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Este é o primeiro passo para:

“Buscar e multiplicar o conhecimento com


comprometimento, garantindo eficiência dos processos
operacionais e a sustentabilidade da Biosev.”
A.C.- Acompanhamento de Colheita
Índice: AMARELO – Indica o Tipo de perda.
-Índice;
Passo-a-Passo do A.C. (Detalha as páginas recorrente de cada etapa ) AZUL – Possíveis causas de perdas e
Pagina
Pagina03-03:Introdução do A.C.do A.C. (Acompanhamento de Colheita)
-Mapa Básico Regulagens.
Pagina 04-Mapa do A.C.
Pagina05-Tipos
Pagina 04: -Tipos de Perdas
de perdas
Pagina 06-Etapa 01-Nivelamento
Pagina07-Etapa
Pagina 05: -Nivelamento
02-Perda de do Soloprima (80 Passos)
matéria
Pagina 08-Etapa 03-Perda de matéria prima (retornar 40 passos)
Etc....
Pagina 09-Etapa 04-Perda de matéria prima (gleba)
Pagina 10-Etapa 05-Pisoteio das fileiras da cultura
Pagina 11-Etapa 06-Matéria estranha Mineral/Erradicação de rizomas
Pagina 15-Etapa 07-EPI’s/Ferramentas e Gabaritos
Pagina 16-Etapa 08-Etado e conservação dos equipamentos
Pagina 17-Etapa 09-Matéria estranha vegetal
Pagina 27-Etapa 10-Operação e regulagens
Contenção de perdas (Mostra ações que devem ser tomadas para sanar as perdas e suas respectivas paginas)
Pagina 28-;PEDAÇO e COLMO
Pg.28-Nivelamento
Pg.29-copiador de solo automático
Pg.30-Rerulagem do divisor de linha
Pg.30-Alinhamento entre colhedora e rua de cana
Pg.31-Não utilização do GPS
Pg.31-Falta de facas ou gastas no corte de base
Pg.32-Falta de aletas no corte de base
Pg.32-Falta de sapata flutuante e defletor.
Pagina 33-; Colmo (A contenção de perda são as mesmas que a de pedaço, verificar nas páginas citadas
acima para sanar o problema)
Pagina 34-; AGREGADO a TOUCEIRA (TOCO)
Pg-35- Nivelamento do solo
Pg-36-Copiador de solo automático
Pg-37-Alinhamento entre colhedora e fileira de cana
Pg-38-Excesso de velocidade do equipamento
Pg-38-Falta de facas ou facas gastas no corte de base.
Pagina 39-; REBOLO
Pg-40-Terra impregnada no equipamento
Pg-41-Regulagem do Defletor lateral
Pg-42-falta de alinhamento entre equipamentos
Pg-44-Perda de rebolo pelo Elevador
Pg-45-Veneziana do compartimento do extrator
Pg-46-Excesso de Palha
Pg-47-Alta Rotação Extrator Primário
Pagina 49;-PISOTEIO
Pg-51-Principais causas de pisoteio/contenção
Pagina 52;-ESTILHAÇO
Pg-52-Regulagem do Extrator Primário/ Regulagem da chapa Defletora
Pagina 53;-ADREGADO AO PONTEIRO
Pg-53-Ponto Correto de Corte
Pg-53-Erradicação de Rizomas
Pg-53-Regulagens 2
D.H.D.
A.C.- Acompanhamento de Colheita

Introdução
. Introdução/tema AC
O Acompanhamento de Colheita (A.C.), é a
ferramenta mais importante a ser executada
durante a colheita, o intuito de realizar o A.C. é
enquadrar as perdas dentro dos parâmetros
mínimos aceitáveis.
Ao realizar o A.C. Acompanhamento de colheita,
é possível identificar os desvios e tipos de perdas,
podendo corrigi-los de imediato, utilizando os
recursos da colhedora e transbordo.
Garantindo
Vender menor índice perda, pisoteio,
o peixe ac
matéria estranha mineral, vegetal e também
prolongar a idade do nosso canavial.
Importante que realize um novo A.C. em cada
mudança de talhão, bloco, fazenda, ou verificado
mudanças nas condições de colheita e na qualidade
da matéria prima.
.

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TIPOS DE PERDAS

PEDAÇOS COLMO

< Menor 1,50m


 Maior 1,50m

LASCAS
Agregado ao
Ponteiro

ESTILHAÇO
Rizomas, Soqueira
ou Touceira

Perda invisível
REBOLO

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ETAPA 01- Nivelamento do Solo


01-Nivelamento da superfície do solo inadequado com depressão

-Local da Avaliação:
- A partir de 30 (trinta) passos do carreador, abrir
espaço de aproximadamente 1 metro nas duas fileiras da
cana não colhidas, avaliar o nivelamento, com uma cana
reta ou um gabarito colocado sobre o solo, ao longo das 2
fileiras, se existir um vão maior que 4 dedos. Caso exista
algum ponto ao longo dessas duas fileiras com vãos
maiores que a altura dos 4 dedos, considera-se que o
nivelamento da superfície do solo é inadequado.

- Perdas derivada do nivelamento de solo inadequado:

Pedaços Colmos Agregado a Lascas


Touceira com
dilaceração

*Ver como resolver a perda a partir da página 28

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ETAPA 02- Perda de Matéria-Prima (80 Passos)


-Local da avaliação:
A avaliação deve ser realizada na
lavoura, em área já colhida após o
ponto de verificação do nivelamento
do solo. Deslocar-se cerca de 80 passos
sobre a última fileira colhida (atrás da
colhedora, mas numa distância segura)
buscando perdas de matéria-prima.

*A palha ou a terra pode interferir na verificação de perdas, seja bem criterioso na aferição.
Utiliza-se da visão (olhos) e do tato (pés e mãos com gancho especial) para detectar a
existência de perdas.

-As perdas verificadas nesta etapa da tarefa são:

Pedaços Agregado a Rebolo


Colmos
Touceira
*Caso encontre algumas destas perdas verifique
regulagem do sistema de copiador de solo da colhedora,
facas do corte base, velocidade de deslocamento do
equipamento, ponteiras e regulagem dos divisores de
fileira, chapa defletora ou veneziana do extrator
Touceiras primário, mais detalhes de contenção de perdas a partir
da página .28. 7
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ETAPA 03- Perda de Matéria-Prima (Retornar 40 Passos)


Após 80 passos percorridos atrás da colhedora, retorne percorrendo aproximadamente
40 passos entre as duas fileiras já colhidas, ao lado da última avaliada, repetindo a
operação, procurando por perdas.

Verifique principalmente as seguintes perdas:

Rebolo Agregado ao Ponteiro


*Caso encontre algum tipo de perda procure sua procedência e imediatamente a
solução ou a minimização do problema. Caso encontre agregado a ponteira auxilie o
operador, na melhor solução para sanar o problema (ver detalhes da regulagem do
despontador na página .53.). Caso não encontre ponteiras de cana de acordo com o
procedimento, verifique as condições da cana (se esta acamada) e ou se o
funcionamento do despontador está conforme.
Detalhes na correção destas perdas, verificar a partir da página .28.

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ETAPA 04- Perda de Matéria-Prima (Gleba)


Ao final dos 40 passos, pular duas linhas, e demarcar uma Gleba de
03 passos por duas fileiras da cultura (até o meio da rua de cada
lado).
Dentro desta área
demarcada devemos retirar toda
a palha tomando cuidado para
não remover as perdas
encontras, que serviram para avaliar a colheita naquele
momento. Nessa gleba colete cuidadosamente todos os
tipos de perdas, verificaremos a presença de:
-Touceiras arrancadas ou
erradicação de rizomas (touceiras). *Caso houver
evidencias de touceiras arrancas o equipamento deve ser
parado imediatamente e verificado o motivo promover a
solução do problema.
-Rebolos.
-Presença de colmos no local de avaliação, agregados a
touceira (tocos) maiores que a altura de quatro dedos da
mão. *Esta situação exige a parada imediata da colhedora e
a regulagem da altura do corte de base. Não deve existir presença de pedaços e de colmos
no local da avaliação.
-Presença de pedaços de colmo visível agregado ao palmito da ponteira.
-Presença de estilhaços no local de avaliação (o volume de estilhaços
coletados na gleba dos 03 passos por 02 fileiras deve estar contido por
uma das mãos, de forma que o dedo polegar encoste o médio, como
podemos ver na ilustração. Nesse caso a perda por estilhaço encontra-se
dentro de um padrão aceitável (cerca de 220 a 300 gramas em 5,6 a 6,0
metros quadrados, ou seja, em torno de 500 kg/há).
Se as perdas não puderem ser suportadas por uma das mãos, ou seja,
sem os dedos polegar e médio se tocarem, está encontra-se acima do
padrão desejado. Caso se encha uma das mãos antes de terminar a
coleta da gleba, permite-se pular essa avaliação e passar para a
outra, concluindo como não aderente.

