Você está na página 1de 37

ARAR

A
-

referencia bibliografica.
Arte e tecnologia: como elas se unem e seus benefícios - ArtOut
artout.com.br › arte-e-tecnologia

RTE E TECNOLOGIA: COMO ELAS


SE UNEM E SEUS BENEFÍCIOS
TARTE E TECNOLOGIA: COMO ELAS
-: COMO ELAS SE UNEM E SEUS
BENEFÍCIOS
TE E TECNOLOGIA: COMO ELAS SE
UNEM E SEUS BENEFÍCIOS
Em praticamente todas as culturas arte e tecnologia se unem, se misturam e se influenciam. Esta
parceria, que sempre existiu, tem se acelerado nos últimos anos e permitido a criação de novas
formas de arte assim como tecnologias mais belas e humanizadas. Artistas visionários entendem
cada vez mais de tecnologia e profissionais de tecnologia criativos bebem nas fontes das artes
para criarem seus produtos.

O desenvolvimento tecnológico permite que atualmente os artistas se utilizem de novas


ferramentas para produzir arte de uma forma inovadora. Equipamentos multimídia, códigos de
programação e objetos eletrônicos são alguns dos novos “quadros” onde os artistas podem
demonstrar suas ideias.

Outra característica desta fusão é a possibilidade da união entre artistas e outros profissionais
para a criação de novas ideias e produtos. Atualmente, empresas e estúdios de arte congregam o
trabalho em conjunto de artistas com matemáticos, designers, profissionais de informática, entre
outros.
A tecnologia também bebe da fonte da arte para se inspirar, se renovar e se embelezar. Entre os
muitos exemplos recentes desta parceria podemos citar a preocupação que a empresa de
tecnologia Apple tem em criar produtos que além de modernos também sejam bonitos
esteticamente tanto na parte de hardware quanto em seus programas. Para alcançar este
objetivo, a empresa inspira-se em várias formas de manifestações artísticas como a pintura, a
escultura e o design.

ARTE E TECNOLOGIA: DAS


CAVERNAS À REALIDADE
VIRTUAL
Desde os tempos mais remotos arte e tecnologia caminham juntas através da história da
humanidade. Na medida em que avançavam e se desenvolviam tanto a arte quanto a tecnologia se
beneficiaram das conquistas alcançadas por ambas.

As mais diversas manifestações artísticas puderam aperfeiçoar suas técnicas ao absorverem novos
produtos e ferramentas que determinaram novas maneiras de se criar artisticamente e introduziram
novos recursos para a produção de artes. Do homem nas cavernas que utilizava sangue animal e
sementes para produzir a “tinta” de suas pinturas até as exposições virtuais cada passo da
tecnologia é absorvido pela arte, e vice-versa.

Hoje é possível conhecer obras de arte, artistas e museus sem sair do conforto do próprio lar, algo
impensável há algumas décadas atrás. O acesso a arte, com o apoio da tecnologia, tem se tornado
mais acessível e inclusivo.

Ao mesmo tempo, procura-se através da arte dotar de expressividade e personalidade produtos,


serviços e recursos tecnológicos que até então eram feios, frios e padronizados. Chegamos à era
dos recursos customizáveis em que as empresas irão procurar oferecer produtos e serviços que
agradem todos os sentidos dos clientes.
-USO DA TECNOLOGIA COMO
SUPORTE PARA ARTE
A fusão entre arte e tecnologia permite novos e interessantes formatos para a criação e divulgação
artísticas. O desenvolvimento tecnológico, em especial os computadores, permitiu o surgimento de
criações artísticas que antes não eram possíveis.

Instalações artísticas, que unem imagens e sons, são apenas um exemplo de como a arte pôde
libertar-se dos suportes tradicionais (quadros e esculturas) e agora manifestasse de maneiras
inovadoras e surpreendentes.

Ao apropriar-se das novas ferramentas tecnológicas a arte também conseguiu sair dos
museus para ganhar as ruas. Aparelhos, cada vez menores e mais baratos, permitem que o
artista exponha suas criações em locais abertos e inusitados. Uma fachada de um prédio pode
se transformar em uma tela multimídia para a criatividade.
E não é somente no apoio à criação e divulgação da arte que a tecnologia pode ser útil. Alguns
teóricos afirmam que em breve, computadores produzirão canções, textos literários, quadros e
esculturas tão elogiados quanto as disputadas obras primas atuais.

INSPIRAÇÃO ARTÍSTICA PARA O


DESENVOLVIMENTO
TECNOLÓGICO
Quando um artista produz uma criação artística ele não tem ideia de como sua obra será
compreendida e de que forma ela impactará e irá influenciar as pessoas. Porém, desde os tempos
mais remotos, a humanidade reflete e muda sua forma de pensar e agir em razão do contato com
obras como textos, canções, poemas, filmes, peças teatrais, entre outros.

Empresas de diferentes setores, em especial da área tecnológica, tem encontrado nas artes a
influência que necessitavam para tornar seus produtos e serviços mais bonitos, funcionais e aceitos
por seus consumidores.

O resultado da somatória entre arte e tecnologia pode ser percebido no nome de novos produtos, no
design e nas cores escolhidas e na funcionalidade de produtos e serviços que buscam criar uma
personalidade própria diferenciando-se da concorrência ao assumir a influência recebida das artes.

Produtos físicos, serviços e bens intangíveis, como softwares e aplicativos aperfeiçoam sua
estética, linguagem e formatos de interação inspirando-se em formas de arte que vão da pintura à
música, passando por manifestações como a fotografia, a escultura e as artes plásticas.

-BENEFÍCIOS DA UNIÃO ENTRE


ARTE E TECNOLOGIA
Os frutos da parceria entre arte e tecnologia são inúmeros e aumentam a cada dia. Além dos
benefícios imediatos para ambas as partes acredita-se também que ainda estamos no início da
colheita resultante das influências desta parceria nos costumes, na cultura e no modo de viver da
sociedade.

Inovação e criatividade são as consequências mais importantes, e imediatas, para a indústria


tecnológica ao inspirar-se nas artes. Novos produtos e serviços, mais bonitos, elegantes e
inovadores são os resultados desta influência mútua.

As empresas também ganham em beleza e funcionalidade ao apostar na parceria com a arte. Ao


recorrerem à conceitos estéticos de manifestações artísticas as organizações passam a pensar de
uma maneira diferente privilegiando aspectos como design, linguagem e abordagem. Recursos
fundamentais para se diferenciar da concorrência.

Interatividade é outra conquista, que cada vez mais manifestações artísticas, se utilizam para
aproximar o público e utilizar suas emoções e pensamentos. Com o uso da tecnologia a arte deixa
de ser apenas observável para se tornar “manipulável”, ou seja, o público passa a participar, opinar
e interagir com a obra e as ideias do artista.
A tendência é que esta união se torne, cada vez mais, uma verdadeira fusão na qual os limites entre
arte e tecnologia ficarão menos claros. Manifestações artísticas que hoje ainda não conseguimos
imaginar e produtos que se parecerão com verdadeiras obras de arte são algumas das consequências
desta união inovadora e criativa.

