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PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO

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FUNDAÇÕES PE-2.1 02

1. OBJETIVO
O objetivo desse procedimento é padronizar e determinar critérios para execução, monitoramento,
inspeção e preservação de serviços de FUNDAÇÕES.

2. CAMPO DE APLICAÇÃO
Este procedimento é aplicável às obras da Tegra Incorporadora.

3. CONDIÇÕES PARA O INÍCIO DOS SERVIÇOS

3.1. PRÉ-REQUISITOS
 Ambiente limpo e desimpedido;
 Escavações com profundidades superiores a 1,25m escoradas e com escadas ou rampas;
 Acessos sinalizados;
 Gabarito e eixos da fundação locados e conferidos;
 ART da empresa contratada para execução das fundações emitida e vinculada à ART da obra;
 Acessos de trabalhadores, veículos e equipamentos, devidamente sinalizados;
 Logística para a execução dos serviços, prevendo o armazenamento de equipamentos, acessórios e
ferramentas próximos ao local de uso;
 Não executar este procedimento em caso de chuvas fortes;
 Vistoria de vizinhança executada e laudo emitido;
 Existência de interferências, cabos ou redes identificadas, sinalizadas e isoladas, se necessário;
 Possíveis redes (água, esgoto, energia, etc.) desligadas, antes do início das escavações;
 Pontos de energia disponíveis;
 Superfície do terreno plana e com capacidade de suporte condizente com o peso do equipamento
de perfuração;
 Plano de ataque das estacas elaborado, definindo a sequência de perfuração.

3.2. REQUISITOS GERAIS


 Equipamentos e ferramentas liberados para uso e calibrados, quando aplicável;
 Equipamentos críticos da Obra com a sua manutenção periódica em dia;
 Equipamentos operados por pessoal treinado e apto;
 Projetos da obra disponíveis e na última versão;
 Desvios deste procedimento detectados, registrados e monitorados;
 Materiais críticos inspecionados e controlados desde o recebimento até sua utilização final;
 Resíduos gerados armazenados e destinados conforme PGRCC (Plano de Gerenciamento de
Resíduos da Construção Civil);
 Produtos não conforme segregados e identificados, para evitar o uso não intencional;
 Análise Preliminar de Risco (APR) elaborada antes do início das atividades;

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4. ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DOS MATERIAIS


 Concreto Estrutural;
 Aço – CA-25 e CA-50;
 Perfis metálicos (Estaca Metálica);
 Eletrodos (Estacas Metálica e Pré-Moldada);
 Estacas Pré-Moldada;
 Lama Bentonítica;
 Água potável (Estaca Raiz e Franki);
 Cimento (Estaca Raiz);
 Areia (Estaca Raiz e Franki);
 Pedra britada (Estaca Raiz e Franki);
 Madeiras para formas;
 Prego;
 Concreto Magro;
 Sarrafos de madeira;
 Arame recozido.

5. EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS
 Formas metálicas ou de madeira;
 Escoramento metálico;
 Retroescavadeira e/ou Bobcat;
 Bomba esgotamento;
 Caminhão basculante;
 Barrotes, sarrafos, tábuas e pontaletes;
 Linhas de nylon;
 Enxada ou pá;
 Bomba e reservatório para água;
 Bomba de injeção de argamassa;
 Compressor de ar;
 Bate estaca Convencional (Perfis Metálico e Franki);
 Gerador (se necessário);
 Prumo de centro e Prumo de face;
 Trena metálica de 5 e 30 m;
 Nível de mão e/ou Nível laser;
 Esquadro;
 Martelo e Serrote;
 Mangueira de nível;
 Máquina de solda (Franki);
 Betoneira;
 Perfuratriz (Estacas Raiz e Hélice).

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6. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO


 Atualizar PCMAT, PAE e LPR de acordo com a fase da obra;
 Realizar PDST conforme P-SST-05, OTS conforme P-SST-06 para atividade de médio e alto risco,
realizar IGS conforme P-SST-07;
 Realizar instalações do canteiro conforme MA-OBR-01;
 Contratar fornecedores em acordo e atendimento do P-SST-04;
 Proteções, isolamento periférico, sinalização de aberturas no piso, ambiente de trabalho e demais
proteções coletivas, conforme MA-SST-03;
 Instalação de guarda-corpo em locais com risco de queda – Conforme MA-SST-03;
 Aterramento das instalações elétricas, tapume, containers- Conforme MA-SST-04;
 Realizar APR (Análise Preliminar de Risco) antes de iniciar as atividades conforme P-SST-03;
 Liberação de máquinas e equipamentos – conforme P-SST-19 e P-SST-10 Anexo 01;
 Realizar trabalho em altura conforme – P-SST-18
 EPIs básicos: Bota de segurança, capacete com jugular, luva, protetor auricular, óculos de
proteção, máscara de proteção, uniforme, cinto de segurança, protetor solar – conforme Manual
SST-01, consulte anexo 02 MA-SST-01;
 Instalação de escadas definitivas e/ou individual conforme MA-SST-03;
 Instalar linha de vida e/ou ponto de ancoragem conforme MA-SST-03
 Realizar atividades em espaço confinado (tubulões à céu aberto, escavações e outras) conforme
P-SST-09;
 Instalar extintores conforme P-SST-16

7. MÉTODO EXECUTIVO

7.1. FUNDAÇÕES RASAS

7.1.1. SAPATAS

7.1.1.1. LOCAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DAS SAPATAS


Antes de iniciar as sapatas, deve-se realização a locação e execução do gabarito, conforme PE-1.2.
Devem ser locadas as dimensões e as cotas de profundidade das sapatas de acordo com as
coordenadas do projeto, marcar os piquetes/gabarito e pintar o número da sapata para identificação do
eixo e linha, conforme Figura 1.

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Figura 1 - Marcação Topográfica

Locar as sapatas em relação aos eixos dos pilares, esticando os arames de face provisoriamente
para a marcação das dimensões das sapatas, conferir e registrar na FVS-2.1a.
A fundação situada em cota mais baixa deve ser executada em primeiro lugar. No caso de
fundações próximas, porém situadas em cotas diferentes, a reta de maior declive que passa pelos seus
bordos deve fazer, com a vertical, um ângulo de 60º, como mostrado na Figura 2.

Figura 2 - Sapatas em cotas diferentes

7.1.1.2. ESCAVAÇÃO
Executar escavação inicial por meio mecânico, com largura aproximadamente 20cm maior do que a
largura da sapata, tomando os devidos cuidados para não danificar as sapatas vizinhas e o solo do
entorno. Escavar até a cota de apoio da fundação, conforme Figura 3;

Figura 3 - Escavação Mecânica

Concluir a escavação manualmente com picaretas para garantir a forma e a cota estabelecida.
Os materiais retirados da escavação devem ser depositados a uma distância superior à metade da
profundidade, medida a partir da borda.
Retirar do fundo da escavação todo material solto, para que a sapata fique apoiada em solo firme.

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Se for necessário retirar material solto e a cota ficar abaixo da cota do fundo da sapata,
reconstituir o solo com concreto magro, até chegar na cota do fundo da sapata.
Checar o nivelamento do fundo da vala utilizando nível, compactar o fundo da vala até 5 cm abaixo
da cota de apoio, utilizando compactador, conferir as coordenadas, cotas e dimensões da sapata antes da
execução do lastro de concreto magro (mínimo 5 cm de espessura), conforme Figura 4.

Figura 4 - Regularização: lastro de concreto magro

Se atingida a cota necessária em projeto e for encontrado algum tipo de poço antigo ou região de
aterro, escavar até atingir o terreno natural.
Nunca fazer aterramento, quando uma sapata tiver que ser escavada com cota inferior ao projeto.
Seguir as orientações do consultor de solos ou projetista.

