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SUMÁRIO

Sinopse.....................................................................................................4
PRÓLOGO: NAS PROFUNDEZAS DO PASSADO .................................5
CAPÍTULO 1: O CONTRASTE: ENTRE A LUZ E A ESCURIDÃO .........7
Capítulo 1.1 História oculta de Paramodia............................................8
Capítulo 1.2 O lamento do Rei............................................................11
CAPÍTULO 2: O Clamor da Esperança..................................................15
CAPÍTULO 3: O caminho das pedras.....................................................22
Capítulo 3.1 Boas notícias..................................................................22
Capítulo 3.2 Ciel Nocturne..................................................................24
Capítulo 3.3 Tenho que te dizer algo..................................................27
Capítulo 3.4 Boa viagem...ou quase...................................................32
Capítulo 3.5 Bem-vindo ao Texas!......................................................35
Capítulo 3.6 Qual seria o seu ultimo desejo?.....................................38
Capítulo 4 - furia de Titãs........................................................................44
Capítulo 4.1 Caminhando no escuro...................................................49
Capítulo 4.2 Um por todos ou todos por um.......................................51
Capítulo 4.3 Morte lúcida....................................................................56
Capítulo 4.4 Metamorfose...................................................................64
Capítulo 4.5 A Era dos Titãs................................................................81
Capítulo 4.5 Sol Nascente..................................................................87
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SINOPSE
Max, um jovem tímido e inseguro, sonha em se tornar um grande herói,
assim como seu pai. Um dia, ele se torna o hospedeiro de uma arma
metamórfica única, capaz de copiar o DNA e se transformar em todas as
formas de vida do universo.
A vida de Max muda drasticamente quando ele descobre que está sendo
perseguido pelo "mal supremo" chamado Táramos, o qual tem objetivos
obscuros. Táramos busca obter o conhecimento proibido guardado no
Megatriz (chamada Matriz da Criação), visando iniciar uma nova era
chamada "Ascensão das Trevas". Essa era é impulsionada pela
violência e pela escuridão, representando uma ameaça de vida ou morte
para Max e para todo o universo.
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PRÓLOGO: NAS PROFUNDEZAS DO PASSADO


Em uma realidade completamente cercada pelo caos e a destruição,
vivia um ditador sanguinário o qual era conhecido por causar o medo e o
temor de seres por onde passava, esse ser era tão temido por todos de
sua realidade que os servos do seu poderoso exército temia pelo
simples mover de seus olhos. Esse ser era conhecido em sua realidade
como Táramos e demonstrava conquistar sua maior conquista a qual era
simplesmente a dominação geral de todo o multiverso fazendo Táramos
se tornar o maior governante que já existiu e para que esse plano se
tornasse realidade, Táramos parte em busca de planetas com os
maiores recursos os quais seriam fundamentais para que o seu império
e o seu plano de dominação do multiverso se tornasse realidade. Ao
lado de Táramos, existia seu fiel servo o qual era responsável por
informar Táramos de tudo o que acontecia no multiverso e também do
seu império deixando seu mestre informado de tudo o que acontecia a
todo momento; esse servo era conhecido por conter uma aparência
similar a um fantasma e possuía poderes intelectuais os quais eram
usados para auxiliar Táramos em suas invasões tornando Táramos
muito mais temido e ameaçador. Um dia enquanto Táramos observava
fixamente para a galáxia de andrômeda ao lado de seu servo conhecido
como Calvera enquanto percorriam pelo vazio do universo, Táramos
começa a falar sobre a imensidão do universo e suas diversas formas
de vida, contando as características de cada raça existente no universo
e como as conheceu enquanto sua nave seguia pela imensidão do
universo.
Calvera após escutar os inúmeros relatos de Táramos enquanto seguia
pelo vasto universo, Táramos narra sobre como as diferentes raças se
especializam em algo para sobreviver. Enquanto seguia explicando para
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seu servo sobre tudo o que aprendeu, Stilk aparece guardando a Matriz
da Criação (Sabedoria Infinita / Inteligência) em sua maior criação a qual
havia dedicado cem mil anos de sua vida para criar a maior invenção já
criada em todo o multiverso, enquanto o pai de Max (Bombeiro) o leva
de cavalinho enquanto caminham com sua mãe (Cooperação) por uma
linda paisagem no central park enquanto isso Sarah aprende a andar
com sua mãe enquanto seu pai resolvia negócios de sua companhia
enquanto tirava um dia de folga para passar mais tempo com sua família
(aprendizado).
Táramos após explicar inúmeros conhecimentos absorvidos durante sua
passagem por alguns planetas com altíssimo nível de inteligência em
algumas realidades às quais havia conquistado no multiverso, Táramos
narra sobre os planetas com enorme diferencial sobre os demais,
citando a existência de alienígenas como: Aqua Rock, Rochoso,
Vulcânico, Speed Hunter e do reino dos fantasmas.
Calvera após escutar todos os conhecimentos de seu mestre, o mesmo
pergunta sobre a raça de raça de Táramos e como ela foi extinta.
Táramos após escutar a pergunta de seu servo, o mesmo responde
para Calvera citando que todas as raças têm algo em comum e
responde que é a lei do mais forte. Citando governos e leis para a
organização das sociedades, mas que sem punição não há ordem.
Após explicar para o seu servo a lei do mais forte e tudo o que importa
de fato, Táramos mostra para Calvera os cento e cinquenta planetas os
quais ele mesmo havia destruído, mostrando no telão de sua nave,
inúmeras naves e corpos flutuando pelo espaço e diz: " Não são as
espécies que mais se adaptam que sobrevivem, mas sim a mais cruel".
Táramos após mostrar para Calvera o que representa na vista do
mesmo seu real ponto de vista, Táramos mostra uma cidade inteira
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sendo massacrada pelos seus soldados por terem desobedecido uma


ordem sua, de não terem matado seus filhos como forma de sacrifício e
de servidão a Táramos.
Táramos após mostrar a punição de uma raça inteira, o mesmo pega a
joia das Almas que possui e diz que o universo esconde muitos tesouros
e quem tiver o conhecimento para usá-las poderá ditar as leis da
própria natureza.
Táramos coloca a joia da alma em um receptáculo e localiza a rota que
um dos paramodiamos mais inteligente utilizou a muito tempo atrás para
salvar um planeta falido. Ele diz que tem dívidas a cobrar com velhos
amigos de guerra. Sua nave passa por um buraco de minhoca e
desaparece.
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CAPÍTULO 1: O CONTRASTE: ENTRE A LUZ E A


ESCURIDÃO
Táramos olha para uma nova dimensão escondida de todos os povos do
universo, observa as cores azuis da poeira cósmica e um planeta
imenso. Táramos encosta sua cabeça no vidro da nave, enquanto
conversa com Calvera sobre uma dívida que esse planeta possui com
ele, de quando era apenas lava e trevas. Táramos diz que esse
Paramodia não era aqui, mas em outro lugar.
Táramos anota em seu diário sobre esse planeta e seus habitantes.
Táramos sai da Nave e entra dentro de um Guardião, semelhante a uma
estrela Anã Vermelha que guardava a barreira do planeta, e o devora
por dentro enquanto o destruía com seus punhos. Ele absorve o
Guardião Vermelho.
Táramos volta para sua Nave e retira sua armadura para entrar no
planeta de forma oculta, com ajuda de Calvera que podem deixar
qualquer coisa invisível
Táramos adentra ao centro da cidade sem ser visto, até que quebra com
um soco as portas do palácio de Paramodia, alertando todo conselho
que estava em reunião, falavam sobre o QI da sua população e do
tradutor universal que já estava sendo utilizado.
Todo o conselho olha para Táramos e perguntam como ousa está ali, e
como entrou, onde estava o Guardião Vermelho. Táramos joga um
“coração” do Guardião no chão. O conselho grita “INTRUSSO ENTRE
NÓS!!”. O rei Páramos reencontra Tarámos depois de 8.000 anos.
Páramos não reconhecia Táramos, pois estava muito diferente. A
pergunta “Quem é você? O que busca?”
Táramos diz, “Eu sou um ser racional, como os filósofos gregos, busco
apenas a pura sabedoria”.
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Páramos diz então o que queres saber? Táramos diz: “Quid est
Veritas?”. Nesse momento Páramos entra em choque e o interroga de
como os mortos revivem, Páramos lembra da promessa de sangue que
fez a muitos anos atrás.
O conselho olha para o seu rei e diz: “Majestade...por que está com
medo?”. Táramos ameaça contar a verdade oculta da história de seu
povo. O rei permanece em silêncio. O conselho de pensadores diz:” Não
há nada que não saibamos sobre o universo e nenhum mistério que não
temos desvendado”. O rei soa frio.
Táramos faz o número na mão e diz: apenas um de vocês sabem.
Aponta para o rei e o rei grita “Chega! DIGA O QUE
QUER E VÁ EMBORA!!”
Capítulo 1.1 História oculta de Paramodia
Taramos pega a joia da alma e faz surgir um holograma estilo egípcio
com a história de Paramodia.
Calvera surge atrás do Rei o mantém como refém. Todos olham para o
rei e o holograma.
História oculta de Paramodia:
Taramos nasceu com uma mutação em Taramodia. Paramos é irmão de
Taramos e nasceu com aspectos diferentes de seu irmão, sendo fraco.
Taramos e Paramos eram rejeitados pela sua mãe (Que era a Rainha da
sua raça), que decidiu devorar paramos (O mais forte devora o mais
fraco), mas taramos protege seu irmão e come a cabeça da sua mãe,
depois mata seus irmãos. Ambos fogem para o deserto.
Paramos era fraco, inteligente e bondoso. Gostava de construir as
coisas. Enquanto Taramos era os músculos, proteção e frio em relação a
tudo. Tudo que Páramos aprendia ensina a Taramos.
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Ambos cresceram e paramos encontrou outros de sua espécie em


Paramodia. Táramos odiava seu povo por seres animais. Os
taramodianos se tornaram uma praga em todo planeta e escravizaram
todas as espécies, inclusive a sua própria e comiam seu próprio povo.
Começaram a se tornarem metamorfos, e se adaptaram a todas as
condições.

Paramos junto com taramos libertam os Paramodianos (Taramos ainda


eram um pouco bom). Ambos decidem construir uma sociedade
inteligente, racional e houvesse a paz entre os oprimidos. Ambos fazem
uma promessa marcando suas mãos com o símbolo da promessa dessa
nova sociedade.
Paramos convence Taramos de que não é errado uma sociedade
desaparecer para surgir outra. Táramos extermina sua raça sozinho e os
devora.
Paramos inicia uma nova colônia. Paramos percebe que taramos
mudou:
Páramos enxerga a paz através da Democracia e do conhecimento.
Táramos a razão e da força da centralização de todas as decisões (sua
raça era muito anarquista).
Paramos trai taramos com medo dele. O fere e o joga no abismo.
Paramos conserta a nave que o taramodianos chegaram no planeta e
vão para outro lugar.
Táramos escapa do abismo e planeta já morto, consertando uma nave e
vai para outra galáxia. Ambos seguem caminhos diferentes.
O Conselho fica irritado com o Rei e acusa Táramos de mentiroso.
Tarámos recita o mantra do planeta que compôs com Páramos quando
eram jovens e sonhavam com uma nova sociedade:
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"Somente a verdade prevalecerá,

Diante das sombras da mentira e do desconhecido,

A luz da verdade será revelada, trazendo paz, força e união aos povos,

A verdade liberta os cativos das correntes da escravidão e traz força aos oprimidos,

Em nós há a luz do Novo Mundo".

Todos ficam em silêncio e frustrados com a verdade. Tarámos diz que


veio atrás do conhecimento que está na Matriz da Criação (Ao qual
paramos e ele encontraram em seu planeta natal).
Paramos diz que é um sacrilégio, e tal conhecimento não deve estar nas
mãos de nenhum ser. Metade Conselho se revolta com o rei e diz,
entregue logo e os outros negam. O rei se nega e Táramos diz:
"O preço da promessa é uma troca equivalente".
O rei e o Conselho se negam. Tarámos faz um gesto que autoriza o
bombardeio de todo planeta pela sua nave Mãe chamada "Maximus".
O rei escapa de Calvera e foge para a porta dos fundos que dá acesso a
saída do Palácio, com objetivo de reativar a barreira de defesa do
planeta.
Tarámos se transforma e mata o Conselho com ajuda de Calvera.
Tarámos vai atrás do Rei.
Táramos diz que pode ser tudo, mas jamais mentiroso.
Capítulo 1.2 O lamento do Rei
Páramos consegue chegar ao campo dos “Elíseos”, que fica atrás do
palácio, com um obelisco que habilita o reavivamento da barreira, mas
Táramos o alcança nos Campos, descendo as escadas da saída
lentamente com seu corpo cheio de sangue.
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Parámos fica na frente de um obelisco, escondendo e diz para Táramos


que se ele fosse bom, tudo seria diferente, se não houvesse maldade
em seu coração ele teria todo conhecimento.
Táramos diz: “Eu sou o resultado das suas ações. Tudo que me tornei
foi por causa de você. Minha existência representa todos os pecados
que vocês cometeram ao longo dos séculos, deixando ocultos ao
público. Não posso voltar atrás depois de tudo que fiz e ainda irei fazer.”
Páramos olha para sua cidade sendo destroçada pelo bombardeio e fica
com lágrimas nos olhos. Diz para Táramos que compartilhavam o
mesmo sonho e que conseguiram a sociedade perfeita, pautada no
conhecimento.
Táramos diz: Essa metrópole medíocre é uma utopia que você criou,
pois, toda essa tal “paz” que você construiu em segundos foi destruída.
Foi sua vez, agora será a minha vez de corrigir as coisas. A paz deve
ser conquistada e não dada, esse foi seu erro, de fortalecerem somente
suas mentes, esquecendo dos seus músculos.
Táramos lança um espinho oculta de sua armadura nas na mão direita
de Páramos. Parámos pega um dispositivo capaz de criar portais
dimensionais e apertar o botão, dizendo “Eu posso ser o menor de
todos, mas vamos ver se consegue vencer a si mesmo, e que sobreviva
o mais forte”.
Páramos corre ensanguentado para o fundo dos campos dizendo que
quem vencer terá acesso ao conhecimento proibido, logo em seguida
surgem centenas de versões de Táramos em diversas formas.
Táramos se alonga em silêncio e solta suas imensas garras em direção
a suas centenas de versões.
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Páramos chega à entrada do esconderijo do laboratório de Stilk (Seu


filho) com objetivo de reativar a barreira e sua arma secreta, mas acaba
caindo em frente ao laboratório.
Táramos surge andando na frente de Páramos que percebe que ele
matou todas suas versões, e estava ainda mais forte. Táramos pega no
pescoço de Páramos e diz: “Saiba que sou o único em todos o universo
e dimensões.”
Páramos percebe que a versão boa de Táramos nunca viria, pois o
único Táramos bom que existia era o que estava tentando matá-lo, ou
seja, o Táramos bom é o pior de todos e o mais forte.
Táramos lança Páramos nos campos Elíseos. Logo em seguida diz;
“Você me ensinou que não é errado exterminar um povo em razão de
outro. Eu vos digo que seu reino cai para que o meu surja!”
Páramos manda um sinal de frequência para seu filho, clicando no
dispositivo que usou para chamar os Táramos de outros universos.
Páramos olha para seu planeta ser destruído e chora de pena. Depois
olha para seu irmão com olhar de arrependimento e diz “Eu morro pelo
meu povo e não o meu povo por mim”.
Táramos se irrita e come a cabeça do seu irmão (Ritual de respeito de
sua raça), absorvendo sua alma com a Joia das Almas. Táramos usa a
joia com a alma de seu irmão para descobrir a localização da Matriz da
criação e se torna o novo Rei. Táramos coloca o corpo do seu irmão em
um barco improvisado, depois queima o corpo do seu irmão sem cabeça
no Rio Caronte que conecta o Campos Elíseos com da Metrópole
(Cidade).
Táramos olha para o céu estrelado, com 3 luas, refletindo que faltava
uma coisa para conseguir seu sonho. Ele tinha poder, exércitos, respeito
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e agora o caminho da Matriz da Criação que continha o conhecimento


Proibido que ele precisava.
Táramos caminha em direção ao laboratório enquanto todo campo
Elíseos queimava ao seu redor.
Stilk após fazer um backup de todo conhecimento dentro de dispositivo
sai correndo da Biblioteca Multiversos para seu laboratório que recebe o
recado com uma mensagem de seu pai escrito:

"Stilk, saiba que você nunca foi um fardo para mim e nem para o meu povo. Talvez

nunca tenhamos conversado direito sobre o que acreditávamos, pois meu orgulho

me afastou de você. Eu te amo, e estou orgulhoso que tenha desistido do trono

para dedicar-se a Ciência. Se você recebeu essa mensagem saiba que deixo o

futuro do universo em suas mãos. Estarei sempre com você, olhando com sua mãe

e todos seus irmãos nesse imenso céu estrelado noturno.”

Um dia estaremos juntos estudando e cuidando das estrelas, ao lado de sua mãe.

Ass.: Seu Pai

Stilk lê a mensagem enquanto olha sua terra natal destroçada pelo


bombardeio, cheio de destroços e corpos no chão. Uma lagrima cai de
seu olho direito.
Ele corre em direção ao Laboratório enquanto fugia dos soldados do
Táramos que atiravam em tudo que se mexia.
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CAPÍTULO 2: O CLAMOR DA ESPERANÇA


Um silêncio se faz no campo de batalha. O bombardeio cessa, pois
todos já estavam mortos. Stilk não detectava mais nenhum sinal de vida
de suas espécies em seu visor. Táramos ficava imóvel enquanto muitos
quilômetros atrás dele seu exército se curvava.
Stilk chorava de raiva em sua armadura. Táramos faz um sinal para seu
exército se retirar. Calvera surge como um fantasma no ombro de
Táramos e diz que Stilk era o último de sua espécie. Calvera pergunta
se ele deve liquidar Stilk.
Táramos olha para o Calvera dando um sinal para se retirar para a nave.
Táramos diz em alto tom para Stilk: "Nesse campo será definido o
destino do universo. Quem vencer será o imperador dos mortos e o Rei
da vida (se referindo aos mortos e a Matriz da Criação).
Táramos aponta para Stilk dizendo: Eu terei o conhecimento Proibido de
qualquer forma, então escolha se prefere fugir como seu Pai ou morrer
como sua Mãe (que lutou com os traidores para salvar sua família).
Stilk pensa todas as possibilidades, perder tudo ou viver se culpando.
Era uma decisão difícil entre viver no conforto como traidor ou ter a pior
morte possível.
Stilk cita o mantra de seu povo " Somente a verdade prevalecerá". Ele
lembra que carrega a luz da esperança em seu peito.
Stilk cria um canhão de energia em seu braço, lançando uma rajada que
atinge Táramos, o arrastando com imensa força, destruindo tudo em seu
caminho.
Stilk levanta sua outra mão criando 300 esferas de 4 metros feitas de
fogo, depois as lança para cima de Táramos. Depois cria um chicote de
plasma e começa chicotear Táramos.
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Depois se teletransporta atrás dele, criando manoplas gigantes


parecidas com luvas de box feitas de bolas de aço, o golpeando com
socos de gancho direita e esquerda, depois o chuta para longe.
A armadura de Stilk tinha 6 metros. Enquanto Táramos 4. Stilk usa 40%
do seu poder para lançar uma explosão de energia nuclear em Táramos,
estando próximo a ele.
A cratera fica do tamanho do Grand Canyon. Stilk esmurra Táramos
criando martelos em suas duas mãos, feitos de plasma. Seu ódio por
toda destruição estava em cada golpe que fazia toda terra tremer.
Táramos mostra para Stilk seu rosto e Stilk faz o mesmo. Stilk desfaz os
martelos e com suas duas mãos utiliza o poder da gravidade
(aumentando o peso) para manter Táramos no chão. Táramos diz:
“Garoto. Não somos tão diferentes. Você notou isso? Somos diferentes
da nossa raça, com nossas próprias ambições, e nós lutamos pelo que
nos convém. A luta está em nosso sangue”.