--Questão 1
(Enem-2018)

TEXTO I
-

ALMEIDA, H. Dentro de mim, 2000. Fotografia P/B. 132 x 88 cm. Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa

TEXTO II
A body art põe o corpo tão em evidência e o submete a experimentações tão variadas, que sua
influência estende-se aos dias de hoje. Se na arte atual as possibilidades de investigação do corpo
parecem ilimitadas - pode-se escolher entre representar, apresentar, ou ainda apenas evocar o
corpo - isso ocorre graças ao legado dos artistas pioneiros.
Silvia, P.R. Corpo na arte, body art, body modification: fronteiras. II Encontro de História da Arte: IFCH-Unicamp 2006 (adaptado)

Nos textos, a concepção de body art está relacionada à intenção de:

a) estabelecer limites entre o corpo e a composição.


b) fazer do corpo um suporte privilegiado de expressão.
c) discutir políticas e ideologias sobre o corpo como arte.
d) compreender a autonomia do corpo no contexto da obra.
-
Questão 2
(Enem-2018)
TEXTO I
Também chamados impressões ou imagens fotogramáticas […], os fotogramas são, numa definição
genérica, imagens realizadas sem a utilização da câmera fotográfica, por contato direto de um objeto
ou material com uma superfície fotossensível exposta a uma fonte de luz. Essa técnica, que nasceu
junto com a fotografia e serviu de modelo a muitas discussões sobre a ontologia da imagem
fotográfica, foi profundamente transformada pelos artistas da vanguarda, nas primeiras décadas do
século XX. Representou mesmo, ao lado das colagens, fotomontagens e outros procedimentos
técnicos, a incorporação definitiva da fotografa à arte moderna e seu distanciamento da
representação figurativa.
COLUCCI, M. B. Impressões fotogramáticas e vanguardas: as experiências de Man Ray. Studium, n. 2, 2000.

TEXTO II

No fotograma de Man Ray, o “distanciamento da representação figurativa” a que se refere o Texto I


manifesta-se na:

a) ressignificação do jogo de luz e sombra, nos moldes surrealistas.


b) imposição do acaso sobre a técnica, como crítica à arte realista.
c) composição experimental, fragmentada e de contornos difusos.
d) abstração radical, voltada para a própria linguagem fotográfica.
-.
-Questão 3

-(Enem-2018)

TEXTO I
-

-TEXTO II
Stephen Lund, artista canadense, morador em Victoria, capital da Colúmbia Britânica (Canadá),
transformou-se em fenômeno mundial produzindo obras de arte virtuais pedalando sua bike.
Seguindo rotas traçadas com o auxílio de um dispositivo de GPS, ele calcula ter percorrido mais de
10 mil quilômetros.

Os textos destacam a inovação artística proposta por Stephen Lund a partir do(a):

a) deslocamento das tecnologias de suas funções habituais.


b) perspectiva de funcionamento do dispositivo de GPS.
c) ato de guiar sua bicicleta pelas ruas da cidade.
d) análise dos problemas de mobilidade urbana.
-
Breve história do teatro 2 ANO
"A finalidade de representar, tanto no princípio quanto agora, era e é oferecer
um espelho à natureza; mostrar à virtude seus próprios traços, à infâmia sua
própria imagem, e dar à própria época sua forma e aparência". (HAMLET, Ato III,
cena II)

A palavra teatro (théatron) deriva dos verbos gregos "ver, enxergar" e significa lugar de onde se vê.
Pré-história Antiguidade Teatro Grego Teatro Romano Idade Média

Renascimento Romantismo Realismo e Século XX O Teatro hoje


Naturalismo
Pré-história
O teatro sempre esteve presente na história da humanidade e, por meio dele, o homem expressava sentimentos, contava histórias, e
louvava seus deuses.
Ninguém sabe ao certo como e quando surgiu o teatro. Provavelmente nasceu junto com a curiosidade do homem, desde o tempo das
cavernas, de tanto observar os animais, acabou conseguindo imitar esses bichos, para se aproximar deles sem ser visto numa
caçada, por exemplo. Depois, o homem desta época deve ter encenado essa caça para seus companheiros para contar a eles como
foi, já que não existia ainda a linguagem como a gente conhece hoje. Isso era teatro, mas ainda não era espetáculo.

Antiguidade
Quem vai assistir a peças, muitas vezes engraçadas, hoje em dia, talvez nem imagine que o teatro, há muito tempo, era
sagrado. As pessoas acreditavam que por meio desses rituais era possível invocar deuses e forças da natureza para fazer
chover, tornar a terra mais fértil e as caças mais fáceis, ou deixar os desastres naturais bem longe de sua comunidade. Estes
rituais envolviam cantos, danças e encenações de histórias dos deuses, que assim deveriam ficar felizes com a homenagem
e ser piedosos com os homens.

Teatro Grego
O teatro grego surgiu das cerimônias e rituais gregos como as Dionisíacas que eram celebrações de caráter religioso ao deus
Dionísio, o deus do vinho, do entusiasmo, da fertilidade e do teatro. Os deuses gregos eram muito parecidos com os homens, pois
tinham vontades e humores. Uma coisa curiosa nas encenações é que só os homens podiam atuar, já que as mulheres não eram
consideradas cidadãs, por isso as peças eram encenadas com grandes máscaras.
Foi na Grécia que surgiu a dramaturgia com Téspis que também representou pela primeira vez o deus Dionísio, criando o ofício de
ator. Também na Grécia antiga surgiram dois gêneros do teatro a Tragédia e a Comédia.
Nas tragédias gregas os temas eram ligados às leis, à justiça e ao destino. Nesse gênero eram contadas histórias que quase sempre
terminavam com a morte do herói. Os autores de tragédia grega mais famosos foram Ésquilo, Sófocles e Eurípedes. Ao contrário da
tragédia, na comédia grega as histórias visavam o riso do espectador, eram formas engraçadas de perceber a vida chamadas sátiras.
Um grande autor de comédia grega foi Aristófanes. Todos esses autores influenciaram muito o teatro que veio depois e suas peças
são encenadas até hoje.

As peças gregas passaram a ser representadas em espaços especiais que são parecidos com os teatros atuais. Eram construções
em forma de meia-lua, cavadas no chão, com bancos parecidos com arquibancadas, chamados de teatros de arena.

Roma
O teatro romano não é um reflexo do teatro grego. Eles importaram a cultura grega, porém tinham seu próprio estilo. O teatro romano
perde o caráter de sagrado e visa à diversão e ao prazer, a comédia toma o lugar da tragédia. Os espetáculos de circo romanos eram
violentos, se baseavam em competições entre os romanos e os cristãos os quais eram sacrificados publicamente.

Idade Média
Período de intensa atividade católica. Durante as missas eram representadas passagens da bíblia, porém as autoridades católicas,
com medo da perda do caráter sagrado da missa, proibiram as exibições e as peças foram para as praças públicas.
Também na Idade Média surgem as comédias bufas com temas políticos e sociais e a farsa com uso de estereótipos que ironizavam
acontecimentos do dia a dia. Aparecem os Saltimbancos, companhias de teatro que iam de cidade em cidade apresentando seus
espetáculos.

