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Iluminação

Higiene Ocupacional I

Professor: Luciano de Paula Modesto


E-mail: luciano.modesto@ifmg.edu.br
Higiene Ocupacional I – Prof. Luciano de Paula Modesto

 Iluminação:

• A iluminação, ou seja, a luz visível, não é, a exemplo de outros


parâmetros levantados em higiene ocupacional, propriamente um
“agente agressivo” do ponto de vista de desencadeamento certo de
doenças ocupacionais.

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• A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de


forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e
contrastes excessivos.

• Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais


de trabalho são os valores de iluminâncias estabelecidos na NBR
5413, norma brasileira registrada no INMETRO.

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 NR-17 - no item 17.5 – Condições Ambientais de


Trabalho:

• Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação


adequada, natural ou artificial, geral ou suplementar, apropriada à
natureza da atividade.

• Os métodos de medição e os níveis mínimos de iluminamento a


serem observados nos locais de trabalho são os estabelecidos na
Norma de Higiene Ocupacional nº 11 (NHO 11) da Fundacentro -
Avaliação dos Níveis de Iluminamento em Ambientes de Trabalho
Internos.
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 Visão Humana
• A visão é um conjunto complexo de fenômenos físicos, fisiológicos e
psicológicos, resultante da captação das ondas eletromagnéticas.

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 Visão Humana

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 Visão Humana

 O olho pode adaptar-se assim à iluminação ambiente de duas


formas:

• Modificação reflexa da abertura da pupila – esta abre-se quando a


iluminação é baixa e fecha-se quando a iluminação é muito
elevada, constituindo como um mecanismo de proteção contra o
encadeamento provocado por luminosidades elevadas;

• Sensibilidade dos órgãos de recepção da retina.

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 Visão Humana

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 Funções Visuais

 Acuidade Visual – ver claramente os objetos.

 Visão Estereoscópica – notar os relevos.

 Percepção das Cores – identificar e distinguir as cores.

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 Grandezas e Unidades Fotométricas


• Fluxo Luminoso – quantidade total de luz emitida por uma fonte
luminosa durante um segundo. É medido em lumen (lm).

• Intensidade Luminosa – medida de fluxo luminoso emitido numa


determinada direção. É medida em candela (cd). Exemplo: Lâmpada de
incandescência de 100 w = 1200 cd.

• Iluminância – medida de fluxo luminoso incidente por unidade de


superfície. É medida em lux (lx). Exemplos: Dia de Sol aberto lx / Noite de
luar – 0,25 lx / Boa iluminação de trabalho – 1000 lx / Boa iluminação
rodoviária – 20 lx.

• Luminância – intensidade luminosa emitida, transmitida ou refletiva por


unidade de superfície. É medida em candelas por metro quadrado (cd/m2).
É uma medida de brilho por unidade de superfície. 10
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 Medição da Iluminação

• A medição dos níveis de iluminamento previstos deve ser feita no


campo de trabalho onde se realiza a tarefa visual, utilizando-se de
luxímetro (luminancímetro) com fotocélula corrigida para a
sensibilidade do olho humano e em função do ângulo de incidência.

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 Instrumento de Medição

• LUXÍMETRO

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 Campo de Trabalho

• Entende-se por CAMPO DE TRABALHO toda a região do espaço


onde, para qualquer superfície aí situada, exigem-se condições de
iluminação apropriadas à TAREFA VISUAL a ser realizada.

• Os pontos que realmente interessam ser avaliados em um estudo de


iluminação são aqueles em que são realizadas as tarefas visuais
principais/habituais.

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 NBR 5413/92 Iluminância de interiores

• Estabelece os valores de iluminâncias médias mínimas em serviço


para iluminação artificial em interiores, onde se realizem atividades
de comércio, indústria, ensino, esporte e outras.

