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ARTES PLÁSTICAS
EXTENSÃO EM ARTES
PLÁSTICAS
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 3
1- ARTE E NOVAS TECNOLOGIAS 4
2- CERÂMICA 8
3- DESENHO DE PAISAGEM 17
4- ESTÉTICA E ARTE 32
5- AS ARTES PLÁSTICAS NA SALA DE AULA 37
REFERÊNCIAS
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INTRODUÇÃO
As artes plásticas são manifestações do ser humano que refletem, com recursos
plásticos, o produto da sua imaginação ou da sua visão da realidade. Este ramo
artístico abrange trabalhos das áreas da pintura, da escultura e da arquitetura, entre
outras.
O primeiro passo no trabalho de um artista plástico, por hábito, consiste na realização
de um croquis, que implica o desenvolvimento de um desenho rápido de tipo rascunho,
sem instrumentos nem dispositivos geométricos. Outra tarefa das etapas iniciais é a
elaboração de um esboço ou ensaio.
As artes plásticas materializam uma representação da realidade ou uma visão
imaginária. O processo de criação contempla a procura de materiais e técnicas que
permitam ao artista que a sua intenção seja fielmente refletida na sua obra.
Entre os diversos critérios que se deve respeitar na criação ou contemplação de uma
obra plástica, há que referir a relação entre a figura e o fundo, as proporções, o
movimento e os planos.
Uma das artes plásticas mais reconhecidas é a pintura. Esta arte consiste em usar
pigmentos e outras substâncias para obter uma representação gráfica sobre uma tela
ou um material semelhante.
A escultura é a arte de esculpir ou modelar o talhado de diversos materiais, como a
pedra, a madeira ou o barro. Essas obras são peças tridimensionais dedicadas a todo
o tipo de figuras.
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Desde os tempos mais remotos arte e tecnologia caminham juntas através da história
da humanidade. Na medida em que avançavam e se desenvolviam tanto a arte quanto
a tecnologia se beneficiaram das conquistas alcançadas por ambas.
homem nas cavernas que utilizava sangue animal e sementes para produzir a ―tinta‖ de
suas pinturas até as exposições virtuais cada passo da tecnologia é absorvido pela
arte, e vice-versa.
Hoje é possível conhecer obras de arte, artistas e museus sem sair do conforto do
próprio lar, algo impensável há algumas décadas atrás. O acesso a arte, com o apoio
da tecnologia, tem se tornado mais acessível e inclusivo.
Instalações artísticas, que unem imagens e sons, são apenas um exemplo de como a
arte pôde libertar-se dos suportes tradicionais (quadros e esculturas) e agora
manifestasse de maneiras inovadoras e surpreendentes.
Ao apropriar-se das novas ferramentas tecnológicas a arte também conseguiu sair dos
museus para ganhar as ruas. Aparelhos, cada vez menores e mais baratos, permitem
que o artista exponha suas criações em locais abertos e inusitados. Uma fachada de
um prédio pode se transformar em uma tela multimídia para a criatividade.
E não é somente no apoio à criação e divulgação da arte que a tecnologia pode ser útil.
Alguns teóricos afirmam que em breve, computadores produzirão canções, textos
literários, quadros e esculturas tão elogiados quanto as disputadas obras primas atuais.
Quando um artista produz uma criação artística ele não tem ideia de como sua obra
será compreendida e de que forma ela impactará e irá influenciar as pessoas. Porém,
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desde os tempos mais remotos, a humanidade reflete e muda sua forma de pensar e
agir em razão do contato com obras como textos, canções, poemas, filmes, peças
teatrais, entre outros.
O resultado da somatória entre arte e tecnologia pode ser percebido no nome de novos
produtos, no design e nas cores escolhidas e na funcionalidade de produtos e serviços
que buscam criar uma personalidade própria diferenciando-se da concorrência ao
assumir a influência recebida das artes.
Os frutos da parceria entre arte e tecnologia são inúmeros e aumentam a cada dia.