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ETAPA 05- Pisoteio das fileiras da cultura

Na área já colhida. Ao lado do local de avaliação de


estilhaços, demarcar uma gleba de 06 fileiras por 03
passos e procurar por sinais de pisoteio na fileira da
cultura.

Principais evidências de pisoteio nas fileiras da cultura:


-Existência de rastros de pneus ou colmos agregados
na touceira amassados pelos pneus nas fileiras
avaliadas, como podemos ver na ilustração ao lado.
Principais causas que se responsabilizam pelo pisoteio:
-Desalinhamento dos pneus do trator de reboque com o transbordo (deve estar alinhado
em pelo menos um dos lados);
-Distância externa das rodas do trator ou do transbordo ou do transbordo incompatível
com espaçamento das fileiras da cultura;
-Não utilização do Piloto Automático GPS;
-Falta de espelhos retrovisores devidamente regulados para enxergar os dois lados do
transbordo; -Cuidado na operação por parte dos operadores. *Ver pg-49.

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ETAPA 06- Matéria Estranha Mineral/Erradicação de Rizomas


Nesta etapa, como já viemos avaliando ao longo
do A.C, (com o equipamento parado e bloqueado) agora
podemos constatar realmente se está arrancando
soqueiras; partiremos agora sentido aos equipamentos
(aproveitar
conferir
condições e
anomalias nos
equipamentos,
veremos mais detalhes em breve) e avaliaremos
a presença de raízes, rizomas ou touceiras na
superfície do solo, na saída de cana no elevador,
na carga do transbordo.

As principais evidencias de excesso de matéria


estranha mineral é o: -Revolvimento do solo na fileira da cultura, (regular a altura do corte
de base).
-Presença terra nos divisores

de fileira, corte base, rolo levantador (isso


causa desgaste prematuro ao equipamento
e também

*Regular a inclinação do divisor, de modo


que fique nivelado com o solo

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consumo excessivo por tornar os elementos mais pesados, sendo um claro sinal de que as
facas estão cortando fundo no solo atingindo a raiz da cultura, como podemos ver na
ilustração)
Avaliaremos a parte interna da cúpula do extrator primário e no secundário (a terra
impregnada nas cúpulas do primário e secundário além de
causar um desgaste prematuro do equipamento, também
interferirá na eficiência da limpeza da matéria prima, uma
vez que as aletas defletoras internas do extrator primário
perdem sua utilidade quando envolvias por crostas de terra,
a terra acaba engripando as partes moveis limitando até
mesmo o giro do capuz), veremos um exemplo de como não
deve estar uma colhedora de cana, a limpeza da mesma
deve ser feita de maneira periódica, uma vez que o acumulo

Aletas defletoras
obstruídas

Lavar
equipamento
toda troca de
turno

de terra é muito nocivo ao equipamento e à qualidade da matéria prima.


Avaliaremos existência de; -Terra nos Rolos picadores; -Rolo lançador (John Deere) e na
saída da caixa dos rolos; -No elevador e na corrente da esteira do elevador; -Existência de
pó em suspensão nas proximidades da colhedora em época seca; -Sulcos provocados
pelo divisor de fileira.

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Principais causas responsáveis por elevados teores de matéria estranha mineral


na matéria prima:
-Copiador automático de solo inoperante ou desregulado. (Verificar prosedimento
de calibração P.O.P. 2018 Case/John Deere)

-Desuso do controle automático do


corte de base. (O operador dever utilizar esta
ferramenta)
-Nivelamento inadequado da superfície do solo com cordão de terra ou torrões na
fileira da cultura. (Ao deparar com esta inconformidade o operador deve procurar a melhor
maneira de executar a colheita, de forma que reduza o máximo de perdas)
-Rolo levantador impregnado de terra. (Desobstruir imediatamente o rolo com
auxílio de espátula e jato d’agua.
-Sapata flutuante (chapa flutuante) operando excessivamente baixa. (Regular a
sapata conforme descrito na postila do P.O.P, 1”polegada abaixo do nível do corte base)
-Velocidade inadequada da rotação do extrator primário (baixa). (Regular extrator
primário conforme descrito no P.O.P. de maneira a não haver perda de matéria prima e ou
contaminar a matéria prima com impureza vegetal).
-Divisor de fileira operando excessivamente. Regular de modo que não deixe fuga
de cana e não penetre o solo.
-Facas do corte de base excessivamente gastas, empenadas ou faltando. (Este item
deve ser verificado a todo momento durante o período de colheita)
-Sentido das aletas do prato do corte de base. Rolo
levantador
A
A

Na ilustração A , as aletas do disco estão no angulo correto


(jogam a terra que se acumula na superfície do disco, para fora
do disco). Na ilustração B ,repare no sentido das aletas, ela
capita terra e acaba jogando essa terra para dentro do sistema
da colhedora, ( B aletas com ângulo incorreto)

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--Cana acamada (caída/tombada).


Note que em muitos casos, quando a cana esta acamada, o próprio divisor de linha acaba
arrancando a cana do solo. O operador deve estar muito atento em identificar é o real
motivo do arranquio de soqueira e utilizar os recursos corretos para sanar o problema.

A utilização do corte lateral em muito dos casos pode


ajudar a sanar este problema, (Quando utilizar o corte
lateral certifique-se da existência da chapa flutuante do
equipamento e avalie se há o aumento de outros tipos
de perdas como: lascas, pedaços, agregado a ponteira,
entre outros). Junto com a condução alinhada da
colhedora e a linha da cultura, nesses caso o fio de corte
das facas do corte de base devem estar sempre em bom
estado

-Velocidade de deslocamento do equipamento durante a colheita


O equipamento de trabalho não foi
feito para apostar corrida, trabalhe
dentro das condições de segurança,
respeitando os limites do equipamento e
a qualidade da matéria prima.

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ETAPA 07 - EPI’s / Ferramentas e Gabaritos


-Nesta etapa faremos abordagem do operador, para constatar a
utilização e as condições de seus EPI’s, (lembrando que o
equipamento deve estar parado e com procedimento de bloqueio
realizado). *E como já vínhamos fazendo anteriormente ao nos
aproximar dos equipamentos, avalie com um olho clinico, suas
condições e eventuais anomalias.
-Botina de segurança;
-Luvas de vaqueta e ant-corte
-Óculos de segurança;
-Protetor auricular;
-Capacete;
-Perneira;
-Protetor solar;
-Touca árabe;
-Lanterna;
_____________________________________________________________________________________

FERRAMENTAS / GABARITOS
1-Marreta 7-Gabarito esteira do elevador
2-Gabarito Esteira rodante CASE 8-Bainha de proteção corte proteção corte lateral/despontador
3-pendente 9-Gabarito das facas do corte base
4-linpador de alojamento 10-Espatula
5-Sacador de cunha 11-proteção faquinha corte base
6-Gabarito Esteira rodante J.D. 12-Gancho
2 3
1

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ETAPA 08 – Estado e conservação dos equipamentos


- Colhedora, Trator, Transbordo e ou Caminhão Transbordo

Agora iremos efetivamente


avaliar o estado e
conservação dos
equipamentos, uma vez que
ao longo do A.C. já viemos
observando;

-Deve ser elaborado pelo


operador até as primeiras horas de trabalho de cada turno.
-Deve ser elaborado com precisão, citando todas as anomalias para cada item descrito
no check-list. Conferir o que foi descrito com o que se apresenta na colhedora.
-As anomalias descritas no check-list que não são motivo de paralisação até o reparo,
devem ser reparadas em até 2 dias após sua constatação.

* Todas as áreas e colaboradores envolvidos no processo devem


estar cientes das anomalias descritas e trabalhar em conjunto
para a resolução do problema o mais rápido possível.

