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EDUCAÇÃO

FÍSICA NA
EDUCAÇÃO
INFANTIL
Educação motora
e cognitiva e a
inclusão da criança
com deficiência na
educação infantil
Daniel Neves Pinto

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

>> Explicar o conceito de deficiência.


>> Reconhecer como deve ser incluída a criança com deficiência na educação
infantil.
>> Descrever a importância da educação física como promotora da inclusão
escolar de bebês e de crianças com deficiência.

Introdução
A conexão entre desempenho motor e cognitivo na infância é um tema antigo,
mas sempre atual e multidisciplinar, sobre o qual existem pontos de vista muito
diversos. As competências individuais de cada criança são visíveis em diferentes
habilidades motoras (coordenação, força e velocidade) — desenvolvidas desde
o primeiro ano de vida até por volta dos 10 anos —, em habilidades cognitivas
(inteligência verbal e não verbal), bem como em diferentes características da
estrutura corporal (altura, peso, índice de massa corporal). Todas essas informa-
2 Educação motora e cognitiva e a inclusão da criança com deficiência...

ções se relacionam com as deficiências, que, por sua vez, diferenciam-se em suas
extensões — a deficiência física influencia no desempenho motor e a deficiência
intelectual e sensorial pode influenciar no desenvolvimento cognitivo.
Considerando essas questões, neste capítulo, você vai ver o que inclui o conceito
de deficiência, reconhecendo como deve ser incluída a criança com deficiência na
educação infantil e a importância da educação física como promotora da inclusão
escolar de bebês e de crianças com deficiência.

O conceito de deficiência
Muitas foram as formas pelas quais as pessoas com deficiência foram chama-
das ao longo do tempo: provavelmente você já escutou os termos “deficiente”,
“retardado mental”, “pessoa com necessidades especiais”, entre diversos
outros. Para Godoy et al. (2000, p.10), “[...] deficiência é todo e qualquer com-
prometimento que afeta a integridade da pessoa e traz prejuízos na sua
locomoção, na coordenação de movimentos, na fala, na compreensão de
informações, na orientação espacial ou na percepção e contato com as outras
pessoas”. Ou seja, é uma disfunção ou a ausência de uma ou mais estruturas,
que podem ser psíquicas, físicas, fisiológicas ou anatômicas.
Sabemos que o termo “deficiente” se abriu para outras diversas termi-
nologias ao longo do tempo; atualmente, defende-se o uso da expressão
“pessoas com deficiência (PCD)”. Tal terminologia é utilizada hoje porque
permite tratar da inclusão dessas pessoas em diversos ambientes, como
o profissional e o educacional, enquanto as terminologias antigas, muitas
vezes, passavam o entendimento de que as pessoas com deficiência eram
incapazes de se inserir no mercado de trabalhou ou no cotidiano educacional.
O entendimento atual visa uma readequação dos mecanismos de inclusão,
como ambiente de trabalho, de educação e da cultura social, sem o foco nas
limitações das pessoas (ARAÚJO; FERRAZ, 2010).
Para ser considerada pessoa com deficiência e usufruir dos apoios sociais,
é necessário contar com um diagnóstico formal da deficiência. Nesse contexto,
para muitos, falar sobre deficiências, às vezes, não é fácil. Como você chama as
pessoas que não podem, por exemplo, ouvir, andar ou falar? Como você expressa
a deficiência de alguém e como descreve essa pessoa? As deficiências também
podem ter muitos motivos, como fatores genéticos, patológicos ou por lesões ao
longo da vida, e são classificadas em deficiência física, sensorial ou intelectual.
Nesse contexto, os autores Araújo e Ferraz (2010), afirmam que, con-
forme o enfoque trazido pela Convenção Internacional de Direitos da
Pessoa com Deficiência de 13 de dezembro de 2006 pela Assembleia Geral
Educação motora e cognitiva e a inclusão da criança com deficiência... 3

da Organização das Nações Unidas (ONU), devemos propor a inclusão das


pessoas com deficiência com participação eficaz de todos e com equidade
para não efetivar a exclusão (Figura 1).

Figura 1. Representação de exclusão, integração e inclusão.


Fonte: Adaptada de O Baricentro da Mente (2020).