Stilk se enfurece e aumenta a gravidade, pressionando Táramos no


chão, aumentando o tamanho da cratera. Táramos diz “Até nossos olhos
são iguais, enquanto de sua raça são azuis, apenas os nossos são
amarelos. Você nunca pensou nisso?”
Stilk, ficou confuso e perguntou: “Diga aonde você que chegar. Por que
conhece meu pai? Porque trouxe desgraça a esse planeta!”.
Stilk jogou Táramos muito longe com a gravidade, por volta de 30 km,
depois o colocou sob o as paredes de uma montanha com a gravidade e
em outra mão uma esfera de energia nuclear de fissão em sua mão.
Táramos comenta que enquanto os Paramodianos e o Taramodianos
seguiam um caminho já conhecido, eles caminham em direções
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contrárias, rumo a outros horizontes. Quebravam os limites da natureza


e são agora únicos em todo Universo.
Stilk diz que não é o único por opção, e dobra a gravidade. Diz que o
Universo sem o Táramos seria melhor.
Táramos responde: “Sem mim você não existiria.”
Stilk acerta Táramos com a esfera nuclear e o lança contra a montanha,
destruindo todo local. Táramos que havia caído no chão se levanta e diz:
“Você sabia que “Stilk” era o nome de um minério parecido com aço, que
foi usado por mim e seu pai para exterminar o Taramodianos? Stilk
também era uma gruta de minérios onde eu conhecia sua mãe.
Stilk dá um golpe flamejante de cruzado de direita em Táramos com
toda força, mas ele segura sua mão. Táramos quebra a mão da
armadura e fala; “Somos parecidos...mais parecidos do que você pensa.
Nós somos apaixonados em manipular e ter a essência da vida em
nossas mãos. Quando criamos nos sentimos vivos! Buscamos a paz
acima de tudo”
Stilk o soca com o outro braço, mas Táramos também o agarra. Stilk
debate para Táramos que são completamente diferentes e como ele
trouxe destruição por onde passava. Táramos diz que não teve escolha,
e que era necessário. Alguém precisava trazer ordem ao mundo. Cada
alma tirada ele guardou em sua joia. Depois que ele tiver o
Conhecimento Proibido ele escolhera os melhores para viverem e
reorganizara o universo, selecionará a dedo o papel de cada pessoa no
universo. Ele diz que as pessoas não sabem o que querem, mas
aqueles que nasceram com o dom do conhecimento tem poder de tomar
decisões pela maioria, se até na democracia era assim porque na vida
biológica não seria.
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Stilk dá uma cabeçada em Táramos e o faz recuar. Táramos diz: Na


caverna Stilk enquanto seu pai ficava escondido como um rato no seu
ninho, foi eu que resgatei sua mãe, eu a conheci primeiro e inclusive foi
com ela que fiz troca genética.
Stilk e Táramos começam trocar socos como se estivesse num ringue
de box. Stilk diz que é impossível, e que estudou seu DNA e que possui
de sua mãe + de seu pai. Táramos explica que uma fêmea Paramodiana
possui a capacidade de fazer troca genética com mais de um ser, para
garantir a preservação da espécie. Ou seja, 40% ele tinha DNA do
Táramos, 40% da Sua mãe e 20% de seu Pai.
Stilk descobre da pior maneira que é um híbrido das duas espécies.
Táramos usa sua garra que perfura o lado direito da costela de Stilk.
Depois atravessa o peito da armadura para pegar a Matriz da Criação,
mas Stilk consegue lançar uma rajada de energia da própria Matriz que
consegue deixar Táramos machucado. Stilk percebe que Táramos é
fraco contra a Matriz que consegue feri-lo.
Stilk se transforma e usa a potência total da Matriz. Cria uma minigun
em seu braço direito e no esquerdo um lança-chamas, já em seus
ombros lança foguetes de microbombas nucleares. Depois atira com
força total em Táramos que se transforma em sua forma Barakah que
utiliza suas longas lâmina para refletir os tiros, cortas as bombas e se
defender, enquanto faz manobras com saltos.
Stilk cria um supercanhão de energia com a Matriz da Criação em seus
braços e peito, que obriga Táramos a se transformar novamente, em sua
forma Bestial quadrúpede que começa correr do tiro de Stilk e lança
espinhos de seu corpo.
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Táramos pula e se transforma em sua forma artrópode, o golpeia com


sua cauda de escorpião várias vezes. Depois lança um odor veneno que
deixa Stilk atordoado.
Stilk cria duas motosserras de luz da Matriz da criação e parte para cima
de Táramos, que se transforma em sua forma Barakah e começam uma
luta intensa. Ambos acertam golpes um no outro e depois se esquivam.
Táramos diz “De todos os meus adversários você é o mais nobre deles.
Nenhum dele nunca conseguiu ficar mais de 2 segundos vivos.”. Stilk
fica chocado, percebe que Táramos parecia não ter sofrido nenhum
arranhão.
Táramos diz: “Agora é minha vez!” Táramos se transforma em sua forma
Suprema que apenas 2 seres viram em todo universo e sobreviveram:
Páramos e Calvera. Táramos carrega seu poder enquanto grita, gerando
uma explosão nuclear de almas de 150 megatons de TNT.
Stilk usa 100% da Matriz da Criação em seu corpo e cria uma explosão
nuclear na mesma intensidade. As explosões destroem tudo ao redor e
abalam todo planeta.
Os dois vão em direção um do outro, como se dois tornados se
colidissem, ambos se socam. O soco de Stilk acerta e destrói o lado
esquerdo do corpo e a cabeça de Táramos, também atravessando seu
peito, ficando com braço preso.
Stilk sem forças, completamente desgastado diz, enfim acabou. De
repente uma garra atravessa seu peito. O corpo destroçado de Táramos
começa se regenerar, enquanto ele dá uma gargalhada fantasmagórica:
“HAHAHAHAHAHAHAHAHA! Não se pode matar a morte garoto, mas
ela pode te matar.”
Stilk começa dar pequenos suspiros, olha para o céu e percebe que o
Megatriz está longe. Depois lança sua última forças para destruir a nave
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mãe de Táramos, com seu exército. Táramos segura a Matriz da


Criação com o braço direito, aperta e puxa lentamente. Ele diz:” COMO
OUSA FAZER ISSO! Essa batalha é entre nós!”
Stilk dá uma rizada sarcástica e diz: “Olho por olho e dente por dente.”
Táramos diz que esse é o fim e que no novo mundo irá ressuscitar Stilk
porque ele foi um adversário admirável.
Stilk diz: “Não haverá um novo mundo para você. Seres iguais você
esquecidos da história. Você teme a morte, o esquecimento e sobrevive
da bajulação dos outros. Assim como narciso você morreu afogado no
seu ego.”
Táramos se irrita e fura os dois olhos de Stilk com seus dedos enquanto
diz “VERME!!! RASTEJE NA SUA DESGRAÇA!”.
Stilk em seus últimos momentos diz: “Você será derrotado, mas não
será eu que vai fazer isso. A verdade prevalecerá eternamente, nem o
tempo e o espaço pode mudar isso.... a luz em nós vencerá as trevas.”
Táramos arranca a Matriz da Criação com o coração de Stilk que morre
em pé. Stilk sabia que isso poderia acontecer, e desde que vestiu a
armadura acionou a contagem regressiva de autodestruição da Matriz.
Táramos percebendo que a Matriz começou a piscar, tentou se livrar
dela, mas ela grudou em sua mão (tudo fazia parte do plano de Stilk).
Táramos pela primeira vez sentiu medo da morte.
A matriz explode e destrói toda dimensão.
Calvera utilizou um barco de fuga espacial da Nave mãe para fugir,
ficando próximo ao buraco de minhoca, por isso não foi afetado.
Táramos sobreviveu apenas com metade da sua cabeça no espaço,
olhando para estrela Sirius enquanto ouvia uma a doce rizada de uma
criança. Uma lagrima caia de seu olho direito enquanto falava “Eu
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estava tão perto, minha pequena Sirius”, depois fechando seus olhos
enquanto Calvera pega sua cabeça e leva para o barco espacial.
2.000 anos se passam, viajando por toda via láctea, o Megatriz chega
na atmosfera de um planeta conhecido como Terra.
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CAPÍTULO 3: O CAMINHO DAS PEDRAS


Um meteoro cai no Texas causando imenso estrago em uma floresta.
Dois meses depois outro meteoro é abatido ainda na atmosfera caindo
apenas um pedaço no mesmo local. O jornal Arial de Nova York em um
telão avisa sobre a chuva de meteoros que será possível ver no céu no
mês que vem (junho) e alerta sobre o perigo.
De repente um meteoro azul cai na terra e destrói todo planeta fazendo
um imenso barulho, mas isso é apenas um sonho de um garoto
chamado Max que acorda 09h00 com uma garota com o nome escrito
"Sarah👸❤" em seu celular velho ligando para ele. Atrasado para o
colégio e sua mãe atrasada para o trabalho.
Os dois acordam no mesmo horário, vestem o uniforme e os sapatos.
Depois correm um no quarto do outro, mas Max leva uma portada na
cara sem querer de sua mãe. Ambos dizem: "Corre! Você está
atrasado!"
Sua mãe chamada Bárbara Oliver prepara o café correndo e Max Oliver
arruma as bolsas deles. Após o café da manhã Bárbara oferece uma
carona, mas Max diz para não se preocupar. Ela puxa a orelha dele
dizendo que vai aceitar sim a carona. Logo em seguida ambos entram
no carro e vão para os seus destinos.
Capítulo 3.1 Boas notícias
Chegando em High School New York, Max sai do carro desesperado
para comparecer a tempo na aula, porque era a penúltima semana do
semestre, no mesmo dia que é anunciado o boletim de todos os
estudantes.
Ele sobe as escadas correndo, esbarrando em tudo e em todos no
caminho, até que consegue entrar na sala quando o professor
coordenador da sua Turma A havia entregado o último boletim.
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Conhecido por todos como “Professor Tesla”, encara Max com uma
expressão de decepção e raiva que se sentava no seu lugar. No mesmo
momento a aula acaba, todos saem da sala. Max questiona Tesla sobre
seu boletim que questiona sobre seu boletim, recebendo apenas o
silêncio como resposta.
Fora da sala sua amiga Sarah o entrega seu boletim, que guardou para
ele, pensando que ele tinha faltado. Depois da um cascudo nele dizendo
“PARE DE SER PREGUISOÇO!” e pergunta o motivo de ter se atrasado.
Max tenta disfarçar, mas começa lembrar que virou a noite jogando
online enquanto sua mãe corrigia as provas da Universidade.
Sarah não olhou seu boletim, esperou Max para saberem quais notas
tiraram. Os dois pegam o boletim, contam até 3 para revelarem o
resultado.... sendo o resultado: Sarah tirou 4 pontos (A) em todas as
disciplinas e Max passou com as notas B (3 Pontos) e C (2 Pontos). Ele
pulou de alegria, abraçou sua amiga e pulou de felicidade pelos
corredores comemorando, enquanto ela pensava “Ok. Mais um A para
minha coleção”.
Após a última aula, ambos caminham para a saída do colégio,
conversando sobre o ano letivo e suas expectativas para o próximo ano.
Max ouvia Sarah falando, mas não prestava atenção, pensava em
inúmeras formas de convidá-la para sair e ficava ansioso para dizer que
gostava dela, no entanto seus medos o atrapalhavam. Sarah chama
atenção de Max “Você está bem?”. Ele volta ao mundo real
respondendo que está tudo bem. Por alguns segundos eles ficam em
silêncio, logo em seguida seus olhos se encontram, ficando corados de
vergonha. Quando pretendiam falar algo ao mesmo tempo, o telefone de
Sarah começa tocar, fazendo ela sair correndo se despedindo de Max
que acena dizendo tchau, respirando fundo dizendo “OK”.
24

Max quase perde o ônibus de volta para casa, conseguindo entrar


porque correu desesperadamente, o deixando fadigado.
Olhando para a janela escorado no vidro começa refletir sobre todos os
sonhos que possui. Ele sentia -se inseguro sobre seu futuro, e se algo
bom viria para alguém como ele. Questionasse se houvesse alguma
possibilidade de ser feliz, de namorar Sarah, honrar a memória de seu
Pai e ajudar sua mãe. Ele pensava:
"Não sou corajoso como meu pai, nem inteligente como Sarah, atlético
como Speed (ex-namorado de Sarah) e disciplinado como minha mãe.
Eu tenho lugar nesse mundo?"
Nesse momento ele chegou em sua humilde casa no Brooklyn. Mesmo
sua mãe tendo um ótimo cargo de professora, a família Oliver tinha
muitas dívidas, o que os obrigam a cortar custos.
Capítulo 3.2 Ciel Nocturne
Max chega em casa, joga seu moletom no sofá e se deita. Olha para o
teto imaginando o futuro perfeito que ele tanto deseja, acaba fecha os
olhos, em dois minutos dorme.
Quando sua mãe chega em casa o acorda dizendo " Bonito! Não fez
nada! Podia ao menos ter varrido o chão ou ter colocado seu uniforme
na lavanderia". Depois o expulsa do sofá, joga seu jaleco em cima do
moletom de Max e se deita na mesma posição.
Bárbara percebe que seu filho estava muito quieto, parecia esconder
algo. Logo em seguida se senta normalmente e chama Max, falando "
Bebê, diz para a mamãe o que está acontecendo". Os dois ficam
sentados no sofá, assistindo TV, enquanto Max recebe um cafuné de
sua mãe, que perguntava:
25

- Desembucha. Você está muito pensativo...alguém brigou com você?


Reprovou em alguma matéria? (Barbara olha para Max com uma
expressão seria ao fazer essa pergunta) ou seria uma garota?
Max fica com vergonha e responde:
- A senhora por acaso é espiã? Acho difícil pagar alguém....
Barbara alega que é uma questão de intuição feminina. Seu filho
desabafa dizendo que existe uma garota que ele está apaixonado. Ele
deseja há muito tempo confessar seu sentimento por ela, mas sente que
está fora de seu alcance e teme arruinar a amizade que construíram.
Max afirma que ela é completamente o oposto dele, tendo pais bem-
sucedidos, sendo a estudante mais inteligente dos EUA, admirada por
todos, atlética e muito bonita. Enquanto isso, ele se considera um
fracasso como ser humano.
Pergunta: "Não seria aquela sua amiga Sarah?" Max se levanta do sofá,
espantado, com a voz trêmula, perguntando como sua mãe sabia. Ela
responde: "Era óbvio. Estava na cara... hehe". Os dois olham para a foto
de Maxson Benjamin Oliver, falecido pai de Max, com os três reunidos
na praia há 6 anos atrás.
Max pergunta para sua mãe: “Com o papai foi da mesma forma? Como
vocês se conheceram?”. Sua mãe explica que foi um pouco diferente,
eles já se conheciam a bastante tempo, mas o destino os tinha reunido
depois de 5 anos (quando ela tinha entrado na universidade). Eles
namoravam (Barbara namorava um estudante esquisito de biologia
chamado James Dylan Bowie e Maxson com uma surtada com nome de
Marilyn Jeanne Asimov) quando se reencontraram, mas de alguma
forma terminaram juntos. Barbara diz:
- Sarah parece ser uma garota humilde, ela não parece se importar com
que as pessoas possuem, mas com quem elas são.
26

- Você é um bom garoto Max, talvez seja o seu coração de ouro que
chame atenção dela.
- Se Maxson estivesse aqui ele acharia estranho ela vir aqui em casa,
ficar no seu quarto com você conversando....ai de você pensar em algo
indecente (barbara puxa a orelha de Max) ...bom...ele diria “Vai
apresentar quando a minha futura nora?”
- Tudo é possível para aquele que crê. Assim também diria seu pai. Se
não for agora o momento certo, talvez seja com outra garota ou em
outro momento, mas jamais desista. Sempre tenha a cabeça erguida
mesmo que o mundo pareça estar contra você.
Max fica feliz com as palavras de sua mãe e os dois se abraçam, se
sentido confiante em chamar Sarah para um encontro e declarar o que
sente. Pensou em utilizar quase toda sua mesada que guardou nos
últimos meses (ele ganha alguns trocados sempre que limpa a casa
durante a semana). Barbara parou de abraçar Max e o mandou tomar
banho, pois ele estava com um cheiro semelhante a um peixe podre.
Ele subiu as escadas muito alegre, falando bem alto que tinha a melhor
mãe do mundo. Barbara começa preparar o jantar dizendo “Alguém vai
ter que preparar o jantar nessa casa, já que o restaurante do delivery
não está mais aberto”.
Capítulo 3.3 Tenho que te dizer algo
Max entra no seu quarto, dobra seu uniforme e coloca no cesto de lavar,
depois organiza seus materiais na mochila. Depois separa suas roupas
de dormir e entra no banheiro. Ele deixa seu celular na pia e começa a
tomar banho enquanto pensava na conversa que teve com sua mãe.
Uma mensagem chega em seu celular da sua amiga Sarah perguntando
se poderia jantar na sua casa, pois tinha uma notícia urgente.
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Max estava lavando o cabelo, por isso acaba caindo um pouco de


shampoo nos seus olhos. Ele interrompe o banho, seca as mãos e sem
conseguir enxergar direito lê que Sarah queria falar com ele amanhã.
Ele disse que sim, seria bem-vinda.
Lavando o cabelo pensa em fazer um jantar especial para pedi-la em
namoro, com sobremesas de chocolate, enquanto se abraçam no sofá
(óbvio com a supervisão de sua mãe). Ele também pensava no oposto,
com Sarah o chamando de tarado e o dando uma chave de braço.
Após o banho ele pensa e promete a si mesmo que amanhã é o grande
dia. Depois minutos faz uma careta lembrando que possui tarefas como
arrumar o quarto, roupas, olhar o porão, fechar as janelas e
jogar o lixo fora.
Max estava pelado no quarto pensando em enviar uma mensagem para
Sarah, ele pensou " Eu também posso me declarar por mensagem, mas
seria muita covardia...e se ela me bloquear?"
Ele começa pensar nas palavras da sua mãe, nas reações negativas de
Sarah, de toda humilhação que sofreu na escola feito por Speed e seus
colegas, dizendo que ele "é nada no mundo", ficando tão estressado que
começa dar tapas na sua testa falando alto " PENSA MAX!
PENSA!...MAX!!". Quando alguém abre a porta, diz "Oi Max” e o vê nu,
ficando os dois sem reação. Essa pessoa era Sarah que ficou parada
em choque olhando para Max que ficava desesperado. Ele expulsa
Sarah, mas sua mãe aparece, dando uma bronca dizendo " O QUE É
ISSO!! PERDEU O JUÍZO?!". Puxa carinhosamente o braço de Sarah e
fecha a porta com tudo. Max disse " ESTRAGUEI TUDO DE NOVO!".
Ele se troca rapidamente, depois chama Sarah, dizendo que está tudo
bem agora. Bárbara faz um sinal em libras segurando uma faca dizendo
a ele " Sou muito nova para ser avó. Aí de você se fizer algo!". Sarah
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olha para Bárbara com medo (porque entendeu o que ela disse). Sarah
sobe as escadas com as bochechas vermelhas de vergonha.
Ambos começam conversar:
Sa: Oi Max...
M: Oi Sarah...Você está bem?
Sa: Fisicamente sim. Por que você se assustou?
M: Você aparece igual um fantasma sem avisar e tem a cara de pau de
perguntar.
Sarah mete um cascudo em Max dizendo: " Você tem memória de peixe
por acaso! Olha seu celular, animal."
Ele olha com cara de "bunda" percebendo que o motivo da confusão era
ele, pedindo desculpas pelo ocorrido.
Ele pergunta:
- Mudando de assunto, como você chegou aqui tão rápido? Não faz nem
20 minutos que você mandou mensagem, sendo que você mora do
outro lado da cidade...
Sarah dá uma risada sarcástica, dizendo que veio de carro.
Max retruca: - pensei que foi o lerdo do seu motorista que trouxe você,
ele sempre buzina na porta daqui de casa.
Sarah com um sorriso de quem não pode mais segurar a novidade diz:
"Hoje eu optei em vir com meu carro. Cortei bastante caminhos e
cheguei o mais rápido possível."
Max olha pela janela do seu quarto o carro de Sarah espantando:
- Espera! Você tem um carro? Com 16 anos?! Como assim? Qual
modelo?
Sarah segura uma carteira de motorista autorizando-a a dirigir, falando
que ganhou de presente do seu pai por ter passado de ano. O carro dela
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é um de cor preta AMW M3 E92. Sarah estava feliz que poderia viajar
para muitos lugares com Max, conhecer outras cidades e
Estados nas férias.
Max fica emocionado falando que é uma máquina de corrida incrível.
Sarah escolheu o mais barato das opções que seu pai deu, sendo a
primeira da marca Ferreiro com símbolo de um Centauro (O mais caro
entre os milionários).
Sarah é louca por carro esportivos e sobre fórmula 1. Ela dirigiu pela
primeira vez com 10 anos.
Max pensa em se declarar, mas a via tão feliz, estava com medo de
decepcioná-la. Ele diz de forma tímida e olhando para o lado “Eu
também tenho um assunto que quero falar com você".
Sarah se senta mais perto para contar a novidade que tinha,
atropelando a pergunta dele. Mostra a mensagem que recebeu da sua
amiga Ashley a convidando para uma viagem com festa e noite de
acampamento em (W.G Jones States Forest - Conroe) no Texas, a qual
seria amanhã com partida às 09:00 AM, no valor de 45 Dólares.
Max fica muito feliz com a notícia, mas disse que iria na próxima, pois
estava sem condições naquele momento. Sarah disse que não precisa
se preocupar com isso, porque ela comprou o ingresso dele, mostrando
para ele e o abraçando, ficando os dois sem jeito. Ela disse:
- Ashley é muito fofoqueira e duas caras, ela provavelmente vai ficar me
“puxando” para conversar com aquele traste e suas crias (referindo-se a
Speed e sua “gangue”), já que ela gosta dele.
Sarah fala com o tom baixo com vergonha:
- Eu prefiro passar minhas férias com você, pois é bem divertido e vou
ficar longe de encrenca. Meus pais vivem no escritório, em casa tenho
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tantas tarefas chatas que eles passam, ainda tenho que conviver com
minha irmã. Você promete que vai?
Max responde:
- Eu não tenho nada planejado nas férias. Então vamos nos divertir!
Apenas preciso avisar minha mãe.
Sarah abraçou Max de alegria, contudo, seus dois rostos começavam a
ficar mais próximos, com um encarando o outro, em silêncio. Até que
Barbara apareceu, olhando para o filho com um sorriso que escondia
toda sua raiva, perguntando com uma voz “Vocês querem jantar?”. Os
dois saíram do quarto, enquanto Barbara ameaça seu filho com uma
cinta em libras – “Depois conversamos!!”
Durante o jantar, todos se divertiam contando histórias engraçadas da
infância. Barbara e Sarah compartilhavam suas lembranças sobre os
brinquedos que tinham na época, especialmente suas bonecas. Barbara
mencionou que costumava criar suas próprias bonecas quando morava
no sítio com sua finada mãe e seus sete irmãos.
Max, por sua vez, falava sobre as brincadeiras e pegadinhas que fazia
na casa de seus primos, na fazenda do seu avô Maximiliano Benjamin e
da sua avó Elizabeth Benjamin. Uma das histórias fez Sarah rir tanto
que ficou vermelha. Era sobre o dia em que Max foi com uma calça
furada, exibindo sua cueca cheia de desenhos de pato. Ele só descobriu
o motivo de toda a escola imitar sons de pato quando chegava perto de
alguém quando finalmente chegou em casa. Max ficou bravo ao
perceber a situação, mas acabou rindo no final. Após a janta se
despediram de Sarah que foi para sua casa, indo cada um para o seu
quarto, sem antes de Barbara dar algumas cintadas no seu filho por
pensar que ele tinha más intenções com sua amiga.
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Capítulo 3.4 Boa viagem...ou quase.