Renascimento
Na Itália, no final da Idade Média e início do Renascimento, surge a Commedia Dell'Arte, que se baseava em espetáculos teatrais
populares, apresentados nas ruas, com textos improvisados e personagens de destaques como Arlequim, Pierrot, Colombina,
Polichinelo, Pantaleão, Briguela.
Na Ingleterra, a rainha Elizabeth I deu proteção ao teatro da época pois apreciava muito os espetáculos populares. Contava com a
ajuda de alguns dramaturgos ingleses para contar a história de seus heróis reforçando o sentimento do nacionalismo. O principal
deles era Sheakespeare que também idealizou e construíu o mais famoso teatro inglês: o Globe.Também vale destacar o francês
Moliére, patrono dos atores franceses. Moliére foi um comediógrafo, ou seja, se dedicou a escrever comédias e, em suas histórias,
explorava as fraquezas e ridículos do ser humano
Romantismo
Nos séculos XVIII e XIX a Europa teve várias revoluções. Nesse período, a burguesia tem uma ascensão e o teatro sofre infuências, o
drama substitui a tragédia e a comédia se desenvolve, o foco do teatro se torna muito mais individual e não é mais social. No
romantismo, o teatro volta-se para o ser humano, as peças falam sobre emoção, e surge o melodrama. Liberdade, fraternidade e
igualdade são os lemas desse período.

Realismo e Naturalismo no teatro


Até o século XVIII o teatro era frequentado pelo povo e essa realidade foi se modificando, a burguesia começou a ser maioria nas
plateias e o teatro passou a mostrar as realidades burguesas com temas como a vida social, o casamento, o dinheiro entre outros. As
representações também começaram a ser mais naturais, mostrando pessoas comuns, mais próximas da vida real.

Século XX
A partir do realismo e naturalismo o teatro evolui e se torna um instrumento de discussão e crítica da sociedade, mesmo com a falta
de preocupação da reprodução da realidade nos cenários e figurinos, os temas tratados ilustram a realidade social. O teatro nessa
época trabalha questões políticas e questões que refletem criticamente aspectos da sociedade vigente.

O Teatro hoje
Dá para perceber que, com tantas influências, o teatro de hoje é uma arte muito rica. Existe a ópera, o teatro de bonecos, os musicais,
o teatro feito em espaços alternativos, entre outros. Quando apareceu o cinema, há mais de cem anos, muita gente previu o fim do
teatro. Falavam que o cinema iria substituí-lo, porque podia criar histórias com muito mais semelhança com a realidade. Ainda bem
que isso não aconteceu!

Fontes consultadas:
Autor: Jorge Luís Rodrigues In: www.animagente.com
Disponível em: http://www.animagente.com/siteandre_APOSTILA.html / acesso em 01/07/2011.
www.canalkids.com.br
www.brasilescola.com
liriah.teatro.vilabol.uol.com.br
educacao.uol.com.br
www.portalsaofrancisco.com.br
www.passeiweb.com
Acesso em junho de 2011.
Todas as modificações posteriores são de responsabilidade dos autores da matéria.

ENEM 2009  QUESTÃO 102

Gênero dramático é aquele em que o artista usa como intermediária entre si e o público a representação. A
palavra vem do grego drao (fazer) e quer dizer ação. A peça teatral é, pois, uma composição literária destinada
à apresentação por atores em um palco, atuando e dialogando entre si. O texto dramático é complementado pela
atuação dos atores no espetáculo teatral e possui uma estrutura específica, caracterizada: 1) pela presença de
personagens que devem estar ligados com lógica uns aos outros e à ação; 2) pela ação dramática (trama,
enredo), que é o conjunto de atos dramáticos, maneiras de ser e de agir das personagens encadeadas à unidade
do efeito e segundo uma ordem composta de exposição, conflito, complicação, clímax e desfecho; 3) pela
situação ou ambiente, que é o conjunto de circunstâncias físicas, sociais, espirituais em que se situa a ação; 4)
pelo tema, ou seja, a ideia que o autor (dramaturgo) deseja expor, ou sua interpretação real por meio da
representação.
COUTINHO, A. Notas de teoria literária. Rio de Janeiro: 
Civilização Brasileira, 1973 (adaptado). 

Considerando o texto e analisando os elementos que constituem um espetáculo teatral, conclui-se que 

1. A

a criação do espetáculo teatral apresenta-se como um fenômeno de ordem individual, pois não é possível sua concepção de forma
coletiva. 

2. B

 
o cenário onde se desenrola a ação cênica é concebido e construído pelo cenógrafo de modo autônomo e independente do tema da
peça e do trabalho interpretativo dos atores. 

3. C

o texto cênico pode originar-se dos mais variados gêneros textuais, como contos, lendas, romances, poesias, crônicas, notícias,
imagens e fragmentos textuais, entre outros. 

4. D

o corpo do ator na cena tem pouca importância na comunicação teatral, visto que o mais importante é a expressão verbal, base da
comunicação cênica em toda a trajetória do teatro até os dias atuais

Questão 3
(Enem-2018)

O grupo O Teatro Mágico apresenta composições autorais que têm referências estéticas do rock, do
pop e da música folclórica brasileira. A originalidade dos seus shows tem relação com a ópera
europeia do século XIX a partir da:

a) disposição cênica dos artistas no espaço teatral.


b) integração de diversas linguagens artísticas.
c) sobreposição entre música e texto literário.
d) manutenção de um diálogo com o público.
(Enem – 2009)

Gênero dramático é aquele em que o artista usa como intermediária entre si e o público a representação. A
palavra vem do grego drao (fazer) e quer dizer ação. A peça teatral é, pois, uma composição literária
destinada à apresentação por atores em um palco, atuando e dialogando entre si. O texto dramático é
complementado pela atuação dos atores no espetáculo teatral e possui uma estrutura específica, caracterizada:
1) pela presença de personagens que devem estar ligados com lógica uns aos outros e à ação; 2) pela ação
dramática (trama, enredo), que é o conjunto de atos dramáticos, maneiras de ser e de agir das personagens
encadeadas à unidade do efeito e segundo uma ordem composta de exposição, conflito, complicação, clímax e
desfecho; 3) pela situação ou ambiente, que é o conjunto de circunstâncias físicas, sociais, espirituais em que
se situa a ação; 4) pelo tema, ou seja, a ideia que o autor (dramaturgo) deseja expor, ou sua interpretação real
por meio da representação.

COUTINHO, A. Notas de teoria literária. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1973. (Adaptado.)

São características do gênero dramático:

I. Representa sentimentos e emoções a partir da expressão individual e subjetiva. Nos textos dramáticos há a
predominância de pronomes e verbos na 1ª pessoa e a exploração da musicalidade das palavras.
II. Nos textos dramáticos o poeta despoja-se do seu “eu” sentimental para atirar-se na direção dos
acontecimentos que o rodeiam. O amor é uma temática, mas na narrativa dramática ele é abordado em
episódios isolados.

