Você está na página 1de 26

MEDICINA NUCLEAR E RADIOTERAPIA

Unidade IV
7 CONTROLE DE QUALIDADE

Conceitualmente, controle de qualidade é um conjunto de atividades voltadas para a verificação


de processos, analisando se atendem os padrões de qualidade estabelecidos previamente. O objetivo
principal é identificar falhas para melhorar e padronizar os processos internos. Vários métodos podem
ser utilizados nesse sentido, desde que atendam todas as normas vigentes.

Saiba mais

O controle de qualidade é essencial em qualquer área e, na saúde, está


intimamente ligado às boas práticas na saúde. Para entender melhor sobre
o controle de qualidade, leia o artigo:

ARAÚJO, E. B. et al. Garantia da qualidade aplicada à produção de


radiofármacos. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas Brazilian
Journal of Pharmaceutical Sciences, v. 44, n. 1, jan./mar. 2008. Disponível
em: https://bityli.com/6Ha4MT. Acesso em: 17 mar. 2023.

7.1 Controle de qualidade dos radiofármacos

O controle de qualidade no processo de tomada de decisão é elaborado para assegurar a máxima


informação diagnóstica com o mínimo de risco ao paciente. Garantia de qualidade está ligada diretamente
à eficácia e inclui a análise de risco/benefício. A área de utilização de radiofármacos é construída para
garantir que sejam administrados aos pacientes na forma e quantidade prescritos e, portanto, deve
incluir o controle em sua preparação para assegurar sua pureza e segurança.

Quando os radiofármacos são administrados por via endovenosa, devem ser testados quanto à
esterilidade e a pirogenicidade. A esterilização refere‑se à eliminação ou destruição ou remoção de
todos os microrganismos (bactérias, fungos, vírus e protozoários) no interior ou sobre uma substância.
Pirogênios são produtos ou vestígios do metabolismo de microrganismos (bactérias, fungos, vírus e
protozoários), portanto, apirogênico significa ser livre de pirogênios.

189
Unidade IV

Observação

As características operacionais da instrumentação usada para ensaios


precisam ser avaliadas e medidas, rotineiramente, garantindo, assim,
a estabilidade.

O controle de qualidade na operação de qualquer sistema de captação de imagem em medicina


nuclear tem como objetivo assegurar que essa imagem represente a variação real da distribuição do
radiofármaco no corpo do paciente e nunca variações nas particularidades do equipamento. Todos
os parâmetros para o bom desempenho dos equipamentos precisam ser avaliados para garantir o
perfeito funcionamento.

A interpretação das imagens estáticas e dos estudos das funções dinâmicas é extremamente
dependente da qualidade das imagens produzidas, e essa dependência é devida às alterações
significativas nas condições do paciente, que podem ser refletidas em alterações sutis na densidade das
imagens e podem ser confundidas com artefatos. Isso poderia estar abaixo do limite de detectabilidade
e não serem percebidas pelo médico.

As causas que levam a instrumentação a não estar em condições ótimas podem ser várias:

• Os componentes eletrônicos podem sofrer alterações das especificações iniciais, apesar de todos
os cuidados.

• Flutuações na rede elétrica.

• Variações nas condições ambientais como temperatura, umidade e radiação de fundo.

• Redução no desempenho dos aparelhos, ocorrendo gradualmente no decorrer do tempo. Nesse


caso, há necessidade de efetuar testes rotineiros.

O reconhecimento desses fatos levou as associações e instituições de pesquisa do mundo inteiro


a produzir um número de normas, recomendações e protocolos publicados na literatura nacional
e internacional.

A Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) é responsável pelo levantamento crítico de


programas de controle de qualidade estabelecidos em diversos países. Para orientar programas similares
em outros países, principalmente em desenvolvimento como o Brasil, a agência reuniu diversos
especialistas formando o Grupo de Aconselhamento sobre Controle de Qualidade em Procedimentos com
Radionuclídeos in vivo. Desse grupo surgiu um conjunto de normas bastante abrangente e altamente
eficaz quando atendidas em sua extensão.

190
MEDICINA NUCLEAR E RADIOTERAPIA

Foi gerado um documento extenso que não refletia a preocupação com as necessidades dos países
em desenvolvimento e que requer material de difícil aquisição. Normas muito restritivas são difíceis de
serem cumpridas e acabam se desgastando e o resultado final acaba sendo o inverso do desejado. Ações
mais simples, contudo, de importância básica e fundamental, acabam não sendo realizadas por fazerem
parte de um conjunto não executável. Assim, quando se formulam recomendações é importante manter
um compromisso entre o desejável e o possível.

Os requisitos básicos para um programa satisfatório de controle de qualidade da instrumentação em


medicina nuclear:

• Testes devem ser realizados em rotina e não devem ultrapassar 15 minutos.

• Protocolos para cada aparelho devem ser definidos por escrito.

• Os resultados numéricos e imagens devem ser cuidadosamente analisados, comparados com


outros obtidos em condições similares e usados para decidir no prosseguimento dos exames.

• Todas as imagens dos testes devem ser adequadamente identificadas e, juntamente com os
resultados numéricos, conservadas em um livro de registro para cada instrumento.

• Uma revisão mensal desses dados deve ser efetuada para detectar deteriorações a longo prazo.

7.2 Controle de qualidade em radioterapia

A braquiterapia, de acordo com a ICRU 38, é dividida em alta, média e baixa taxa de dose, dependendo
da quantidade de radiação liberada no mesmo tempo. A unidade de dose é o gray (joule/segundo).

Quanto à liberação de energia, as fontes de radioterapia se dividem em:

• Baixa taxa de dose (BBTD): 0,4‑2,0 Gy/h.

• Alta taxa de dose (BATD): acima de 12 Gy/h.

A região intermediária entre a BBTD e a BATD é a média taxa de dose.

A BBTD possui uma série de erros potenciais devido ao planejamento ser relativamente complexo e
ao tratamento ser realizado em um intervalo muito curto, dificultando a correção desses erros. Como o
tratamento se estende por vários dias, é possível descobrir e corrigi‑los.