Além dos benefícios imediatos para ambas as partes acredita-se também que ainda
estamos no início da colheita resultante das influências desta parceria nos costumes,
na cultura e no modo de viver da sociedade.
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A tendência é que esta união se torne, cada vez mais, uma verdadeira fusão na qual os
limites entre arte e tecnologia ficarão menos claros. Manifestações artísticas que hoje
ainda não conseguimos imaginar e produtos que se parecerão com verdadeiras obras
de arte são algumas das consequências desta união inovadora e criativa.
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2- CERÂMICA
A ORIGEM DA CERÂMICA
"O primeiro artesão foi Deus que, depois de criar o mundo, pegou o barro e fez
Adão." (ditado popular paraibano)
Estudiosos confirmam ser, realmente, a cerâmica a mais antiga das indústrias. Ela
nasceu no momento em que o homem começou a utilizar-se do barro endurecido pelo
fogo. Desse processo de endurecimento, obtido casualmente, multiplicou-se. A
cerâmica passou a substituir a pedra trabalhada, a madeira e mesmo as vasilhas
(utensílios domésticos) feitas de frutos como o coco ou a casca de certas cucurbitácias
(porongas, cabaças e catutos) .
As primeiras cerâmicas que se tem notícia são da Pré-História: vasos de barro, sem
asa, que tinham cor de argila natural ou eram enegrecidas por óxidos de ferro. Nesse
estágio de evolução ficou a maioria dos índios brasileiros. A tradição ceramista — ao
contrário da renda de bilros e outras práticas artesanais — não chegou com os
portugueses ou veio na bagagem cultural dos escravos. Os índios aborígines já tinham
firmado a cultura do trabalho em barro quando Cabral aqui aportou. Por isso, os
colonizadores portugueses, instalando as primeiras olarias nada de novo trouxeram;
mas estruturam e concentraram a mão-de-obra. O rudimentar processo aborígine, no
entanto, sofreu modificações com as instalações de olarias nos colégios, engenhos e
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fazendas jesuíticas, onde se produzia além de tijolos e telhas, também louça de barro
para consumo diário. A introdução de uso do torno e das rodadeiras parece ser a mais
importante dessas influências, que se fixou especialmente na faixa litorânea dos
engenhos, nos povoados, nas fazendas, permanecendo nas regiões interioranas as
práticas manuais indígenas. Com essa técnica passou a haver maior simetria na forma,
acabamento mais perfeito e menor tempo de trabalho.
Pouco a pouco — da mesma forma que aconteceu com o teatro católico medieval que
foi transformado no Brasil em espetáculos populares como as pastorinhas, o bumba-
meu-boi e os mamulengos — a arte do barro foi se tornando profana. Ao final, era o
seu meio que os artistas começaram a retratar: simplificaram as formas que passaram
apresentar, sem nenhum artifício, tipos, bichos, costumes e folguedos.
ORIGEM NO BRASIL
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Foram identificadas várias fases da cerâmica brasileira , que foram divididas em:
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
As artes cerâmicas moldam minerais das entranhas da terra (metais, barro, argila,
areia, etc.) dando origem a utensílios, peças ornamentais, urnas funerárias e os mais
variados produtos da imaginação do homem.
Existem diversas argilas nas quais se podem adicionar outros elementos para obter
maior plasticidade e coesão e ainda um bom cozimento.
- Argilas secundárias: são as argilas que, arrastadas por agentes naturais como a
água, o vento ou mesmo os glaciares, se foram depositando longe do seu local de
formação. Desse atribulado transporte resultou o seu grão bem mais fino e também a
sua mistura com matérias orgânicas, etc. Podem apresentar-se coradas, ou não. São
exemplos de argilas secundárias os barros gordos, os barros vermelhos, etc.
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É corrente designar-se por barro branco qualquer barro que dê cozedura branca
mesmo que a sua cor em cru seja outra (freqüentemente cinzento mais ou
menos carregado, até quase preto quando húmido.)