III. Os textos dramáticos são produzidos para serem representados, pois a voz narrativa está entregue às
personagens, que contam a história por meio de diálogos ou monólogos sem mediação do narrador.

IV. O auto, a comédia, a tragédia, a tragicomédia e a farsa integram-se ao gênero dramático.

a) III e IV estão corretas.

b) I e III estão corretas.

c) I e II estão corretas.

d) I e IV estão corretas.

O que é Patrimônio Cultural? 1 ANO

Entender o que é patrimônio cultural envolve compreender a importância da cultura para a


sociedade. O conceito, em seu viés antropológico, inclui o conjunto do conhecimento, dos costumes, hábitos,
a arte, e outros aspectos de uma dada sociedade. É uma noção que funciona como elementos identitários de
um povo. 

A palavra patrimônio vem do latim 'pater', que significa pai. É um conceito atrelado à noção daquilo que é
passado como herança entre as gerações. Portanto, o significado de patrimônio cultural diz respeito a uma
herança compartilhada entre os cidadãos, que carrega em si aspectos referentes a identidade daquela
sociedade. 

Afinal, o que é Patrimônio Cultural?


Patrimônio cultural é tudo aquilo que possui importância histórica e cultural para um país ou uma pequena
comunidade, como a arquitetura, festas, danças, música, manifestações populares, artes, culinária, entre
outros. 
Os patrimônios culturais oficiais de uma região são escolhidos pelo Estado. No entanto, uma comunidade
pode ter um patrimônio cultural que não necessariamente passou pelo reconhecimento burocrático do
Estado. 
Significado de Patrimônio Cultural 
No Brasil, a discussão sobre o que é Patrimônio Histórico e Cultural vem desde a Constituição de 1937. Nesse mesmo
ano, o Decreto de Lei nº 25 apresenta o seguinte conceito O artigo 1º do documento apresente o seguinte conceito:

“Constitui o patrimônio histórico e artístico nacional o conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país e cuja
conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu
excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico. ”

O artigo 134 da Constituição de 1937 afirma que esses monumentos devem ser protegidos pela Nação e atos danosos a
eles devem ser comparados a um atentado contra o patrimônio nacional. 
Art 134 - Os monumentos históricos, artísticos e naturais, assim como as paisagens ou os locais
particularmente dotados pela natureza, gozam da proteção e dos cuidados especiais da Nação, dos Estados
e dos Municípios. Os atentados contra eles cometidos serão equiparados aos cometidos contra o patrimônio
nacional.

Tipos de Patrimônios Culturais 


O Patrimônio Cultural é dividido em dois grupos, que variam de acordo com a sua natureza. São
eles: Patrimônio Imaterial e Patrimônio Material. Além desses, há também o Patrimônio Artístico, que
reúne os bens artísticos, e o Patrimônio Natural, referente aos bens naturais de uma região. 

O que é Patrimônio Imaterial?

É o tipo de patrimônio considerado intangível e abrange as expressões simbólicas e culturais de um povo,


como as festas, as danças, músicas, saberes, costumes, formas de expressão, entre outros. 
Exemplos de patrimônio imaterial: 
- Capoeira;
- Tambor de Crioula do Maranhão (MA);
- Frevo (PE);
- Literatura de Cordel;
- Carimbó (PA);
- Festa do Senhor Bom Jesus do Bonfim (BA);
- Ritual Yaokwa do povo indígena Enawenê Nawê (MT).

O que é Patrimônio Material

Diz respeito aos bens materiais, ou seja, tangíveis, de um povo. Abrange os museus, monumentos
arquitetônicos, igrejas, bibliotecas, etc.

Exemplos de patrimônio material:


- Centro Histórico de Ouro Preto (Ouro Preto/MG);
- Museu Histórico Nacional (Rio de Janeiro/ RJ);
- Conjunto Arquitetônico de Paraty (Paraty/RJ);
- Centro Histórico de Olinda (Olinda/PE).
-

Igreja de São Francisco de Assis (Ouro Preto)

Patrimônios Culturais do Brasil

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) é um órgão brasileiro criado em 1937. A sua
missão é proteger e preservar os bens culturais e históricos do país com o intuito de promover a permanência
desses bens entre as gerações. O IPHAN reconhece no Brasil 14 Patrimônios Culturais da Humanidade, que
também são tombados pela Unesco. São eles: 

• Centro Histórico de Ouro Preto -MG


• Centro Histórico de Olinda - PE
• Ruínas de São Miguel das Missões - RS
• Centro Histórico de Salvador - BA
• Santuário de Bom Jesus de Matosinhos - Congonhas do Campo MG
• Brasília- DF
• Parque Nacional Serra da Capivara -PI
• Centro Histórico São Luís- MA
• Centro Histórico de Diamantina - MG
• Centro Histórico de Goiás - GO
• Praça de São Francisco - São Cristóvão SE
• Paisagens Cariocas - RJ
• Pampulha - Belo Horizonte MG
• Cais do Valongo- RJ
Catedral de Notre Dame (Paris - França)

Patrimônios Culturais Mundiais

A Organização das Nações Unidas para a Ciência e a Cultura (Unesco) criou em 1972 a Convenção do
Patrimônio Mundial com o objetivo de promover a preservação dos bens culturais, históricos e naturais da
humanidade. A lista com mais de mil localidades espalhadas ao redor do mundo. Conheça alguns deles logo
abaixo:

• Taj Mahal (Índia)


• Grand Canyon (EUA)
• Machu Picchu (Peru)
• Havana (Cuba)
• Pirâmides de Gizé (Egito)
• A Grande Muralha da China (China)
• Centro Histórico de Roma (Itália)
• Acrópoles de Atenas (Grécia)
• Catedral de Notre Dame (França)

Fonte: E+B Educação | Gabriele Silva

-
1. (ENEM 2013) Própria dos festejos juninos, a quadrilha nasceu como dança
aristocrática. oriunda dos salões franceses, depois difundida por toda a Europa. No
Brasil, foi introduzida como dança de salão e, por sua vez, apropriada e adaptada pelo
gosto popular. Para sua ocorrência, é importante a presença de um mestre “marcante”
ou “marcador”, pois é quem determina as figurações diversas que os dançadores
desenvolvem. Observa-se a constância das seguintes marcações: “Tour”, “En avant”,
“Chez des dames”, “Chez des cheveliê”, “Cestinha de flor”, “Balancê”, “Caminho da
roça”, “Olha a chuva”, “Garranchê”, “Passeio”, “Coroa de flores”, “Coroa de
espinhos” etc.
No Rio de Janeiro, em contexto urbano, apresenta transformações: surgem novas
figurações, o francês aportuguesado inexiste, o uso de gravações substitui a música ao
vivo, além do aspecto de competição, que sustenta os festivais de quadrilha,
promovidos por órgãos de turismo.

CASCUDO. L.C. Dicionário do folclore brasileiro. Rio de Janeiro: Melhoramentos. 1976.


