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GUIA INTERFARMA 2022 | 1

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EXPEDIENTE
Elizabeth de Carvalhaes | Presidente executiva
Natália Canova| Diretora
Wagner Gonçalves | Gerente de Comunicação
Cecília Soares| Analista de Comunicação
Ana Beatriz Rodrigues | Assessora de Imprensa
COLABORAÇÃO TÉCNICA
Reus Farias | Coordenador de Acesso e Assuntos Econômicos
Érika Resende | Analista de Relações Corporativas e Sustentabilidade
Priscila Carriel | Analista de Regulatório
Luiz Roberto | Analista de Acesso e Inovação
DIAGRAMAÇÃO
Nathalia Arins | Diretora de Arte
SOBRE A INTERFARMA
A INTERFARMA é a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa, uma entidade
setorial, sem fins lucrativos, que representa 49 associadas, empresas e pesquisadores
que buscam promover e incentivar a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação voltada
para a produção de insumos farmacêuticos, matérias-primas, medicamentos e produtos
para a saúde humana. São condições para fazer parte da entidade, realizar pesquisa,
desenvolvimento e inovação e aderir ao Código de Conduta da associação.
AVISO DE CONFORMIDADE
De acordo com o Código de Conduta da INTERFARMA (Revisão 2021), esta publicação
se caracteriza por:
• Ter conteúdo histórico e educacional sobre Saúde Pública;
• Estar disponível na internet sem restrição;
• Não ter valor comercial;
• Ser distribuída gratuitamente.
GUIA INTERFARMA 2022 | 3
GUIA INTERFARMA 2020 | 3

APRESENTAÇÃO
O guia INTERFARMA é uma publicação atualizada anualmente e reúne os principais
dados do setor farmacêutico e da saúde. Ele inclui ainda indicadores gerais de inovação,
gestão pública da saúde e da economia, com o objetivo de dar suporte às discussões em
torno do setor farmacêutico e da saúde com o paciente no centro do debate.

Atuamos para aproximar cada vez mais da população a discussão sobre os sistemas
de saúde, a ciência e o setor farmacêutico. Além de adotar uma linguagem menos
técnica e mais recursos infográficos para auxiliar a compreensão e facilitar a leitura,
o Guia Interfarma 2022 contém novos dados sobre geração de empregos do setor
farmacêutico, incorporação de medicamentos no SUS e investimentos em P&D no
mundo e no Brasil.

Acreditamos que assim o Guia Interfarma se torna mais completo e poderá estimular
o interesse das pessoas sobre uma atividade tão complexa e essencial quanto à
farmacêutica.

Boa leitura!

INTERFARMA – Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa


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ASSUNTOS
ECONÔMICOS
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MERCADO FARMACÊUTICO BRASILEIRO


Pela primeira vez, o mercado farmacêutico brasileiro, que engloba as vendas de todos os laboratórios O varejo responde por Muitas doenças poderiam ser evitadas ou mais
instalados no Brasil, ultrapassou a marca de R$ 145 bilhões em 2021, chegando a R$ 146,7 bilhões. O bem controladas, caso o acesso a medicamentos
valor representa um crescimento de 13,6% em comparação ao ano anterior. R$ 88,3 bilhões em vendas, no Brasil fosse maior. Para que isso aconteça,

O aumento mais significativo ocorreu no chamado mercado institucional. Formado por governos, clí- em 2021, enquanto o mercado muitas estratégias de políticas públicas podem
ser adotadas, como programas específicos de
nicas e hospitais, esse mercado cresceu 74,1% desde 2017, impulsionado principalmente por medica- institucional corresponde combate a doenças mais prevalentes e redução
mentos antineoplásicos e imunossupressores.
a R$ 58,5 bilhões. da carga tributária, que hoje está entre as mais
Já no varejo farmacêutico, em que 75% das compras são realizadas pelo público final, o aumento foi altas do mundo.
de 55,1% nos últimos quatro anos. Essa alta se justifica por várias razões, entre o envelhecimento da
população e a oferta de novos tratamentos. O acesso a medicamentos por meio de planos de saúde também representa um ponto
importante, que pode ser aprimorado, especialmente se a cobertura mínima obrigatória,
estipulada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), for atualizada com mais
frequência e mais opções terapêuticas forem incluídas.

11,4%
13,6% 74,1%
13,5% 2021
12,9%
146,7 2017
129,2
115,9 58,5 55,1%
102,2
90,5 51,9 +12,6% 2021
+17,9%
46,8 +11,0%
18,2% 39,7 2017
33,6
Mercado
Institucional
+11,8% +14,2%
+10,7%
56,9 +9,7% 62,5 69,2 77,3 88,3
Varejo
Farmacêutico

2017 2018 2019 2020 2021

Valores em bilhões de R$
Preço com descontos no varejo (PPP)
* Fonte IQVIA
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MERCADO FARMACÊUTICO NOS SISTEMAS DE


SAÚDE PRIVADO E PÚBLICO
Gastos com medicamentos
Países da OCDE e Brasil (2019) US$
O acesso a medicamentos por meio de planos de saúde teve alta de 114,2% entre 2017 e 2021, chegando a
R$ 27,6 bilhões no último ano. Mesmo assim, o segmento privado do mercado institucional apresenta grande 0,00 200,00 400,00 600,00 800,00 1.000,00 1.200,00 1.400,00

defasagem frente a outros países com sistemas de saúde semelhantes. Estados Unidos 1.228,66
Suíça 893,88
Desde outubro de 2021, a atualização dos procedimentos mínimos que todo plano de saúde deve oferecer dei- Alemanha 883,64
Canadá 879,28
xou de ser a cada dois anos e passou a ser realizada semestralmente. Isso representa uma mudança positiva para Bélgica 744,26
os pacientes que detêm planos de saúde, pois medicamentos inovadores poderão ser incorporados de forma Coreia do Sul 677,60
mais rápida por meio da atualização mais frequente do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde. França 671,40
Áustria 664,89
Já as compras públicas de medicamentos registraram crescimento de 52,3% no mesmo período, índice bem Itália 623,94
Irlanda 609,83
abaixo ao segmento privado, embora 75% da população brasileira dependa totalmente do SUS para ter acesso a Grécia 594,52
tratamentos. Luxenburgo 588,23
Hungria 577,53
43% Eslováquia 546,50
+12,6% 2021 Eslovênia 546,34
Finlândia 536,78
+11,0% 2017 Suécia 534,31
+17,9% 58,5 114,2% Reino Unido 526,21
2021 Lituânia 525,92
+18,2% 51,9 9,8 Espanha 525,24
46,8 2017
9,2 República Tcheca 508,35
39,7 8,4 52,3% Letônia 491,72
33,6 7,6 27,6 2021 Isândia 475,79
6,9 22,1 Noruega 473,14
19,3 2017
Portugal 455,00
15,5
12,9 Outros Rússia 443,23
Polônia 439,52
Privado
16,6 19,1 20,6 21,0 Holanda 430,15
13,8 Estônia 389,15
Público
Dinamarca 339,02
2017 2018 2019 2020 2021 Valores em bilhões de R$ México 253,52
Preço com descontos no varejo (PPP) Brasil 123,97
Fonte: IQVIA, PMB+NRC Dez 2021 Fonte: OECD (2019), Pharmaceutical spending (extração em 04/09/2020)
https://bit.ly/33tePln; IBGE; IQVIA; Banco Central do Brasil. Elaboração Interfarma
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GERAÇÃO DE EMPREGOS NO MERCADO FARMACÊUTICO

Em 2021, foram gerados 20.316 novos empregos no mercado farmacêutico e, ao mesmo tempo, 16.863
pessoas foram desligadas, totalizando 76.612 empregos. Em relação ao ano de 2020, esse número representa
um aumento de 4,7% no número total de empregos no mercado farmacêutico.