A pasta pode ser branca ou colorida por natureza; por sua vez porosa ou compacta; no
uso com ou sem revestimento. O revestimento pode ser transparente ou opaco, às
vezes exaurindo a permeabilidade das pastas (alcalino, quando empregado
principalmente pelos ceramistas da antiguidade; silicioso, terroso, estanífero e outros) é
aplicado geralmente com verniz, vitrificado ou esmaltado.
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3- DESENHO DE PAISAGEM
Antiguidade
Nos tempos das mais antigas pinturas chinesas, a tinta se estabeleceu a tradição de
paisagens "puras", onde a diminutiva figura humana simplesmente convida o
espectador a participar da experiência.
Do Antigo Egito se conservam algumas representações paisagísticas esquemáticas
nas tumbas dos nobres, gravados em relevo durante o Reino Antigo e pintadas a
fresco pelo Império novo muitas vezes emoldurando cenas de caça ou rituais
cerimoniais.
Em Pompeia e Herculano são preservados afrescos romanos de quartos decorados
com paisagens do Século I a.C.. Na antiguidade greco-romana, a paisagem é pintada
como fundo ou entorno para contextualizar uma cena principal.
Idade Média
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Rubens: Paisagem com arco-íris, 1636-38, óleo sobre tela, 94 x 123 cm, Alte
Pinakothek, Munique..
Foi no barroco que a pintura de paisagens se estabeleceu definitivamente como um
gênero na Europa, com o desenvolvimento do colecionismo, como distração humana.
É um fenômeno próprio do norte da Europa que se atribui, em grande parte, a reforma
protestante e ao desenvolvimento do capitalismo nos Países Baixos. A nobreza e
o clero, até então os principais clientes dos pintores, perderam relevância, sendo
substituídos pela burguesia comerciante. As preferências destes não se direcionavam
às pinturas complexas de história, com temas da Antiguidade clássica, a mitologia,
a História Sagrada ou alegorias complexas, mas preferiam temas simples e cotidianos,
pelo qual alcançaram independência de gêneros até então secundários, como a vida,
a paisagem ou a cena de gênero. Havia tal especialização que cada pintor se dedicava
a um tipo de paisagem específico. Assim, havia pintores que tomavam como tema os
"países baixos", isto é, os terrenos que ficavam abaixo do nível do mar, com seus
canais, pôlderes e moinhos de vento; destacaram neste tipo Jan van Goyen, Jacob
Ruysdael e Meindert Hobbema. Hendrick Avercamp se especializou em estampas de
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Digo isso porque, geralmente, quando desenhamos uma paisagem e algo dá errado, o
erro está no esboço.
Uma coisa que ajuda bastante na hora de fazer desenho de paisagem é traçar a linha
do horizonte.
Ao fazer isso, você cria uma espécie de linha que vai guiar todos os elementos do seu
desenho, sendo portanto a primeira coisa que você deve fazer.
Dito isso, fique atento à sua referência, já que alguns desenhos não precisarão de uma
linha do horizonte.
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Ponto de fuga é o ponto para onde as linhas do seu desenho estão convergindo.
Não entendeu? Vou mostrar um desenho, e então você irá entender um pouco mais:
Na imagem acima temos dois pontos de fuga, um à direita e outro à esquerda do cubo.
Note que as arestas do cubo, representadas por traços, convergem para os mesmos
pontos em vermelho. Esses pontos em vermelho são os pontos de fuga do desenho
acima!
Quando você for reproduzir uma paisagem em um desenho, tente entender para onde
as linhas estão convergindo. tente encontrar o(s) ponto(s) de fuga. Isso serve tanto
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para desenhos com referência em foto como para desenhos em que você está
observando ao vivo a paisagem.
Enfim, olhando a figura você pode ver as linhas mais claras que vão em direção aos
pontos de fuga. Você precisa marcar essas linhas antes de continuar seu desenho
de paisagem. Marque todas as linhas de perspectiva antes de esboçar o seu
desenho.