7.1.1.3. ESCORAMENTO
Escavações com profundidade superior a 1,25 m, no caso de taludes instáveis, devem ter sua
estabilidade garantida por meio de escoras. Já para taludes com altura superior a 1,75 m, é necessário
que a estabilidade seja garantida, em qualquer condição, por meio de escoras.
Se necessário, utilizar escoramento metálico, tipo prancha, para as valas abertas das sapatas (Ver
MA-SST-03), conforme Figura 5.

Figura 5 - Escoramento Escavações: Corte Esquemático e Perspectiva

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Deve-se fixar bem os escoramentos, encunhados, contraventados e apoiados, para evitar


deslocamentos ou desabamentos por choques ou recalques, garantir a estabilidade, resistência e rigidez
do conjunto de elementos estruturais que constituem o escoramento.

7.1.1.4. MONTAGEM DAS FORMAS DAS SAPATAS


A sapata pode ser montada “contra barranco” com liberação do consultor, caso não seja possível,
deve-se montar forma de acordo com o estabelecido no PE-3.1 e conforme as dimensões de projeto.
Após a montagem da forma, alinhar, nivelar e aprumar, conferindo topograficamente.
Se for realizado forma é necessário abrir de 40 a 70cm a mais da escavação para montagem da
mesma, conforme Figura 6.

Figura 6 - Execução da forma Sapata

Quando a sapata for montada contra barranco é necessário chapiscar as paredes para garantir a
estabilidade, garantir que as emendas das formas estejam estanques para impedir fuga de concreto,
escorar para garantir o perfeito travamento, aplicar agentes desmoldantes exclusivamente na forma
antes da colocação da armadura e sem prejudicar a superfície do concreto e montar as 4 (quatro) guias
de inclinação lateral das sapatas com sarrafos ou pontaletes, conforme o caso a ser realizado na Figura 7.

Figura 7 - Forma com Guias de Inclinação Lateral

Garantir o prumo e a linearidade do conjunto durante as operações de avanço das formas, e na


concretagem.

7.1.1.5. EXECUÇÃO DO CONCRETO MAGRO


Concretar o fundo da sapata com concreto magro, na espessura definidas em projeto, conforme
Figura 8, e deixar o concreto magro secar por completo antes do início da montagem da armadura.
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OBS. 1: Retirar totalmente a água acumulada no fundo da sapata, não sendo permitida a
concretagem sem essa providência.
OBS. 2: Não há necessidade da cura do concreto magro, já que o mesmo não tem função
estrutural, servindo apenas para evitar o contato da armadura com o solo.

Figura 8 -Sapata com Concreto Magro Executado

7.1.1.6. MONTAGEM DA ARMADURA


Dobrar e montar as armaduras conforme projeto e no procedimento PE-3.1.
Estocar as armaduras, até sua utilização, em local adequado, conforme P-OBR-07 - Anexo 1 –
Especificação de Materiais, conferir e liberar as armaduras antes de posicionar e fixar dentro das formas.
Posicionar a armadura pré-montada, conforme Figura 9, dentro do bloco e realizar as amarrações
com arame recozido, garantindo o espaçamento entre a forma e a armadura definido em projeto,
utilizando os espaçadores apropriados.

Figura 9 - Armadura Pré-montada

7.1.1.7. CONCRETAGEM DAS SAPATAS


Antes de iniciar a concretagem, verificar se o local está cuidadosamente limpo e seco e isento de
quaisquer materiais que sejam nocivos ao concreto.
Liberar a concretagem após a conferência da forma e armadura. Conferir também posição dos
arranques dos pilares, puxando arame no gabarito de locação, conforme Figura 10.

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Figura 10 - Sapata Pronta para iniciar o processo de concretagem

OBS. 1: O traço do concreto deve ser previamente validado para atender às especificações de
projeto e normas aplicáveis.
Se forem utilizadas formas de madeira ou outro material que absorva umidade ou facilite a
evaporação, molhar até a saturação, para minimizar a perda de água do concreto, e furar para o
escoamento de água em excesso, salvo especificações contrárias de projeto.
O concreto deve ser recebido e liberado conforme P-OBR-04. A concretagem deve ser realizada
conforme o PE–3.1.
Registrar no FORM-CTL-1.1 a rastreabilidade total do concreto utilizado nas sapatas, conforme
estabelecido no procedimento P-OBR-04, indicando onde cada caminhão foi lançado.
Não permitir interrupção da concretagem para evitar as juntas frias. Caso isso ocorra, consultar o
consultor de fundações o procedimento a ser adotado.
O concreto lançado deve ser vibrado em todos os pontos da sapata, garantindo o preenchimento
completo da peça, conforme Figura 11.

Figura 11 - Sapata Sendo Concretada

Se a altura de lançamento for superior a 3,0 m, utilizar tubo de descarga para diminuir essa altura
e evitar desagregação do concreto.
Realizar a cura do concreto conforme definido no PE-3.1.

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7.1.1.8. DESFORMA E RETIRADA DO ESCORAMENTO


Para a remoção, o concreto deverá ter atingido resistência suficiente para suportar a carga imposta
ao elemento estrutural, evitar deformações que excedam as tolerâncias especificadas, resistir a danos na
superfície durante a remoção.
Iniciar a remoção do escoramento com a retirada das cunhas de madeira.
Evitar choques ou impactos violentos na peça de concreto.
Realizar a limpeza do local.

Figura 12 - Desforma Realizada

Após a desforma, verificar se a sapata está nas cotas e coordenadas corretas, conforme Figura 12.
O concreto deve estar com bom aspecto visual, sem apresentar bicheiras, nichos ou fissuras
superiores à 3 mm.
Caso o concreto apresente qualquer patologia, o consultor deverá ser contatado para providências.
Registrar na FVS-2.1a, corrigir e reverificar se necessário.

7.1.1.9. REATERRO
As sapatas só podem ser aterradas após transcorrido o seu tempo de cura.
O reaterro deve ser executado conforme procedimento PE-2.2.
De preferência, utilizar o próprio material da escavação, desde que apresente condições de
suporte, conforme Figura 13.

Figura 13 - Sapatas Reaterradas

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7.1.2. RADIER

7.1.2.1. TOPOGRAFIA E TERRAPLENAGEM


Executar a terraplenagem com o devido controle tecnológico de solos, conforme Figura 14.
Locar topograficamente as cotas e eixos com gabarito de madeira.

Figura 14 - Terraplenagem Realizada

7.1.2.2. PREPARAÇÃO
Executar rebaixo da viga perimetral (região da calçada), conforme projeto estrutural, aplicar lona
plástica preta em toda extensão do radier, espalhar lastro de brita no fundo da viga perimetral,
posicionar a armação da viga perimetral, conforme Figura 15, e travar a forma externa do radier.

Figura 15 - Preparação Sendo Executada

7.1.2.3. ARMAÇÃO E CONCRETAGEM


Armar o radier, conforme projeto e concretá-lo utilizando traço especificado em projeto, conforme
Figura 16.

Figura 16 – Radier sendo concretado

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Iniciar a montagem dos blocos de EPS (isopor) e travá-los com grampos de ferro (sobras de 4,2 ou
5 mm) a cada 4 blocos, conforme Figura 17.

Figura 17 - Distribuição de EPS

Executar a distribuição elétrica e hidráulica, conforme Figura 18.

Figura 18 - Distribuição Elétrica e Hidráulica

Executar a armação da laje piso e do aterramento do para-raios.


Executar concretagem conforme procedimento de transporte, lançamento, vibração, acabamento e
cura superficial, lançando pequenas camadas de concreto entre 4 blocos (garantir a estabilidade das
peças de EPS).