Número total de empregos no


Geração de empregos no mercado farmacêutico em 2020 e 2021* mercado farmacêutico em 2020 e 2021*
+4,7%

76.612
73.159
14.697 16.863
2020 18.455 2021 20.316

3.453 3.453

Admitidos Desligados Saldo Admitidos Desligados Saldo 2020 2021

*Considerou-se como mercado farmacêutico a fabricação de medicamentos para uso humano


Fonte: Painel de Informações do Novo CAGED (https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiNWI5NWI0ODEtYmZiYy00Mjg3LTkzNWUtY2UyYjIwMDE1YWI2Ii-
widCI6IjNlYzkyOTY5LTVhNTEtNGYxOC04YWM5LWVmOThmYmFmYTk3OCJ9&pageName=ReportSectionb52b07ec3b5f3ac6c749)
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INCORPORAÇÕES DE MEDICAMENTOS NA CONITEC


POR TIPO DE DEMANDANTE

Há uma grande variação na taxa de incorporação de tecnologias pela CONITEC demandadas


Taxa de incorporação pela CONITEC
pela indústria farmacêutica ou pelo setor público ao longo dos últimos 5 anos. Em média, a de tecnologias demandadas pela indústria farmacêutica, setor público e sociedade
taxa de incorporação de tecnologias demandadas pelo setor público é maior do que aquelas
demandadas pela indústria farmacêutica: 57% versus 44%, respectivamente. As sociedades
médicas e de pacientes apresentam números bem menores de demandas, entretanto a taxa 100% 100%
média de aprovação nos últimos 5 anos é de 70%.

Taxa média
78%
de incorporação
75%
73%
Indústria 44%
59%
50%
55% Público 57%
47%
44% Sociedade 70%
34% 35%
29%

0%
2017 2018 2019 2020 2021

Pedidos Incorporados (total de pedidos)


2017 2018 2019 2020 2021 Total 2017 a 2021
Indústria 5 (17) 12 (27) 16 (27) 10 (29) 6 (11) 49 (111)

Público 21 (28) 7 (9) 17 (36) 8 (11) 8 (23) 61 (107)

Sociedade* 0 (1) 2 (2) 2 (4) 3 (3) - 7 (10)

*Sociedade: Associações/Sociedades de Médicos/Pacientes


Fonte: CONITEC (https://datastudio.google.com/u/0/reporting/751fe147-0799-49d1-80c3-ae362aceaa26/page/LN1TB)
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INTERFARMA NO
MERCADO BRASILEIRO
De 2017 a 2021, o percentual médio de participação das empresas
associadas à INTERFARMA foi de 46%, segundo o faturamento captado
pelos relatórios de comercialização da indústria farmacêutica.
Faturamento do Mercado farmacêutico nacional. Valor em Bilhões
Pelo fato de o governo ser o maior comprador de medicamentos de
300
referência (inovadores ou originais), essa representatividade é significativa
pois a categoria oferece soluções de tratamentos mais modernos e, +13%
250
consequentemente, maiores benefícios aos pacientes brasileiros.
200
+13,6%
+11,4%
+13,5%
150 +12,9% 146,7
129,2
115,9
102,2
100 90,5

46,1% 50

53,9% 0
2017 2018 2019 2020 2021

Fonte CMED. Até o dia 05/10/2020, os dados de 2019 não foram divulgados pela CMED
Valores em bilhões de R$
Preço com descontos no varejo (PPP)

Associado
Não associado

Valores referentes à participação média das empresas entre 2017 e 2021

Fonte: Interfarma; IQVIA, PMB+NRC Dez 2021


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Os medicamentos de referência (inovadores
ou originais) de empresas associadas a Interfarma
19%
INTERFARMA representam 69% das
Outros
INTERFARMA NO vendas de medicamentos dessa categoria.
Já os medicamentos genéricos de empresas Genérico
VAREJO BRASILEIRO associadas a INTERFARMA representam 19%
e similares 16%.
81%
16%
Considerando apenas as vendas de me- 31%
dicamentos no varejo nacional (farmácias
Similar
e drogarias), as empresas associadas à Referência
INTERFARMA respondem por 34% do
mercado. 84%
34% 69%
Varejo
Interfarma 66%
Outros Ao analisarmos as categorias, medicamentos isentos de
prescrição (MIPs) e com prescrição* (tarjas vermelha ou preta),
os produtos dos laboratórios associados à INTERFARMA
respondem por 24% e 40% das vendas no varejo
farmacêutico, respectivamente.
40%
Prescrição
60%
24%

MIP

76% Interfarma
Outros
* Sempre respeite a orientação médica. Fonte: IQVIA, PMB, Dez 2021
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RANKING DAS INDÚSTRIAS


FARMACÊUTICAS NO BRASIL - VAREJO
As 20 maiores empresas farmacêuticas do varejo
brasileiro têm apresentado crescimento significativo MAT DEZ 2021 MAT DEZ 2020 MAT DEZ 2019 MAT DEZ 2018 MAT DEZ 2017
RK Laboratórios
nos últimos anos, como mostra o ranking. Rk Faturamento R$ Rk Faturamento R$ Rk Faturamento R$ Rk Faturamento R$ Rk Faturamento R$

Além disso, há presença equilibrada entre companhias 1 EUROFARMA 1 5.331.164 1 4.371.488 2 3.831.216 3 3.399.181 3 2.974.882

nacionais e estrangeiras. 2 EMS PHARMA 2 5.120.576 3 4.285.048 3 3.630.389 2 3.463.851 2 3.117.851

3 ACHE 3 4.839.720 2 4.294.046 1 4.256.993 1 4.148.052 1 3.825.083

4 SANOFI 4 3.531.013 4 3.287.442 4 3.057.107 4 2.894.186 4 2.797.870

5 NEO QUIMICA 5 2.450.067 5 2.111.415 5 1.804.154 6 1.604.098 6 1.567.324

6 NOVO NORDISK 6 2.405.012 14 1.514.086 18 1.083.907 25 789.381 30 585.762

7 MANTECORP FARMASA 7 2.057.527 10 1.725.130 7 1.653.326 7 1.532.437 7 1.441.599

8 CIMED 8 1.975.621 8 1.744.755 11 1.456.980 14 1.204.531 14 1.023.414

9 LIBBS 9 1.910.665 6 1.762.581 9 1.569.287 8 1.451.748 10 1.312.017

10 NOVARTIS 10 1.872.412 9 1.741.376 8 1.608.322 10 1.373.504 11 1.282.944

11 BIOLAB-SANUS FARMA 11 1.845.411 7 1.748.611 10 1.558.327 9 1.421.739 8 1.352.620

12 MEDLEY 12 1.825.538 12 1.621.374 12 1.439.604 13 1.229.527 13 1.111.651

13 FQM GRUPO 13 1.817.207 11 1.718.011 6 1.771.683 5 1.716.304 5 1.712.900

14 UNIAO QUIMICA F N 14 1.666.102 16 1.414.808 16 1.143.839 17 959.301 19 831.721

15 BAYER PHARMA 15 1.663.429 13 1.528.216 14 1.361.193 12 1.285.891 12 1.220.846

16 HYPERA CH 16 1.644.481 15 1.489.537 13 1.405.661 11 1.331.571 9 1.347.055

17 NESTLE 17 1.643.958 18 1.239.242 19 1.026.470 27 773.157 29 634.709

18 ASTRAZENECA BRASIL 18 1.533.101 17 1.390.156 15 1.200.696 15 1.027.963 15 926.766

19 GSK FARMA 19 1.373.663 19 1.159.301 17 1.109.119 16 975.658 17 918.865

20 BOEHRINGER ING 20 1.229.180 20 1.137.527 23 941.563 26 787.119 24 717.725

PMB, Dez 2021.Faturamento: preço com desconto no ato da venda, valores em mil reais.
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RANKING DOS MEDICAMENTOS NO BRASIL – VAREJO

Os medicamentos Ozempic e Xarelto lideram o ranking nacional


MAT DEZ 2021 MAT DEZ 2020 MAT DEZ 2019 MAT DEZ 2018 MAT DEZ 2017
de vendas em farmácias. Neste ranking, que apresenta os 20 RK Laboratórios
Rk Faturamento R$ Rk Faturamento R$ Rk Faturamento R$ Rk Faturamento R$ Rk Faturamento R$
medicamentos líderes do varejo, o mercado farmacêutico vem
1 OZEMPIC (N-N) 1 1.133.142 4 420.016 55 120.453 12226 0 11321 0
registrando crescimento relativamente constante nos últimos anos.
2 XARELTO (BYP) 2 807.417 1 676.674 1 547.451 2 446.498 2 363.858