Deficiência física
A pessoa com deficiência física tem seus movimentos cessados ou desorga-
nizados em função de lesões motoras, neurológicas, orgânicas ou de doença
crônica; em outras palavras, trata-se de uma limitação fisiológica que dificulta
o estado comportamental voluntário na interação social.
No contexto da educação, a definição utilizada foi atribuída pelo Ministério
da Educação (MEC), que unificou a terminologia e o conceito para uso escolar.
A deficiência física abrange condições não sensoriais, que comprometem a
mobilidade do indivíduo, pode afetar a coordenação motora geral ou a fala,
pode ocorrer em decorrência de lesões neurológicas, neuromusculares,
ortopédicas e malformação e pode ser congênita ou adquirida (BRASIL, 2000).
O Decreto n. 3.298 de 1999 (BRASIL, 1999) da legislação brasileira, por sua
vez, descreve a deficiência da seguinte forma:

Art. 3° - Para os efeitos deste Decreto, considera-se:


I- Deficiência – toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica,
fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade,
dentro do padrão considerado normal para o ser humano; [...]
Art. 4°: - Deficiência Física - alteração completa ou parcial de um ou mais seg-
mentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física,
apresentando-se sob a forma de monoplegia, monoparesia, diplegia, diparesia,
triplegia, triparesia, tetraplegia, teraparesia, paraplegia, paraparesia hemiplegia,
hemiparesia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, membros
com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as
que não produzam dificuldades para o desempenho das funções (BRASIL, 1999,
documento on-line).
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As deficiências físicas podem assumir dimensões diversas, sendo congêni-


tas ou adquiridas, e incluem nanismo, que se caracteriza por uma deficiência
no crescimento; amputação, perda parcial ou total de um membro; paraplegia,
perda dos movimentos dos membros inferiores; tetraplegia, perda total das
funções motoras dos membros superiores e inferiores; monopresia, que afeta
apenas um membro, que pode ser superior ou inferior, sem perda completa
da sensibilidade; diparesia, que afeta a função motora das extremidades
inferiores; e hemiplegia, isto é, a perda motora de um dos hemisférios do
corpo (DIEHL, 2006) (Figura 2).
Na Figura 2, você pode observar os pontos do corpo afetados por plegias.

Figura 2. Pontos de plegia.


Fonte: Carvalho (2011, documento on-line).

Não há estudos científicos que apresentem certezas definitivas


de cura ou reversão nas deficiências, porém, a depender do tipo
de deficiência, há a possibilidades de utilização de próteses ou órteses — por
exemplo, nos casos de amputações de membros.

Transtorno do espectro autista


O transtorno do espectro autista (TEA) foi descrito inicialmente pelo Dr. Leo
Kanner, em 1943, que o percebeu em crianças que tinham resistência a mu-
danças e insistência nas mesmas coisas. As crianças com TEA compartilham
déficits significativos na interação social como sua principal característica,
o que leva a problemas de aprendizagem, de adaptação e de convívio social,
e apresentam estereotipias como balanço do corpo, andar na ponta dos pés
e sacudir as mãos (VOLKMAR; WIESNER, 2018).
Educação motora e cognitiva e a inclusão da criança com deficiência... 5

No Brasil, um marco para a inclusão das pessoas com TEA foi a Lei n.
12.764, de 2012 (BRASIL, 2012), que considera pessoa com TEA a que apresenta
as seguintes características:

I - deficiência persistente e clinicamente significativa da comunicação e da in-


teração sociais, manifestada por deficiência marcada de comunicação verbal e
não verbal usada para interação social; ausência de reciprocidade social; falência
em desenvolver e manter relações apropriadas ao seu nível de desenvolvimento;
II - padrões restritivos e repetitivos de comportamentos, interesses e atividades,
manifestados por comportamentos motores ou verbais estereotipados ou por
comportamentos sensoriais incomuns; excessiva aderência a rotinas e padrões
de comportamento ritualizados; interesses restritos e fixos (BRASIL, 2012, docu-
mento on-line).

Saber reconhecer as características que identificam a criança com TEA


é fundamental, pois é preciso estimulá-la desde muito pequena, o que isso
influencia de forma positiva seu desempenho cognitivo, motor e principal-
mente suas interações sociais.