As diversas formas de dança são demonstrações da diversidade cultural do nosso país.
Entre elas, a quadrilha é considerada uma dança folclórica por
a) possuir como característica principal os atributos divinos e religiosos e, por isso,
identificar uma nação ou região.
b) abordar as tradições e costumes de determinados povos ou regiões distintas de uma
mesma nação.
c) apresentar cunho artístico e técnicas apuradas, sendo também, considerada dança-
espetáculo.
d) necessitar de vestuário específico para a sua prática, o qual define seu país de
origem.

(ENEM/2014)

A abordagem do patrimônio cultural, centrada nos aspectos técnicos da conservação e da


restauração, tende a ocultar a ideia de que a sua preservação é uma prática social que implica um
processo de interpretação da cultura, não apenas material como simbólica, portadora de referência à
identidade, à ação e à memória dos grupos formadores da sociedade.

FONSECA, M. C. L. Para além da pedra e cal. In: ABREU, R.; CHAGAS, M.


Memória e patrimônio: ensaios contemporâneos. Rio de Janeiro: DP&A, 2003 (adaptado).

A defesa do patrimônio histórico busca valorizar os bens que representam a nossa identidade. Nesse
sentido, há manifestações culturais cuja preservação demanda seu reconhecimento como patrimônio
imaterial. Essa concepção de patrimônio expressa-se

  no conhecimento transmitido entre gerações e recriado pelas comunidades, gerando um


sentimento de pertencimento.

  no tombamento dos bens imóveis, como grupos urbanos, sítios arqueológicos e
paisagísticos.

  no arquivamento da produção intelectual como os livros e a conservação de pinturas e


esculturas.

  no conjunto de bens culturais classificados segundo a sua natureza: arqueológica, histórica
e etnográfica.
 (ENEM/2017)
 Uma área de cerca de 101,7 mil metros quadrados, com um pátio ferroviário e uma série de
armazéns de açúcar abandonados pelo poder público. Quem olha de fora vê apenas isso, mas
quem conhece a história do Cais José Estelita sabe que o local faz parte da história de Recife,
sendo um dos cartões-postais e um dos poucos espaços públicos que restam na capital
pernambucana. E é por isso que um grupo está lutando para evitar que as construções sejam
demolidas por um consórcio de grandes construtoras para construção de prédios comerciais e
residenciais.
 BUENO, C. Ocupe Estelita: movimento social e cultural defende marco histórico de
Recife. Ciência e Cultura, n. 4, 2014.
 A forma de atuação do movimento social relatado evidencia a sua busca pela :

  preservação do patrimônio material.

  ampliação do poder de consumo.

  revitalização econômica do lugar.

  intensificação da geração de empregos.

Habilidade 1 Ano: Reconhecer os conceitos de patrimônio cultural, memória coletiva e bens simbólicos materiais e

imateriais.

Habilidade 2 Ano: Reconhecer os potenciais espaços cênicos. Convencionais e não convencionais.

Habilidade 3 Ano: Compreender a relação entre Arte, Ciências e Tecnologia.

1 ANO

O que é Patrimônio Cultural?

Patrimônio Cultural ou Patrimônio Histórico Cultural é um bem preservado, que possui valor
inestimável para a identidade e história de um povo, comunidade ou região. Existem dois principais
tipos de patrimônio cultural:

 Patrimônio cultural material: são os bens concretos e que geralmente possuem valor comercial, como as
pinturas, esculturas, monumentos, conjuntos arquitetônicos, entre outros. Ou seja, tudo aquilo que pode ser
preservado e tem uma durabilidade considerável;
 Patrimônio cultural imaterial: são os patrimônios ligados ao lado emocional, espiritual ou comportamental
de um povo ou uma região, como as comidas típicas, danças populares, rituais, entre outros.
Patrimônios culturais brasileiros
Por ter uma grande diversidade cultural, o Brasil conta com inúmeros patrimônios nacionais
materiais, imateriais e até mesmo patrimônios da humanidade (patrimônio cultural mundial).

Todos têm um importante papel na preservação da identidade e história do país, pois fazem parte da
formação dos diferentes povos e culturas que existem no Brasil.

Cristo Redentor
A estátua do Cristo Redentor, localizado no Rio de Janeiro, foi tombada em 2008 como patrimônio
cultural material brasileiro. Ela fica localizada no Morro do Corcovado, uma montanha de mais de
700 metros de altitude e é considerada um dos maiores pontos turísticos do Brasil.
Estátua do Cristo
Redentor, no estado do Rio de Janeiro
Lençóis, na Bahia
A área arquitetônica e paisagista dos Lençóis, localizado na Bahia, foi tombada como patrimônio
cultural material brasileiro em 1973. A área representa a história econômica e cultural da Chapada
da Diamantina, um importante local de extração de diamantes do século XVIII.
Lençóis, Bahia
Parque Nacional da Serra da Capivara
Localizado no Piauí, o parque foi tombado como patrimônio cultural material do Brasil em 1991. É
uma área importante para a história do país, pois possui mais de 400 sítios arqueológicos, com
gravuras e pinturas rupestres, que contam a história da nossa ancestralidade.
Parque Nacional da Serra da Capivara, Piauí
Acarajé
O acarajé é uma comida tipicamente brasileira, feita com azeite de dendê e ligada ao cultos dos
orixás. Sua comercialização é predominantemente realizada em Salvador (BA), feito especialmente
pelas baianas.

Essa comida é considerada um patrimônio cultural imaterial brasileiro e está dentro do Ofício das
Baianas, assim como o bolinho de feijão fradinho.
Baiana do acarajé

Modo Artesanal de Fazer o Queijo em Minas Gerais


O Modo Artesanal de Fazer o Queijo em Minas Gerais, é considerado um patrimônio cultural
imaterial brasileiro principalmente por sua forma de produção. Minas Gerais é um grande produtor
de leite e ficou conhecido por aproveitar o leite cru para produzir o famoso queijo de Minas Gerais.

Essa modo de produção ganhou destaque por ser um ótimo reaproveitamento de leite, que poderia
ser descartado.
Queijo Canastra, de Minas Gerais

Conjunto arquitetônico de Ouro Preto


O conjunto arquitetônico de Ouro Preto, em Minas Gerais, é considerado um patrimônio cultural
material do Brasil. A cidade que possui mais de 400 anos é uma herança do Brasil colonial e foi
construída com inspirações do urbanismo espanhol da época, além de ser conhecida por suas
construções com azulejos portugueses.

Em 1997, Ouro Preto foi considerada um patrimônio cultural e histórico mundial pela UNESCO.
Conjunto arquitetônico de Ouro Preto.

Círio de Nazaré
É uma das festas religiosas mais famosas do Brasil. Esse grande evento de devoção reúne milhares
de pessoas todos os anos, em algumas cidades de Belém, no Pará.

Além de ser um patrimônio cultural imaterial brasileiro, em 2013 a UNESCO inscreveu essa grande
festa na Lista Representativa do Patrimônio Cultural da Humanidade.
Festa do Círio de Nazaré, 2014.
Capoeira
É uma expressão cultural brasileira que mistura a dança, a arte-marcial e a música, que se tornou
um dos esportes mais praticados no país.