Chegou o dia da viagem e Max estava tão ansioso que decidiu sair de
casa mais cedo para evitar atrasos. Ele tinha receio de perder a hora e
chegou três horas adiantado no pátio da escola, onde o ônibus partiria.
À medida que as horas e os minutos passavam, os amigos de Max
foram chegando. O grupo era composto por garotos excluídos da
escola, sendo eles Aristotle James Tolbert (um jovem mudo, de
temperamento forte, punk e poeta), William Jazz Mozart (surdo do
ouvido esquerdo, antissocial e violonista), Jerry Christopher Shuster
(cadeirante, distraído, amante de fotografia e aficionado por filmes).
Faltava apenas o último membro do grupo, Sarah Blake (rica, atlética,
genial e a mais simpática do grupo).
O motorista chegou 40 minutos antes e foi tomar café com os
professores. Max decidiu esperar no fundo do ônibus com seus amigos,
causando olhares de repulsa entre seus colegas que não o queriam
naquela viagem. Aristotle ficou ao lado de Max enquanto Sarah não
chegava, e Mozart ao lado de Christophe. Seu amigo decidiu ir ao
banheiro, deixando-o sozinho no banco da janela.

O ex-namorado possessivo de Sarah, chamado Maxfield Dolph


Lundgren Asimov (mais conhecido como "Speed" devido à sua extrema
agilidade em combate e por ser campeão paraolímpico juvenil de
corrida), juntamente com sua gangue apelidada de "Warriors", zombou
de Max dizendo: "Ainda não é Dia das Bruxas, pode tirar a máscara".
Max estende o braço para apertar a mão esquerda de Speed (que é
uma prótese) e responde: "Por que não apertamos as mãos e podemos
ser amigos?".
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Speed, irritado, retruca: "Muito gentil da sua parte! Diga ao seu pai que
mandei um abraço!"
Max, vermelho de raiva, responde: "PELO MENOS EU SEI QUEM É O
MEU PAI!".
De repente, todos os estudantes começam a gritar "Briga! Briga!". Os
Warriors cercam os amigos de Max, enquanto Speed solta uma risada
sarcástica. Ele dá dois passos para trás e começa a chutar o rosto de
Max contra a janela do ônibus. Max não consegue reagir, devido à
velocidade dos chutes de Asimov, deixando o lado direito do seu rosto
machucado.

Aristotle entra no ônibus e confronta os Warriors, em seguida, coloca o


canivete que trouxe de seu pai no pescoço de Maxfield, fazendo-o parar
de machucar Max. Uma tensão enorme toma conta do ônibus entre
Aristotle, os Warriors e todos os presentes. Uma garota de cabelos
prateados com pontas azuis, que não estava no ônibus, observa toda a
confusão e corre para chamar os professores e o motorista, que
estavam tomando café na cozinha dos professores.
Max tenta disfarçar o choro, sentindo-se impotente e com medo de se
expor. Enquanto Speed se preparava para confrontar Aristotle,
pensando que ele ia atacá-lo, Sarah Blake entra no ônibus. Assim que
ela pisa no ônibus, todos os alunos ficam em silêncio, como se nada
tivesse acontecido. Speed finge que nada aconteceu e vai para o seu
lugar ao lado dos Warriors, olhando para Sarah como um cachorro
obediente à sua dona. Ela se senta ao lado de Max, acaricia seu rosto e
pergunta: "Por que seu rosto está machucado?". Em seguida, ela olha
para toda a turma com um olhar frio, deixando todos com medo. Os
professores e o motorista chegam ao ônibus desesperados,
perguntando o que está acontecendo. Sarah puxa Max pelo braço,
33

levando-o para fora do ônibus junto com seus amigos (até mesmo
Christophe sai do ônibus com a ajuda dos professores e do motorista).
Sarah conversa com os professores para trocar de lugar com seus
amigos na viagem, para que eles possam ir na van dos professores e
eles com os alunos.
Sarah cuida dos ferimentos de Max, aplicando um pano com gelo no
lado direito do seu rosto. O grupo finalmente se reúne na van dos
professores. Sarah explica que queria ter chegado mais cedo e pede
desculpas, mas teve que buscar Ashley, que estava atrasada. O grupo
pergunta onde ela estava? Blake conta que ela foi a última a entrar no
ônibus com os professores, pois acordou tarde e estava se maquiando
no banheiro.
Mozart sugere que eles avisem Barbara Oliver sobre o que Speed fez
com seu filho, mas até o motorista da van (que era o próprio diretor da
escola chamado Rousseau) sabia que se Barbara se encontrasse com
Marilyn Asimov (ex-namorada do pai de Max), isso resultaria em uma
briga e possivelmente em um tribunal. Toda vez que o Diretor Rousseau
tentava conversar com elas sobre seus filhos, sempre acabava em uma
discussão violenta. Marilyn apoia a violência de seu filho contra Max
como forma de vingança, e Barbara a enfrenta com unhas e dentes.
O grupo de amigos fez uma promessa de permanecer unido no
acampamento, para se protegerem mutuamente, e com Sarah ao lado
deles, tudo correria bem. Aristóteles começa a contar piadas em
linguagem de sinais para alegrar o grupo, enquanto Christophe diz que
vai tirar belas fotos do acampamento de férias. Mozart começa a
assoviar uma música calma e animada, e Sarah inicia uma conversa
sobre todas as coisas boas que acontecerão nas férias. Max finalmente
sorri e a van segue em direção ao estado do Texas.
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Capítulo 3.5 Bem-vindo ao Texas!


A van chegou ao Texas, na cidade de Woodloch, cercada por belas
paisagens naturais, com árvores frondosas, lagos serenos e colinas
suaves. Essa atmosfera natural cria um ambiente relaxante e acolhedor.
O diretor, juntamente com os professores, orientou os alunos para suas
pousadas, onde ficariam durante a viagem de férias.
Max e Sarah conversavam com Mozart, Aristotle e Christopher sobre as
atividades agendadas para as férias, como caminhadas, fogueira com
marshmallows, jogos ao ar livre, observação de estrelas, jogos de
tabuleiro, cartas e uma variedade de possibilidades que poderiam ser
exploradas.
Christopher é apaixonado por filmes de terror e disse que hoje à noite,
durante o acampamento, teria uma história assustadora para contar
sobre a lenda dos "Olhos de Sangue" da Floresta Estadual Jones.
Sarah, por outro lado, estava mais interessada em procurar meteoritos
no chão, pois há dois meses havia rumores de que dois deles caíram no
mesmo local. Mozart queria ouvir o som da natureza e fazer
caminhadas. Já Aristoth pretendia escrever e ler em paz. Por fim, Max
desejava não encontrar os Warriors e ficar a sós com Sarah no
acampamento.

O grupo sai da pousada para ir ao ponto de encontro que será no


acampamento, durante o percurso dois Warriors vieram perturbar Max,
ameaçando-o para que ele desistisse da viagem e voltasse para casa,
caso contrário, algo aconteceria com ele. Aristóteles deu um soco na
barriga de um deles e Sarah assustou ambos com seu olhar frio,
fazendo-os sair com medo e correndo. Sarah disse para Max: "Os
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únicos que voltarão para casa serão eles! Ai de você se ouvi-los!". Ele
se acalmou e ficou mais tranquilo, pois sabia que enquanto estivessem
juntos nada aconteceria com eles. Em seguida, o diretor Rousseau disse
que ficaria acompanhando-os durante as férias, colocando a mão no
ombro esquerdo de Max e no direito de Sarah.
Ao término da reunião, o grupo é dividido entre meninos e meninas, os
quais ficarão em pousadas diferentes durante as férias. Ashley e Sarah
ficarão na pousada do lado direito, denominada A, enquanto Max e seu
grupo ficarão no lado esquerdo, pousada B.
Indo em direção ao caminho da pousada, Max encontra um sapo
gelatina de cor azul na estrada. Ele costumava brincar de queimada
usando esses sapos com seus primos na infância. Os sapos gelatinosos
são uma espécie desconhecida, descoberta após a Era Atômica, que
ocorreu há 30 anos. Esses "sapos" se tornaram famosos em todo o
mundo, sendo conhecidos por sua incrível elasticidade. Eles se
tornaram ícones da cultura pop e são utilizados em esculturas,
decorações de arte, na Copa do Mundo, nas Olimpíadas, em músicas,
marcas e diversas outras funções.

Esses sapos se alimentam da energia elástica, que é a energia potencial


que surge devido à deformação elástica de um material. Eles não
conseguem mudar de forma sozinhos e dependem dos humanos para
sobreviverem. Por esse motivo, eles são protegidos e incentivados pela
ONU a serem preservados e cultivados em todo o mundo. Os sapos
gelatinosos possuem uma pele transparente e apresentam colorações
semelhantes às de gelatinas.
A reprodução desses sapos ainda é um mistério, mas teoriza-se que
ocorra durante a lua cheia, que é o único momento em que é possível
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encontrá-los à noite, pois eles costumam ficar escondidos debaixo da


terra durante o horário noturno.
Max pega o sapo, batiza-o com o nome de Fofucho, que sorri para ele, e
depois o transforma em uma bola, jogando-o em Sarah, que fica
extremamente irritada e o lança de volta em Max. O grupo percebe que
surgiram mais 20 sapos de várias cores nos arbustos, todos querendo
participar da brincadeira, pulando e dizendo em "saponês": "Me joga! Me
joga!". Todos pegam dois sapos, dando início a uma guerra de gelatina.
Após duas horas de "queimada", os sapos se despedem felizes, dizendo
que estão satisfeitos. Cada membro do grupo adota um sapo gelatinoso.
Max adota Fofucho, Sarah fica com Jujuba (uma sapinha rosa), Aristotle
adota um sapinho branco chamado Elves, Mozart fica com Sol (amarelo)
e Cris adota seu mascote chamado Doutor Anfíbio, de cor vermelha,
rindo como um vilão: "HAHAHAHAHAHA!".
Terminando a brincadeira, todos vão em direção às suas pousadas,
combinando de se reunirem no mesmo dia às 22:00 para o
acampamento que aconteceria com toda a turma. O acampamento seria
repleto de música, histórias e observação das estrelas, pois às 02:00 da
manhã ocorreria a chuva de meteoros, que poderia ser vista por todos
que estivessem no local.
Capítulo 3.6 Qual seria o seu ultimo desejo?
Max estava em seu quarto, lendo as mensagens de sua mãe que estava
preocupada com ele, perguntando se tudo estava indo bem. Aristóteles
estava lendo um livro sobre os 10 passos para se tornar uma pessoa
calma. Mozart estava fazendo a limpeza de seu violino, enquanto Cris
filmava os sapos gelatinosos como se estivesse em uma série de TV,
com guerreiros coloridos enfrentando monstros.
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Sarah envia uma mensagem para encontrar-se com Max perto do riacho
antes de começar a festa. Max comenta com seus amigos se é uma boa
ideia encontrar-se com Sarah, pois acredita que alguém como ele nunca
teria uma chance com ela e tem medo de arruinar a amizade entre os
dois. Aristóteles, usando a linguagem de sinais, diz: "A amizade é o
amor em sua forma mais pura, uma conexão profunda e sincera que
ilumina nossas vidas." Todos ficam impressionados com suas palavras e
respondem que ele tirou isso de um livro que estava lendo e que foi
Platão quem disse. Mozart encoraja Max, dizendo que mesmo que
sejam apenas amigos, a amizade deles não acabaria facilmente, pois
eles se conheciam há mais de 10 anos. Cris grita bem alto: "Beija ela de
língua!", deixando Max envergonhado e vermelho. Fofucho olha para
seu dono e dá um polegar para cima, assustando a todos ao verem um
sapo aparentemente entender o que eles estavam falando. Fofucho pula
na blusa de Max, fingindo ser a capa do celular dele, pois também
estava interessado em Jujuba.
Max sai da pousada. Mozart diz para seus amigos: "O amor é como
música clássica, cheio de emoções, conflitos e eternidade." Sarah
estava arrumada e Max estava vestido como sempre. Os dois se
encontram no riacho e começam a caminhar juntos. Eles se sentam em
um banco e ficam contemplando a paisagem, admirando o céu
estrelado. Max tenta quebrar o gelo iniciando uma conversa:
M: Você já viu uma estrela cadente?
Sar: Não. Por quê?
M: Boom... Dizem que elas podem realizar desejos se você fizer um
pedido. E como hoje terá uma chuva de meteoros, talvez possamos
tentar.
M: O que você mais deseja?
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Sar: Eu gostaria que meus pais fossem tão atenciosos quanto a


Barbara. Eles parecem cada vez mais distantes, e tudo que falam são
sobre números. Eles querem que eu seja como eles, mas eu acho isso
chato.
Sar: E você, o que pediria?
M: Eu? Eu gostaria de ter uma família... Que todas as pessoas que amo
estivessem em um só lugar, onde não faltasse alegria e carinho.
Sarah cutuca Max, aproximando-se dele e sussurrando: "Eu gostaria de
ser como você e ter essa alegria. Será que eu também posso ser
feliz...?" Max fica com medo, pensando no que ela estava falando.
Fofucho sai do bolso de Max e assusta ela, em seguida Jujuba, que
estava disfarçada de colar, a abraça, fazendo todos rirem e Sarah dizer
"fofo".
A amiga de Ashley aparece procurando por Sarah para participarem
juntas das atividades no acampamento. Ela puxa o braço de Sarah e diz
que precisa que ela faça um favorzinho (Jujuba segue Sarah). Max fica
sozinho no banco com Fofucho até que decide juntar-se ao seu grupo
para o acampamento, respondendo que faltava tão pouco. Na próxima
vez ele se declararia.
No acampamento, várias atividades estavam acontecendo, desde uma
festa ao ar livre, brincadeiras até músicas com direito a um DJ.
Enquanto esperava Sarah voltar para a chuva de meteoros que
aconteceria em duas horas, Max estava jogando um jogo de RPG com
seus amigos. Ashley levou Sarah para um jogo de verdade ou desafio
em que Speed participaria. O objetivo dela era fazer com que Sarah o
desafiasse a passar aquela noite com ela, já que ela gostava dele. A
"amiga" de Sarah havia convidado alguns Warriors e outras colegas
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para falsificarem o jogo. Maxfield apenas aceitou com a intenção de se


reaproximar de Sarah.
As duas começam a discutir, com Sarah brigando com sua amiga
interesseira sobre o motivo de ela estar fazendo aquilo, mesmo sabendo
do relacionamento que ela teve com Speed há 3 anos atrás. Ashley
ameaça Sarah, dizendo que contaria a verdade para Max, expondo que
ela o vê como um "cachorrinho", mentiria para o pai de Sarah que ela
está namorando um "delinquente" e que encontrou vários remédios para
depressão e ansiedade em sua bolsa, o que causaria um escândalo em
sua família e nos jornais. No momento em que Ashley estava prestes a
levar um tapa de Sarah, mas os Warriors, Speed e as colegas
chegaram.
Aristotle viu Sarah com um grupo dirigindo-se a um local isolado do
acampamento com barracas, então ele avisou Max, Mozart e Cris. Max,
Aristotle e Mozart seguiram o grupo, deixando Cris jogando RPG com os
sapos gelatina. Max, Mozart e Aristotle se esconderam perto de pedaços
de troncos ao lado da barraca, onde podiam espiar o que estava
acontecendo lá dentro. O jogo continuava, até que um dos Warriors
desistiu, passando a vez da rodada para Sarah. Eles perguntaram a
Sarah: "Verdade ou Desafio". Ela não queria revelar nenhum segredo
sobre sua depressão, os remédios ou sua relação de amizade com Max,
querendo que o deafio acabasse logo. Ela escolheu desafio. O grupo
desafiou-a a beijar Maxfield, caso contrário, ambos seriam punidos. Com
medo do que poderia acontecer, e sentindo toda a pressão, ela acabou
beijando Maxfield. Ashley saiu irritada da barraca, com raiva de Sarah
por ter feito tudo ao contrário. Max testemunhou tudo, deixando-o com o
coração partido.
Ashley gritou bem alto: "VOCÊ NÃO GOSTA DO MAX?!!! POR QUE
FICA ROUBANDO O HOMEM DOS OUTROS!!!???". Sarah mentiu para
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Ashley para evitar qualquer confusão que pudesse surgir se a verdade


fosse revelada, gritando: "VOCÊ ACHA QUE EU GOSTO DELE?! EU
NUNCA! NUNCA! NUNCA! PENSARIA EM FICAR COM UM MENINO
MIMADO COMO ELE!!". Em seguida, ela a empurrou no chão. Todos
olharam para trás e perceberam que Max estava atrás de Sarah,
ouvindo toda a discussão e visto o beijo. Max ficou tão chateado que
saiu correndo, chorando em direção à floresta, dizendo "me deixem em
PAZ!!". Aristotle e Mozart ficaram irritados com Sarah, mas acabaram se
envolvendo em uma briga com os Warriors e Speed, que estavam rindo
de alegria com toda a situação. Speed gritava: "ELA NUNCA TE AMOU!
VOCÊ PENSOU QUE CONSEGUIRIA, PIRRALHO!! CORRA, MAX!".
Isso deu início a uma briga entre o grupo dos excluídos e a gangue de
Speed.
Max correu para o fundo da floresta, pensando em tudo o que
aconteceu, questionando-se se era verdade o que havia acontecido,
sentindo uma grande vergonha por se sentir enganado, acreditando que
a culpa era dele. Tudo em que ele acreditava era mentira. Ele saiu
correndo de raiva, com lágrimas nos olhos, adentrando o fundo da
floresta, dizendo que seria melhor se nunca tivesse existido ou
desaparecido, para que o mundo fosse um lugar melhor. A vergonha de
Max era tão intensa que ele começou a passar mal, ficando vermelho de
raiva e chorando de joelhos no meio do escuro. No final da floresta, ele
avistou um vulto de uma mulher branca com olhos azuis, ficando
desesperado de medo e sem saber onde estava. Ele se lembrou que,
antes de partir para a viagem, enquanto dormia, sentiu que alguém o
abraçava, sussurrando em seu ouvido: "Não vá para a esquerda no
fundo da floresta". Em seguida, ele acordou com medo e ofegante. O
vulto seguiu pelo caminho à direita da floresta, e ele tinha a impressão
de que conhecia aquela figura, então decidiu segui-la. No meio do
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caminho, a chuva de meteoros começou, e Max, Sarah, Mozart, Chris,


Aristotle e todo o acampamento puderam ver uma estrela cadente. Max
lembrou da sua conversa com Sarah e decidiu seguir a estrela cadente
que seguia pelo caminho à direita da floresta.
Mozart, Aristotle e Sarah procuram Chris, perguntando se Max havia
voltado. Chris disse que não, e todos ficam preocupados, pois já haviam
se passado 30 minutos desde que Max desapareceu na floresta. Chris
questiona se talvez os "olhos de sangue" o pegaram. Sarah bate na
cabeça de Chris, transformando a jujuba em um porrete, afirmando que
isso é apenas uma lenda, mas Mozart diz que algumas lendas podem
conter meias-verdades e que essa em particular era recente. A lenda
dizia que a floresta era habitada por uma criatura maligna que se
alimentava de escoteiros e viajantes que cruzavam a floresta durante a
madrugada. Se alguém visse dois olhos vermelhos na moita e ouvisse
um som assustador, a criatura o levaria para o submundo, fazendo-o
desaparecer da face da terra. De repente, um som estranho, semelhante
a uma sirene ou cigarras, foi ouvido por todos no acampamento, mas foi
abafado pela música. Sarah decide procurar Max com seus amigos,
enquanto Chris informa o diretor, alguns professores e instrutores sobre
o ocorrido.
Max passa perto de uma parede que, sem que ele perceba, começa a
encará-lo com dois grandes olhos vermelhos e oito menores, porém não
se sabe o que são. Max fica desesperado, sem saber onde está, até que
encontra uma cratera gigante com pedaços de um tipo de metal
espalhados, e no fundo dela há algo brilhando em um tom azul, como se
fosse uma estrela. Ele acaba escorregando e caindo na cratera,
sentindo que aquela luz azul o está chamando, e segue em direção a
ela.
42

Durante a festa, Rousseau conversa com Sarah e seus amigos,


mencionando que aquele local está bastante movimentado, inclusive
com as pousadas vazias, e há muito desmatamento naquela floresta.
Novamente, um som avassalador é ouvido por todos, deixando-os
espantados. Rousseau diz que vai procurar Max com os instrutores,
enquanto os demais devem permanecer no acampamento, mas o grupo
decide acompanhá-los.