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ETAPA 09 – Matéria estranha Vegetal


Com o operador já abordado no interior da cabine e verificado os itens como; epi’s,
gabaritos, ferramentas e check-list(conservação de equipamentos) avaliaremos a existência
de Impureza Vegetal. (Este item é possível de ser identificado desde o início do A.C. como
no caso de erradicação de rizomas, podendo notar a presença desta impureza a uma
grande distância e com um certo nível de conhecimento no assunto).
Local de Avaliação:
-Na carga de cana do transbordo (Fica evidente a presença de palha no interior do
caixote do transbordo, devemos nos atentar a cargas sanduiche, devido a pratica que vem
se tornando muito mais comum entre os
operadores para encher mais rápido o caixote e
obter um número maior de cargas, elevando
assim sua bonificação, pratica esta que não
deve ser tolerada; -Palha no tranbordamento;

. -No semirreboque e no reboque canavieiro;

-Na saída de cana do elevador;


-No elevador da colhedora; -Na saída do
extrator secundário e no extrator secundário.
*A área demarcada de verde na última imagem, acima da chapa defletora
(veneziana), não deve estar obstruída com palha, pois isto interfere na sucção de vento
pelo extrator primário, interferindo na extração de impureza vegetal.
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-Principais evidencias de presença de impureza vegetal

. -Presença de palha ou cana (cana linguiça) parcialmente


picadas na carga ou presa no elevador.
-Presença de palmito ou ponteiras na carga de cana, (Um
dos grandes vilões da contaminação de palha na matéria-prima).

- Principais causas que responsabilizam por elevados teores de matéria estranha


Vegetal na matéria-prima.
-Baixa rotação do extrator primário.
O operador deve manter a rotação do extrator
primário adequada para a real condição do
momento de colheita, avaliando meticulosamente
a todo momento as condições da matéria prima
colhida, nem pouca rotação (causa impureza
vegetal)e nem muita rotação (gera perdas por
estilhaço)
-Desgaste excessivo das pás dos extratores
primário e secundário.
O desgaste influencia na limpeza da matéria
prima, pois diminui a eficiência das pás, assim
como o desbalanceamento das mesmas causando vibrações, que se não reparados
rapidamente, ocasionaram sérios danos ao equipamento.

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-Desgaste excessivo ou danos nos gumes de corte dos facões dos rolos picadores;

-Este é sem dúvida um dos maiores


vilões que colaboram na
contaminação da matéria-prima, com
impureza Vegetal. Facões gastos e ou
quebrados não exercem sua função,
não cortando a cana e nem as folhas
e a falha da cana. Perceba na
ilustração abaixo, que quando os
facões estão ruins, a cana junto com sua palha, são cortados num tamanho maior que o

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normal, dificultando assim a sucção pelos extratores, indo para a


produção final uma quantidade maior de palha, que se prende aos
rebolos. *(Nesses casos onde os facões estão ruins, aumenta-se a perda
de caldo da cana (perda invisível), aumentando também o consumo pois
a resistência para o corte da cana é maior.
-Excesso de velocidade. (Ao exceder a velocidade de deslocamento, irá entrar no
sistema uma carga maior de massa de cana, sobrecarregando o sistema, isso diminui a
eficiência das funções das colhedoras, como também diminui a vida útil de peças e do
próprio equipamento, ocasionando aumento no consumo de combustível), ou seja, quanto
menor picar, mais limpa a cana.
-Corte base operando excessivamente baixo. Palha impregnada de terra é mais difícil
de ser removida.
-Regulagem do capuz do extrator secundário. Um grande responsável pela existência
de impureza vegetal na matéria prima, o operador deve atentar-se quando este, estiver
voltado em direção à carga, o item citado deve estar em perfeito estado de conservação e
girando normalmente 360ᵒ, lavar diariamente o capuz do extrator secundário.

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-Falta de sincronismo dos rolos picadores. Além de interferir na limpeza, ainda


ocasiona outros tipos de perda, aumenta consideravelmente o consumo do
equipamento e o embuchamento do sistema gerando perda de tempo e de
produtividade.

Os facões devem ser sincronizados de forma que passem muito perto uns dos
outros (como na imagem acima) e dependendo da marca da colhedora devem até se tocar,
é o caso da John Deere. *Verificar constantemente o sincronismo.

-Em uma prévia avaliação do corte exercido no rebolo é possível que haja a falta de
sincronismo dos facões, repare nas ilustrações acima que se a parte onde se encontra a
seta azul, for muito grande é um claro sinal de que os facões podem estar fora de
sincronismo, *uma avaliação mais crítica deverá ser feita.

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D.H.D.
A.C.- Acompanhamento de Colheita

-Existência e Originalidade de todos os elementos da colhedora.


Um exemplo bem comum
deste assunto que
acontece
corriqueiramente, mas não
é dado a devida
importância, é a existência
A ou até mesmo o ângulo das
aletas defletoras do
extrator primário, pois a
falta ou a solda em uma
posição ou ângulo errado
pode interferir na
formação do vórtex de
B C vento, e diminuindo assim
a eficiência na limpeza da
impureza vegetal. O
mesmo ocorre quando
estão obstruídas por terra.
Corte lateral/Extrator primário
A-Espiral ou Vórtex de vento/ B- Aleta defletora/ C-Ângulo da Aleta defletora
*Quando houver alterações, como a troca das pás da hélice do extrator primário
originais, por uma de “alta performance”, o operador deve respeitar as ações que se
alteram junto com a mudança das pás. Exemplo: não deve exceder uma certa velocidade na
rotação do extrator primário.
-A obstrução por terra, das aletas no interior da
cúpula do extrator primário interfere na extração de
impureza mineral.

-Regulagem do giro do extrator primário.

-Verificar se o extrator primário está jogando palha no elevador ou


na fileira de cana, não deve acontecer. Verifique a causa e procure a
solução imediata do problema.

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D.H.D.
A.C.- Acompanhamento de Colheita

- Má utilização e não utilização do corte de pontas.


A
Sabemos que um dos maiores vilões na existência
de impureza vegetal na matéria prima é a palha contida
na ponteira da cana, sendo assim, quando constatado a
existência de ponteiras na carga do transbordo,
B devemos verificar o funcionamento e existência de
facas no disco de corte do despontador. Quando
cortamos acima do ponto correto de corte, ex; (A),
deixamos agregado ao caule da cana, o
palmito da ponteira, agregado este que é difícil de ser
eliminado da carga. O operador deve sempre posicionar o
despontador no local correto de corte, ex; (B), vamos ver
abaixo uma dica para saber o ponto correto de corte;
DICA
*Com uma das mãos
agarre o caule da cana e
com a outra puxe a

ponteira para baixo, o


ponto onde ocorre a
quebra,será o local onde
o operador deverá mirar
o corte do despontador.

O operador deve atentar-se em utilizar de maneira eficáz esta ferramenta de desponte,


uma vez que sabemos que o nivel do ponto de corte da ponteira pode oscilar devido a
altura da cana, o operador deve acompanhar essa oscilação no botão de regulagem de
altura do despontador. OBS:*Em caso de cana totalmente acamada não haverá
necessidade de ligar o despontador.

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D.H.D.
A.C.- Acompanhamento de Colheita

-Regulagem da Chapa defletora da caixa do picador.


Logo acima dos rolos picadores existe uma chapa que pode ser regulada em 3 diferentes
ângulos, note nas ilustrações abaixo que em cada regulagem a cana sofre interferência na
sua trajetória. * Esta regulagem é
muito pouco utilizada hoje em
1 dia, (o operador deve utilizar
todos os recursos que seu
equipamento disponibiliza) e é
uma ferramenta que a colhedora
nos fornece para melhor
aproveitamento do equipamento.
-Na imagem 1, a chapa localiza-se
toda voltada para cima, deixando
que a cana seja lançada mais
longe e mais alto, assim

2 facilitando a extração da palha


pelo extrator primário. –Na
imagem 2, a chapa se encontra
numa regulagem intermediaria,
limitando um pouco mais o
percurso da cana. –Na imagem 3,
a chapa já está na ultima
regulagem inferior, limitando
ainda mais o percurso da cana,
sendo assim a cana passará numa
maior distância do extrator

3 primário, em todas as
regulagens, é necessario levar em
consideração o tamanho do
rebolo cortado, assim como o seu
peso. Uma vez que o peso e a
quantidade de rebolos variam
dependendo da variedade e o
TCH da cana) dificultando a
extração de palha pelo extrator
primário. *Má regulagem desta
chapa pode ocasionar perda de
estilhaços, se deixarmos a chapa na regulagem superior em uma cana leve, o extrator

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D.H.D.
A.C.- Acompanhamento de Colheita

primário não sugará apenas a palha, como também rebolos de cana , (veja na imagem 1, as
pás da hélice atingindo alguns toletes/ rebolos) estilhaçando esses rebolos e até mesmo
lançando-os fora junto com a palha, se a rotação da hélice do extrator estiver ultrapassando
o ideal. Uma boa regulagem dessa chapa, pode gerar consumo de combustível, já que posso
diminuir a rotação do extrator primário).

