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Mídia eletrônica profissional

Roteiro de programa de rádio


Ricardo Pizzotti

O roteiro ou script é o
planejamento detalhado de todo o
programa. Ele prevê as
intercessões de músicas, as falas
dos locutores e os efeitos sonoros.
Sua principal finalidade é orientar
os passos de desenvolvimento do
programa. O cabeçalho do roteiro
deve conter as informações
pertinentes a ele, como conteúdo,
data e hora da veiculação,
duração e nome do redator e do
locutor.

Roteiro fechado ou aberto


O roteiro fechado é aquele que
determina todos os sons a serem
emitidos, impedindo a
improvisação do locutor no
momento da emissão ou da
gravação do programa. Nele
constam claramente a sequência
exata a ser seguida pela técnica
(sonoplastia) e pela locução.

O roteiro aberto é aquele que


permite maior flexibilidade na
apresentação do programa pelo
locutor, permitindo que ele faça
improvisações. Nesse roteiro são
indicados apenas o uso da música
ou de efeitos sonoros, mas sem
determiná-los com exatidão.

Lançamento
O texto não deve ter separação
silábica de uma linha para outra
nem de uma lauda para outra,
para não ocasionar dificuldades
no momento da locução.

Para facilitar a leitura, além da


pontuação normativa, usam-se
barras: barras simples (/) para
indicar pausa breve na locução ou
indicar o término de cada período
do texto; e barras compostas (//)
para indicar uma pausa maior ou
o final do texto.

A roteirização de um programa de
rádio deve levar em consideração
duas linhas conjuntas de atuação.
São elas: técnica (ou sonoplastia) e
locução (ou áudio). Essas duas
linhas deverão estar bem definidas
e trabalhando paralelamente,
como no exemplo a seguir:

Nesse exemplo, o roteiro retrata o


que acontecerá no programa,
exibindo simultaneamente as
atividades do técnico de áudio
(sonoplastia) e do locutor (locução).
A “linha do tempo” indica a direção
do roteiro e, quando há ação
prevista lado a lado no quadro, há
interação e atividades simultâneas do
locutor e do operador. As setas para
cima e para baixo indicam,
respectivamente, uma diminuição e
um aumento no volume do áudio que
está sendo usado como fundo.

O rádio é o veículo do improviso.


Todos os grandes comunicadores de
rádio possuem facilidade de
improvisar; contudo, ao contrário do
que muitos pensam, improvisar não
significa falar sobre o que não se
sabe. Improvisar significa falar com
fluência sobre um assunto que é de
total domínio do comunicador.
Significa saber sair de situações
adversas e não previstas. Significa
utilizar o feeling pessoal para criar
perguntas, situações, observações e
comentários que acrescentem
dinâmica e conteúdo à
programação.

A habilidade de improvisar não


elimina a necessidade de
roteirização. Todos os formatos
precisam de um roteiro.

Construindo um roteiro
Um roteiro de rádio deve levar em
consideração todas as ações e
recursos técnicos necessários para a
realização de um programa. Um
programa roteirizado propicia uma
noção mais precisa sobre o que será
veiculado e aponta as reais
necessidades de produção.
No exemplo ao lado, a produção
deverá se preocupar com os
seguintes elementos:

Verificar a existência da vinheta


de abertura e, se for o caso,
produzi-la.
Verificar se os depoimentos de
Senna e de sua irmã se
encontram nos minidiscs e nas
faixas indicadas no roteiro. Caso
não haja o depoimento da irmã,
a produção deverá se encarregar
de solicitar e agendar a
gravação.
Verificar se o arquivo
“Vitória.mp3” encontra-se no
computador.

Todas essas atividades são funções dos


produtores, mas somente com a definição
do roteiro final é possível verificar todas
as pendências e necessidades para a
realização de um programa de rádio.

2017 - 2020 © Ricardo Pizzotti

tevepro@hotmail.com

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