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14 DE MAIO 2021

PROFARMA
PFRM3

Analista
Rafael Rovai CNPI 2559

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PREÇO-JUSTO R$10,70
PREÇO-TETO R$9,31
PREÇO (13/05) R$6,04

Upside 77,2%
VALOR DE MERCADO R$0,80 bi
VOL. MÉDIO NEG. R$0,60 mi
MÁXIMO 52 SEM. R$8,03
MÍNIMO 52 SEM. R$3,97
BETA 5A 1,32

Consenso 100%

Risco 33%

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A empresa divulgou um resultado misto para o primeiro trimestre de 2021. A
receita bruta consolidada de R$ 1,74 bilhão, que representa um aumento de 7,4%
a/a, foi um bom resultado e dentro das nossas expectativas, com destaque para o
segmento de distribuição, cuja receita bruta foi de R$ 1,68 bilhão, crescimento de
9% a/a.

Descrição
Fundado em 1961, o Grupo Profarma, que iniciou como distribuidora de produtos
farmacêuticos, atualmente atua no setor de saúde junto de suas subsidiárias, com
Distribuição, Especialidades e Varejo. O grupo fornece uma ampla gama de
produtos, como medicamentos de marca e genéricos, medicamentos OTC (que
não necessitam de receita), produtos de higiene pessoal, cosméticos, vacinas,
dentre outros. 69,2% da receita líquida do ano de 2020 veio de distribuição, 17,6% de
especialidades e 13,3% de varejo.

Em 2013, a empresa ingressou no varejo, com a aquisição das marcas Drogasmil,


Farmalife e Drogarias Tamoio. Em 2016, foi constituída a d1000 Varejo Farma,
consolidando a divisão de varejo do Grupo Profarma. Posteriormente, adquiriu a
Rede Rosário, marca relevante no Centro-Oeste do Brasil.

Em 2014, a empresa consolidou sua Unidade de Especialidades, com a criação da


Joint Venture Profarma Specialty com a AmerisourceBergen Corporation.
Atualmente, o Grupo conta também com três marcas exclusivas de produtos: Nº 21,
GOnutri e Bem Básico.

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A empresa divulgou um resultado misto para o primeiro trimestre de 2021. A receita
bruta consolidada de R$ 1,74 bilhão, que representa um aumento de 7,4% a/a, foi um
bom resultado e dentro das nossas expectativas, com destaque para o segmento
de distribuição, cuja receita bruta foi de R$ 1,68 bilhão, crescimento de 9% a/a. A
receita líquida consolidada de R$ 1,5 bilhão representa um crescimento de 7% no
comparativo anual, porém, devido a um aumento de 13% nas despesas operacionais,
o EBITDA foi de 43,2 milhões, queda de 6,6% no comparativo anual, abaixo do que
esperávamos. Esta queda se deve, em grande parte, à redução de R$ 4,2 milhões no
Ebitda da d1000 no período. Na última linha da DRE, o lucro líquido do trimestre foi de
R$ 8,9 milhões contra R$ 0,8 milhão no 1T20, resultado que foi impulsionado belo
bom desempenho da distribuição.

O impacto das restrições causadas pela pandemia do COVID-19 foi muito mais
sentido na d1000, braço de varejo da empresa, principalmente pelo fato de 17% das
lojas de seu portfólio estarem em shopping centers. Além disso, a base comparativa
não é de todo justa com a empresa, já que no início da pandemia o movimento de
estocagem de medicamentos pela população aumentou fortemente a demanda de
suas lojas, e com o passar do tempo esse movimento foi se dissipando.

O lucro bruto da Distribuição alcançou R$ 116,7 milhões no trimestre, aumento de


15,2% a/a. A margem bruta cresceu 0,4 p.p. a/a, atingindo 8,0%, que pode ser
explicado pelo mix de clientes, mais concentrado em farmácias independentes no
trimestre. O lucro bruto da d1000 foi de R$ 85,6 milhões, com margem bruta de 31,2%
(+2,6 p.p. a/a), fruto de novas estratégias de precificação, mix de produtos mais
favorável e incremento das vendas de marcas exclusivas.

A dívida líquida de R$ 334,4 milhões está em 1,5x o EBITDA acumulado dos últimos 12
meses, índice 43% inferior ao do 1T20. No 1T21, os investimentos totalizaram R$ 12,8
milhões, sendo R$ 2,7 milhões na Distribuição e R$ 10,1 milhões na d1000. Os
investimentos na d1000 foram direcionados, em sua maioria, à abertura de lojas. A
empresa abriu 9 novas lojas, ampliou 1 e encerrou 4 lojas deficitárias no período.

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Conclusão

Nós gostamos bastante do modelo integrado entre distribuidora e varejo, que torna
a operação da empresa mais eficiente. Acreditamos também no crescimento da
d1000, que tem um forte plano de expansão para os próximos anos, o que deve
também impulsionar os próximos resultados do segmento de distribuição. Desta
forma, mantemos nossa recomendação de compra e estamos reajustando nosso
preço justo para R$ 10,70.

Tese de Investimento
Acreditamos que a demanda por medicamentos deverá permanecer elevada no
longo prazo por conta da transição demográfica, ou seja, o crescimento
populacional decorrente de avanços da medicina, urbanização e desenvolvimento
de tecnologias, com destaque para o envelhecimento populacional, possível
desenvolvimento de doenças como a obesidade e também o surgimento de
epidemias, facilitadas pela urbanização. O Brasil é o nono maior mercado de
fármacos do mundo e acreditamos que a Profarma, com modelo integrado entre
distribuidora e varejo, tem na diversificação de seus negócios a possibilidade de
passar com relativa tranquilidade pelo período de pandemia, beneficiando-se do
maior consumo de farmácias independentes em momentos como este, enquanto
investe no aumento do número de lojas.

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analisada e seus valores mobiliários e foram elaborados de forma independente e autônoma; (ii) que as informações, opiniões,
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