3 DORFLEX (S.A) 3 638.334 2 592.172 2 537.282 1 549.571 1 501.195

4 SAXENDA (N-N) 4 600.653 3 445.928 3 379.511 3 283.732 16 167.443

5 GLIFAGE XR (MCK) 5 487.086 5 415.597 4 309.735 5 246.322 8 212.024

6 XIGDUO XR (AZN) 6 375.293 8 300.972 15 214.582 25 153.465 97 77.455

7 JARDIANCE (B.I) 7 366.014 6 330.403 6 265.953 15 196.865 26 133.518

8 IVERMECTINA MG (VI-) 8 365.647 7 323.074 760 22.492 1116 13.465 1615 7.629

9 NOVALGINA (S.A) 9 337.734 13 280.566 7 253.444 14 199.404 21 139.867

10 ARADOIS (BS2) 10 330.831 9 298.741 12 224.934 12 207.169 6 227.644

11 VENVANSE (TAK) 11 325.690 22 224.301 16 213.288 19 164.808 42 114.706

12 TORSILAX (N.Q) 12 321.828 12 287.533 8 252.392 6 234.114 5 233.881

13 PURAN T-4 (S.A) 13 308.708 10 289.779 9 248.904 10 221.951 9 203.695

14 DEXILANT (TAK) 14 299.558 16 251.530 14 217.510 32 144.506 331 37.519

15 FORXIGA (AZN) 15 296.653 21 226.437 21 185.687 29 147.657 46 112.293

16 ELIQUIS (PFZ) 16 293.331 20 231.930 26 172.909 44 124.586 92 82.409

17 NEOSALDINA (HYQ) 17 290.168 11 289.200 5 279.284 4 265.960 3 247.136

18 ADDERA D3 (MF+) 18 279.794 14 259.288 23 181.615 9 221.966 7 216.644

19 ALENIA (A4H) 19 277.730 17 250.302 18 203.349 16 179.512 20 155.737

20 ANTHELIOS (LRP) 20 275.582 19 238.969 10 245.938 8 222.506 11 199.611

PMB, Dez 2021.Faturamento: preço com desconto no ato da venda (PPP), valores em mil reais.
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PERFIL DO MERCADO
BRASILEIRO DE
MEDICAMENTOS Valores em Bilhões R$
10%
13%
86,0

76,3
Atualmente, o maior volume de gastos com medicamentos 9%
69,5
comercializados no Brasil é referente a produtos com menos 18%
29,8
de 6 anos de presença no mercado nacional. De acordo com 63,6
a CMED, “tal fato demonstra uma significativa entrada de
53,9
medicamentos inovadores no mercado brasileiro”.
Mais de 11 anos
19,0
66,8
Entre 6 e 11 anos 51,3
55,2
43,6
Menos de 6 anos
37,1

7,8 8,9
6,3 5,9
Fonte: Anuários Estatísticos
4,1 4,5 5,4 3,6
CMED (2015 a 2018)
2015 2016 2017 2018 2019

Apesar de todo o seu potencial, o Brasil está na contramão do mercado global, pois o
volume de pesquisas clínicas e de lançamentos de novos tratamentos tem crescido no
mundo, mas não aqui.(Veja o ranking mundial de pesquisa clínica aqui.)

Fonte: Anuário Estatístico do Mercado Farmacêutico 2019 (https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/medicamentos/cmed/anuario-estatistico-2019-versao-para-impressao.pdf/view);


Anuário Estatístico do Mercado Farmacêutico 2018 (https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/medicamentos/cmed/anuario-estatistico-do-mercado-farmaceutico-2018.pdf/view)
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MERCADO FARMACÊUTICO 2026 2021 2016


MUNDIAL Rk

1
País

Estados Unidos
% dos EUA

100
Rk

1
País

Estados Unidos
% dos EUA

100
Rk

1
País

Estados Unidos
% dos EUA

100

O Brasil se destaca no panorama mundial farmacêutico, oscilando atualmente entre a 10ª 2 China 29 2 China 29 2 1 China 28
e 8ª posição. Mercados farmacêuticos de países emergentes estão melhorando em seus 3 1
1 Alemanha 12 3 Japão 15 3 Japão 19
rankings globais, enquanto os mercados desenvolvidos vêm aparecendo em classificações
4 1 Japão 12 4 Alemanha 11 4 Alemanha 11
mais baixas. Nesse ritmo de crescimento, estima-se que o Brasil alcance a 6ª posição em
2026. Esse bom desempenho do país acontece por diversas razões. Dentre elas: 5 França 7 5 França 7 5 França 8

População: somos o 6º país com a maior população do mundo. 6 2 Brasil 7 6 1 Reino Unido 6 6 Itália 7

Em 2019, ultrapassamos 210 milhões de habitantes (IBGE); 7 1 Reino Unido 7 7 1 Itália 6 7 Reino Unido 6

8 1 Itália 6 8
Sistema Público de Saúde: garantia de acesso à saúde a toda 2 Brasil 6 8 Espanha 5

população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS); 9 2 Índia 6 9 1 Espanha 5 9 Canadá 5

10 1 Espanha 5 10 1 Canadá 5 10 2 Brasil 4


Longevidade: o envelhecimento da população representa
maior incidência para doenças. Ou seja, quanto maior a idade, 11 1 Canadá 5 11 Índia 4 11 2 Índia 3

aumentam as chances de uma pessoa ficar doente. 12 Rússia 4 12 2 Rússia 3 12 1 Austrália 3

13 Coreia do Sul 3 13 Coreia do Sul 3 13 3 Coreia do Sul 3


Contudo, o Brasil ainda enfrenta dificuldades no acesso aos tratamentos mais modernos,
para doenças complexas como câncer, problemas degenerativos e neurológicos. 14 1 México 3 14 2 Austrália 3 14 1 Rússia 2

Veja mais sobre esse tema no Perfil do Mercado Brasileiro de Medicamentos. 15 4 Turquia 2 15 México 2 15 1 México 2

16 2 Austrália 2 16 1 Polônia 2 16 1 Argentina 2

17 3 Argentina 2 17 1 Arábia Saudita 2 17 1 Polônia 2


O mercado farmacêutico norte-americano é o maior do mundo, por isso, foi 2 Polônia
18 2 18 3 Bélgica 2 18 3 Arábia Saudita 2
usado como referência para a elaboração deste ranking. A classificação de
19 2 Arábia Saudita 2 19 19 Turquia 1 19 Suíça 1
um país é definida de acordo com o percentual de seu faturamento compa-
rado ao dos Estados Unidos. Por exemplo, o mercado farmacêutico brasilei- 20 2 Bélgica 2 20 4 Argentina 1 20 3 Países Baixos 1
ro representa 6% do faturamento dos EUA, portanto, ocupa a 8ª posição no
*Rankings usando US$ constante com taxas de câmbio do segundo trimestre de 2020, exceto na Argentina, usando US$ devido à hiperinflação.
ranking farmacêutico mundial.
Fonte: IQVIA, The Global Use of Medicines 2022 and Outlook 2026
GUIA INTERFARMA 2022 | 15

BALANÇA COMERCIAL
DE MEDICAMENTOS
12.000,00

O déficit na balança comercial de medicamentos no Brasil 11.000,00


tem registrado constante aumento nos últimos anos,
chegando a mais de R$ 9,9 bilhões em 2021. Embora 10.000,00
nenhum país seja autossuficiente, ou seja, todos dependem
8.000,00
de importações de insumos farmacêuticos e medicamentos, é
possível impulsionar as exportações com políticas econômicas 6.000,00
voltadas ao setor.
4.000,00

Milhões (U$S FOB)


Uma das principais medidas seria a criação de um ambiente 2.000,00
favorável à pesquisa clínica, com celeridade para avaliação
0,00
de pedidos de estudos, integração entre governos,
universidades e iniciativa privada, fomento à inovação e ao -2.000,00
empreendedorismo, redução do “Custo Brasil” que dificulta
as exportações, além de tornar o produto brasileiro pouco -4.000,00

competitivo ou inviável em relação aos importados. -6.000,00


A pesquisa científica no setor farmacêutico resulta em
tratamentos inovadores aos pacientes, conhecimento aos -8.000,00

profissionais de saúde e investimentos ao país.