O controle de qualidade é muito mais importante em BATD do que em BBTD devido ao tempo de
exposição. Os testes de segurança são divididos em testes a serem realizados pela manhã e testes
que devem ser realizados a cada troca da fonte radioativa, normalmente a cada três meses para
fontes de 192Ir. Também há os testes do planejamento, os testes durante e após o tratamento:

191
Unidade IV

• Testes de segurança diário: constatam, diariamente, todas as manhãs, antes do início do


tratamento, o funcionamento correto do equipamento, bem como todos os dispositivos de
segurança que são obrigatórios durante o trabalho.

• Intercomunicadores e monitores: são dispositivos de segurança e devem ser testados


obrigatoriamente.

• Chave de travamento dos cabos: todos os equipamentos possuem um sistema de travamento


dos cabos ao cofre, para que não sejam desconectados antes do tratamento. A fonte deve ser
liberada sem o travamento dos cabos. Se o equipamento estiver funcionando de acordo, um sinal
sonoro será acionado e a fonte não será liberada.

• Inspeção do fluxo nos cabos: antes de liberar a fonte, o cofre libera um cabo de segurança,
check cable, com as mesmas dimensões da fonte, com a intenção de verificar se os acoplamentos
do aparelho ao cabo, do cabo ao aplicador e a sua permeabilidade, estão corretos.

• Intertravamento da porta da sala: se a porta estiver aberta durante o tratamento, a fonte deve
ser recolhida e a porta fechada.

• Lâmpadas de aviso de fonte exposta: localizado na frente da porta da sala de tratamento, deve
ser verificado se está em funcionamento durante o procedimento.

• Monitor de área: fica fora da sala e serve para mensurar a taxa de exposição do ambiente
à radiação.

• Botão de interrupção do tratamento: pode haver necessidade de interromper o tratamento por


vários motivos, por exemplo, o paciente passando mal.

• Botão de emergência conectado ao aparelho de braquiterapia: existem dois botões, um do


lado de dentro e outro do lado de fora da sala que serve para recolher a fonte quando acionado.

• Troca de canal de tratamento: no cofre onde a fonte radioativa fica recolhida, há vários canais
onde os cabos podem ser conectados, possuindo numeração individualizada correspondente à
numeração do cabo.

• Verificação da indexação da fonte: na BATD é possível prescrever a dose num ponto específico
do tratamento. É importante conferir se a fonte para no local exato que foi determinado no
planejamento, utilizando uma régua própria para isso.

• Chave de travamento do cofre: localizada na parte superior do cofre, que, se posicionada,


impede que a fonte seja exposta. No final do dia deve ser travado e no início do dia seguinte
destravado.

192
MEDICINA NUCLEAR E RADIOTERAPIA

• Checks de segurança a serem realizados a cada troca de fonte: são procedimentos para
conferir a atividade da fonte que acabou de chegar e, também, do equipamento após a troca. São
realizados por físicos altamente treinados. São eles:

— dosimetria da fonte (calibração);

— conferência do posicionamento da fonte (indexação);

— conferência do tempo de tratamento do console com um cronômetro (cronometria);

— conferência das baterias do equipamento de braquiterapia (em caso de falta de energia, deve
haver o suficiente para recolher a fonte);

— conferência se há compatibilidade entre os dados da mesa digitalizadora e o que é realizado no


sistema de planejamento;

— levantamento radiométrico do cofre do equipamento.

• Procedimentos durante o tratamento: o operador deve permanecer alerta às condições do


paciente e da fonte. Tomar os seguintes cuidados, mesmo se o tratamento durar poucos minutos:

— verificar o posicionamento do paciente através do monitor e ficar atento as suas necessidades;

— o tempo do sistema de planejamento deve conferir com o do console;

— se foi feita a otimização computadorizada com mudança dos tempos de parada da fonte
(source time) no sistema de planejamento, conferir se houve a referida leitura pelo console.

• Procedimentos após o tratamento:

— conferir no console se o tratamento realmente terminou;

— conferir pelos monitores de área se houve recolhimento da fonte;

— verificar se há radioatividade no paciente com o uso de um monitor portátil (Geiger‑Müller);

— medir o nível de radioatividade da sala de tratamento.

• Procedimentos de emergência: Em todas as unidades de braquiterapia deve haver uma


folha de procedimentos de emergência, contendo instruções, nome e telefone do físico
responsável. São:

— apertar o botão vermelho de emergência;

— entrar na sala de tratamento;

193
Unidade IV

— pressionar o painel de acesso que está localizado na parte superior da unidade de tratamento
para ter acesso ao motor de arranque manual dourado e girá‑lo na direção indica pela seta
até que trave;

— se a fonte retrair, ir para o passo 7, caso contrário, ir para o passo 3;

— desconectar o aplicador da máquina e remover a máquina para longe do paciente;

— verificar se há presença de radiação no paciente, se for detectada radiação, retirar o aplicador


do paciente, e assegurar‑se de que a radiação está limitada ao aplicador;

— ajudar o paciente a sair da sala, imediatamente, um profissional qualificado deverá assegurar


que o aplicador esteja blindado;

— deixar a sala, fechar a porta, marcar a sala com o aviso de não entre;

— etenha o registro de tratamento. Comunique‑se com o físico responsável, o médico e o


representante do equipamento.

7.3 Legislação e controle de qualidade em medicina nuclear e radioterapia

Em 4 de junho de 2008, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por intermédio do


Ministério da Saúde, regulamentava os serviços na área médica que se usavam de equipamentos de
raios X, fontes e substâncias radioativas e seus geradores. Desde 1977, houve discussões, decretos,
portarias e muitas reuniões na tentativa de regulamentar a instalação e os serviços de radiologia
convencional, medicina nuclear e radioterapia, além da produção de fontes radioativas.

Quando se trata de radiação, é importante que as normas dentro do país estejam em sintonia com
as normas internacionais, para que a proteção radiológica não seja uma disputa política entre nações,
mas sim um meio eficaz de manter a humanidade segura com informações e dispositivos legais que, não
importando o idioma, falem a mesma língua.

No Brasil, a legislação se dividiu entre a Anvisa e a CNEN, mas em se tratando de limites de doses,
acabou sendo ineficaz, causando dúvidas e dando a margem a deduções equivocadas.

A partir de 2014, as normas da CNEN limitaram as doses e tomaram as rédeas nesse setor, limitando
à Anvisa os cuidados com aparelhos de raios X limitados ao diagnóstico, tanto na saúde humana
quanto veterinária. Isso engloba todos os serviços, equipamentos, instalações, proteção aos indivíduos
ocupacionalmente expostos, público e meio ambiente. Contudo, os limites de dose continuam sendo
exclusivamente atributo da CNEN.

