Você está na página 1de 23

ROTEIRO AULA DIREITO TRIBUTÁRIO

AVISOS

Provas semestrais e trabalhos individuais ou em grupos, realizados em sala ou


não. Seminários.
Primeiro Semestre:
Valor da prova semestral: 50 (cinquenta) pontos
Valor das atividades semestrais: 50 (cinquenta) pontos

Segundo Semestre:

Valor da prova semestral: 50 (cinquenta) pontos


Valor das atividades semestrais: 50 (cinquenta) pontos
Somadas as notas do primeiro e do segundo semestre, divididas por 2, a média
para aprovação direta (sem exame) deverá ser 70 (setenta).

INTRODUÇÃO
Para a correta compreensão acerca do que é o
Direito Tributário, faz-se necessário tecer breves comentários a respeito do
que vem a ser o próprio Direito, pois o primeiro é a forma especifica e
delimitada do segundo.

Alguns doutrinadores consideram que o surgimento


do direito, como fenômeno, ocorre juntamente com a organização do homem
em um determinado território, traduzindo-se como um conjunto de regras não
escritas que permeavam o cotidiano de determinado grupo de pessoas, outros
consideram que o direito surge com a ideia de posse e território.

Miguel Reale:

“Podemos, pois, dizer, sem maiores indagações, que


o Direito corresponde à exigência essencial e
indeclinável de uma convivência ordenada, pois
nenhuma sociedade poderia subsistir sem um
mínimo de ordem, de direção e solidariedade.”
Muito embora possamos nos referir ao Direito com o sentido de “Justiça”, via
de regra fazemos com o sentido de ORDENAMENTO JURÍDICO.
O Direito como ordenamento jurídico: ao mencionarmos a existência do
Direito Romano, do Direito francês ou do Direito brasileiro, estamos
utilizando o vocábulo em um outro sentido, qual seja um sistema de normas
ou regras jurídicas que traga aos homens determinadas formas de
comportamento, vigentes em um dado momento histórico.

CONCEITO:
“O Direito é um conjunto de normas de conduta
social imposto coercitivamente pelo Estado para a Realização da Segurança
segundo os critérios de justiça”

DIVISÃO ENTRE DIREITO PÚBLICO E DIREITO PRIVADO


DIREITO PÚBLICO
Direito Público – Rege as relações em que o Estado
é Parte, ou nas quais detenha grande interesse.

A relação entre particular e Estado não é isonômica.


O Estado está em cima. É uma relação “vertical”.

A Liberdade para praticar atos é bem menor – fica


condicionada à legalidade estrita. Só podem fazer aquilo que esteja previsto
ou autorizado em lei.

As Leis em Direito Público são IMPERATIVAS.


Não existe escolha.

DIREITO PRIVADO
Relação Indivíduo x Indivíduo

Não há interesse direto do Estado.

Pessoa Físicas x Jurídica (Física x Física) e etc...

Relação horizontal
Liberdade bem ampla, pode-se fazer tudo desde que
não contrarie lei.

Há a AUTONOMIA DA VONTADE.

Direito Contratual – A lei dá diretrizes gerais. As


partes tem bastante autonomia para negociar regras de um contrato. Pacta
sunt servanda.

Aqui, você pode fazer tudo o que quiser exceto


aquilo que a lei te proíbe. No Direito Público a lógica é outra. Você só pode
fazer o que a lei te permite.

Pois bem, superado o conceito ou momento do


surgimento do direito como fenômeno, é importante destacar que com o
desenvolvimento das sociedades o homem passou a estudar as regras
sociais, passou a organizá-las e consequentemente passou a tratar o
Direito como uma Ciência. Tal fator é considerado um marco na história,
pois assim o homem vislumbrou que o Direito como ciência estava
intimamente ligado a cultura, a moral e a diversas outras áreas de estudo, e,
portanto, à própria existência do homem.

A PODER DE TRIBUTAR
O ato de tributar acompanha paulatinamente o
desenvolvimento das sociedades desde seus primórdios, pois seja qual for a
forma de liderança, aliança ou governo sob determinada região, sempre
houve e haverá a necessidade de captação de recursos financeiros para
prover a própria manutenção do território.

Posteriormente, com o progresso e a criação do


Estado e seus postulados, o ato de tributar tornou-se juntamente com
certos aspectos econômicos a conditio sine qua non de existência do
próprio Estado e consequentemente da própria sociedade, pois
independentemente do modelo de governo adotado a arrecadação de tributos
revela-se como a principal fonte de receita pública.

Diante desse panorama, surge o Direito Tributário


para que assim haja uma regulamentação específica no tocante a forma correta
e justa de tributação nos mais variados casos e tipos de sociedades. Porém, o
surgimento dessa área do direito não foi muito simples, pois um conjunto de
fatores mínimos são necessários para sua existência.

Há autores que acreditam que o direito tributário


surge como fruto do desenvolvimento dos perfis das sociedades e elaboração
de suas Constituições Nacionais e seus ditames.