Geralmente temos um, dois ou três pontos de fuga, sendo que a dificuldade para
desenhar vai aumentando conforme aumenta o número de pontos de fuga. Ou seja, um
desenho com três pontos de fuga é mais difícil de se fazer do que um desenho com
dois.
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Na foto acima foi marcado de vermelho, azul e verde a linhas de perspectiva que levam
aos três pontos de fuga.
A resposta é sim. Podemos ter até mesmo desenhos com 5 pontos de fuga. Mas não
se incomode em pensar nisso neste momento, afinal você precisa dominar desenhos
com um, dois e três pontos de fuga primeiro.
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Faça os contornos dos elementos que compõe a paisagem – árvores, casas, animais,
pedras, rios, nuvens e qualquer outras coisa que esteja presente na sua referência.
Não coloque detalhe algum no desenho! Esse não é o momento certo. O que você
deve fazer é colocar os contornos e deixar indicado onde cada elemento do desenho
se encontrará.
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Ou seja, depois dessa etapa é que você começará a sombrear, a desenhar as folhas
das árvores, a fazer texturas nas diversas superfícies do seu desenho, entre muitos
outros detalhes e acabamentos.
Não adianta você querer desenhar paisagens e, logo no seu primeiro desenho, você
tenta fazer algo extremamente complexo e com alto detalhamento.
Seus desenhos iniciais devem ser simples! E além disso, você deve usar referências
para ir treinando, e só depois de algum tempo você pode tentar inventar um cenário ou
paisagem. Inventar é mais difícil do que copiar, então comece copiando.
Quando for escolher as referências, procure aquelas que têm apenas um ponto de
fuga. Depois de um tempo escolha outra com dois pontos de fuga e assim
sucessivamente.
Por exemplo: se você desenha uma pessoa do lado de um caminhão, o veículo deve
ser muito mais alto do que a pessoa, correto? Um caminhão pode ter uns três metros
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de altura, enquanto que uma pessoa mediana vai ter algo entre 1,50 e 1,80 metros.
Convenhamos que, em hipótese alguma, a pessoa vai ter a mesma altura que o
caminhão.
Então a dica é: Compare o tamanho dos elementos que compõe sua paisagem.
Compare um com o outro e veja se o quadro geral está fazendo sentido!
A árvore mais próxima do observador é maior, enquanto que a árvore mais distante é
menor. Proporções corretas.
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Além da linha do horizonte, observe que o ponto de fuga é bem definido nesse
desenho – ele se encontra no fim da estrada.
Se você começar a perceber todos esses elementos, vai ficar mais fácil compor seus
próprios desenhos de paisagem. Ou ainda, de seu desenho de paisagem com
montanha
Uma coisa que ajuda a dar esse efeito, além do ponto de fuga, é a tonalidade e o nível
de detalhamento dos elementos.
Por exemplo, se tem uma árvore em sua paisagem, perto do observador, ela vai estar
detalhada, nítida e com bastante contraste entre luz e sombra.
Já uma árvore longe do observador deverá ter um tom mais claro e menos detalhes.
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No desenho que fiz, acima, temos justamente uma árvore mais próxima do observador,
e outra mais distante.
Observe que a árvore mais distante está mais clara e com menos detalhes.
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Para terminar o desenho e finalizá-lo da melhor forma possível devemos usar outras
técnicas.
Se você está fazendo um desenho preto e branco a lápis, então o que ajudaria muito
são técnicas de desenho realista.
Muitas dessas técnicas podem ser aprendidas no curso de Desenho Realista, onde
você pode aprender a desenhar texturas de diferentes materiais, como metais, tecidos
e muitos outros. Somado a isso, são ensinadas técnicas e exercícios de
sombreamento, para fazer os melhores desenhos de rostos, objetos, paisagens e
animais. Confira!