7.2. FUNDAÇÕES PROFUNDAS

7.2.1. LOCAÇÃO DE ESTACAS

As estacas identificadas em projeto devem ser locadas a partir do gabarito, conforme descrito no
procedimento PE-1.2.
Instalar um piquete exatamente sobre o eixo onde a estaca será executada e identificar com o
número da estaca. Esta numeração deve ser a mesma dada pelo projeto de fundações.
Garantir que o piquete não seja deslocado devido à movimentação de equipamentos e máquinas
em campo.
A locação das estacas deverá ser registrada na FVS-2.1 específica da estaca.

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OBS. 1: É importante que as estacas sejam identificadas com o número do pilar e a letra de
identificação da estaca, para evitar erro de identificação entre as estacas do bloco.

7.2.2. DETERMINAÇÃO DO COMPRIMENTO DAS ESTACAS


Levantar topograficamente a cota do terreno. Conferir em projeto qual a cota de arrasamento da
estaca.
A diferença entre a cota do terreno e a cota de arrasamento, deve ser acrescentada no
comprimento da estaca a ser executado, conforme Figura 19.

Figura 19 - Profundidade da Estaca

A profundidade de perfuração da estaca será: o comprimento da estaca (que no exemplo é de 10


m) + o valor da diferença entre cota de terreno e cota de arrasamento (1m no exemplo).
Registrar todas as informações na FVS aplicável.

7.2.3. EXECUÇÃO DAS ESTACAS

7.2.3.1. ESTACA FRANKI

7.2.3.1.1. CRAVAÇÃO
O equipamento deve ser levado ao local da execução. Posicionar o tubo no local exato de cravação,
centralizando-o no eixo da estaca e nivelando-o verticalmente.
Colocar dentro do tubo uma quantidade de areia e pedra (denominada bucha) até preencher a
altura de um metro, mais ou menos, conforme Figura 20.

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Figura 20 - Tubo de Cravação e Bucha

Cravar o tubo no solo com golpes do pilão do bate estaca, até atingir a profundidade prevista da
estaca em projeto. Sob a ação dos golpes a bucha é compactada (apiloada) e penetra no solo juntamente
com o revestimento (tubo).
Todo processo de execução deve ser registrado na FVS -2.1b.
OBS. 1: A altura de queda do pilão deve ser previamente definida.
OBS. 2: Durante a cravação do tubo deverão ser observados eventuais desaprumos da estaca e/ou
movimentações em estacas próximas. Qualquer anormalidade deverá ser registrada e o consultor deverá
ser contatado para providências.

7.2.3.1.2. REPIQUE E NEGA


Para confirmar que o comprimento da estaca previsto em projeto, deve-se retirar a nega de cada
estaca, procedendo da seguinte forma:
Quando o comprimento executado da estaca estiver próximo ao comprimento previsto em projeto
deverá ser realizada a medição de nega para:
 10 (dez) golpes de 1,0m de altura de queda do pilão, conforme Figura 21.

Figura 21 - Exemplo de Nega dos 10 Golpes

 1 (um) golpe de 5,0 m de altura de queda do pilão.


Registrar na FVS-2.1h ou no formulário da empresa subcontratada todos os golpes dados em cada
estaca, conforme exemplo acima.

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Fixar a folha na estaca, prendendo com fita.


A ficha deverá estar reta para possibilitar o correto preenchimento.
Segurar o lápis de carpinteiro perpendicular à estaca, encostando a grafite na folha fixada, de
modo a possibilitar o registro dos dados.
O operador do equipamento deverá executar 10 +1 golpes consecutivos na altura de queda
estabelecida.
A cada golpe, posicionar o lápis um pouco para a direita, a fim de possibilitar a leitura da
movimentação da estaca em cada golpe, conforme modelo na Figura.
Retirar a folha da estaca e com o auxílio de uma régua, verificar a nega (30mm no exemplo da
Figura) e o repique elástico (17mm na Figura).
É importante que a FVS esteja legível e que possibilite a leitura da nega e do repique.
Caso a nega de projeto não tenha sido atingida, contatar o projetista e/ou o consultor para
providências. Registrar no mesmo formulário (FVS-2.1h ou similar).
Se for necessário continuar a cravação do tubo e tirar novamente a nega dos 10 golpes / 1m + 1
golpe / 5m.

7.2.3.1.3. FORMAÇÃO DO BULBO


Atingida a profundidade e a nega de projeto, levantar ligeiramente o tubo, tomando cuidado para
deixar um pouco da bucha dentro do tubo e garantir a estanqueidade.
Prender o tubo por cabos de aço à torre do bate estaca e introduzir concreto seco no tubo.
OBS. 1: O traço do concreto seco deve ser previamente definido e ter fator água/ cimento = 0,18.
OBS. 2: Não há necessidade de realização do slump test, porém, deverá ser moldado cp´s de
concreto, conforme definido no P-OBR-04.
Aplicar novos golpes do pilão. Somente a bucha será apiloada, já que o tubo está preso. Assim, ela
sairá de dentro do tubo e formará o alargamento da base (bulbo), conforme figura abaixo.
Na execução da base alargada (bulbo) é necessário que os últimos 150 litros de concreto sejam
introduzidos com uma energia mínima de 150 tfm para estacas com diâmetro inferior ou igual a 450mm
e 500tfm para estacas com diâmetro superior a 450 mm.
Para isso, verificar antecipadamente qual a altura de queda do pilão necessária para atingir essa
energia.

Figura 22 - Formação do Bulbo

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7.2.3.1.4. ARMADURA
Confeccionar a armadura conforme orientações do projeto. A Figura 23 exemplifica a armadura
mínima utilizada.

Figura 23 - Detalhe da Armadura

Esta armadura deve ser conferida antes de levar a armação ao local e execução da estaca.
Estocar as armaduras conforme definido no P-OBR-07 - Anexo 1 – Especificação de Materiais.
A armadura é constituída de barras longitudinais e estribo espiral soldado.
Inserir a armadura no tubo cravado, para posterior concretagem da estaca.

7.2.3.1.5. CONCRETAGEM
O pedido e recebimento do cimento, areia e brita deverão ser conforme P-OBR-07.
OBS. 1: O concreto deve ser previamente validado para atender ao consumo mínimo de cimento
de 350kg/m3, fator água/cimento = 0,36 e fck ≥ 20 MPa aos 28 dias. No caso de fuste vibrado, ajustar o
fator “a/c”.
OBS. 2: Para o concreto seco, não é necessário realizar o slump test. A moldagem dos cp´s deverá
ser modificada, conforme descrito no P-OBR-04.
O concreto seco utilizado é rodado diretamente na obra e deve ser controlada conforme o P-OBR-
04, registrando no FORM-CTL-1.4.
Registrar a rastreabilidade da argamassa utilizada nas estacas no mapa de rastreabilidade (FORM-
CTL-1.2) e controlar as estacas no Controle de Concreto (FORM-CTL-1.3), conforme estabelecido no
procedimento P-OBR-04.
Concretar o fuste da estaca apiloando-se concreto seco em pequenas quantidades ao mesmo
tempo em que o tubo é retirado do terreno, conforme Figura 24.

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Figura 24 - Detalhe da Concretagem

Manter uma altura de concreto dentro do tubo, suficiente para impedir a entrada de água e do
solo.
Concretar pelo menos 0,30m acima da cota de arrasamento para garantir a qualidade da estaca
até o final.
Registrar a rastreabilidade do concreto utilizado na estaca no FORM-CTL-1.2, conforme P-OBR-04.
Garantir que a armadura não desça ou seja deslocada durante a concretagem, mantendo a espera
para engastamento com o bloco de fundação.
Após a conclusão da estaca, deve-se proteger a espera da armadura com camada de terra/solo,
evitando que a armação fique exposta e dobre com a passagem de equipamentos.