Outros, além de reconhecerem o Direito Tributário


como fruto de um desenvolvimento social e da ciência do direito, destacam
circunstâncias muito mais específicas para a sua criação como ramo autônomo
do direito.

Existem alguns autores que dizem que o Direito


Tributário “nasce” de fato com o advento do Código Tributário Alemão
de 1919.

Entretanto, não há dúvida de que muito antes deste


documento existia o fenômeno da tributação e também não há dúvida de que
antes dele existia uma disciplina jurídica do exercício da atividade tributária
do Estado, bem como existiam textos doutrinários relevantes a respeito. O
Código Tributário Alemão de 1919 seria somente um marco histórico
importante.

A finalidade do direito tributário não é a


arrecadação de recursos financeiros para o Estado, mas o controle do poder de
tributar a este inerente. O direito tributário existe para delimitar o poder de
tributar, transformando a relação tributária, que antigamente foi uma relação
simplesmente de poder, em relação jurídica. A finalidade essencial do direito
tributário, portanto, não é a arrecadação do tributo, até porque está sempre
aconteceu, e acontece, independentemente da existência daquele. O direito
tributário surgiu para delimitar o poder de tributar e evitar os abusos no
exercício deste.

O direito tributário, independentemente da precisão


histórica, surge como um elo primordial na composição do sistema normativo
de um determinado território.

Vocês já devem ter estudado nas disciplinas


anteriores de direito a diferença entre o Direito Natural e o Direito Positivo,
certo?

Pois bem, eu acredito que o Direito Tributário,


enquanto sistema é uma das bases formadores do próprio conceito de
Direito. Como mencionado, alguns doutrinadores consideram que o
surgimento do direito, como fenômeno, ocorre juntamente com a organização
do homem em um determinado território. Logo, voltando aos primórdios da
evolução humana, quando esses grupos que começaram a se integram em
grupos maiores buscando proteção, segurança, e alguns confortos que a vida
em sociedade traz, qual era a condição imposta pelo grupo que acolhia esse
novo pessoal? Que houvesse alguma contrapartida, alguma retribuição. Ora,
por consequência lógica, essa “contrapartida” não era facultativa, mas sim
obrigatória sob pena de exclusão do indivíduo que não agregasse ao
grupo maior. Essa contrapartida poderia ser paga mediante parte da caça, da
pesca, mais tarde da colheita, e também com outros serviços em favor do líder
da comunidade.

Antes ainda, desde os primórdios o ser humano


estabeleceu com o divino uma relação de tributário. Ou seja, oferecia tributos
às suas divindades em troca de proteção.

Logicamente que não estamos falando do Direito


Tributário Moderno e sistematizado. Porém o que eu quero demonstrar é que
a relação de tributária sempre existiu na sociedade e foi a força motriz
para muitos outros campos da Ciência do Direito e das ciências e geral, e
também de mudanças e avanços sociais.

A menção ao código Tributário Alemão de 19 como


marco, é justamente pq a “Ciência do Direito Tributário” começa a nascer ali.
Ele passa a ser um campo autônomo da Ciência do Direito. Porém a sua
existência é inerente a vida em sociedade.

Vocês já devem ter ouvido falar do Código de


Hamurábi (lei de Talião – Olho por olho, dente por dente e etc...) – 1772
ANTES DE CRISTO, depois mais pra frente do Codex Iuris Civilis Romano
(500 dc). O primeiro, ainda bastante rudimentar, estabelecia mais normas de
caráter penal e matrimonial. Já o segundo era uma compilação das leis
romanas. Fato é que ambos já falavam alguma coisa sobre tributação,
principalmente descrevendo as penalidades pelo não pagamento de tributos.

Disclaimer. Aqui é importante dizer que nós


“ocidentais” temos a tendência de negligenciar a África e a Ásia distante
quando tratamos de ciência. Os povos semíticos, árabes, e africanos há muito
tempo detinham regulamentações complexas sobre diversos temas. Temos a
“mania” de achar que o mundo e as ciências começaram com gregos e
romanos, mas não.

Inclusive na época clássica, os povos e impérios


árabes, turquícos, e persas, já possuíam sistemas legais muito mais
estruturados e complexos do que os “ocidentais”. Isso decorre da nossa
tradição chamada “judaico-cristã” de negligenciar o resto do mundo.
Inclusive, quando mencionamos por exemplo o Código Tributário Alemão de
19 como primeiro “código tributário de fato”, negligenciamos códigos e
sistemas complexos que já existiam anteriormente – por exemplo – na África.
Vocês já ouviram falar de Mansa Muça? Imperador do Império de Gana e
Mali, tido como o homem mais rico que já existiu? Um dos motivos dele ter
ficado tão rico é a existência de um complexo e eficiente sistema de
tributação. Pq ele é negligenciado? Pq é preto, africano que viveu em 1330.