A tendência, no entanto, é que eu coloque mais e mais fotos lá, criando uma enorme
galeria de paisagens para desenhar.
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4- ESTÉTICA E ARTE
O que é estético, assim como entendiam os gregos, atrai os sentidos. Logo, tudo o que
atravessa as sensações humanas poderia ser considerado ―coisa‖ estética. Entretanto,
as teorizações acerca da Estética com o olhar para o homem como produtor de
conhecimento sobre suas experiências sensoriais só acontecem, assim como nos
damos conta hoje, a partir do século XVIII, quando o conceito grego aisthetiké é
rearticulado e redirecionado para as discussões sobre o Belo partindo de uma
perspectiva antropocêntrica.
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A estética começou por ser sobretudo uma TEORIA DO BELO, depois passou a ser
entendida como TEORIA DO GOSTO e nos nossos dias é predominantemente
identificada com a FILOSOFIA DA ARTE. Há fortes razões para considerar que estas
três formas de encarar a estética não são apenas diferentes maneiras de abordar os
mesmos problemas. É certo que gostamos de coisas belas que também são arte, mas
não deixa de ser verdade que as coisas que consideramos belas, aquelas de que
gostamos e as que são arte, formam conjuntos distintos. Afinal, até é banal gostarmos
de coisas que não são belas e muito menos arte; assim como podemos nomear obras
de arte de que não gostamos nem consideramos belas.
Uma obra de arte não está obrigada a ser entendida e aprovada em princípio -
particularmente - por qualquer que seja. A função da arte não é a de passar por portas
abertas; mas a de abrir portas fechadas. Quando o artista descobre novas realidades,
porém, ele não consegue apenas para si mesmo; ele realiza um trabalho que interessa
a todos os que querem conhecer o mundo em que vivem, que desejam saber de onde
vem e para onde vão. O artista produz para uma comunidade. Perdeu-se de vista esse
fato no mundo capitalista. a arte deve procurar cumprir a tarefa de restabelecer sua
unidade, através de um processo lento e doloroso, para erradicar, afinal, todos os
sintomas de alienação.
É somente no fim do século XVII que se inicia o processo de distinção entre as artes da
utilidade e as artes da beleza, em que a primeira será vista pela perspectiva do ofício e
a segunda pela da estética, desenvolvida pela filosofia como uma disciplina ou teoria,
segundo Baumgarten, ―do belo e das suas manifestações através da arte‖. Enquanto
disciplina filosófica do belo, a Estética, então, se encarrega de refletir e analisar o que
se entende por conhecimento sensorial ou experiência sensível e de ―teorizar princípios
pertinentes ao belo‖.
O belo ou aquilo que satisfaz os sentidos, por sua vez, dentro das discussões
filosóficas pode ser visto como algo essencial - já defendia Platão - ou seja, possui uma
essência em si mesmo (assim como as coisas belas têm em si a essência do belo: são
necessariamente belas), ou como algo subjetivo, ou seja, um juízo de gosto (o valor de
belo é atribuído de forma ―individual‖, por quem sente: são relativamente belas).
Porém, o gosto estético é, em grande medida (e muitas vezes inevitável), estabelecido
pelas dinâmicas culturais, criando padrões de valor, assim como padrões de juízo
estético em determinado tempo ou lugar, e é a partir dessa premissa que surge a
Filosofia da Arte.
Considerado indigno de ser objeto de análise teórica, o feio era excluído do domínio
estético, por um lado, devido à limitação deste domínio ao belo e, por outro, à
definição, herdeira da tradição metafísica, do feio como negativo do belo. No séc. XX,
com o alargamento do conceito de Arte, esta passou a ser reflexiva e a incluir em si o
feio como forma de colocar em questão os seus próprios fundamentos. Se
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anteriormente era apenas tolerado na arte quando o tratamento estético anulava o seu
caráter, o Feio passou, então, a ser integrado precisamente devido ao seu caráter
repulsivo. Neste contexto, pareceu-nos evidente que a dicotomia belo/feio – da qual
decorre a idéia do feio como mero negativo fantasmagórico do belo –, se mostrava
inadequada para analisar as obras de arte contemporâneas. Assim, procuramos
fundamentar filosoficamente o conceito do feio.
