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Do ponto de vista estrutural, os corantes reativos são constituídos por um ou mais grupos reativos, pelo
cromóforo, pelo(s) grupo(s) de ligação e pelos grupos solubilizantes
Grupos Grupo de
solubilizantes Ligação
• Usualmente grupos • Estabelece a ligação
sulfónicos que, quando entre o grupo cromóforo e
presentes no cromóforo, o grupo reativo e pode
aumentam a solubilidade influenciar a
do corante, diminuindo no substantividade, a
entanto a sua afinidade reatividade e a
para a celulose estabilidade do corante
• Moderado rendimento da fixação do corante, o qual pode situar-se entre 50-90%, em função do método de
aplicação, da intensidade da cor e do tipo de corante, situando-se o valor médio na ordem dos 70%
• Elevada concentração de corante nos efluentes, devido à presença de elevadas quantidades de corante não
fixado e hidrolisado
• Necessidade de adicionar elevadas quantidades de sal (NaCl ou Na2SO4) à solução de tingimento, podendo
atingir-se concentrações na ordem de 100 gL-1no caso de cores escuras
• Necessidade de lavagens finais intensivas para remoção do corante não fixado covalentemente e dos
restantes auxiliares (sal, agentes alcalinos, etc.)
Além da sua capacidade de reagir com a fibra, o corante reativo revela igualmente
capacidade para reagir com a água, dando dessa forma origem ao denominado
corante hidrolisado
O corante hidrolisado continua a manifestar afinidade para as fibras, pelo que será
igualmente absorvido no decorrer do processo de tingimento
Estima-se que cerca de 50% do custo total associado ao tingimento com corantes
reativos, pode ser imputado às lavagens finais e ao tratamento dos efluentes
resultantes do processo
Grupos Reativos
Vários grupos reativos foram surgindo desde o seu
aparecimento em 1955, tendo grande parte deles
desaparecido, enquanto outros se impuseram no mercado,
fruto das suas propriedades intrínsecas
• As principais propriedades que um grupo reativo deve
apresentar para ter sucesso comercial são:
• Adequada reatividade com as fibras, mas baixa reatividade
com a água, diminuindo dessa forma a probabilidade de
hidrólise
• Estáveis nas condições usuais de armazenamento
• Custos compatível com as necessidades do mercado
• Fáceis de produzir
X X
Cl
- Cl
N N N
D NH N
+ :X-
D NH N + : Cl- D NH N
N N N
Cl Cl Cl
Grupos reativos alifáticos do tipo vinilsulfónico, que reagem com a celulose através de reações
de adição nucleofílica
(Corante sulfatoetilsulfona)
Devido à maior eletronegatividade do flúor, quando comparado com o cloro, possuem maior reatividade
que os corantes que contêm o grupo reativo monoclorotriazina
Dada a sua maior reatividade, a sua aplicação por esgotamento faz-se a temperaturas na ordem de
40-60 ºC
A estabilidade da
ligação corante-fibra dos
corantes que contêm o
anel diazina é no entanto
superior à dos corantes
que contêm os sistemas
triazina
Ao contrário do
Possuem que acontece Em contraste
reatividade com os sistemas com os sistemas
intermédia A sua aplicação São aplicáveis A maioria tem heterocíclicos, o heterocíclicos, a
entre os sistema por processos através de uma substantividade grupo VS não ligação
heterocíclicos de esgotamento vasta gama de inferior à dos apresenta fibra-corante
de alta realiza-se à processos de corantes que afinidade para formada neste
reactividade, temperatura de esgotamento e contêm sistemas a celulose. caso, é
(DCT, DFCP) e 40-60 °C impregnação reativos vulnerável em
os de baixa heterocíclicos Além disso,
reatividade possuem grupos condições
(MCT, TCP) sulfónicos alcalinas
terminais
Os corantes que contêm dois grupos reativos diferentes combinam as vantagens inerentes a cada um deles,
apresentando por isso benefícios acrescidos relativamente aos corantes monofuncionais e homobifuncionais.
Apresentam uma menor sensibilidade a variações de temperatura, quando comparados com os corantes
reativos monofuncionais e homobifuncionais. Podem por isso ser aplicados numa gama de temperaturas mais
alargada (50-80˚C).
CelOH OH
CelO H 2O Ionização da celulose em
meio alcalino
Reacção de hidrólise do
OH CorX K
H
Cor OH X
corante
Reação do
corante com • Reação de equilíbrio, reversível, entre a celulose e o
agente alcalino, da qual resulta a ionização dos grupos
as fibras hidroxilo da celulose, através dos quais se processa a
celulósicas reação de fixação do corante.
Ensaboamento à fervura
• Os corantes reativos têm em geral baixa afinidade para as fibras celulósicas, o mesmo
acontecendo com o corante hidrolisado, o que facilita a sua remoção no final do
tingimento.
• O esgotamento final, será tanto menor quanto maior for a razão de banho. A intensidade
com que este comportamento se manifesta varia de corante para corante, sendo no
entanto o sentido de variação sempre o mesmo.
pH neutro
Por possuírem estruturas moleculares relativamente simples e com baixa Nos corantes
substantividade para as fibras celulósicas vinilsulfónicos, é
necessário garantir a
remoção total do álcali
ou a sua neutralização,
antes do
Nos corantes que ensaboamento final,
Necessitam de grandes Nestas condições pode apresentem esta pois caso tal não
quantidades de sal ocorrer agregação e tendência, em especial aconteça, pode ocorrer
(até 100 gL-1), precipitação do no caso de alguns hidrólise da ligação
especialmente no caso corante, especialmente turquesas, deve fibra-corante
de cores escuras a baixas temperaturas substituir-se o NaCl por
Na2SO4.
O sal pode ser adicionado todo no início, Com o objetivo de assegurar uma boa
ou em porções, procedendo-se à introdução igualação, inicia-se o processo com sal e
do agente alcalino decorridos cerca de 30 corante, a uma temperatura superior à de
a 45 minutos. fixação.
Processo Pad-Dry-Pad-Steam
• O material é inicialmente impregnado com a solução de corante, efetuando-se de
seguida uma secagem. O sal e o agente alcalino são posteriormente aplicados no
decorrer de uma segunda impregnação, concluindo-se o processo com a fixação do
corante através de uma vaporização.
Processo Pad-Steam
• O corante e álcali são adicionados em simultâneo no balseiro. Para que não ocorra
uma significativa hidrólise do corante, o volume de banho no balseiro deverá ser
reduzido, garantindo-se dessa forma a sua constante renovação. Concluída a
impregnação, procede-se à fixação do corante através da vaporização do material.
Processo Pad-Dry
• A impregnação do tecido realiza-se numa solução que contém o corante, o agente
alcalino e ureia para aumentar a solubilidade do corante e facilitar a sua difusão,
procedendo-se de seguida à secagem do material.
• É importante garantir que a secagem se processa lentamente (2-5 min a 105 ºC), uma
vez que a reação cessa quando o material está completamente seco, razão pela qual
o tempo de secagem deverá ser mais longo que o tempo de reação.
• Este processo apenas se aplica a corantes de elevada reatividade (DCT).
Em cores escuras pode ser muito difícil remover todo o corante hidrolisado, especialmente
quando este possui elevada afinidade
Nestes casos, pode efetuar-se um tratamentos posterior com agentes fixadores catiónicos,
semelhante ao realizado no caso dos corantes diretos
Desvantagens:
Possível degradação da Possível alteração de cor dos Possível diminuição da solidez
solidez à fricção materiais tingidos à luz