3 tipos de cana

3 níveis de regulagens

Exemplos:
1- Cana leve ou pedaços pequenos, indicando-se deixar a chapa na regulagem
mais baixa.
2- Cana de porte médio, peso e corte do rebolo mediano, deixar na regulagem
intermediaria.
3- Cana de TCH alto, rebolo grande e pesado, recomendando-se deixar a
regulagem da chapa na opção mais elevada, assim a massa de cana expelida
pelo picador é lançada o mais próximo possível do extrator primário. * Neste
caso deixar a regulagem do tamanho de corte do tolete na opção de corte
menor possível.
*Regular a chapa de maneira que; -a cana esteja sendo limpa de impureza vegetal;
-não esteja ocorrendo perda por estilhaços; -e de uma forma exija de menos rotação do
extrator primário, (para reduzir consumo de Diesel).
*Dica, conforme subimos a regulagem da chapa, consequentemente diminui-se a rotação do extrator
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D.H.D.
A.C.- Acompanhamento de Colheita

-Pisoteio de Materia Prima.


Não menos grave que as citadas anteriormente, é o pisoteio da matéria prima, pois
quando isso ocorre há o esmagamento do caule da cana, fazendo com que se perca muito
caldo da cana (isso é prejuízo para a empresa que teve alto custo para que a cultura
chegasse até o ponto de colheita), além de quando a cana e esmagada e pisoteada junto
com a palha, tornando-se uma massa mais densa, que fica difícil de ser colhida, causando
embuchamento do corte base, rolos alimentadores e picadores, dificultando
consideravelmente a extração da impureza vegetal da matéria prima.

. *-Manter o alinhamento da colhedora, em relação a fileira de cana utilizando o GPS.

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D.H.D.
A.C.- Acompanhamento de Colheita

ETAPA 10 – Operação e Regulagens

Nesta etapa iremos acompanhar a atividade de colheita e operação, se estão sendo


cumprido corretamente todos os procedimentos do P.O.P. e se estão realizando os ajustes
necessários para a não ocorrência de perdas.
Verificaremos:
-Carregamento do primeiro transbordo na entrada e na saída do talhão;
-Entrada e saída do eito de corte.
-Regulagem da altura do corte de base.
-Regulagem da altura do despontedor.
-Regulagem da altura dos divisores de fileira.
-Regulagem da velocidade.
-Regulagem do copiador de solo automático, CACB/CICB ou Auto-tracker.
-Manobra da colhedora.
-Manobra do transbordo.
-Regulagem da velocidade das pás do extrator primário.
-Desligamento dos implementos da colhedora na manobra.
-RPM do motor equivalente ao exigido realmente pela colheita (fild cruise/smart
cruiser)
-

Esta etapa finaliza o Acompanhamento de colheita A.C.

“ Veremos agora apartir da pagina 28, os tipos de perdas que mencionamos, e a


maneiras de eliminar estas perdas ou caso não seja possivel elimina-las, maneiras de
minimiza-las.”

27
D.H.D.
A.C.- Acompanhamento de Colheita
CONTENÇÃO DE PERDAS
PEDAÇOS / COLMO
O pedaço pode estar solto ou agregado à touceira.
São vários os motivos deste tipo de perda, como por
exemplo; falta de aletas corte base; nivelamento
inadequado do solo, não uso do sistema de copiador
de solo automático ou este com defeito, regulagem
incorreta do divisor de fileira, desalinhamento entre
colhedora e a fileira da cultura, não utilização do GPS
ou este com defeito, facas do corte base gastas ou
< MENOR 1,50 m faltando.
*Quando encontrado este tipo de
perda, em mais do que dois pontos do
percurso avaliado, a colheita deverá ser
paralisada imediatamente e solucionado
o motivo de perda.

-----------------Principais causas desse tipo de perda--------------------------


Nivelamento inadequado do solo

Quando constatado que a causa da ocorrencia deste tipo de perda for o nivelamento irregular do solo, a única
auternativa de contenção será uma operação mais criteriosa, diminuindo a velocidade de deslocamento do
equipamento, atentando-se para a regulagem um pouco mais agressiva no ponto de ataque do corte de base e dos
divisores de linha, a todo momento manter atenção na quadlidade de colheita, uma dica que pode ser usada é
deslocar um pouco o ponto de ataque do corte de base, mirando a parte frontal do disco do corte de base (devido
ao anguno do disco, sua parte frontal é a que tem ataque mais profundo) na linha da cana, o disco pode buscar um
corte mais profundo, buscando aquela cana no interior
do desnivel do solo,*(cuidado pois esta ação pode causar
outro tipo de perda, porque quando desloca-se o
equipamento para o lado isso pode fazer com que a
esteira rodante passe por cima da cana ainda não
colhida ou haja pisoteio da que já foi colhida) lembrando que cada caso é um caso e toda tentativa de se melhorar
a colheita deve ser comunicada e acompanhada pelo lider.

28
D.H.D.
A.C.- Acompanhamento de Colheita

Copiador de solo automático

As colhedoras de cana atualmente, dispõe de mecanismos que auxiliam o operador para


obterem melhores resultados na colheita, o copiador de solo automático é uma delas, no
entanto são mal aproveitadas pelos envolvidos no processo de colheita, que por sua vez
não utilizam; por estarem danificados; por não saber manusear, regular e calibrar; e
também em alguns casos, não tem aceitação por parte de alguns operadores. (Por acharem
um mecanismo um pouquinho complexo de manusear). Este último raciocínio deve ser
mudado, pois já esta mais do que provado que um copiador de solo automático em perfeito
funcionamento, bem regulado, e utilizado de maneira correta auxilia e muito na redução de
perdas e até mesmo na redução do consumo de combustível do equipamento.

B
A 0

Trabalhando com o copiador


automático do corte de base, o
operador conseguirá uma regulagem em que a colhedora flutue rente ao solo, não
penetrando no solo e nem deixando espaços por onde possa haver fuga de cana,
ocasionando a perda mencionada, nesse caso o “pedaço”, (ver fig. A). No caso da colhedora
John Deere, tanto a suspenção da colhedora (corte de base) quanto os divisores de linha
trabalham juntos num sistema integrado, onde o divisor também flutua, e assim não
penetram no solo e nem trabalham erguidos deixando fuga de cana causando perda de
pedaços. (ver fig. B).
*Ver procedimento de regulagem e de uso no P.O.P. 2018
29
D.H.D.
A.C.- Acompanhamento de Colheita
Regulagem do divisor de linha
Regular a altura do divisor de fileira de modo que não deixe
passar nenhuma cana por baixo do divisor, causando perda por
pedaços. Não deixar que o divisor afunde no solo, causando
impureza mineral, danos ao equipamento e consumo de
combustível elevado. Regular também a inclinação do divisor de
linha. Regular a sapata flutuante a fim de conter perdas de
pedaços e mantenha sempre a ponteira de desgaste do divisor
dentro do padrão.

Sapata flutuante Ponteira de desgaste

Alinhamento entre colhedora e rua de cana


Caso a colhedora não estiver alinhada perfeitamente com a rua de cana, diversas
irregularidades ocorreram, como; arranquio de rizomas, perda invisível, pedaço de colmo,
agregado ao ponteiro,
pedaço, impureza mineral
e vegetal, agregado a
touceira, lascas. Se as
sapatas flutuantes,
defletoras e aletas, não
conseguirem guiar esses
pedaços de cana para
dentro da boca da
colhedora, parte da
matéria prima irá se
perder. E quando a
colhedora esta
desalinhada com a rua é
muito dificil evitar as perdas. Repare na
Perímetro tolerável
ilustração, qualquer oscilação dentro desse
de oscilação
perímetro(entre as linhas amarelas) é toleravel,
dependendo da situação da cana.
Se a fileira de cana estiver fora dessa demarcação amarela (onde estão as setas
vermelhas) a qualidade de colheita será comprometida, podendo até ser colhida mas
interferindo na qualidade, gerando Pedaços , Pedaços de colmo, etc...