Deficiência sensorial
Deficiência sensorial é o termo comumente usado para descrever cegueira,
deficiência visual, deficiência auditiva e deficiências sensoriais múltiplas
(surdo e cego) que ocorre nos períodos pré, peri ou pós-parto, por motivos
genéticos, patológicos ou acidentes, podendo ser reversível ou não (OLIVEIRA,
2010).
Diehl (2006) propõe algumas subdivisões e definições para as deficiências
sensoriais, como você confere a seguir.

„„ Pessoa com deficiência auditiva/surdo: o termo surdo se justifica no


lugar de deficiente auditivo em função do fato de que a comunidade
surda usa esse termo e o reconhece não apenas conceitualmente,
mas como uma forma de “ser surdo”. Uma pessoa é considerada com
deficiência auditiva quando é submetida a um exame de audiometria
e escuta apenas sons acima de 25dB em ambos os ouvidos (Quadro 1).
„„ Cego ou baixa visão: é a redução (visão subnormal) ou perda total
(cegueira) da capacidade de ver com o melhor olho, mesmo após melhor
correção ótica.
„„ Surdocegueira: pessoas surdas e com deficiência visual simultanea-
mente, mesmo que em graus diferentes de perda.
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Quadro 1. Níveis de limiares auditivas

Deficiência Limiar
Auditiva auditivo Exemplos aproximados

Leve 25 a 40 dB Sussurro/cochicho

Moderada 41 a 55 dB Voz fraca

Acentuada 56 a 70 dB Voz normal

Severa 71 a 85 dB Tráfego, furadeira e voz forte

Grave 86 a 90 dB Liquidificador e voz muito forte

Profunda Superior a Trem, britadeira, buzina de automóvel,


91 dB turbina de avião e sons que causam dor

Deficiência intelectual
A deficiência intelectual é um distúrbio do desenvolvimento neurológico
generalizado, causado por uma deficiência intelectual significativa, além de
déficits em dois ou mais comportamentos que afetam a vida diária. Anterior-
mente, a deficiência intelectual era focada quase exclusivamente na cognição,
mas, hoje em dia, inclui um componente relacionado à função mental e um
componente relacionado às habilidades funcionais da criança em seu am-
biente diário (DUARTE, 2018). Para Trancoso (2020), a deficiência intelectual
é caracterizada por limitações no funcionamento intelectual, normalmente
origina-se antes dos 18 anos de idade e traz como consequências a dificuldade
em desenvolver habilidades conceituais, sociais e práticas.
Veja, a seguir, alguns exemplos de deficiências intelectuais.

„„ Síndrome de Down (Figura 3): é caracterizada pela existência de 47


cromossomos no lugar de 46 em cada uma das milhões de células
existentes no organismo. Tal mutação e o material genético contido nos
cromossomos desempenham um importante papel na determinação de
características como deficiência intelectual variável, que pode causar
hipotonia muscular e frouxidão articular, frequentemente associada
a uma alteração morfológica facial característica, além de problemas
cardíacos, gastrointestinais, neurossensoriais ou endócrinos (KOZMA,
2007).
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Figura 3. Criança com síndrome de Down.


Fonte: Denis Kuvaev/Shutterstock.com.

„ Síndrome do X frágil: é o principal distúrbio genético que causa de-


ficiência intelectual de forma hereditária e a segunda maior causa
genética, de desenvolvimento, incluindo dificuldades de aprendizagem
e deficiência cognitiva. Geralmente, os indivíduos com essa condição
apresentam atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem e tam-
bém podem apresentar ansiedade e comportamento hiperativo, como
inquietação ou ações impulsivas. Além disso, podem ter transtorno de
déficit de atenção (TDAH) e apresentar características do transtorno do
espectro do autismo, que afetam a comunicação e a interação social
(ARAÚJO, 2015). O cromossomo frágil apresenta uma distorção entre
os demais cromossomos (Figura 4).

Figura 4. Detalhe do cromossomo frágil.


