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INSTRUÇÃO DE PROCESSO

Identificação:
FUNDAÇÃO EM ESTACAS RAIZ
IP-OBR-05F-02

1. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

 IP-OBR-03A – Montagem de gabarito (locação de obra);


 IP-OBR-04A – Compactação de terra após escavação para blocos / similares;
 IP-OBR-06B – Controle da qualidade do concreto;
 NBR 6122 – Projeto e execução de fundações – Anexo L: Estacas raiz – Procedimentos executivos;
 Projeto de arquitetura;
 Projeto de fundação;
 Relatório de sondagem;
 Projeto de locação dos eixos;
 Laudo técnico do estado das edificações vizinhas (fotográfico, cota de pisos, estabilidade);
 Seguro de risco de engenharia de construção e danos a terceiros contratado;
 Levantamento pós-demolição.

2. DOCUMENTOS DE CONTROLE DE QUALIDADE RELACIONADOS

 Boletins de execução das estacas;


 Registro de execução das estacas;
 CQM-OBR-02 – Aço;
 CQM-OBR-06 – Areia;
 CQM-OBR-07 – Cimento;
 CQP-OBR-05F.

3. MATERIAIS

Categoria Especificação
Aço* CA50, CA25, conforme projeto
Areia* Média
Cimento* CPII E-32, CPII F-32, CPII Z-32
Pedrisco* -
*Materiais controlados. Verificar lista de Fornecedores de Materiais e Sistemas Construtivos Homologados disponível no
Autodoc.

4. EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS

Categoria Especificação
Bomba de água
Bomba de injeção de argamassa
Compressor de ar e mangotes
Martelete leve
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Misturador de argamassa
Perfuratriz Rotativa ou Rotopercussiva
Piquete
Prumo de centro
Prumo de face
Reservatório de água ou fluido estabilizante
Tricone
Tubo metálico para revestimento

5. CONDIÇÕES INICIAIS

 Local livre de interferências superficiais;


 Locação das escavações das estacas definidas;
 Todas as excentricidades devem ser comunicadas e avaliadas pelo projetista;
 Toda e qualquer alteração de projeto deverá ser comunicada ao departamento de projetos por e-mail;
 Gabaritos instalados e conferidos;
 Muros e edificações vizinhas escoradas;
 Desligamento dos cabos elétricos subterrâneos;
 Equipamento no local;
 Drenagem provisória do terreno.

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6. EXECUÇÃO

Figura 6-1: Etapas do processo executivo

6.1. PERFURAÇÃO

 Executar a perfuração do solo por meio de uma perfuratriz rotativa ou rotopercussiva, que introduz o
tubo de revestimento através de rotação com uso de circulação direta de água injetada no seu interior;
 O material desagregado pela rotação do tubo é expelido pela circulação direta de água injetada e retorna
pelo espaço existente entre a parede externa do tubo e a parede da escavação;
 A instalação do tubo de revestimento pode ser parcial. Neste caso a perfuração abaixo do tubo pode
ocorrer com a utilização de tricone com auxílio de circulação de água ou com elementos estabilizantes
das paredes das perfurações;
 No caso de solos muito duros ou muito compactos, pode-se executar pré-perfuração avançada por dentro
do revestimento;

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 Na necessidade de se ultrapassar interferências tais como alvenaria, matacão, rocha, etc., a perfuração é
prosseguida por dentro do revestimento mediante emprego de ferramentas especiais, como coroa com
pastilhas de vídea, martelo de fundo de rotopercussão, etc. Esta operação causa, usualmente, uma
diminuição do diâmetro da estaca que deve ser considerada no dimensionamento;
 Observar o comportamento de estacas próximas durante a perfuração;
 Conferir o comprimento da estaca que deve estar em conformidade com o projeto;
Obs.: Em estacas próximas argamassadas a menos de 24 horas aconselha-se manter distância entre estacas
sequenciais de 6 x ø.

Figura 6.1-2 - Perfuração.


Figura 6.1-1 - Tubos de revestimento.

6.2. ARMAÇÃO

 Antes da introdução da armação, limpar internamente o furo através da utilização da composição de


lavagem;
 Introduzir a armação da estaca, que pode ser em feixe ou em gaiola, de acordo com o especificado pelo
projetista. A armação deve ser implantada ao longo de toda a estaca;
 No caso de o tubo de revestimento não ser utilizado integralmente no furo, elementos espaçadores devem
ser instalados de modo a evitar o contato do aço com o solo;
 A emenda das barras pode ser feita por transpasse para estacas submetidas a compressão e com luva para
estacas submetidas a tração;

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Figura 6.2-1 - Gaiolas de armação. Figura 6.2-2 - Colocação da armação no tubo.

