Lei N 9 826 1974 Parte II

DIREITO
ADMINISTRATIVO
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
DIREITO ADMINISTRATIVO
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................4
Lei n. 9.826/1974 – Parte II.........................................................................................................................................5
Do Cômputo do Tempo de Serviço...........................................................................................................................5
Da Estabilidade e da Vitaliciedade. . ......................................................................................................................11
Estabilidade........................................................................................................................................................................11
Vitaliciedade......................................................................................................................................................................12
Da Disponibilidade. . .......................................................................................................................................................13
Das Férias............................................................................................................................................................................14
Das Licenças......................................................................................................................................................................14
Licença para Tratamento de Saúde......................................................................................................................16
Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família. ..............................................................................18
Licença à Gestante.. .......................................................................................................................................................19
Licença para Serviço Militar Obrigatório. ........................................................................................................20
Licença para Acompanhar o Cônjuge..................................................................................................................21
Das Autorizações. . .........................................................................................................................................................22
Das Autorizações para Incentivo à Formação Profissional do Funcionário. ...............................23
Afastamento para o Trato de Interesses Particulares............................................................................ 24
Da Retribuição. . ...............................................................................................................................................................25
Do Vencimento. . ...............................................................................................................................................................26
Da Ajuda de Custo.. ........................................................................................................................................................27
Das Diárias.........................................................................................................................................................................29
Das Gratificações. . .........................................................................................................................................................30
Gratificação por Serviço Extraordinário. ...........................................................................................................31
Gratificação por Regime de Tempo Integral...................................................................................................32
Do Direito de Petição.. .................................................................................................................................................33
Da Previdência e da Assistência. . .........................................................................................................................34
Previdência........................................................................................................................................................................34
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Assistência.........................................................................................................................................................................41
Resumo................................................................................................................................................................................42
Licença para Acompanhar o Cônjuge.................................................................................................................49
Exercícios............................................................................................................................................................................58
Gabarito................................................................................................................................................................................71
Gabarito Comentado.................................................................................................................................................... 72
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Apresentação
Olá! Nesta aula você estudará as disposições da Lei Estadual n. 9.826/74 que tratam a
respeito dos Direitos, Vantagens e Autorizações.
Querido(a) aluno(a), quero pedir-te uma gentileza rápida e fácil: avalie o conteúdo desta
aula. Caso você tenha gostado da forma pela qual apresentei os conteúdos, avalie positiva-
mente, sua opinião é muito importante!
Entretanto, se você não gostou da aula, envie sua crítica e/ou sugestão, ficarei grato em
saber a sua opinião e poder, com ela, melhorar.
Caso você não compreenda completamente qualquer dos assuntos tratados nas aulas,
envie sua pergunta no Fórum de Dúvidas, terei grande satisfação em responder seu questio-
namento o mais breve possível.
Seja imparável!
#SouGran
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LEI N. 9.826/1974 – PARTE II

Do Cômputo do Tempo de Serviço
Você sabe como funciona o cômputo do tempo de serviço?
O tempo de serviço compreende o período de efetivo exercício das atribuições de cargo

ou emprego público.
A apuração do tempo de contribuição será feita em anos, meses e dias.
• Considera-se um ano: período de 365 dias.

• Considera-se um mês: período de 30 dias.
Para o cálculo de qualquer benefício, depois de apurado o tempo de contribuição, este será
convertido em dias, vedada qualquer forma de arredondamento.
Existem alguns afastamentos que, mesmo o servidor não exercendo temporariamente as

atribuições do cargo, são considerados como em efetivo exercício. Assim, será considerado
tempo de efetivo exercício o afastamento em virtude de:
• Férias;
• Casamento, até oito dias;
• Luto, até oito dias, por falecimento de cônjuge ou companheiro, parentes, consanguíne-
os ou afins, até o 2º grau, inclusive madrasta, padrasto e pais adotivos;
• Luto, até dois dias, por falecimento de tio e cunhado;
Em relação ao afastamento por motivo de luto, perceba que o prazo do afastamento pode
mudar conforme a situação, veja:
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• Exercício das atribuições de outro cargo estadual de provimento em comissão, inclusi-

ve da Administração Indireta do Estado;
• Convocação para o Serviço Militar;
• Júri e outros serviços obrigatórios;
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EXEMPLO
Outro serviço obrigatório: mesário.
• Desempenho de função eletiva federal, estadual ou municipal, observada, quanto a

esta, a legislação pertinente;
• Exercício das atribuições de cargo ou função de Governo ou direção, por nomeação do
Governador do Estado;
• Licença por acidente no trabalho, agressão não provocada ou doença profissional;
− Acidente de trabalho: corresponde ao evento que cause dano físico ou mental ao
servidor, em razão do serviço ou por efeito do exercício das atribuições do cargo
(inclusive no deslocamento para o trabalho ou do trabalho para o domicílio do ser-
vidor).
− Doença profissional: é aquela peculiar ou inerente ao trabalho exercido, deve existir
comprovação da relação de causa e efeito.
− A agressão sofrida pelo servidor no serviço ou em razão dele, quando não provoca-
da, equipara-se ao acidente no trabalho.
Obs.: Repare que, neste caso, o servidor sofre agressão em serviço ou em razão do serviço
(mesmo estando de folga, mas o motivo da agressão é a atuação como servidor).
Um laudo, resultante de inspeção médica, deverá estabelecer, expressamente, a caracteriza-

ção do acidente de trabalho e da doença profissional.
• Licença especial;
Obs.: Os artigos do Estatuto que tratavam sobre a Licença Especial foram revogados.
• Licença à funcionária gestante;

• Licença para tratamento de saúde;
• Licença para tratamento de moléstias que impossibilitem o funcionário definitivamente
para o trabalho, nos termos em que estabelecer Decreto do Chefe do Poder Executivo;
• Doença, devidamente comprovada, até 36 dias por ano e não mais de 3 (três) dias
por mês;
• Missão ou estudo noutras partes do território nacional ou no estrangeiro, quando o
afastamento houver sido expressamente autorizado pelo Governador do Estado, ou pe-
los Chefes dos Poderes Legislativo e Judiciário;
• Decorrente de período de trânsito, de viagem do funcionário que mudar de sede, conta-
do da data do desligamento e até o máximo de 15 dias;
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• Prisão do funcionário, absolvido por sentença transitada em julgado;