Fonte: DLE (c2010,documento on-line).
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„ Síndrome de Prader-Willi: doença hereditária rara que influencia no


desenvolvimento do cérebro. No período neonatal e na primeira in-
fância, as alterações mais prevalentes são: hipotonia, que melhora
habitualmente entre os 8 e os 11 meses, dificuldade de sucção, dis-
morfia craniofacial, mãos e pés pequenos, hipogenitalismo, atraso de
desenvolvimento psicomotor, que se apresenta muitas vezes depois
dos dois anos, assim como alterações psicológicas (BEXIGA et al., 2010).
„ Síndrome de Angelman: é uma perturbação neurológica que proporciona
atraso mental, alterações do comportamento e algumas característi-
cas físicas distintivas. Afeta o desenvolvimento físico e mental, que é
gravemente atrasado, e a fala é ausente. Normalmente, as pessoas que
apresentam síndrome de Angelman (Figura 5) têm como problema mais
grave acometimentos epilépticos, perturbação do sono, do movimento e
problemas na marcha, com pernas rígidas, braços levantados e joelhos
e cotovelos fletidos, hipotonia do tronco e ataxia, podendo perder a sua
capacidade de andar, e motricidade grossa e fina atrasada (MATOS, 2013).

Figura 5. Síndrome de Angelman.


Fonte: Cortes (2018, documento on-line).

„ Síndrome de Williams (Figura 6): também é considerada uma doença rara


que traz como características as constrições e alterações vasculares,
especialmente próximas ao coração, bem como características faciais
peculiares, como fronte alargada, depressão temporal, hipoplasia malar
— desenvolvimento defeituoso dessa região —, edema supraorbitário,
nariz curto e arrebitado, com a ponte nasal deprimida e filtro longo,
lábios espessos e queixo pequeno, bem como estrabismo, baixa es-
tatura, atraso no desenvolvimento motor e na fala (SUGAYAMA, 2001).
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Figura 6. Criança com síndrome de Williams.


Fonte: Silva (c2020, documento on-line).

Aspectos motores
A atividade motora tem importante papel quando falamos em educação e em
inclusão da criança com deficiência, quando é preciso deixar de olhar exclu-
sivamente para a performance e passar a analisar o contexto da qualidade
de vida. Assim, o cuidado com a motricidade é importante tanto para uma
criança com deficiência física decorrente de uma paraplegia, por exemplo,
quanto para uma criança cega ou surda, que não tem problemas motores,
mas sensoriais (DIEHL, 2006).
No contexto da motricidade na educação infantil, é necessário que o
professor de educação física saiba identificar as características que indicam
algum tipo de déficit motor, pois, quanto mais cedo iniciarmos uma interven-
ção, melhores serão os ganhos motores, o que vai impactar de forma positiva
na qualidade de vida — essas melhoras podem ser progressivas e observadas
também na vida adulta (QUEIROZ, 2013; ZANELLA, 2014).
Um marco importante nessa área do conhecimento é a relação feita por Le
Boulch (1987) entre os desenvolvimentos afetivo, cognitivo e social e os bene-
fícios de uma intervenção que usa a potencialidade do corpo e do movimento.
Não obstante, Oliveira (2010, documento on-line) afirma que a intervenção
precoce para pessoas com deficiência apresenta como objetivo “[...] reduzir
ao máximo os efeitos dos factores de risco ou da deficiência existentes, no
desenvolvimento da criança, assentando no pressuposto de que quanto mais
precocemente forem accionadas as intervenções, mais longe se pode ir na
atenuação das limitações funcionais de origem”, o que confirma a hipótese
de que devemos intervir assim que a deficiência for identificada se quisermos
melhorar a qualidade de vida da pessoa com deficiência.
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Mas, afinal, como deve ser essa intervenção? Nas aulas de educação física
para pessoas com deficiência, a intervenção deve ser planejada de forma que
seja possível e fácil. Nesse sentindo, Farrell (2008) aponta que, em primeiro
lugar, o funcionamento da intervenção deve ser de fácil compreensão e análise.
Por exemplo, o trabalho com mobilidade deve ser eficaz para uma criança
com dificuldade nesse quesito, auxiliando-a de forma natural.
Além disso, os profissionais devem ter cuidado com falsas promessas
de técnicas que podem ser consideradas prejudiciais ou milagrosas: deve
haver evidências de que a intervenção ou abordagem já funcionou. Assim,
o profissional deve estar atento e ter conhecimento teórico sobre o que vai
aplicar — de preferência, deve ir a um local no qual a técnica é aplicada e
esteja funcionando para juntar informações que serão úteis para ele e para
outros profissionais. Também é preciso observar se realmente a intervenção
ensina à criança habilidades ou conhecimentos necessários e possibilita uma
aprendizagem efetiva. Desse modo, deve-se considerar se uma abordagem que
está funcionando em um determinado local também funcionará em outro com
outras crianças, visto que, para repetir a intervenção, as crianças devem ser
semelhantes em idade e nível cognitivo por exemplo. Dessa forma, entender
o processo, a metodologia aplicada, as especificidades e características dos
sujeitos e contextos envolvidos proporciona aos professores e profissionais
melhor análise e organização do trabalho realizado para que tenha sucesso.
Deve-se, então, trabalhar com aulas planejadas, nas quais o entendimento
das necessidades e adaptações necessárias se façam presentes, cuidando
para que haja facilidade de compreensão e aplicabilidade das tarefas que
se pretende trabalhar, de modo que, dessa forma, os objetivos possam ser
atingidos e o planejamento possa ter eficácia.