30
D.H.D.
A.C.- Acompanhamento de Colheita

Não utilização do PILOTO AUTOMATICO


Ferramenta primordial para a redução de vários tipos
de perda, são elas; arranquio de rizomas, perda invisível,
pedaço de colmo, agregado ao ponteiro, pedaço,
impureza mineral e vegetal, agregado a touceira, lascas,
Como vimos no exemplo anterior de “alinhamento da
colhedora na rua de cana” qualquer oscilação da
colhedora em relação a fileira de cana pode causar
perda, o GPS, quando em bom funcionamento e correta utilização pode guiar a colhedora
de modo que não saia fora da rua de cana. .
-Deve-se sempre utilizar o GPS do seu equipamento, caso não esteja funcionando
comunicar os responsáveis e procurar a solução imediata do problema.
*Em caso de dúvida comunicar responsáveis e ver, P.O.P. de colheita.

Falta de faca ou facas gastas no corte de base


Verificar a todo momento a qualidade do corte da cana, através do corte de base, a falta
de facas acarreta grande quantidade de perda, o mesmo acontece se estiver gasta ou torta
(empernada). Quando as facas não estão em boas condições pode ocorrer vários tipos de
perdas, que são; Agregado a touceira, abalo da touceira, arranquio de touceira, Pedaço,
Pedaço de colmo, corte irregular no caule da cana, lascas,
A
Impureza mineral e vegetal. Veja no exemplo A as facas estão
gastas estilhaçam e causam um corte irregular ao invés de cortar,
isso também causa abalo à soqueira. (isso
facilita entrada de fungos e insetos que
prejudicam muito a cana). No exemplo B
ainda devido a faca ruim, ela arranca a
touceira com o impacto da pancada da
faca cega na cana, puxando a cana do solo. A contaminação por
B impureza mineral também ocorre pela falta de facas ou facas gastas
já que o disco trabalha mais próximo ao
solo, lançando terra no interior da colhedora.
No exemplo C vemos uma grande massa de matéria prima
misturada com palha, touceira, acumulada e sendo arrastada pelo
corte de base, quando essa massa entrar na boca da colhedora o
sistema inteiro irá embuchar.
C
31
D.H.D.
A.C.- Acompanhamento de Colheita

Falta de aletas no corte de base


A falta das aletas da canela (pé de galinha)
do corte de base é a causa também de
alguns tipos de perdas, como: Lasca,
Pedaço, impureza vegetal. Na falta de
aletas não há nada que puxe a cana para
dentro do sistema dos rolos alimentadores,
por esse motivo acumula uma quantidade
considerável de massa de matéria prima
junto com palha na boca do corte de base,
Aletas
essa cana acumulada sofre impacto de várias partes moveis, lascando e despedaçando a
cana. Quando essa massa de cana resolve entrar dentro da colhedora, o sistema não
suporta a grande quantidade de massa e embucha o corte de base ou o picador, quando a
cana chega ao extrator fica difícil o extrator remover a palha misturada junto a cana
esmagada.
*Não deixe faltar as aletas da canela do corte de base. Comunique os envolvidos no
processo e cobre a solução do problema.

Falta da sapata flutuante e defletor


A falta da chapa flutuante e defletora do corte
de base ocasiona perda de varios tipos de matéria
Defletoras prima, pelo vão desprotegido, por ele escapando;
Pedaço, colmo, lascas.
A sapata flutuante (fixada no divisor de fileira) é
responsavel por resgatar pedaços de cana no solo e
guialos para dentro da boca do corte de base, assim
como a defletora (fixada na estrutura da colhedora)
funciona como uma pequena extenção da
flutuante, guiando a cana e pedaços para dentro da
Sapatas boca do corte de base.
Flutuantes *Regule a sapata flutuante conforme indicado no P.O.P. (1”
pol. Abaixo do nível do corte base). Uma ótima regulagem auxilia no combate a perdas, se
ficar numa regulagem muito baixa, diminui a vida útil da chapa e contaminará a matéria
prima com impureza mineral.

32
D.H.D.
A.C.- Acompanhamento de Colheita
COLMO
É considerado Colmo toda a
perda maior que 1,50m por isso
devemos ficar muito atento caso
. ocorra esta perda, pois em

 Maior 1,50 m

uma pequena área pode conter uma grande


quantidade de matéria prima perdida.
Se for encontrado colmo em mais de dois
locais da avaliação a colheita deve ser
interrompida imediatamente e procurar a solução para o problema. O colmo pode estar
solto ou agregado a touceira, alguns motivos para a ocorrência desta perda é; nivelamento
inadequado do solo, não uso do sistema de copiador de solo automático ou este com
defeito, regulagem incorreta do divisor de fileira, desalinhamento entre colhedora e a
fileira da cultura, não utilização do GPS ou este com defeito, facas do corte base gastas ou
faltando.
Os métodos de contenção desse tipo de perda são os mesmos das de
Pedaços, por isso basta consultar as páginas anteriores seguindo as dicas
abaixo;
Nivelamento inadequado do solo Ver pg-28

Copiador de solo automático Ver pg-29

Regulagem do divisor de linha Ver pg-30

Alinhamento entre colhedora e rua de cana Ver pg-30

Não utilização do GPS Ver pg-31

Falta de faca ou facas gastas no corte de base Ver pg-31

Falta de aletas no corte de base Ver pg-32

Falta da sapata flutuante e defletor Ver pg-32

*Verificar os metodos de conteção e aplicar para sanar ou diminuir a ocorrencia desse


tipo de perda.

33
D.H.D.
A.C.- Acompanhamento de Colheita

AGREGADO A TOUCEIRA (TOCO)

O agregado à touceira ou o popular “toco”, é uma das perdas mais fácil de se visualizar.

B
A

A - Limite tolerável de agregado a touceira, gira entorno de 3 centímetros, do


solo para cima.

B - Representa o ponto que excede a margem tolerável de agregado a touceira,


todo agregado que ultrapassar essa margem é considerado Perda de agregado a touceira.
Sempre que ocorrer esse tipo de perda, todos os envolvidos no processo devem
procurar a solução imediata para o problema.
Ao adentrarmos no interior da cultura, (se ocorrer esta perda), já identificaremos
logo de cara, no entanto ela pode estar em pontos isolados do talhão ou obstruida por
palha e terra, utiliza-se da visão (olhos) e do tato (pés e mãos com gancho especial) para
detectar a existência de perdas.

34
D.H.D.
A.C.- Acompanhamento de Colheita

-----------------Principais causas desse tipo de perda--------------------------

Dentro do Padrão

Fora de Nivelamento

Quando constatado que a causa da ocorrencia deste tipo de perda for o nivelamento
irregular do solo, a única alternativa de contenção será uma operação mais criteriosa,
diminuindo a velocidade de deslocamento do equipamento, atentando-se para a regulagem
um pouco mais agressiva no ponto de ataque do corte de base e dos divisores de linha, a
todo momento manter atenção na qualidade de colheita, uma dica que pode ser usada é
deslocar um pouco o ponto de ataque do corte de base, mirando a parte frontal do disco do
corte de base (devido ao angulo do disco, sua parte frontal é a que tem ataque mais
profundo) na linha da cana, o disco pode buscar um corte mais profundo, buscando aquela
cana no interior do desnivel do solo,*(cuidado pois esta ação pode causar outro tipo de
perda, porque quando desloca-se o equipamento para o lado isso pode fazer com que a
esteira rodante passe por cima da cana ainda não colhida ou na que já foi colhida).
Lembrando que cada caso é
unico e toda tentativa de
melhora da colheita deve ser
comunicada e acompanhada
por todod responsáveis no
processo.
*Comunicar falta de nivelamento do solo, para imedaita solução da equipe de
tratos culturais.