Além de ser um patrimônio cultural imaterial brasileiro, a UNESCO reconheceu a capoeira como um
patrimônio cultural da humanidade, em 2014.
Capoeira

Patrimônio material e imaterial: qual a diferença?


Uma das principais diferenças entre o patrimônio material e imaterial é o que os classifica. Ou seja,
os patrimônios materiais são os concretos e palpáveis, e os patrimônios imateriais estão
relacionados aos saberes, às crenças, aos comportamentos e às práticas de uma comunidade ou
região.

Outra grande diferença entre os dois é a forma como ambos são preservados. O patrimônio
material é único, ou seja, não pode ser reproduzido. Caso seja, será considerado uma réplica e não
o patrimônio em si. É por isso que o modo de se preservar é guardar sua originalidade.
Já o patrimônio imaterial pode ser reproduzido e é preservado praticando, para que seu valor se
mantenha culturalmente vivo.

Um exemplo é a capoeira, por ser uma patrimônio imaterial, quanto mais reproduzida for, mais se
mantêm viva culturalmente. Já o Cristo Redentor, por ser um patrimônio material, é único e qualquer
tipo de reprodução será considerada réplica.

A importância da preservação do patrimônio cultural


Com o rápido desenvolvimento da globalização, há sempre uma tendência à reprodução da cultura
de massa, ou seja, a padronização de comportamentos e representações estéticas nas cidades.

Nesse caminho, a tendência é reproduzir a cultura dos países hegemônicos, como os Estados
Unidos, o que gera uma perda da cultura não-hegemônica, ou seja, a cultura popular, construída
perifericamente.

A importância da preservação do patrimônio cultural


Com o rápido desenvolvimento da globalização, há sempre uma tendência à reprodução da cultura
de massa, ou seja, a padronização de comportamentos e representações estéticas nas cidades.

Nesse caminho, a tendência é reproduzir a cultura dos países hegemônicos, como os Estados
Unidos, o que gera uma perda da cultura não-hegemônica, ou seja, a cultura popular, construída
perifericamente.

Sob a definição de “patrimônio imaterial” encontram-se


 A.as lendas, canções e narrativas que constituem o patrimônio folclórico de uma sociedade, desde que
nunca transcritos e transformados em textos com autoria, processo que deslegitima a fonte original e
interfere em seus significados para a comunidade.
 B.o conjunto das edificações construídas no passado que estejam ameaçadas de deterioração e ainda
não foram estudadas e tombadas pelo Serviço de Patrimônio Histórico em algum dos seus âmbitos de
atuação: municipal, estadual ou federal.
 C.as expressões e movimentos artísticos populares reconhecidos pelo Estado, excluindo-se as técnicas
de artesanato e conhecimentos transmitidos oralmente, sobre os quais não se pode determinar um lugar
e uma época de origem.
 D.as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas − com os instrumentos, objetos,
artefatos e lugares culturais que lhes são associados − que as comunidades, os grupos e, em alguns
casos os indivíduos, reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural.

A Constituição Federal de 1988, nos artigos 215 e 216, estabeleceu que o patrimônio cultural brasileiro é composto
de bens de natureza material e imaterial, incluídos os modos de criar, fazer e viver dos grupos formadores da
sociedade brasileira. Os bens culturais de natureza imaterial dizem respeito àquelas práticas e domínios da vida
social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão cênicas,
plásticas, musicais ou lúdicas e nos lugares, tais como mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais
coletivas. São três exemplos da Cultura Imaterial Brasileira:

 A

As pinturas de paisagem do Maranhão, roda de samba do Rio de Janeiro, cantigas de ninar de Minas
Gerais.

 B

O ofício das baianas de acarajé, a festa do Divino Espirito Santo em Pirenópoles-GO, roda de capoeira.

 C

O ofício de ator de teatro de rua, o Frevo pernambucano, a Floresta amazônica.

 D

A Bossa nova, as esculturas de Aleijadinho em Minas Gerais, o tambor de Criola no Maranhão.

TEXTO I
Disponível em: http://portaliphan.gov.br Acesso em 6 abr. 2016

TEXTO II

A eleição dos novos bens, ou melhor, de novas formas de se conceber a condição do patrimônio
cultural nacional, também permite que diferentes grupos sociais, utilizando as leis do Estado e o
apoio de especialistas, revejam as imagens e alegorias do seu passado, do que querem guardar e
definir como próprio e identitário.

ABREU, M.; SOIHET, R.; GONTIJO, R. (Org.). Cultura política e leituras do passado:


historiografia e ensino de história, Rio de Janeiro Civilização Brasileira, 2007

O texto chama a atenção para a importância da proteção de bens que, como aquele apresentado na
imagem, se identificam como:

1. Artefatos sagrados.
2. Heranças materiais.
3. Objetos arqueológicos.
4. .
5. Conhecimentos tradicionais.

2 ANO

História da Dança
A dança nasceu com os primeiros seres humanos.
Através do movimento do corpo, da batida do coração, do caminhar, os seres humanos criaram a
dança como forma de expressão.

Por meio das pinturas encontradas nas cavernas, sabemos que homens e mulheres já dançavam
desde a pré-história.

A dança é uma expressão artística que usa o corpo como instrumento. Assim como o pintor utiliza
pincéis e tela para criar seus quadros, o bailarino serve-se do corpo.

Presente em todos os povos e culturas, a dança pode ser executada em grupo, duplas ou solos.
Pela dança se expressa a alegria, a tristeza, o amor e todos os sentimentos humanos.
A origem e evolução da dança
Dança Primitiva
Chamamos dança primitiva aquela que surge de maneira espontânea e é praticada por uma
comunidade. Geralmente, é uma dança usada para celebrar um ritual específico como as colheitas
ou a chegada de uma estação do ano.

Nas culturas indígenas, a dança é usada em festas ou a fim de se preparar para a guerra. Também
é utilizada nos rituais de passagem, como o início da vida adulta.

Danças milenares
Nas civilizações antigas, como a egípcia ou a mesopotâmica, a dança tinha um caráter sagrado,
sendo mais uma forma de honrar os deuses. Esse tipo de dança sobrevive até hoje em países como
Índia e Japão.

Na Grécia antiga, a dança também tinha um caráter ritual, sendo usada nos cultos aos deuses. Uma
das danças mais descritas na Antiguidade era aquela que se usava para as festas do Minotauro ou
do deus do vinho, Baco.

Dança na Europa Ocidental


Com a expansão do cristianismo na Europa, a dança perde seu caráter sagrado. A moral do
cristianismo colocava o corpo como fonte do pecado e, assim, precisava ser controlado.

Por isso, ao contrário das outras artes, a dança não entra nas igrejas e se restringe às festas
populares e às celebrações nos castelos. Basicamente, podemos diferenciar dois tipos de dançar na
Idade Média: em pares, em roda ou formando cadeias.

Será este tipo de baile que dará origem às danças cortesãs e mais tarde, ao balé, como o
entendemos hoje.