Inclusão da criança com deficiência


na educação infantil
No campo de atuação da educação infantil, o enfoque está na necessidade de
fortalecer as competências profissionais para lidar com pessoas com deficiência.
A transferência dessas competências deve ser implementada de forma mais
vigorosa na continuação da formação e no aperfeiçoamento dos profissionais
da educação, o que inclui segurança na atuação dos professores da escola.
A participação, a inclusão, o reconhecimento apreciativo das diferenças
e o foco são algumas das necessidades de cada criança em seus princípios
básicos da educação. Nesse sentido, as escolas devem, em princípio, permitir
Educação motora e cognitiva e a inclusão da criança com deficiência... 11

que todas as crianças tenham oportunidades iguais de educação e partici-


pação social — além disso, se possível, as crianças com deficiência devem
frequentar escolas com crianças sem deficiência, o que permite promover
uma verdadeira inclusão.
Nesse contexto, é preciso perceber as pessoas com deficiência como
detentoras de direitos, e não como “objetos”, de maneira que a história social
ou cultural e as habilidades individuais não devem desempenhar um papel
que neutralize hierarquias ou discriminações que ocorrem dentro de seus
próprios lares e salas de aula.
Além da família, as escolas desempenham um papel importante na con-
cepção de ambientes de aprendizagem e de vida a fim de garantir que todas
as crianças tenham a oportunidade de participar de uma educação de alta
qualidade. Assim, as escolas, desde 2008, contam com a Política Nacional de
Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, que estabeleceu
diretrizes pedagógicas e políticas públicas voltadas à inclusão escolar e trouxe
como principais contribuições o atendimento educacional especializado, que
permite implementar cuidados, criação e educação cognitiva individualmente
para cada criança, promovendo desenvolvimento emocional, físico e social
para quebrar barreiras na primeira infância (BRASIL, 2008).
Para poder acolher todas as crianças, com ou sem deficiência, nas mesmas
instalações, as instituições devem oferecer acessibilidade, equipamentos multi-
profissionais e um conceito inclusivo entre os professores. Além disso, condições
legais também devem ser levadas em conta para que a inclusão seja assegurada:

A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva tem


como objetivo assegurar a inclusão escolar de alunos com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, orientando os sistemas
de ensino para garantir: acesso ao ensino regular, com participação, aprendizagem
e continuidade nos níveis mais elevados do ensino; transversalidade da moda-
lidade de educação especial desde a educação infantil até a educação superior;
oferta do atendimento educacional especializado; formação de professores para o
atendimento educacional especializado e demais profissionais da educação para a
inclusão; participação da família e da comunidade; acessibilidade arquitetônica, nos
transportes, nos mobiliários, nas comunicações e informação; e articulação interse-
torial na implementação das políticas públicas (BRASIL, 2008, documento on-line).

No ano de 2014, o Plano Nacional de Educação foi promulgado e nele foi


estabelecida a universalização do acesso à educação básica para o público
da educação especial, o que foi reforçado em 2015 com a aprovação da Lei
Brasileira de Inclusão (LBI), que traz mudanças importantes, como a proibição
de negar a matrícula e cobrar taxas adicionais para estudantes com deficiência
(ABREU; VILARDO; FERREIRA, 2020; LIMA et al., 2020).
12 Educação motora e cognitiva e a inclusão da criança com deficiência...