7.2.3.2. ESTACA HÉLICE CONTÍNUA

7.2.3.2.1. ESCAVAÇÃO
A perfuratriz deve ser levada ao local da execução. Posicionar a haste de perfuração (hélice) do
equipamento no local exato de cravação, centralizando-a no eixo da estaca e nivelando-a verticalmente.
O operador da perfuratriz deverá conferir o prumo da haste para garantir a perpendicularidade da
mesma.
Iniciar a perfuração do terreno com a hélice rotacional conforme Figura 25.

Figura 25 - Escavação Hélice Contínua

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A perfuração deverá ocorrer até a profundidade prevista em projeto.


Parar quando chegar ao comprimento previsto de perfuração.
OBS. 1: A armadura, o concreto e a bomba lança devem estar no local, para imediato início da
concretagem, após a perfuração.
OBS. 2: Utilizar bomba estacionária de concreto ligada ao equipamento de perfuração através de
mangueira flexível.
A perfuração da estaca (introdução do trado) somente terá início após a chegada à obra do
caminhão betoneira, com todo o concreto necessário à execução da mesma.
Todo processo de execução deve ser registrado na FVS-2.1c.

7.2.3.2.2. CONCRETAGEM
O pedido e recebimento do concreto deverá ser conforme P-OBR-04;
OBS.: O traço deverá ser previamente validado, garantindo o consumo mínimo de cimento não
inferior a 400kg/m3, fator água/cimento ≤ 0,6 e fck ≥ 20 MPa aos 28 dias.
A concretagem deve ser realizada conforme o PE-3.3.
Registrar a rastreabilidade total do concreto das estacas no FORM-CTL-01, conforme estabelecido
no procedimento P-OBR-04.
Garantir o preenchimento da estaca com concreto, até pelo menos 0,30m acima da cota de
arrasamento.
Durante a injeção do concreto, a hélice é extraída pelo equipamento sem girar, ou, no caso de
terrenos arenosos, girar lentamente no sentido da perfuração, conforme Figura 26.

Figura 26 - Concretagem de Estaca Hélice Continua

Controlar a velocidade de subida do trado de modo a sempre ter um superconsumo de concreto.


Durante a extração da hélice, limpar o solo existente nas pás.
Caso durante a perfuração ocorra algum problema, manter o trado na posição em que parou para
eliminar o risco de penetração de água no furo, corrigir o problema e terminar a execução da estaca.
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7.2.3.2.3. MONTAGEM DA ARMADURA


Confeccionar a armadura conforme orientações do projeto.
Esta armadura deve ser conferida antes de levar a armação ao local e execução da estaca. Estocar
as armaduras conforme definido no P-OBR-07 - Anexo 1 – Especificação de Materiais.
A armadura deve seguir o projeto de armações onde é formada por barras longitudinais e estribos
(espiral ou não) formando uma gaiola rígida.
A armadura deverá ser introduzida na estaca logo após o termino da concretagem, conforme
Figura 27.

Figura 27 - Posicionamento da Armadura após Concretagem

Para auxiliar a introdução, são utilizados espaçadores em forma de roletes plásticos que permitirão
o deslizamento da armadura, junto à parede do furo e ao mesmo tempo garantindo o recobrimento da
armadura. Caso seja necessário o apoio de algum equipamento para posicionamento da armação, devem
ser tomados cuidados para não danificar a armadura.
Manter a espera da armadura para engastamento com o bloco de fundação.
Após a conclusão da estaca, deve-se proteger a espera da armadura com camada de terra/solo,
evitando que a armação fique exposta e dobre com a passagem de equipamentos.

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Antes de utilizar este procedimento, verifique a revisão vigente no AutoDoc Qualidade.
PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO

Identificação: Revisão:
FUNDAÇÕES PE-2.1 02

7.2.3.3. ESTACA METÁLICA

7.2.3.3.1. CRAVAÇÃO DOS PERFIS METÁLICOS


O equipamento deve ser levado ao local da execução. Posicionar a haste do bate estaca no local
exato de cravação.
Conectar a estaca metálica ao bate estaca. Arrastar a estaca, centralizando-a no eixo de cravação
e nivelando-a verticalmente, conforme Figura 28.
Iniciar a cravação com golpes do martelo na altura de queda previamente especificada.
Durante a cravação, controlar o prumo da estaca para evitar desaprumo da estaca.
Cravar até a profundidade de projeto.
Todo processo de execução deve ser registrado na FVS-2.1d.

Figura 28 - Sequencia para Cravação de Perfis

7.2.3.3.2. EMENDA DE PERFIS


Caso seja necessário utilizar mais de um elemento, executar as emendas com solda, conforme
Figura 29.

Figura 29 - Emenda de Perfis

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Antes de utilizar este procedimento, verifique a revisão vigente no AutoDoc Qualidade.
PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO

Identificação: Revisão:
FUNDAÇÕES PE-2.1 02

Posicionar o 2º perfil sobre o elemento já cravado, garantindo o perfeito assentamento entre


ambos.
Proceder a emenda dentro da boa técnica de solda.

7.2.3.3.3. CRAVAÇÃO DO 2° ELEMENTO


Continuar a cravação até a cota prevista de projeto.

7.2.3.3.4. REPIQUE E NEGA


Para confirmar a nega e repique definidos em projeto, deve-se registrar o resultado nos 30 últimos
golpes, executando 3 séries de 10 (dez) golpes.
A altura de queda do pilão é variável e deve ser definida pelo projetista e/ou consultor.
Registrar na FVS-2.1h ou no formulário da empresa subcontratada as 3 séries de 10 golpes dados
em cada estaca, conforme exemplo abaixo.
Fixar a folha na estaca, prendendo com fita.
A ficha deverá estar reta para possibilitar o correto preenchimento.
Segurar o lápis de carpinteiro perpendicular à estaca, encostando a grafite na folha fixada, de
modo a possibilitar o registro dos dados.
O operador do equipamento deverá executar 10 +1 golpes consecutivos na altura de queda
estabelecida.
A cada golpe, posicionar o lápis um pouco para a direita, a fim de possibilitar a leitura da
movimentação da estaca em cada golpe, conforme modelo na Figura 30.
Retirar a folha da estaca e com o auxílio de uma régua, verificar a nega (30mm, Figura 30) e o
repique elástico (17mm, Figura 30).

Figura 30 - Esquema de Nega e Repique

É importante que a FVS esteja legível e que possibilite a leitura da nega e do repique.
Caso a nega e/ou o repique de projeto não tenham sido atingidos, contatar o projetista e/ou o
consultor para providências. Registrar no mesmo formulário utilizado (FVS-2.1h ou similar).
Se for necessário continuar a cravação do perfil metálico, tirar novamente a nega dos 30 golpes (3
séries de 10), conforme descrito acima.

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Antes de utilizar este procedimento, verifique a revisão vigente no AutoDoc Qualidade.
PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO

Identificação: Revisão:
FUNDAÇÕES PE-2.1 02

7.2.3.4. ESTACA RAIZ

7.2.3.4.1. PERFURAÇÃO
A perfuratriz deve ser levada ao local da execução. Posicionar o tubo de perfuração no local exato
de cravação, centralizando-o no eixo da estaca e nivelando-o verticalmente, conforme Figura 31.