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 Iluminância por classe de tarefas visuais

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 Fatores determinantes de iluminação


adequada:
 Características da tarefa e do observador:

Idade Inferior a 40 anos 40 a 55 anos Superior a 55


anos
Velocidade e Sem importância importante Crítica
precisão
Refletância do Superior a 70% 30 a 70% Inferior a 30%
fundo da tarefa

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 Iluminação inadequada:
 Consequências:
 Maior esforço visual;
 Cansaço visual;
 Tensão nervosa e ansiedade;
 Dores de cabeça;
 Contrações dos músculos;
 Postura incorreta do corpo;
 Falta de concentração;
 Diminuição da produtividade;
 Aumento do número e gravidade de acidentes de trabalho.

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 Exemplos:
 Escolas:
 salas de aulas .......................... 200 - 300 - 500
 quadros negros........................ 300 - 500 - 750
 salas de trabalhos manuais ...... 200 - 300 - 500
 laboratórios
geral ....................................... 150 - 200 - 300
local ....................................... 300 - 500 - 750
 anfiteatros e auditórios:
platéia .................................... 150 - 200 - 300
tribuna.................................... 300 - 500 - 750

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 Efeito estroboscópico:

• Perigo elevado, uma vez que se verifica em muitos processos fabris,


cujas máquinas não possuem adequada proteção mecânica.

• Este efeito ocorre nas máquinas rotativas que rodam à mesma


frequência de rotação da frequência de alimentação das lâmpadas,
dando-nos a ilusão de que a máquina não está a rodar podendo
assim provocar acidentes aos mais incautos, que dela se aproximem.

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 Efeito estroboscópico:
 Eliminar esse efeito:
 consiste em ligar cada par de lâmpadas à mesma fase, em
paralelo, em que uma delas tem um condensador ligado em série,
de forma a provocar a defasagem de 90º.

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 Encadeamento:
• O encadeamento instantâneo ou permanente aparece quando há uma
distribuição muito desigual da luminosidade no campo de visão. A luz
é uma radiação eletromagnética e pode ser decomposta nas cores
básicas:
 Violeta;
 Azul;
 Verde;
 Amarelo;
 Laranja;
 Vermelho.

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 Encadeamento:

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 Tipos de incidência de luz:


• Iluminação geral uniforme - é aquela destinada a garantir uma
iluminação uniforme em todos os possíveis planos de trabalho.

• Iluminação zonal - destinada a iluminar uma área restrita, como um


quadro numa sala de formação.

• Iluminação localizada pontual - destinada a iluminar uma zona


muito restrita, como uma bancada de oficina, uma máquina ou uma
ferramenta.

• Iluminação combinada - a iluminação num local de trabalho é


habitualmente feita através de iluminação geral reforçada, segundo os
casos, por uma iluminação zonal ou pontual.
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 Fontes luminosas:
 As fontes luminosas podem ter natureza diferente:

• Térmicas: Sol, lâmpada incandescente - o corpo que constitui a


fonte emite radiações luminosas devido à temperatura a que é
elevado.

• Quânticas: tubos fluorescentes - a excitação elétrica, química ou


térmica de determinados corpos provoca a emissão de luz.

• No mercado existe hoje uma enorme gama de lâmpadas, divididas


por alguns grupos, tais como: fluorescentes / halogéneos.
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 Tipos de lâmpadas:
• Lâmpadas Incandescentes
 Têm vida útil de curta duração – 1000 horas; Produzem muito calor;
emitem uma luz quente ou muito quente (vermelha) que faz com
que haja boa reprodução de cores; consomem muita energia.

• Lâmpadas Fluorescentes
 Têm vida útil de longa duração – horas; emitem 4 a 8 vezes mais
luminosidade e menos calor; emitem raios luminosos mais
avermelhados ou mais frios, dependendo do tipo de tubo / lâmpada.
 A reprodução das cores, boa ou má, varia de acordo com o bulbo. A
frequência com que se acendem as luzes reduz muito a sua vida útil.
Economicamente são as mais baratas – lâmpadas florescentes de
baixo consumo. 25
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 Tipos de lâmpadas:

 Lâmpadas de Halógeno
 Têm vida útil de aproximadamente de 2000 horas; produzem muito
calor; proporcionam uma luz mais esbranquiçada (ou quente), que
faz com que haja um reprodução das cores excelente;
energeticamente ficam mais caras; ficam mais caras ao serem
substituídas; acendê-las com frequência reduz muito a sua
durabilidade.

• Fim!!!
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