Retomando.
Importante perceber que durante o período da
antiguidade, e período clássico (dito “greco-romanao), A lógica dos sistemas
tributários era: Troca de Tributos por Proteção.

No império Romano começa a surgir a lógica de


que a capitação de recurso mediante tributação serviria para “sustentar o
Estado”, para garantir o bem-estar da população. No caso a ELITE
ROMANA.

Porém, qual era a forma de garantir o bem-estar e os


serviços na Roma antiga. A guerra! Portanto, de qualquer modo, mesmo que
comece a existir esse embrião, a lógica ainda era – Fazer Guerra, para
expandir o império, angariar riquezas para o Estado, para que através dessa
expansão se garantisse a chamada pax romana. Ou seja, a segurança e
tranquilidade em geral.

Com a queda do Império Romano, e o início da


idade média, as normas tributárias voltam a ter o sentido estritamente
arrecadatório, nessa lógica de troca de tributo por proteção. O Sr. Feudal,
detentor da força, permite que você ali resida, em troca de tributos (trabalho,
colheita).

Então, novamente as normas tributárias se traduzem


naquele período como um conjunto de regras que permeavam o cotidiano de
determinado grupo de pessoas, atrelado à força e a posse e território.

As normas tributárias até aqui, tinham como


destinatário sempre o contribuinte. Ou seja, o indivíduo que pagava
imposto. Sempre de caráter imperativas e punitivas. Ou seja, você é obrigado
a pagar imposto sob alguma grave pena.
Nesse meio tempo, surge a Igreja Católica como
grande ator global, e passa atuar como um grande agente coletor de tributos.
Aqui valendo-se da força divina e da força física do Sacro Império Romano
Germânico (união de vários reinos, principados, ducados europeus).

A situação permaneceu assim por muito tempo. Os


sistemas tributários tendo como a única lógica possível a manutenção das
forças e estruturas estatais e sociais para fins de “proteção” do território.

As coisas só começam a mudar, e o status quo a ser


quebrado quando das revoluções e reformas protestantes (Séc 16). Esses
estados tributários dos grandes impérios e da igreja, por meio dos grupos
insurgentes passam a contestar o peso dos Tributos e qual a razão de estarem
pagando tributos, sendo que não se vinculam mais a Igreja ou sequer precisam
da proteção do Império.

Bill of Rights inglês de 1689. Em tal documento,


fica vedada, no artigo 10, a cobrança de tributos excessivos, bem como se
obsta a cobrança de tributos pelo Monarca sem a necessária intervenção
do Parlamento.

A coisa muda de vez, com o Iluminismo e a


Revolução francesa (já no Sec. 18). As ideias de liberdade, igualdade, e
fraternidade, e o amplo questionamento em relação as estruturas monárquicas,
levam a necessidade de um novo conceito de sistemas tributários. Esse
conceito passa a ser que os sistemas tributários e seus códigos devem servir a
sustentar o estado e seus aparatos na busca pela igualdade e justiça. Via de
regra, o que aconteceu foi uma “equalização” da força tributária. Na prática,
pouca coisa muda.

A revolução francesa trouxa a “universalidade da


contribuição e o consequente fim dos privilégios
tributários do clero e da nobreza e da sobrecarga
dos demais membros da sociedade (camponeses,
operários, artesãos, comerciantes, banqueiros,
proprietários de manufaturas...)”
Veja-se, todavia, que é dessa época que surgem
as garantias, até hoje vigentes, dos contribuintes em face do fisco,
intrínsecas à proteção ao direito de propriedade; afinal, como o tributo
invadia a esfera patrimonial do cidadão, devia ser limitado para que a
propriedade fosse respeitada.

Vale lembrar que, estamos aqui no período das


colonizações, iniciado com as grandes navegações 1500. E aqui temos um
tratamento completamente desigual entre metrópoles e colônias. Mesmo
com as ideias iluministas, o que permanecia é que nas metrópoles o sistema
tributário servia para garantir o funcionamento do Estado. Enquanto para as
colônias o sistema tributário tinha caráter totalmente confiscatório e servia
para enriquecer as metrópoles.

É justamente aí que as coisas começam a mudar. Os


explorados passam a se questionar, ora...eu pago tanto e não recebo nada? E é
de fato, a partir daí que as coisas começam a mudar. Como vocês podem ver,
e imaginar, em muitos momentos históricos e de “turning point” da nossa
sociedade a cobrança de impostos e de tributos foi a força motriz dessa virada
e quebra de sistemas.

A revolução americana teve como estopim, ou gota


d’água, o excesso de tributação sobre diversos produtos que as Colônias
exportavam. Isso culminou com a revolta do chá.

Breve relato:

A resistência contra a metrópole crescia a cada dia.