Alguma vez você já parou para pensar como acontece a inclusão em sala de
aula infantil entre alunos com e sem deficiência? Certamente, a participação
e a costura social são fatores-chave quando falamos em processos inclusivos.
Participar significa tomar parte, de modo que todas as crianças, sejam elas
com deficiência ou não, devem estar inclusas. Assim, é preciso estar atento
às práticas pedagógicas para não se cair no erro de, ao tratar da inclusão,
acabar excluindo outros com atividades muito simples e que não lhes são
desafiadoras em alguma medida.
Nesse contexto, o ideal no sistema de educação inclusivo infantil seria
que cada instituição pudesse acolher todas as crianças e fornecer ofertas
de apoio individuais — com as condições de enquadramento adaptadas,
não seria necessária uma posição especial para crianças com deficiência.
No entanto, o sistema educacional continua a insistir em medidas de in-
tegração e torna o desenvolvimento da educação inclusiva mais difícil. Os
profissionais da educação infantil, muitas vezes, não procuram capacitar-
-se e a escola não estuda uma mudança em sua perspectiva para remover
obstáculos e barreiras a partir da reflexão e da abordagem de processos
e situações obstrutivas.
As escolas e os pesquisadores na área da educação deveriam apelar
aos governos para que façam da inclusão uma meta vinculativa para a
educação infantil e para que sejam expandidas as ofertas de educa-
ção inclusiva que venham a garantir a qualidade da educação infantil
em termos de estrutura e conteúdo. Isso inclui o desenvolvimento de
oportunidades educacionais justas para todas as crianças, a introdução
de conceitos básicos (como educação em direitos humanos e educação
cultural) de acordo com a idade das crianças e a ampliação dos padrões
de qualidade para a formação e para a educação continuada dos pro-
fissionais da educação.
Todos devem ter a chance, o direito e a oportunidade de participar da vida so-
cial e ter acesso a educação, infraestrutura, trabalho e edificações sem barreiras.

Segundo o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e


Estatística (IBGE, 2010), no Brasil, há aproximadamente 45 milhões
de pessoas com algum tipo de deficiência.
Educação motora e cognitiva e a inclusão da criança com deficiência... 13

Falamos tanto em inclusão de crianças na educação infantil, mas quais


seriam as chances dessas crianças de evoluir em uma sala de aula onde há
crianças com e sem deficiência? Podemos considerar que, no mínimo, seria uma
grande oportunidade, para ambas as partes, de desenvolvimento de convívio
e respeito ao próximo. Para as crianças com deficiência, trata-se de uma ótima
oportunidade de viver como parte do todo, sem uma posição especial. Já as
crianças sem deficiência podem aprender a ter e oferecer empatia, fazendo
perguntas e conhecendo o outro lado, aprendendo, assim, a conviver com a
deficiência de companheiros. É, portanto, uma oportunidade de desenvol-
vimento pessoal no presente, mas, também, para o futuro, já que atributos
e atitudes básicas que se aprende enquanto criança são transportados para
a vida adulta. Além disso, o desenvolvimento das competências necessárias
para a aprendizagem em cada uma das etapas da educação é fundamental:
o aluno sem deficiência pode auxiliar o processo de aprendizagem do aluno
com deficiência e, dessa forma, explicando uma competência, o aluno sem
deficiência também poderá se desenvolver.
Nesse sentido, no artigo 58, a LDB define que:

[...] a educação especial deve ser oferecida na rede regular de ensino, para qualquer
educando com deficiência — seja ela transtorno de desenvolvimento ou altas
habilidades. Para tanto, cabe à escola oferecer apoio especializado nos casos em
que o aluno demandar um atendimento mais personalizado (AIX SISTEMAS, 2018,
documento on-line).

Além disso, há quatro pontos importantes para que a inclusão escolar na


educação infantil aconteça de forma integral, quais sejam (AIX SISTEMAS, 2018):

„„ preparação dos professores;


„„ foco nas potencialidades do aluno;
„„ espaços adequados;
„„ parceria entre pais e educadores.