• Prisão administrativa, suspensão preventiva, e o período de suspensão, neste último
caso, quando o funcionário for reabilitado em processo de revisão;
• Nascimento de filho, até um dia, para fins de registro civil.
Tempo Computado para Disponibilidade e Aposentadoria
Será computado para efeito de disponibilidade e aposentadoria:

• O tempo de contribuição para o Regime Geral de Previdência Social;
Obs.: O tempo de contribuição será computado à vista de certidões passadas com base em
folha de pagamento.
• O tempo de contribuição para os Regimes Próprios de Previdência Social;
Obs.: O tempo de contribuição será computado à vista de certidões passadas com base em
folha de pagamento.
• O período de serviço ativo nas Forças Armadas;

• O tempo de aposentadoria, desde que ocorra reversão;
• A licença por motivo de doença em pessoa da família, desde que haja contribuição.
− Caso este afastamento ocorra por tempo superior a 6 meses, o servidor não fará jus
à percepção de vencimentos, tendo, porém, que recolher mensalmente o percentual
de 33% (trinta e três por cento) incidente sobre o valor de sua última remuneração
para fins de contribuição previdenciária, que será destinado ao Sistema Único de
Previdência Social e dos Membros de Poder do Estado do Ceará – SUPSEC.
Na contagem do tempo para disponibilidade e aposentadoria, o seguinte deverá ser

observado:
• Não será admitida a contagem em dobro ou em outras condições especiais;
• É proibida a contagem de tempo de contribuição, quando concomitantes;
• Não será contado, por um sistema, o tempo de contribuição utilizado para a concessão
de algum benefício, por outro.
Proibições
No cômputo do tempo de serviço, é proibido:

• Computar tempo fictício para o cálculo de benefício previdenciário;
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Não se considera fictício o tempo definido em lei como tempo de contribuição para fins de
concessão de aposentadoria quando tenha havido, por parte do servidor, a prestação de ser-
viço ou a correspondente contribuição.
• Conceder aposentadoria especial (fundamentada no art. 40, §4º, CF/88), até que Lei
Complementar Federal discipline a matéria;
• Percepção de mais de uma aposentadoria à conta do Sistema Único de Previdência
Social dos Servidores Públicos Civis e Militares, dos Agentes Públicos e dos Membros
de Poder do Estado do Ceará – SUPSEC;
Pode receber mais de uma aposentadoria no caso de cargos acumuláveis na forma da Cons-
tituição Federal.
• Percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrente de regime próprio

de servidor titular de cargo efetivo, com a remuneração de cargo, emprego ou função
pública.
Existem três exceções, veja:

O servidor poderá receber proventos de aposentadoria junto com remuneração do cargo nos
seguintes casos:
1. Cargos acumuláveis na forma da Constituição Federal;
2. Cargos eletivos;
3. Cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.
Você viu que é proibida a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorren-

te de regime próprio de servidor titular de cargo efetivo juntamente com a remuneração
de cargo, emprego ou função pública, porém, essa proibição não se aplica em um caso,
você sabe qual?
Não se aplica aos membros de Poder e aos inativos, servidores e militares, que, até 16 de
dezembro de 1998, tenham ingressado novamente no serviço público por concurso público de
provas ou de provas e títulos, e pelas demais formas previstas na Constituição Federal, sen-
do-lhes proibida a percepção de mais de uma aposentadoria pelo Sistema Único de Previdên-
cia Social dos Servidores Públicos Civis e Militares, dos Agentes Públicos e dos Membros de
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Poder do Estado do Ceará – SUPSEC, exceto se decorrentes de cargos acumuláveis previstos

na Constituição Federal.
Resumindo:
• Os Membros de Poder e os inativos, servidores e militares, que, até 16 de dezembro de
1998, tenham ingressado novamente no serviço público por concurso público (ou outra
forma prevista na CF/88), podem receber simultaneamente proventos de aposentado-
ria junto com remuneração do cargo.
• Existe a proibição de receber cumulativamente dois proventos decorrentes de aposen-
tadoria, salvo casos de cumulação lícita de cargos na forma da CF/88.
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O servidor inativo, para ser investido em cargo público efetivo não acumulável com aquele que
gerou a aposentadoria, deverá renunciar aos proventos desta.
O aposentado pelo Sistema Único de Previdência Social dos Servidores Públicos Civis
e Militares, dos Agentes Públicos e dos Membros de Poder do Estado do Ceará, que estiver
exercendo ou que voltar a exercer atividade no serviço público, é segurado obrigatório em
relação a esta atividade, ficando sujeito às contribuições para fins de custeio da Previdência
Social, na qualidade de contribuinte solidário.
Obs.: Observadas as proibições apresentadas, o servidor poderá desaverbar, em qualquer

época, total ou parcialmente, seu tempo de contribuição, desde que não tenha sido
computado este tempo para a concessão de qualquer benefício.
Da Estabilidade e da Vitaliciedade
Estabilidade
A estabilidade garante que o servidor público só perderá o cargo em determinadas
hipóteses.
Conforme a Lei n. 9.826/1974, o servidor somente será exonerado ou demitido em razão de:
• Sentença judicial;
• Inquérito administrativo, em que lhe tenha sido assegurada ampla defesa.
Obs.: Perceba: não menciona contraditório, somente ampla defesa.
Porém, a Constituição Federal estabelece que o servidor estável perderá o cargo nas se-
guintes hipóteses:
− Sentença judicial com trânsito em julgado (Constituição Federal, art. 41, I);
− Processo administrativo disciplinar, assegurada ampla defesa (Constituição Federal,
art. 41, II);
− Avaliação periódica de desempenho, nos termos de lei complementar (Constituição
Federal, art. 41, III);
− Excesso de gastos com pessoal (Constituição Federal, art. 169).
Obviamente, as disposições da CF/88 se sobrepõem ao texto da Lei n. 9.826/1974, mas