Em 1768, John Dickinson escreveu a primeira
canção patriótica dos Estados Unidos, a Liberty
Song ("Canção da Liberdade"). Na época, foi
iniciado um verdadeiro boicote aos produtos
ingleses. As mulheres americanas, por exemplo,
começaram a tecer seus próprios panos, deixando de
comprar tecidos ingleses.
Os imigrantes passaram a evitar até mesmo o
consumo do chá e do açúcar vindos da Inglaterra. O
comércio era dominado em grande parte pelos
traficantes, que obviamente não cobravam
impostos. O governo inglês, por sua vez, forçado a
reagir rapidamente, decidiu em 1770 extinguir todas
as taxas especiais cobradas das colônias americanas.
Restaram apenas os impostos sobre o chá inglês.
Principal produto de consumo da sociedade
americana da época, o chá era apreciado não só pela
elite, mas por todas as camadas da população.
Exatamente por isso, a insistência da metrópole no
imposto sobre o chá causou grande irritação entre os
imigrantes nas colônias.
Um grupo de 50 a 100 homens, fantasiados de
índios, foram até o porto de Boston, esvaziaram os
navios e atiraram cerca de 45 toneladas de chá ao
mar.
A partir desse ponto, a lógica do sistema tributário
começa a de fato mudar de figurar.

Começa-se a compreender que a finalidade do


Direito Tributário (ainda não compreendido na forma moderna), não somente
a de arrecadação de recursos para o Estado, mas sim o de controle do poder de
tributar a este inerente. Nesse sentido, o sistema tributário passa a servir e a
abranger norma de delimitação ao poder de tributar, com vistas a transformar
a relação tributária, que antes era só uma relação de poder, em relação jurídica
de fato.

No Brasil não foi diferente. E é nesse período que


muitas das legislações tributárias vigentes começam a sofrer transformações
significativas. Alguns exemplos são:

 a regulamentação dos processos nas ações


executivas da Fazenda contra devedores;
 a organização do chamado “Tesouro Nacional e
as Tesourarias das Províncias;
 a Uniformização da arrecadação dos impostos,
que buscava evitar a multiplicidade de taxas e as
imposições sobre a importação e exportação de
mercadorias de uma província para a outra;
 Discriminação das rendas entre governo e
províncias, descentralização fiscal.
(Período Regencial Padre Feijó / Dom Pedro I –
golpe da maioridade).
Porém, como vocês devem imaginar, não é porque
trouxe alguma melhoria que as coisas se resolveram. No Brasil, passamos de
Império à República, depois uma Ditadura Militar. Nesse período, tivemos
duas grandes guerras mundiais, e três Constituições (34, 46 e 64). Ora se
centralizava o poder na União, ora se repartia. Uma verdadeira confusão. O
grande problema é que cada ordenamento novo, ao invés de reconstruir todo o
arcabouço de normas, ia remendando o anterior.

Nesse ínterim, muito pela necessidade de


reconstrução dos países mais afetados pela guerra, e como o surgimento de
novas escolas filosóficas, passou-se a interpretar o Direito Tributário como
uma forma não somente de custear as atividades do Estado, mas como
detentor de uma responsabilidade social muito maior.

Até aqui sempre tivemos uma interpretação do


Direito Tributário, mesmo quando modificado para favorecer o mais
vulnerável, sempre se dedicou a ter o “patrimônio” como bem protegido, e
não a sociedade ou o contribuinte enquanto indivíduo. É uma visão
patrimonialista que permanece majoritária nos textos legais até hoje.

Pois bem, essas ideias de um Direito Tributário


voltado ao social, junto com a compreensão de que a Ciência do Direito é
praxio e axiológica, ou seja, depende da percepção de conceitos extraídos de
outras ciências, passaram lentamente a permear as ideias dos legisladores
tributários. Assim, passaram a compreender que o Direito Tributário deveria
possuir também um caráter retributivo à sociedade. A sociedade tem o direito
de saber que o tributo que todos pagam é a principal fonte de
financiamento dos serviços públicos, responsável pela realização das
políticas sociais de saúde, educação, previdência, assistência social,
segurança e pelos investimentos em infraestrutura.

No Brasil, esse ideal ficou muito claro com a


Constituição de 1988. Depois de anos de Ditadura Militar, o pensamento
político nacional estava completamente tomado pela busca às garantias de
dignidade e justiça (Espírito da Lei – Zeitgeist).

Logo, resgataram aquelas ideias da Revolução


Francesa (iluministas) no sentido de que os tributos devem ser fonte de
sustento do Estado e de garantia dessas condições de igualdade e dignidade
para os mais vulneráveis.

AULA 02

Em verdade, merece ficar assentado desde já que


temos por infrutífera a discussão acerca da natureza do tributo, se um direito
ou um dever.

Trata-se, em verdade, de um falso problema se


colocado à luz da evolução histórica dos direitos, afinal, como bem lembra
Sérgio Resende de Barros (2003, p. 3):

“A necessidade gera o dever que gera o poder. (...)


