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Universidade Estadual de Goiás, Câmpus Inhumas. CNPJ 01.112.580.0001-71.

Avenida Araguaia, nº 400, Vila Lucimar. Inhumas, GO – Brasil. CEP: 75400-000. Telefone:
(62) 35141345. Fax: (62) 35143122. URL da Homepage: http://www.inhumas.ueg.br/

Universidade Estadual de Goiás


Campus Inhumas
Curso de Psicologia
Disciplina: Bases filosóficas da Psicologia
Professor: Leonardo de Jesus Silva
Discente: Lazaro Jose Cintra
Data: 21 de outubro de 2019

Atividade avaliativa
(a partir do último texto de Marilena Chauí, capítulos 3 e 4, páginas 85 até 101)

1- René Descartes foi o principal nome do inatismo na filosofia moderna. Quais


foram suas reflexões sobre o prevalecimento da razão?
O inatismo representa a identificação das qualidades racionais e verdadeiras, já
trazidas com as pessoas ao nascerem. Na análise de Descartes, a partir da
associação das ideias adventícias, ideias vindas de fora e surgidas a partir das
sensações, percepções e lembranças; ideias fictícias, fruto da fantasia e da
imaginação do homem e ideias inatas, aquelas que, notoriamente o homem já
nasce com elas, ele faz uma conclusão associando a razão como sendo o meio
natural que permite ao homem conhecer a verdade. Sua posição é embasada
levando-se em consideração que as ideias adventícias, por serem externas, podem
ser verdadeiras ou falsas; as ideias fictícias sempre serão falsas, ao ponto que as
ideias inatas sempre verdadeiras. A partir da ideia do “Penso, logo existo”,
Descartes conclui que razão e verdade sempre estarão associados ao inatismo
tendo em vista que esse é o princípio relacionado às ideias inatas.

2- Como David Hume defende a experiência como critério para o conhecimento


verdadeiro?
A associação de ideias repetidas vezes, descritas por David Hume, remete ao fato
de que essa associação fará com que o ser irá adquirir experiência. Essa
experiência virá justamente do princípio da persistência na qual a pessoa vai
repetindo os processos e obtendo resultados a partir deles. Visando a ilustrar o
processo, o filósofo faz referência sobre aquecer o líquido e ele entrar em processo
de evaporação ao ferver, bem como o fato de aquecer o sólido (um pedaço de vela
ou de ferro), e este, além de passar ao estado líquido, ocupar um espaço maior no
recipiente e ainda menciona a questão do aquecimento de um objeto para extrair
outro objeto que a este esteja preso, visto que passará pelo processo de dilatação.
Fatos como os mencionados, remetem à aquisição de experiência, que por sua vez,
permite às pessoas chegarem ao conhecimento verdadeiro, uma vez que a
experiência permitiu concluir esse raciocínio.

3- Quais os problemas do inatismo e do empirismo, apontados pela autora?


O inatismo defende a questão de que as ideias e os princípios da razão são
verdades intemporais que não podem ser modificadas por nenhuma experiência
Universidade Estadual de Goiás, Câmpus Inhumas. CNPJ 01.112.580.0001-71.
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nova. No entanto, a História (social, política, científica e filosófica) mostra que as
ideias tidas como verdadeiras e universais não possuíam essa validade e foram
substituídas por outras. Porém, por definição, uma ideia inata é sempre verdadeira e
não pode ser substituída por outra. Caso isso ocorra, então deixa de ser uma ideia
verdadeira e, não sendo uma ideia verdadeira, não é inata. Portanto, esse é um
problema do inatismo pois, nesse caso, tem sua proposição questionada quanto às
ideias inatas serem sempre verdadeiras, uma vez que, apesar de a verdade
prevalecer, a ideia que a embasava deixou de ser verdadeira.
No que se refere ao empirismo, é defendida a ideia de que a racionalidade ocidental
só foi possível porque a Filosofia e as ciências demonstraram que a razão é capaz
de alcançar a universalidade e a necessidade que governam a própria realidade, isto
é, as leis racionais que governam a natureza, a sociedade, a moral, a política.
Porém, a marca própria da experiência é a de ser sempre individual, particular e
subjetiva. Se o conhecimento racional for apenas a generalização e a repetição para
todos os seres humanos de seus estados psicológicos, derivados de suas
experiências, então o que é chamado de Filosofia, de ciência, de ética, etc., são
generalizações para hábitos psíquicos e não um conhecimento racional verdadeiro
de toda a realidade, tanto a realidade natural quanto a realidade humana. Portanto,
a problemática do empirismo se relaciona ao fato de que, em se tratando de
situações que venham a ultrapassar as barreiras da realidade humana, alterando de
forma significativa quaisquer entendimentos que estejam em desacordo com os
preceitos da construção das coisas baseadas no mundo sensorial, extrapolam os
limites de sua aceitação.

4- Por que Immanuel Kant realizou a chamada Revolução copernicana na


filosofia?
Immanuel Kant, ao observar os estudos de outros filósofos, percebeu que, em uma
grande maioria dos casos, a preocupação dos estudiosos estava em obter a razão
como foco principal de estudo. No entanto, esses mesmos filósofos se preocupavam
em focar esse estudo em um determinado objeto do conhecimento, visando a
promover suas descobertas. Kant, ao perceber que a razão era tão valorizada e, se
baseando na proposição de Nicolau Copérnico, detentor da teoria heliocêntrica, na
qual o Sol é o centro e os planetas giram em torno dele, Kant propõe que o homem
seja o centro dos estudos, pois é ele o centro dos fatos que estão ocorrendo na
época, tendo como o ser capaz de dar ênfase à razão.

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