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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ – UNIFAP

PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO – PROGRAD


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS - DCET
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO – CAU

CONFORTO AMBIENTAL I

ILUMINAÇÃO NATURAL
AULA 1 - MINISTRADA PELO PROF. ME. BRUNO SILVA
CONFORTO VISUAL
Conforto visual é entendido como a existência de um conjunto de condições, num determinado
ambiente, no qual o ser humano pode desenvolver as suas tarefas visuais com o máximo de acuidade
e precisão visual, com o menor esforço, com o menor risco de prejuízos à vista e com reduzidos
riscos de acidente. Assim, há critérios:
• Objetivos: a quantidade de luz mínima necessária para as atividades desenvolvidas no local de
trabalho, o uso da luz para boa definição de cores e que não provoquem ofuscamento (critério:
tarefas visuais no ambiente);
• Subjetivos: são mais associados à compreensão do espaço (varia de acordo com a idade, estilo de
vida, vivências pessoais, hora do dia); a forma como interpretamos os pontos de tensão de um
ambiente; os contrastes criados pela luz que podem alterar favorável ou desfavoravelmente as nossas
sensações, etc.;
• Biológicos, que estão associados a acuidade visual, definida como a capacidade dos olhos em
distinguir detalhes espaciais, ou seja, identificar a forma e o contorno de objetos ou imagens. Esse
conceito está relacionado aos fatores como a nitidez da imagem que chega até a retina, a qualidade
das células desse tecido e, também, a eficiência do cérebro em interpretar as imagens capturadas.
CONFORTO VISUAL

Requisitos necessários para a ocorrência do processo visual:


• Iluminância suficiente;
• Boa distribuição da iluminância;
• Ausência de ofuscamento;
• Contrastes adequados (proporção de luminância);
• Bom padrão de direção das sombras;
NÍVEL DE ILUMINAÇÃO
• É importante balancear a qualidade e a quantidade de iluminação em um ambiente, bem como
escolher adequadamente a fonte de luz natural ou artificial.
• Iluminância (lux) x Luminância (cd/m²)
CONTRASTE
• O contraste é definido pela relação entre a luminância (brilho) de um objeto e a luminância do
entorno imediato a este objeto.
• A sensibilidade ao contraste melhora com o aumento da luminância, que por sua vez é função
da iluminação, até certos limites (possibilidade de ocorrer ofuscamento);

Exemplo de aplicação do contraste.


CONTRASTE

Medidor de luminância (cd/m²)


OFUSCAMENTO

• Quando o processo de adaptação não transcorre


normalmente devido a uma variação muito grande,
experimenta-se uma perturbação, desconforto ou até mesmo
perda na visibilidade, que é chamada de ofuscamento.
• CONTRASTE: proporção de luminância maior que 10:1;
• SATURAÇÃO: luz em excesso (25.000 cd/m²);
• Ofuscamentos DESCONFORTÁVEIS, PERTURBADORES ou
INABILITADORES;
• Tipos de ofuscamento: Direto e Indireto;
OFUSCAMENTO DIRETO
• Provocado pela geometria do ambiente visual. Quando uma fonte de luz está localizada mais
próxima ao centro de visão, o ofuscamento é mais acentuado. A presença do sol ou mesmo da luz
natural difusa no mesmo campo de visão de alguém que está trabalhando num computador, por
exemplo, pode ofuscar a leitura do monitor.
OFUSCAMENTO DIRETO
Ofuscamento direto através de fontes de iluminação artificial.
OFUSCAMENTO DIRETO
OFUSCAMENTO DIRETO
OFUSCAMENTO INDIRETO
• Causado pela reflexão de fontes de luz numa superfície polida e/ou cuja cor seja mais clara.
• Pode ser evitado com a especificação de superfícies com acabamento fosco e cores mais neutras.
• Cuidado especial com ambientes de trabalho que exigem leitura, escrita, desenho, etc.
ILUMINAÇÃO NATURAL
VARIÁVEIS CLIMÁTICAS PARA SE CONSIDERAR NO PROJETO DE ILUMINAÇÃO NATURAL E ARTIFICIAL
A RADIAÇÃO SOLAR

• É a principal fonte de energia para o


planeta (calor) e constitui uma importante
fonte de luz (conforto visual - evolução
olho humano);
• As fontes de luz natural são o Sol, o céu e
as superfícies edificadas ou não, que
fornecem respectivamente, luz direta, luz
difusa e luz refletida ou indireta.
NEBULOSIDADE

• É necessário o conhecimento de três tipos básicos de céu (Comissão Internacional de


Iluminação, CIE), que traduzem todas as possíveis variações de luz diurna para poder avaliar
a iluminação natural em um ambiente: o céu CLARO, o céu PARCIALMENTE ENCOBERTO, e o
céu ENCOBERTO;

• Céu Claro – o céu encontra-se azul sem nuvens e o Sol é visível;


• Céu intermédio – representa uma situação intermédia entre céu limpo e céu encoberto. Esta
situação representa o céu parcialmente encoberto ou parcialmente limpo e é o tipo de céu
mais frequente;
• Céu encoberto – condições de céu completamente coberto por espessas nuvens escuras..
NEBULOSIDADE

• Estudo de caso no pior cenário;


• FLD – Fator de Luz diurna:
parcela de luz difusa oriunda
do exterior que atinge o ponto
interno de medida. É razão
percentual entre a iluminância
no ponto de referência e a
iluminância externa disponível;
MACAPÁ

INMET, 2016 Wheater Spark, 2020


VARIÁVEIS CLIMÁTICAS X PROJETO
• Como a arquitetura manipulara as variáveis
climáticas para garantir aos seus usuários as
tão desejáveis condições de conforto?

Através do Partido Arquitetônico (conjunto de


diretrizes gerais de projeto):
- tipologia arquitetônica;
- sistema construtivo;
- forma de implantação e orientação do
edifício no terreno, permeabilidade dos espaços
(sua relação como o meio externo, a relação do
privado com o publico, do quanto se permeia a
envoltória do edifício, o quanto e de que forma
este se abre para o espaço exterior);
- relação espacial / funcional entre as diferentes
atividades e espaços do edifício.
HISTÓRIA DA LUZ NA ARQUITETURA
HISTÓRIA DA LUZ NA ARQUITETURA
HISTÓRIA DA LUZ NA ARQUITETURA
HISTÓRIA DA LUZ NA ARQUITETURA
HISTÓRIA DA LUZ NA ARQUITETURA
HISTÓRIA DA LUZ NA ARQUITETURA
HISTÓRIA DA LUZ NA ARQUITETURA
HISTÓRIA DA LUZ NA ARQUITETURA
REFERÊNCIAS
LAMBERTS, R.; DUTRA, L.; PEREIRA, F.O.R. Eficiência energética na arquitetura. [3.ed.]
Rio de Janeiro,2014.

Ler Capítulos 2 e 5.

PEREIRA, Fernando O. R. Iluminação Natural no Ambiente Construído. III Encontro


Nacional e I Encontro Latino-Americano de Conforto no Ambiente Construído.
Gramado, 1995.

GONÇALVES, Joana C.S. et. al. Iluminação Natural e Artificial. PROCEL-EDIFICA. Rio de
Janeiro, 2011.

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