25 indivíduos
entrevistados com perguntas referentes a
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 3, 2015, p (54-179), 2014 ISSN 18088597

A Constituição assegura o acesso universal também atenda as necessidades do


à saúde. Porém, a organização espacial de portador de deficiência física ou com
inúmeras unidades de saúde compromete a comprometimento da funcionalidade.
qualidade de vida de seus usuários por
dificultarem a utilização dos serviços e a REFERÊNCIAS
liberdade de ir e vir.
Constatou-se por meio da avaliação 1. ALMEIDA, P. C.; ARAGÃO, A. E.;
FREITAG, L. M. P. Acessibilidade e
das condições arquitetônicas que a UBS
deficiência física: identificação de
Jonas Manoel Dias não atende todos os barreiras arquitetônicas em áreas internas
de hospitais de Sobral, Ceará. Rev. Esc.
preceitos da NBR 9050. Visto que há
Enferm. USP, v. 41, num. 4, p. 8-581, São
ausência de piso antiderrapante e Paulo, 2007. Disponível em
<http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v41n4/06
corrimões na entrada principal do prédio,
.pdf> Acesso em 12 de Maio de 2013.
constituindo assim presença de barreiras
arquitetônicas. Com isso, não satisfaz as
2. ALMEIDA, P. C.; CARVALHO, Z. M.
necessidades psicofisiológicas dos usuários F.; MORAES, P. O. F.; ROLIM, A. A
Acessibilidade em Cadeira de Rodas nas
com deficiência física ou mobilidade
Clínicas e Consultórios de Neurologia e
reduzida, podendo ocasionar um maior Neurocirurgia de Fortaleza – Brasil.
Revista Enferm. Global, num. 14, Ceará,
desgaste físico para realização das
out. 2008.
atividades e o risco de quedas.
Acentua-se neste estudo a análise
3. ALVES, S. B.; AMARAL, F. L. J. S.;
ergonômica das instalações sanitárias, as MOTTA, M. H. A.; SILVA, L. P. G.
Fatores Associados com a Dificuldade no
quais apresentaram irregularidades quanto
Acesso de Idosos com Deficiência aos
à altura das barras horizontais para apoio, Serviços de Saúde. Ciência e Saúde
Coletiva, v. 17, num. 11, Rio de Janeiro,
que proporciona limitações para a
nov. 2012.
utilização do banheiro com conforto e
segurança.
4. ALVES, S. B.; AMARAL, F. L. J. S.;
A presente pesquisa espera ter HOLANDA, C. M. A.; NASCIMENTO, J.
P. S.; NEVES, R. F.; QUIRINO, M. A. B.;
contribuído para o conhecimento do
RIBEIRO, K. S. Q. S. Acessibilidade de
assunto, abrindo espaço para que novos pessoas com deficiência ou restrição
permanente de mobilidade ao SUS. Ciênc.
estudos sejam realizados abordando este
Saúde Coletiva, v. 17, num. 7, Rio de
tema, visto que há poucos trabalhos nessa Janeiro, jul. 2012. Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sc
área. Buscando-se, dessa forma, a tomada
i_arttext&pid=S1413-
de consciência dos direitos do cidadão e a 81232012000700022> Acesso em 30 de
Março de 2013.
elaboração de um serviço de saúde que
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 3, 2015, p (55-179), 2014 ISSN 18088597