6.3. CONCRETAGEM

 Após a instalação da armação, preencher o furo com argamassa mediante bomba de injeção, através de um
tubo de PVC que é introduzido até a ponta da estaca. O preenchimento é feito de baixo para cima até a
expulsão de toda a água de circulação contida no interior do revestimento;
 Rosquear no topo do tubo de revestimento uma tampa ligada a um compressor de ar que injeta golpes de
ar comprimido;
 Remover a tubulação de revestimento com auxílio de macacos hidráulicos e com o desrosqueamento da
tampa e repetidas injeções de ar comprimido no topo do tubo. Após a aplicação da pressão e retirada dos
tubos de revestimento, o nível de argamassa é completado;
 No caso de estacas com argamassa abaixo da cota de arrasamento ou estacas cujo topo resulte abaixo da
cota de arrasamento prevista, deve-se fazer a demolição do comprimento e recompô-lo até a cota de
arrasamento para execução do bloco de coroamento;
 Os corpos-de-prova devem ser moldados de acordo com a ABNT NBR 5738 e ensaiados de acordo com a
ABNT NBR 5739.

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Figura 6.3-1 - Injeção da argamassa e expulsão da água de circulação contida no interior do revestimento.

7. FLUXO DOS SERVIÇOS

O fluxo das atividades está descrito a seguir (Figura 7-1).

Figura 7-1: Fluxograma de fundação em estaca raiz

8. CONTROLE TECNOLÓGICO

8.1. RESISTÊNCIA DE COMPRESSÃO DE CORPOS DE PROVA CILÍNDRICOS


 Seguir NBR 5739, ou seja, 3CPs de 10x20, a cada caminhão betoneira (1 para rompimento aos 7 dias,
2 para rompimento aos 28 dias). A aceitação deve ocorrer desde que os resultados de ruptura, aos 28
dias, sejam superiores ao valor do Fck de projeto.

8.2. MONITORAMENTO DOS RECALQUES


 Obrigatório quando:

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o Estruturas nas quais a carga variável é significativa em relação à carga total, tais como silos e
reservatórios;
o Estruturas com mais de 60m de altura do térreo até a laje de cobertura do último piso
habitável;
o Relação altura/largura (menor dimensão) superior a quatro;
o Estruturas ou fundações não convencionais.
 Quando necessário, as especificações do monitoramento de recalque (referência de nível – indeslocável
– a ser utilizada, característica dos aparelhos de medida, frequência, período etc.) devem ser
elaboradas pelo projetista de fundações.

8.3. PROVA DE CARGA ESTÁTICA OU CARREGAMENTO DINÂMICO


 Verificar as condições em que as provas de carga estáticas são necessárias na tabela da Figura 8-1,
extraída da ABNT NBR 6122. As provas de carga devem ser feitas caso a tensão admissível exceda a
estipulada na coluna A ou se o número total de estacas exceder o estipulado na coluna B, de acordo
com a NBR 12131;

Tabela 8-1: Quantidade de Provas de Carga Estática de Estacas Raiz. Fonte: NBR 6122:2010.
Tensão (admissível) máxima abaixo da qual não serão
obrigatórias provas de carga, desde que o número de Número total de estacas da obra a partir do qual serão
estacas seja inferior ao apresentado na coluna da direita, obrigatórias provas de carga estática
em MPa
15,5 75

Figura 8-1: Observações sobre obrigação de realização de prova de carga estática. Fonte: NBR 6122:2010.

 Caso se opte por ensaio de carregamento dinâmico (NBR 13208), seguir as orientações a seguir:
o Multiplicar por 5 a quantidade de provas de carga estática que seriam necessárias (vide Tabela
8-1 e condições da Figura 8-1);
o Mínimo 3 estacas;

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o Para um número de estacas maior do que 2x o estipulado na coluna B da tabela da Figura 8-1,
torna-se obrigatório realizar ao menos 1 prova de carga estática.

 A quantidade de ensaios de controle de execução de estacas (estáticos ou dinâmicos) deverá ser


validada pelo projetista/ consultor de fundações.

8.4. OUTROS ENSAIOS


 Consultar o projetista de fundações para estabelecimento do programa de ensaios e verificar
necessidade de ensaios adicionais caso a caso.

9. SEGURANÇA

 Botas de borracha;
 Capacete de segurança;
 Luva de proteção;
 Cinto de segurança quando o risco de queda for superior a 2 metros;
 Protetor auricular;
 Capa de chuva.

Controle de Revisões
Revisão Data Principais Alterações Elaborado por Aprovado por
Discriminação de materiais e equipamentos de suas respectivas especificações;
Sinalização dos materiais controlados por Homologação Técnica de
Maurício
02 05/10/2015 Fornecedores; DDT
Bernardes
Inclusão de fluxo macro do serviço;
Inclusão do Controle Tecnológico necessário para estacas.
Maurício
01 23/12/2014 Primeira publicação da IP DDT
Bernardes

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