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Material Teórico
Envelhecimento
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Envelhecimento
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Avaliar grau de envelhecimento;
• Selecionar recursos de tratamento adequados seguros e eficazes de modo individual
e personalizado;
• Tratar de modo seguro e eficaz o envelhecimento, selecionando melhores recursos;
• Indicar cosméticos para home care;
• Orientar sobre Práticas de Vida Diária que contribuem para o sucesso do tratamento.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Envelhecimento
Como a pele é o órgão que mais reflete os efeitos da passagem do tempo, sua
saúde e sua aparência estão diretamente relacionadas aos hábitos alimentares e ao
estilo de vida escolhido.
Além disso, o aumento do peso corporal e dos níveis de açúcar no sangue tam-
bém colabora para a pele envelhecer antes do tempo.
Derme
Com o envelhecimento cronológico, as alterações dérmicas são notórias e as
principais responsáveis pelo aspecto da pele envelhecida, já que ocorrem várias
alterações em seus componentes.
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Figura 1 – Envelhecimento cutâneo facial
Fonte: Getty Images
Não exibem alterações morfológicas, ainda que possam estar ativas ou inativas
e possuem menor número de vasos sanguíneos ao seu redor.
E qual o resultado?
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UNIDADE Envelhecimento
Cutícula
Epiderme
Ácido hialurônico
Derme Fibra elástica (quebrada)
Colágeno (atrofia)
Músculos
Pele Jovem Pele Envelhecida
Figura 2 – Envelhecimento da pele
Fonte: Adaptado de Getty Images
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Teorias do Envelhecimento
A Teoria que explica o Fotoenvelhecimento é a Teoria dos Radicais Livres.
É este não emparelhamento de elétrons da última camada que confere alta re-
atividade a esses átomos ou moléculas. Essa instabilidade estrutural faz com que
essas moléculas tendam desesperadamente a roubar um elétron de qualquer outra
substância, a fim de se estabilizar.
Radicais livres são produzidos continuadamente nas células, tanto por meio de
processos patológicos quanto por meio de mecanismos fisiológicos.
Principais enzimas que participam da defesa celular das fontes endógenas (internas):
• Catalase: proteína que degrada o peróxido de hidrogênio (H2O2) em água;
• Superóxido dismutase (SOD): que transforma o ânion superóxido (O2– ) em
peróxido de hidrogênio;
• A dupla glutationa-peroxidase e glutationa-redutase, que atua na remoção de
hidroperóxidos (OH–) orgânicos durante a peroxidação dos lipídios.
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UNIDADE Envelhecimento
Quanto mais são os fatores estressantes para a pele, maior a ação dos radicais livre de oxigê-
Explor
Enzimas antioxidantes
São proteínas capazes de promover a transformação dos radicais livres em pro-
dutos mais estáveis e menos tóxicos.
Compostos antioxidantes
É um conjunto heterogênio de substâncias formadas por vitaminas, minerais,
pigmentos naturais e outros compostos e, enzimas, que bloqueiam o efeito danoso
dos radicais livres, provindos da alimentação, suplementação alimentar, cosméticos
e também fármacos, sendo que muitas vezes os próprios medicamentos aumentam
a geração intracelular desses radicais.
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Aspectos histopatológicos e
histoquímicos no fotoenvelhecimento
• Alteração do melanócito – hiper ou hipopigmentação;
• Diminuição da capacidade imunológica (células de Langherans diminuem
aproximadamente 50%);
• Alteração na produção de fibras colágenas e de elastina (Figura 4);
• Modificação do tecido conjuntivo;
• Superprodução da enzima elastase que degrada as fibras colágenas;
• Aumento das colagenases que degradam as fibras colágenas.
Epiderme
Derme Elastina
Colágeno
Músculo
Figura 4 – alteração nas fibras de colágeno e elastina
Fonte: Adaptado de Getty Images
Rugas
As rugas faciais são um dos sinais do envelhecimento cutâneo e representam um
dos principais motivos de procura de cuidados corretivos e tratamentos. Podem ser
desencadeadas pela alteração nas fibras elásticas e pela diminuição da espessura da
pele e do tecido subcutâneo, decorrentes do processo de envelhecimento ou pela
ação dos músculos da mímica ou da gravidade agindo sobre a pele flácida.
Podem ocorrer em toda a superfície cutânea, sobretudo nas áreas do corpo que
ficam descobertas a maior parte do tempo, como face e mãos, o que demonstra a
importância dos raios solares no agravamento das rugas fisiológicas.
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UNIDADE Envelhecimento
Rugas dinâmicas
Decorrentes da ação repetida
dos músculos faciais sobre uma
pele que perdeu a elasticidade ou
a capacidade de recuperar sua
forma, estão localizadas em cima
do nariz, horizontal ou vertical-
mente, na testa, no canto exter-
no dos olhos e no lábio superior.