Não há poder de comandar, sem dever de obedecer.
(...) Não há direito de exigir, sem obrigação de
cumprir. (...) Dessa maneira, na origem primária,
seja na geração atual e singular de um direito, seja
na geração histórica e geral dos direitos, o direito
nasce da obrigação, o poder nasce do dever.”
Os direitos têm por fundamento ético jurídico os
deveres e como fundamento histórico-social as necessidades.

Desse modo, da necessidade em se alcançar os


objetivos fundamentais de uma sociedade, que no caso da brasileira se
encontram fixados no aludido art. 3o da CF/88 , nasce o dever do cidadão em
contribuir com os recursos disponíveis e proporcionais para criar os meios
necessários ao alcance de tais objetivos, e desse dever nasce não só o direito
do Estado de “manejar poderes indispensáveis à satisfação do interesse alheio
que está a seu cargo prover”, mas o direito de cada cidadão em exigir tal
contribuição e fiscalizar sua aplicação no sentido de que, uma vez
arrecadada, possa ser utilizada no processo de concretização de tais objetivos.

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da


República Federativa do Brasil:
I - Construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - Garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e
reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - Promover o bem de todos, sem preconceitos de
origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
formas de discriminação.
Portanto, pagar tributo é ao mesmo tempo um
Direito e um Dever.

Atividade:

Solicitar que me passem o contato do representante da turma, para que eu


possa estabelecer comunicação direta. 

Por fim, antes de passarmos às orientações, peço que "avisem aos


desavisados" sobre a atividade.

Pois bem. Vamos lá. 

Da Forma:
* A atividade, conforme combinamos, terá o valor de 25 pts.;
* Sugere-se que os materiais propostos sejam lidos (e assistidos) já para a
próxima aula (06/07).;
* Deverá ser entregue fisicamente até às 22h40 do dia 13/07 (próxima
aula).;
* Poderá ser manuscrita ou digitada.;
* Poderá ser entregue em folhas A4 ou folhas de caderno, onde além da
resposta de cada um dos questionamentos, deverá constar o nome
completo do aluno, curso, período, e nome da disciplina.;
* Quem optar por entregar a atividade digitada em A4, deverá
obrigatoriamente utilizar a fonte Times New Roman em tamanho 13, com
espaçamento entre linhas de 1,5 cm. Deverá ainda respeitar os recuos de
margem (dos dois lados) de 1,5 cm.;
* Quem optar por entregar manuscrito, deverá atentar-se a escrita legível. 
* A questão "A)" deverá ter no mínimo 20 linhas de resposta;
* A questão "B)" deverá ter no mínimo 20 linhas de resposta;
* A questão "C)" deverá ter no mínimo 20 linhas de resposta.

Dos critérios de correção:

A pontuação será atribuída seguindo os seguintes critérios.

i) Entrega no prazo - 5 pts;


ii) Adequação à norma padrão da língua portuguesa - 1 pt;
iii) Coesão e coerências das respostas - 6 pts;
iv) Apresentação de conceitos e/ou perspectivas estudados em classe, bem
como desenvolvimento das mesmas conforme solicitação da questão - 6 pts;
v) Estabelecimento de relações e posicionamentos críticos acerca dos temas
propostos -  6 pts;
vi) Respeito às normas de forma e letra legível - 1 pt. 

Outras orientações:

1) Muito embora o prazo para entrega seja 13/07, será aceita a entrega da


atividade até a data limite de 14/07 (sexta-feira), porém a pontuação
referente ao critério "Entrega no Prazo" será automaticamente zerada. Ou
seja, o aluno terá pontuação "0" nesse critério.; 
2) Caberá ao aluno encontrar o professor na sala dos professores, de quarta
à quinta-feira, durante o período do intervalo para realizar a entrega
extemporânea da atividade. (lembrando, até 14/07 de acordo com item
acima);
3) Após 14/07, não serão mais aceitas atividades.;
4) Atividades entregues após 14/07, não serão recebidas, e o aluno
receberá nota "0".;
5) As atividades que simplesmente "transcreverem" ou "copiarem" trechos
da internet (artigos, notícias, e sites em geral) terão, os critérios iii e v
automaticamente zerados;
6) As atividades que apresentarem exatamente o mesmo texto vinda de
alunos diferentes, ou mesmo que apresentem mínimos indícios de cópia
ou reprodução da atividade de outro colega, terão os critérios iv e v
automaticamente zerados.;
7) Não serão aceitas atividades entregues por meios digitais (e-mail,
whatsapp, pendrive, e etc...);
8) Após a correção, será concedida vista da atividade (com data ainda a
definir de acordo com o novo calendário), oportunidade em que serão aceitas
contestações às notas atribuídas, desde que devidamente fundamentadas.
Meras irresignações, ou discordâncias quanto aos valores atribuídos não
serão consideradas.