A associação entre o belo e o bom teve por consequência a associação entre o feio e o
mau. Assim, as personagens más das histórias infantis são feias, como as bruxas,
enquanto as heroínas são formosas. Satanás é representado em formas monstruosas
nas catedrais góticas, e sua feiura tem por finalidade colocar o fiel no caminho da
virtude através do medo. Se toda a arte de estilo clássico desde os gregos buscava ser
bela, o século XX vai resgatar o feio como um instrumento da luta modernista contra o
classicismo.
Resumo
Estética é a ciência que estuda a noção do belo, mas nunca dita o que é belo ou não.
Existiam a algum tempo atrás, mais precisamente antes do século XX, ideias de beleza
que todos os artistas tinham obrigação de seguir era o chamado de padrões de beleza.
A noção de beleza até então era aquela noção acadêmica e que interessava somente
à parte dominante da sociedade. Uma pintura tinha que ser exatamente como uma
fotografia, uma música tinha que ter certa quantidade de compassos matematicamente
definidos e de preferência que fosse tonal. O teatro ou a literatura só contavam
histórias que continha o tal de começo meio e fim. A dança jamais que poderia ter o
visual da nudez como se faz hoje em dia. A partir do século XX as coisas mudaram,
nossos artistas começaram a romper com os "padrões" do passado e surgiu o que
chamamos hoje de arte contemporânea.
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O trabalho com artes visuais deve ser explorado desde o desenho, passando pelo
recorte e colagem, pintura até a escultura, deve-se partir das duas dimensões, para
depois fazer com que a criança perceba as três dimensões.
O que é importante deixar claro, é que trabalhar com Artes Plásticas não é meramente
explorar técnicas artísticas, e sim explorar os diversos aspectos que a envolvem, desde
sua interpretação à análise de cores, formas, intenções, enfim, tudo que Arte trás junto
consigo.
Outra questão que é importante ser registrada, é que não basta o professor rodear os
alunos de materiais e deixar com que ajam sobre os mesmos, o professor deve
incentivar, criar situações que façam com que eles usem a Arte, se expressem
realmente, do contrário, não haverá atividade artística e sim terá um professor
observando alunos interagirem com materiais.
O tripé da Arte inicia falando sobre o trabalho com a história da Arte, pois se faz
necessário mostrar aos educando que a Arte tem uma história, uma conotação social,
que a mesma passou por diversas fases tendo um contexto histórico.
A história da Arte é tão antiga como o início da civilização, pois temos registros dos
homens das cavernas imortalizando os desenhos, as façanhas dos primeiros humanos
e animais que povoavam aquela época, todo este contexto se faz necessário ser
abordado par que os alunos compreendam o significado da Arte na história e
sociedade.
Os produtores em Arte também devem ser trabalhados para que os alunos percebam e
valorizem a história de vida e obra dos artistas, entendam as fases da vida e a relação
com as obras. Imagine só ao estudar Cândido Portinari, saberem as curiosidades da
vida deste renomado artista, como uma passagem de sua vida, onde teve de dormir
em uma banheira, por motivos financeiros. Ou saber o motivo por que Van Gogh,
cortou o lóbulo da orelha., ou por que Volpi tinha uma característica peculiar ao usar
em suas obras Bandeirinhas. Segundo Kandinsky, 1990, p.27:
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"Toda a Obra de Arte é filha de seu tempo, e muitas vezes, mãe de nossos
sentimentos. Cada época de uma civilização cria uma Arte que lhe é própria e que
jamais se verá renascer".