quero que você esteja atento à forma pela qual se apresenta a questão.
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EXEMPLO
Por exemplo, recomendo que você considere correta a questão de prova que se apresente da
seguinte maneira:
“Nos termos da Lei n. 9.826/74, o servidor estável poderá ser demitido por meio de inquérito
administrativo, desde que lhe seja assegurada a ampla defesa.”
Dando sequência ao estudo, veja o que dispõe o artigo 75:
Art. 75. O funcionário nomeado em virtude de concurso público adquire estabilidade depois de
decorridos dois anos de efetivo exercício.
Parágrafo único. A estabilidade funcional é incompatível com o cargo em comissão.
Embora o artigo 75 mencione 02 anos, por meio de uma interpretação sistemática do or-
denamento jurídico é possível afirmar que o prazo correto é de três anos, que corresponde ao
período de estágio probatório (fundamento: CF/88, artigo 41 e Lei n. 9.826/1974, artigo 27).
Além disso, as condições para aquisição da estabilidade (que já foram estudadas) são:
• Estágio Probatório pelo prazo de 03 anos;
• Confirmação do servidor em avaliação especial de desempenho.
Destaque-se que somente os ocupantes de cargos efetivos poderão adquirir estabilidade.

Portanto, não há estabilidade para ocupantes de cargos em comissão.
Vitaliciedade
Somente a Constituição Federal pode conferir vitaliciedade, portanto, a vitaliciedade não
pode ser conferida por lei (somente pela CF).
Como exemplo de cargos vitalícios, podem ser mencionados os Membros da Magistratura
e os Membros do Ministério Público.
O detentor de cargo vitalício perderá o cargo somente em virtude de sentença judicial.
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Da Disponibilidade
Você sabe o que é Disponibilidade?
Disponibilidade é o afastamento do exercício, de funcionário estável, em virtude da extin-

ção do cargo ou da decretação de sua desnecessidade.
A contagem do tempo de serviço, para fins de disponibilidade, será feita em dias, sendo o
número de dias convertido em ano, considerando-se:
Um ano: período de 365 dias.
Na contagem de tempo de serviço, para fins de disponibilidade, é permitido o arredonda-
mento para um ano, quando o número de dias excederem a 182 (cento e oitenta e dois) dias.
Portanto, 183 dias de serviço é considerado um ano.
Aplicam-se aos vencimentos da disponibilidade os mesmos critérios de atualização esta-
belecidos para os funcionários ativos em geral.
Preste muita atenção no trecho a seguir! Já adianto que é incompatível com o ordenamen-
to jurídico!
O artigo 77, §1º, da Lei n. 9.826/1974, dispõe que, se extinto o cargo ou declarada sua
desnecessidade, o servidor ficará em disponibilidade percebendo remuneração proporcional
por cada ano de serviço, observado o seguinte critério:
• Se o servidor for homem, receberá 1/12.775 da remuneração por cada dia trabalhado;
• Se mulher, receberá 1/10.950 da remuneração por cada dia trabalhado.
A fração remuneratória do servidor em disponibilidade foi fixada pela Lei n. 13.578, de

21.1.2005, claramente INCONSTITUCIONAL, por violação do artigo 7º, XXX, da CF/88, cumu-
lado com o art. 39, §3º. Veja:
Art. 7º. [...]

XXX – proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
Art. 39. [...]
§ 3º. Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII,
XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de
admissão quando a natureza do cargo o exigir.
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Das Férias
O servidor tem direito a trinta dias de férias por ano de efetivo exercício. As férias poderão
ser usufruídas pelo servidor de forma consecutiva ou parcelada.
Serão concedidas de acordo com a escala organizada pelo dirigente da Unidade Adminis-
trativa, na forma do regulamento.
Como proceder caso a escala não tenha sido organizada?
Caberá ao servidor requerer ao superior hierárquico o gozo das férias, podendo a autori-
dade, apenas, fixar a oportunidade do deferimento do pedido, dentro do ano a que se vincular
o direito do servidor.
O que acontece se a escala for organizada, mas houver alteração do exercício funcional
com a movimentação do funcionário?
Aplica-se a mesma solução do caso acima. Caberá ao servidor requerer ao superior hie-
rárquico o gozo das férias, podendo a autoridade, somente, fixar a oportunidade do deferi-
mento do pedido, dentro do ano a que se vincular o direito do servidor.
Não deixe passar batido! Conforme o Estatuto:
• É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.
• O funcionário não poderá gozar, por ano, mais de dois períodos de férias.
• A promoção, o acesso, a transferência e a remoção não interromperão as férias.
Obs.: Como já visto nas aulas anteriores, o acesso e a transferência são incompatíveis com
o ordenamento jurídico.
Das Licenças
O Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Ceará dispõe a respeito das seguintes licenças:
• Licença por motivo de doença em pessoa da família;
• Licença para servidora gestante;
• Licença para serviço militar obrigatório;
• Licença para acompanhar o cônjuge.
Obs.: A Licença especial foi revogada pela Lei n. 12.913/99.
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Obs.: A Licença por acidente no trabalho, agressão não provocada e doença profissional
era tratada pelo artigo 98 do Estatuto, porém, este foi revogado pela Lei n. 13.578/05.
Quando a lei estabelecer que a licença depende de inspeção médica, a duração da referida
licença será a que for indicada no respectivo laudo.
Findo o prazo indicado no primeiro laudo, o paciente será submetido à nova inspeção,
devendo o segundo laudo apontar a solução para o caso, que poderá ser:
• Retorno do servidor ao exercício do cargo;
• Prorrogação da licença;
• Aposentadoria (exemplo: invalidez permanente).
Ao fim da licença, o funcionário reassumirá, imediatamente, o exercício.