Rugas Estáticas
São produtos do envelhecimento da pele e mais comuns ao redor dos olhos,
testa e lábios.
Aparecem quando a face está em repouso, sem que haja nenhuma expressão
forçada (Figura 6 – Rugas estáticas).
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Avaliação do Envelhecimento Cutâneo
A pele envelhecida perde o contorno
facial devido à flacidez tissular, à flacidez
muscular e à diminuição do coxim gor-
duroso. Isso é extremamente perceptível
quando olhamos o cliente de frente, com a
face sobre a ação da gravidade, e observa-
mos perda do contorno da face (Figura 7
– Perda de contorno facial).
Figura 8 – Discromias
Fonte: Getty Images
Classificação de Glogau
Sistema criado pelo Dr. Richard Glogau, com objetivo de quantificar o envelhe-
cimento de cada faixa etária.
Toda tentativa de criar uma classificação não é perfeita, pois uma pessoa pode
ou não se enquadrar no nível de sua faixa etária. Dessa forma, é de grande impor-
tância a experiência e o bom senso do profissional.
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UNIDADE Envelhecimento
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A desidratação e a diminuição da elasticidade ocorrem quando a perda de água
do extrato córneo é maior do que a sua reposição
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UNIDADE Envelhecimento
Exemplos:
• Enxofre e selênio: o enxofre interage com o selênio para formar a enzima
glutationa-peroxidase, com importante ação antirradicais livres;
• Zinco: necessário para a síntese de proteínas. Regula o fluxo sebáceo e junto
com a vitamina A é responsável pela renovação celular. Possui propriedades
calmantes e antirradicais livres;
• Cálcio e magnésio: regulam as trocas celulares e participam da síntese de
neuromediadores;
• Silício: atua diretamente sobre o metabolismo celular, estimulando as fibras de
sustentação da pele (colágeno, elastina e proteoglicanas), conferindo firmeza e
tonicidade aos tecidos e prevenindo o envelhecimento da pele. Protege as células
cutâneas dos radicais livres. Auxilia na retenção de moléculas de água sobre a pele.
Podem ser:
• Hidrossolúveis: complexo B e vitamina C;
• Lipossolúveis: vitaminas A, D, E, K e F.
Eletrotermofoterapia
Aplicada ao Envelhecimento
Eletroestimulação
São correntes excitomotoras, utilizadas para melhorar a tonicidade muscular.
Possuem efeitos químicos polares semelhantes aos produzidos pela corrente con-
tínua, porém de intensidade muito menor. O que se tem observado é que muitos
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impulsos na mesma polaridade tornam as correntes para a eletroestimulação na
musculatura estriada mais incômoda e desagradável, o polo negativo gera uma
contração mais intensa e vigorosa.
Radiofrequência
Onda eletromagnética que atua por conversão. Essa conversão é gerada pelos
fenômenos físicos:
• Movimento iônico: as cargas elétricas são atraídas e repelidas ao mudar a
polaridade da corrente e, dessa forma, resulta em calor;
• Movimento da rotação de moléculas dipolares: a molécula de H²O, quando
exposta à radiofrequência, gira em torno de seu eixo, aproximando as áreas de
carga ao eletrodo de polaridade oposta, causando colisão entre os tecidos e,
consequentemente, aumentando a temperatura;
• Distorção molecular: os elétrons em torno do núcleo são atraídos para so-
frer uma distorção de sua órbita, gerando uma conversão de energia elétrica
em calórica.
• As radiofrequências podem ser:
• Mono ou unipolares: somente um eletrodo se insere no circuito com o equi-
pamento e o paciente; atuam em tecidos mais profundos;
• Bipolares: dois eletrodos (um ativo e um dispersivo). Podem estar separados
ou numa mesma ponteira (atuam em tecidos mais superficiais).
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UNIDADE Envelhecimento
A temperatura do local deve ser aferida do início ao final da sessão, com inter-
valos máximos de 1 minuto. Os intervalos para aplicação de radiofrequência facial
são quinzenais.
A aplicação do led azul deve ser feita em forma de varredura, por 5 minutos,
por hemiface.
Microagulhamento
O microagulhamento tem como pro-
posta estimular a produção de colágeno,
sem provocar a retirada da epiderme,
mantendo, dessa forma, a pele protegi-
da, hidratada e com menor chance de
lesões, como discromias e desidratação.
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Existem vários tipos de Roller no Mercado. Eles são fabricados em polietileno
com agulhas de aço inoxidável e estéreis, que devem ser alinhadas simetricamente
em fileiras.