Como vemos, cabe à escola , portanto, promover a inclusão do aluno com


deficiência, o que é um grande desafio, pois deve atender esses sujeitos
sem gerar a exclusão dos demais. Para isso, desde muito cedo, a condução
das práticas pedagógicas deve levar em consideração o desenvolvimento
de habilidades e competências de todos, constituindo e estimulando uma
equipe especializada, atenta, amorosa e profissional.
14 Educação motora e cognitiva e a inclusão da criança com deficiência...

A importância da educação física como


promotora da inclusão escolar
Algumas das atividades no meio da inclusão escolar que mais fortalecem a au-
toconfiança e a consciência corporal de crianças e jovens com deficiência são as
experiências proporcionadas pelos esportes, e é por isso que a educação física
desempenha um papel fundamental na implementação da inclusão nas escolas.
Uma educação física bem-sucedida para todos tem impacto na comuni-
dade escolar e um efeito positivo na vida cotidiana na escola. No entanto, a
inclusão no esporte não é uma tarefa fácil: implica no planejamento de um
conjunto de experiências diferentes que devem ser vivenciadas a partir do
respeito pelo contexto, sendo organizadas em diferentes enquadramentos
humanos, relacionais e tipos de tarefas (RODRIGUES, 1999).
A inclusão em si requer claramente um compromisso adicional na prepa-
ração e no acompanhamento dos alunos, bem como uma forte presença na
sala de aula. Crianças e jovens devem ter o seu direito a brincar assegurado,
independentemente de raça, gênero, nível socioeconômico, de habilidade
motora, comunicação, inteligência, etc. Para tanto, a capacidade do professor
de educação física é de suma importância e deve ter um foco importante
na metodologia adotada, que deve corresponder à necessidade de crianças
e jovens envolvidos, com ou sem deficiência, em situações de inclusão ou
em grupos específicos (DIEHL, 2006). Assim, quando o professor planejar as
atividades, deverá levar em consideração a hibridicidade de seus alunos, de
modo a contemplar o desenvolvimento das habilidades necessárias para
o desenvolvimento de cada um deles, levando em consideração as suas
limitações, mas principalmente as suas potencialidades.
Um conceito prático nas estratégias de ensino da educação física é adequar
o indivíduo dentro de suas próprias qualidades e necessidades específi-
cas, dando opções de ações que possibilitem a participação igual de todos
os alunos. Esse conceito deriva da ideia de um “desenho universal para a
aprendizagem”, que é originário dos Estados Unidos e propõe, por exemplo
(LIEBERMAN; HOUSTON-WILSON, 2009, p. 68):

- Atitude inclusiva: o ambiente de aprendizagem é caracterizado por uma atitude


apreciativa em relação à diversidade das pessoas;
- Sem barreiras/Acessibilidade: todos os ambientes da escola devem ser acessíveis;
- Métodos de mediação: o foco está em uma variedade de métodos e transmitido
por meio de explicações, demonstrações ou experiência própria.
- Interações: dar a oportunidade de interagir uns com os outros e/ou com o pro-
fessor de diferentes maneiras.
- Feedback: todos os alunos recebem feedback de acordo com suas atividades
individuais e progresso de aprendizagem.
Educação motora e cognitiva e a inclusão da criança com deficiência... 15

Assim, deve-se prestar atenção especial a “[...] cada modalidade esportiva


que seja acessível a alunos com uma ampla gama de habilidades, deficiências,
interesses e experiências anteriores” (LIEBERMAN; HOUSTON-WILSON, 2009, p.
68). Com base nesses princípios formulados por Lieberman e Houston-Wilson
(2009), indicam-se modificações na educação física a fim de garantir a igual-
dade na participação de todos e que têm efeitos sobre omaterial utilizado,
as regras, o ambiente e as instruções, como você confere a seguir.

„„ Material: o professor deve adaptar os materiais e relacionar equipa-


mentos lúdicos que podem ser usados por
​​ todos os membros do grupo.
„„ Regras: o professor deve criar uma atmosfera de abertura e flexibilidade
no grupo de aprendizagem para novas regras do jogo e, consequente-
mente, novas formas de jogar.
„„ Ambiente: a iluminação, o ruído, barreiras estruturais e arquitetônicos
devem ser considerados.
„„ Instruções: a instrução verbal deve ser em uma linguagem que todos
entendam, com palavras curtas, simples e concisas.