A Emenda Constitucional n. 49, exclui o monopólio que a União tinha na produção, comercialização
e utilização de radioisótopos de meia‑vida curta para usar na medicina, agricultura e indústria.

194
MEDICINA NUCLEAR E RADIOTERAPIA

Em 2008, a Resolução n. 38, da Anvisa, em seu artigo 1º aprovou o regulamento técnico para
instalação e funcionamento dos serviços de medicina nuclear in vivo e no artigo 2º estabelece
regras para aprovação de construção, reforma ou adaptação dos projetos que devem estar em
conformidade com a RDC n. 50 de 2002. A aprovação não cabe somente à Anvisa, mas também, e
especialmente, à CNEN.

No artigo 4º, estabelece que a autorização de operação é emitida pela CNEN e o licenciamento
pela Anvisa.

No anexo de definições e siglários dessa resolução são conceituados: acidente; áreas controlada,
livre e supervisionada; Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR); Conselho Federal de Medicina (CFM);
Classificação Internacional de Doenças (CID); Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN); Comissão
Nacional de Ética em Pesquisa (Conep); contrarreferência; ensaio de aceitação do equipamento de
saúde, especialista em medicina nuclear ou médico nuclear; eventos adversos graves; exposição normal;
exposição ocupacional; exposição potencial; exposição; fonte de radiação ou fonte; fonte selada; licença
de funcionamento, licença sanitária ou alvará sanitário; manipulação; medicina nuclear; preparação
magistral; preparação oficinal; preparação; prescrição em medicina nuclear; produto médico; produto
para diagnóstico de uso in vitro; produtos para saúde; radiação ionizante; radiofármaco; rastreamento;
reprocessamento de produto médico ou reprocessamento; responsável legal ou titular; responsável
técnico; serviço de medicina nuclear e supervisor de proteção radiológica ou supervisor de radioproteção.

Na Norma CNEN NN 3.05, Resolução CNEN n. 159/13 de dezembro de 2013 legisla sobre os Requisitos
de Segurança e Proteção Radiológica para Serviços de Medicina Nuclear.

Na Norma CNEN NN 6.10, Resolução CNEN n. 176/14, publicada no dia 10/12/2014, e alterada pela
Resolução CNEN n. 214/17, publicada em 30/6/2017, legisla sobre os Requisitos de Segurança e Proteção
Radiológica para Serviços de Radioterapia.

Lembrete

É de fundamental importância que os profissionais da área de medicina


nuclear e radioterapia tenham conhecimento das normas e utilizem
EPI (equipamento de proteção individual), principalmente os coletes e
protetores de tireoide, evitando principalmente os efeitos estocásticos,
cujos sintomas podem aparecer até depois de 40 anos.

8 MEDICINA NUCLEAR, RADIOTERAPIA E SUS

O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado em 1988 pela Constituição Federal do Brasil, por meio
do artigo 200, como sendo um sistema de saúde, cuja doutrina é baseada na universalidade de acesso,
na equidade e na integralidade do atendimento, em vigor em todo o território nacional. Está sob
responsabilidade dos governos federal, estadual e municipal.

195
Unidade IV

Os serviços do SUS são regionalizados e hierarquizados, dispostos numa área geográfica


delimitada e com a população a ser atendida definida, com níveis de complexidade tecnológica
crescente. Segue também os princípios de resolubilidade, descentralização, participação dos
cidadãos e de complementaridade do setor privado, quando contratado ou conveniado, com regras
impostas pela constituição, com preferência às entidades filantrópicas e aquelas sem fins lucrativos,
segundo a Lei n. 8.080 de 1990.

O Departamento de Informática em Saúde (Datasus) é um órgão descentralizador de atividade


de saúde e que viabiliza o controle social sobre a utilização de recursos disponíveis, criado em 2011,
integrando a Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde. O Sistema de
Informações Ambulatoriais (SAI/SUS) faz parte do Datasus, é informatizado e é responsável pelo envio
de formulários obrigatórios a todos os gestores sob sua gestão em serviços públicos ou privados,
contém dados de quantidade de procedimentos ambulatoriais realizados que foram cobertos pelo
SUS. Esses procedimentos são estruturados em grupos, subgrupos e níveis de organização, com o uso
de banco de dados, como o Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (CNES) ou a tabela de
procedimentos (SIA/SUS), instituída pela Portaria MS/SAS 376 de 2000.

Esses dados compreendem o conhecimento dos estabelecimentos de saúde: área física, recursos
humanos, equipamentos e serviços ambulatoriais e hospitalares, abrangendo todos os hospitais do país
e todos os ambulatórios vinculados e não vinculados ao SUS.

A base de dados CNES é utilizada pelo SAI e, também, pelo Sistema de Informações Hospitalares (SIH).
A inclusão de unidades usando a Ficha de Cadastro de Estabelecimento de Saúde (FCES) é obrigação
do gestor estadual ou municipal, bem como a atualização e manutenção. Se rigidamente executado, é
possível, inclusive, saber a quantidade de vínculos de um profissional com estabelecimentos de saúde
credenciados ao SUS.

8.1 Datasus

O SUS classifica a medicina nuclear, a ressonância magnética e a tomografia computorizada como


de alta complexidade, ou melhor, alta tecnologia e alto custo. Em 2014, a tabela de procedimentos
unificada registrou apenas 50 procedimentos ambulatoriais baseados no uso de geradores de 99mTc e
radioisótopos primários (131I, 67Ga e 201Tl). E não havia qualquer referência sobre especialidades com
emissores de pósitrons ou 18F ou 177Lu para fins terapêuticos. Isso torna a medicina nuclear praticada
pelo SUS muito restritiva em comparação com a rede suplementar ou rede particular.

Uma pesquisa por equipamentos na mesma época, mostrou que existiam 875 câmaras de cintilação
no Brasil, com 834 em uso. Uma análise mais aguçada mostrou que 49,7% dos equipamentos estavam
em uso, ou seja, 415, e localizados em setores de medicina nuclear. E segundo o DATASUS, 50,3%
estavam localizados em clínicas odontológicas ou radiológicas, que não realizam serviços de medicina
nuclear, o que foi fácil verificar, uma vez que os dados de todos os estabelecimentos de saúde estão
listados. Das empresas que possuem o serviço próprio de medicina nuclear, 91% são privadas e apenas
9% são públicas.