Figura 31 - Esquema de Perfuração

Iniciar a perfuração introduzindo os tubos de perfuração no local indicado, garantindo que a


perfuração ocorra até a profundidade mínima de projeto.
OBS. 1: Durante a perfuração deverão ser observados eventuais desaprumos e/ou movimentações
em estacas próximas. Qualquer anormalidade deverá ser registrada e o consultor deverá ser contatado
para providências.
OBS. 2: Caso durante a perfuração seja atingido um matacão ou material rochoso, deve-se
interromper a perfuração e utilizar equipamento adequado (martelo, roller-bit ou coroas dentadas) para
romper o material e chegar à profundidade de escavação.
OBS. 3: Conferir se o material que sai pelo tubo é o mesmo tipo de solo indicado nas sondagens
SPT.
OBS. 4: Reutilizar a água da rotação da perfuratriz.
Todo processo de execução deve ser registrado na FVS-2.1e.

7.2.3.4.2. LIMPEZA DO FURO


Ao final da escavação, limpar o furo com água limpa até que a água saia com pouca turbidez.
Conferir a profundidade de perfuração contando o comprimento dos tubos utilizados para verificar
se a profundidade de projeto foi atingida.

7.2.3.4.3. ARMADURA
Confeccionar a armadura conforme orientações do projeto.
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Antes de utilizar este procedimento, verifique a revisão vigente no AutoDoc Qualidade.
PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO

Identificação: Revisão:
FUNDAÇÕES PE-2.1 02

Esta armadura deve ser conferida antes de levar a armação ao local e execução da estaca.
Estocar as armaduras conforme definido no P-OBR-07 - Anexo 1 – Especificação de Materiais.
A armadura é constituída de barras longitudinais e estribo espiral soldado.
Inserir a armadura no tubo escavado até ela se apoiar no fundo do furo, para posterior
concretagem da estaca, conforme Figura 32

Figura 32 - Posicionamento da Armadura

Manter a espera da armadura acima da cota de arrasamento para garantir a emenda com o bloco
de fundação.

7.2.3.4.4. INJEÇÃO DE ARGAMASSA


O pedido e recebimento do cimento, areia e brita deverão ser conforme P-OBR-07.
OBS.: O traço deverá ser previamente validado, garantindo o consumo mínimo de cimento não
inferior a 600 kg/m3, fator água com cimento entre 0,5 e 0,6 e fck ≥ 20 MPa aos 28 dias.
O concreto utilizado pode ser usinado ou rodado diretamente na obra e deve ser controlado
conforme o P-OBR-04.
Registrar a rastreabilidade do concreto das estacas no FORM-CTL-1.2 e o controle dos resultados
no FORM-CTL-1.3.
Inserir o tubo de injeção até o fundo do furo e injetar a argamassa de baixo para cima, provocando
o deslocamento da água existente no furo para fora, conforme Figura 33.

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Antes de utilizar este procedimento, verifique a revisão vigente no AutoDoc Qualidade.
PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO

Identificação: Revisão:
FUNDAÇÕES PE-2.1 02

Figura 33 - Preenchimento do Furo com Argamassa

Garantir o enchimento completo da estaca com argamassa, até pelo menos 0,3m acima da cota de
arrasamento.
Quando completo, tamponar a extremidade superior e aplicar pressão com ar comprimido.
A pressão aplicada na argamassa deve ser, no mínimo de 4,0kgf/cm², com o uso de um
manômetro calibrado. Esta pressão provocará a penetração da argamassa no solo aumentando
substancialmente o atrito lateral e garantindo a continuidade do fuste.
Sacar os tubos de perfuração com macacos hidráulicos. A cada trecho de tubos sacados,
complementar com argamassa no interior e aplicar nova pressão. Continuar com este procedimento até o
fuste da estaca ficar totalmente concluído com a retirada de todos os tubos de perfuração.
Garantir a limpeza final da retirada dos tubos e realizar a lavagem do tubo da perfuratriz.

7.2.3.5. ESTACA STRAUSS

7.2.3.5.1. PERFURAÇÃO
Posicionar o equipamento de perfuração junto ao tubo de revestimento, assegurando a
centralização e verticalidade da estaca.
O tripé deverá ser instalado de tal maneira que o soquete preso ao cabo de aço fique centralizado
no piquete de locação. Garantir também o nivelamento.
Iniciar a perfuração aplicando-se repetidos golpes com pilão ou piteira para formar um pré-furo
com profundidade de 1m a 2m. Este servirá como guia para o primeiro segmento de tubo dentado
chamado “coroa”. A seguir, substitui-se o soquete por uma sonda de percussão.
Iniciar a perfuração com repetidos golpes da sonda e eventual adição de água para remover o solo,
conforme Figura 34.

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Antes de utilizar este procedimento, verifique a revisão vigente no AutoDoc Qualidade.
PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO

Identificação: Revisão:
FUNDAÇÕES PE-2.1 02

Figura 34 - Esquema de Perfuração

Introduzir os tubos de revestimento para formar o furo até que a profundidade prevista em projeto
(sondagem) seja atingida.
Cravar e rosquear o tubo seguinte até atingir uma camada de solo resistente o suficiente para
garantir a carga de trabalho da estaca, conforme profundidade definida em projeto, conforme Figura 35.

Figura 35 - Perfuração

Todo processo de execução deve ser registrado na FVS-2.1f.


Concluída a perfuração, lançar água no interior dos tubos para limpeza.
Retirar toda água e lama com a piteira e lavar o soquete.

7.2.3.5.2. ARMADURA
Confeccionar a armadura conforme orientações do projeto.
Esta armadura deve ser conferida antes de levar a armação ao local e execução da estaca;
Estocar as armaduras conforme definido no P-OBR-07 - Anexo 1 – Especificação de Materiais.
Inserir a armadura no furo escavado até ela se apoiar no fundo do furo, para posterior
concretagem da estaca, conforme Figura 36.

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Antes de utilizar este procedimento, verifique a revisão vigente no AutoDoc Qualidade.
PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO

Identificação: Revisão:
FUNDAÇÕES PE-2.1 02

Figura 36 - Posicionamento da Armação

Manter a espera da armadura acima da cota de arrasamento para garantir a emenda com o bloco
de fundação.

7.2.3.5.3. CONCRETAGEM
O pedido e recebimento do cimento, areia e brita deverão ser conforme P-OBR-07.
OBS. 1: O traço deverá ser previamente validado, garantindo o consumo mínimo de cimento não
inferior a 320kg/m3, fator água/cimento entre 0,5 e 0,6 e fck ≥ 20 MPa aos 28 dias.
OBS. 2: Para o concreto seco, não é necessário realizar o slump test. A moldagem dos cp´s deverá
ser modificada, conforme descrito no P-OBR-04.
O concreto seco utilizado é rodado diretamente na obra e deve ser controlada conforme o P-OBR-
04, registrando no FORM-CTL-1.4.
Registrar a rastreabilidade da argamassa utilizada nas estacas no mapa de rastreabilidade (FORM-
CTL-1.2) e controlar as estacas no Controle de Concreto (FORM-CTL-1.3), conforme estabelecido no
procedimento P-OBR-04.
Substituir a sonda pelo soquete e iniciar o lançamento do concreto no tubo através de funil, em
quantidade suficiente para se ter uma coluna de aproximadamente 1,0m.
Em seguida o concreto deve ser apiloado para formar a ponta da estaca. O concreto é lançado e
apiloado com soquete, simultaneamente é retirado o tubo de revestimento. A retirada do revestimento
deve ser feita com guincho manual de forma lenta, para evitar a subida da armadura, quando existente,
e a formação de vazios, garantindo-se que o concreto esteja acima da ponta do revestimento.
Concretar até no mínimo 0,3m acima da cota de arrasamento, conforme Figura 37.