Dança no Renascimento (sécs. XVI e XVII)


A dança no renascimento começa a ganhar status de arte, com manuais, professores especializados
e, sobretudo, pessoas que se dedicam a estudá-la.

Foi na Itália que a palavra “balleto” surgiu. Através do casamento da princesa florentina Maria de
Médici com o rei da França, Henrique IV (1553-1610), este tipo de dança chegou à França. Maria de
Médici (1575-1642) introduziu o “balleto” na corte francesa. Ali, a palavra se transformaria em balé e
ganharia destaque como arte digna a ser praticada pela corte.

Posteriormente, na corte do rei Luís XIV (1638-1715), começavam os primeiros balés dramatizados,
com coreografia, figurinos e que narravam uma história com início, meio e fim. É importante destacar
que este rei usou o balé para afirmar sua figura de monarca absolutista.

Na corte do Rei-Sol, destaca-se o compositor Jean-Baptiste Lully (1632-1687), que escreveu música
para as coreografias e diretor da Academia Real de Música.

Saber dançar torna-se fundamental na educação dos nobres. As danças mais conhecidas eram o
minueto, a gavote, a zarabanda, a allamande e a giga.

No final do século XVIII, na Áustria e no Império Alemão, surge a valsa. Inicialmente, a dança causa
escândalo, pois é a primeira vez que os casais dançam abraçados e de frente para o outro. Este
ritmo vai se espalhar por toda Europa e chega ao Brasil com a vinda da corte portuguesa.

Até hoje, a valsa está presente nos bailes de debutantes e casamentos.

Dança no Romantismo (séc. XIX)


No século XIX, com o surgimento do movimento artístico romântico, o balé se consolida como forma
de expressão artística.

Com a ascensão da burguesia e a construção dos grandes teatros, o balé deixa os salões dos
palácios, para se tornar um espetáculo. Também na ópera, outra manifestação artística de peso
nesta época, era praticamente obrigatório incluir um número de dança.
No entanto, será na corte russa que o balé alcançará o auge da criação artística. O compositor Piotr
Ilitch Tchaikovsky (1840-1893), autor de obras como “O Lago dos Cisnes” e “O Quebra-nozes”,
marcou a criação dos balés românticos.

Cena do balé "O Lago dos Cisnes", de Tchaikovsky

No final do século XIX, as antigas colônias americanas começam a criar sua própria reinterpretação da
música e da dança europeias. Desta maneira, surge o canto gospel, nos Estados Unidos; o choro e o samba,
no Brasil; e o tango, na Argentina e no Uruguai.

Dança Moderna (séc. XX)


A dança moderna será a ruptura do balé clássico promovida na virada do século XIX para o XX.

Com o crescimento das cidades e da expansão das indústrias, parte da sociedade já não se
identificava com aquele tipo de espetáculo do balé clássico. Surgem nomes como Isadora Duncan
(1878-1927), uma das primeiras a romper com os movimentos rígidos, o figurino de tutus, e os
cenários grandiosos.

Isadora Duncan preferia roupas simples, dispensava cenários e dançava descalça. Sua obra abriu
várias possibilidades para novas linguagens na dança contemporânea.

Dança Contemporânea (sécs. XX e XXI)


Denomina-se dança contemporânea toda aquela criada a partida da década de 60, do século XX.

Continuando as experimentações da dança moderna, os criadores contemporâneos misturam teatro


e dança, acabam com a figura do solista, e proporcionam maior igualdade entre o homem e a mulher
no palco.

Há grupos que, inclusive, chegam a dispensar a música em suas coreografias. A busca de novas
linguagens é fundamental para a dança contemporânea.

A história da dança no Brasil


A dança no Brasil é o resultado da fusão entre os costumes indígenas, africanos e portugueses.

A maneira de movimentar dos indígenas e africanos era bem diferente daquela que os europeus
conheciam. Os africanos escravizados dançavam para honrar seus orixás e aquela forma de mover
o corpo escandalizava os portugueses.

Um dos bailados criados, no século XIX, pelos negros escravizados, foi a "umbigada". Esta consistia
na aproximação de um casal com maneios do corpo até tocarem levemente o quadril.

Outra dança elaborada no Brasil foi o maxixe. Neste baile, os casais se abraçavam e davam
pequenos saltos. Este foi um gênero popular que conquistou compositores como Ernesto Nazareth
e Chiquinha Gonzaga.

No Nordeste brasileiro, uma das danças mais destacadas é o Frevo. Este se caracteriza por uma
fusão entre a marcha, o maxixe e passos da capoeira.

ENEM 2011  QUESTÃO 105

A dança é um importante componente cultural da humanidade. O folclore brasileiro é rico em danças que
representam as tradições e a cultura de várias regiões do país. Estão ligadas aos aspectos religiosos, festas,
lendas, fatos históricos, acontecimentos do cotidiano e brincadeiras e caracterizam-se pelas músicas animadas
(com letras simples e populares), figurinos e cenários representativos.

A dança, como manifestação e representação da cultura rítmica, envolve a expressão corporal própria de um povo.
Considerando-a como elemento folclórico, a dança revela

1. A

manifestações afetivas, históricas, ideológicas, intelectuais e espirituais de um povo, refletindo seu modo de expressar-se no mundo.

2. B

aspectos eminentemente afetivos, espirituais e de entretenimento de um povo, desconsiderando fatos históricos

3. C

acontecimentos do cotidiano, sob influência mitológica e religiosa de cada região, sobrepondo aspectos políticos.

4. D

tradições culturais de cada região, cujas manifestações rítmicas são classificadas em um ranking das mais originais.
ENEM 2015 Q 96 Break dance – Ela dança eu danço

O rap, palavra formada pelas iniciais de rhythm and poetry (ritmo e poesia), junto com as linguagens
da dança (o break dancing) e das artes plásticas (o grafite), seria difundido, para além dos guetos,
com o nome de cultura hip hop . O break dancing
surge como uma dança de rua. O grafite nasce de assinaturas inscritas pelos jovens com sprays
nos muros, trens e estações de metrô de Nova York. As linguagens do rap , do break dancing e do
grafite se tornaram os pilares da cultura hip hop.
DAYRELL, J. A música entra em cena: o rap e o funk na
socialização da juventude. Belo Horizonte: UFMG. 2005 (adaptado).
Entre as manifestações da cultura hip hop apontadas no texto, o break se caracteriza como um tipo de
dança que representa aspectos contemporâneos por meio de movimentos
a) retilíneos, como crítica aos indivíduos alienados.
b) improvisados, como expressão da dinâmica da vida urbana.
c) suaves, como sinônimo da rotina dos espaços públicos.
d) ritmados pela sola dos sapatos, como símbolo de protesto.

