Conforto Ambienta Ii

CONFORTO AMBIENTAL II
AVALIAÇÃO DA ILUMINAÇÃO NATURAL - FATOR DE DISCENTE:ROBERTA DE SOUSA VALENTIM
CA LUZ DIURNA
DOCENTE:DR.EDUARDO DIAS
CA LUZ DIURNA
1.INTRODUÇÃO
A busca pelo conforto , seja através de estratégias e A iluminação natural proporciona ao usuário o conforto
mudanças no ambiente , é constante . A iluminação natural necessário para realizar suas funções da melhor forma
entra como um dos fatores extremamente importantes no possível , já que ambientes com apenas luz artificial
que se diz a respeito da constância e permanência do muitas das vezes acaba impossibilitando e tornando
usuário no ambiente no qual está inserido A luz direta do sol . enfadonho a realização de tarefas por determinado
é abundante durante a maior parte do horário de trabalho , tempo . O presente trabalho busca avaliar uma
especialmente nos meses de verão , indicando que sistemas residência unifamiliar , localizada na cidade de Paraná –
de aberturas corretamente projetados podem garantir RN , por meio do Fator de Luz Diurna e comparar as
iluminação necessária para substituir a iluminação artificial medidas obtidas com a NBR 15575 ( Edificações
(
PEREIRA ,1994). Habitacionais – Desempenho ).
01
CA LUZ DIURNA
2.REVISÃO DA LITERATURA
A iluminação natural possui eficiência luminosa , ou seja , é O desempenho de iluminação que costa e é
uma excelente reprodução de cores e menor conteúdo estabelecido pela NBR 15.575 é um critério que precisa
térmico se compararmos com a iluminação artificial dada ser seguido sobre pena de processos e demais
através dos pontos elétricos de iluminação . Além disso , a penalidade judiciais, afinal , é a preocupação com o
utilização da luz natural da melhor maneira proporciona ao conforto dos usuários a fim de proporcionar a
usuário uma melhor percepção visual dos espaços e objetos , .

qualidade das edificações Estudos apontam que , o não
devido às suas características direcionais e contribui para a cumprimento desses critérios é prejudicial à saúde das
orientação espacial e temporal (MORE , 1991; ROBBINS , pessoas . O não uso da luz natural pode ser grave ao
1986). ponto de possuir uma terminologia própria .
03
CA LUZ DIURNA
3.METODOLOGIA -CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

O desempenho de iluminação que costa e é estabelecido Medição realizada em dia com cobertura de nuvens
pela NBR 15.575 é um critério que precisa ser seguido sobre maior que 50%, sem ocorrência de precipitações ;
pena de processos e demais penalidade judiciais , afinal , é a Medição realizada com iluminação artificial
preocupação com o conforto dos usuários a fim de desligada sem que houvesse a presença de
.
proporcionar a qualidade das edificações Estudos apontam obstruções opacas , como : janelas e cortinas
que , o não cumprimento desses critérios é prejudicial à abertas e portas internas abertas ;
.
saúde das pessoas O não uso da luz natural pode ser grave Sem haver incidência de luz solar direta sobre o
ao ponto de possuir uma terminologia própria . equipamento portátil .
A realização das medições foi feita no plano horizontal
utilizando o luxímetro ,
portátil no período de 10 h às 11 ,
h
levando em consideração as seguintes condições :
05
CA LUZ DIURNA

3.1 ANÁLISE DOS DADOS
Fig . 01: Planta Baixa
A residência unifamiliar possui uma área de 98.03 m²

e é composta por três dormitórios , sala de estar ,
cozinha , BWC social e garagem . Ela fica localizada
na cidade de Paraná , interior do Rio Grande do
.
Norte Para que a residência se tornasse objeto de
)1202(
estudo foi necessário realizar o levantamento
AROTUA ETNOF
arquitetônico do espaço e assim inserir no
software AutoCad .
:
05
CA LUZ DIURNA