A licença poderá ser iniciada ou prorrogada:
• De ofício;
• A pedido.
Obs.: O pedido de prorrogação deverá ser apresentado antes de findo o prazo da licença, e,
se indeferido, contar-se-á como licença o período compreendido entre a data do tér-
mino e a do conhecimento oficial do despacho.
A licença gozada dentro de sessenta dias, contados da determinação da anterior, será consi-
derada como prorrogação.
Você sabe quem é a autoridade competente para conceder licença ao servidor?
São competentes para conceder licença ao servidor, os Dirigentes do Sistema Adminis-

trativo Estadual.
A competência para conceder licença pode ser delegada?
Sim, conforme regulamento próprio.
Qual o prazo máximo que o servidor poderá permanecer em licença?
Em regra, o prazo máximo de permanência em licença é de 24 meses, mas existem exce-

ções, veja:
REGRA: o prazo máximo é de 24 meses.
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EXCEÇÃO: não há limite de prazo máximo nos seguintes casos:

• Licença para acompanhar o cônjuge;
• Licença por acidente no trabalho, agressão não provocada e doença profissional. (Esta
licença estava prevista no artigo 98, que foi revogado pela Lei n. 13.578/05).
Agora, vamos estudar as especificidades de cada uma das licenças:
Licença para Tratamento de Saúde

Esta licença será deferida quando o servidor for acometido por doença e precisar se afas-
tar da atividade para realização do tratamento adequado.
A licença poderá ser concedida mediante pedido do servidor ou de forma compulsória (no
caso de o servidor sofrer com doença grave, contagiosa ou incurável).
Obs.: O artigo 89 do Estatuto estabelece o rol de doenças que justificam a licença compul-
sória, são elas:
- Tuberculose ativa;
- Alienação mental;
- Neoplasia maligna;
- Cegueira;
- Hanseníase;
- Paralisia irreversível e incapacitante;
- Cardiopatia grave;
- Doença de Parkinson;
- Espondiloartrose anquilosante;
- Epilepsia vera;
- Nefropatia grave;
- Estado avançado da doença de Paget (osteite deformante);
- Síndrome da deficiência imunológica adquirida – Aids;
- Contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada;
- Hepatopatia;
- Entre outras que forem disciplinadas em Lei.
É improvável que a banca examinadora elabore uma questão exigindo o conhecimento de

cada uma das doenças mencionadas pelo artigo 89, assim, recomendo que você memorize
da seguinte maneira:
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DICA
A licença para tratamento de saúde poderá ser compulsoria-
mente concedida quando o servidor sofrer com:
- Doença grave.
- Doença contagiosa.
- Doença incurável.
Licença para Tratamento de Saúde em Tópicos
• A licença para tratamento de saúde deverá ser precedida de inspeção médica;

− O servidor não poderá recusar a realização de inspeção médica determinada pela
autoridade competente, sob pena de suspensão do pagamento dos vencimentos até
que seja realizado exame.
• Verificada a cura clínica, o servidor voltará ao exercício das atribuições do cargo;
− O servidor deverá voltar ao exercício, mesmo que deva continuar o tratamento.
− O retorno depende de comprovação da capacidade laborativa por inspeção médica.
− Considerado apto em inspeção médica, o funcionário reassumirá o exercício imedia-
tamente, sob pena de se apurarem como faltas os dias de ausência.
− No curso da licença poderá o funcionário requerer inspeção médica, caso se julgue
em condições de reassumir o exercício.
• Na inspeção de saúde deve ser emitido um laudo médico com o período necessário
de afastamento. Quando o período previsto no laudo médico terminar, o servidor será
submetido a nova inspeção, que poderá concluir que o servidor deverá:
− Retornar para a atividade, em caso de cura;
− Ter a licença prorrogada;
− Ser aposentado, quando for julgado inválido.
Obs.: Neste caso, o tempo necessário para nova inspeção será considerado como de pror-
rogação da licença e, no caso de invalidez, a inspeção ocorrerá a cada 2 (dois) anos.
• No processamento das licenças para tratamento de saúde os laudos médicos serão

mantidos em sigilo.
• O servidor que estiver em licença para tratamento de saúde fica proibido de realizar
qualquer atividade remunerada.
− Caso o servidor descumpra essa medida e exerça alguma atividade remunerada, es-
tará sujeito à interrupção imediata da licença, com perda total dos vencimentos até
que retome o exercício do cargo.
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• O servidor em licença para tratamento de saúde receberá os vencimentos integrais.

− O pagamento dos vencimentos do servidor licenciado para tratamento de saúde é
mantido por recursos do órgão de origem.
Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família

Esta licença será concedida quando uma pessoa da família se encontrar doente, desde
que prove que a assistência pessoal do servidor é indispensável, e esta não possa ser presta-
da simultaneamente com o exercício funcional.
Requisitos:
• Doença em Pessoa da Família (veja mais à frente);
• Assistência pessoal indispensável;
• Assistência não pode ser prestada simultaneamente com o exercício das atribuições
do cargo.
Para fins de concessão desta licença, você sabe quem é considerado “pessoa da família”?
Considera-se pessoa da família:

• Pai e mãe;
• Filhos;
• Cônjuge/Companheiro (quando não esteja separado).
A doença será provada mediante inspeção médica.

As normas sobre a inspeção médica são as mesmas estabelecidas para a licença para
tratamento de saúde.
A necessidade de assistência ao doente será comprovada mediante parecer do Serviço de
Assistência Social, nos termos do Regulamento.
O servidor receberá remuneração quando estiver em Licença por motivo de doença em

pessoa da família?
Depende:
Até 06 meses: receberá vencimentos integrais.
Após 06 meses: o servidor não fará jus à percepção de vencimentos, tendo, porém, que
recolher mensalmente o percentual de 33% (trinta e três por cento) incidente sobre o valor
de sua última remuneração para fins de contribuição previdenciária, que será destinado ao
Sistema Único de Previdência Social e dos Membros de Poder do Estado do Ceará – SUPSEC.
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A licença por motivo de doença em pessoa da família possui o limite máximo de 04 (quatro)
anos. Após o decurso do prazo, o servidor deve retornar imediatamente às suas atividades
funcionais.
Licença à Gestante
A licença à gestante possui fundamento constitucional, prevista no artigo 7º, XVIII, cumu-
lada com o art. 39, §3º, todos da Constituição Federal, veja:
Art. 7º. [...]