egrada/artigo/v3/09-barreiras-
5. ALVES, L. C.; AMOY, R. A.; PINTO, arquitetonicas-acessibilidade.pdf> Acesso
R. L. A Questão da Acessibilidade das em 12 de Setembro de 2013.
Pessoas Portadoras de Deficiência e a
Atuação do Ministério Público Estadual na
Cidade de Campos dos Goytacazes/RJ. 11. BAPTISTA, R. S.; COURA, A. S.;
Revista da Faculdade de Direito de FRANÇA, E. G.; FRANÇA, I. S. X.;
Campos, ano VIII, num. 10, Rio de PAGLIUCA, L. M. F.; SOUZA, J. A.
Janeiro, junho, 2007. Disponível em Violência Simbólica no Acesso das
<http://fdc.br/Arquivos/Mestrado/Revistas/ Pessoas com Deficiência às Unidades
Revista10/Discente/LeandroCausin.pdf> Básicas de Saúde. Revista Brasileira de
Acesso em 15 de Setembro de 2013. Enfermagem, v. 63, num. 6, p. 964-70,
Brasília, nov-dez. 2010. Disponível em
6. AMIRALIAN, M. L. T.; GHIRARDI, <http://www.abeneventos.com.br/2senabs/
M. I. G.; LICHTIG, I.; MASINI, E. F. S.; cd_anais/pdf/id82r0.pdf > Acesso em 15
PASQUALIN, L.; PINTO, E. B. de Setembro de 2013.
Conceituando deficiência. Rev. Saúde
Pública, v. 34, num. 1, p. 97-103, São
Paulo, fev. 2000. 12. BITTENCOUT, L. S.; CORRÊA, A. L.
M.; MELO, J. D.; MORAES, M. C.;
RODRIGUES, R. F. Acessibilidade e
7. ARAGÃO, A. E. A. Acessibilidade da Cidadania: Barreiras Arquitetônicas e
Pessoa Portadora de Deficiência Física Exclusão Social dos Portadores de
aos Serviços Hospitalares: Avaliação das Deficiências Físicas. Anais do 2º
Barreiras Arquitetônicas. Fortaleza, Congresso Brasileiro de Extensão
2004. Universitária. Belo Horizonte, 2004.
Disponível em
<https://www.ufmg.br/congrext/Direitos/D
8. ARAÚJO, C. D.; CÂNDIDO, D. R. C.; ireitos10.pdf > Acesso em 15 de Setembro
LEITE, M. F. Espaços Públicos de Lazer: de 2013.
Um Olhar Sobre a Acessibilidade para
Portadores de Necessidades Especiais.
Licere, v. 12, num. 4, Belo Horizonte, dez. 13. BRASIL. Constituição da República
2009. Federativa do Brasil: promulgada em 5
de Outubro de 1988. 35. ed, Brasília,
2012.
9. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR
9050: Acessibilidade de pessoas 14. BRASIL. Lei nº 10.048, de 8 de
portadoras de deficiência e edificações, novembro de 2000. Dá prioridade de
espaço, mobiliário e equipamento atendimento às pessoas que especifica, e dá
urbano. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. outras providências. [online] Disponível
em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
10. AVELAR, S. A.; CARVALHO, A. M. l10048.htm> Acesso em 19 de Abril de
Barreiras Arquitetônicas: Acessibilidade 2013.
aos Usuários. Revista Enfermagem
Integrada, v. 3, num. 1, Minas Gerais,
jul./ago. 2010. Disponível em
<http://www.unilestemg.br/enfermagemint
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 3, 2015, p (56-179), 2014 ISSN 18088597

15. BRASIL. Decreto n. 10098, p.1, de 19 20. COORDENADORIA DE DEFESA DE


de Dezembro de 2000. Estabelece normas POLÍTICAS PARA PESSOAS
gerais e critério básicos para a promoção PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA
da acessibilidade das pessoas portadoras de (CODE). Guia Prático para
deficiência ou com mobilidade reduzida, e Eliminação e Transposição de
dá outras providências. Diário Oficial da Barreiras Arquitetônicas. 2ª ed.,
União, 2000. Santos, 2006. Disponível em
<http://pt.scribd.com/doc/17100899/Norm
as-de-Acessibilidade-Para-Deficientes-
16. BREDEMEIER, J.; FAM, C.; FLECK, Fisicos-NBR-9050> Acesso em 16 de
M. P. Quality of care, quality of life, and Maio de 2013.
attitudes toward disabilities: perspectives
from a qualitative focus group study in
Porto Alegre, Brazil. Rev. Panam Salud 21. COSTA, M. L. G.; GUERRA, F. P.;
Publica, v. 31, num. 3, p. 188 – 96, REZENDE, M. B.; SALLES, B, G.; SOKI,
Washington, mar. 2012. Disponível em E. A. A Acessibilidade Arquitetônica
<http://www.scielosp.org/scielo.php?script Interfere na Usabilidade de Indivíduos com
=sci_arttext&pid=S1020- Mobilidade Reduzida? Revista de Terapia
49892012000300002> Acesso em 23 de Ocupacional da Universidade de São
Fevereiro de 2013. Paulo, v. 21, num. 1, p. 83-88, São Paulo,
jan./abr. 2010.