Figura 37 - Concretagem e Aspecto Final

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Antes de utilizar este procedimento, verifique a revisão vigente no AutoDoc Qualidade.
PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO

Identificação: Revisão:
FUNDAÇÕES PE-2.1 02

7.2.3.6. ESTACA PRÉ-MOLDADA

7.2.3.6.1. LOCAÇÃO
A partir dos eixos principais, conferirem os eixos da estrutura no gabarito, utilizando-se trena de
aço (projeto de cotas acumuladas).
Para locação dos piquetes no solo, cruzar duas linhas de arame recozido, cruzadas
perpendicularmente.
Posicionar o prumo de centro no encontro dos arames, descendo até o centro do piquete (o centro
do piquete é demarcado com prego 15 x 15).
Executar um pré-furo de aproximadamente 30 cm (abaixo da cota do terreno) onde será
posicionado o piquete, a fim de garantir a integridade do mesmo. Recomenda-se que o furo seja
preenchido com areia para posterior localização.
Posicionar o bate-estaca, garantindo o prumo da torre, conforme Figura 38.

Figura 38 - Posicionamento do Bate-estaca

7.2.3.6.2. CRAVAÇÃO
Içar a estaca pré-moldada por meio do cabo de aço da torre, trazendo-a junto à torre até que fique
aprumada e com o eixo da estaca coincidente com o eixo do piquete.
Colocar o coxim de madeira no topo da estaca e encaixando o capacete na cabeça da estaca.
Durante a cravação da estaca deve-se verificar a altura de queda do martelo recomendada pelo
consultor de fundações, conforme Figura 39.

Figura 39 - Cravação de Estaca Pré-moldada

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Antes de utilizar este procedimento, verifique a revisão vigente no AutoDoc Qualidade.
PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO

Identificação: Revisão:
FUNDAÇÕES PE-2.1 02

Conferir o prumo da estaca a cada 1,50 metros de cravação.


A emenda das estacas (quando necessária) deverá ser feita através de solda nos anéis metálicos.
A cravação da primeira estaca deve ser acompanhada pelo consultor de fundações para definição
da “nega”.
Atingida a “nega”, anota-se a profundidade atingida e os valores obtidos em planilha apropriada.

7.2.3.6.3. ARRASAMENTO
A sobra de estaca será removida com auxílio de martelete ou ponteiro, trabalhando-se
preferencialmente no sentido horizontal, conforme Figura 40.

Figura 40 - Arrasamento de Estaca

Após o arrasamento das estacas deve-se conferir a posição dos eixos das mesmas e possíveis
excentricidades devem ser passadas pelo engenheiro da obra para o projetista, em planilha apropriada
(modelo abaixo), para que este forneça o parecer técnico.

7.2.3.7. TUBULÃO

7.2.3.7.1. LOCAÇÃO DOS TUBULÕES


A partir do gabarito, locar os piquetes no solo, cruzando duas linhas de arame recozido
perpendicularmente entre si, conforme Figura 41.

Figura 41 - Locação pelo Gabarito

Posicionar o prumo de centro no encontro dos arames, descendo até o centro do piquete.
O centro do piquete é demarcado com prego 15 x 15.

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Antes de utilizar este procedimento, verifique a revisão vigente no AutoDoc Qualidade.
PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO

Identificação: Revisão:
FUNDAÇÕES PE-2.1 02

Executar um pré-furo de aproximadamente 30 cm (abaixo da cota do terreno) onde será


posicionado o piquete, a fim de garantir a integridade do mesmo.
Recomenda-se que o furo seja preenchido com areia para posterior localização.
Caso os piquetes tenham sido locados por topografia, proceder a mesma conferência anteriormente
citada.

7.2.3.7.2. ESCAVAÇÃO DO FUSTE


O fuste deve ser escavado através de perfuratrizes até a profundidade prevista em projeto.
Inicia-se posicionando o equipamento de perfuração sobre o piquete, conferir o prumo da torre.
Executar a perfuração do fuste do tubulão até a cota definida em projeto, conforme Figura 42.

Figura 42 - Escavação do Fuste

Solicitar a liberação “in loco” da cota de apoio do tubulão ao consultor de fundação.


Todo processo de execução deve ser registrado na FVS-2.1k.

7.2.3.7.3. ALARGAMENTO DA BASE


Após escavação até a cota de arrasamento de projeto, inicia-se o alargamento da base. Ela pode
ser escavada manual ou mecanicamente.
É obrigatória a descida de poceiro para remoção do solo solto no fundo do tubulão, conforme
Figura 43.

Figura 43 - Alargamento da Base

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Antes de utilizar este procedimento, verifique a revisão vigente no AutoDoc Qualidade.
PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO

Identificação: Revisão:
FUNDAÇÕES PE-2.1 02

A liberação do tubulão para concretagem deve ser feita pelo consultor/ projetista de fundações
(Esta inspeção pode ser feita com penetrômetro de barra manual).
OBS.: Quando a base do tubulão for assentada sobre rocha inclinada consultar o projetista de
fundações.

7.2.3.7.4. ARMAÇÃO
Após liberação e limpeza de material solto no fundo, proceder à montagem da armação, garantindo
o cobrimento especificado no projeto, através de espaçadores tipo rolete, conforme Figura 44.

Figura 44 - Armação do Tubulão

A armadura do fuste deve ser colocada tomando-se o cuidado de não permitir que, nesta operação,
torrões de solo sejam derrubados para dentro do tubulão.
Para garantir a cota de arrasamento do concreto, posicionar um piquete cravado na lateral do
fuste, utilizar galga ou utilizar o último estribo da armação do tubulão como referência da parada do
concreto.

7.2.3.7.5. CONCRETAGEM
A concretagem do tubulão deve ser feita imediatamente após a conclusão de sua escavação. Em
casos excepcionais, nos quais a concretagem não tenha sido feita imediatamente após o término do
alargamento e sua inspeção, nova inspeção deve ser feita, removendo-se material solto ou eventual
camada amolecida pela exposição ao tempo ou por água de infiltração.
A concretagem é feita com o concreto simplesmente lançado da superfície, através de funil,
conforme Figura 45.

Figura 45 - Concretagem do Tubulão


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Antes de utilizar este procedimento, verifique a revisão vigente no AutoDoc Qualidade.
PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO

Identificação: Revisão:
FUNDAÇÕES PE-2.1 02

Não é necessário o uso de vibrador. Por esta razão o concreto deve ter plasticidade suficiente para
assegurar a ocupação de todo o volume da base. Deve-se preencher o fuste até a cota de arrasamento
de projeto, colocar uma pequena camada de areia sobre a cabeça do tubulão concretado, a fim de evitar
contaminação do concreto com terra.

7.2.3.7.6. ARRASAMENTO DA CABEÇA DO TUBULÃO E LIGAÇÃO COM O BLOCO DE COROAMENTO


Efetuar a marcação da escavação dos blocos de fundação de acordo com o cruzamento das duas
linhas de arame recozido perpendicularmente entre si, conforme Figura 46.

Figura 46 - Marcação da Escavação dos Blocos

Posicionar um prumo de centro no encontro dos arames, descendo até os piquetes de periferia dos
cantos do gabarito do bloco de fundação. Caso os piquetes tenham sido locados por topografia proceder a
mesma conferência anteriormente citada.
O topo do tubulão, acima da cota de arrasamento, deve ser demolido. A seção resultante deve ser
plana e perpendicular ao eixo do tubulão e a operação de demolição deve ser executada de modo a não
causar danos. O acerto final do topo do tubulão deve ser feito com uso de ponteiro ou ferramenta de
corte apropriada.
Após o arrasamento de cada tubulão deve-se conferir a possível excentricidade e o engenheiro da
obra deve enviá-las ao projetista, em planilha apropriada (modelo anexo), para que este forneça o
parecer técnico.
No caso de tubulões com concreto inadequado, abaixo da cota de arrasamento, ou tubulões cujo
topo resulte abaixo da cota de arrasamento prevista, deve-se solicitar parecer do consultor/projetista de
fundações para orientação do reparo.
OBS.: O material a ser utilizado na recomposição dos tubulões deve apresentar resistência maior
ou igual ao do concreto.