XVIII – licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte
dias;
Portanto, a gestante tem direito à licença com prazo de 120 dias, sem prejuízo do emprego
ou do salário.
Além dos 120 dias conferidos pela Carta Magna, o Estatuto conferiu a possibilidade de
prorrogação do prazo por mais 60 dias de licença maternidade.
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A prorrogação depende de requerimento, que deverá ser realizado até o final do primeiro
mês após o parto, e concedida imediatamente após a fruição dos 120 dias previstos pela CF/88.
Durante a licença à gestante, a servidora receberá remuneração?
Sim, recebe remuneração integral.
Obs.: O pagamento dos vencimentos da servidora em licença-maternidade, inclusive no

período de prorrogação, é mantido por recursos do respectivo órgão de origem.
Proibições
Durante a prorrogação da licença à gestante, é proibido:

• O exercício de qualquer atividade remunerada pela servidora beneficiária;
• Que a criança frequente creches ou organização similar.
Caso a servidora descumpra qualquer das proibições, estará sujeita à punição de perda do
direito ao benefício e apuração da responsabilidade funcional.
Licença para Serviço Militar Obrigatório

O servidor público que for convocado para prestar serviço militar obrigatório será
licenciado.
A licença para serviço militar obrigatório é remunerada?
Sim, o servidor tem direito a receber os vencimentos integrais, porém, poderá optar pela
retribuição financeira do serviço militar.
Após o fim do serviço miliar obrigatório, os conscritos são incorporados às Forças Arma-
das ou desincorporados.
O servidor público desincorporado terá prazo para reassumir o exercício de seu cargo,
sem perda de vencimento.
Qual é o prazo para reassumir o cargo?
30 dias.
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O servidor em licença para serviço militar obrigatório contribuirá para o Sistema Único de Pre-
vidência Social dos Servidores Públicos Civis e Militares, dos Agentes Públicos e dos Mem-
bros de Poder do Estado do Ceará – SUPSEC, mesmo que faça opção pela retribuição finan-
ceira do serviço militar.
O servidor público ocupante de cargo de natureza civil, mas que é Oficial da Reserva não
remunerada das Forças Armadas, será licenciado para cumprimento dos estágios previstos
pela legislação militar.
Essa licença é remunerada?
Sim, o servidor tem direito a receber os vencimentos integrais, porém, poderá optar pela
retribuição financeira do serviço militar.
Perceba, existem dois motivos que podem justificar a concessão de licença para serviço
militar obrigatório:
1. Servidor público civil é convocado para prestar serviço militar obrigatório;
2. Servidor que ocupa cargo civil, mas que é Oficial Militar da Reserva não remunerada das
Forças Armadas, para cumprimento dos estágios previstos pela legislação militar.
Licença para Acompanhar o Cônjuge

A licença para acompanhar o cônjuge depende de requerimento, devidamente instruído,
para que possa ser analisado e deferido.
Quais as hipóteses de cabimento da licença para acompanhar o cônjuge?
Esta licença poderá ser deferida em duas hipóteses:

• Quando o cônjuge do servidor for mandado servir em outro ponto do Estado, do Territó-
rio Nacional, ou no Exterior, de ofício (se for a pedido, não cabe esta licença).
• Quando o cônjuge do servidor estiver no exercício de mandato eletivo fora de sua sede
funcional.
A licença para acompanhar o cônjuge é remunerada?
Não há pagamento de vencimentos.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
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Cabe renovação da licença para acompanhar o cônjuge?
Sim, basta requerer a prorrogação e comprovar a permanência do motivo que justificou a

concessão inicial. O deferimento da prorrogação não depende de reassunção do exercício, ou
seja, o servidor não precisa reassumir o cargo para pleitear a prorrogação (basta requerer e
comprovar).
Duas observações importantes:
Obs.: Quando a causa da licença cessar, o servidor retornará ao exercício de suas funções
no prazo de trinta dias, após o qual sua ausência será considerada abandono de cargo.
Prazo para reassumir o cargo após o fim da causa da licença: 30 dias, sob pena da sua
ausência ser considerada abandono de cargo.
Se no local da nova residência existir repartição pública estadual, não será concedida
licença para acompanhar o cônjuge, mas lotação provisória no novo local enquanto
ali durar a sua permanência.
Das Autorizações
Os dirigentes do Sistema Administrativo Estadual poderão autorizar o afastamento do
servidor, de acordo com o regulamento próprio e as seguintes diretrizes:
• Afastamento sem prejuízo dos vencimentos quando:
− For estudante, para incentivo à sua formação profissional e dentro dos limites esta-
belecidos no Estatuto;
◦ O servidor que usufruir deste afastamento somente poderá solicitar exoneração
após o seu retorno, desde que trabalhe no mínimo o dobro do tempo em que es-
teve afastado, ou reembolse o montante corrigido monetariamente que o Estado
desembolsou durante seu afastamento.
− For estudar em outro ponto do território nacional ou no estrangeiro;
− Por motivo de casamento, até o máximo de 8 (oito) dias;
− Por motivo de luto, até 8 (oito) dias, em decorrência de falecimento de cônjuge ou
companheiro, parentes consanguíneos ou afins, até o 2º grau, inclusive madrasta,
padrasto e pais adotivos;
− Por motivo de luto, até 2 (dois) dias, por falecimento de tio e cunhado;
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Obs.: Observe atentamente quando o afastamento por motivo de luto é de até 2 dias e
quando é por até 8 dias.
− For realizar missão oficial em outro ponto do território nacional ou no estrangeiro.