-9.000,00

Por outro lado, os medicamentos genéricos -10.000,00


e similares são praticamente commodities no
mercado internacional, com expressiva concorrência 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
de países como Índia e China, o que dificulta a Exportação 622,02 745,44 961,29 1.077,43 1.274,66 1.451,87 1.493,12 1.515,33 1.566,08 1.330,21 1.201,26 1.247,23 1.186,68 1.162,11 1.078,40 1.103,18
ampliação da presença do Brasil nesses segmentos. Importação 2.609 3.514 4.280 4.478 6.094 6.499 6.843 7.422 7.434 6.476 6.405 6.578 7.255 7.361 7.059 11.006
Corrente de Comércio 3.231 4.260 5.242 5.555 7.368 7.951 8.336 8.937 9.000 7.806 7.607 7.826 8.442 8.523 8.138 12.109
Fonte: Comexstat/MDIC, capítulo SH2 código 30 - Saldo (déficit) -1.987 -2.769 -3.319 -3.400 -4.819 -5.047 -5.350 -5.906 -5.868 -5.146 -5.204 -5.331 -6.069 -6.199 -5.981 -9.903
Produtos Farmacêuticos
GUIA INTERFARMA 2022 | 16

BALANÇA COMERCIAL
DE MEDICAMENTOS
Em 2021 a ANVISA estabeleceu procedimentos temporários
Observa-se que houve um aumento de 56% no gasto com para a importação de vacinas e insumos de vacinas para
importações de medicamentos entre 2020 e 2021, isso
ocorreu pelo fato do gasto com importações de vacinas ter
Evolução das importações de vacinas e seus IFAs COVID-19. Tornando o processo mais ágil e menos
burocrático, flexibilizando também os documentos exigidos
tido um aumento de 461% no mesmo período, crescimento (em milhares de US$ FOB) para a importação.
este impulsionado pela compra de vacinas de COVID-19. Em
2021, a ANVISA estabeleceu procedimentos temporários
para a importação de vacinas e insumos de vacinas para +461%
COVID-19, tornando o processo mais ágil e menos
burocrático, flexibilizando também os documentos exigidos 4.500.000 4.261.076
para a importação. As importações de vacinas para medicina 4.000.000
humana (incluindo vacinas de COVID-19) tiveram um 3.500.000
aumento de 659% em 2021, passando de $449.402.141 3.000.000
em 2020 para $3.411.012.018 em 2021. 2.500.000 +4% 3.411.012
2.000.000
1.500.000
1.000.000 729.358 760.111
500.000 375.741 449.402 605.017
22.120 10.466 15.812
0 331.397 300.204 229.235
2019 2020 2021

Vacinas para medicina humana, em doses (contém vacina de COVID-19 em 2021)


IFAs de vacinas (contém vacina de COVID-19 em 2021)
Demais IFAs de vacinas
Demais vacinas, em doses

*Considerou-se a compra de vacinas “em dose” como vacinas e “exceto em doses” como equivalente à “IFA”
Fonte: Comexstat/MDIC, capítulo SH2 código 30 - Produtos Farmacêuticos
GUIA INTERFARMA 2022 | 17

RECURSOS FINANCEIROS DO GOVERNO

Aumento de aproximadamente R$ 15 bilhões


na ação “20YE - Imunobiológicos e Insumos
para Prevenção e Controle de Doenças”
Todo ano, os recursos financeiros públicos precisam ser ajustados e 220,00 20%
apresentados por meio de Projeto de Lei (PL), que passa por votação 18,61%
200,00 18%
no Congresso Nacional. Quando aprovado, esse PL se torna a Lei 17,64%

Orçamentária Anual (LOA) que estabelece o valor destinado para projetos 180,00
15,17% 14,17% 16%
14,79%
e programas do governo em saúde, educação, segurança, transporte, entre 160,00
13,48% 13,94%
14%
outras áreas. Nenhuma despesa pública pode ser executada, se não estiver 12,69% 11,89%
prevista na LOA. 140,00 10,19%
12%

120,00 200,59

Dotação atual em bilhões (R$)


164,88 10%

Orçamento da saúde 100,00


131,53 137,78
8%
120,93 129,67
O orçamento previsto para 2021 ao Ministério da Saúde (MS) foi 80,00 121,14
108,38
de aproximadamente R$ 200 bilhões e, para a chamada Assistência 100,51 198,09 6%
60,00
Farmacêutica (AF), um dos componentes que prevê a compra de 4%
medicamentos, foi de pouco mais de R$ 35 bilhões. 40,00
2%
Se comparado a 2013, os recursos destinados ao MS e AF registraram um 20,00
16,33 18,35 18,07 19,45 19,52 20,19 35,38 30,68
crescimento de 100% e 177%, respectivamente, em 2021. 0,00
12,75 12,89
0
2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

Total Ministério da Saúde Total Assistência Farmacêutica Farmacêutica Percentual AF/MS

Códigos orçamentários utilizados na análise: 14UO, 15UH, 20AE, 20AH, 20YE, 20YR, 20YS, 2E95, 4295, 4368, 4370, 4705, 8636
Nota: valores de dotação atual de 2022 estão sujeitos a mudança
Fonte: Painel do Orçamento Federal, 2021 (https://www1.siop.planejamento.gov.br/QvAJAXZfc/opendoc.htm?document=IAS%2FExecucao_Orcamenta-
ria.qvw&host=QVS%40pqlk04&anonymous=true)
GUIA INTERFARMA 2022 | 18

RECURSOS FINANCEIROS DO GOVERNO


No caso específico da AF esse aumento elevado acontece por diversas
razões: Ação “20YE - Imunobiológicos e Insumos para
25
Prevenção e Controle de Doenças”
• Demanda do Programa Farmácia Popular: fornecimento de
medicamentos com subsídio total ou de até 90% para o tratamento de 20,09
doenças prevalentes no Brasil - diabetes, hipertensão e asma; 20

• Vacinas de COVID-19: entre 2020 e 2021 o governo passou a realizar


o fornecimento de vacinas contra COVID-19 para a população brasileira,
o que implica em um aumento do gasto com a Assistência Farmacêutica: 15 13,63
em 2020 houve um aumento de aproximadamente R$ 14,7 bilhões na 14,70
ação “20YE - Imunobiológicos e Insumos para Prevenção e Controle de
Doenças”, e para 2022 é esperado que o gasto com vacinas de COVID-19 10 8,41
seja de 8,4 bilhões (veja gráfico ao lado). A redução, de acordo com
membros do Ministério, é que parte das doses adquiridas em 2021 possam
ser usadas em 2022, incerteza sobre a necessidade de doses adicionais e
quais grupos seriam elegíveis e o próprio preço da vacina, que dependendo 5

do fabricante pode variar de US$ 4 a US$ 15 por dose. 4,90 5,73 5,17 5,39 5,22
3,81 4,59
3,42
2,18 2,30
A maior parte da fonte dos recursos para a aquisição de vacinas e insumos
é proveniente do INSS com aproximadamente 90% de participação (veja 0 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
gráfico na próxima página);
20YE - Imunobiológicos e Insumos para Prevenção e Controle de Doenças (COVID-19)
• Envelhecimento da população: aumento do risco para doenças crônicas, 20YE - Imunobiológicos e Insumos para Prevenção e Controle de Doenças (exceto COVID-19)
que requerem uso contínuo de medicamentos, e doenças complexas, como
câncer e problemas degenerativos, que implicam em tratamentos Nota: valores de dotação atual de 2022 estão sujeitos a mudança
de alto custo. Fonte: Painel do Orçamento Federal, 2021 (https://www1.siop.planejamento.gov.br/QvAJAXZfc/opendoc.htm?document=IAS%2FExecucao_Orcamenta-
ria.qvw&host=QVS%40pqlk04&anonymous=true)
GUIA INTERFARMA 2022 | 19

RECURSOS FINANCEIROS DO GOVERNO

Gastos da União na Ação “20YE - Imunobiológicos e Insumos para


Prevenção e Controle de Doenças”

Fonte do Recurso (%) Natureza da Despesa (%)

Recursos Destinados da Seguridade Social 85,2% Material de Consumo 96,5%


Recursos Livres da Seguridade Social 6,4% Contratos de Terceiros 3,1%
Concessões e Permissões 7,8% Contribuições 0,1%
Recursos de Livre Aplicação 0,6% Obras, Instalações e Equipamentos 0,2%
Outras Aplicações 0,0% Outros 0,1%

Entenda melhor como o orçamento público é elaborado no Brasil.