196
MEDICINA NUCLEAR E RADIOTERAPIA

Em 2012, foram realizados 392.264 procedimentos ambulatoriais de medicina nuclear pelo SUS.
Dos 50 tipos cobertos pelo SUS, 7 procedimentos são responsáveis por 92,1% do total: cintilografia de
miocárdio para avaliação da perfusão em situação de repouso e estresse com um mínimo de 3 projeções,
cintilografia de ossos de corpo inteiro com ou sem fluxo sanguíneo, cintilografia renal qualitativa e/
ou quantitativa, estudo renal dinâmico com ou sem diurético, cintilografia da tireoide com ou sem
captação, cintilografia para pesquisa de corpo inteiro.

A figura a seguir mostra a distribuição regional desses procedimentos dentro do território nacional
no período de 2008 a 2012, em que a concentração maior está na região Sudeste, seguida pela região
Nordeste e depois pela região Sul. Em números absolutos, a região Sul, apesar de estar em terceiro, em
termos de procedimentos/1.000 habitantes é superior à região Nordeste. Apesar de nesse período ter
havido um crescimento de 26,5% na quantidade de procedimentos ambulatoriais, não foi uniforme e
a região Sudeste teve o menor crescimento, de 21,4%. Entre 2009 e 2010, o crescimento foi de 8,2%,
e de 2010 a 2011 foi de 9,3%. Entre 2008 e 2009, apesar da crise na compra de 99mTc, houve um
crescimento de 1,4%.

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro oeste

Procedimentos/
Região 1.000 habitantes
Norte 0,7
Centro-oeste 1,3
Nordeste 1,4
Sul 1,7
Sudeste 2,3

Figura 73 – Distribuição por região dos 7 procedimentos de medicina nuclear mais realizados pelo
SUS (procedimentos/1.000 habitantes)

Fonte: Pozzo et al. (2014, p. 144).

197
Unidade IV

A figura a seguir apresenta um gráfico onde 82% dos procedimentos ambulatoriais de medicina
nuclear são feitos na esfera privada, pagos pelo SUS, semelhante a outros procedimentos, como
tomografia computadorizada e ressonância magnética, segundo o Datasus, 74% e 54%, respectivamente.
Brasil

Esfera federal Esfera estadual Esfera municipal Esfera privada

4%

13%

1%

82%

Figura 74 – Produção ambulatorial nacional do SUS por esfera administrativa em 2012

Fonte: Pozzo et al. (2014, p. 144).

Observação

É possível encontrar artigos nas bases de dados científicas sobre o


SUS e o Datasus, mas não foi encontrado nenhum artigo recente, entre os
anos de 2020 a 2022.

8.2 A Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN)

A Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) foi fundada em 14 de setembro de 1961, no Centro
de Medicina Nuclear que fica situado junto à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Na
Assembleia de inauguração estavam reunidos médicos e cientistas dos estados de São Paulo, Minas Gerais
e Rio Grande do Sul, sendo o médico brasileiro Tede Eston e sua esposa suíça, também médica, Verônica
Rapp de Eston (1918‑2014), seus primeiros presidentes.

A SBMN é constituída por médicos especialistas em medicina nuclear e outros profissionais de áreas
correlatas, como tecnólogos, biólogos, físicos e químicos, contando com cerca de 500 sócios.
198
MEDICINA NUCLEAR E RADIOTERAPIA

O objetivo da SBMN é integrar e favorecer o desenvolvimento da comunidade médica nuclear e demais


profissionais envolvidos no emprego de fontes abertas e radionuclídeos com finalidades diagnósticas
ou terapêuticas, promovendo atividades científicas e de intercâmbio entre profissionais de todo o país.

Entre as atribuições históricas da SBMN, incluem‑se:

• O começo da medicina nuclear no Brasil, em 1946, quando os médicos Tede e Verônica participam
das primeiras pesquisas com isótopos radioativos nos Estados Unidos.

• Foi criado em 1949 o Laboratório de Isótopos da Faculdade de Medicina da Universidade de São


Paulo, projeto para instalação da primeira unidade de radioisótopos na América Latina.

• Início do serviço privado em 1954. O médico José Augusto Villela Pedras funda o primeiro serviço
particular de medicina nuclear do Brasil.

• Lançamento do Centro de Medicina Nuclear na Universidade de São Paulo em 1959.

• Fundação da Sociedade Brasileira de Biologia e Medicina Nuclear (SBBMN) em 1961 no Centro de


Medicina Nuclear, junto à Faculdade de Medicina.

• Início da produção de insumos em 1963. Inclusão da radiofarmácia no Hospital das Clínicas.


Produção de insumos ampliada para atender interessados de São Paulo e outros estados.

• Primeira Assembleia Geral da SBBMN em 1964. Criada a Associação Latino‑Americana de


Sociedades de Biologia e Medicina Nuclear (ALASBIMN).

• Primeiro Congresso Internacional da ALASMIMN em 1966, em Lima, no Peru.

• O Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) concede emissão de títulos oficiais a partir de 1968.

• Fundada em 1970, a World Federation of Societies of nuclear and Biology.

• Reconhecimento do espaço em 1975 com a conquista de locais exclusivos para a produção e


controle de qualidade de radioisótopos e moléculas marcadas.

• A medicina nuclear entrou em recesso em 1980, devido à inflação estar em torno de 40% ao
mês. No final da década de 1980, começa a distribuição de geradores com eluição automática
conforme padrões internacionais.

• Em 1984, houve a revisão de tabelas de convênios, com ênfase na rede pública de saúde do
Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps). Nesse mesmo ano, o
Brasil começa a produzir insumos. Houve um grande investimento no Ipen, responsável pela
produção de radioisótopos.

199
Unidade IV

• A SBBMN inaugurou sua sede e o boletim informativo em 1992.

• Um acordo entre a CNEN e o CBR em 1996, concedeu à SBBMN outorgar o título de especialista
em medicina nuclear aos aprovados em prova de concessão. A norma da CNEN‑NE 6.01 de
1996 estabeleceu como pré‑requisito para a instalação de um serviço de medicina nuclear, que
seja chefiada por um médico com título de especialista concedido na forma do acordo entre a
CNEN e o CBR.