3.1 ANÁLISE DOS DADOS Tabela 01: ( )
Fator de Luz Diurna para os diferentes ambientes da habitação nível mínimo
Em seguida , -
realizou se a medição da iluminância externa e
interna da residência e dos seus ambientes internos Após a .

obtenção dos dados , -
calculou se o Fator de Luz Diurna
(
FLD ), a fim de fazer os comparativos dos resultados
perante aos parâmetros estabelecidos pela norma .
A NBR 15575 estabelece o FDL mínimo para cada ambiente ,

como mostra a Tabela 01 02.
e
:
Fonte NBR 15575
05
CA LUZ DIURNA

Tabela 02: ( )
Fator de Luz Diurna para os diferentes ambientes da habitação nível de desempenho
Fig . 01: Fator de Luz Diurna
:
Fonte NBR 15575
Desse modo , a primeira medição de iluminância foi a
:
Fonte NBR 15575 , ,
externa à sombra ou seja realizada na área externa da
O cálculo do FDL é feito da seguinte forma : .

residência
Em posse da iluminância externa ( ),

Ee sendo 3 k ,
lux
passamos para a medição dos ambientes internos .
05
CA LUZ DIURNA

. 01: - 01
QUARTO 01
Fig Planta Baixa Quarto
FDL = 100 Ei
Ee
FDL = 100 2,1

3000
FDL = 0,07%
:
FONTE AUTORA (2021)
05
CA LUZ DIURNA

. 02: - 02
QUARTO 02
FDL = 100 Ei
Ee
FDL = 100 0,8

3000
FDL = 0,02%
:
FONTE AUTORA (2021)
05
CA LUZ DIURNA

. 03: - 03
QUARTO 03
FDL = 100 Ei
Ee
FDL = 100 0,9

3000
FDL = 0,03%
:
FONTE AUTORA (2021)
05
CA LUZ DIURNA

. 04: -
SALA DE ESTAR
Fig Planta Baixa Sala de estar
FDL = 100 Ei
Ee
FDL = 100 1,5

3000
FDL = 0,05%
:
FONTE AUTORA (2021)
05
CA LUZ DIURNA

. 05: -
COZINHA
Fig Planta Baixa Cozinha
FDL = 100 Ei
Ee
FDL = 100 7,0

3000
FDL = 0,23%
:
FONTE AUTORA (2021)
05
CA LUZ DIURNA

. 06: -
BWC SOCIAL
Fig Planta Baixa BWC
FDL = 100 Ei
Ee
FDL = 100 0
3000
FDL = 0%
:
FONTE AUTORA (2021)
05
CA LUZ DIURNA

. 07: -
GARAGEM
Fig Planta Baixa Garagem
FDL = 100 Ei
Ee
FDL = 100 83
3000
FDL = 2,73%
:
FONTE AUTORA (2021)
05
CA LUZ DIURNA
4. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Os dados colhidos e calculados proporcionam a realização
15575. ,
RESIDÊNCIA UNIFAMILIAR - 98.03M²
da análise a partir da NBR Nela podemos definir os
parâmetros de iluminação natural com base no fator de luz
diurna a partir nos valores estabelecidos pela norma , seja o

AMBIENTES EI (LUX) FDL
nível de desempenho mínimo , intermediário ()
i e superior ( ).
s
QUARTO 01 2,1 0,07%
Como mostra a tabela ao lado, os valores médios ( )Ei
QUARTO 02 0,8 0,02%
obtidos a partir do Arduino Science Journal entre , 10h e 11 ,h
QUARTO 03 0,9 0,03%
ao serem calculados resultando no FDL do ambiente , SALA DE ESTAR 1,5 0,05%
apresentam valores muito abaixo dos parâmetros
COZINHA 7,0 0,23%
estabelecidos .
BWC 0 0%
O quarto 01, primeiro ambiente a ser analisado mostrou se , - GARAGEM 82 2,73%
um valor inaceitável de 0,07%, ,
ou seja muito abaixo do valor
de ≥ 0,50% apontado pela norma , apesar de ser o único
dormitório com abertura para ventilação e iluminação , 39