7.2.4. ARRASAMENTO DAS ESTACAS

7.2.4.1. COTA DE ARRASAMENTO


Locar a cota de arrasamento definida em projeto para as estacas.

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Antes de utilizar este procedimento, verifique a revisão vigente no AutoDoc Qualidade.
PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO

Identificação: Revisão:
FUNDAÇÕES PE-2.1 02

As estacas deverão ser arrasadas um pouco acima dessa cota (conforme definido em projeto) para
garantir o engastamento com o bloco.

7.2.4.2. ARRASAMENTO DE ESTACA METÁLICA


Arrasar as estacas metálicas com maçarico, depois executar um corte perpendicular ao eixo da
estaca. Manter os perfis livres e limpos.
Manter os perfis com comprimento igual à diferença entre o topo do bloco e a cota de arrasamento,
menos 5 cm. Os perfis deverão ser arrasados 5cm abaixo do topo do bloco, para garantir o engastamento
com o bloco.
OBS.: Só reaproveitar sobras de estacas com comprimento mínimo de 2 metros.

7.2.4.3. RECONSTRUÇÃO DA CABEÇA DA ESTACA


Caso o concreto da estaca esteja danificado abaixo da cota de arrasamento, deverá ser demolido e
refeito.
Limpar a região, garantir a aderência entre o concreto existente e o novo.
Colocar forma na cabeça da estaca e concretar utilizando concreto com resistência superior ao
concreto da estaca em 5MPa.
Deixar a armadura até 5cm abaixo do topo do bloco, conforme Figura 47. Se necessário, deve-se
reconstituir também o número de barras da armação na mesma bitola das outras, indicada em projeto.
Consultar o projetista e/ou consultor. Após este processo, aguardar a cura do concreto.

Figura 47 - Detalhe da Armadura de Ligação

7.2.4.4. ARRASAMENTO DE ESTACA DE CONCRETO


Demolir o concreto das estacas até 5 cm acima da cota de arrasamento sem causar danos.
Preservar a armadura da estaca até 5 cm abaixo do topo do bloco, conforme figura acima, para
garantir o engastamento da estaca no bloco.
O topo da estaca resultante deverá ficar plano e perpendicular ao eixo da estaca.
Utilizar ponteiros ou marteletes leves para seções de 900 cm2. Para áreas maiores poderão ser
utilizados marteletes pesados.
Demolir a estaca com rompedor com pequena inclinação para cima, de maneira a não prejudicar a
integridade da estaca e do restante da estaca, conforme Figura 48.

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Antes de utilizar este procedimento, verifique a revisão vigente no AutoDoc Qualidade.
PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO

Identificação: Revisão:
FUNDAÇÕES PE-2.1 02

Figura 48 - Posicionamento do Martelete

Remover todas as partículas soltas, incluindo restos de brita e areia.


Deixar as correspondentes armaduras livres e limpas, para possibilitar a ancoragem no interior do
bloco de coroamento, conforme Figura 49.

Figura 49 - Esquema da Estaca

OBS.: Estacas que tenham sido desconsideradas pelo projetista, por motivos diversos como revisão
de projeto ou excentricidade excessiva, devem ser arrasadas abaixo da cota de arrasamento e terem sua
armadura cortada.

7.2.5. LIBERAÇÃO DAS ESTACAS PARA EXECUÇÃO DOS BLOCOS

7.2.5.1. EXCENTRICIDADE E DESAPRUMO


Antes da liberação das estacas para execução do bloco, deve-se conferir topograficamente as
coordenadas e cotas das estacas na cota de arrasamento.
Verificar e validar todas as excentricidades junto ao projetista de fundações, conforme Figura 50.

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Antes de utilizar este procedimento, verifique a revisão vigente no AutoDoc Qualidade.
PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO

Identificação: Revisão:
FUNDAÇÕES PE-2.1 02

Figura 50 - Excentricidade de Estacas

O detalhamento de como realizar o registro e controle de excentricidade de estacas está descrito


no procedimento P-OBR-08.

7.2.5.2. PROVAS DE CARGA


O procedimento para definição, análise e controle das provas de carga está descrito no P-OBR-08.

7.2.6. BLOCOS DE FUNDAÇÃO

7.2.6.1. LOCAÇÃO DOS BLOCOS DE FUNDAÇÃO


Os blocos de só podem ser iniciados após a liberação das provas de carga e das estacas com
excentricidades e desaprumos acima do permitido pelos projetistas e/ou consultores.
Devem ser locadas as dimensões e as cotas de profundidade dos blocos de acordo com as
coordenadas do projeto, conforme Figura 51.
Marcar as dimensões dos blocos em relação aos eixos dos pilares, esticando os arames de face
provisoriamente.

Figura 51 - Locação dos Blocos de Fundação

7.2.6.2. ESCAVAÇÃO
Executar escavação inicial por meio mecânico, conforme Figura 52, tomando os devidos cuidados
para não danificar as estacas e o solo do entorno.

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Antes de utilizar este procedimento, verifique a revisão vigente no AutoDoc Qualidade.
PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO

Identificação: Revisão:
FUNDAÇÕES PE-2.1 02

Figura 52 - Escavação Mecânica

Os materiais retirados da escavação devem ser depositados a uma distância superior à metade da
profundidade, medida a partir da borda.
Concluir a escavação manualmente com picaretas para garantir a forma e a cota estabelecida,
depois conferir as coordenadas, cotas e dimensões do bloco antes da execução do concreto magro, então
escavar até 5cm abaixo da cota de arrasamento para execução do concreto magro.

7.2.6.3. EXECUÇÃO DO CONCRETO MAGRO


Concretar o fundo do bloco com concreto magro, na espessura definidas em projeto, conforme
Figura 53.
Deixar o concreto magro secar por completo antes do início da montagem da armadura.

Figura 53 - Concreto Magro Executado

OBS. 1: Retirar totalmente água acumulada no fundo do bloco, não sendo permitida a concretagem
sem essa providência.
OBS. 2: Não há necessidade da cura do concreto magro, já que o mesmo não tem função
estrutural, servindo apenas para evitar o contato da armadura com o solo.

7.2.6.4. ESCORAMENTO
Se necessário, utilizar escoramento metálico, conforme Figura 54, tipo prancha, para as valas
abertas dos blocos (Ver MA-SST-03).

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Antes de utilizar este procedimento, verifique a revisão vigente no AutoDoc Qualidade.
PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO

Identificação: Revisão:
FUNDAÇÕES PE-2.1 02

Figura 54 - Escoramento Metálico

Escavações com profundidade superior a 1,25 m, no caso de taludes instáveis, devem ter sua
estabilidade garantida por meio de escoras. Já para taludes com altura superior a 1,75 m, é necessário
que a estabilidade seja garantida, em qualquer condição, por meio de escoras.
Fixar bem os escoramentos, encunhados, contraventados e apoiados, para evitar deslocamentos ou
desabamentos por choques ou recalques.
Garantir a estabilidade, resistência e rigidez do conjunto de elementos estruturais que constituem
o escoramento.

7.2.6.5. MONTAGEM DAS FORMAS DOS BLOCOS


Montar as formas de acordo com o estabelecido no PE-3.1 e conforme as dimensões de projeto
(Figura 55).

Figura 55 - Execução da Fôrma de um Bloco

Deve-se alinhar, nivelar e aprumar, conferindo topograficamente, garantir que as emendas das
formas estejam estanques para impedir fuga de concreto e escorar para garantir o perfeito travamento,
conforme Figura 56.