Assista aos vídeos desenvolvidos pelo Senado Federal clicando aqui

Nota: valores de dotação atual de 2022 estão sujeitos a mudança


Fonte: Tesouro Nacional Transparente (https://www.tesourotransparente.gov.br/visualizacao/painel-de-monitoramentos-dos-gastos-com-covid-19)
GUIA INTERFARMA 2022 | 20

INOVAÇÃO
GUIA INTERFARMA 2022 | 21

INOVAÇÃO: TRANSFORMANDO PAÍSES


Dentre 132 países, o Brasil ocupa a 57ª posição no ranking mundial de inovação, segundo o Global Innovation
Index 2021 (GII), um dos mais importantes relatórios do segmento. Comparado a 2020, o País subiu cinco
posições.

Na economia moderna, investimentos realizados em pesquisa e desenvolvimento (P&D) pelos setores privado
ou público são uma forma de mensurar o potencial de um país. Quanto mais o Estado incentiva a produção de
inovação e a descoberta de novos conhecimentos, mais atrativo o país se torna para receber investimentos.
Maior desenvolvimento do país, melhores condições à população. Para saber mais acesse o post sobre o Dia
Mundial de Propriedade Intelectual:
https://bit.ly/DiaMundialdePI

Acesse o QR Code
para baixar o relatório
GUIA INTERFARMA 2022 | 22

ATUALIZAÇÃO GUIA INTERFARMA 2021 A China lidera


mundialmente os pedidos
Em 2020, os dez países com mais pedidos para registro de patentes, com pouco
de patentes somam 3 milhões de inovações em potencial. menos de 1,5 milhão de
O Brasil, contudo, registrou pouco mais de 24 mil registros em 2020, o que
pedidos no ano. representa um aumento
Registros de Patente - 10 principais empresas de 6,9% sobre o ano anterior.
1.497.159  6,9%
China 1.400.661

Estados Unidos
597.172
621.453
 -3,9%
Os 5 principais países representam
Japão
288.472  -6,3% 85,1% do mercado mundial
307.969
226.759  3,6%
Coreia 218.975
180.346  -0,6% China
EPO 181.479
62.105  -7.9% 18,2%
Alemanha Estados Unidos
67.434
56.771  5,9%
Índia 53.627 Japão
45,7% 8,8%
34.984  -1,5%
Rússia 35.511 Coreia do Sul
34.565  -5,3% 6,9%
Canada 36.488
29.294  -1,6% 5,5% EPO
Austrália 29.758 14,9%
24.338  -4,2% Outros
Brasil 25.396

EPO, Instituto Europeu de Patentes


2020 2019 Fonte: WIPO IP Statistics Data Center
EPO é o Instituto Europeu de Patentes.
(https://www3.wipo.int/ipstats/)
GUIA INTERFARMA 2022 | 23

MEDICAMENTO: DA INOVAÇÃO
À INCORPORAÇÃO
A criação de um medicamento ETAPAS OBRIGATÓRIAS PARA A ENTRADA DE
leva, em média, 10 anos. UM MEDICAMENTO INOVADOR NO MERCADO

1º ANO ACESSO
Invenção
(molécula) (MÉDIA 14 ANOS)
(10 ANOS) (Entrada no Mercado)
(6 - 7 ANOS) Registro Sanitário
Ensaio pré-clínico (ANVISA)
Incorporação SUS
Análise registro: (CONITEC)
Fase I Efeito colateral e 90 dias prorrogáveis
20 - 100 tempo de duração média de 8 - 12 meses
(3 - 6 ANOS) + 90 dias (sim/não)
Ensaio voluntários no organismo. Caso sim:
pré-clínico 180 dias aquisição.
Fase II Até o paciente: 1 ano
Efetividade do (11 - 12 ANOS)
Após comprovação 100 - 500
princípio ativo Registro Preço
da segurança da voluntários
(CMED) Incorporação
substância ela vai
Indicação, dose, Plano de Saúde (ANS)
para testes em
Fase III via, efeito colateral, Em até 90 dias: (Rol de medicamentos)
seres humanos.
1.000 - 5.000 contraindicação no cenário ideal Exceções: oncológico
voluntários e interação para medicamento oral; infusão hospital
medicamentosa inovador (imediatos) 2 - 3 anos

Os laboratórios chegam a investigar até 10 mil moléculas PEDIDO E CONCESSÃO DE PATENTE (INPI) - Média de 14 anos
até que uma seja considerada segura e eficiente.
GUIA INTERFARMA 2022 | 24

INVESTIMENTOS TOTAIS EM P&D NO MUNDO EM 2021

1. China 621,5
2. EUA 598,7
3. Japão 182,4
4. Alemanha 127,3

5. Índia 93,5

6. Coreia do Sul 91,5 De acordo com a estimativa para 2021, a China será o país com o
7. França 67,0 maior gasto total em pesquisa e desenvolvimento do mundo, com
gastos superiores a 621 bilhões de dólares. Estima-se que o Brasil
8. Rússia 60,6
tenha um gasto total com P&D equivalente a 38,2 bilhões de
9. Reino Unido 51,6 dólares, sendo o 10º país com maior gasto com P&D do mundo.

10. Brasil 38,2

11. Canadá 32,2


12. Taiwan 31,7

*Esses dados são uma projeção feita com base em dados de 2020
Fonte: Statista (https://www.statista.com/statistics/732247/worldwide-research-and-development-gross-expenditure-top-countries/)
GUIA INTERFARMA 2022 | 25

INVESTIMENTO EM P&D NO BRASIL POR TIPO DE SEÇÃO EM 2017

Indústrias de transformação
No Brasil, aproximadamente 70%
do investimento em P&D é realizado
Indústrias extrativas
em indústrias de transformação, que
compreende atividades que envolvem a 1,89% Serviços
68,58%
transformação física, química e biológica de
materiais, substâncias e componentes para Eletricidade e gás
se obter produtos novos. 26,88%

2,64%

Fonte: PINTEC - Pesquisa de Inovação (https://www.ibge.gov.br/estatisticas/multidominio/ciencia-tecnologia-e-inovacao/9141-pesquisa-de-inovacao.html?=&t=o-que-e);


CNAE 2.0 (https://concla.ibge.gov.br/documentacao/documentacao-cnae-2-0.html)
GUIA INTERFARMA 2022 | 26

INVESTIMENTOS EM P&D NO BRASIL


Total gasto com P&D no Brasil (em milhões de reais)

Em 2017, o Brasil gastou R$ 67,33 bilhões com P&D, o que


representa 0,8% do PIB daquele ano. Em comparação ao ano +7,84%
81.492
de 2003, a taxa de crescimento anual composta do gasto com 64.864
67.335

P&D foi de 7,84%, o que fez com que a representatividade do 41.289


54.104

gasto com P&D em relação ao PIB aumentasse 0,41 pontos 23.419

percentuais nesse período.


% do PIB
Nota: Dados atualizados a
Em relação ao investimento em P&D na fabricação de produtos cada 3 anos, sendo que a
última publicação não foi
farmoquímicos e farmacêuticos, o Brasil teve um gasto de disponibilizada.

R$ 2,27 bilhões em 2017, o que representa 3,4% do gasto 0,39% 0,64% 0,72% 0,77% 0,92% 0,80%

total com P&D e 0,03% do PIB naquele ano. Ao analisarmos


2003 2005 2008 2011 2014 2017

o investimento em P&D desde 2003, o gasto com P&D na Total gasto com P&D no Brasil (em milhões de reais)

fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos vem


crescendo nos últimos anos com uma taxa de crescimento anual +9,18%

composta de 9,18%, aumentando, assim, a representatividade


deste gasto em relação ao gasto total com P&D (em 2003, o % do PIB 1.849
2.282 2.278

1.467
1.039
gasto com P&D na fabricação de produtos farmoquímicos e 666

farmacêuticos representava somente 2,8% do PIB).