mesmo sendo indireta .
CA LUZ DIURNA
4. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

de ≥ 0,50% apontado pela norma , apesar de ser o único Não muito diferente dos outros cômodos , a cozinha
dormitório com abertura para ventilação e iluminação , obteve um FDL de 0,23%, um pouco acima do demais ,
mesmo sendo indireta . O mesmo aconteceu com o Quarto ,
de fato mas não suficiente para alcançar o nível mínimo
02 03,
e ambos não possuem nenhuma abertura , apenas a de desempenho . Esse aumento é dado pelo fato de a
porta de entrada que não influencia muito nos valores , por cozinha possuir uma telha translucida e não pelo fato de
,
isso os dois ambientes tiveram como resultado um FDL de .
ter alguma abertura além da porta O BWC obteve um
0,02% 0,03%,
e sucessivamente . FDL de 0%, o que é considerado aceitável já que esse
tipo de cômodo não possui nível mínimo requerido .

Assim como os dormitórios , a sala de estar é outro Diferentemente dos outros , a garagem foi o ambiente
ambiente no qual não possui abertura para ventilação e que como um FDL DE 2,73%, apresentou um nível de
iluminação , apenas portas que dão para a cozinha e a desempenho superior , ,

ou seja dentro dos parâmetros
garagem , resultando em um FDL de 0,05%, valor também da norma que estabelece ≥ 0,35% para dependências
muito abaixo . como corredor , escada interna e de uso comum
( )
prédios e garagens que é o ambiente analisado .
39
CA LUZ DIURNA
5. CONCLUSÃO
Diante do que foi analisado , os valores mencionados
reforçam a importância de se ter um planejamento prévio
visando o conforto do usuário no espaço de permanência ,

,
afinal não é possível permanecer em ambientes que se
mostram inadequados . O grande problema da residência
unifamiliar analisada é o fato de ser uma edificação
germinada , portanto , não é possível fazer a abertura de
janelas para que os dados aqui apresentados não se
apresentem de tal maneira . Por isso , é necessário buscar
alternativas que possam suprir de alguma forma a
necessidade de haver aberturas para iluminação diurna .

Uma sugestão seria a implementação de poços de luz que
funciona na capitação de luz e ventilação natural para
ambientes internos da construção .

43
CA LUZ DIURNA
6.REFERÊNCIAS
[1] FILIPE BONI . Iluminação natural e NBR 15.575: entenda este conceito ! -
UGREEN . Disponível em :< https :// . . . / -
www ugreen com br iluminacao natural e nbr - - -
15-575- - -
entenda este conceito />. Acesso em : 10 . 2021.
ago
[2] ,
ROSSI Camila Taciane et al . ANÁLISE DA QUALIDADE DA ILUMINAÇÃO
NATURAL EM UMA UNIDADE HABITACIONAL NA CIDADE DE TRÊS DE MAIO -

RS . :
In XXV SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA , 0., 2017, Santa Rosa . Aa .
Santa Rosa Aa : , 2017. . 0-0.
p
44
CA LUZ DIURNA
MUITO OBRIGADA.

Conforto Ambienta Ii

Enviado por

Dados do documento

Descrição original:

Título original

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Conforto Ambienta Ii

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

CONFORTO AMBIENTAL II

AVALIAÇÃO DA ILUMINAÇÃO NATURAL - FATOR DE DISCENTE:ROBERTA DE SOUSA VALENTIM

AVALIAÇÃO DA ILUMINAÇÃO NATURAL - FATOR DE DISCENTE:ROBERTA DE SOUSA VALENTIM

AVALIAÇÃO DA ILUMINAÇÃO NATURAL - FATOR DE DISCENTE:ROBERTA DE SOUSA VALENTIM

usuário uma melhor percepção visual dos espaços e objetos , .

1986). ponto de possuir uma terminologia própria .