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D.H.D.
A.C.- Acompanhamento de Colheita

Copiador de solo automático


As colhedoras de cana atualmente, dispõe de mecanismos que auxiliam o operador
para obter melhores resultados na colheita, o copiador de solo automático é uma delas, no
entanto são mal aproveitados pelos envolvidos no processo de colheita, que por sua vez
não utilizam; por estarem danificados; não saber manusear, regular e calibrar; e também
em alguns casos, não tem aceitação por parte de alguns operadores. (por acharem um
mecanismo um pouquinho complexo de manusear). Este último raciocínio deve ser
mudado, pois já esta mais do que provado que um copiador de solo automático em perfeito
funcionamento, bem regulado, e utilizado de maneira correta auxilia e muito na redução de
perdas e até mesmo na redução do consumo de combustível do equipamento.

B
A

Trabalhando com o copiador


automático do corte de base, o
operador conseguirá uma regulagem em que a colhedora flutue rente ao solo, não
penetrando no solo e nem deixando espaços por onde possa haver fuga de cana,
ocasionando a perda mencionada, nesse caso o “pedaço”, (ver fig. A). No caso da colhedora
John Deere, tanto a suspenção da colhedora (corte de base) quanto os divisores de linha
trabalham juntos num sistema integrado, onde o divisor também flutua, não penetrando no
solo e nem trabalhando erguidos deixando fuga de cana causando perda de pedaços.
(ver fig. B). *Ver procedimento de regulagem e de uso no P.O.P. 2018

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D.H.D.
A.C.- Acompanhamento de Colheita

Alinhamento entre colhedora e rua de cana


Em muitos casos o desalinhamento entre a colhedora e a rua de cana pode causar
agregado a touceira, Note que na ilustração A, que se trabalharmos com a faca no nível do
solo, sem toca-lo (fig-1) o ângulo natural dos discos permite uma pequena brecha, deixando
naturalmente um pequeno “toco”,(fig-2), muita das vezes esse toco, é inferior à margem

A 1

tolerável de 3 centímetros, a situação deve ser avaliada, se convém afundar um pouco mais
os discos ou deslocar-se a colhedora para o lado, onde a faca toca mais próximo ao solo.
Esta ação de deslocar a colhedora é muito arrisca, pois como podemos observar na
ilustração acima nos exemplos B e C, a esteira rodante pisa encima da fileira de cana ao
lado, seja ela já colhida ou não colhida, Causando; perda invisível, pois espreme todo o
caldo do colmo; perca de agregado a touceira, pois fica difícil das facas do corte base
resgatar está cana macetada no solo; abalo a soqueira, pois a cana esmagada sofre um
certo puxão ao ser cortada já que as fibras se tornam mais maleáveis; impureza mineral, já
que se torna mais difícil a limpeza da cana esmagada. Por isso sempre trabalhe com a
colhedora alinha com a fileira da rua da cana e sempre utilize o sistema de GPS do seu
equipamento, o não funcionamento ou
possíveis falhas deste sistema deve ser
comunicado e toda equipe do processo deve
procurar a solução do problema.
*Sempre manter o alinhamento do
equipamento em relação a rua de cana.

37
D.H.D.
A.C.- Acompanhamento de Colheita
Excesso de velocidade do equipamento
O excesso de velocidade do
equipamento é um grande inimigo
quando o assunto é qualidade,
(lembre-se, você não está apostando
corrida, muito menos se tratando de
uma ferramenta de trabalho), além de
causar desgaste prematuro e quebra
do equipamento, causa contaminação
por impureza mineral e vegetal e diversos tipos de perdas, sendo uma dessas perdas o
Agregado a touceira. Procurar atingir a maior velocidade possível naquele momento de
colheita, (para uma boa produção e redução do consumo) levando em conta as condições
da cana, desde que não interfira na qualidade da colheita, se preocupando com as perdas,
na segurança do equipamento e a do operador.

Falta de faca ou facas gastas no corte de base

Avaliar a todo momento como está ficando o corte da cana, pelo corte de base, a falta de
facas acarreta grande quantidade de perda, o mesmo acontece se ela estiver gasta ou torta
(empernada). Quando as facas não estão boas pode ocorrer vários tipos de perdas, sendo
uma dessas o Agregado a touceira,

Note nas ilustrações acima que se as facas e o fio do corte das mesmas, estivessem bons o
ponto de ataque das facas seriam mais proximo ao solo e o corte não seria por impacto e
sim pelo corte contuso, deixando o toco menos propicio a doenças nocivas a cana
Corte limpo e realizado Corte através de
com a faca em bom impacto, danifica a
estado de conservação cana e não corta no
atinge o local ponto ideal
determinado de corte. determinado pelo
operador.
38
D.H.D.
A.C.- Acompanhamento de Colheita

ROBOLO
O REBOLO, também conhecido como tolete, é
considerado a perda mais cara do processo, uma
vez que ele passa por praticamente todo o processo
de colheita da colhedora, gerando consumo e
desgaste do equipamento, para depois ser jogado
fora. É considerado rebolo; quando ele já passou
pelo processo de corte do picador da colhedora,
diferente de algumas perdas por pedaços,
PEDAÇO REBOLO que podem até aparentar um rebolo, mas
tem sua origem por outros motivos.
Podemos diferencia-los verificando o
corte, o pedaço apresenta resquícios de
quebradura, parece que foi partido, (fig-
1), já o rebolo apresenta um corte limpo e
reto, e apresenta a forma característica
do corte dos facões do picador. (fig-2).
As causas da ocorrência desse tipo de perda são; Falta de alinhamento entre colhedora e
transbordo e transbordo e colhedora, desgaste na talisca da corrente do elevador, desgaste
e furo no assoalho do elevador, extrator primário com rotação acima ou abaixo do normal,
carga do transbordo muito cheia, esteira do elevador bamba, regulagem da engrenagem da
esteira do elevador inadequada, falta ou desgaste da chapa defletora ou veneziana do
compartimento do extrator primário, terra impregnada no compartimento do extrator
primário, rolo picador lançador e no cesto do elevador, regulagem e limpeza da chapa
defletora do compartimento dos rolos picadores.

39
D.H.D.
A.C.- Acompanhamento de Colheita

---------------------Principais causas desse tipo de perda-----------------------

Terra impregnada no equipamento


1

2
5

3 4

Alguns locais onde o acumulo de terra é mais prejudicial, agravando ainda mais a perda
1-Defletoa superior do picador, 2-Defletora lateral do picador, 3-Rolo lançador (J.D.),4-
Borda do cesto, 5-Veneziana
Com o acumulo de terra em algumas partes do conjunto; picador,extrator primário e
elevador, pode fazer com que os rebolos desviem de suas rotas quando são lançados pelos
rolos picadores, caindo fora do cesto do elevador e assim se tornando um perda.
O rebolo sofre interferência em sua trajetória,
devido ao acumulo de terra. Verificar existencia
de terra, se houver promova a solução imediata
para o problema,
remover a terra com
auxilio da espatula e
lavar o equipamento.
*Verifique tambem a
procedência da terra,
verificar regulagem do copiador de solo
automático e do divisor de fileira.

40
D.H.D.
A.C.- Acompanhamento de Colheita

Vista superior Repare na figura ao lado que a terra


impregnada no rolo lançador (John
Deere) também interfere na trajetória
da cana. E a terra que até certo ponto é
comum visualizarmos, encontrada nas
laterais do cesto do elevador, também
age como uma barreira, que impede
que a cana caia dentro do cesto do
elevador.

Regulagem da defletora lateral


A chapa defletora lateral é uma chapa encontrada no
compartimento interno na caixa dos rolos picadores da
John Deere, logo acima do rolo lançador, é esta que na
ilustração podemos ver em vermelho, para melhor
compreensão, (na realidade ela é verde), ela é móvel
podendo encurtar-se e alongar-se, no sentido que as
setas da ilustração ao lado estão indicando,

Vista superior

Note que na primeira ilustração, a chapa está toda recuada e assim não impede que a cana
seja lançada para fora do cesto da colhedora, já na segunda ilustração a chapa está mais
avançada, defletindo a cana para dentro do cesto novamente.