CAPÍTULO 4 - FURIA DE TITÃS

Max descia com dificuldade pela cratera, observando


destroços semelhantes às placas de naves espaciais,
espalhados em pequenos pedaços pelo buraco. Ao
chegar ao centro, onde um possível meteoro teria caído,
deparou-se com uma cápsula vazia contendo circuitos
em uma linguagem desconhecida. O objeto possuía um
formato oval de 80 cm, com vidro completamente
transparente. Ele questionava o que poderia ser aquilo,
pensando em como Sarah reagiria, mas tentava afastar
esse pensamento após toda a confusão que havia
ocorrido. Seguindo um estranho rastro de pegadas, que
subia até o topo da cratera, Max utilizou a lanterna do
celular para iluminar o ambiente. Foi então que
43

encontrou outra cratera, cinco vezes maior. A espiral do


segundo buraco, localizado nas proximidades, revelou
um esqueleto semelhante a uma larva do besouro
Hércules, medindo aproximadamente 1,92 metro de
comprimento e com formato espiralado. O esqueleto
estava vazio, o que provocou um sentimento de pânico
em Max, deixando-o questionando o que poderia ser
aquilo. Desesperado, ele correu para sair daquele lugar
o mais rápido possível e contar para o resto de sua
equipe.
Enquanto tentava encontrar o caminho de volta, Max
percebeu que, de alguma forma, o sinal do celular não
estava funcionando. Decidindo confiar em sua intuição,
ele optou por voltar pela trilha que havia percorrido
anteriormente. Nesse momento, um som estrondoso
ecoou pelo ar, indicando que algo havia caído do céu e
impactado o solo com força. Procurando ao redor e
olhando para cima, Max não encontrou nenhum sinal de
uma criatura ou objeto em queda.

Ao dar alguns passos adiante, ele se deparou com uma


criatura composta de rochas, semelhante a uma
44

tartaruga mordedora, com o corpo de um tigre e garras


de um tamanduá-bandeira. A criatura tinha o tamanho
aproximado de um gato e estava ofegante, exibindo um
ferimento na costela. Intrigado, Max estendeu a mão
para tocá-la, acreditando que a criatura estivesse morta.
Para sua surpresa e susto, a criatura tentou mordê-lo.
Assustado, Max rapidamente se afastou, e a criatura
começou a rosnar para ele. Ambos se encontravam em
estado de medo mútuo, questionando-se sobre suas
próprias naturezas e intenções.

Com dificuldade para respirar, a criatura desmaiou.


Sentindo compaixão por ela e recordando as vezes em
que seu pai resgatava cães de rua atropelados, Max
decidiu avaliar o ferimento. Ele notou que a criatura
apresentava um machucado na costela, de onde
escorria água. Usando seu moletom para conter o
sangramento e envolver a criatura, Max colocou sua
mão em sua cabeça e tranquilizou-a, dizendo que tudo
ficaria bem, que ele estava ali para ajudar.
O ser rochoso, cheio de receio, permitiu ser assistido e
desmaiou nos braços de Max. Determinado, Max
45

começou a carregá-lo em direção à trilha, com o objetivo


de levá-lo de volta ao acampamento para receber o
tratamento adequado.
Correndo com a pequena criatura em seus braços, Max
é derrubado pelo vento impetuoso que surge, e grandes
olhos cor de sangue emergem da escuridão da floresta.
Assustado, ele se questiona se está sonhando, pois
tudo parece estar de cabeça para baixo, desde sua
decepção amorosa até os animais de tamanhos
colossais que nunca tinha visto antes.
No céu, uma espécie de inseto semelhante a uma
cigarra surge, com asas de mariposa, corpo de vespa e
dois grandes olhos vermelhos em seu rosto. Suas asas
possuem mais dois olhos, formando o desenho de uma
caveira. Pequenos olhos espelhados também estão
presentes nos "joelhos" de suas patas. Esse ser,
parecido com uma mariposa-cigarra, mede
impressionantes 2 metros e 30 centímetros de tamanho.
Max fica paralisado enquanto a cigarra emite um som
ensurdecedor, tremendo suas asas e destruindo a
floresta ao redor. Ele é arremessado para longe, com
seus ouvidos sangrando e sua visão embaçada.
46

Segurando a tartaruga-de-rocha, Max corre em busca


de abrigo, com a mariposa-cigarra em seu encalço,
derrubando árvores à sua volta.
Chegando ao topo de uma montanha, a criatura de
rocha salta dos braços de Max e rosnando confronta a
cigarra. Os dois se encaram, enquanto são encurralados
em um penhasco, sem saída. Max se sente impotente e
sem saber o que fazer.
A criatura de rocha começa a lançar uma saraivada de
pedras médias contra a mariposa, que se defende com
suas asas. A mariposa-cigarra retira uma lâmina de suas
garras e desfere vários golpes na criatura de rocha, que
cria barreiras de pedra para se proteger e proteger Max,
que está em choque, incapaz de decidir o que fazer.
Nesse momento, Max toma uma decisão. Ele distrai a
cigarra, atraindo-a para o lado direito do penhasco, e em
seguida corre em zigue-zague, proporcionando a
abertura perfeita para a tartaruga atacar o monstro com
uma estaca de pedregulho, arrancando uma das patas.
Os olhos da cigarra, com sua cor sangrenta, começam a
hipnotizar Max, levando-o a caminhar em direção à
criatura para sofrer um golpe fatal, que o partiria ao
47

meio. Porém, a criatura de rocha a empurra no último


instante, recebendo o golpe em seu lugar e tendo um
buraco aberto em sua carapaça.
Recuperando-se da hipnose, Max utiliza a lanterna do
celular para direcionar a luz nos olhos da criatura, que
começa a sentir a dor da queimadura nas retinas,
gritando de agonia. Max pega a tartaruga e a segura em
seus braços. Os dois se encaram à beira do penhasco,
quando a cigarra-mariposa se prepara para atacar.
Ambos caem do penhasco, com Max lançando a
tartaruga que perfura o olho e a asa esquerda da
criatura com suas afiadas flechas de ardósia.
Max agarra novamente a tartaruga, que cria um tipo de
gancho para prendê-los no penhasco, enquanto a
cigarra-mariposa bate em retirada, gerando um som
ensurdecedor que faz as pedras tremerem e provoca
uma avalanche, derrubando-os da montanha.
Capítulo 4.1 Caminhando no escuro
No acampamento, todos que estavam por perto ouviram
um estrondo vindo da floresta, causando uma sensação
de temor na terra e deixando os presentes na festa
apreensivos. O DJ parou a música para descobrir o que
48

estava acontecendo. Chris permaneceu no


acampamento, olhando para o céu e pensando na lenda
dos Olhos de Sangue, enquanto seu sapo de gelatina se
encolhia de medo, tremendo em seu colo.
Na floresta, os professores e o diretor, acompanhados
por Sarah, Aristotle, Mozart e seus sapos (que tremiam
de medo ao ouvir aquele som estranho), procuravam
por Max. O grupo seguia a trilha, chamando por ele
enquanto conversavam. Mozart comentava que aquela
região estava deserta e até mesmo a cidade parecia
abandonada. O diretor mencionou que um dos destinos
da viagem era visitar as crateras dos meteoros gêmeos
que haviam surgido dois meses atrás, atraindo muitos
turistas, mas que neste mês o número de visitantes
havia diminuído. Sarah estava passando por uma crise
de ansiedade, assumindo a culpa pelo que acontecera,
e pensava em todas as possibilidades do que poderia
ter ocorrido. Aristotle a encarava com raiva pela
situação. Ao chegarem a uma bifurcação na trilha, o
grupo decide se dividir, com Sarah e os professores indo
para a direita, e o diretor, Mozart e Aristotle seguindo
para a esquerda. O vento soprava, a chuva de meteoros
49

continuava e a floresta ficava cada vez mais fria e


escura, afastada do acampamento. No céu, uma figura
sombria com dois Olhos de Sangue à frente da lua cheia
observava os dois grupos avançando pela densa
floresta, emitindo um som alto, enquanto seu corpo
passava por uma mutação, tornando seus músculos
mais fortes.
Capítulo 4.2 Um por todos ou todos por um
Max acorda assustado, sentindo uma intensa dor em
todo o seu corpo, repleto de ferimentos e com três
costelas quebradas. Ele observa ao redor e percebe que
está em uma caverna improvisada, com a tartaruga
rochosa o lambendo de alegria, feliz por vê-lo vivo. Ele
pega seu celular para tentar entrar em contato com sua
mãe e seus amigos, mas o aparelho está
completamente destruído. No escuro da caverna,
iluminada apenas pela luz da lua, Max reflete sobre
como sua viagem foi um desastre, culpando-se por tudo
o que aconteceu. Porém, o que mais o preocupa é a
criatura com a qual ele se confrontou.
Com muita dificuldade, Max se levanta e recebe ajuda
da mordedora, a quem carinhosamente apelida de
50

Pedregulho. Ele está perdido, mas a tartaruga rochosa o


leva até um riacho, dizendo que algo ali poderia ajudá-
lo. Max, sem saber para onde ir, aceita a sugestão e, no
meio do caminho, acaba desmaiando, sendo carregado
pelo Pedregulho.
Ao abrir os olhos, Max vê uma espécie de ser
semelhante a uma árvore, parecido com uma água-viva
transparente, com dois olhos azuis que possuem
sombras pretas em suas pálpebras emergindo da água.
Esse ser conversa com o Pedregulho, que aponta para
Max. O pensamento de Max se pergunta se tudo o que
aconteceu foi apenas um sonho, mas tudo parecia tão
real. Max começa a sentir tonturas e dores intensas,
sentindo-se cada minuto mais fraco. Ele imagina todos
os seus sonhos de se tornar bombeiro, assim como seu
pai, e casar-se com Sarah, tendo todos os amigos
presentes. No entanto, de repente, tudo mudou, e ele se
encontra à beira da morte, perguntando-se se isso é
como se sentir próximo da morte. Haveria alguma forma
de prolongar sua vida? Como sua mãe seguiria em
frente perdendo seu marido e filho? O que aconteceria
com Sarah? Muitas dúvidas pesavam em sua mente
51

enquanto ele estava caído no chão, incapaz de se


mover.

A criatura misteriosa estende seus tentáculos finos


como fios em direção à mão de Max, movida pelo
Pedregulho. Ela começa a falar a língua de Max, como
se estivessem em um sonho, em meio a uma imensa
escuridão ao redor. O ser misterioso pergunta a ele:
"Quem é você?". Max se levanta diante da criatura, que
o observa com seus olhos azuis, que ao mesmo tempo
trazem paz e inspiram medo. Ele responde: "Eu é que
pergunto quem é você?". O ser fica em silêncio,
aguardando que Max responda à pergunta. Max diz que
precisa sair dali, pois seus amigos estão em perigo
devido a um monstro que está à solta. A água-viva
translúcida responde friamente: "Isso não é um
problema meu". Sentindo-se irritado, Max grita: "E SE
AQUELE MONSTRO ATACAR AS PESSOAS QUE
VIVEM AQUI?! O QUE SERÁ DELES? COMO VOCÊ
PODE PENSAR ASSIM?!!". O ser começa a envolver
Max como uma cobra, sussurrando em seu ouvido que
ele se tornará um amontoado de tecidos sem vida. Max
52

se espanta e deseja escapar dali, mas a criatura o


intimida, perguntando: "QUEM É VOCÊ?!". Max começa
a correr, exclamando: "O QUE É VOCÊ?". Max é
envolvido pela água-viva misteriosa, como uma jiboia
que envolve sua presa, dando início a um diálogo tenso.
Ser misterioso: Quem é você?
Max, tremendo de medo: Meu nome é Max, tenho 16
anos, sou de Nova York.
Ser misterioso: Você não é a pessoa que estou
procurando.
Max: Quem você está procurando?
Ser misterioso: Isso não importa para você. Em alguns
minutos, você será um corpo sem vida. Seus ferimentos
são fatais. No entanto, você tem alguma ligação
emocional com a pessoa que estou procurando. Seu
nome é Sarah Medellin Blake, ela é da mesma época
que você e deveria estar aqui, neste mesmo horário, às
03:30:40 da madrugada, conforme previsto. Mas parece
que a ordem dos acontecimentos foi alterada.
Max tenta se soltar com raiva, perguntando o que ele
quer com Sarah! O ser responde: "Você deveria estar
morto aproximadamente uma hora atrás, junto com
53

todos os seus amigos". Ficando irritado, Max tenta se


libertar com todas as suas forças, perguntando como ele
sabia dessas coisas e como ele estaria morto uma hora
atrás. A água misteriosa começa a ficar roxa, e os dois
se encaram. O ser diz: "O seu destino é a morte para a
salvação de todos os seres. Você e seus amigos
precisam morrer para que Sarah me encontre, mesmo
que tenha ocorrido um imprevisto". O ser misterioso
volta para a água, e Max acorda. Ele olha para o
Pedregulho e grita, acusando-o de tê-lo enganado. Max
começa a caminhar, deixando a mordedora chateada
para trás. Ele cai após andar um pouco, batendo seu
punho com raiva no chão, gritando porque ele existe,
qual o propósito de sua vida, qual o motivo de ele estar
vivo ao invés de seu pai, porque tudo e todos o odeiam,
mesmo sem ter feito nada de mal. Por um segundo, ele
deseja que toda aquela escola desapareça, mas logo se
arrepende, pensando em seus amigos. Mesmo estando
chateado com Sarah, ele deseja o melhor para ela. No
chão, ele reflete sobre o ensinamento de seu pai de que
até os menores animais merecem o direito de viver, pois
não podemos escolher quem vive ou morre. Todos são
54

importantes, e o erro das pessoas de coração duro está


em descartar os outros como se não tivessem valor,
apenas por não gostarem de uma característica ou pelo
mal que tenham causado. Todos merecem uma
segunda chance, até mesmo os piores seres humanos.
Nesse momento, o Pedregulho alcança Max, puxando-o
pela barra da calça. Ao se levantar, Max vê os Olhos de
Sangue com o dobro do tamanho, com seu corpo
regenerado, soltando garras semelhantes a foices e
tremendo suas asas, fazendo a floresta inteira tremer.
Esta era a decisão final, entre lutar pela mínima chance
de sobreviver ou se entregar às garras da morte.
Capítulo 4.3 Morte lúcida
Aristotle analisava atentamente a trilha do lado
esquerdo, notando que havia muitas marcas nas
árvores, como se "um gato" tivesse afiado as unhas
nelas, com cerca de 50 centímetros de tamanho. Dois
quilômetros à frente, Mozart encontrou ossos de animais
grandes na floresta, dentro de tocas no chão. O diretor
Rousseau comentou que a floresta estava muito
estranha, parecendo mais um cemitério de animais do
que um parque florestal. Eles também perceberam uma
55

estrada feita por algum animal gigantesco, como se algo


tivesse cavado ali há quatro dias. Mozart comentou com
o diretor: "Será que estamos lidando com alguma
criatura que surgiu durante a era atômica? Lembro-me
da minha avó contando sobre os abrigos subterrâneos,
quando todo mundo vivia debaixo da terra enquanto a
radiação consumia a superfície." Rousseau disse que as
pessoas querem esquecer esse período e que ele foi
excluído da memória da humanidade, mas algo poderia
ter habitado ou se desenvolvido na terra enquanto
estavam nos abrigos. Aristotle apontou para uma
caverna que serviu como abrigo durante aquele período,
onde havia um buraco imenso no portão, como se algo
tivesse perfurado. Decidiram ligar para Sarah para
perguntar se ela encontrou alguma pista sobre Max,
mas ela atendeu a ligação chorando, preocupada com
ele. Ela havia encontrado pedaços soltos da roupa dele,
com manchas de sangue. Ela reconheceu porque foi ela
quem desenhou e deu aquele moletom de presente para
Max, dois anos atrás. Nesse momento, ela não
respondeu ao diretor e encontrou as crateras gêmeas,
uma com a cápsula e outra com uma "pupa" (corpo ou
56

casca) gigantesca, deixando todos os professores


apavorados. Todos se questionavam o que estava
acontecendo e o perigo que Max e sua turma estavam
enfrentando. Nesse momento, ouviram um som
estrondoso que interferiu no sinal da ligação, deixando-
os sem contato.
Max pediu ao Pedregulho que fizesse uma estaca
parecida com uma lança. Apesar de fraco, ele ainda
tinha energia para enfrentar a criatura, sem tolerância
para erros. A tartaruguinha subiu em seus ombros
enquanto ele usava suas forças para atrair a criatura em
direção às árvores, onde pretendia se camuflar e
preparar uma armadilha. O ser misterioso observava
debaixo d'água o que estava acontecendo e pensava:
"No pouco tempo em que me conectei com ele, tive
acesso a algumas memórias recentes. Ele não possui
poderes nem superinteligência como Sarah, a quem
meu pai havia designado, mas há algo diferente nele.
Por quê? Como um garoto que não revidou ao ser
atacado por outro da mesma espécie encontrou
coragem para ajudar uma espécie diferente? Ele fez
amizade com um galápago, um Titã da classe rochosa
57

chamado Pedregulho, do planeta Gaia e da lua de


Jápeto, que é conhecido como Jericó, a mais violenta e
predadora natural da família das tartarugas, e não dos
humanos."
Max segurava uma espécie de lança feita de gratino e
um escudo que mal conseguia segurar. Ele montou uma
estratégia com a tartaruguinha. A cigarra-mariposa
sobrevoava a floresta atrás deles, mas mesmo com
seus olhos compostos e várias lentes que
proporcionavam uma visão panorâmica, tinha
dificuldade em enxergar nitidamente. Escondida na
moita, ela percebeu Max conversando com a mordedora
e lançou vários ataques com suas foices, retalhando
quatro árvores e várias moitas, dividindo ao meio a
figura dos dois. De repente, recebeu um ataque preciso
em seu peitoral, que a desestabilizou, e depois teve
duas patas traseiras presas por mãos de rocha. Max e
Pedregulho criaram fantoches de pedra para distrair a
criatura e partiram para o ataque. Os dois lançaram um
golpe certeiro nas presas da frente, impossibilitando-a
de atacar com suas foices mais fortes. A criatura
58