• Compra do primeiro equipamento SPECT em 1998, com circuito de coincidência no Brasil.

• Certificação ISO-9002 em 1999 garantida às atividades de produção e distribuição.

• A Associação Médica Brasileira, em 2002, consolidou a medicina nuclear como especialidade


médica.

• Em 2002 o nome da SBBMN é alterado para Sociedade Brasileira de Biologia, Medicina Nuclear e
Imagem Nuclear. Nesse mesmo ano a sociedade ganha um site, que substituiu o boletim informativo.

• Em 2003 o Incor montou o primeiro PET dedicado ao país.

• Em 2003 houve investimento em novas tecnologias para uma oncologia de qualidade no Brasil,
com aprovação de projeto para a reformulação da radiofarmácia do Ipen e montagem de um
cíclotron para a produção de 18F.

• Em 2006, houve permissão para produção e comercialização de insumos por entidades


privadas de todo o Brasil, de radioisótopos de meia‑vida inferior a duas horas, sob concessão e
supervisão da CNEN.

• Em 2009, iniciam‑se as discussões para a importação pelo Brasil de geradores de tecnécio prontos,
de outros países, além de novas possibilidades com relação à entrada de outros radiofármacos
importados no país.

• Foi publicada em 2011, pela ANS, a Resolução Normativa 211, que atualizou o rol de procedimentos
e eventos em saúde, constituindo referência básica para cobertura assistencial mínima nos planos
privados de assistência à saúde, contratados a partir de 1º de janeiro de 1999, fixando as diretrizes
de atenção à saúde.

• Em 2013, houve nova alteração do nome da Associação, que hoje conhecemos como Sociedade
Brasileira de Medicina Nuclear.

• Em 2015, houve aprovação do registro de emissor de partículas alfa. E foi instituído o Dia do
Médico Nuclear como sendo 14 de setembro.

• Em 2018, a SBMN assinou um termo de cooperação com a IAEA, o primeiro da América Latina.
200
MEDICINA NUCLEAR E RADIOTERAPIA

Saiba mais

Navegue o site da SBMN e veja mais informações sobre a medicina


nuclear no Brasil:

Disponível em: https://sbmn.org.br. Acesso em: 21 mar. 2023.

Segundo a SBMN, em 2016, o Brasil possuía 135 equipamentos de PET entre a esfera pública e
privada, correspondendo a cerca de 23% do número de todos os serviços de medicina nuclear no Brasil
(433 na época). A distribuição heterogênea ainda dificulta o acesso a essa tecnologia. Os dados de 2016
contam com 51 serviços na região Sudeste (50,3%); 15% dos serviços estão na região Nordeste; 15% na
região Sul; 9% na região Centro‑oeste; e apenas 5% na região Norte.

Lembrete

A Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear aceita estudantes como


sócios juniores e capacita seus membros, além de ter uma excelente
divulgação de artigos, incentivando a discussão sobre o tema em congressos
e simpósios.

201
Unidade IV

Resumo

A radioterapia é uma modalidade terapêutica que utiliza radiação


ionizante no tratamento de tumores malignos e, ocasionalmente, tumores
benignos. A radioterapia tem por objetivo interromper o ciclo celular das
células tumorais pela deposição de uma dose precisa de irradiação no
volume alvo a ser tratado, com o mínimo de dano aos tecidos circunvizinhos.

A radioterapia pode ser classificada em diferentes tipos, dependendo da


posição da fonte em relação ao paciente e vai depender do tipo de câncer,
da localização do tumor e da saúde geral do paciente.

A radioterapia externa ou teleterapia tem finalidade curativa


e paliativa. A radioterapia interna ou braquiterapia consiste na
administração de implantes (sementes) no tumor ou muito próximo dele,
podendo ser de forma definitiva ou por um tempo determinado pelo
médico radioterapeuta.

A ICRU recomenda que a incerteza total de um tratamento de radioterapia


não deve ultrapassar ±5%. O objetivo do controle de qualidade é que o
desempenho de todas as máquinas, dispositivos e processos não se afastem
de seus valores de referência mais que as respectivas tolerâncias.

No dia 3 de março de 2022 foi aprovada a norma CNEN NN 6.12, que


regulamenta os requisitos de segurança e proteção radiológica para serviços
de radioterapia e medicina nuclear.

Além dessa norma da CNEN, existem outras que tratam da instalação


de clínicas e setores de medicina nuclear e radioterapia, além dos cuidados
com rejeitos e de proteção radiológica.

Os serviços de medicina nuclear e radioterapia são previstos na


Constituição do Brasil para uso da população por meio do SUS, contudo a
distribuição de equipamentos comprados pelos governos federal, estadual
e municipal ainda não cobre as necessidades de toda a população e, por
isso, serviços particulares de forma conveniada têm feito esse papel.

202
MEDICINA NUCLEAR E RADIOTERAPIA

Exercícios

Questão 1. Os radiofármacos são estruturas moleculares ou celulares que apresentam em sua


composição um radionuclídeo. Como essas estruturas são administradas nos seres humanos, é necessário
que elas passem por um rigoroso controle de qualidade, que envolve a avaliação das suas características
físicas, químicas, biológicas e de estabilidade.

Uma das características que impede o uso do radiofármaco é a presença de pirógenos. A respeito do
tema, avalie as afirmativas e a relação proposta entre elas.

I – Os pirógenos são endotoxinas produzidas por micro‑organismos. Eles podem causar febre e
outras manifestações quando administrados no paciente.

porque

II – Os pirógenos são solúveis e estáveis e, portanto, podem estar presentes mesmo em soluções
estéreis.

Assinale a alternativa correta.

A) As afirmativas I e II são verdadeiras, e a afirmativa II justifica a afirmativa I.

B) As afirmativas I e II são verdadeiras, e a afirmativa II não justifica a afirmativa I.

C) A afirmativa I é verdadeira, e a afirmativa II é falsa.

D) A afirmativa I é falsa, e a afirmativa II é verdadeira.

E) As afirmativas I e II são falsas.

Resposta correta: alternativa B.

Análise das afirmativas

I – Afirmativa correta.