ENEM 2010  QUESTÃO 106

O folclore é o retrato da cultura de um povo. A dança popular e folclórica é uma forma de representar a cultura
regional, pois retrata seus valores, crenças, trabalho conhecê-la, é de alguma forma se apropriar dela, é
enriquecer a própria cultura.
BREGOLATO, R. A. Cultura Corporal da Dança. São Paulo: Ícone, 2007.
As manifestações folclóricas perpetuam uma tradição cultural, é obra de um povo que a cria, recria e a
perpetua. Sob essa abordagem deixa-se de identificar como dança folclórica brasileira
1. A

o Bumba-meu-boi, que é uma dança teatral onde personagens contam uma história envolvendo crítica social,
morte e ressurreição.
2. B

a Quadrilha das festas juninas, que associam festejos religiosos a celebrações de origens pagãs envolvendo as
colheitas e a fogueira.
3. C

4. D

o Balé, em que se utilizam músicos, bailarinos e vários outros profissionais para contar uma história em forma
de espetáculo.
5. E

o Carnaval, em que o samba derivado do batuque africano é utilizado com o objetivo de contar ou recriar uma
história nos desfiles.

3 ANO

A TECNOLOGIA A FAVOR DA ARTE: NOVAS


FORMAS DE FAZER, DISTRIBUIR E VISUALIZAR

A era das novas tecnologias aproxima os cidadãos do seu patrimônio cultural e


abre portas para uma outra realidade. Nesse novo mundo, surgem diferentes
formas de fazer, distribuir e visualizar arte.
Inicialmente, a arte digital explorou as conexões entre artistas, engenheiros e
programadores. Na época, por conta da complexidade, era necessário um
intermediário entre o artista e a tecnologia.
Com os avanços e o passar do tempo, o intermediário saiu de cena, e então os
artistas passaram a utilizar as tecnologias sozinhos. Agora, temos uma gama
gigante de ferramentas e facilidades, capazes de substituir as matérias-primas
tradicionais. Era uma questão de tempo até os artistas entenderem de que
maneira as inovações poderiam contribuir com seu trabalho.
Apesar de a arte digital não ser considerada um movimento distinto, ao passo que
a tecnologia se desenvolve, presenciaremos um cenário de constante de mudança,
em que a tecnologia irá se tornar, cada vez mais, uma alternativa aos meios
tradicionais de criação.
Mais do que possibilitar novas formas de criar, a tecnologia tem um papel
importante: a democratização do acesso à arte.

O universo tecnológico nos museus e


exposições

As possibilidades são inúmeras. Sem sair de casa, podemos acessar conteúdo de


diversos museus e acervos online.
O catálogo de museus que têm conteúdo virtual é extenso. O Louvre, em Paris, e
Van Gogh, em Amsterdam, contam com acervo virtual. Na casa de Portinari,
localizada no interior de São Paulo, a “visita” online é bem diferente: um tour
realizado por meio de imagens interativas de 360 graus.
Além de proporcionar experiência à distância, muitos lugares contam com
exposições nas quais diversas ferramentas tecnológicas são utilizadas, como a
realidade aumentada, proporcionando uma vivência única a quem pode se
deslocar até o local.
Exposição Niemeyer Sensorial

Na exposição Niemeyer Sensorial, que acontece no shopping Pátio Higienópolis,


em São Paulo, as obras do grande arquiteto são mostradas por meio de uma
imersão sensorial incrível.
São seis estações temáticas que apresentam o universo de Niemeyer de uma
forma diferente: utilizando realidade aumentada, realidade virtual, além de outras
experiências sensoriais.
Na estação “praça das curvas” há cinco réplicas de croquis e alguns tablets. Por
meio da realidade aumentada, o visitante consegue visualizar nos dispositivos as
obras finalizadas, além de outros desenhos daquelas construções.
Na “viagem imersiva”, obras localizadas no Rio de Janeiro e Niterói podem ser
visitadas por meio da realidade virtual, onde o visitante faz um “voo” pelas
construções.

Questão 7
(Enem-2017)

TEXTO I
TEXTO II
No verão de 1954, o artista Robert Rauschenberg (n. 1925) criou o termo combine para se referir a
suas novas obras que possuíam aspectos tanto da pintura como da escultura. Em 1958, Cama foi
selecionada para ser incluída em uma exposição de jovens artistas americanos e italianos no
Festival dos Dois Mundos em Spoleto, na ltália.

Os responsáveis pelo festival, entretanto, se recusaram a expor a obra e a removeram para um


depósito. Embora o mundo da arte debatesse a inovação de se pendurar uma cama numa parede,
Rauschenberg considerava sua obra “um dos quadros mais acolhedores que já pintei, mas sempre
tive medo de que ninguém quisesse se enfiar nela”.
DEMPSEY. A. Estilos, escolas e movimentos: guia enciclopédico da arte moderna. São Paulo: Cosac & Naify. 2003.

A obra de Rauschenberg chocou o público na época em que foi feita e recebeu forte influência de
um movimento artístico que se caracterizava pela:
) dissolução das tonalidades e dos contornos, revelando uma produção rápida.
b) exploração insólita de elementos do cotidiano, dialogando com os ready-mades.
c) repetição exaustiva de elementos visuais, levando a simplificação máxima da composição.
d) incorporação das transformações tecnológicas, valorizando o dinamismo da vida moderna.

Questão 11
(Enem-2017)

A instalação Dengo transformou a sala do MAM-SP em um ambiente singular, explorando como


principal característica artística a:

a) participação do público na interação lúdica com a obra.


b) distribuição de obstáculos no espaço da exposição.
c) representação simbólica de objetos oníricos.
d) interpretação subjetiva da lei da gravidade

Questão: 558575 - INEP - 2016 - ENEM 


O Google Art é uma ferramenta on-line que permite a
visitação virtual dos mais importantes museus do mundo
e a visualização de suas obras de arte. Por meio da
tecnologia Street View e de um veículo exclusivamente
desenvolvido para o projeto, fotografou-se em 360 graus o
interior de lugares como o MoMA, de Nova York, o Museu
Van Gogh, em Amsterdã, e a National Gallery, de Londres.
O resultado é que se pode andar pelas galerias assim como
se passeia pelas ruas com o Street View. Além disso, cada
museu escolheu uma única obra de arte de seu acervo
para ser fotografada com câmeras de altíssima resolução,
ou gigapixel. As imagens contêm cerca de sete bilhões
de pixels, o que significa que é mais de mil vezes mais
detalhada do que uma foto de câmera digital comum. Além
disso, todas as obras vêm acompanhadas de metadados
de proveniência, tais como títulos originais, artistas, datas
de criação, dimensões e a quais coleções já pertenceram.
Os usuários também podem criar suas próprias coleções
e compartilhá-las pela web.
Disponível em: http://oglobo.globo.com. Acesso em: 3 out. 2013 (adaptado).
As tecnologias da computação possibilitam um novo olhar
sobre as obras de arte. A prática permite que usuários


 a) 

guiem virtualmente um veículo especial através dos melhores museus do mundo.

 b) 

reproduzam as novas obras de arte expostas em museus espalhados pelo mundo.

 c) 

criem novas obras de arte em 360 graus, consultem seus metadados e os compartilhem na
internet.

 d) 

visitem o interior e as obras de arte de todos os museus do mundo em 3D e em altíssima


resolução.

Você também pode gostar