0,01% 0,02% 0,02% 0,02% 0,03% 0,03%
2003 2005 2008 2011 2014 2017

Fonte: PINTEC - Pesquisa de Inovação (https://www.ibge.gov.br/estatisticas/multidominio/ciencia-tecnologia-e-inovacao/9141-pesquisa-de-inovacao.html?=&t=o-que-e);


Banco Central Do Brasil, código 1208 (https://www3.bcb.gov.br/sgspub/consultarvalores/consultarValoresSeries.do?method=consultarValores)
GUIA INTERFARMA 2022 | 27

PRINCIPAIS INVESTIMENTOS EM P&D EM INDÚSTRIAS DE


TRANSFORMAÇÃO NO BRASIL
A fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos é a 8ª divisão com maior gasto com P&D
em indústrias de transformação no Brasil, com um gasto de R$ 2,27 bilhões em 2017. Em relação ao
ano de 2014, a fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos subiu duas posições.

Divisões de maior gasto com P&D em indústrias de transformação no Brasil em 2017 (em milhões de reais)

  1. Fabricação de produtos alimentícios 6.399


  2. Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias 6.166
  3. Fabricação de produtos químicos 5.879
  4. Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis 3.600

  5. Fabricação de outros equipamentos de transporte 3.345

  6. Fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos 2.859

  7. Fabricação de peças e acessórios para veículos 2.324 Em 2014, a fabricação de produtos


2.278 farmoquímicos e farmacêuticos estava
  8. Fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos
na 10ª posição, com um gasto com P&D
  9. Fabricação de artigos de borracha e plástico 2.194
equivalente a R$ 2,28 bilhões
  10. Fabricação de equipamentos de comunicação 1.898
Fonte: PINTEC - Pesquisa de Inovação (https://www.ibge.gov.br/estatisticas/multidominio/ciencia-tecnologia-e-inovacao/9141-pesquisa-de-inovacao.html?=&t=o-que-e)
GUIA INTERFARMA 2022 | 28

REGULATÓRIO
GUIA INTERFARMA 2022 | 29

ESTUDOS EM FASES
Medicamentos e vacinas passam por quatro fases de estudos
antes do lançamento. São testes em laboratório, seguidos por
três fases de pesquisa clínica com pacientes voluntários, para
investigar eficácia e segurança do tratamento.

Mesmo depois de lançados, os estudos não param. Diferente


da pesquisa clínica, que possui um ambiente controlado para
testes em pacientes, o estudo pós-lançamento reúne os
chamados “dados da vida real”, coletados a partir do uso
previsto e aprovado ao medicamento. Isso confirma e
aperfeiçoa as suas indicações e cuidados para o uso adequado.

Em média, um medicamento pode levar cerca de 10 anos


entre o início dos estudos em laboratório e o seu lançamen-
to. Com a pandemia de COVID-19, os esforços mundiais
do setor farmacêutico ficaram concentrados em um mesmo
desafio: descobrir um tratamento eficaz ainda em 2020.
GUIA INTERFARMA 2022 | 30

Quando começam as fases de pesquisa em pacientes


voluntários, é preciso testar o tratamento em diferentes
POR QUE AS PESQUISAS DEMORAM? populações. Isso é feito gradualmente, de forma
controlada e cautelosa, para garantir a segurança do
processo e investigar os mecanismos de ação da terapia.

São três etapas de pesquisa, sendo que a terceira geralmente é feita O material científico fruto da pesquisa precisa ser muito detalhado e
em vários países ao mesmo tempo, com centenas de pacientes. completo, para que o tratamento seja aprovado e possa ser indicado
É uma operação complexa, que requer aprovação de autoridades por médicos. Inúmeros esforços são realizados no mundo para
sanitárias dos respectivos países, e colaboração internacional entre criar novos modelos de pesquisa e de análise dos dados científicos,
cientistas, universidades, governos, hospitais e centros de pesquisa. para que os tratamentos cheguem às pessoas mais rapidamente.
GUIA INTERFARMA 2022 | 31

MAPA MUNDIAL
DA PESQUISA CLÍNICA
Groenlândia
1

Norte Asiático
7.302
Canadá
24.981
Europa
96956
117.702
Estados Unidos
151.117 Ásia Oriental Japão
49.590 6.918
México América Central
4.291 3.527 África
13.849 Oriente Médio Sudeste Asiático
19.770 8.372
O Brasil é um país atraente à pesquisa
Ásia Meridional
clínica devido ao elevado índice de 6.906
América do Sul
heterogeneidade. As variações de clima, 12.588
cultura e condições socioeconômicas
Pacífico
também aumentam a atratividade do 9.465
País, embora haja entraves processuais
que tendem a prejudicar a inovação
farmacêutica de se estabelecer no Brasil Menor heterogeneidade Maior heterogeneidade

Fonte: https://bit.ly/3iyOKb2
GUIA INTERFARMA 2022 | 32

PARTICIPAÇÃO DO BRASIL E POSIÇÃO


NO RANKING GLOBAL EM ESTUDOS CLÍNICOS

5% 0

10
19 20 19
4% 23 21 20
24 25 24 25 20

30
3% 2,7%
2,5% 2,4% 2,5% 2,4% 2,4% 2,3% 40
2,1% 2,1%
1,8%
2% 50

60
1%
70

0% 80
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021

Participação Brasil (%) Posição do Brasil no Ranking Global (%)

Nota-se que a participação do Brasil em termos de estudos clínicos iniciados caiu de 2,7% em 2012
para 2,3% em 2021. Em termos de ranking de países, o Brasil vem subindo de posição desde 2019, indo Fonte: Citeline (base global de estudos clínicos).

da 25ª para a 19ª posição em 2021.


GUIA INTERFARMA 2022 | 33

TERAPIAS EM DESENVOLVIMENTO
Oncologia lidera o foco em pesquisas
clínicas no mundo, seguido por doenças Quantidade global de estudos clínicos por área terapêutica (2019)
infecciosas que por influência da pandemia
subiu da 4ª posição em 2016 para a 2ª
posição em 2021. Oncologia 3.791 (24%)
Doenças Infecciosas 2.470 (16%)
Essas duas áreas terapêuticas representam 40%
de todos os estudos clínicos iniciados em 2021. Sistema Nervoso Central 1.987 (13%)
Doenças Autoimunes
e Inflamatórias 1.384 (9%)
Doenças Metabólicas/ 1.371 (9%)
Endocrinológicas
Doenças Cardiovasculares 1.111 (7%)
Vacinas 925 (6%)
Genitourinário 235 (1%)
Oftalmologia 214 (1%)
Outros 2.281 (14%)
Fonte: Citeline (base global de estudos clínicos).
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RANKING DE PAÍSES POR PARTICIPAÇÃO EM


ESTUDOS CLÍNICOS INICIADOS EM 2021
TOTAL GLOBAL 11.782 100%
Mesmo com diversos indicadores que apontariam POSIÇÃO PAÍS ESTUDOS CLÍNICOS PARTICIPAÇÃO
o Brasil na direção do protagonismo global, o 1 China 4.398 30,5%
País tem representado um papel secundário em 2 EUA 4.371 30,4%
3 França 909 6,3%
termos de quantidade de pesquisas mesmo tendo 4 Espanha 858 6,0%
subido 6 posições no ranking ao compararmos 5 Canadá 823 5,7%
6 Japão 821 5,7%
com 2019, ocupando em 2021 a 19ª colocação 7 Reino Unido 807 5,6%
8 Alemanha 799 5,5%
no ranking global. 9 Itália 699 4,9%
10 Austrália 682 4,7%
11 Índia 653 4,5%
12 Coreia do Sul 641 4,5%
13 Polônia 555 3,9%
14 Bélgica 452 3,1%
15 Países Baixos 446 3,1%
16 Rússia 441 3,1%
17 Taiwan 349 2,4%
18 Egito 345 2,4%
19 Brasil 332 2,3%
20 Dinamarca 315 2,2%
21 Irã 305 2,1%
22 Turquia 305 2,1%
23 Israel 298 2,1%
24 Hungria 296 2,1%
Fonte: Citeline (base global de estudos clínicos). 25 Rep. Tcheca 223 1,5%
GUIA INTERFARMA 2022 | 35