17. BRITO, L. S.; MATOS, M. C.;


NACIMENTO, M. T. A.; SILVA, D. R. 22. DELIBERATO, P. C. P; MONTEIRO,
R.; Acessibilidade de Cadeirantes em C. A. A.; MOREIRA, J. K.; TEODOLINO,
Clínicas de Fisioterapia do Plano Piloto de J. L. Utilização da NBR 9050 e do
Brasília-DF. Universitas: Ciências da questionário bipolar na avaliação da
Saúde, v. 4, num. 1/2, p. 17-35, Brasília, acessibilidade de clínicas de fisioterapia.
2006. Revista Brasileira de Ciência da Saúde,
São Caetano do Sul, ano III, num. 8, jun.
2006.

18. CASTRO, S. S.; CESAR, C. L. G.;


LEFÈVRE, A. M. C.; LEFÈVRE, F. 23. DEMARZO, M. M. P.; HAAS, G. G.;
Acessibilidade aos serviços de Saúde por HENRIQUE, F. Condições ergonômicas
Pessoas com Deficiência. Rev. Saúde em uma unidade básica de saúde
Pública, v. 45, num. 1, p. 99-105, São recentemente informatizada de
Paulo, 2011. Disponível em Florianópolis. Arquivos Catarinenses de
<http://www.scielo.br/pdf/rsp/v45n1/2073. Medicina, v. 37, p. 27-31, Santa Catarina,
pdf> Acesso em 12 de Setembro de 2013. 2009.

24. DISCHINGER, M.; ELY, V. H. M. B.;


19. CHAVES, C. R.; ELIAS, M. P.; PIARDI, S. M. D. G. Promovendo
MONTEIRO, L. M. C. Acessibilidade a acessibilidade espacial nos edifícios
benefícios legais disponíveis no Rio de públicos: Programa de acessibilidade às
Janeiro para portadores de deficiência pessoas com deficiência ou mobilidade
física. Flamengo, 2007. reduzida nas edificações de uso público.
Ministério Público do Estado de Santa
Catarina, 2012.
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 3, 2015, p (57-179), 2014 ISSN 18088597

25. ELY, V. H. M. B.; CAVALCANTI, P. em


B. Avaliação dos Asilos para Idosos em <http://www.revistarene.ufc.br/revista/inde
Florianópolis. Relatório de Pesquisa PET x.php/revista/article/view/572/pdf> Acesso
ARQ-UFSC. Florianópolis, 2001. em 12 de Setembro de 2013.

26. FACCHINI, L. A.; PICCINI, R. X.; 31. GARBE, D. S. Acessibilidade às


SILVEIRA, D. S.; SIQUEIRA, F. C. V.; Pessoas com Deficiência Física e a
TOMASI, E.; THUMÉ, E. Barreiras Convenção Internacional de Nova Iorque.
arquitetônicas a idosos e portadores de Revista da Unifebe (online). Santa
deficiência física: um estudo Catarina, 2012. Disponível em
epidemiológico da estrutura física das <http://www.unifebe.edu.br/revistadaunife
unidades básicas de saúde em sete estados be/20121/artigo023.pdf> Acesso em 17 de
do Brasil. Ciênc. Saúde Coletiva, vol. Setembro de 2013.
14, num. 1, Rio de Janeiro, 2009.

32. GOMES, A. E. G.; REZENDE, L. K.;


27. Federação Brasileira de Bancos TORTORELLI, M. F. P. Acessibilidade e
(FEBRABAN). População com Deficiência: Análise de Documentos
Deficiência no Brasil: Fatos e Normativos. Cadernos de Pós-Graduação
Percepções. São Paulo, 2006. [online] em Distúrbios do Desenvolvimento, v. 10,
Disponível em num. 1, p. 130-137, São Paulo, 2010.
<http://www.febraban..org.br/arquivo/carti Disponível em <
lha/Livro_Popula%E7ao_Deficiencia_Bras http://www.mackenzie.br/fileadmin/Gradu
il.pdf> Acesso em 23 de Fevereiro de acao/CCBS/Pos-
2013. Graduacao/Docs/Cadernos/caderno10/621
18_14.pdf> Acesso em 17 de Setembro de
2013.
28. FONSECA, J. F.; RHEINGANTZ, P.
A. O ambiente está adequado? 33. INSTITUTO BRASILEIRO DE
Prosseguindo com a discussão. Rev. GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.
Produção, v. 19, num. 3, p. 502-513, São Indicadores Populacionais. Rio de
Paulo, 2009. Janeiro: IBGE, 2010.