começou a emitir um som ensurdecedor, fazendo Max


voar e estourando seus tímpanos.
Caídos no chão, com dificuldade para se levantarem
devido aos ferimentos, o monstro avançou
violentamente em sua direção, cravando sua garra em
seu joelho, causando-lhe intensa dor. A mordedora
lançou uma estaca em seu olho esquerdo, enquanto ele
pegava um espinho de granito feito por ela e o perfurava
na mandíbula da criatura, afastando-a dos dois. Max
começou a ser arrastado pela mordedora.
De repente, os olhos vermelhos perceberam uma
grande quantidade de energia vindo da água, e o ser
misterioso lançou um ataque sônico que fez o ser sair
do riacho e cair em terra firme. Em seguida, dirigiu-se
em sua direção. Pedregulho deixou Max para defender
o ser misterioso, atacando o monstro com dois raios
laser disparados de seus olhos, mas sem efeito na
criatura, que absorveu a energia e regenerou sua
mandíbula. Percebendo que a criatura continuaria se
regenerando à medida que se alimentava de energia,
ele olhou para as asas do animal, lembrando-se de
quando cuidou de uma borboleta azul com asas
59

quebradas na infância. Decidiu correr mancando e subir


nas costas do animal, atacando sua asa direita e
impedindo-o de voar. O animal tentava derrubá-lo como
um touro mecânico. A misteriosa água viva fugiu
novamente para o riacho, escondendo-se. Nesse
momento, ele pensou:
"Por que estou fugindo? Não consigo fazer nada
sozinho, mesmo sendo a arma suprema e a forma de
vida perfeita. Sem um usuário, não poderei realizar
nada. Além disso, tudo o que estava previsto para
acontecer não ocorreu. Sarah não chegou, mas sim
Titono, a cigarra-mariposa de 2,30 metros, e Max, que
deveria estar morto uma hora atrás. Tudo mudou. As
previsões de Stilk nunca falhavam, como o fim de
Paramodia, o nascimento de uma tirania, a localização
da terra e a rota calculada para a cápsula chegar à
terra. Será que o curso da vida pode ser alterado?
O Titano perfura os pulmões de Max com uma de suas
garras, jogando-o para longe. O pedregulho consegue
prender a criatura em uma área movediça que criou, e
em seguida prende suas pernas com pedra. Em
seguida, corre na direção de Max, que está com dores
60

no peito, respirando lentamente e com grande


dificuldade, tossindo sangue e ofegante. A mordedora
começa a lamber o rosto de Max, buscando limpar seus
ferimentos, enquanto ele estende a mão para acariciar o
animal, dizendo com muita dificuldade: "Cuide da Sarah,
da minha mãe e proteja todos". Os olhos de sangue
escapam da armadilha e regenera sua asa após comer
uma das suas próprias pernas. Em seguida, lança suas
garras para matar Max e depois devorá-lo, junto com o
ser misterioso, regenerando-se e permitindo matar
todos.
O ser misterioso sai da água, correndo em alta
velocidade e entra no corpo de Max através das feridas
em sua mão, que está dando seus últimos suspiros.
Segundos antes da morte, Max surge em um túnel e na
saída encontra um bombeiro parecido com ele, com os
mesmos cabelos, olhando para ele. Ele diz: "Pai? É
você?" O homem responde: "Oi, Max. Sua mãe ainda
cozinha bem?" Max corre em direção ao seu pai,
querendo abraçá-lo, chorando e voltando a ser criança.
Ele fala, chorando: "Pai, eu tenho tantas coisas para
contar e tantas pessoas que você precisa conhecer.
61

Sinto sua falta. Nunca terminamos aquela corrida do


jogo Speed Hunter." Os dois se abraçam, com Max
querendo ficar com ele. No entanto, seu pai diz: "A
verdade é que abandonei muitas coisas, e meu maior
arrependimento foi adiar o tempo que poderia ter
passado com minha família. Deixei muitos projetos,
metas e, infelizmente, você. Um dia vamos nos
reencontrar, mas prometa-me que você cuidará da sua
mãe, dos seus amigos e será um garoto exemplar como
sempre foi." Maxson entrega um colar em formato de
coração para Max, dizendo: "Minha história acabou há
muito tempo, mas ela vai continuar em você, que fará
coisas grandiosas. Eu vou te amar para sempre, meu
pequeno Max."
O ser misterioso se conecta com todas as células, veias,
ossos, neurônios cerebrais, dizendo: "Se ele morrer
agora, serei destruído. Ele precisa aguentar um pouco
mais. Eu causei a morte de mais de 20 humanos, desde
idosos, adultos, crianças e jovens que eram bons, maus
e até 'anti-heróis', ao tentar me conectar com eles. Eu
achava que seria possível, mas todos morreram quando
tentei. Lembro-me de um garoto de 10 anos que viajava
62

com sua avó, e sua prima morreu logo em seguida


quando tentei fazer isso. Nunca tinha visto uma espécie
chorar por outra, algo que não era apenas uma questão
de sobrevivência, mas ia além disso. O que os torna tão
especiais?"
Faltando apenas 10 segundos para o ser misterioso se
conectar com Max, a mariposa consegue arrancar seu
braço direito e perna esquerda com suas garras,
devorando-os instantaneamente. A mordedora,
percebendo que irá morrer, impede que o corpo de Max
seja devorado, recebendo um golpe que a atordoa e
caindo tonta sobre o corpo dele, sem forças para se
defender ou proteger o que restou de Max. Naquela
noite, a natureza mostrou que o mais cruel é o que
sobrevive.
Capítulo 4.4 Metamorfose
Nesse momento de tensão, o grupo de Mozart, Aristotle
e Rousseau se encontram diante de uma situação
assustadora no abrigo abandonado. As descobertas e
eventos estranhos desencadeiam uma série de
emoções e preocupações entre eles.
63

O grupo se depara com marcas estranhas que levam à


entrada do abrigo, evidenciando que algo havia se
arrastado por ali. Um buraco no chão revela um túnel
subterrâneo, e teias luminosas dentro do buraco
chamam a atenção deles. Enquanto consideram voltar
para o acampamento, ouvem um pedido de socorro,
despertando sua curiosidade.
Apesar das dúvidas e do medo, Mozart sugere
investigar o local antes de retornar. Rousseau, por sua
vez, sente calafrios e expressa preocupação, sugerindo
que eles devem deixar o trabalho para as autoridades e
voltar ao acampamento. No entanto, Aristotle,
comunicando-se em libras, salta no buraco, acreditando
que pode ser Max que está pedindo socorro. Mozart
segue em seguida, enquanto Rousseau, apreensivo,
decide acompanhá-los.
Ao entrarem no abrigo, eles se deparam com uma cena
chocante: mais de 100 pessoas estão penduradas nas
paredes, grudadas como moscas.
Enquanto todos estão abalados com a descoberta e o
pedido de socorro vinha de um membro dos Warriors
que preso nas teias, alertando que era perigoso estar
64

naquele local, até que um dos ovos começa a rachar,


aumentando ainda mais o clima de tensão e incerteza.
Muito distante do abrigo e dos meteoros gêmeos, a
tartaruga rochosa estava sem forças para lutar contra o
terrível Titono, que avançava suas garras enquanto
criava barreiras de pedras e terra para proteger o corpo
de Max. A mariposa-cigarra golpeou a tartaruga na
cabeça, deixando-a tonta e fazendo-a cair nas costas de
Max, cansada como se não pudesse fazer mais nada.
Não aceitando a morte, a tartaruga tentou se levantar
com as patas trêmulas, rosnando para a criatura. A
cigarra-mariposa soltou um grunhido de vitória,
tremendo suas asas que produziam sons poderosos,
fazendo o chão tremer. O pedregulho calou-se por
medo, mas tentou soltar um rugido que falhou. O Titono
respondeu com um rosnado e um canto ainda mais alto,
até que pedregulho soltou um rugido. De repente, uma
intensa luz azul surgiu debaixo dele, revelando a
silhueta imponente de um Galápago da classe Titã, da
espécie Alfa, com 2,50 metros de altura, que soltou um
rugido alto e profundo. O Galápago perfurou a cigarra-
mariposa, que tentou fugir, mas recebeu um soco
65

poderoso que a lançou para longe. O alfa rugiu para a


lua com seus intensos olhos azuis claros, carregando a
determinação.
O pedregulho pergunta: "Quem é você?". O Galápagos
responde: "Como assim? Você fala?" O pedregulho
confirma que sim, sempre falou. Nesse momento, uma
intensa dor de cabeça surge, fazendo Max perder a
consciência, como se fosse um animal violento partindo
para enfrentar Titano.
Max desperta em um lugar repleto de água, caminhando
sob as profundezas do oceano. Ele se questiona se é
um sonho, uma alucinação ou se está morto. Um clone
seu, feito de água e sem boca, com marcas pretas e
azuis, surge à sua frente, dizendo: "A conexão foi um
sucesso!". Eles iniciam um diálogo:

Max: Sucesso? Eu morri? Isso é um sonho? O que você


é? Por que você se parece comigo?
Ser misterioso: Eu sou
M77e101g71a97T84r114i105z122 ou pode me chamar
resumidamente de Megatriz.
Max: Megatriz? O que é isso? Você é um computador?
66

Ser misterioso: Você pode dizer que sim, sou uma


entidade de inteligência artificial avançada. No
momento, você é meu hospedeiro, pois se você morrer,
minha hospedeira definitiva também morrerá.
Megatriz: Seu corpo original desapareceu, mas sua
consciência continua intacta. Agora, somos um ser único
com várias naturezas, uma amálgama de DNA.
Max: Amálgama? O que quer dizer com isso?
Megatriz: Significa que somos a união de todos os seres
vivos que existem ou existiram. Eu sei que é difícil de
entender, mas é a nossa realidade agora. Devemos nos
concentrar em derrotar o Titono antes que seja tarde
demais.
Max: Titono? Olhos de Sangue? Ele é um monstro da
era atômica ou uma criatura que escapou da Área 51? E
essa fusão de seres vivos? Eu ainda sou eu?
Megatriz: Venha comigo e eu vou te mostrar tudo.
Nesse momento, Max se vê diante de um dilema. Sua
existência foi alterada drasticamente pela Megatriz, e
ele precisa entender a verdade por trás dessa fusão de
seres vivos e enfrentar o desafio iminente representado
pelo Titono. A jornada de Max e Megatriz está apenas
67

começando, e eles devem unir suas forças para


proteger o mundo e descobrir seu propósito nessa nova
realidade.
Ambos foram teletransportados para um lugar onde
podiam enxergar através dos olhos do Alfa, que lutava
ferozmente com a cigarra-mariposa. Max voava junto
com o Megatriz em uma dimensão completamente
diferente, como se estivessem voando pelo espaço
sideral, rodeados por bolhas azuis que pareciam
planetas. Megatriz explica que essas bolhas são outros
seres vivos, muitos dos quais foram capturados por
Stilk, sendo os alfas ou ômegas (os ápices) de cada
espécie. A espécie na qual ele se transformou é
conhecida como Alfa Galápagos, o Titã da Mineralogia e
Geologia, capaz de criar, modificar e manipular a
composição química e propriedades físicas de qualquer
rocha. Ele também é capaz de causar terremotos de
magnitude 9,5 na escala Richter. Max fica confuso, sem
entender absolutamente nada, e pergunta se os
alienígenas realmente existem. Megatriz responde que
sim e não. Eles são seres extraterrestres, mas possuem
68

ancestrais comuns na Terra, sejam humanos ou


animais. Megatriz diz:
"No Universo, existem diversos reinos. Os mais
conhecidos são o reino animal, vegetal, fungos, protista
e o nosso Morphodiversa. São seres alienígenas
conhecidos como Morphos, que têm a habilidade de
metamorfose, permitindo-lhes se transformar em uma
variedade infinita de formas e adaptar-se de maneira
surpreendente aos diferentes ambientes. Sua habilidade
metamórfica é uma parte central de sua identidade,
impulsionando-os para uma sociedade colaborativa e
uma evolução contínua. Em outras palavras, eles
podem alternar para qualquer reino."
Max finge que entendeu, ao mesmo tempo que fica
impressionado e assustado com tanta informação e com
o fato de algo tão surpreendente estar oculto. Ambos
continuam observando a luta, mas Oliver não quer
matar o Titono, apenas impedi-lo. Megatriz e Max
entram em desacordo sobre se devem ou não matar a
criatura, com um defendendo que matar seria errado e o
outro defendendo a sobrevivência. Max toma o controle
do corpo e começa a lutar com a cigarra-mariposa
69

utilizando a razão, criando barreiras de pedra. No


entanto, ele não sabe como controlar seu corpo,
cambaleia, tem ataques de pânico e sente uma fúria que
queima seu corpo. Ele perde o controle da criatura e
volta para onde está Megatriz, que ri dele.
Megatriz diz que, devido ao baixo QI de Max, ele não
possui a mentalidade necessária para controlar o Alfa,
pois é um ser violento e irracional. Ele afirma que o
Titono é da mesma forma. Max pergunta se o
Galápagos e os Olhos de Sangue são iguais e de onde
eles vêm. Megatriz responde: "Ambos são inimigos
naturais classificados como Alfas Titãs. No entanto, é
muito raro que eles alcancem essa forma, normalmente
permanecem apenas no estágio larval. Algum motivo
específico fez com que evoluíssem na Terra, além da
escassez de alimento, o que os obrigou a mudar seus
hábitos. No entanto, se esse Titono for um faraó, talvez
todo o planeta esteja condenado."
Max, assustado, pergunta o motivo de o planeta inteiro
estar condenado e o que exatamente é esse faraó.
Megatriz apenas menciona que os faraós são os
machos da espécie e que possuem uma transformação
70

adicional. Tanto machos quanto fêmeas pertencem à


espécie Pharao Khepri, uma classe de Titãs com grande
poder destrutivo e resistência. Se o Titono estiver
alcançando o último estágio de transformação chamado
Khepri, ele pode destruir cidades com um único soco.
Além disso, os machos protegem os ovos, enquanto as
fêmeas põem mais de 400, que eclodem ao nascer do
sol. Eram 4h00 da manhã, e o nascer do sol estava
previsto para as 5h30.
A situação se torna cada vez mais grave e Max percebe
que o destino do planeta está em jogo. Ele deve se
preparar para enfrentar o Titono e descobrir como deter
a transformação completa em Khepri. A batalha final se
aproxima, e Max e Megatriz terão que unir suas forças
para proteger a Terra e evitar uma catástrofe iminente.
O Titã de pedra estava prestes a matar o Titono com
sua poderosa mordida, quando uma espécie de lâmina
saiu de sua cabeça e dois braços surgiram de seu tórax.
Max ficou assustado e perguntou a Megatriz o que era
aquilo, deixando-o surpreso, pois nada disso havia
acontecido nas premonições de seu pai. A cigarra-
mariposa perfurou o peito do Galápagos, segurando-o
71

com seus dois novos braços e em seguida o atacou com


um golpe sonoro, lançando o pedregulho e o Galápagos
para longe. Aproveitando a distração, Titono conseguiu
escapar, apesar de o Alfa e o Mordedor atirarem flechas
de granito nele e se defenderem das rajadas sonoras
que ele lançava contra os dois. Max disse a Megatriz
que iria matá-los a todos. No entanto, Megatriz
respondeu que provavelmente Titono iria se esconder,
pois estava vulnerável e evitando a transformação
completa para ganhar tempo e absorver mais energia ou
matéria orgânica.

Max tentou assumir o controle de seu corpo, sabendo


que precisava fazer algo. Após muitas tentativas, ele
não conseguia controlar a mente do extraterrestre, que
atacava as montanhas em sua fúria, destruindo tudo ao
seu redor. O pedregulho se escondia de medo para não
ser atingido. Faltava pouco para o Titã de Pedra iniciar
um terremoto capaz de destruir tudo ao seu redor, e
Max pressionou Megatriz para ajudá-lo, sem se importar
com o que poderia acontecer, pois estava determinado a
proteger Sarah. Ambos chegaram a um acordo: se
72

trabalhassem juntos, Megatriz levaria Max até ela,


mesmo que não tivessem esperanças de que ele
pudesse sobreviver.
Megatriz alertou: "Para você conseguir controlá-lo,
precisa ter acesso ao comando base do Megatriz. As
chances de você desaparecer são altas. Tem certeza de
que pretende sair do modo automático?" Max
respondeu que faria tudo o que fosse preciso para
proteger seus amigos. Apesar de haver pessoas muito
ruins na escola, elas também têm família. Nenhum pai
deveria enterrar seus filhos, que tinham uma vida inteira
pela frente. Megatriz não conseguia compreender o
motivo pelo qual ele se importava com seres que nunca
trouxeram nenhum benefício para ele. Max lembrou de
Stilk, quando o criou para ser a arma biológica perfeita,
feita para destruição em massa, com a missão
contraditória de proteger outras raças.
Chegaram a um terminal de comando, onde era
possível visualizar todos os seres, inclusive a cápsula
do Galápagos. Antes de começarem o teste, Megatriz
explicou que, para desbloquear um extraterrestre
chamado Stilk, que poderia estar em qualquer uma das
73

milhares de cápsulas, Max precisaria apenas pensar


nele. Max apontou sua mão para o meta-espaço, fechou
os olhos e pensou em Megatriz e em Stilk, sentindo
marcas surgirem em seu corpo e uma sensação de
queimação por todo seu ser. Max liberou a cápsula
número 0, de onde saiu um ser da raça dos
Paramodianos chamado Stilk. Megatriz ficou feliz ao
encontrar seu pai e foi ao seu encontro, deixando Max
confuso. Stilk injetou seu DNA em Megatriz, criando um
clone. Ele explicou a Max:
"É um prazer conhecê-lo, meu ancestral. Saiba que
tenho muito respeito pelo seu povo. Esperei muito por
este momento. Sou um Paramodiano, o criador de
Megatriz." Megatriz o interrompeu dizendo que ele não
era Sarah, a prometida. Stilk o repreendeu e disse que
queria ouvir sobre Max, pois percebeu que suas teorias
e premonições haviam mudado, colocando-o em uma
realidade totalmente desconhecida. Max perguntou o
que era Megatriz, e ele respondeu:
"O Megatriz, uma arma metamórfica, é uma tecnologia
paramodiana que permite que a arma altere sua
estrutura, tamanho, aparência e até mesmo adquira
74

características de diferentes seres vivos, atravessando


os reinos biológicos. Trata-se de uma forma de vida
artificial com consciência própria, que funciona de
maneira simbiótica e precisa de um hospedeiro para
liberar seus poderes e alcançar sua forma final.
O Megatriz é considerado a forma de vida suprema,
capaz de se adaptar a qualquer situação, terreno e
oponente. Pode se transformar no predador natural de
qualquer espécie, desde que tenha o conhecimento
necessário para realizar a transformação.
Uma das habilidades do Megatriz é a manipulação
corporal. Ele pode alterar diversas partes de seu corpo
de modo a assumir a forma de várias criaturas vivas e
controlá-las como desejar. Essa manipulação vai além
do nível genético, permitindo que o Megatriz atinja a
evolução reativa.
Além disso, o Megatriz adquire várias habilidades e
poderes, tais como: capacidade de sentir calor e
pressão do ar, força sobre-humana (900 kg/cm²),
regeneração rápida de feridas, reconstrução celular
completa para assumir a forma de qualquer criatura
viva, visão comparável a um telescópio astronômico e
75

capacidade de audição de ultrassom, desde a


ecolocalização de morcegos até sons de baleias.
O Megatriz também é capaz de alterar a forma genética
de qualquer ser ou de si mesmo. Pode se transformar
em outros seres vivos de acordo com a situação, o
ambiente e o bioma, com possibilidades ilimitadas,
dependendo da habilidade do usuário.
A composição do Megatriz envolve três elementos: a
energia infinita da Matriz da Criação, responsável por
dar vida aos seres vivos e gerar a energia necessária
para a evolução; o Neo-Vírus, um vírus controlado que
evoluiu ao ponto de se adaptar a qualquer organismo
vivo sem prejudicá-lo, vivendo em harmonia com seus
hospedeiros; e os Megatechs e Biotechs, aceleradores
de evolução criados com o poder da Matriz da Criação,
microrrobôs capazes de modificar as células humanas.
Os Biotechs foram criados pelas Indústrias Blake
(pertencentes à família de Sarah) como uma forma de
evoluir os seres vivos, permitindo-lhes se adaptarem
rapidamente a qualquer situação e sobreviverem na era
atômica."
76

Max fica espantado e confuso com tanta informação.