• Sem direito à percepção dos vencimentos quando:
− Afastamento para trato de interesses particulares.
• Com ou sem direito à percepção dos vencimentos, conforme se dispuser em regula-
mento, quando:
− O afastamento ocorrer para o exercício das atribuições de cargo, função ou emprego
em entidades e órgãos estranhos ao Sistema Administrativo Estadual.
Obs.: Os dirigentes do Sistema Administrativo Estadual poderão, ainda, autorizar o servi-

dor, ocupante do cargo efetivo ou em comissão, a integrar ou assessorar comissões,
grupos de trabalho ou programas, com ou sem afastamento do exercício funcional e
sem prejuízo dos vencimentos.
Das Autorizações para Incentivo à Formação Profissional do

Funcionário
O que é autorização para incentivo à formação profissional?
Consiste na autorização que pode ser concedida ao servidor para afastar-se do exercício
das suas funções para frequentar curso regular de 1º e 2º graus ou de ensino superior.
Destaque-se que o afastamento pode ocorrer por no máximo 2 horas diárias. Conforme
a conveniência, poderá ser:
• Autorização para iniciar a jornada com até 2 horas de atraso;
• Autorização para antecipar o fim da jornada de trabalho com até 2 horas de antecedência.
Será autorizado o afastamento do exercício funcional nos dias em que o funcionário tiver que
prestar exames para ingresso em curso regular de ensino (Ex. vestibular/ENEM), ou que, es-
tudante, se submeter a provas.
O servidor precisa comprovar a condição de estudante para ter direito à autorização?
Sim, a autorização dependerá de comprovação das condições que a justificam, mediante

documento oficial. No entanto, a autoridade competente poderá exigir a comprovação prévia
ou posteriormente, conforme julgar conveniente.
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Obs.: Caso tenha sido determinada comprovação posterior e o servidor não comprovar,
quando solicitado, a autoridade anulará a autorização, sem prejuízo de outras provi-
dências que considerar cabíveis.
O afastamento para missão ou estudo fora do Estado, em outro ponto do território nacional
ou no estrangeiro, será autorizado nos mesmos atos que designarem o funcionário a realizar
a missão ou estudo, quando do interesse do Sistema Administrativo Estadual.
Afastamento para o Trato de Interesses Particulares

O afastamento para tratar de interesses particulares somente poderá ser concedido ao
servidor público depois de três anos de efetivo exercício e após declaração de aquisição de
estabilidade no cargo de provimento efetivo.
Então, pergunto:
Quem pode usufruir do afastamento para tratar de interesses particulares?
Somente servidor público estável!
Existe um prazo máximo para o servidor permanecer neste afastamento?
Sim, período máximo de 04 anos.
Durante este afastamento, o servidor recebe a remuneração do cargo?
Não, o servidor em afastamento para tratar de assuntos particulares não percebe

remuneração.
Caso o servidor esteja afastado para tratar de interesses particulares e, no ato de conces-
são do afastamento, ficou deferido prazo de 2 anos de afastamento (por exemplo), o servidor
pode voltar antes do decurso do prazo deferido?
Sim, são duas possiblidades:
• Voltar às atividades por iniciativa do servidor: o servidor poderá, a qualquer tempo, de-
sistir da autorização concedida, reassumindo o exercício das atribuições do seu cargo.
• Voltar às atividades por iniciativa da Administração: quando o interesse público exigir,
a autorização de afastamento poderá ser cassada, a juízo da autoridade competente.
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− Neste caso, o servidor será notificado para reassumir o exercício do cargo no prazo
de 30 dias.
− O prazo de 30 dias pode ser prorrogado por igual período, conforme o caso concreto.
− O que acontecerá caso o servidor não reassuma o exercício das atribuições do car-
go? Estará caracterizado o abandono do cargo.
Portanto, o fim do afastamento para tratar de interesses particulares pode ocorrer

em razão de:
• Término do prazo autorizado: o prazo de afastamento concedido terminou.
• Desistência: servidor desiste do afastamento.
• Cassação da autorização concedida: Administração cassou a autorização de afasta-
mento.
Para finalizar o estudo sobre este afastamento, veja:

Caso um servidor que foi removido requeira autorização para tratar de interesses particu-
lares, somente será deferido depois de assumir o exercício na nova sede.
Outro ponto que merece destaque, é que o servidor somente poderá receber nova autori-
zação para este afastamento após decorrido pelo menos um ano do efetivo exercício, conta-
do da data em que reassumiu.
Da Retribuição
O que é a retribuição prevista na Lei n. 9.826/1974 (art. 121 e seguintes)?
É a retribuição pecuniária recebida pelo servidor em razão do exercício das atribuições do

cargo que ocupa.
As formas de retribuição são as seguintes:
• Vencimento;
• Ajuda de custo;
• Diárias;
• Gratificações.
Obs.: O conjunto das retribuições pecuniárias percebidas pelo servidor recebe o nome de
Vencimentos Funcionais.
Pode haver desconto na retribuição pecuniária percebida pelo servidor?
Somente os previstos em lei.
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A retribuição pecuniária recebida pelo servidor pode ser objeto de arresto, sequestro ou
penhora?
Em regra, não! Porém, será possível em casos de:

• Prestação de alimentos determinada judicialmente;
• Reposição de indenização devida à Fazenda Estadual;
− As reposições e indenizações devidas à Fazenda Pública Estadual serão desconta-
das em parcelas mensais de, no máximo, 10% da remuneração do servidor.
− Caso o servidor seja exonerado ou demitido, a quantia por ele devida será inscrita
como dívida ativa para os efeitos legais.
• Auxílios e benefícios instituídos pela Administração Pública.
Memorize:
Conforme a Lei n. 9.826/1974, a retribuição pecuniária atribuída ao servidor SOMENTE poderá
ser objeto de arresto, sequestro ou penhora nos casos de:
- Prestação de alimentos determinada judicialmente;
- Reposição de indenização devida à Fazenda Estadual;
- Auxílios e benefícios instituídos pela Administração Pública.
Do Vencimento
Nos termos da Lei n. 9.826/74, o que é vencimento?
Considera-se vencimento a retribuição correspondente ao padrão, nível ou símbolo do

cargo a que esteja vinculado o funcionário, em razão do efetivo exercício de função pública.
Veja agora algumas hipóteses em que o servidor perderá o vencimento, total ou
parcialmente.
• O servidor perderá o vencimento do cargo efetivo quando nomeado para cargo em co-
missão, ressalvado o direito de opção e de acumulação lícita.
• O servidor perderá o vencimento do cargo efetivo quando no exercício de mandato ele-
tivo, federal ou estadual.
• O servidor perderá o vencimento do cargo efetivo quando dele afastado para exercer
mandato eletivo municipal remunerado (deve-se atentar para as regras da CF/88).
Obs.: Regras da CF/88, artigo 38.