As modificações listadas dependem de aluno para aluno, ambiente para


ambiente e de professor para professor; assim, o ponto de partida para a
concepção de educação física inclusiva é a questão do “tipo de atividade”,
que deve ser adequado ao respetivo objetivo da aula, para o qual são carac-
terísticas determinadas situações de aprendizagem.
Se as atividades do grupo ocorrem em paralelo, situações de aprendizagem
subsidiária e/ou cooperativa podem certamente ocorrer dentro desse grupo. A
decisão relacionada ao conteúdo para tipos de atividades individuais também
pode ser usada para controlar o equilíbrio entre igualdade e diferença. Em
alguns momentos, será importante o desenvolvimento de certas habilidades,
como equilíbrio, flexibilidade, lateralidade e noção espacial, por exemplo,
para que o aluno consiga ter a competência necessária para participar de
forma ativa de uma determinada prática.
Além disso, os objetivos da educação física podem estar parcialmente
inseridos em diferentes tipos de atividade ou apenas em uma especificamente.
As ofertas de exercícios, preferencialmente, devem proporcionar situações
de aprendizagem cooperativa, com jogos ou brincadeiras nos quais o grupo
deve cooperar em conjunto para atingir um resultado, sem competição entre
equipes, mas com um objetivo único a ser atingido por todos. Outra forma
de trabalho interessante é trabalhar com as noções de jogar “com”, e não
de jogar “contra”, pois, dessa forma, ensina-se que todos são importantes,
inclusive os adversários, já que sem eles não há jogo.
16 Educação motora e cognitiva e a inclusão da criança com deficiência...

O professor pode organizar um jogo no qual é lançado um desafio:


com os alunos todos em círculo e de mãos dadas, o professor coloca
uma bola no meio do círculo e determina que os alunos devem tirar a bola do
círculo, por cima do ombro de um dos colegas do círculo, sem soltar ou tocar com
a mão na bola. Esse tipo de jogo cooperativo fará com que os alunos tenham que
traçar a melhor estratégia para tirar a bola do círculo e compreendam que só
conseguirão se todos do grupo estiverem convergindo para o mesmo objetivo.

Compreender o importante papel que o trabalho em equipe exerce é uma


forma muito importante de se sentir prestigiado e incluído em uma turma;
assim, os estudantes percebem que fazem parte do grupo, exercem papel
importante e possuem uma função na atividade, o que desperta seu interesse
e os motiva a continuar participando.
Para que ocorra a inclusão, a criança precisa perceber que faz parte do
time, da turma, de modo que cabe ao professor proporcionar atividades que
permitam tal aproximação. Uma estratégia interessante é apresentar aos
alunos modalidades esportivas adaptadas, como, por exemplo, o basquete
em cadeira de rodas (Figura 7). O professor, nesse contexto, pode desenvolver
um jogo adaptado no qual ocorram situações de aprendizagem cooperativas
e que serão o centro da atividade. As modificações em relação às regras
aplicam-se a todas as crianças e jogos.

Figura 7. Basquete em cadeira de rodas infantil.


Fonte: Bolsoni (2017, documento on-line).
Educação motora e cognitiva e a inclusão da criança com deficiência... 17

O grande desafio da educação física adaptada é entender o objetivo


de cada atividade. Se há uma criança com deficiência visual, por
exemplo, a ideia é que a criança que não tem essa deficiência conduza, durante
as atividades, a criança que não vê.

Por causa da combinação de movimentos corporais e interação social no


esporte, é notável que há potencial especial no esporte escolar, afinal, há um
trato mútuo, com vistas a uma inclusão, em que não deve haver vencedores,
mas, sim, conquistadores.
Nesse sentindo, os alunos devem aprender a respeitar o seu colega e o
adversário, bem como as regras da modalidade, desenvolvendo senso de
coletividade e companheirismo, compreendendo que todos são importantes,
devem ter uma função no jogo e que, se alguém tiver mais habilidade, deve
ajudar os colegas que apresentam maior dificuldade.
Em conclusão, a prática de educação física deve priorizar a produção de
bem-estar para todos os envolvidos, e as pessoas com deficiência tem o direito
de participar dessas atividades, sejam elas de forma competitiva ou de lazer.

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20 Educação motora e cognitiva e a inclusão da criança com deficiência...

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