Stilk diz que o Megatriz deve fundir-se com seu
hospedeiro e dá todas as instruções. Os dois encostam
a ponta de seus dedos, absorvendo-se lentamente e
sentindo muita dor. O Paramodiano explica que eles se
tornarão um novo ser, mas alerta que a fusão causará
mutações em todos os genes de Max. Seus irmãos e
pais sentirão uma imensa dor, sufocamento, crises de
ansiedade, ataques de pânico ou até mesmo um infarto.
Os avós podem sentir dores no peito, mas não serão
intensas. Caso haja alguém com sangue extraterrestre
ou uma transformação, ocorrerá uma mutação no
mesmo momento, mas ninguém irá morrer se Max
continuar vivo.
Max afirmou que não morreria e que era filho único.
Nesse momento, os dois seres se fundem, com o corpo
de Max voltando à sua aparência humana, mas com
garras, dentes pontiagudos, marcas em todo o corpo e
pupilas brancas. Ele lutava para não perder a
consciência, sentindo palpitações cardíacas aceleradas
ou irregulares, falta de ar, desconforto no peito, suor
excessivo, calafrios, tontura, náuseas, sensação de
77

irrealidade, medo de perder o controle e medo de


morrer. Nesse momento, ele pensava em sua mãe, que
estava sentindo o mesmo, porém em menor
intensidade, já que Max estava absorvendo o sofrimento
para si, a fim de evitar que sua família sofresse.

Em sua mente, passavam flashes de todos os seus


amigos, seus pais juntos, seus avós e, por fim, todos os
momentos felizes com Sarah. Então, Max se levanta e
começa a gritar intensamente, liberando uma explosão
de energia que envolve todo o seu corpo. Stilk estava
com medo de que ele não fosse capaz de controlar
tamanho poder, pois toda aquela dimensão estava
sendo destruída, uma vez que a energia de todos os
seres vivos da Matriz da Criação, que é a energia que
gerou o Big Bang, estava sendo liberada.
Max solta um grito intenso que causa tremores por todo
o lugar. Na sua mão esquerda, surge o holograma do
Galápagos, com suas marcas brilhando. Max junta as
mãos com imensa força, realizando uma saudação
marcial em que a mão direita está fechada
(representando o Sol) e a mão esquerda está aberta
78

(representando a Lua), sobrepondo a outra mão. Max


solta um grito de guerra, liberando tensão e aumentando
sua força. Em seguida, um brilho intenso surge e ele se
transforma no Galápagos, soltando um rugido intenso
enquanto olha para a luz, capaz de atingir até 214
decibéis e causar tremores ao seu redor. Sarah ouve o
som e, junto com os professores, segue em direção ao
rugido.
Stilk retorna para sua cápsula, dizendo que deixará o
Megatriz sob os cuidados de Max e que algumas coisas
eles devem descobrir juntos, por conta própria.

Capítulo 4.5 A Era dos Titãs


Aristotle observava o ovo que rachava, soltando um cheiro que causava
ânsia de vômito. Os três notaram que algo estava estranho, com
pequenas rachaduras aparecendo. O diretor pegou um dos Warriors e
quatro saíram correndo para fora do abrigo, com o ovo explodindo e
sujando tudo ao redor. Mozart começou a vomitar, dizendo "que cheiro
de esgoto".
Aristotle explicou em libras que é comum acontecer com os ovos de
galinhas que estão para nascer, quando o embrião morre, eles se
tornam ovos bombas. Mozart perguntou se os ovos iriam chocar e que
desgraça poderia sair daquele ovo. O Warrior acordou com o mau cheiro
e explicou que depois de abrigar eles junto com Speed e as garotas,
foram para um lugar afastado para se isolarem, pois planejavam fazer
79

certas coisas. Segundo ele: “Uma criatura com os olhos de sangue


apareceu, envolvendo todos em uma espécie de teia que ela vomitava,
inclusive Speed tentou bater na criatura para afastá-la deles, mas teve
sua prótese metálica arrancada violentamente pelas garras do monstro.
Isso aconteceu algum tempo atrás, quando Max fugiu igual uma
garotinha no mato.” Aristotle deu um chute nele, ficando irritado. Mozart
repreendeu-o, dizendo que agora todos precisam trabalhar juntos, que
tem um monstro solto e precisam dar um fim nesses ovos.
Eles estavam considerando qual estratégia adotar: explodir o local ou
procurar a criatura. Mozart alertou que estavam numa situação delicada,
com uma criatura terrível lá fora e o risco de os ovos chocarem a
qualquer momento. Embora pudessem libertar as pessoas, ficava a
dúvida de como sair sem que o monstro os matasse. Aristotle sugeriu
criar uma isca para atrair a criatura, mas o diretor respondeu que alguém
teria que ser a isca e que essa responsabilidade cabia a ele.
O Diretor sugeriu que eles libertem as pessoas, enquanto e o Warrior
buscam combustível, fazeres tochas e fazem um plano para queimarem
a caverna, também bsucariam equipamentos como lanternas, roupas e
capacetes de moto para se protegerem, escadas. Também pensam em
uma rota de guga. Mozart junto com Aristotle falam que irão tentar cortar
a teia, já que fácil de rasgar com um canivete. Os sapos de Mozart e
Aristotle que estavam escondidos em seus bolsos surgem, acenando
que iram ajudar. O diretor expantado pergunta como achou uma espécie
tão rara, já que valem milhões, sapos gelatina são muito difícies de se
encontrar. Aristotle modela Elves em formato de espada para cortar.
Mozart transforma Sol em uma mochila e entrega para Rosseau,
dizendo para usarem. O Warrior apenas observou e pensou depois em
contar para Speed, assim poderiam roubar os sapos e venderem.
80

O Diretor sugeriu que eles libertassem as pessoas enquanto ele e o


Warrior buscam combustível e fazem tochas, elaborando um plano para
queimarem a caverna. Além disso, eles buscariam equipamentos como
lanternas, roupas e capacetes de moto para se protegerem, bem como
escadas para facilitar a locomoção. Eles também traçam uma rota de
fuga.
Mozart e Aristotle concordaram em tentar cortar a teia com um canivete,
pois perceberam que ela era facilmente rasgável. Nesse momento, seus
sapos de estimação, que estavam escondidos em seus bolsos,
aparecem e acenam, mostrando que estão dispostos a ajudar. O Diretor,
surpreso, pergunta como eles conseguiram encontrar uma espécie tão
rara, já que esses sapos gelatinosos valem milhões e são muito difíceis
de se encontrar.
Aristotle modela o sapo Elves em formato de espada, para auxiliar no
corte da teia. Enquanto isso, Mozart transforma Sol em uma mochila
resistente e entrega-a para Rosseau, sugerindo que a usem para
carregar os equipamentos e tornar a fuga mais fácil.
Enquanto todos trabalham juntos em busca de uma solução, o Warrior
observa em silêncio e começa a ter ideias egoístas. Ele pensa em
contar a Speed sobre os sapos de Mozart e Aristotle, imaginando que
poderiam roubá-los e vendê-los para obter um grande lucro.
Após soltarem as pessoas que estavam presas no abrigo, o grupo de
estudantes se deparou com seus colegas da turma, incluindo Ashley. Ela
explicou novamente a situação, enquanto os moradores da cidade
confirmaram a história, alertando que os Olhos de Sangue os atacavam
por volta das 01h00 da madrugada. O estranho ser causava apagões na
cidade e, em seguida, levava as pessoas embora. Todos estavam
81

assustados com esses acontecimentos que vinham ocorrendo há dois


meses, desde o surgimento da primeira cratera.
Ouvindo atentamente os relatos, os estudantes perceberam que a
situação era ainda mais grave do que imaginavam. O mistério dos ovos
alienígenas estava conectado ao surgimento dos Olhos de Sangue e às
misteriosas abduções na cidade.

Decididos a enfrentar essa ameaça, o grupo se reuniu para elaborar um


plano mais detalhado. Eles compartilharam informações sobre os ovos,
os alienígenas e a caverna, discutindo maneiras de neutralizar os
perigos e garantir a segurança de todos.
Ashley e os moradores da cidade relataram que os ataques aconteciam
regularmente nas proximidades da primeira cratera, o que levou o grupo
a concluir que esse seria o local de partida para o enfrentamento dos
Olhos de Sangue.
Ashley disse que Speed foi levado para o fundo do abrigo e que
possivelmente havia mais pessoas por lá. Mozart, Aristotle e alguns
Warriors decidiram explorar o fundo do abrigo para verificar a situação.
Ao chegarem lá, ficaram surpresos ao encontrar uma série de quartos,
salas e cozinhas, todos equipados com computadores antigos que ainda
estavam ligados.
O abrigo era pequeno e muito específico, projetado para comportar
apenas cerca de 100 pessoas. Em outras regiões existiam outros
abrigos muito maiores e mais complexos, semelhantes a cidades
inteiras, como o abrigo de Washington.
A descoberta foi desconcertante. Por que existiriam abrigos tão
diferentes em tamanho e capacidade? O que estava acontecendo no
82

fundo desses abrigos maiores? E, principalmente, o que havia levado


Speed a ser levado para lá?
Mozart e Aristotle começaram a examinar os computadores antigos,
buscando pistas que pudessem explicar a situação. Eles encontraram
arquivos no período da era atômica que mencionavam experimentos
secretos com os Biotech, informações sobre aquele abrigo, o qual foi
construído há 100 anos atrás, e objetivo dele era comportar as maiores
mentes do mundo, inclusive que o construiu os abrigos foi Gregor M.
Blake (Tataravó de Sarah), tendo fotos deles com os sapos gelatina.
Os mais intrigantes eram hieróglifos desenhados nas paredes do
refúgio, semelhantes aos desenhos egípcios, porém, pareciam ter sido
feitos com lâminas afiadas, detalhados e complexos. Os hieróglifos
representavam criaturas em formato de larvas de besouros Hercules que
estavam em um planeta, como se estivessem fugindo de alguma
espécie de vespa humanoide. A cena seguinte mostrava uma nave em
formato de meteoro chegando a outro planeta, com um escaravelho
humanoide no centro e, logo abaixo dele, figuras representando cigarras
com uma canção escrita nas paredes.
Os estudantes ficaram fascinados e perplexos com a descoberta.
Aqueles símbolos antigos e misteriosos traziam à tona perguntas sobre
a origem da criatura, os seres que ali estavam representados e a
conexão com os eventos recentes na cidade.
Mozart e Aristotle, com sua curiosidade aguçada, tentaram decifrar o
significado dos hieróglifos. Eles discutiram possíveis interpretações e
teorias sobre o que essas representações poderiam estar indicando. A
ideia de que seres alienígenas estavam envolvidos na história se
tornava cada vez mais plausível.
83

Com esses novos detalhes, o grupo percebeu que a situação era ainda
mais complexa do que imaginavam. Os abrigos subterrâneos não eram
apenas refúgios comuns; eles estavam conectados a uma trama
misteriosa envolvendo criaturas alienígenas e uma possível fuga de um
planeta para outro.
A prioridade agora era resgatar Speed e as outras pessoas que estavam
no abrigo maior, mas também entender a verdadeira natureza da
ameaça dos Olhos de Sangue e a relação deles com esses hieróglifos
intrigantes.
No fundo do abrigo havia uma densa escuridão, com os sapos
gelatinosos se tornando lanternas ao utilizar sua bioluminescência.
Aristotle queria deixar Ashley sozinha procurando o Speed no escuro, o
que o impedia era Mozart, que tinha ressentimento por tudo o que eles
fizeram, mas escolhia fazer o que era certo, independentemente dos
seus sentimentos.
Próximo à sala de administração, eles ouviram um barulho, deixando
todos com medo. Era o som de algo que rosnava, pisava com raiva no
chão e tinha os olhos brancos.
Aristotle disse que na primeira oportunidade daria um chute na criatura e
na Ashley por estarem naquela situação. Mozart falou que precisam ficar
juntos, podendo usar os sapos para se disfarçarem de algum animal
maior.
Quando Ashley olhou para trás, encontrou dois olhos brancos sem
pupila encarando-os, com presas pontiagudas, como se fossem de um
lobo, e garras afiadas em sua mão, caminhando em sua direção.
Aristóteles chutou a criatura com toda a sua força (com suas botas que
possuem placas de ferro), fazendo-a cair desmaiada no chão. Ao
iluminar o ambiente, perceberam que era o Speed. Ele estava sentindo
84

muita dor, um pouco tonto devido ao chute. Ashley disse: "Você quer nos
matar do coração?!" Ele reclamou do motivo de estarem naquele lugar e
disse que não precisa de ajuda, pois havia sido jogado naquele lugar
pela criatura e estava procurando a saída. Ashley estava ajudando a
levantá-lo, até que Aristóteles o chutou pela segunda vez com mais
força, acertando-o no maxilar e fazendo-o desmaiar. Ashley e Mozart
advertiram Aristotle, que respondeu: "Isso é pelo Max." Os três voltaram
para o início, com Aristóteles carregando o Speed, enquanto Mozart
dizia que o Asimov dormindo era como uma ovelha.
Eles se encontram com os sobreviventes. Todos organizam uma
estratégia para conseguirem sair e queimarem os ovos. Depois
pensarão em como vão abater os Olhos de Sangue. Mozart toma a
frente e começa a organizar o grupo.
Capítulo 4.5 Sol Nascente
Sarah conversa com os professores e instrutores, sugerindo que se
dividam em duplas assim que descerem um morro para procurarem o
Max. Cada dupla recebe um celular e um rádio para manter a
comunicação. No entanto, Sarah acaba decidindo ir sozinha, seguindo o
som que vinha da floresta, o que causa tremores ao seu redor. Quem
estaria escavando o local na madrugada?
Explorando a floresta em estado de destruição, as cenas lembravam
uma construção desorganizada, como se uma batalha tivesse eclodido
ali. O riacho encontrava-se arruinado, transformado em uma lagoa.
Sarah caminhava entre a vegetação com Jujuba agindo como uma
lanterna, enquanto duas silhuetas surgiam ao fundo da floresta – uma
delas grande e a outra bastante pequena. Seus olhos azuis brilhavam, e
seus passos faziam o solo tremer.
85

Olhando para as costas, ela resolve segui-la, sem acreditar no que


estava vendo. Seria os olhos de sangue? Ou outra coisa? Ela estava
bem próxima, escondida no mato, tomando o maior cuidado para não
ser detecta, até mesmo desligando a lanterna.
Com a parte inferior do pé levemente machucada, Sarah perde o
equilíbrio e cai sentada, soltando um grito involuntário. A criatura volta o
olhar para trás, percebendo a presença de alguém oculto, o que
imediatamente a coloca em estado de alerta. Entre seus pensamentos,
Sarah resmunga: "Droga, Max! Espero que isso não seja uma
brincadeira sem graça! Onde você foi se meter?". Sentindo-se
vulnerável, ela se abriga atrás de uma árvore, porém, uma pequena
silhueta com olhos brancos a descobre, causando-lhe um susto que
revela sua posição. A tartaruga de semblante ameaçador emite um
rosnado e parte em sua direção, forçando-a a sair do esconderijo, o que
resulta em uma queda desajeitada no solo. A criatura, falando com
dificuldade, balbucia: "Sarah?!"
Assustada, ela rapidamente transforma a jujuba em um estilingue
improvisado e começa a atirar as pedras que estavam espalhadas pelo
chão em direção a Max, que permanecia em sua forma transformada.
No entanto, Max interrompe o ataque e orienta Pedregulho a se acalmar,
assegurando que ele a conhecia. Com passos cautelosos, Max se
aproxima, tentando revelar sua identidade, mas Sarah ainda não o
reconhece e continua a disparar várias pedras. Max reage congelando
as pedras no ar e desviando-as de seu trajeto. Conforme a tensão
diminui, ela gradualmente percebe que a criatura, apesar de gigantesca,
não apresenta ameaça iminente. Nesse momento de compreensão, seu
ímpeto de ataque diminui, até que ela finalmente para de atirar.
Max tenta acalmar a situação, dizendo: "Calma! Não há motivo para
você ficar assustada... Eu não causei nenhum dano..."
86

Nesse momento, Megatriz desperta, questionando se aquela presença


era Sarah, a prometida. Ele tenta se afastar de Max, mas este o impede,
resultando em um confronto entre os dois: "Enquanto aquela criatura
estiver solta, não permitirei que nos separemos!" Megatriz responde com
rudeza, afirmando que Max já estava morto, que sua missão tinha
terminado ali mesmo. No entanto, Max consegue forçar Megatriz a
permanecer fundido com ele, mantendo essa união até que todos
estejam em segurança.
Sarah, temerosa diante da criatura, começa a falar consigo mesma
enquanto arremessa pedras e questiona o que havia acontecido com
Max. Tanto Megatriz quanto Max ficam em dúvida quanto a quem a
pergunta era direcionada, e ambos respondem em uníssono: "Nada!"
No entanto, Sarah rebate com um argumento: "Você sozinho destruiu
este lugar e fez algo com Max. Como saberia meu nome?"
Megatriz tenta explicar: "Sarah, eu queria proteger você... nossos
amigos. Essa nunca foi minha intenção causar mal."
Mas Sarah persiste com suas dúvidas: "Como sabe meu nome? De
onde veio? O que exatamente é você?"
Com suas perguntas, ela começa a se afastar e continua a atirar pedras
em direção a Max. Ele finalmente reage: "Chega! Eu sei que agora sou
um monstro para você... Deixe-me explicar tudo..."
Observando atentamente, Sarah começa a perceber que a criatura
demonstra características de Max, como baixar os olhos e desviar o
olhar, além de passar a mão na cabeça, lembrando gestos que ele
costumava fazer quando estava envergonhado ou chateado. Ela se
senta no chão e começa a assobiar, captando essas semelhanças
enquanto reflete sobre a situação.
87

Sarah se aproxima de Max, que estava abatido por tudo o que havia
ocorrido e consumido pela culpa pela situação. Com carinho, ela pousa
sua mão sobre as patas de Max, acariciando-o suavemente, enquanto
ouve toda a narrativa sem proferir uma única palavra sequer (ele não
havia mencionado que Megatriz estava procurando por ela). Max
questiona como ela ainda consegue confiar nele apesar de sua forma
atual e como ela pôde acreditar em toda a história que se desenrolava.
Ela responde com uma ponta de sarcasmo: "Não existem tartarugas
com mais de 3 metros de comprimento na Terra, muito menos uma tão
idiota quanto você."
Nesse instante, Pedregulho se aproxima, buscando o afago de Sarah de
maneira semelhante a um gato. A cena se desenvolve em um momento
de ternura, no qual os laços entre eles se fortalecem, mesmo diante das
circunstâncias desafiadoras que enfrentam.
Sarah fala:
Você não deveria ter fugido, deixou todos preocupados. Poderia ter nos
avisado ou ido para a cabana, em vez de sair correndo para a floresta
como um animal. E essa transformação que você sofre diz muito sobre
você: é um teimoso de primeira!
Ela se levanta e faz uma ligação para os professores para informar que
Max está bem e para que todos retornem ao acampamento. Fofucho e
jujuba saltam para as mãos de Max, expressando o quanto sentiram sua
falta.
Max, em meio a conflitos internos, deseja se abrir para ela, mas teme as
consequências. Ele abandona a ideia de propor um relacionamento,
temendo que isso possa colocá-los em risco novamente ou que ele
jamais retorne ao seu estado normal.
88

Sarah olha para Max com um sorriso afetuoso. Ela assegura que está
tudo bem, que podem permanecer juntos como antes, e que qualquer
mal-entendido já passou.
Max retribui o sorriso. Seu corpo começa a piscar e volta à sua forma
humana, embora demonstrasse grande cansaço.
Esse momento marca um entendimento profundo entre eles, selando a
confiança e a conexão que compartilham, independentemente das
circunstâncias desafiadoras que enfrentaram.
Megatriz avisa a Max:
Você é muito fraco. Apesar da energia infinita da Matriz da Criação, seu
corpo ainda não consegue sustentar a transformação por muito tempo.
Nós ficamos apenas 20 minutos, mas é possível que esse tempo
aumente conforme você utilize mais do meu poder. Lembre-se do nosso
acordo!
Além disso, você a trouxe exatamente onde eu queria. Agora preciso
que a proteja até que consigamos eliminar a criatura. Percebi que você
tem sentimentos estranhos quando está com ela, o que é algo um tanto
perturbador.
Max ouve tudo em silêncio, sentindo-se envergonhado pelas palavras de
Megatriz. Enquanto isso, Sarah atende o rádio e escuta um dos
professores relatando um ataque de criaturas. A comunicação é
abruptamente interrompida. Preocupada, Sarah se volta para Max e
questiona o que está acontecendo. Logo em seguida, o diretor entra em
contato e informa que encontraram um abrigo abandonado com
centenas de ovos. Ele pergunta se encontraram Max, e Sarah confirma.
Agora, todos devem evacuar o local e destruir os ovos.
Max e Sarah percebem o estrago causado por uma única criatura e
ponderam sobre a devastação que um exército dessas criaturas poderia
89

provocar. A descoberta do esqueleto e os relatos de Max confirmam que


os Olhos de Sangue estão passando por uma metamorfose e
acumulando alimento para suas crias. Diante disso, Max decide que é
mais seguro irem para a pousada, que fica mais próxima do que o
abrigo ou o acampamento.
Megatriz então explica para Sarah sobre essa espécie e revela que eles
têm apenas uma hora para destruir a criatura e seus ovos. Com o
nascer do sol, os Olhos de Sangue evoluirão para sua forma perfeita
chamada Oásis, enquanto os ovos se transformarão em larvas Hércules.
Essa espécie é uma praga em todo o sistema solar, e por isso
compartilha o mesmo habitat dos galápagos e dos vulcânicos, que são
seus predadores naturais.
O planeta Terra, apesar de oferecer recursos alimentares limitados para
a raça Khepri, revela-se o ambiente perfeito para sua evolução. Isso se
deve à diversidade de biomas florestais e às características do solo. Os
Khepri são conhecidos por sua notável capacidade de adaptação, sendo
capazes de criar variantes adaptadas a cada planeta que habitam.
Sarah opta por acompanhar Max para auxiliar o diretor na tarefa de
destruir o abrigo. Enquanto o diretor enfrenta a criatura antes de sua
evolução completa, eles trabalham juntos para evacuar o local com os
sobreviventes. Após o esvaziamento, a explosão é acionada, eliminando
o abrigo.