Servidor investido em mandato de:
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Obs.: Prefeito: será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela
sua remuneração.
Vereador
Há compatibilidade de horários?
- Sim: perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da
remuneração do cargo eletivo.
- Não: será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua
remuneração.
• O servidor perderá o vencimento do dia se não comparecer ao serviço, salvo motivo

legal ou doença comprovada.
• O servidor perderá um terço do vencimento do dia se comparecer ao serviço dentro da
hora seguinte à fixação para o início do expediente, e quando se retirar antes de findo o
período de trabalho.
− Chegar atrasado (até 1 hora): perde 1/3 do vencimento do dia.
− Saída antecipada: perde 1/3 do vencimento do dia.
• O servidor perderá um terço do vencimento durante o afastamento por motivo de:
− Prisão administrativa (não existe mais, mas ainda está na lei).
− Prisão preventiva.
− Pronúncia por crime comum (Exemplo: Homicídio).
− Denúncia por crime funcional (Exemplo: Peculato).
− Condenação por crime inafiançável em processo no qual não haja pronúncia (Exem-
plo: Tráfico de drogas).
Obs.: Caso o servidor seja, ao final, absolvido, terá direito de receber a diferença, ou seja, a
perda de 1/3 do vencimento será anulada com direito a reembolso.
• O servidor perderá dois terços do vencimento durante o período de afastamento em

virtude de condenação por sentença passada em julgado à pena de que não resulte em
demissão.
− Perceba que este é o único motivo em que a perda do vencimento alcança 2/3.
Da Ajuda de Custo
Quando será concedida a ajuda de custo?
Será concedida ao servidor que for designado, de ofício, para ter exercício em nova sede,
mesmo fora do Estado.
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Perceba: o servidor deve ser designado de ofício.
Qual a finalidade do pagamento de ajuda de custo ao servidor?
A ajuda de custo destina-se à indenização das despesas de viagem e de nova instalação

do servidor.
Há limite de valor da ajuda de custo?
Sim, a ajuda de custo não pode ser maior do que três meses de vencimentos do servidor.
Porém, existem duas exceções.
O valor da ajuda de custo poderá exceder ao valor de três meses de vencimentos nos se-
guintes casos:
• Servidor designado para ter exercício fora do Estado;
• Servidor designado para realizar serviço fora do Estado.
Obs.: O cálculo da ajuda de custo para serviço fora do Estado será disciplinado por
regulamento.
Em alguns casos, o servidor deverá restituir a ajuda de custo recebida.
Você sabe em quais hipóteses?

Veja a seguir.
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O servidor restituirá a ajuda de custo quando:

• Não se transportar para a nova sede no prazo determinado;
• Regressar antes de terminada a incumbência;
• Pedir exoneração (salvo se decorridos mais de 90 dias de exercício na nova sede);
• Abandonar o serviço.
A restituição da Ajuda de Custo pode ocorrer de forma parcelada?
Sim. Porém, não haverá obrigação de restituir o valor da ajuda de custo nos seguintes casos:
• Servidor regressou antes de terminada a incumbência, por determinação, de ofício, da
Administração;
• Servidor regressou antes de terminada a incumbência, por motivo de doença compro-
vada;
• Servidor exonerado a pedido, após 90 (noventa) dias de exercício na nova sede.
Das Diárias
Quando são devidas as diárias?
Quando o servidor se deslocar da repartição por motivo de serviço.
Qual a natureza jurídica das diárias?
Natureza indenizatória.
O que as diárias indenizam?
As diárias indenizam os gastos que o servidor, fora da sede, tem com alimentação e
hospedagem.
O que acontece se o servidor receber diárias indevidamente?
Será obrigado a restituí-las, ficando, ainda, sujeito à punição disciplinar.
A restituição das diárias pode ocorrer de forma parcelada?
Não.
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Você reparou que as Diárias e a Ajuda de Custo são semelhantes?
Ambas são indenizações para cobrir custos que o servidor tem fora da sede.
Na prova, o examinador pode tentar confundir você misturando os conceitos, então, vou
dar uma dica que vai te ajudar a diferenciar essas duas indenizações, veja:
DICA
Quando o servidor se afastar da sede temporariamente, fará
jus ao recebimento de Diárias.
Quando o servidor mudar de sede, em caráter definitivo, fará
jus ao recebimento de Ajuda de Custo. (Lembre-se que a mu-
dança de sede deve ocorrer de ofício, determinada pela Admi-
nistração Pública).
Das Gratificações
As gratificações serão concedidas ao servidor em razão de:
• Prestação de serviços extraordinários (o assunto será explicado em tópico próprio);
• Representação de gabinete;
− Conforme o Estatuto, a gratificação pela representação de Gabinete poderá ser con-
cedida a funcionários e pessoas estranhas ao Sistema Administrativo, sem qualquer
vínculo, com exercício nos gabinetes e órgãos de assessoramento técnico do referi-
do Sistema, conforme for disposto em regulamento.
• Exercício funcional em determinados locais;
• Execução de trabalho relevante, técnico ou científico;
− Essa gratificação será arbitrada e atribuída pelos dirigentes do Sistema Administra-
tivo Estadual.
• Serviço ou estudo fora do estado ou do país;
• Execução de trabalho em condições especiais, inclusive com risco de vida ou à saúde;
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− Essa gratificação será atribuída pelos dirigentes do Sistema Administrativo Estadu-

al, observado o disposto em regulamento.
• Participação em órgão de deliberação coletiva;
• Participação em comissão examinadora de concurso;
• Exercício de magistério, em regime de tempo complementar; ou em cursos especiais,
legalmente instituídos, inclusive para treinamento de funcionários.
• Representação;
− A gratificação de representação é uma indenização atribuída aos ocupantes de car-
gos em comissão e outros que a lei determinar, tendo em vista despesas de natureza
social e profissional determinadas pelo exercício funcional.
• Regime de tempo integral;
• De aumento de produtividade;
− Destina-se a incentivar o aumento da arrecadação dos tributos estaduais, devendo
ser objeto de regulamentação.
• Exercício em órgãos fazendários.
− Será objeto de regulamentação própria.
Obs.: As gratificações não definidas no Estatuto serão objeto de regulamento.
Gratificação por Serviço Extraordinário