29. FRAGNAN, R.; VIANA, H. B. 34. MACHADO JUNIOR, N.;


Acessibilidade em locais públicos e OLIVEIRA, R. F. U.; SILVA, R. N. As
privados para pessoas com limitações condições de acessibilidade e adequação,
funcionais: um estudo sobre as para pacientes em cadeiras de rodas, em
dificuldades do tetraplégico. Revista clínicas de fisioterapia na cidade de
Digital, ano 14, num. 139, Buenos Aires, Goiânia. Universidade Católica de Goiás,
dez. 2009. Goiânia, 2005. Disponível em
<http://www.wgate.com.br/conteudo/medi
cinaesaude/fisioterapia/variedades/acessibi
30. FRANÇA, I. S. X.; PAGLIUCA, L. M. lidade_rafael.htm> Acesso em 13 de
F. Acessibilidade das Pessoas com Março de 2013.
Deficiência ao SUS: Fragmentos
Históricos e Desafios Atuais. Rev. Rene
Fortaleza, v. 9, num. 2, p. 129-137,
Fortaleza, abril/junho, 2008. Disponível
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 3, 2015, p (58-179), 2014 ISSN 18088597

41. RABUSKE, M.; SILVA, W. M.


Principais Obstáculos Físicos que
Interferem na Acessibilidade a Locais
35. Ministério da Saúde (BR). Manual de Públicos de Lazer de Pelotas, RS: Uma
Legislação em Saúde da Pessoa com Visão do Idoso. Revista Digital, ano 18,
Deficiência. Brasília, 2006. num. 181, Buenos Aires, jun. 2013.
36. MIRANDA, P. J. C.; VIEIRA, A. O. S. Disponível em
M. O Direito de ir e vir – Acessibilidade <http://www.efdeportes.com/efd181/obstac
aos Espaços de Circulação do Centro de ulos-fisicos-na-acessibilidade-a-locais-
Ciências Biológicas (CCB) da publicos.htm> Acesso em 15 de Setembro
Universidade Federal de Pernambuco. XVI de 2013.
Congresso de Iniciação Científica da
UFPE, Pernambuco, 2008. Disponível em
<http://www.contabeis.ufpe.br/propesq/im 42. SANTOS, C. M. D. Ergonomia,
ages/conic/2008/conic/n_pibic/40/0740619 qualidade e segurança do trabalho:
83SCNP.pdf> Acesso em 20 de Setembro estratégia competitiva para
de 2013. produtividade da empresa. São Paulo,
2008. Disponível em
<http://www.viaseg.com.br/artigos/artigo_
37. NASCIMENTO, V. F. Acessibilidade dca.htm> Acesso em 29 de Abril de 2013.
de Deficientes Físicos em uma Unidade de
Saúde da Família. Revista Eletrônica
Gestão e Saúde, v. 3, num. 3, p. 1031-44, 43. SANTOS, A.; SANTOS, L. K. S.;
Mato Grosso, 2012. RIBAS, V. G. Acessibilidade de
Habitações de Interesse Social ao
Cadeirante: Um estudo de Caso. Ambiente
38. NERI, M.; et al. Retratos da Construído, v. 5, num. 1, p. 55-75, Porto
deficiência no Brasil. Fundação Getúlio Alegre, jan./mar. 2005.
Vargas, Rio de Janeiro, 2003.

39. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA


SAÚDE (OMS). Classificação
internacional de Funcionalidade,
Incapacidade e Saúde. Lisboa, 2004.

40. PAGLIUCA, L. M. F.;


VASCONCELOS, L. R. Mapeamento da
acessibilidade do portados de limitação
física a serviços básicos de saúde. Escola
Anna Nery, Rev. De Enfermagem, v. 10,
num. 3, p. 494-500, Rio de Janeiro, 2006.
Disponível em
<http://www.scielo.br/pdf/ean/v10n3/v10n
3a19.pdf> Acesso em 20 de Fevereiro de
2013.
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 3, 2015, p (59-179), 2014 ISSN 18088597

APÊNDICE A
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 3, 2015, p (60-179), 2014 ISSN 18088597

ANEXO 1

Você também pode gostar