AVALIAÇÃO DA ILUMINAÇÃO NATURAL - FATOR DE DISCENTE:ROBERTA DE SOUSA VALENTIM

3.METODOLOGIA -CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

ao ponto de possuir uma terminologia própria . equipamento portátil .

A realização das medições foi feita no plano horizontal

levando em consideração as seguintes condições :

AVALIAÇÃO DA ILUMINAÇÃO NATURAL - FATOR DE DISCENTE:ROBERTA DE SOUSA VALENTIM

3.METODOLOGIA -CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

A residência unifamiliar possui uma área de 98.03 m²

na cidade de Paraná , interior do Rio Grande do

AVALIAÇÃO DA ILUMINAÇÃO NATURAL - FATOR DE DISCENTE:ROBERTA DE SOUSA VALENTIM

3.METODOLOGIA -CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

interna da residência e dos seus ambientes internos Após a .

perante aos parâmetros estabelecidos pela norma .

A NBR 15575 estabelece o FDL mínimo para cada ambiente ,

AVALIAÇÃO DA ILUMINAÇÃO NATURAL - FATOR DE DISCENTE:ROBERTA DE SOUSA VALENTIM

3.METODOLOGIA -CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

Desse modo , a primeira medição de iluminância foi a

O cálculo do FDL é feito da seguinte forma : .

Em posse da iluminância externa ( ),

passamos para a medição dos ambientes internos .

AVALIAÇÃO DA ILUMINAÇÃO NATURAL - FATOR DE DISCENTE:ROBERTA DE SOUSA VALENTIM

3.METODOLOGIA -CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

FDL = 100 2,1

AVALIAÇÃO DA ILUMINAÇÃO NATURAL - FATOR DE DISCENTE:ROBERTA DE SOUSA VALENTIM

3.METODOLOGIA -CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

FDL = 100 0,8

AVALIAÇÃO DA ILUMINAÇÃO NATURAL - FATOR DE DISCENTE:ROBERTA DE SOUSA VALENTIM

3.METODOLOGIA -CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

FDL = 100 0,9

AVALIAÇÃO DA ILUMINAÇÃO NATURAL - FATOR DE DISCENTE:ROBERTA DE SOUSA VALENTIM

3.METODOLOGIA -CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

FDL = 100 1,5

AVALIAÇÃO DA ILUMINAÇÃO NATURAL - FATOR DE DISCENTE:ROBERTA DE SOUSA VALENTIM

3.METODOLOGIA -CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

FDL = 100 7,0

AVALIAÇÃO DA ILUMINAÇÃO NATURAL - FATOR DE DISCENTE:ROBERTA DE SOUSA VALENTIM

3.METODOLOGIA -CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

AVALIAÇÃO DA ILUMINAÇÃO NATURAL - FATOR DE DISCENTE:ROBERTA DE SOUSA VALENTIM

3.METODOLOGIA -CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

AVALIAÇÃO DA ILUMINAÇÃO NATURAL - FATOR DE DISCENTE:ROBERTA DE SOUSA VALENTIM

4. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

da análise a partir da NBR Nela podemos definir os

parâmetros de iluminação natural com base no fator de luz

diurna a partir nos valores estabelecidos pela norma , seja o

de ≥ 0,50% apontado pela norma , apesar de ser o único

dormitório com abertura para ventilação e iluminação , 39

AVALIAÇÃO DA ILUMINAÇÃO NATURAL - FATOR DE DISCENTE:ROBERTA DE SOUSA VALENTIM

4. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

tipo de cômodo não possui nível mínimo requerido .

iluminação , apenas portas que dão para a cozinha e a desempenho superior , ,

muito abaixo . como corredor , escada interna e de uso comum

AVALIAÇÃO DA ILUMINAÇÃO NATURAL - FATOR DE DISCENTE:ROBERTA DE SOUSA VALENTIM

reforçam a importância de se ter um planejamento prévio

visando o conforto do usuário no espaço de permanência ,

mostram inadequados . O grande problema da residência

unifamiliar analisada é o fato de ser uma edificação