Os equipamentos variam o número de agulhas entre 190 a 540 e o comprimen-
to da agulha varia de 0,2mm a 3,0mm.
A qualidade do Roller está diretamente relacionada à resposta ao tratamento.
Ele deve ter registro na ANVISA. Muitos equipamentos que não possuem registro
na ANVISA acabam prejudicando o resultado do tratamento e colocando em risco
o cliente/paciente, pois possuem agulhas tortas, de comprimentos e diâmetros ina-
dequados, que podem levar a uma lesão não controlada e, ao invés de obtermos um
processo de reparação tecidual, teremos um processo de cicatrização.
Os tamanhos de agulhas disponíveis no mercado são: 0,2; 0,3; 0,5; 1,0; 1,5;
2,0; 2,5 e 3,0mm.
Atua como drug delivery (Sistema de Acesso Transdermal de Ingrediente) para
aumentar a permeação dos princípios ativos dos cosméticos (os cosméticos devem
ser fluídos ou em sérum com ativos lipossomados ou com nanotecnologia) e com a
produção natural de colágeno por meio do processo de reparação tecidual.
A partir da perda da integridade da barreira cutânea, a dissociação dos querati-
nócitos, resulta na liberação das citocinas como a interleucina – 1ª, interleucina – 8,
TNF – a e GM – CSF, o que causará vasodilatação dérmica e migração de querati-
nócitos para o reparo tecidual.
Temos 3 fases do processo:
• Injúria: imediatamente após o microagulhamento, ocorre liberação de plaque-
tas e neutrófilos que são responsáveis pela liberação de fatores de crescimento;
• Fase de maturação: na qual ocorre a angiogênese, a epitelização e a prolifera-
ção de fibroblastos, com produção de colágeno, elastina, glicosaminoglicanos
(gags). Essa fase inicia 5 dias após a injúria;
• Fase de remodelamento: na qual o colágeno tipo III é substituído pelo colá-
geno tipo I, que pode durar de 6 meses a 2 anos.
• Vantagens da técnica: baixo down time, segura em fototipo alto, ampla acei-
tação, excelente custo benefício, não remove a epiderme, diminuindo o risco
de fotodano, desidratação.
No caso de drug delivery, pode ser usado associado a cosméticos.
O intervalo varia de acordo com o tamanho da agulha utilizada. Para agulhas
até 3mm, pode ser usada até 3 vezes/semana, de 0,5mm a 1,5mm, em intervalo
mínimo de 15 dias (tempo necessário para remodelação de colágeno) e acima de
2,0mm a cada 6 meses, visto que as lesões são mais profundas.
Varia de 3 a 8 sessões, dependendo da intenção do tratamento. Após a aplica-
ção, sugere-se um intervalo de 24 horas para aplicação do FPS e da maquiagem.
Não se deve utilizar cremes ou máscaras calmantes após a aplicação, haja vista
que o objetivo é manter um processo inflamatório na lesão, para a reparação tecidual.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Rejuvenecimento Facial
GOLDBERG, D. J. Rejuvenecimento Facial. (Ross M. Campbell e Gary D.Monheit).
EUA: Guanabara Koogan, 2007.
Pele: do Nascimento a Maturidade
HARRIS, M. I. Pele: do Nascimento a Maturidade, São Paulo Local: Senac, 2016 ano.
Efeitos bioestimulantes do laser de baixa potência no processo de reparo
LINS, R. D. A. U. et al. Efeitos bioestimulantes do laser de baixa potência no processo
de reparo. An Bras Dermatol. Local, v. 85, n. 6, p. 849-55, 2010.
Procedimentos Estéticos Minimamente Invasivos – Conduta Baseada em Exp.Clínica e Visão Estética Atual
YAMAGUCHI, C. Procedimentos Estéticos Minimamente Invasivos – Conduta
Baseada em Exp.Clínica e Visão Estética Atual. São Paulo Local: Santos Grupo
GEN, 2010.
Microneedling exrimental study and classification of the resulting injury
LIMA, E. V. A.; LIMA, M. A.; TAKANO, D. Microneedling exrimental study and
classification of the resulting injury. Surg Cosmet Dermatol, Local, v. 5, n. 2,
p.110114, 2013.
Bases biomoleculares do fotoenvelhecimento
MONTAGNER, S.; COSTA, A. Bases biomoleculares do fotoenvelhecimento. An Bras
Dermatol. l, v. 84, n. 3, p. 263-269, 2009.
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UNIDADE Envelhecimento
Referências
ANTUNES, D.; SOUZA, V. M. Ativos Dermatológicos Dermocosméticos e Nu-
tracêuticos. São Paulo Local: Daniel Antunes Júnior, 2017 ano.
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