Da Atividade:

A partir da leitura do “A Função Tributária – Por uma efetiva função social do


Tributo”, após ter assistido o vídeo indicado ("BILIONÁRIOS: COMO OS
SUPER-RICOS ESCAPAM DOS IMPOSTOS NO BRASIL? – Politize!
https://www.youtube.com/watch?v=sxRE7OlCRcg), e ainda levando em
consideração o que fora estudado em sala, responda e disserte sobre o
seguinte:
A) Qual é a função da tributação? É possível dizer que os Tributos podem
ser um fator redutor da pobreza e desigualdades sociais? Discorra sobre. (20
linhas)
B) Na sua opinião, “pagar tributos”, é um direito ou um dever? Disserte sobre
(20 linhas). 
C) Após assistir o vídeo “BILIONÁRIOS: COMO OS SUPER-RICOS
ESCAPAM DOS IMPOSTOS NO BRASIL? – Politize!”, bem como diante dos
exemplos e comentários em sala de aula, o Direito Tributário no Brasil,
responda: A forma de cobrança de tributos, lhe parece justa? Argumente de
acordo com suas vivências e conhecimentos (20 linhas).

Por fim, desejo a todos ótimos estudos, e sigo à disposição para quaisquer
dirimir eventuais dúvidas. 

  
Relação Tributária, sempre vai ter dois sujeitos.

Sujeito Ativo x Sujeito Passivo.

O foco da tributação é arrecadar tributos, o que


necessita do estabelecimento de relações jurídicas de naturezas distintas. Esse
fato envolve contribuintes – obrigados ao pagamento de tributos e ao
cumprimento de deveres formais – e não contribuintes – que devem facilitar a
fiscalização e podem, também, incorrer em sanções no caso do descumprimento
de obrigação.

A tributação gera, portanto, Sujeito Ativo de um lado


e Sujeito Passivo de outro.

O Sujeito Ativo é o credor da obrigação tributária, ou


seja, é quem cobra o tributo, fiscaliza, constitui crédito tributário mediante
lançamento, inscreve em dívida ativa e exige o pagamento por meio de
ajuizamento de execução fiscal, quando necessário. Trata se de uma pessoa
jurídica de direito público, isto é, o próprio ente federativo (União, Estados,
Municípios e Distrito Federal), uma autarquia ou uma fundação pública.
Há, deste modo, delegação da condição de sujeito
ativo. Condição esta que é chamada de "Capacidade tributária ativa", a qual é
delegável e, portanto, não pode ser confundida com "Competência tributária" –
poder de instituir e criar tributos mediante lei complementar, originário da
Constituição Federal. Delega-se – por um dos entes federativos
constitucionalmente competentes a uma pessoa jurídica de direito público – o
poder de fiscalizar e cobrar tributos.
Em ponto diametralmente oposto, na relação jurídico
tributária, está o Sujeito Passivo, que é a pessoa obrigada ao pagamento de
tributo ou multa. Tal pessoa pode ser contribuinte ou o responsável.

Em que pese esse caminho que a doutrina tributária


vem tomando, constata-se que a relação tributária se encontra até hoje com o
pé no século XVIII, marcada e protegida pelos direitos humanos da chamada
primeira geração voltados à propriedade (que, na prática, vai fazer de certos
homens capazes de exercitar direitos políticos); à liberdade (que possibilitará
o livre exercício do comércio sem a intervenção estatal, visando alcançar ou
aumentar as propriedades individuais, e assim ganhar ou aumentar o poder
político); e à segurança (indispensável ao regime cujos direitos políticos
advêm da propriedade, e, portanto, impensável nos regimes absolutistas
de então, capazes de tornar o Estado como titular de direitos e,
sobretudo, obrigações).

De qualquer modo, passa-se ao que chamamos de


ideal de:

ESTADO SOCIAL DE DIREITO


“A propriedade e a riqueza são historicamente de
maior relevância para a esfera pública que qualquer
outra questão ou preocupação privada, e
desempenharam (...) o mesmo papel como principal
condição para a admissão do indivíduo à esfera
pública e à plena cidadania (...).”
O Estado social, assim, deixa de ser apenas o mero
government by law e pretende se transformar no complexo government by
policies, na medida em que se pretende preocupar com certos fins a serem
alcançados, metas sociais e não apenas econômicas e na medida em que
transcende a importância individualista da propriedade, que doravante
faz emanar deveres sociais.

Surge o interesse por um planejamento cada vez


mais firme e verdadeiramente dirigente, instrumentalizado por políticas
públicas que visam coordenar os diversos interesses presentes na
sociedade para atingir certos objetivos sociais de caráter nacional.

As constituições, como a brasileira em vigência,


passam a desejar a direção não só dos fins do Estado, mas dos fins de algumas
instituições de relevo, tais como a propriedade, a empresa, o mercado, entre
outras, para que nas mesmas seja introduzida uma “dimensão política no
cálculo econômico, buscando a constituição de um sistema econômico
social, ... ou seja, a prevalência de critérios políticos que permitem superar a
rigidez da lógica econômica na busca do bem-estar coletivo”
As liberdades, inclusive as de comércio e indústria,
passam a ter por finalidade o bem-estar social, a verdadeira igualdade de
oportunidades, cabendo ao Estado garantir a liberdade igual a todos, bem
como assegurar a constante busca pela redução das desigualdades sociais.