Justificativa: os pirógenos são proteínas, ou polissacarídeos, produzidos pelo metabolismo microbiano.


Eles induzem febre, leucopenia, dor de cabeça e dilatação das pupilas quando administrados no paciente.

II – Afirmativa correta.

Justificativa: os pirógenos são solúveis e altamente resistentes ao calor. Portanto elas permanecem
em solução mesmo após a eliminação dos micro‑organismos do meio.

Observação: embora as duas afirmativas sejam verdadeiras, a segunda não justifica a primeira.
203
Unidade IV

Questão 2. Entre os procedimentos ambulatoriais de alta complexidade oferecidos pelos SUS, estão
a quimioterapia, a radioterapia, a hemoterapia, a ressonância magnética e a medicina nuclear. Nessa
estrutura organizacional do SUS, esses procedimentos são oferecidos

A) nas unidades básicas de saúde (UBSs).

B) nas unidades de pronto atendimento (UPAs)

C) nas policlínicas.

D) nos hospitais gerais de grande porte.

E) nos laboratórios de análises clínicas.

Resposta correta: alternativa D.

Análise da questão

A Portaria n. 4.279, de 30 de dezembro de 2010, estabelece as diretrizes para a organização da Rede


de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Os serviços são organizados em três
níveis: atenção primária, atenção secundária e terciária. Vejamos.

As unidades básicas de saúde integram a atenção primária. Nelas, são estabelecidas ações voltadas à
prevenção e à promoção à saúde. Nas UBSs, é possível fazer exames e consultas de rotina com equipes
multiprofissionais e com profissionais especializados em saúde da família, que trabalham para garantir
a atenção integral à saúde no território.

As unidades de pronto atendimento integram a atenção secundária. Nelas, são realizados os


procedimentos de média complexidade, rotineiramente executados pelas especialidades médicas
(pediatria, ortopedia, cardiologia, oncologia, neurologia, psiquiatria, ginecologia, oftalmologia
etc.). Policlínicas, hospitais e centros de atendimento com equipamentos para exames mais
avançados, como ecocardiogramas e endoscopias, também integram a média complexidade da
atenção especializada.

Hospitais gerais de grande porte, hospitais universitários, santas casas e unidades de ensino e
pesquisa integram a atenção terciária, de alta complexidade. São locais com leitos de UTI e centros
cirúrgicos grandes e complexos. Esse nível também envolve procedimentos que demandam tecnologia
de ponta e custos maiores, como os oncológicos (por exemplo, a radioterapia), os cardiovasculares, os
transplantes e os procedimentos de medicina nuclear.

204
REFERÊNCIAS

Textuais

ALVES et al. Revisão: controle da qualidade do 99mTc. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE METROLOGIA, 8.,
2015, Bento Gonçalves. Anais […]. Rio Grande do Sul: Biblioteca de Metrologia, 2015. Disponível em:
https://bityli.com/O0CESF. Acesso em: 7 mar. 2013.

ANTONUCCI, J. B.; GUIMARÃES, D. S. A História da Medicina Nuclear no Inca. Revista Brasileira de


Cancerologia, v. 48, n. 3, p. 449-450, 2002.

ARAÚJO, E. B. et al. Garantia da qualidade aplicada à produção de radiofármacos. Revista Brasileira


de Ciências Farmacêuticas Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences, v. 44, n. 1, jan./mar. 2008.
Disponível em: https://bityli.com/6Ha4MT. Acesso em: 17 mar. 2023.

BARRETO, C. M. A. et al. Colecistite alitiásica aguda: manifestação inicial de uma doença autoimune?
18ª Enfermaria – Serviço do Prof. José Galvão Alves da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro
(Prêmio Jovem Gastro), GED: Gastroenterologia Endoscopia Digestiva, v. 31, n. 3, p.107-115, 2012.
Disponível em: encr.pw/s4LiB. Acesso em: 20 mar. 2023.

BASSALO, J. M. F. Sobre a Lei de Rayleigh-Jeans. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 18, n. 1, mar. 1996.

BASSALO, J. M. F. Aspectos históricos das bases conceituais das relatividades. Revista Brasileira de
Ensino de Física, v. 19, n. 2, jun. 1997.

BEYER, T. et al. What scans we will read: imaginginstrumentation trends in clinical oncology. Cancer
Imaging, v. 20:38, n. 1, 2020. Disponível em: https://bityli.com/mIH3UZ. Acesso em: 14 mar. 2023.

BITENCOURT, A. G. V. et al. Correlação entre resultado do PET/CT e achados histológicos e


imunoistoquímicos em carcinomas mamários. Radiologia Brasileira, v. 47, n. 2, p. 67-73, mar./abr. 2014.
Disponível em: encr.pw/KyQQN. Acesso em: 20 mar. 2023.

BOHR, N. A Constituição de Átomos e Moléculas. (Textos fundamentos da física moderna).


Reimpressão das Memórias de 1913 publicadas no Philosophical Magazine. Fundação Calouste
Gulbenkian, v. 2, 2. ed., 1963.

BONFIM, R. J. A. Câncer de mama no homem: análise dos aspectos epidemiológicos, clínicos e


terapêuticos em serviço formal brasileiro. Revista Brasileira de Oncologia Clínica, v. 10, n. 37, julho/
agosto/setembro, 2014. Disponível em: https://bityli.com/iiJ8cO. Acesso em: 12 mar. 2023.

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Atualização para técnicos em radioterapia.
Rio de Janeiro, 2010.

205
BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Manual para técnicos em radioterapia.
Curso para técnicos em radioterapia. Rio de Janeiro: Inca, 2000. Disponível em: l1nk.dev/mFCJZ.
Acesso em: 20 mar. 2023.

BUCHPIGUEL, C. A. A medicina nuclear no Sistema Único de Saúde no Brasil. Radiologia Brasileira, v. 47, n. 3,
p. VII–VIII, mai./jun. 2014.

CAMEL, T. O.; KOEHLER, C. B. G.; FILGUEIRAS, C. A. L. De Thomson a Rutherford, investigando a


estrutura da matéria. 31ª REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA – SBQ, 2008.

CANTERAS, M. M. Radiocirurgia Radiosurgery. Revista Neurociências, v. 13, n. 4, p. 190-195, out./dez. 2005.