PARTICIPAÇÃO DO BRASIL EM ESTUDOS


CLÍNICOS POR ÁREA TERAPÊUTICA (2016 E 2021)
Neste recorte, o desempenho do Brasil é ainda mais tímido: dos
3.791 estudos clínicos iniciados em 2021 na área de Oncologia, Oncologia 1,8% 0,2 p.p.
2,0%
o País participa de 74, ou seja, 2,0% do total global. Em 1,6%
Doenças Infecciosas 2,7 p.p.
Sistema Nervoso Central, os números são ainda menores: 4,3%
Sistema Nervoso Central 1,8% -0,6 p.p.
participação de 1,2% do total global, com uma perda de 0,6 1,2%
ponto percentual na comparação com 2016. Com o impacto da Doenças Autoimunes 2,1% -0,2 p.p.
e Inflamatórias 1,9%
pandemia de COVID-19, o Brasil teve um aumento significativo Doenças Metabólicas/ 2,5% 0,3 p.p.
Endocrinológicas 2,8%
nos estudos clínicos em Doenças Infecciosas em relação ao ano
2,5%
Cardiovascular 0,8 p.p.
de 2016, chegando a ter uma participação de 4,3% do total 3,3%
global. 2,8%
Vacinas
3,5% 0,7 p.p.
Nota-se também um grande aumento da participação do Brasil Genitourinário 1,4% -1,0 p.p.
0,4%
em estudos clínicos na área de oftalmologia, com um aumento 1,7%
Oftalmologia 3,0 p.p.
de 3 pontos percentuais em relação ao ano de 2016. Isso 4,7%
Outros 2,0% -0,6 p.p.
aconteceu pelo fato de o Brasil ter tido um aumento de 150% 1,4%
no número de estudos clínicos iniciados na área de oftalmologia
em 2021 em comparação com 2016: foram iniciados 10 estudos 2016 2021
clínicos em 2021 e somente 4 estudos em 2016. Dessa forma,
novos estudos clínicos passaram a incluir outras doenças
oftalmológicas como degeneração macular relacionada à idade, Fonte: Citeline (base global de estudos clínicos)
*Pode ter contagem duplicada caso um estudo contemple mais de uma área terapêutica, por exemplo, cerca de 94% dos estudos clínicos na área de vacinas
glaucoma, oclusão da veia da retina e retinite pigmentosa. são também pertencentes à área de doenças infecciosas.
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RANKING DE PAÍSES POR PARTICIPAÇÃO EM ESTUDOS


CLÍNICOS INICIADOS EM 2021 PATROCINADOS POR INDÚSTRIAS

Neste recorte, nota-se que a participação do Brasil TOTAL GLOBAL 5.425 100%
POSIÇÃO PAÍS ESTUDOS CLÍNICOS PARTICIPAÇÃO
continua tímida, ocupando a 21ª posição com 241 estudos
1 China 2.507 36,4
iniciados em 2021, ou seja, 3,5% do total global. 2 EUA 2.463 35,7
3 Espanha 699 10,1
4 Alemanha 670 9,7
5 Reino Unido 654 9,5
6 Japão 621 9,0
7 Canadá 595 8,6
8 França 594 8,6
9 Austrália 570 8,3
10 Itália 544 7,9
11 Coreia do Sul 500 7,3
12 Polônia 496 7,2
13 Bélgica 380 5,5
14 Rússia 380 5,5
15 Países Baixos 347 5,0
16 Índia 299 4,3
17 Hungria 285 4,1
18 Taiwan 268 3,9
19 Rep. Tcheca 258 3,7
20 Israel 250 3,6
21 Brasil 241 3,5
22 Argentina 201 2,9
23 Ucrânia 197 2,9
24 Turquia 190 2,8
Fonte: Citeline (base global de estudos clínicos) – filtro adicional: Sponsor Type = “Industry” 25 Dinamarca 189 2,7
GUIA INTERFARMA 2022 | 37

PARTICIPAÇÃO DO BRASIL EM ESTUDOS CLÍNICOS


PATROCINADOS POR INDÚSTRIAS (2016 E 2021)

Esta participação teve um aumento de 0,7 ponto


percentual na comparação com 2016.

6.892

5.161

Global

146 241 Brasil


2,8% do 3,5% do
Total Global Total Global

2016 2021
Fonte: Citeline (base global de estudos clínicos) – filtro adicional: Sponsor Type = “Industry”
GUIA INTERFARMA 2022 | 38

120
TEMPOS TOTAIS DE ANÁLISE 115

90

60

30

Brasil México Argentina Polônia Estados Unidos

Tempos totais de análise (ético e regulatório) de acordo com


as legislações locais (em dias).
Para o Brasil foi considerada a soma dos prazos de análise
ética do CEP Coordenador (10 dias para aceite de
documentos e 30 dias para análise) e da avaliação da CONEP
(15 dias para aceite de documentos e 60 dias para análise),
conforme Norma Operacional 01/2013. Em relação ao
processo de aprovação sanitária, que ocorre paralelamente
à aprovação ética, foi considerado o prazo de 90 dias,
conforme RDC 09/2015 da ANVISA.

Fontes: IQVIA (internal) RDC 09/2015 e Norma Operacional 01/2013


GUIA INTERFARMA 2022 | 39

BENEFÍCIOS QUANTIFICADOS CASO O BRASIL


AMPLIE SEU PROTAGONISMO EM PESQUISA CLÍNICA
Estima-se que o Brasil tenha potencial para, atualmente,
passar da 19ª colocação para a 10ª no ranking
+ R$ 2,0 bi
investimento mundial de pesquisa clínica. Caso isso ocorra, é
direto por estimado que o País tenha um ganho anual de
ano
R$ 2 bilhões em investimentos e beneficie mais
de 55 mil pacientes, entre outras melhorias.

+ 55 mil
Brasil com + R$ 5,0 bi
pacientes participação atividade
beneficiados de 4,8% econômica
por ano
(10ª posição)

+ 48 mil
profissionais
científicos
envolvidos

Fonte: IQVIA (estimativas internas)


GUIA INTERFARMA 2022 | 40

BENEFÍCIOS DO INVESTIMENTO DIRETO


EM PESQUISA CLÍNICA

x x =
Investimento global Se replicarmos o

=
com pesquisa
clínica em 2018 ( US$ 112
bilhões ) Investimento
Índice 303 novos
mesmo cenário
de 2018, o Brasil
de custo estudos por poderia receber
anual de
do Brasil ano no investimentos de
US$ 2 milhões

( )
Número de 44% Brasil US$ 543 milhões
Aprox. por estudo
estudos em
55 mil ou cerca de
andamento em 2018

Nota (*): Soma dos estudos em andamento no início de 2019 e dos estudos concluídos ou suspensos em 2018.

Fontes: Citeline, EvaluatePharma, IFPMA, IQVIA (estimativas internas).


GUIA INTERFARMA 2022 | 41
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TEMPOS PARA APROVAÇÃO


SANITÁRIA DE ESTUDOS CLÍNICOS
NO BRASIL EM 2021 (EM DIAS)

Mínimo 4

Média 105

Máximo 307
DEFINIÇÃO
NOTA: os tempos descritos acima levam em consideração os trâmites relacionados
• Estudos de menor complexidade:
a exigências geradas durante os processos de análise dos estudos. Relatórios da COPEC não Estudos Fase 3, multinacionais, sintéticos
disponibilizam dados de média de tempo de aprovação por complexidade dos estudos
• Estudos de maior complexidade:
Estudos Fase 1 e 2, nacionais e biológicos

*Realizou-se a média ponderada entre o prazo médio (em dias) de cada tipo de petição pelo número de petições
Fontes: ABRACRO (mínimo e máximo) (http://www.abracro-analytics.org.br/); ANVISA - Relatório de Atividades da COPEC 2020/2021 – Quadro
1 (https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2022/COPEC_RelatoriodeAtividades2020_2128.03.22_compressed_compressed.pdf)
GUIA INTERFARMA 2022 | 42

QUANTIDADE DE ESTUDOS CLÍNICOS INICIADOS


POR ANO, NO BRASIL E NO MUNDO
Nesta década, globalmente, uma média de 12.317 estudos clínicos foram iniciados por ano. No mes-
mo período, a média anual no Brasil foi de 284 estudos iniciados. Esta figura mostra o Brasil dimi-
nuindo a quantidade de estudos no período pré-pandemia, atingindo 242 estudos iniciados em 2019 e,
voltando a crescer em 2020 e 2021, atingindo a marca de 332 estudos iniciados.