Ora, e um dos principais mecanismos de que o


Estado poderá utilizar para promover a redução das desigualdades sociais é o
tributo, o qual passa a ter essa relevante função “extrafiscal” a ser alcançada

Mais do que nunca o tributo precisa ser visto e


tratado como uma instituição social, e não apenas como um fato econômico
ou financeiro.

Todavia, em que pese tal transformação, o fato é


que a relação jurídica tributária ainda é vista, até hoje, com os olhos
setecentistas ou oitocentistas, ora sob a ótica do fisco, ora, esta com mais
freqüência, sob a ótica do contribuinte, e raramente sob a ótica da sociedade.

Os manuais e tratados de direito tributário se


esforçam em abordar as garantias dos contribuintes, não sem razão, eis que as
mesmas, vez por outra, cedem lugar a equívocos e abusos indevidos por parte
do poder público.

Todavia, poucas linhas são escritas em prol das


garantias para o terceiro elemento da relação tributária: a sociedade, ou
a parcela da mesma que vive carente de recursos e à margem dos
principais processos econômicos e políticos, (sobre)vivendo, em um
número cada vez maior, abaixo da linha de pobreza.

São, em última análise, ou deveriam ser por força


constitucional, os destinatários de grande parte dos tributos e como tais têm
absoluto interesse em participar ativamente daquela relação.

Não há como negar, também, que o tributo, antes de


qualquer coisa, é um grande veículo de transferência de riqueza, com o
agravante de, historicamente, possibilitar a transferência de riqueza (poder)
dos menos dotados para os mais aquinhoados de patrimônio. Urge assim, de
forma imediata, que o oposto tenha lugar.

O Poder Tributário, para ter legitimidade, não


basta estar disposto ou efetivado em textos normativos. Necessário é que o
mesmo seja exercido dentro de limites firmados pelo soberano (o povo) e,
precipuamente, em benefício deste.

Nesse aspecto, seguindo a linha da necessidade de


uma cidadania procedimentalmente ativa, é importante salientar, uma vez
mais, que a sociedade civil, como partícipe que é da relação jurídica tributária,
possui importante papel a cumprir, eis que a esta também é fundamental a
vontade de Constituição.

Trata-se de exigir que a ação do Estado,


financiada pelos tributos, esteja voltada para a valorização da produção,
do trabalho, do meio ambiente, das crianças, da arte, da cultura, dos
idosos, enfim, voltada para a prática de atos socialmente responsáveis.

Não se pode esperar que a redução das


desigualdades sociais seja concretizada sem a redução necessária e
proporcional do poder econômico e da livre iniciativa. Afinal, o que se
pretende com tal objetivo é, “simplesmente”, modificar radicalmente a
finalidade da atividade econômica, da acumulação individualista e, assim, o
bem-estar de ninguém para o bem-estar de um número cada vez maior de
pessoas.

CONCEITO DE DIREITO TRIBUTÁRIO.

Nos dizeres de Hugo de Brito Machado:

(...) é possível conceituar o direito tributário como o


ramo do Direito que se ocupa das relações entre o
Fisco e as pessoas sujeitas as imposições tributárias
de qualquer espécie, limitando o poder de tributar e
protegendo o cidadão contra os abusos desse
poder.”

CONCEITO DE TRIBUTO
O tributo está para o Direito Tributário como a
célula está para o corpo humano: é a unidade fundamental do nosso estudo, o
primeiro e principal componente da engrenagem jurídica que compõe o
Direito Tributário.

Esse tributo é colocado em movimento pela


tributação; tributar é a atividade de instituir e cobrar o tributo. Para o tributo
existir, é preciso que se atribua a alguém a competência para a sua criação e os
limites dessa atividade criativa.

Importante destacar o fato que a palavra tributo é


gênero, ou seja, reporta-se de uma maneira geral a todas as espécies que
possui.

Com o desenvolvimento das Ciências e do Direito


de maneira geral, foi possível elaborar um conceito estrito do que é tributo.

Nesse ponto, o Código Tributário Nacional mais


precisamente em seu Artigo 3º traz a definição de tributo:

“Artigo 3º - Tributo é toda prestação pecuniária


compulsória, em moeda ou cujo valor nela se
possa exprimir, que não constitua sanção do ato
ilícito, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada.”
Assim, esmiuçando melhor o conceito, temos
inicialmente que o tributo é uma prestação compulsória.

Como não é um contrato, em que existe liberdade


de contratação, a obrigação tributária não é voluntária ou facultativa. Desta
forma, a cobrança independe da vontade e do conhecimento do sujeito passivo
(art. 5º, II, CF).

