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FURG/ILA – Teoria da Literatura I – 2012

Roteiro de leitura de A metamorfose, de Franz Kafka

A partir da leitura de A metamorfose, de Franz Kafka, responda às perguntas abaixo:

1) Caracterize a personagem Gregor Samsa, física, moral, social e psicologicamente.


2) Caracterize o narrador da obra. A qual personagem o narrador dedica mais atenção?
Esse foco se mantém ao longo da obra?
3) O começo do livro caracteriza-se pela narração ou pela descrição? Justifique a sua
resposta, citando passagens do texto.
4) O termo “kafkiano”, já dicionarizado, é usado para designar uma situação absurda.
Na sua opinião, o que pode ser apontado como “kafkiano”, em A metamorfose?
5) Depois de ler o trecho abaixo, de Antonio Hohlfeldt, escreva um pequeno texto
comentando a passagem:
Em síntese, Kafka foi moderno porque sua literatura surpreende a
inadequabilidade do ser humano ao mundo crescentemente
maquinizado, onde as pessoas se tornam máquinas, robôs, coisas,
instrumentos de poder, negadas em sua essência e em sua identidade.
HOHLFELDT, Antonio. Franz Kafka. In: MASINA, Léa. Guia de
leitura: 100 autores que você precisa ler. Porto Alegre: L&PM, 2007.
p. 86.
6) É possível ver a metamorfose de Gregor Samsa como a alegoria da
coisificação/reificação do homem moderno, esmagado pela rotina? Pode-se dizer que Gregor,
sustento da família, talvez tenha encontrado na metamorfose a libertação de uma vida marcada
pela alienação e pela incomunicabilidade?
7) Além da transformação de Gregor Samsa, também a família passa por uma
metamorfose (psicológica, social e comportamental) em suas vidas, conforme o romance tão
bem demonstra. Nesse sentido, como você interpreta a reação e as ações da família de Gregor,
ao final do romance, depois que a empregada informa que “ele [Gregor] empacotou; está lá
empacotado de uma vez!” (p. 79)?
8) Quanto ao clímax da história, pode-se afirmar que está no fim ou no começo do
romance?
9) Pense sobre a questão da verossimilhança e do verídico, na obra.
10) Comente o seguinte trecho de Modesto Carone:
Como já dissemos, essas desventuras são introduzidas com efeito de
choque pela abertura, que sem dúvida alguma se pode considerar uma
das mais drásticas da história da literatura. Pois, apesar de estar
falando de algo empiricamente inaceitável, ela não recorre à magia
tranquilizadora do ‘era uma vez’, característico do conto da
carochinha.
CARONE, Modesto. Lição de Kafka. São Paulo: Companhia das
Letras, 2009. p. 18.

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