CARVALHO, R. P.; OLIVEIRA, S. M. V. Aplicações da energia nuclear na saúde. São Paulo: SBPC/Viena: IAEA, 2017.

CHOU, T. et al. Spect/CT imaging: a noninvasive approach for evaluating serial changes in angiosome
foot perfusion in critical limb ischemia. Advances in Wound Care, v. 9, n. 3, p. 103-110, mar. 2020.
Disponível em: https://bityli.com/UL6DaX. Acesso em: 15 mar. 2023.

COUTO, N. J. S.; BARROS, S. V. PD 77: alinhamento de imagens de medicina nuclear (Relatório final submetido
ao Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores) – Universidade do Porto, Porto, 2001.

CROOKES, W. The Bakerian Lecture: on the illumination of lines of molecular pressure and the trajectory of
molecules. Philosophical Transactions of the Royal Society of London, 170, p. 135-164, 1th January 1879.
Disponível em: https://bityli.com/K0k0L. Acesso em: 28 fev. 2023.

CULLITY, B. D.; STOCK S. R. Elements of ray X ray diffraction. 3. ed. Massachusetts: Addison-Wesley
Publishing Compan, 1956.

DOS ANJOS, J.; NATALE, A. A. (ed.). Partículas elementares: a (des)construção da matéria pelo homem.
Rio de Janeiro: CBPF, 2005. Disponível em: https://bityli.com/2kEKE. Acesso em: 1º mar. 2023.

ESTEVES, S. C. B. et al. Braquiterapia de alta taxa de dose no tratamento do carcinoma da próstata: análise
da toxidade aguda e do comportamento bioquímico. Radiologia Brasileira, v. 39, n. 2, p.127-130, 2006.
Disponível em: encr.pw/5sFD0. Acesso em: 20 mar. 2023.

FERREIRA, F. C. L. et al. Procedimentos de cintilografia hepática e aperfeiçoamento de profissionais


utilizando objeto simulador antropomórfico de fígado em medicina nuclear. Internatiol Atomic Energy
Agency, [s.d.], p. 7. Disponível em: https://bityli.com/ad3mcn. Acesso em: 13 mar. 2023.

FOGAÇA, J. R. V. Modelo atômico de Dalton. Manual da Química, [s.d.]. Disponível em:


https://bityli.com/lMsRTFQtD. Acesso em: 27 fev. 2023.

GATUZZO JÚNIOR, N. P. Radiologia médica: manual prático e técnico de posicionamento em radiologia


médica. 3. ed. São Paulo: Cartex, 2012.
206
GUARINO, D. S.; MARTELLI, F. Biochemistry and technology of [18F]flutemetamol for the amyloid pet imaging
in Alzheimer’s disease. Series in Applied Sciences., v. 1, p. 35-48, 2018. Disponível em: https://bityli.com/vbV1DR.
Acesso em: 14 mar. 2023.

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; KRANE, K. Física 4. Rio de Janeiro, LTC, 2010.

IPEN. Máxima potência para reator nuclear de pesquisas IEA-R1. Órbita Ipen, a. XI, n. 69, mar./abr. 2012.

KOLB, H. C. et al. Tau positron emission tomography imaging cold spring harbor perspectives in
biology. Journal of Medicinal Chemistry, v. 58, n. 11, p. 4365-4382, jun. 2015.

LEÃO JUNIOR, R. G. Avaliação das perturbações físicas de feixes de raios X em pequenos campos
estáticos: uma abordagem teórica pelo método de Monte Carlo. Tese (Doutorado em Ciências e Técnicas
– Ciências das Radiações) – Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, 2018.

LIMA, G. M.; BARBOSA, L. C. A.; FILGUEIRAS, C. A. L. Origens e consequências da tabela periódica,


a mais concisa enciclopédia criada pelo ser humano. Química Nova, v. 42, n. 10, 1125-1145, 2019.
Disponível em: https://bityli.com/WCn9N. Acesso em: 3 mar. 2023.

LIRA, J. C. L. História da Tabela Periódica. InfoEscola, [s.d.]. Disponível em: https://bityli.com/d8a5b.


Acesso em: 27 fev. 2023.

MAFRA NETO, F.; REIS, E. L. M. Teleterapia de alta energia: riscos para pacientes e operadores.
Radioterapia Mineira, abr. 2019. Disponível em: https://bityli.com/q0kmxo. Acesso em: 15 mar. 2023.

MARQUES, F. L. N.; OKAMOTO, M. R. Y; BUCHPIGUEL, C. A. Alguns aspectos sobre geradores e radiofármacos


de tecnécio-99m e seus controles de qualidade. Radiologia Brasileira, v. 34, n. 4, p. 233-239, 2001.
Disponível em: https://bityli.com/O209hR. Acesso em: 7 mar. 2023.

MASDEU, J. C. Future directions in imaging neurodegeneration. Current Neurology and Neuroscience


Reports, v. 17, n. 9, 2017.

MASTROCOLA, L. E. et al. Update of the Brazilian Guideline on Nuclear Cardiology – 2020.


Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 114, n. 2, fev. 2020. Disponível em: https://bityli.com/w4rNXI.
Acesso em: 13 mar. 2023.

NESVIZHEVSKY, V.; VILLAIN, J. La découverte du nêutron et ses conséquences (1930-1940). Comptes


Rendus Physique, n. 18, p. 592-600, 2017.

NOBREGA, A. I. (org.). Tecnologia radiológica e diagnóstico por imagem. São Paulo: Difusão, 2006.

NOÇÕES em Medicina Nuclear e Radiofármacos. RadioPharmacus, 2001, p. 2. Disponível em:


https://bityli.com/IGdq8. Acesso em: 6 mar. 2023.

207
NUSSENZVEIG, H. M. Curso de física básica: ótica, relatividade e física quântica. São Paulo:
Edgard Blucher, 1998.
OKUNO, E., YOSHIMURA, E. Física das radiações. São Paulo: Oficina de Textos, 2010.

OLIVEIRA, R. et al. Preparações radiofarmacêuticas e suas aplicações. Revista Brasileira de Ciências


Farmacêuticas/Brazilian Journal of Phamaceutical Sciences, v. 42, n. 2, abr/jun, 2006. Disponível em:
https://bityli.com/uOUFU. Acesso em: 6 mar. 2023.