Ato contínuo, o tributo não pode ser cobrado


como punição por um ato ilícito.

É a diferença entre tributo e multa.

O tributo está condicionado a uma hipótese de


incidência (HI) em um ato lícito especificado em lei, que ao ser praticada na
vida real ganha o nome de fato gerador (FG).

O tributo também deve respeitar o princípio da


legalidade, sendo a regra a sua criação ou extinção por lei (ordinária ou
complementar), ou por medida provisória (MP) (art. 62, § 1º, III, CF). Porém,
quando for para aumentar ou reduzir alíquotas de certos tributos (geralmente
com finalidade extrafiscal), há exceções ao princípio da legalidade.

Por fim, o tributo deve ser cobrado por atividade


administrativa. É o lançamento tributário que torna o tributo líquido e
exigível, transformando a obrigação tributária em um crédito tributário.
É um ato vinculado, ou seja, não discricionário, sendo vedado ao
administrador tributário analisar se a cobrança é conveniente, justa ou
oportuna, sob pena de responsabilidade funcional (art. 142, § único, CTN).

Revisão e Comentários:

(a) Toda prestação pecuniária compulsória: é o


pagamento em dinheiro que o sujeito passivo da relação tributária possui,
independentemente da sua vontade. Nesse caso, a obrigatoriedade é
proveniente do próprio texto legal fazendo com que os sujeitos da relação
jurídica tributária fiquem diretamente a ela ligados, excluindo qualquer
hipótese de que o pagamento seja realizado por meio de uma prestação
voluntária.
(b) Em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir: primeiramente, cabe ressaltar a redundância do conceito, pois como
anteriormente o tributo fora definido como toda prestação pecuniária, é
totalmente desnecessária a expressão “em moeda”.

O segundo ponto que merece destaque é o trecho


“cujo valor nela se possa exprimir”, ora, se o legislador afirma que a prestação
é pecuniária, resta claro que seu valor será expresso em moeda.

A doutrina majoritária entende que embora o texto


legal seja pessimamente redigido, o adimplemento do tributo será feito
exclusivamente por meio de dinheiro, refutada a hipótese de existência dos
tributos in natura e tributos in labore. Lembrando, sucintamente, que o tributo
in natura seria aquele em que o contribuinte poderia adimplir mediante
entrega de bens e o tributo in labore seria aquele em que o contribuinte
poderia adimplir mediante prestação de serviços.

Dissonância Doutrinária: Pode Pagar Tributo com


Trabalho?

Nesse diapasão, destaca-se a crítica de Paulo de


Barros carvalho quanto à redação do conceito de tributo:

“O legislador comete um erro grosseiro ao agregar a


cláusula “ou cujo valor nela se possa exprimir”,
pois com isso ampliou exageradamente o âmbito
das prestações tributárias. Note-se que quase todos
os bens são suscetíveis de avaliação pecuniária,
principalmente o trabalho humano que ganharia a
possibilidade jurídica de formar o substrato de
relação de natureza fiscal. Com base nessa
premissa, alguns entenderam que o serviço militar,
o trabalho nas mesas eleitorais e aquele
desempenhado pelos jurados realizariam o conceito
de tributo, já que satisfazem às demais condições
postas pelo citado preceito.”
Conclui-se esse ponto, reiterando a opinião da
doutrina majoritária, refutando, portanto, a hipótese do pagamento do tributo
por outro meio senão por dinheiro.

(c) Que não constitua sanção de ato ilícito: esse


ponto tem sua relevância, pois distingue claramente a natureza jurídica do
tributo da natureza jurídica das penalidades exigidas pelo descumprimento de
obrigações tributárias. Assim, o tributo não pode ser entendido como uma
penalidade pela prática de um ato ilícito, pois possui como hipótese de
incidência sempre algo lícito.

(d) Instituída em lei: esse trecho surge para


ratificar os postulados trazidos pelo princípio da legalidade presentes no
Artigo 5º, II e Artigo 150, I ambos da Constituição Federal. Além disso, esse
trecho afasta de plano a hipótese de obrigações convencionais.

(e) E cobrada mediante atividade administrativa


plenamente vinculada: o legislador ao fazer essa observação destaca que
possíveis indeterminações da lei devem ser superadas pela autoridade
administrativa, autorizada pela lei, a complementar a norma omissa,
observando o caso concreto e sempre buscando satisfazer os objetivos do
sistema legal.

O tributo está para o Direito Tributário como a


célula está para o corpo humano: é a unidade fundamental do nosso estudo,
o primeiro e principal componente da engrenagem jurídica que compõe o
Direito Tributário.

Esse tributo é colocado em movimento pela


tributação; tributar é a atividade de instituir e cobrar o tributo. Para o
tributo existir, é preciso que se atribua a alguém a competência para a sua
criação e os limites dessa atividade criativa.

Você também pode gostar