14.399
13.220 13.279
14.000 12.288
11.918 11.876 12.180
12.000 11.151 11.356 11.501 600

10.000 500

8.000 400
324 332
298 295 290 245
6.000 280 282 251 300
242
4.000 200

2.000 100

0 0
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021

Global Brasil Fonte: Citeline (base global de estudos clínicos).


GUIA INTERFARMA 2022 | 43

GANHO / PERDA DE POSIÇÕES


NO RANKING DE PAÍSES POSIÇÃO PAÍS GANHO/PERDA NO RANKING
(2021 VS 2012) 1 China 2
2 EUA -1
3 França 2
4 Espanha 6
5 Canadá 2
Nesse período, o Brasil foi 6 Japão -4
ultrapassado por países 7 Reino Unido -1
8 Alemanha -4
de menor PIB, população 9 Itália 0
e mercado farmacêutico, 10 Austrália 5
11 Índia 0
incluindo Egito e Taiwan. 12 Coreia do Sul -4
13 Polônia 3
Vale destacar as performances 14 Bélgica 0
positivas da China (que
15 Países Baixos -2
16 Rússia -4
ultrapassou os EUA, líder histórico 17 Taiwan 7
deste ranking), França, Espanha, 18 Egito 27
19 Brasil 0
Canadá e Austrália. 20 Dinamarca 1
21 Irã -4
22 Turquia 4
23 Israel 2
24 Hungria -6
25 Rep. Tcheca -5
Fonte: Citeline (base global de estudos clínicos). Países que ultrapassaram o Brasil entre 2012 e 2021.
GUIA INTERFARMA 2022 | 44

BRASIL - RANKINGS DE POPULAÇÃO,


MERCADO FARMACÊUTICO, PIB E
PARTICIPAÇÃO EM ESTUDOS CLÍNICOS

Ao colocarmos em perspectiva a participação


INDICADOR BRASIL
do Brasil dentro da pesquisa clínica global junto
com os indicadores mostrados anteriormente, População 6º
verificamos que o cenário é realmente
contrastante. Enquanto o País está entre as 10 Mercado Farmacêutico 8º
primeiras posições no ranking de população,
ele ocupa o 8º lugar no ranking de mercado PIB 12ª
farmacêutico, 12º no ranking de PIB e 19º
Participação em Estudos Clínicos 19º
lugar em termos de participação em estudos

Fonte: Statista (https://www.statista.com/statistics/262879/countries-with-the-largest-population/); IQVIA (MIDAS); IMF, World Economic Outlook Database
(https://www.imf.org/en/Publications/WEO/weo-database/2021/October/select-country-group); Citeline (base global de estudos clínicos)
GUIA INTERFARMA 2022 | 45

CÓDIGO DE CONDUTA
REGRAS FORMALIDADES
LEIS

˜ ´
POLITICAS
PADROES

ˆ
TRANSPARENCIA
GUIA INTERFARMA 2022 | 46

CÓDIGO DE CONDUTA E ÉTICA

O Código de Conduta norteia a relação entre as empresas farmacêuticas associadas à INTERFARMA e outras organizações aderentes e os profissionais de saúde
e da área da Saúde, como um efetivo canal de autorregulamentação.

Em 2007, a Associação se torna a entidade precursora do setor farmacêutico a ter um código de conduta para balizar essa relação. Seu conteúdo está totalmente
pautado em valores como a ética, a confiança, a transparência e a integridade, visando o bem-estar da sociedade tendo o paciente como o centro desse cuidado.

Em 2012, a INTERFARMA é mais uma vez pioneira ao ter o documento validado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação Médica Brasileira (AMB)
e Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Essa chancela foi fundamental para a transformação do Código de Conduta como a referência de Healthcare Compliance
que esse documento representa hoje, no Brasil, reconhecido não apenas pelo setor farmacêutico, mas também por outros segmentos do Setor de Saúde.

A INTERFARMA é a primeira Associação da Indústria Farmacêutica a possuir um Conselho de Ética independente, formado por membros internos e externos,
Corregedoria e esfera de Conciliação. Essa medida confere total independência às decisões proferidas.

A versão atual do Código de Conduta, que teve sua revisão iniciada em 2019, foi lançada no segundo semestre de 2021. O novo texto entrou em vigor em janeiro de 2022.
A cada atualização do documento, todos os colaboradores das empresas associadas e da própria INTERFARMA passam por um treinamento obrigatório e processo de
certificação. Desde 2008, aproximadamente 68.609 profissionais já foram treinados e certificados.
GUIA INTERFARMA 2022 | 47

LINHA DO TEMPO
CÓDIGO DE CONDUTA
Em uma atitude pioneira no setor Lançado o segundo Código de
farmacêutico, a INTERFARMA lança Conduta (primeira revisão do
2007 seu Código de Conduta, inspirado no 2008 documento) da Associação, que
IFPMA Code of Practice 2006. traz a criação do Conselho de Ética.

Lançada a quarta versão do documento (terceira revisão),


O terceiro Código (a segunda revisão do vigente desde então, que cria a Conciliação, a Corregedoria
documento) recebe a validação do Conselho e o Conselho de Ética independente, com conselheiros
2012 Federal de Medicina, da Associação Médica 2016 internos e externos. A partir dessa versão, os casos
Brasileira e da Sociedade Brasileira de Cardiologia julgados e as penalidades aplicadas passam a ser divulgadas
pela INTERFARMA em seu site.

Realizada a quarta revisão do Com a pandemia, o trabalho da

2019 Código de Conduta na


Comissão de Compliance da 2020 revisão do Código de Conduta
teve de se ajustar ao modelo
Interfarma. remoto para prosseguir.

Lançado o Código de Conduta (revisão


2021) no segundo semestre do ano. Em Entrada em vigor do Código de
2021 outubro, iniciado treinamento dos 2022 Conduta (revisão 2021) em janeiro.
colaboradores das empresas associadas
e equipe Interfarma.
GUIA INTERFARMA 2022 | 48

CÓDIGO DE CONDUTA E ÉTICA

Carta de Princípios:
Estatuto Social: Ao completar 25 anos de atuação (2015), a INTERFARMA publica sua Carta de
O estatuto social é o documento por meio do qual é criada uma associação civil Princípios, na qual se compromete com o Brasil e a sociedade a zelar pela saúde e
sem fins lucrativos, ou seja, uma pessoa jurídica de direito privado que, sem visar o qualidade de vida do paciente. No mesmo ano, a Associação renova sua identidade
lucro, se dedica ao desenvolvimento de atividades de cunho filantrópico, social, visual e incorpora ao seu logotipo, a tagline “Saúde se faz com ética e inovação”.
cultural, educacional etc. O documento prevê a finalidade, tempo de duração,
modo de como se administrar e representar a associação ativamente e
passivamente, judicialmente e extrajudicialmente, as reponsabilidades dos associados, Ethos:
conselheiros diretores e fiscal, presidente-executivos, e principalmente prevê a Em 2019, a INTERFARMA se alinha ao novo Ethos adotado pela Federação
defesa dos princípios fundamentais da livre iniciativa e da livre concorrência. Internacional de Fabricantes e Associações Farmacêuticas (IFPMA), que prevê
Além disso, estabelece e zela pelo fiel cumprimento de princípios éticos da o desenvolvimento de uma cultura da Confiança que paute o trabalho da indústria
INTERFARMA por meio de elementos distintivos e indissociáveis das relações de forma íntegra e honesta para melhorar a prestação de cuidados aos pacientes.
entre seus associados e autoridades públicas, pacientes, profissionais de saúde Essa nova cultura estabelece à Indústria Farmacêutica o compromisso com a
e a sociedade em geral. independência dos profissionais de saúde, dos pacientes e de outros intervenientes.
Ainda, vale destacar outro ponto importante do documento que é a regra da
Política de Adesão de Novos Associados e o cumprimento rigoroso das regras
estabelecidas no Código de Conduta da INTERFARMA.

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