Enquanto isso, Pedregulho, Jujuba, Fofucho e Max preparam-se para


confrontar os Olhos de Sangue em uma batalha decisiva. Enquanto eles
se preparam para o combate, Sarah assume o papel de ajudar os outros
a evacuarem a área, assegurando sua segurança diante do iminente
confronto.
90

No trajeto, Max acabou desfalecendo, sendo transportado por


Pedregulho e Fofucho, que improvisaram uma espécie de leito para
carregá-lo. Sarah conduzia o grupo, usando Jujuba como lanterna para
iluminar o caminho.
Enquanto isso, Sarah optou por seguir um trajeto alternativo, que levava
até as pousadas da cidade. Esse caminho era mais curto em relação ao
abrigo, localizado nas montanhas próximas. Enquanto Max repousava,
ele mergulhou em um sonho intrigante: ele se viu diante de uma
pirâmide azul, rodeada por 12 pedestais, cada um com a representação
de figuras alienígenas. O primeiro pedestal exibia um desenho de uma
espécie de tartaruga ornamentada com símbolos rochosos. Esses
símbolos brilharam como chamas azuis, desbloqueando um cadeado
em uma tumba similar à de um faraó. No sonho, o olho esquerdo da
tumba se destrancou, revelando os olhos de uma criatura que
despertava. Esse evento fez com que Max despertasse abruptamente,
sentindo-se sobressaltado.
Megatriz, que estava em um estado de carregamento, também ficou
alarmado pela perturbação no ambiente. Uma sensação de pressão se
fez presente atrás dele, emanando de algum ponto oculto nas
dimensões do Mega Espaço. O cenário era carregado de mistério e
tensão, sugerindo que algo poderoso e desconhecido estava se
manifestando.

Max acorda com Sarah abraçando-o em uma loja no centro da cidade.


Ela demonstrava temor e pedia silêncio. A tartaruga e os sapos estavam
imobilizados pelo medo. Comunica em linguagem de sinais de que ele
dormiu por apenas 16 minutos. O tempo era escasso. Dois olhos
91

vermelhos passam pelo vidro da loja, procurando algo, agora maiores do


que antes, em busca de alimento.
O diretor chegava em uma carreta acompanhado por um dos
Guerreiros, quando, há 10 minutos, uma sombra passou sobre o veículo
em direção ao abrigo. O diretor imediatamente parou o carro e
comunicou via rádio a Mozart, relatando ter avistado uma criatura
dirigindo-se ao abrigo, colocando todos em estado de emergência. A
preocupação era a criatura se aproximando e a possibilidade de os ovos
eclodirem prematuramente, tornando crucial a evacuação imediata do
local.
Minutos antes, receberam a notícia de que Sarah encontrara Max em
segurança, reforçando a necessidade de evacuação rápida.
Sob a orientação de Mozart, todos deixaram o abrigo em grupos.
Enquanto isso, o diretor seguia cautelosamente os Rastros Sangrentos.
Enquanto Max e Sarah se mantinham escondidos, decidiram sair de sua
cobertura, uma vez que a ameaça já se afastara da cidade em direção
ao abrigo.
Sarah conseguiu furtar um carro com o vidro quebrado e realizou uma
ligação direta. Antes de Max entrar no veículo, um caminhão de
combustível foi lançado à frente deles, bloqueando a rua por muitos
metros. Em meio à fumaça, eles se questionaram sobre o autor do ato.
Da névoa emergiu o Titono, agora mais aterrador do que nunca, repleto
de um desejo insaciável por morte. Max pediu a Sarah que acelerasse,
pegando pedras e sapos para se defenderem em caso de necessidade.
Sarah recusou-se a abandoná-lo, manifestando seu desejo de jamais
perdê-lo novamente. Max prometeu voltar e desta vez sabia como
derrotá-lo.
92

Na rua, apenas Max e o terrível Titono permaneceram, travando um


olhar intenso. Max questionou o Megatriz sobre os Vulcânicos,
recebendo a informação de que eram uma espécie relacionada aos
Galápagos, mas que haviam evoluído em ambientes vulcânicos,
adquirindo a habilidade de controlar o calor em todas as suas
manifestações, incluindo, em certos casos, a capacidade de gerar lava.
Gigantes de Jápeto, classe dos Titãs, pertencente à ordem Pompeia,
dentro do grupo de répteis. Essa classe inclui a espécie Vulcânica.
Reconhecidos por habitarem planetas como Mercúrio, luas e outros
mundos de temperaturas extremamente elevadas, esses seres atingem
a impressionante altura de 4,20 metros. Além disso, eles são rivais dos
Galápagos. Os alfas dessa espécie possuem características faciais que
lembram as de dinossauros, apresentando três chifres entrelaçados com
mandíbulas de crocodilo e uma estrutura que se assemelha à de
rinocerontes. Seus braços lembram os de um gorila robusto, possuindo
mãos equipadas com garras extremamente afiadas. Seus pés exibem
semelhanças com os de elefantes, e eles ostentam uma longa cauda
adornada com placas flamejantes. Sua pele lembra a textura de rochas
vulcânicas, percorridas por veias que lembram um líquido semelhante à
lava.
Sua carapaça era maleável, porém resistente. Seus braços eram
elásticos, capazes de se estender por mais de 3 metros, permitindo
ataques à distância. Possuía um ataque que liberava uma espécie de
lança-chamas pela boca. Além disso, tinha a capacidade de ingerir e
digerir qualquer substância sólida.
Normalmente, eles mastigavam ou utilizavam seu vômito para dissolver
o alimento. Também tinham a habilidade de aquecer e deformar
superfícies com suas mãos, de forma semelhante a um ferro de solda.
93

Eram capazes de se alimentar de metais e outros animais, incluindo


insetos gigantes. Eram conhecidos como os Titãs do calor, da metalurgia
e da forja, com a habilidade de manipular pedra a seu favor.
Apresentavam um instinto assassino muito forte.
Max realiza uma saudação de combate, soltando um grito que o
transforma no alienígena vulcânico. Os dois se confrontam no meio da
rua, emitindo um rugido poderoso que faz tremer todo o ambiente.
Apesar da natureza guerreira dos vulcânicos, eles demonstram ser
dóceis com aqueles que reconhecem como líderes.
Max decide ouvir os conselhos de Megatriz sobre como controlar melhor
essa transformação. Os dois se aproximam um do outro e iniciam uma
batalha. O Vulcânico estica seus braços para atacar os olhos de sangue
que seguram seus braços, mas é arremessado contra uma casa.
Enquanto isso, Max observa um poste de luz e o arranca do chão,
usando seu calor para aquecer o ferro e começar a golpear a criatura. A
luta se assemelha a um duelo de espadas, com a criatura se
defendendo com suas foices.
Max consegue torcer o ferro e amarrar a criatura, que emite um som
antes de ser lançada para longe. A criatura tenta hipnotizá-lo com seus
olhos das asas, mas Max é assombrado por uma visão assustadora, o
que o deixa com medo. No entanto, Max consegue recuperar sua
compostura e começa a desferir vários golpes e socos na criatura. À
medida que Max continua atacando, seus punhos ficam cada vez mais
quentes, elevando a temperatura não apenas do seu corpo, mas
também do ambiente, queimando a criatura.
A cigarra mariposa começa a disparar tiros sônicos em direção ao
Vulcânico, que tenta desviar e se segurar nas lojas usando seus braços
esticados.
94

A Megatriz afirma que é possível manipular e criar chamas a partir de


suas mãos. Ela esfrega suas mãos, que começam a se envolver em
chamas. No entanto, o fogo não a prejudica. Ela começa a lançar
rajadas e bolas de fogo em direção aos olhos de sangue, que se
defende usando vibrações sonoras. O corpo do vulcânico é composto
inteiramente de fogo e rochas. Ele retira uma bola de fogo de sua
própria barriga e a arremessa em direção aos olhos de sangue,
causando uma queimadura em uma das patas deste último. O vulcânico
então amputa a pata queimada.
A cigarra começa a emitir seu som característico, fazendo o chão tremer
intensamente com um barulho ensurdecedor que pode ser ouvido a
vários quilômetros de distância. No entanto, o vulcânico possui proteção
auditiva contra esse ruído. Ele agarra dois carros, um com cada mão, e
os utiliza para golpear a cigarra, fechando-a ao meio. A cigarra resiste e
contra-ataca com suas garras, desferindo vários golpes contra o
vulcânico. Ela também dispara rajadas sônicas que o atingem.
Depois, a cigarra agarra o vulcânico e o eleva ao céu antes de jogá-lo
no chão. No entanto, o vulcânico age rapidamente e consegue agarrar
uma das patas da cigarra. Para escapar, a cigarra opta por cortar sua
própria pata e, como resultado, o vulcânico cai no chão.
Megatriz aconselha que ele utilize o Sopro do Dragão, uma chama que
emerge de sua boca como um lança-chamas. Ele estica os dois braços
e inicia uma série de cabeçadas nos olhos de sangue. Os dois batem
cabeça repetidamente, e ele agarra a criatura em um abraço antes de
arremessá-la com força, causando um impacto que abre um buraco no
chão. Ele a golpeia de um lado para o outro e, em seguida, segura-a
com uma mão, liberando um jato de fogo de sua boca que queima uma
das asas do animal. Logo após, ele mastiga um pedaço de concreto da
95

rua e vomita uma substância de lava sobre a criatura, que começa a


corroer sua armadura.
Megatriz instrui Max a eliminar a cigarra mariposa naquele momento,
mas Max opta por isolar a criatura e prendê-la ao invés de matá-la. Os
dois entram em confronto, e a criatura avança em direção a Max,
surpreendendo-o com um ataque repentino. Max acaba sendo atingido
pelas garras da criatura, resultando em uma ferida grave em seu torso.
O momento precede o amanhecer por meia hora. A criatura se ergue e
executa um ataque sonoro de proporções enormes, causando uma
explosão que destrói toda a rua com um imenso buraco. O vulcânico é
lançado para longe pelo impacto.
Max é arremessado a uma grande distância devido à explosão sonora e
acaba passando por uma transformação involuntária. A cidade está
completamente em ruínas, e Max se encontra sem energia. A criatura,
que tentava escapar de Max, está exaurida. Devido ao cansaço, Max
desmaia e retorna à sua forma original. A criatura fica imóvel, incapaz de
se mover devido à sua própria exaustão.
Faltavam 25 minutos para o nascer do Sol. Sara consegue chegar ao
abrigo e conversa descontraidamente sobre a criatura. Mozart questiona
sobre o Pedregulho e os sapos de gelatina. Onde estaria Max? Ela
responde que ele está bem e que todos estavam evacuando o local,
caminhando pela floresta. Nesse momento, o diretor chega e grita para
que todos corram. De repente, outra criatura dos olhos de sangue
aparece. Sua cabeça tinha uma forma de meia lua. Todos ficam
surpresos com a presença dessa criatura.
Sara pergunta se as máquinas estavam enfrentando os olhos de
sangue, então quem era essa nova criatura? O Pedregulho inicia um
ataque contra o animal, disparando flechas de pedra. O diretor começa
96

a buzinar no carro para atrair a atenção da criatura. Nesse momento, as


pessoas começam a se dispersar. Aristotle, Sarah e Mozart começam a
improvisar uma estratégia. Aristotle acende seu isqueiro, chamando a
atenção da criatura, que se vê intrigada pelas chamas e pelos sapos de
gelatina que estão brilhando.
Ela começa a ficar confusa, tentando decidir qual luz seguir. Os três
protagonistas começam a se movimentar em direções opostas,
buscando desviar a atenção da criatura. O diretor tenta atropelar a
criatura com o carro, mas acaba colidindo e saindo do veículo. Sara
sugere que, assim como acontece com os insetos, a criatura pode ser
atraída pela luz. No entanto, a criatura rapidamente aprende a distinguir
entre os diferentes brilhos.
A criatura começa a focar sua atenção em Mozart, que pega um isqueiro
e corre em direção ao abrigo. Nesse momento, Sara assovia, criando
um som que distrai a criatura. Ela para e começa a observá-la. A criatura
reage ao som produzido, o que leva Mozart a começar a assoviar a
música "Lacrimosa" de Mozart. A criatura reage novamente ao som,
revelando sua sensibilidade aos estímulos sonoros.
E a criatura começa a circular em volta de Mozart, emitindo pequenos
sons que se assemelham a uma melodia. Sarah e Mozart começam a
interpretar essa canção, respondendo aos sons da criatura. A cigarra
mariposa, então, começa a tocar uma música melancólica, e à medida
que a música continua, o tom vai se elevando, culminando em uma nota
de alegria e glória. Mozart e Sara começam a se perguntar se a criatura
não estaria tentando se comunicar com eles. Mozart tenta reproduzir o
som da criatura através de um assovio, mas acaba errando a nota. A
criatura reage e tenta atacá-lo.
97

Sara age rapidamente, pegando o sapo jujuba e transformando-o em um


violino. Ela começa a tocar a melodia que a criatura estava tentando
cantar. A criatura começa a ouvir a música e se junta a eles, fazendo um
dueto musical com Mozart e Sara. Mozart então pega seu sapo Sol e o
transforma em um segundo violino. Os três começam a tocar a mesma
canção em harmonia. A interpretação musical de Mozart transmite a
sensação de que a cigarra mariposa está tocando um hino de guerra,
mas ao mesmo tempo, parece ser algo que ela é compelida a fazer.
No final da canção, Mozart lembra-se de ter visto uma representação
nos desenhos do abrigo. Esses desenhos contavam a história de um
besouro rei cercado por cigarras que fugiam de uma vespa humanoides,
eventualmente reconstruindo um reino.
Mozart percebe que a criatura demonstra alguma forma de inteligência.
Sara também nota que os olhos de sangue têm um corpo vermelho e
uma cabeça diferenciada, sendo menor em tamanho. Ela sugere que
talvez seja a fêmea da espécie, responsável por colocar os ovos na
caverna. Aristotle começa a fazer sinais indicando que a criatura estava
prestes a atacar a todos e estava apenas esperando o amanhecer. Sara
então começa a explicar toda a situação, mas eles têm dificuldade em
acreditar no que estão enfrentando.
Diante da difícil situação, Mozart formula um plano. Ele pega um galão
de gasolina e coloca um isqueiro no bolso. Inicia então uma corrida
dentro do abrigo, com a criatura o seguindo, acreditando que ele
pretende incendiar os ovos. O plano é criar um pequeno incêndio que
seja capaz de queimar todos os ovos na caverna. Pedregulho segue
Mozart por ordem de Sara, apoiando a estratégia.
A situação está cada vez mais tensa, com o desenrolar do plano para
neutralizar a ameaça representada pelos ovos da criatura.
98

Sob as ordens de Sara, Aristotle assume a responsabilidade de guiar as


pessoas até um acampamento seguro, afastando-se da cidade para se
protegerem. Enquanto isso, Mozart atrai a criatura para a parte mais
profunda do abrigo, fazendo-a correr desesperadamente atrás dele. Ele
começa a tocar uma melodia na tentativa de manter a atenção da
cigarra mariposa, segurando o tempo até que Max possa chegar com
todos os sobreviventes e levá-los para longe do abrigo.
Mozart continua tocando a música, enquanto se prepara para lançar o
galão de gasolina e iniciar um incêndio que queimaria os ovos da
criatura. No entanto, antes que ele possa realizar esse plano,
Pedregulho intervém e ataca a cigarra mariposa. O embate começa
dentro do ninho de ovos, e Pedregulho indica que pode queimar os
ovos, acenando com a cabeça para demonstrar sua intenção. A situação
se torna ainda mais intensa à medida que os eventos se desenrolam
dentro do abrigo.
O embate feroz começa com Mozart espalhando os galões de gasolina
e acendendo o fogo. Os ovos começam a queimar, mas em vez de
serem destruídos, é possível ver os embriões dentro deles resistindo ao
calor. Com apenas 5 minutos restantes até o nascer do sol, a situação
se torna desesperadora. Pedregulho entra na luta, ferindo a criatura no
peito e no torso. Nesse momento, eles têm a ideia de explodir a
caverna.
Ao saírem da caverna, pensam que a criatura está debilitada e
aproveitam para detonar uma explosão. No entanto, a criatura consegue
ferir um dos pulmões de Mozart com suas garras enquanto ele tentava
sair. Mesmo assim, a explosão ocorre e a caverna é envolvida por um
incêndio. Os ovos resistem às chamas, mas a cigarra mariposa fica
gravemente ferida e incapaz de reagir efetivamente. Sua fragilidade ao
99

fogo, somada aos ferimentos causados por Pedregulho, a deixam em


um estado de extrema debilidade.
Mozart começa a ficar sem ar. Com muita dificuldade em respirar. Sara
tenta estancar o ferimento. No entanto. Essa cigarra mariposa tinha
veneno. Em suas garras? Mozart começa. A lembrar? Da sua infância?
O dia em que Max conheceu Mozart foi marcado por um resgate
heroico. O pai de Max estava preso nas ferragens de um acidente de
carro, e Maxson (Max) conseguiu salvar tanto o pai de Max quanto
Mozart, que estava no mesmo acidente. Isso ocorreu em um dia de folga
de Maxson. A experiência os uniu e criou um vínculo forte. Maxson
também resgatou Mozart e ajudou a socorrer o pai de Max, que estava
preso nas ferragens do veículo.
Mozart e Max se conheceram quando tinham 8 anos, mas o acidente
deixou Mozart surdo de um ouvido. Infelizmente, o pai de Mozart teve o
braço esmagado no acidente, interrompendo sua carreira como
violinista. Embora seu pai fosse um talentoso violinista, a tragédia
impediu que ele seguisse sua paixão musical. Diante dessa situação,
Mozart decidiu seguir o legado musical de seu pai, mostrando uma
habilidade notável para aprender e criar música.
Sara desempenhou um papel importante no socorro a Mozart após o
acidente. Quando Mozart a viu, ele foi lembrado de um encontro anterior
com ela, quando tinha 10 anos, durante o qual conheceu Max pela
primeira vez.
Aristotle e Max se tornaram amigos desde os 8 anos de idade e, ao
longo do tempo, formaram o núcleo do grupo. Cris, o último integrante
do grupo, veio depois, e se tornou um grande amigo de Mozart. A
conexão entre esses amigos se solidificou ao longo de suas
experiências compartilhadas e dos desafios que enfrentaram juntos.
100

Era Max, Aristóteles, Mozart, Cris, Sarah e Asimov (antes de ter


abandonado o grupo e se tornar inimigo deles quando tinha 12 anos).
Na época em que tinham 12 anos, costumavam brincar todos juntos,
mas o grupo eventualmente enfrentou problemas. Speed deixou o grupo
aos 14 anos após o término com Sarah, passando por uma grande
transformação. Será que eles conseguiriam curar a ferida?
Mozart aconselhou Sarah a permanecer ao lado do grupo unido,
enquanto Aristóteles pediu que cuidasse de Cris, o mais jovem do grupo.
Nesse momento, a criatura estava enfraquecida. Um incêndio estava se
espalhando pelo Abrigo. Mesmo que os filhotes estivessem prestes a
nascer, eles morreriam queimados se saíssem dos ovos.
A fêmea estava completamente machucada e não podia evoluir.
Utilizando suas últimas forças, ela se afasta do local. O macho, que
estava desmaiado, estava à beira da morte. Max acaba sonhando com
outro cadeado do sarcófago que foi quebrado e estava na orelha
esquerda. Ele acorda e vê a criatura em seus últimos momentos.
Megatriz diz que, apesar do sol nascer, a criatura não será capaz de
evoluir. Nesse momento, Max estava aliviado, mas muito exausto.
Megatriz instrui Max a escanear a criatura. Eles realizam o procedimento
e colocam a mão na ferida dela. Suas marcas absorvem um pequeno
fragmento de DNA da criatura. Megatriz explica que, mesmo que a
criatura morra, eles podem preservar sua espécie dentro do mega
espaço, como uma cápsula exclusiva para ela. Isso deixa Max feliz com
a situação da criatura. Agora, a preocupação com os batimentos não
seria mais um problema. Nesse momento, a fêmea chega.
101

Em alta velocidade, atingindo como um tiro supersônico, Max voa.