OLIVEIRA, V. S.; GOUVEIA, R. C. Atividades experimentais para ensino e divulgação sobre


radioastronomia. In: CONGRESSO DE INOVAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO IFSP, 11., 2020, São Paulo.
Anais […]. São Paulo: IFSP, 2020. Disponível em: https://bityli.com/9QMSW. Acesso em: 1º mar. 2023.

PEREIRA, R. G.; MIRANDA, E. Introdução à teoria quântica de campos: do Oscilador Harmônico ao


Campo Escalar Livre. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 24, n. 2, junho, 2002

PETRONOTÍCIAS. Guerra da Ucrânia reduziu oferta de radiofármacos radioativos da Rússia, mas Ipen
não parou produção. Abr. 2022. Disponível em: https://bityli.com/4j9Uib. Acesso em: 7 mar. 2023.

POZZO, L. et al. O SUS na medicina nuclear do Brasil: avaliação e comparação dos dados fornecidos
pelo Datasus e CNEN. Radiologia Brasileira, v. 47, n. 3, p. 141-148, maio/jun. 2014.

PRODUÇÃO de Radioisótopos (Cíclotron). NucleoRad, [s.d.]. Disponível em: https://bityli.com/ThfYW2.


Acesso em: 6 mar. 2023.

REIS, S. S. Optimização de processos de prestadores de cuidados de saúde: serviço de radioterapia. 2008.Tese


(Doutorado em Física) – Universidade de Coimbra, Coimbra, 2008. Disponível em: https://bityli.com/J22mQJ.
Acesso em: 15 mar. 2023.

SABBATINI, R. M. E. A história da neuroimagem. Revista Cérebro & Mente, n. 20, nov. 2003/jan. 2004.
Disponível em: https://bityli.com/za8gTg. Acesso em: 13 mar. 2023.

SAJEDI, S. et al. Design and development of a high resolution animal Spect scanner dedicated for rat
and mouse imaging. Nuclear Instruments and Methods in Physics Research, v. 741, p. 169-176, 2014.

SAKURADA, R. K. Desenvolvimento de um sistema de verificação dosimétrica tridimensional utilizando


solução Fricke gel na aplicação para a verificação da radioterapia em arco modulado volumétrico
(VMAT) nos tratamentos com movimentação do alvo pela respiração. 2015 Tese (Doutorado em
Ciências na Área de Tecnologia Nuclear – Aplicações) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015.
Disponível em: encr.pw/0U9zI. Acesso em: 20 mar. 2023.

SANTOS, C. A.; SILVA, L. L. A história que o filme Radioactive não conta e a percepção de alunos de
licenciatura em física. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 43, e20210037, 2021. Disponível em:
https://bityli.com/WFNEJEfnp. Acesso em: 15 mar. 2023.

208
SAPIENZA, M. T.; MARONE, M. M. S.; CHIATTONE, C. S. Contribution of nuclear medicine in lymphomas
approach. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, v. 23, n. 2, p. 79-92, August 2001.
Disponível em: https://bityli.com/9thSDu. Acesso em: 14 mar. 2023.

SILVA, D. C. S. A. et al. Comparação entre planejamentos de terapia em arco volumétrico modulado


para tratamentos de próstata utilizando um ou dois arcos. Revista Brasileira de Física Médica, v. 8,
n. 1, p. 19-22, 2014.

SILVA, P. S. C.; ZAHN, G. S.; SOUZA, F. A. (org.). Contribuições do reator IEA-R1 para a pesquisa nuclear.
WARP2: II Workshop Anual do Reator de Pesquisas. São Paulo: Blucher, 2022.

SILVEIRA, E. Instrumento de radiação. Reator Multipropósito Brasileiro deve suprir o país de


radiofármacos para diagnóstico e tratamento de doenças. Pesquisa Fapesp, n. 221, p. 78-81, jul. 2014.
Disponível em: https://bityli.com/JhZ6Qj. Acesso em: 7 mar. 2023.

TAPSCOTT, E. Nuclear Medicine Pioneer, Hal O. Anger, 1920-2005. Journal of Nuclear Medicine Technology,
v. 33, n. 4, p. 250-253, dez. 2005. Disponível em: https://bityli.com/MvPo8i. Acesso em: 9 mar. 2023.

THYCA. Thyroid Cancer Survivors’ Association, Inc. Iodo. Orientações e dicas para dietas curtas e
restritas em iodo. Califórnia: ThyCa, 2017.

TOYODA, E. Y. Evolução das doses no ambiente do reator IEA-R1 e tendências com base nos resultados
atuais. 2016. Dissertação (Mestrado em Ciências na Área de Tecnologia Nuclear – Aplicações) – Ipen,
São Paulo, 2016. Disponível em: https://bityli.com/xjdzP0. Acesso em: 7 mar. 2023.

UMBEHAUN, P. E. Desenvolvimento de um elemento combustível instrumentado para o reator de


pesquisa IEA-R1. 2016. Dissertação (Doutorado em Ciências na Área de Tecnologia Nuclear – Reatores)
– Ipen, São Paulo, 2016. Disponível em: https://bityli.com/3Qxjwi. Acesso em: 7 mar. 2023.

UNEP. Radiação: efeitos e fontes. Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep), 2016,
p. 28. Disponível em: https://bityli.com/tuk9O. Acesso em: 2 mar. 2023.

VAN KRUCHTEN, M. et al. PET imaging of oestrogen receptors in patients with breast cancer. Lancet
Oncology, v. 14, n. 11, p. E465-E475, 2013.

VAZ JUNIOR, J. A álgebra geométrica do espaço-tempo e a Teoria da Relatividade. Revista Brasileira de


Ensino de Física, v. 22, n. 1, março, 2000.

VITOR, T. et al. PET/MRI: a novel hybrid imaging technique. Major clinical indications and
preliminary experience in Brazil. Einstein, São Paulo, v. 15, n. 1, p. 115-118, mar. 2017. Disponível
em: https://bityli.com/zoZn20. Acesso em: 15 mar. 2023.

ZERATI FILHO, M.; NARDOZZA JÚNIOR, A.; REIS, R. B. (ed.). Urologia fundamental. São Paulo: Planmark,
2010. Disponível em: l1nq.com/BnMnv. Acesso em: 20 mar. 2023.
209
210
211
212
Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000

Você também pode gostar