41
D.H.D.
A.C.- Acompanhamento de Colheita

Falta de alinhamento entre Equipamentos

A falta de alinhamento ocorre tanto por parte da colhedora entre


o transbordo (É quando a colhedora que não consegue manter
uma velocidade constante e ou alinhamento no sentido correto da
fileira de cana), ou, quanto pelo transbordo em relação à
colhedora, (é quando o transbordo que não manter uma
velocidade constante e ou alinhamento na fileira de cana), os
operadores tanto da colhedora, quanto do transbordo, devem
trabalhar em equipe mais do que nunca, para que não ocorra a

perda de rebolo. Oscilação na velocidade Oscilação no alinhamento com a fileira


. Os operadores envolvidos, devem manter a comunicação constante via rádio amador.

Para evitar ao máximo a queda de cana fora do caixote do transbordo, como nas figuras
cima. Fazer uma carga razoável sempre aproveitando ao máximo o limite do transbordo,
mas tomando cuidado para que não caia rebolo fora do caixote do transbordo.
Manter o paralelismo entre a fileira de cana e
entre os equipamentos, atentando-se para não
haver cheque entre transbordo e elevador e
nem pisoteio da touceira. Como na imagem ao
lado, isso quando o nível do solo permitir,
haverá situações em que os operadores

deveram ficar mais atentos, como


1
podemos ver na
próxima imagem,
em que há um
terraço no meio
da cultura de
cana, nestas... 2
42
D.H.D.
A.C.- Acompanhamento de Colheita

situações, algumas medidas devem ser tomadas, como a colhedora sofreu uma inclinação,
o elevador pode ser baixado apenas um pouquinho, para o ponto de lançamento da cana,
na saída do elevador vá um pouco mais distante, pois
se o elevador estivesse na sua posição normal
deixaria cair muito rebolo fora do caixote do
transbordo. (cuidado para não abaixar
demasiadamente o elevador e o mesmo não entrar
em contato com a esteira rodante da colhedora (fig-
2) e também o cesto não danificar a chapa
veneziana, (fig-1)). A posição do transbordo também
é muito importante, pois se ele for
acompanhar a rua de cana, irá forçar
a estrutura do caixote do transbordo
contra a estrutura do elevador,
havendo o risco de danificas ambos
os equipamentos, podendo ocorrer
danos graves. E se o elevador
trabalhar nesta posição, (muito
inclinado) os rebolos se acumularam
no local sinalizado na ilustração,
caindo muito rebolo para fora do
elevador causando muita perda de
rebolo.

Por outro lado, de houver o desequilíbrio


no alinhamento entre os dois operadores,
com os equipamentos, (distanciamento
entre as partes), também ocorrerá perda
de rebolo, veja a ilustração ao lado,
mesmo com o elevador abaixado e o flap
todo aberto, a bica da cana, não conseguir
alcançar o interior do caixote do
transbordo, corre o risco do elevador se
chocar com a esteira rodante, o cesto
danificar a veneziana, e em alguns casos o
cesto obstruir a saída de cana do picador
fazendo com que a cana retorne e saia por baixo dos rolos do picador, fazendo um cordão
de cana no chão sob a colhedora, é ai que uma popular expressão é usada, quando dizem:
que a colhedora está retornando cana! “-Atentar-se quanto a impureza
Vegetal/secundário, para não jogar dentro do caixote do transbordo.

43
D.H.D.
A.C.- Acompanhamento de Colheita

Quando a colhedora ou o transbordo estão


pensos em relação um ao outro, terá que ser
afastado um equipamento do outro, de
modo a não sobrecarregar o elevador e nem
seu sistema de corrente, cabos, polias etc...
muito cuidado com o Flap e com o giro do
secundário para não soprar palha dentro da
carga de cana de açúcar. *lavar diariamente
o sistema do giro do extrator secundário.

Perda de rebolo pelo elevador


Na imagem ao lado vemos
alguns pontos onde o rebolo
está caindo fora do caixote do
transbordo e por traz da chapa
de proteção do elevador, (Esta
cana é a que encontramos
quando voltamos os quarenta
passos do início do A.C.) vamos
ver alguns motivos para que isso
ocorra. Nesta outra imagem,
observamos que a cana está

sendo arrastada pela talisca da esteira do elevador,


podendo ter entrado no local, devido a corrente estar
frouxa (é preciso verificar o tensionamento da esteira do
elevador com uso do gabarito), ela pode ter entrado
também, por uma falha na regulagem da engrenagem
de distância da corrente na base do elevador, e do
acoalho. (Verificar a regulagem, não pode permitir
passagem de rebolo por
debaixo da talisca.

44
D.H.D.
A.C.- Acompanhamento de Colheita

Verificar se o assoalho do elevador está danificado com furos (ver primeiro Quadro), isto
permite a queda de cana pelo furo. Verifique se a talisca está gasta ou torta (ver segundo
quadro), se o assoalho está gasto, empenado ou amaçados, ou os trilhos estão irregulares
(terceiro quadro), devido a falhas como estas mencionadas os rebolos ficam presos e são
arrastados e uma grande parte acaba cindo fora do caixote do transbordo como vimos na
primeira ilustração acima. Se identificado alguma dessas não conformidades todos os
responsáveis do processo devem procurar a solução o mais rápido possível, podendo parar
o equipamento caso haja extrema perda de cana.

Veneziana do compartimento do extrator


A veneziana ou chapa
defletora inferior do extrator
primário é um item
fundamental para a impedir
que a cana seja lançada para
fora da colhedora. Repare
ilustração, que a cana que é
lançada pelos rolos picadores, cai grande parte,
B
fora do cesto do elevador, e assim perdendo essa
valiosa matéria prima. Note na imagem B que a
veneziana impede que a cana seja lançada para
fora e é direcionada para dentro do cesto do
. elevador. Tanto a falta ou o
desgaste desta chapa,
ocasiona perda de matéria
prima, Veja na imagem ao
lado a cana sendo lançada
para fora da colhedora.

45
D.H.D.
A.C.- Acompanhamento de Colheita

Aqui podemos ver, o local que deveria existir a chapa


defletora, (mas esta gasta).
*E também só para reforçar sobre o maleficio do acumulo
de terra na colhedora, note que o rebolo poderia ter
caído dentro do cesto do elevador, no entanto o rebolo
“quica” na terra acumulada na estrutura do cesto e o
rebolo acaba caindo fora da colhedora.

Excesso de palha (baixa rotação do extrator)


.A baixa rotação do extrator primário
tambem contribui para perda de
rebolo, devido a massa de matéria se
tornar mais densa nos perimetros do
extrator primário e elevador,
ocorrendo um acumulo de cana e
palha neste local, e quando a esteira
do elevador vai transportar toda essa
massa de cana e palha para o topo do
elevador, o mesmo tranborda
deixando cair rebolos para fora da
colhedora.
As pás gastas fazem com que o o extrator perca
eficiência em sua tarefa de remoção da palha, tornando o
extrator menos eficiênte. Isso pode acarretar não só a perda
do rebolo, como aumento da impureza vegetal e aumento do
consumo de combustivél, uma vez que o operador percebendo
o aumento da impureza vegetal ira aumentar sua rotação para
obter melhor limpeza por parte do extrator primário.
*A inclinação excessiva do terreno faz com que o
elevador fique numa posição muito ereta, e assim também transborda cana para fora da
colhedora.

46
D.H.D.
A.C.- Acompanhamento de Colheita

O excesso de palha interfere também por


obstruir a sucção do ar, por parte do extrator
primário e também por obstruir a saída se
palha na boca de saída do extrator primário.
A palha acumulada encima da veneziana e em
outros locais deste compartimento obstruem
a entrada de ar, (como podemos observar nas
setas azuis), o ar não consegue entrar no
sistema do extrator primário diminuindo sua
eficiência.
. Já o excesso de palha acumulado na cúpula

do extrator primário impere a saída de palha fazendo com que a mesma retorne para a
carga de matéria prima. As causas desse problema são; o giro não conforme do extrator
primário, jogando a palha no elevador da colhedora (como na imagem acima), ou a
posição incorreta do extrator primário durante a colheita, com o elevador no ponto de
saída de palha do extrator, ou falha no mecanismo onde o extrator não faz o movimento
de giro.
*O operador e a equipe de processo de colheita devem estar sempre atentos a este
problema

Alta rotação do extrator primário


A rotação em excesso do extrator primário também
causa perda de rebolo, como também provoca
estilhaços e alto consumo de combustivél,
devido a exigência do equipamento sem real
necessidade. Dependendo do tipo de cana esse
excesso de rotação do extrator primário, cria uma
sucção maior do que o necessário, sugando não só as
palhas, como também os rebolos, que são atingidos
pelas pás da helíce do extrator primário e jogados
para fora da colhedora, ou dependendo do impacto o
rebolo sofre um desfibramento se transformando em
estilhaço.