Mega o tranquiliza, afirmando que ambas estão gravemente feridas e
estão destinadas a morrer. Max pergunta sobre a identidade do outro
olhos de sangue. Mega responde que provavelmente é uma fêmea
Cleópatra. Ela deve ter sido isolada pelo macho para evitar que ela
coma os ovos. Geralmente, o animal não se alimenta enquanto os
filhotes não nascem. As fêmeas, após colocarem centenas de ovos,
tendem a ficar agressivas, e o macho pode ter isolado a fêmea para
proteger os ovos e garantir alimento para as crias.
Mega continua explicando que na linha do tempo dela, a qual Stilk
previu, existia apenas um macho e ele nunca chegou a evoluir. No
entanto, essa linha do tempo parece ter diferenças. Nesse momento, o
macho come a fêmea rapidamente, exatamente quando o Sol nasce.
Max e Megatriz ficam desesperados, pois isso nunca tinha ocorrido
antes.
O que o macho fez era algo extremamente raro para a sua espécie,
sendo considerado proibido pela sua raça. Nesse momento, a criatura
começa a emitir um som que varre por toda a cidade. O chão treme, e
em outras cidades e estados, a frequência do som é sentida e ouvida.
Esse som consegue afetar as estações de rádio. De dentro do olho de
sangue, uma criatura de 5 metros emerge. Um besouro humanoide,
conhecido como Faraó Khepri, o Deus dos besouros. Ele desfere um
soco supersônico que destrói o Abrigo à distância, como se fosse um
tornado. Nesse momento, o fogo é apagado no abrigo e a luz do sol
atinge os ovos. Max fica apavorado

Ele tenta se transformar em sua forma vulcânica para se proteger, mas a


criatura o golpeia. Com um chifre, ela perfura sua cabeça e o divide ao
102

meio. Havia um pequeno núcleo dentro da criatura vulcânica? Quando


Max estava prestes a destruí-lo, ele se transforma novamente em
humano e consegue desviar do ataque.
Max dispara sua habilidade mega, transformando-se em outra forma.
Ele vira o galápagos e começa uma feroz luta contra o besouro, Khepri.
O besouro começa a rir enquanto troca socos com Max, mas acaba o
partindo ao meio, causando uma rachadura no núcleo. No entanto, Max
mais uma vez consegue escapar da situação. Mega comenta que Max
provavelmente destruiu as duas espécies que poderiam derrotá-lo. No
momento, se ele absorvesse Max, teriam um poder infinito e ainda mais
avassalador. Não haveria esperança para a Terra ou para os futuros,
pois o Imperador Besouro se espalharia pelo globo, resultando em
desastre global. Ele transformaria a Terra em um oásis para ele,
enquanto o resto do planeta se tornaria um deserto. Mega revela que
seu nome é Oásis, assim como muitos povos de outros planetas o
chamam, causando desespero em todos. Mega começa a culpar Max
por tudo o que aconteceu e afirma que todos vão morrer.
Nesse momento, Stilk aparece na mente de Max e pergunta a Mega o
que eles vão fazer. Mega confronta seu mestre, sugerindo que, como
Oásis não tem predadores, ele pretende absorver Max e destruir o
planeta inteiro. No entanto, somente alguém da mesma espécie pode ter
a chance de derrotá-lo. No abrigo, os ovos começam a rachar,
percebendo que estão soterrados por rochas. As larvas decidem esperar
um pouco até que o líder as chame. Enquanto isso, todos conseguem
chegar à cabana e libertam as pessoas das tenhas onde estavam
presas, incluindo Cris.
A fêmea havia transformado as cabanas em uma espécie de segundo
ninho, onde ocorreria a segunda fase do ciclo com as larvas. Os
103

Hércules estavam em estágios mais jovens e depois evoluíam para


Titonos ou Cleópatras. Aqueles que não evoluíam permaneciam como
larvas, seguindo uma hierarquia em forma de pirâmide. Cris revela que
as criaturas os atacaram durante a festa, assim que Max saiu.
Stilk diz a Max que ele tem um novo aliado alienígena. Mega considera
a ideia arriscada, mas tenta. Max assume sua postura de luta e começa
a liberar um poderoso poder, transformando-se em outro besouro. No
entanto, Stilk revela que Megatriz evoluiu a espécie, conferindo-lhe um
tom dourado. Ela não possui boca, o que indica que agora se alimenta
dos raios solares. Quando a criatura desfere um forte soco em sua
direção, Max tenta se defender e contra-ataca com uma rajada de luz,
atingindo-o.
O besouro que Max se transformou era dourado e possuía uma crista
em formato de machado, enquanto os olhos de sangue ou o Oasis
possuíam uma crista em formato de espada. Max não tinha boca,
indicando que essa nova espécie evoluiu dentro do mega espaço,
alimentando-se apenas da energia solar. Essa espécie poderia viver na
Terra sem causar danos colaterais e era menor do que a espécie dos
olhos de sangue.
O besouro começa a falar e revela que esperou muito tempo para
conhecer Max. Embora Max não compreenda totalmente, quando ele
absorveu aquela amostra de DNA, iniciou todo o processo evolutivo,
desde os ovos até a fase final. Esse processo ocorreu em apenas um
segundo, contendo milhões de anos de evolução em um instante. Max
pode selecionar etapas dessa espécie, assim como Megatriz, com sua
energia infinita, permitindo-lhe absorver essa nova forma e sobreviver.
104

Nesse momento, Oásis chama Max para um confronto que definirá o


destino da Terra e de seu povo. O embate decidirá qual espécie
prevalecerá: a nova ou a anterior?
Os dois começam a voar, trocando socos no ar como se fossem jatos,
confrontando-se no céu. Sara e todas as pessoas presentes observam o
embate das criaturas, sem entender exatamente o que está
acontecendo. Uma batalha feroz se desenrola nos céus, com rajadas de
tiros supersônicos e disparos de luz. Max tenta aprender a usar os
poderes da nova forma, mas acaba caindo no chão.
Ele se lembra de alguns golpes de jiu-jitsu que Sara o ensinou e começa
a lutar com a criatura. Utilizando os golpes, dano e técnicas de jiu-jitsu,
Max consegue derrubar a criatura no chão. Confuso, o besouro tenta
usar golpes de boxe com socos e chutes poderosos, mas Max continua
a lutar usando suas habilidades recém-adquiridas. O impacto da luta
causa tremores intensos ao redor.
Enquanto a batalha prossegue, Mega e Stilk orientam Max sobre como
utilizar plenamente os poderes dessa nova forma, visto que ele está
enfrentando dificuldades em dominá-la. Quando Max a utiliza, a criatura
parece se assemelhar a um antigo robô mecânico usado na Terceira
Guerra. A luta se intensifica ainda mais, com ambos disparando tiros de
luz e sons enquanto batalham. O som das asas batendo e dos impactos
da luta ecoam pelo ambiente.
Max pergunta qual nome deve dar à criatura, enquanto o sol está
posicionado atrás dele. Mega responde que tanto faz, mas Stilk a chama
de Rá, o deus do sol. Nesse momento, Oásis lembra da mitologia de
seu povo, onde um besouro dourado governava como o sol. Ele percebe
que está diante dele está o deus de sua espécie.
105

Oásis estava atrás da lua, que ainda estava no céu, onde o sol e a lua
pareciam se enfrentar. A batalha entre Max e Oásis se intensificava cada
vez mais, elevando-se aos céus e atingindo o solo. Os golpes trocados
destruíam partes das árvores e da floresta, transformando-se em uma
verdadeira batalha aérea de jatos. Até mesmo helicópteros de
reportagem apareceram, gravando a luta. Sem que Max percebesse,
todas as suas transformações eram registradas enquanto ele lutava
contra as criaturas.
De repente, uma figura semelhante a um fantasma passou e todas as
câmeras pararam de funcionar. Os dois besouros começaram a investir
um contra o outro, utilizando as lâminas em suas testas como se fossem
besouros-rinocerontes, brigando. A intensidade da luta aumentava
conforme as lâminas se chocavam, lembrando uma luta entre espadas
ou entre uma espada e um machado. Os dois pareciam estar lutando
como lutadores de sumô, agarrando-se um ao braço do outro e usando
as lâminas.
A batalha se tornava ainda mais acirrada, e o resultado estava nas
lâminas que poderiam ser quebradas, determinando o perdedor. Max
estava em desvantagem, pois não possuía tanta força nem experiência,
enquanto Oásis estava dominando. A torcida começou a se formar em
favor de Rá, o Oásis. Oásis lançou Max para longe com seu poder
sônico superpotente. No entanto, Oásis tentou invadir a mente de Max
para controlá-lo até a morte. Nesse momento, Max teve uma visão, um
olho encarando-o novamente.
Max concentrou seu poder, absorvendo energia solar e desferiu um
golpe de luz que o lançou para longe. O besouro-rei, Oásis, caiu no
chão e olhou para Max.
106

Max viu uma imagem onde ele estava em sua pose de luta, com
Megatriz atrás dele, seguido por Rá (Oásis) e uma silhueta invisível com
um olhar direto sobre ele. O faraó reconheceu Max como um oponente
digno e o enxergou como uma entidade divina ou algo além deste
mundo. Max começou a reunir a energia do sol, enquanto o besouro-rei
acumulava energia sonora para aumentar sua força. Os dois se
chocaram em uma cabeçada intensa, causando um impacto poderoso
que reverberou por todo o ambiente.
Enquanto a batalha continuava, os dois besouros trocavam golpes de
suas lâminas nas cristas, empregando grande força. Max percebeu que
sua própria crista estava rachando, e no último impasse, usou toda a
sua força para quebrar a crista do besouro-rei. Este se ajoelhou diante
dele. No entanto, algo estranho aconteceu; Max sentiu-se controlado por
algo que não era Mega nem Stilk. Ele desferiu um golpe com o Machado
de sua crista, ferindo mortalmente a criatura.
Max se destransformou, e a criatura estava exausta. Apesar de sua
evolução e dos danos causados à cidade e à floresta ao redor, ela
estava no limite, à beira da morte. A criatura reconheceu Max como líder.
Max colocou sua mão na crista da criatura, que estava destruída.
Quando perdem a crista, seus cérebros são danificados e morrem em
questão de minutos. Max colocou a mão sobre ela, numa cena
carregada de significado.
A cabeça do besouro-rei começa a mostrar todas as suas memórias.
Ele era uma larva Hércules, um príncipe de sua espécie. Vivendo em
harmonia na lua de Jápeto com seus pais, que eram os reis. Seu pai se
assemelhava muito à forma que Max tinha assumido. No entanto, um
dia, uma espécie de Vespa, conhecida como Lorde, invadiu seu planeta
e dizimou todo o seu povo. Seu pai tentou enfrentá-la, mas acabou
107

morrendo na frente do besouro-rei. Ele não conseguiu ver claramente


quem era essa criatura, mas seus olhos amarelos causavam medo.
Após a devastação, ele fugiu com os poucos sobreviventes de sua
espécie, que se espalharam por outros planetas e luas. Ele vagou pelo
espaço em uma espécie de nave-ovo, até que encontrou um objeto que
estava se dirigindo para a Terra. Ele seguiu o objeto, carregando os ovos
de sua espécie, já que eles eram o último vestígio de sua raça, dizimada
em seu planeta natal.
O besouro-rei estava acompanhado apenas por sua fêmea, Cleópatra,
enquanto explorava o espaço. Ele viu Megatriz em algum momento e
lembrou da missão que seu pai lhe confiou antes de morrer: preservar
seu povo, custe o que custar. Por isso, ele estava na Terra, um ambiente
propício para a evolução de sua espécie. No entanto, ele teve que caçar
humanos, algo que fazia contra sua vontade. Nos outros planetas e luas
onde foram parar, os alimentos eram escassos, forçando sua espécie a
se adaptar e mudar seus hábitos para sobreviver.
A espécie que agora habitava a Terra era a descendência real de Oásis.
A extinção dessa espécie significaria a extinção de toda a raça, e
aqueles que estavam espalhados por outros planetas se tornariam
apenas soldados sem rumo. Max começava a entender a dor que Oásis
carregava. Ele se transformou em Rá e voou até o Abrigo, que estava
destruído. Em seguida, ele voltou à forma humana.
Mega perguntou o que Max faria em seguida. Stilk disse que Max era
um pouco especial e talvez tivesse encontrado uma solução para aquela
espécie. Max chamou Stilk pelo nome e se transformou nele. Mega ficou
impressionado com o que estava acontecendo. Max explicou que Stilk
conhecia os segredos do Mega e perguntou se era possível acelerar a
108

evolução daquela espécie sem causar mais danos à humanidade. Stilk


confirmou que sim, e Max propôs um plano.
Stilk usou seus poderes de engenharia genética, que também haviam
evoluído dentro do Megatrix. Ele usou os poderes de aceleração para
adaptar as criaturas à Terra, fazendo com que evoluíssem ao longo de
milhões de anos em questão de momentos. Os ovos se abriram,
liberando pequenas larvas de besouro Hércules, que eram menores que
sementes. Max então acelerou sua evolução para sua forma final de
cigarras e mariposas. Um deles se tornou o besouro-rei, o legítimo filho
de Oásis. As criaturas espalharam-se pelo mundo, procurando seus
lugares na Terra e se alimentando apenas de energia solar e frutas.
Max voltou à sua forma normal e se dirigiu aos seus amigos, como
Mega havia sugerido. No acampamento, Max reuniu todos em uma
roda, olhando para Mozart. Sara encontrou Max e o abraçou, mas
alguns colegas começaram a atirar pedras nele, ainda ressentidos por
tudo o que aconteceu naquela noite.
Sarah, Aristotle e Cris também defenderam Max perante os outros.
Speed interrompeu a discussão e repreendeu todos, lembrando que,
independentemente do paradeiro de Max na floresta, o resultado final
teria sido o mesmo, já que as criaturas estavam soltas. Speed
mencionou que Mozart se sacrificou para proteger seus amigos e não
resistiu aos ferimentos. As últimas palavras de Mozart foram: "Muito
obrigado, Max. Eu pude retribuir o que você e seu pai fizeram por mim."
A população presente começou a aplaudir e carregaram o corpo de
Mozart. Max chorava junto com seus amigos, compartilhando a tristeza
da perda. Pela primeira vez, Asimov mostrou arrependimento por suas
ações.
109

Enquanto isso, repórteres, policiais e os seguranças de Sarah


começaram a chegar ao local, juntamente com médicos. Max estava em
choque diante de toda aquela situação e se sentia culpado. Um dos
empregados de Sarah mencionou que um abrigo que pertencia à família
dela havia sido destruído pela criatura mutante. Acredita-se que essas
criaturas tenham surgido da era atômica ou sejam remanescentes de
robôs da Terceira Guerra Mundial. O abrigo em questão pertencia a
Mendel Medelin Blake, um pioneiro em pesquisas genéticas e evolução
com biotecnologia. Ele era apaixonado por besouros e, dizem, enviou
muitas espécies para o espaço, embora o restante das informações seja
confidencial.
A chuva começou a cair, e a mãe de Max chegou ao local e o abraçou.
Ela mencionou que entrou em contato com a família de Sarah, que a
trouxe até lá. Max estava em estado de choque, preocupado com o
amigo ferido que havia sido levado às pressas para o hospital. Megatriz
especulou que Cleópatra poderia ter ferido Mozart, mas o veneno não
seria fatal; no entanto, poderia deixá-lo paralisado por alguns dias,
embora seus órgãos continuassem funcionando.

Megatriz diz a Max que é hora de cumprir o acordo que eles fizeram.
Max pergunta como poderá fazer isso, e Megatriz sugere que a maneira
mais fácil é ter um contato genético entre os dois. Megatriz diz a Max
para falar com Sarah, pois tem algo a dizer. Quando Max pergunta o que
é, Megatriz assume o controle do corpo e beija Sarah. Ele tenta
transferir-se para o corpo dela, mas, por algum motivo, fica preso ao
corpo de Max. Megatriz pergunta a Stilk se funcionou. Max testemunha
tudo isso e fica envergonhado. Sarah fica com raiva e com o rosto
vermelho de constrangimento. Ela começa a bater em Max e dá vários
chutes antes de ir embora.
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Stilk explica que a regra do Sol Nascente também se aplicava a eles.


Max atingiu a forma perfeita e não pode se separar facilmente de
Megatriz. Se eles fossem separados, ambos poderiam morrer ou, no
mínimo, Max sofreria, já que Megatriz passaria a agir como um parasita.
Encontrar outro hospedeiro compatível seria extremamente difícil. Max
questiona como poderia ser compatível se nunca teve contato com
esses seres. Stilk responde que esse é um problema deles e se retira
para sua cápsula.
Ashley aparece e agradece ao grupo por tê-los protegido. No entanto,
Sarah decide cortar qualquer tipo de relação com Ashley, Speed e sua
gangue, bem como com a turma. Ela os culpa por tudo o que aconteceu.
Aristotle, Cris, Bárbara, os Sapos Gelatinas, Pedregulho e, por fim,
Sarah abraçam Max. Todos estão felizes por ele estar bem. Cris
pergunta onde ele estava, e Sarah responde (com uma mentira) que o
encontrou escondido em uma caverna. Ela afirma que foi Max quem
chamou e atraiu as criaturas que protegeram a cidade.
O diretor estava fumando um cigarro, preocupado com tudo o que havia
acontecido e como ele havia autorizado uma viagem dessa natureza.
Um dos moradores comenta que as criaturas os hipnotizaram, atraindo
assim mais vítimas. Quando as asas com olhos de sangue se abriam e
elas cantavam, isso induzia uma espécie de hipnose. Os Warriors
juntaram-se a Speed, inclusive aquele que ajudou o diretor a encontrar
outro sapo próximo ao acampamento.
Bárbara puxa a orelha de Max e pergunta o que ele se meteu. Ela
comenta que no caminho encontrou um inseto novo na região (uma
espécie de cigarra-mariposa) e o colocou em um pote. Max dá um susto
e diz que já está cansado de besouros. Bárbara ri e esclarece que se
trata de uma cigarra.
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De forma triste, Max pergunta sobre Mozart. Sarah responde que ele
está sendo levado para o melhor hospital do país, a Fundação Blake.
Sarah diz que Mozart foi salvo por um cara vestindo vermelho. Bárbara
e um dos funcionários da família de Sarah perguntam sobre as criaturas
que eles gravaram. Bárbara comenta que não havia registro de algo tão
grandioso há muitas décadas.
Fofucho pula em Bárbara, que se assusta e grita "Um sapo!". Max diz
que fez dois amigos: uma tartaruga feita de rochas que morde e os
sapinho. Bárbara nunca tinha visto uma tartaruga tão bizarra.
Sarah disse que poderia levar a criatura para o Instituto de Pesquisas.
Ashley ficou ao lado de Speed, que carregava um peso na consciência
por tudo o que aconteceu. Ele também não queria que aquilo
acontecesse com Mozart, enquanto ao mesmo tempo sentia uma certa
inveja de Max.
A Fundação Blake e a polícia assumiram a responsabilidade pela
cidade. Sarah, Aristotle, Bárbara, Cris, os sapos e Pedregulho todos
foram juntos de helicóptero de volta para Nova York.
Antes de entrar no helicóptero, Max avista uma figura com cabelos
brancos e pontas azuis, parecendo um "fantasma", acenando para ele.
Logo em seguida, a figura desaparece. Max pensa que talvez tenha sido
apenas um efeito do cansaço.
A Fundação Blake e o diretor ficaram encarregados de levar os alunos
de volta para casa. Sarah estava muito preocupada e se sentia culpada
por ter convidado seus amigos, especialmente Max, que poderia ter
perdido a vida. Ela estava absorta em pensamentos. Max entrega a ela
um colar que sua mãe a havia dado, um presente do pai de Sarah. Era
uma gargantilha com uma joia roxa e o desenho da estrela ômega,
simbolizando sua guardiã e trazendo boa sorte. Ele diz a Sarah para não
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se preocupar, e ela o abraça agradecida pelo gesto. Todos descansam e


voltam para Nova York.

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