Construtivo: neste nível os indivíduos criam um marco para observar as obras de Arte,
usando as mais lógicas e acessíveis e lógicas ferramentas que tem ao seu alcance:
suas próprias percepções, o conhecimento do mundo natural, social e cultural que lhes
cercam. Se a obra não é como se supõem que deveria ser ? se a habilidade, a técnica,
a dificuldade, a utilidade e a função não são evidentes - se a árvore é alaranjada em
vez de marrom, se uma representação feminina se transpõem em guerra de sexos ?
então o indivíduo julga a obra como rara.Parece que há falta de valor. Conforme os
indivíduos vão deixando suas emoções brotarem, começam a distanciar-se da obra e a
demonstrar interesse pelas intenções do artista.
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Cada novo encontro com uma obra apresenta a oportunidade de estabelecer novas
comparações, percepções, experiências. Sabendo que a identidade e o valor
dependem de interpretações, estes indivíduos vêem que suas próprias idéias a
respeito de uma obra de arte são suscetíveis a mudanças de acordo com as
circunstâncias.
Re - criativo: neste nível os indivíduos, depois de terem tido uma longa relação pessoal
com a Arte através de anos de observação e reflexão, suspendem a incredulidade
voluntariamente. Uma pintura conhecida é como um velho amigo - intimamente
conhecido, mas ainda cheio de surpresas - algo que precisa de atenção diária e
profunda. Conhecedores da ecologia da obra - seu tempo, história, questionamentos,
complexidades - constroem sua própria história com a obra em particular e com a
observação em geral, o que lhes permite combinar uma contemplação mais pessoal
com a outra que em geral, de maneira ampla toma o compasso de inquietudes
universais. Neste nível a memória infunde a vida da obra, combinando intrincadamente
o pessoal com o universal.
"A criança aproxima-se do objeto estético, comunica-se com ele, reflete sobre sua
relação com as outras pessoas e com o mundo. Existe prazer nesta relação. As
atividades prazerosas, em Arte, levam-na a enfrentar problemas e buscar soluções."
Para trabalhar a produção de arte temos que ter como alicerce, que a Arte é expressão
e não imitação. Realizar uma releitura não implica copiar o que o artista produziu e sim
interpretar e conseguir assimilar suas idéias, mas mesmo assim conseguir colocar sua
própria percepção.
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A Arte deve ser dinâmica, pode-se utilizar diversos suportes como folhas, cartolinas,
cartões, telas, materiais recicláveis, tecidos, enfim, há uma gama de suportes para a
Arte, basta o professor usar de sua criatividade e com certeza abrira um leque
de situações artísticas para seus alunos.
Segundo Deheinzelin no livro "A Fome com a Vontade de comer", pg. 134, o material
para as Artes plásticas de um modo ou de outro:
"... pode ser providenciado. Contando para isso com a imaginação do professor, este
poderá peneirar terras de diferentes tonalidades, mistura-la com água, obtendo
assim,tintas de cores belíssimas; poderá macerar folha, pétalas de flores, frutinha,
misturar com água e coar a mistura obtendo tintas delicadas como as aquarelas;
poderá utilizar pedacinhos de carvão como instrumentos para desenhar e assim por
diante."
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A Arte deve ser dinâmica, pode-se utilizar diversos suportes como folhas, cartolinas,
cartões, telas, materiais recicláveis, tecidos, enfim, há uma gama de suportes para a
Arte, basta o professor usar de sua criatividade e com certeza abrira um leque
de situações artísticas para seus alunos.
REFERÊNCIAS
https://artout.com.br/arte-e-tecnologia/<acesso em 21/12/2022>
https://www.eba.ufmg.br/alunos/kurtnavigator/arteartesanato/origem.html<acesso em
21/12/2022>
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pintura_de_paisagem<acesso em 21/12/2022>
https://ocaminhodaarte.com/como-desenhar-paisagem/<acesso em 21/12/2022>
https://maxeurique.blogspot.com/2015/04/estetica-da-arte-atualmente-o.html<acesso
em 21/12/2022>
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