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A.C.- Acompanhamento de Colheita

Porte da cana

Olhe nas imagem e note que esta ocorrendo o


choque, entre as pás da helíce com o rebolo da
cana, isso faz com que ele são lançados para fora da
colhedora, algumas medidas podem ser tomadas,
são elas; -Ter conhecimento do tipo de cana em
que se encontra a colheita naquele momento,
(verificar se ela tem um porte grande e mais
pesado, ou fino e mais leve, e assim equalisar a
rotação do extrator primário); -verificar a rotação
do extrator primário; -ferificar a regulagem da
chapa defletora do picador (ver pg. 24).
.

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Pisoteio
Como a imagem ao lado demonstra, mesmo
se tudo estiver perfeito com os outros tipos
de perdas, mas se estiver havendo pisoteio na
lavoura, todo os esforços na contenção de
perdas, feito até agora, terão sido em vão. O
pisoteio não é uma perda que se apresenta o
resultado negativo de imediato, as
consequências desta falha, seram sentidas no
decorrer dos anos de vida do canavial. Este
ato apresentará sérias perdas a longo prazo.

Solo compactado

Cana esmagada

Cana sem lesão

Uma vez que a cultura sofre uma compactação pelo equipamento agrícola que transita na
lavoura e principalmente pelos equipamentos da colheita, que são de certa forma, mais
pesados que os de outros processos, a cana é estilhaçada, quebrada, compactada no solo,
lascada, etc...Veja na imagem, anterior como apenas uma passada de um trator pode
causar um estrago na cultura de cana, imagine o trator e os outros dois transbordos

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carregados, pesando em média até 10.000 toneladas cada, o


estrago que pode fazer, olhe quantas touceiras de cana foram
danificadas.
Quando um pé de cana é pisado e assim danificado pelo pneu
ou esteira do equipamento, ela se estilhaça todo, abrindo
fendas por onde a cultura pode ser atacada por pragas, insetos
fungos, e diversos outros tipos de praga, que interferem no desempenho de
produtividade da lavoura nas próximas safras e ou até mesmo causa a morte daquela
touceira infectada com a praga ou por insetos que depositam seus ovos nas fendas
abertas pelo pisoteio, para quando na faze de larvas comerem todo o interior da cana,
causando a morte da cana.
Quando a cultura mencionada, sofre este tipo de dano, as
fendas causadas pelo pisoteamento, pode reter líquidos como,
água chuva e até o próprio caldo, este acumulo propicia o
surgimento de fungos nocivos à planta, tudo isso reduz a
quantidade de plantas, assim reduzindo a produtividade do
canavial.
Com o pisoteio não é só a parte externa da planta que
sofre danos, a parte localizada debaixo do solo também
sofre avarias, como vemos na imagem ao lado a
soqueira é literalmente esmagada, além de ter todo o
solo ao em
torno da soqueira
compactado,
dificultando a
brota e o
crescimento
da planta.

Dependendo do tipo de solo ou da umidade desse


solo quando sofre o pisoteio, a área compactada vira praticamente um
concreto dificultando a respiração da planta e o rompimento do broto da cana para
fora do solo.

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PRINCIPAIS CAUSAS DE PISOTEIO


Falta de alinhamento nas bitolas das trações e de alinhamento dos caixotes dos transbordos
também como falhas operacionais e do piloto automático, como a não utilização do mesmo.

1,50 1,50 1,50 1,50 1,50 1,50 1,50 1,30 1,80 1,50 1,50 1,50 1,50

A B C D E
A- Falta de alinhamento do trator com o transbordo, verificar o cabeçalho o rabicho do
trator e suas regulagens, o tamanho do transbordo também exerce influência nesta
regulagem.
B- Regulagem da bitola do trator e do transbordo, espaçamento interno do pneu de
centro a centro menor que o indicado para o devido espaçamento da cultura.
C- Regulagem da bitola do trator e do transbordo, espaçamento externo do pneu de
centro a centro maior que o indicado para o devido espaçamento da cultura.
D- Paralelismo entre a fileira da cultura, não conforme.
E- Falta de alinhamento do trator em relação a cultura de cana. Motivos; 1-operador
não consegue alinhar ou transitar com o equipamento sem que passe por cima da
rua de cana; 2-Pisoteio durante a Ré (falta de retrovisor); 3–Não utilização do sistema
do piloto automático; 4–Regulagem, irregular do piloto automático;
*Nossa meta é não ultrapassar 15% de pisoteio, levando em conta que no A.C. avaliamos 6 fileiras de cana por
aproximadamente 3 passos (3m), temos aproximadamente 18 metros lineares avaliados, desses 18m não
podemos ter mais que 2,70 metros sendo pisados, verificado isso procurar medida corretiva imediatamente,
sabemos que temos potencial para chegarmos a marca de 0% de pisoteio, basta utilizar as ferramentas (Piloto 51
Automático), regular os equipamentos e capacitar nossaD.H.D.
equipe.
A.C.- Acompanhamento de Colheita

ESTILHAÇO
O estilhaço é derivado do impacto do rebolo da
cana na aleta do extrator primário, devido ao
impacto o rebolo a cana se desfragmenta.

O estilhaço é aquela parte da cana encontrada toda desfibrada


durante a verificação na gleba, que quando encontrada em
excesso ou seja, ao ponto que não dê para os dedos se encostar
quando pegamos todas partes encontradas na gleba, devemos
parar imediatamente a colheita e verificar: -Regulagem da
rotação do extrator primário e a regulagem da chapa defletora
do picador.

Regulagem da Rotação do Extrator Primário e Chapa Defletora


Ao encontrar estilhaços, temos que verificar se a rotação do extrator primário está alta,
e assim jogando estilhaços fora, (fg-A), se estiver, pedimos para o operador ir reduzindo
sem que interfira na qualidade, (não pode mandar palha), a partir do momento que
interferir na qualidade a redução da rotação deve ser interrompida, agora iremos
verificar a aleta defletora que se localiza acima dos rolos picadores, (fg-B), se mesmo
com a rotação do extrator baixa ao sistema ainda estiver jogando estilhaços, devemos
abaixar a regulagem da chapa defletora, como mostrado na figura B.
B
A CHAPA
DEFLETORA

*Ver a regulagem na página 24

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AGREGADO AO PONTEIRO
O agregado ao ponteiro ocorre quando o operador não regula
corretamente a altura do despontador, ocasionando o corte
abaixo do local ideal. Assim como vimos na página 23, neste caso
também vamos utilizar a técnica do ponto de quebra para saber
o local ideal de corte.
Pegue uma cana segure firme seu caule
e puxe a ponteira para baixo até a cana
se quebrar,( como podemos ver na
imagem ao lado), o local onde ocorrer a
quebra é o local onde o operador deve
mirar o despontador.

Se o operador cortar abaixo deste local, (tracejado


azul) consequentemente estará produzindo perda
de matéria prima. A cana caída e ou desnivelada
no seu porte, na altura, interferem na regulagem
do despontador pois o operador deverá ter uma
atenção maior e regular a altura do despontador
toda a vez que necessário. Vale ressaltar que se o
despontador estiver acima do nível de corte
(ponto de quebra) isso ocasionará contaminação
por impureza vegetal.

Erradicação de Rizomas
A Erradicação de Rizoma ocorre por vários motivos como vimos
da página 11 a 14, e devemos ter em mente a importância de se
conter ou minimizar esse tipo de perda pois ele afeta diretamente
o tempo de vida do canavial, causando enormes prejuízos, pois há
o custo de todo processo de reforma do canavial, o custo da
queda na produção de açúcar pois a impureza mineral interfere
na produção, e em danos nos equipamentos uma vez que quando
a cana é arrancada, cria-se falhas
onde nascem todo o tipo de ervas
daninhas que além de impurezas aceleram o desgaste
do equipamento.
*É fundamental para a sanar ou minimizar está perda
que o sistema de COPIADOR DE SOLO AUTOMATICO
do equipamento esteja funcionando corretamente e
que seja utilizado de maneira correta.
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Metas da Qualidade para a safra 2018

Anotações;-

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