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BOXER, Ch. O império colonial português (1969). c comercializa-los. A fonte legal da escravidão
Trad- Lisboa, Edições 70, 1981; FRADA, J. J. L. moderna era o direito romano, mantido durante
a b°r(B ias naus na época moderna. Lisboa, a Idade Media, que fazia distinção tênue entre
Cosrnos’ W; HOLANDA, S. B. de. Visão do escravidão e servidão. Tanto e que a palavra
1959). 3* ed. São Paulo, Cia. Editora latina servi designava tanto os escravos como os
^’ac»onal, 1977. camponeses dependentes das relações feudais
e, mesmo na Época Moderna, escravidão e
servidão eram expressões intercambiáveis em
muitos textos. Mas a Igreja tendeu sempre a
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tscravidão apoiar a instituição, ainda que desaprovasse as
formas extremadas de apresamento e
escravidn
n x•f condicionasse o cativeiro à cristianização.
desa g^ntc no império romano não
No Brasil, o processo de colonização, imciado
‘^dia CU n° ^c’^cntc durante a Idade
nos anos 1 5 30, foi marcado pelo apresamento
P rnanecendo residualmente cm toda
pela africana, que preponderou desde o século se hoje que a diminuição da escravi^0’
XVII cm várias áreas agroexportadoras, foi e sua substituição pela africana no fi^u
explicada por diversos ângulos. Historiadores século XVI foi processo ocorrido nolit
mais antigos, como Varnhagcn c Capistrano dc avanço para o interior, sobretudo nar, ‘
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Abreu, atribuíram à indolência indígena a opção implicou novas levas de escravização indí
pelos africanos. Gilberto Freyrc, por sua vez, ao longo do século XVII e parte do XVlH
registrou a inaptidão do índio para a vida As novas pesquisas ampliaram as percepções
sedentária da agricultura. Caio Prado ]i. alegou sobre a complexidade da dinâmica interna da
que o trabalho indígena seria pouco lucrativo, colônia no tocante ao fator trabalho, mas
considerando a baixa resistência física dos durante muito tempo pouco esclareceram sobre
nativos c sua aversão ao trabalho agrícola. as condições que, no interior da África,
Celso Furtado, embora tenha destacado que permitiram o fornecimento de escravos durante
fora o índio cativo a mão-de-obra essencial na longo tempo a custos relativamente baixos. No
montagem da economia açucareira entanto, pesquisas apoiadas na historiografia
quinhentista, destacou a inexistência de norte-americana têm criticado a imagem de uma
reservas dc população indígena que suprissem África passiva, vítima do colonialismo,
as necessidades de empresas rentáveis. Na apontando o papel-chave dos reinos africanos
década de 1970, Fernando Novais defendeu a na captura c revenda de escravos, no que
idéia de que a opção pelos africanos foi ampliavam práticas vigentes na África muito
motivada pelo sistema mercantilista de tempo antes da expansão marítima européia.
colonização, especialmente pelos lucros Seja como for, a escravidão africana
proporcionados pelo tráfico atlântico, “alavanca preponderou cm áreas mais ligadas à
fundamental da acumulação primitiva dc ‘ agroexportação, como no caso do nordeste
capital , segundo o autor. Residiria, portanto, açucareiro desde o século XVII, e na mineração
nos interesses do tráfico a principal explicação do século XVIII, embora a escravidão indígena
para a instauração da escravidão africana na tenha se mantido expressiva em outras áreas,
colônia. como no sudeste, até o século XVIII, e no
Diversas pesquisas demonstraram, norte, até o XIX. Por outro lado, há muita
posteriormente, que a escravidão indígena foi diferenças importantes quanto ao padrão
largamente utilizada e que foram vários os socioeconômico da escravidão colonial
fatores que levaram, em certos casos, à opção clássico o contraste entre a esenu idão ’
pelos africanos. Nesses trabalhos, explica-se a lavoura nordestina e a da região min • •
escolha pela dificuldade cada vez maior dc Gerais, como fez Celso Furtado (19
acesso aos índios, tanto pela diminuição de seu sugeriu haver mais concentração d< f ..j0
numero, provocada por guerras e doenças, escrava e rigidez na primeira, cm c
quanto pela sua migração para o interior, o que A mooi
às pequenas escravarias c a n« a
dificultava o apresamento. Quanto à social dos escravos na região min 3
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csrravidão E
uito contestada nas décadas seguintes. da agricultura escravista no século XVIII.