Figura 56 - Travamento das Formas

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Antes de utilizar este procedimento, verifique a revisão vigente no AutoDoc Qualidade.
PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO

Identificação: Revisão:
FUNDAÇÕES PE-2.1 02

Aplicar agentes desmoldantes exclusivamente na forma antes da colocação da armadura e sem


prejudicar a superfície do concreto.
Montar as 4 (quatro) guias de inclinação lateral com sarrafos ou pontaletes, conforme o caso.
Garantir o prumo e a linearidade do conjunto durante as operações de avanço das formas, e na
concretagem

7.2.6.6. MONTAGEM DA ARMADURA


Dobrar e montar as armaduras conforme projeto e no procedimento PE-3.1. Estocar as armaduras,
até sua utilização, em local adequado, conforme P-OBR-07 - Anexo 1 – Especificação de Materiais.
Depois, conferir e liberar as armaduras antes de posicionar e fixar dentro das formas.
Posicionar a armadura pré-montada (Figura 57) dentro do bloco e realizar as amarrações com
arame recozido.

Figura 57 - Armação Pré-montada

Garantir o espaçamento entre a forma e a armadura definido em projeto, utilizando os espaçadores


apropriados.
Colocar e conferir a armadura e os arranques dos blocos e vigas e os gastalhos dos pilares.

7.2.6.7. CONCRETAGEM DOS BLOCOS


Antes de iniciar a concretagem, verificar se o local está cuidadosamente limpo e seco, isento de
quaisquer materiais que sejam nocivos ao concreto.
Liberar a concretagem após a conferência da forma e armadura (Figura 58). Conferir também
posição dos arranques e gastalhos dos pilares, puxando arame no gabarito de locação.

Figura 58 - Bloco pronto para o Processo de Concretagem

OBS. 1: O traço do concreto deve ser previamente validado para atender às especificações de
projeto e normas aplicáveis.
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Antes de utilizar este procedimento, verifique a revisão vigente no AutoDoc Qualidade.
PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO

Identificação: Revisão:
FUNDAÇÕES PE-2.1 02

Se forem utilizadas formas de madeira ou outro material que absorva umidade ou facilite a
evaporação, molhar até a saturação, para minimizar a perda de água do concreto, e furar para o
escoamento de água em excesso, salvo especificações contrárias de projeto.
O concreto deve ser recebido e liberado conforme P-OBR-04. A concretagem deve ser realizada
conforme o PE-3.1.
Registrar no FORM-CTL-1.1 a rastreabilidade total do concreto utilizado nos blocos, conforme
estabelecido no procedimento P-OBR-04, indicando onde cada caminhão foi lançado.
Não permitir interrupção da concretagem para evitar as juntas frias. Caso isso ocorra, consultar o
consultor de fundações o procedimento a ser adotado.
Se a altura de lançamento for superior a 3,0 m, utilizar tubo de descarga para diminuir essa altura
e evitar desagregação do concreto.
Realizar a cura do concreto conforme definido no PE-3.1.

7.2.6.8. DESFORMA E RETIRADA DO ESCORAMENTO


Retirar formas e escoramentos somente quando o concreto tiver atingido resistência suficiente para
evitar deformações.
Iniciar a remoção do escoramento com a retirada das cunhas de madeira.
Evitar choques ou impactos violentos na peça de concreto.
Realizar a limpeza do local.
Após a desforma, verificar se o bloco está nas cotas e coordenadas corretas, conforme Figura 59.

Figura 59 - Desforma Realizada

O concreto deve estar com bom aspecto visual, sem apresentar bicheiras, nichos ou fissuras
superiores à 3 mm.
Caso o concreto apresente qualquer patologia, o consultor deverá ser contatado para providências.
Registrar na FVS-2.1a, corrigir e reverificar se necessário.

7.2.6.9. REATERRO
Os blocos só podem ser aterrados após transcorrido o seu tempo de cura.
O reaterro deve ser executado conforme procedimento PE-2.2.
De preferência, utilizar o próprio material da escavação, desde que apresente condições de
suporte.

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Antes de utilizar este procedimento, verifique a revisão vigente no AutoDoc Qualidade.
PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO

Identificação: Revisão:
FUNDAÇÕES PE-2.1 02

8. VERIFICAÇÃO E LIBERAÇÃO
Conforme descrito na FVS deste procedimento.

9. REGISTROS
 FVS-2.1a – Sapata
 FVS-2.1b – Estaca Franki
 FVS-2.1c – Estaca Hélice Contínua
 FVS-2.1d – Estaca Metálica
 FVS-2.1e – Estaca Raiz
 FVS-2.1f – Estaca Strauss
 FVS-2.1g – Bloco de Fundação
 FVS-2.1h – Nega e Repique
 FVS-2.1i – Radier
 FVS-2.1j – Estaca Pré-Moldada
 FVS-2.1k – Tubulão
 FORM-CTL-1.1 – Recebimento do Concreto
 FORM-CTL-1.2 – Mapa de Concretagem
 FORM-CTL-1.3 – Controle de Concretagem
 FORM-CTL-1.4 – Calda de cimento para Injeção
 Relatórios de Subcontratados (execução, nega e repique, equipamentos).
 Relatórios de Prova de Carga (PCE, PDA e PIT).

10. ENSAIOS – INSERIR ENSAIOS A SEREM REALIZADOS


Conforme descrito no PCT (Plano de Controle Tecnológico de Materiais e Serviços) da obra.

11. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA


 P-OBR-07 - Anexo 1 – Especificação de Materiais
 NBR 6118 – Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimento.
 NBR 6122 – Projeto e Execução de Fundações.
 NBR 7480 – Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto armado - Especificação.
 NBR 14931 – Execução de Estruturas de Concreto – Procedimento.
 NBR 12131 – Estacas – Prova de carga estática – Método de ensaio.
 NBR 13208 – Estacas – Ensaio de carregamento dinâmico – Método de ensaio.
 NBR ISO 9001 – Sistema de Gestão da Qualidade – Requisitos
 SiAC PBQP-H – Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat
 PE-1.2 – Locação da Obra.
 PE-2.2 – Movimentação de Terra.
 PE-3.1 – Execução de Concreto Armado.
 P-OBR-04 – Concreto e Rastreabilidade do Concreto.
 P-OBR-08 – Controle de Estacas.

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Antes de utilizar este procedimento, verifique a revisão vigente no AutoDoc Qualidade.
PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO

Identificação: Revisão:
FUNDAÇÕES PE-2.1 02

 Projetos de Locação de Estacas, Armação, Forma, Estrutura, Cimbramento e Interferências.


 Relatório de sondagem.
 Memorial descritivo
 Caderno de detalhes
 Contrato com o fornecedor

12. CONTROLE DE REVISÃO


REVISÃO DATA DESCRIÇÃO DA REVISÃO
Unificação dos procedimentos das regionais (não é necessário treinamento
02 25/05/2018
desta revisão para a UNSP)

01 20/12/2017 Revisão Geral

00 10/03/2016 Emissão Inicial

13. CONTROLE DE APROVAÇÃO


CONTROLE DE ELABORAÇÃO

Elaborado por Alexandre Bosio Neto – Gerente de Obra

Analisado por Samir Magnani Real – Engenheiro de Qualidade

Analisado por Luiz Carlos de Abreu Junior – Gerente Geral de Obras

Analisado por Vagner Arlindo Verissimo Inocente – Gerente Geral de Obras

CONTROLE DE APROVAÇÃO

Aprovado por Fabio Almeida de Barros – Diretor Obras

Aprovado por Patricia Heredia Domingues – Diretora Geral de Construção

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Antes de utilizar este procedimento, verifique a revisão vigente no AutoDoc Qualidade.

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