n\r outro lado, outras gradações no padrão De todo modo, é consenso, entre os
, r-lições escravistas têm sido apontadas, estudiosos, que a escravidão negra no Brasil era
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1 nisna-áreas agrícolas:
o contrastes entre dependente do tráfico africano, pois, se nas
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uronianufatura do açudai, mais colônias meridionais inglesas da América do
ncentradora de escravos, e a modesta Norte, por exemplo, a população escrava
escravaria das lavouras de tabaco ou algodão; apresentou crescimento endógeno, o mesmo
.•entrastes entre a escravidão rural c a urbana, não ocorreu na América Portuguesa. Como o
e-tasini mais pulverizada; contrastes entre padrão demográfico do tráfico africano variou
re’iões conforme as conjunturas; ocorrência de pouco, sendo mais comum a entrada de homens
uma lavoura de subsistência controlada pelos adultos do que de mulheres e crianças, o
escravos, inclusive com direito à venda de resultado repercutiu na reprodução da
excedentes (a “brecha camponesa” do sistema escravaria. Sendo a escravidão transmitida pelo
escravista . Mas a maioria dos estudos sobre a ventre materno (parttis seqiutiir vcntrnn), era a
economia colonial está dedicada aos séculos quantidade de mulheres que determinava a
X\ III c XIX. Quanto ao nordeste açucareiro, possibilidade de reprodução da mão-de-obra
região de ponta da agroexportação escravista, o escrava. Nas áreas mais dinâmicas da economia
melhor estudo e o de Stuart Schwartz^^ra/oí colonial, a proporção de africanos homens
internos 1985 . dedicado «à Bahia. A mineração,
por sua vez, tem sido mais estudada, e muitos Abaixo: Dcbret, Engenho manual para espremer
sociológica paulista. Contrariamente à idéia de senzala (19? 3). Rio de Janeiro, José Olympio.
1987; GORENDER, J. O escravismo colonial.
que a maior quantidade de africanos homens
inviabilizava a família escrava, trabalhos ligados São Paulo, Editora Ática, 1978; ------------• d
escravidão reabilitada. São Paulo, Ática, 1990,
à demografia histórica comprovaram a
LARA, S. H. Campos da violência. Rio de
existência de famílias escravas em proporções
Janeiro, Paz c Terra, 1988; MARCHANT, A.
consideráveis em diversas regiões, do que se
Do escambo à escravidão (1942). 21 ed. Sao Paulo,
inclui que, embora difícil para muitos, o
lnatrimônio Cia. Editora Nacional, 1980; MATTOSO, K.
e a família eram instituições
Ser escravo no Brasil. São Paulo. Brasiliense, 1982;
presentes entre os cativos. Argumentou-se que
SCHWARTZ, S. Segredos internos: engenhos e escravos
as escolhas matrimoniais faziam parte da
,,a sociedade colonial (1985)- Trad. São Paulo,
^eranÇa cultural dos negros e de sua condição
Companhia 1 •das
j c lLetras,
nrras 1988;
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escravos. Demonstrou-se, assim, que os
Ideologia e escravidão: os letrados e a sociedade esm
Sr°s escravizados não teriam sido passivos
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no Brasil colonial. Petrópolis, Vozes. 1986.
muito menos massacrados pela escravidão,
c | escravos, criaram e recriaram laços
rais próprios, vários deles herdados de
fo‘ 3lZes a‘ricanas. Dessa forma, a escravidão
ntcrprctada como um sistema
Tudo indica, porém, que já na altura de comércio com os chefes africanos foram
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** o comércio de escravos tornou-se
de miçangas, pérolas, conchas e búzios,
^portante para o financiamento dos custos
exPedições
barras c manilhas de cobre, espelhos, objetos
organizadas pelo infante
de vidro, utensílios dc ferro e pólvora. A
Henrique, o Navegador. Inicialmente, os
_ aguardente dc cana do Brasil — e o
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“tabaco foram os últimos produtos a entrar
1 às aldeias do litoral saariano e da
nesse processo, transformando-se na maior
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Após os primeiros contatos
C°m nc * moeda para adquirir escravos no século
populações da Sencgâmbia e da Alta
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