É a retribuição de serviço cuja execução exija dedicação além do expediente normal a que
estiver sujeito o servidor.
A gratificação por serviço extraordinário será paga proporcionalmente:
• Por hora de trabalho adicional: o valor da hora de trabalho adicional será 50% maior que
o da hora normal de trabalho.
Obs.: Cálculo do valor da hora normal:

Remuneração mensal ÷ 30 ÷ carga horária diária do servidor = Valor da hora normal.
Para saber o valor da Hora Extra, adicione 50% na hora normal.
EXEMPLO
Cláudio, servidor público, possui:
Carga horária de 8 horas diárias e 40 horas semanais.
Remuneração: R$ 5.000,00 (cinco mil reais).
5000 ÷ 30 = 166,66
166,66 ÷ 8 = 20,83
Neste exemplo, o valor da hora normal é R$20,83 (vinte reais e oitenta e três centavos)
Mas o valor da hora extra é 50% maior, portanto:
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R$20,83 + 50% = 31,24

Neste exemplo, o valor da Hora extraordinária é: R$ 31,24 (trinta e um reais e vinte e quatro
centavos).
• Por tarefa especial: neste caso, levar-se-á em conta a estimativa do número de dias e
de horas necessários para a realização da tarefa.
− O valor da gratificação será arbitrado previamente pelo dirigente do órgão ou entida-
de da administração pública de qualquer dos Poderes, através de ato que demonstre
a proporcionalidade do pagamento, com indicação da estimativa dos dias e dos ho-
rários que serão necessários à consecução dos serviços.
A despesa total mensal com o pagamento da gratificação por hora extraordinária, em nenhu-
ma hipótese, poderá exceder a 1,5% (um e meio por cento) do valor total da despesa mensal
com pagamento de pessoal, do órgão ou entidade considerado.
O que acontece se houver pagamento de horas extraordinárias de modo diverso do que

dispõe a lei?
O dirigente do órgão ou entidade e seus subordinados envolvidos serão responsabilizados

e ficarão solidariamente obrigados a restituir ao tesouro estadual as quantias pagas a maior.
Gratificação por Regime de Tempo Integral

Esta gratificação tem o objetivo de:
• Incrementar as atividades de investigação científica ou tecnológica;
• Aumentar a produtividade.
A gratificação por regime de tempo integral será objeto de regulamentação específica,

porém o regulamento deverá obedecer às diretrizes definidas pela lei, quais sejam:
• Proporcionalidade: variará de 60% a 100% do valor do nível de vencimento ou função,
observando-se os seguintes fatores de variação:
− Complexidade da tarefa;
− Deslocamentos exigidos para execução das tarefas;
− A situação no mercado de trabalho;
− As condições de trabalho;
− As prioridades dos programas, do cargo ou grupo de cargos;
− A especialização exigida do funcionário.
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• A atribuição da gratificação a ocupantes de cargos ou grupos de cargos será condicio-

nada a procedimentos administrativos que possibilitem a verificação das prioridades dos
programas para aumento da produtividade ou incremento à investigação científica ou tec-
nológica, com as justificativas dos programas e subprogramas, a relação dos servidores
indispensáveis à sua execução, o prazo de duração do regime e a despesa dele decorrente.
Do Direito de Petição
O direito de peticionar aos órgãos públicos é garantido para todos os cidadãos, nos ter-
mos da CF/88. No entanto, o direito de petição previsto na Lei n. 9.826/74 é específico para
atender aos interesses dos servidores públicos da ativa, servidores aposentados, servidores
em disponibilidade e aos interesses da própria administração.
São regras para que as petições dos servidores, ativos e inativos, tramitem de forma uniforme
perante a administração pública, garantindo, assim, a isonomia e a regularidade da tramitação.
São manifestações do direito de petição:
• Requerimento: serve para solicitar vantagem, pleitear reconhecimento de direito ou pe-
dir providência de interesse do servidor.
− Deve ser despachado no prazo de 5 (cinco) dias improrrogáveis.
− Deve ser decidido dentro de 30 (trinta) dias improrrogáveis.
• Representação: serve para denunciar abuso de autoridade ou excesso de poder.
• Pedido de reconsideração: pedido para que a mesma autoridade reavalie a situação e
decida a mesma matéria novamente.
− Deve ser despachado no prazo de 5 dias improrrogáveis.
− Deve ser decidido dentro de 30 dias improrrogáveis.
− Prazo decadencial: 60 dias da ciência do ato pelo peticionante, ou da publicação
(quando a publicação for obrigatória).
− É vedado repetir pedido de reconsideração perante a mesma autoridade.
− O pedido de reconsideração não tem efeito suspensivo, salvo disposição em contrário.
− Caso a decisão seja reformada, os efeitos retroagirão à data do ato impugnado, ou
seja, efeito ex tunc.
• Recurso: pedido de reforma de uma decisão prolatada, dirigido à autoridade superior
àquela que prolatou a decisão recorrida.
− Caberá recurso:
◦ Do indeferimento do pedido de reconsideração;
◦ Das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.
− É vedado repetir recurso perante a mesma autoridade.
− O recurso não tem efeito suspensivo, salvo disposição em contrário.
− Caso a decisão seja reformada, os efeitos retroagirão à data do ato impugnado, ou
seja, efeito ex tunc.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
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O direito de pleitear na esfera administrativa prescreverá em 120 (cento e vinte) dias, salvo
estipulação em contrário prevista expressamente em lei ou regulamento.
Qual o prazo prescricional do direito de petição?
O direito de petição prescreve em 120 dias, mas podem existir exceções previstas em lei
ou regulamento. Destaque-se que, o pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis,
interrompem a prescrição (artigo 147 do Estatuto).
Para quem deverá ser dirigida a petição?
A petição será dirigida à autoridade competente para decidir do pedido e encaminhada por
intermédio daquela a quem estiver imediatamente subordinado o requerente, se for o caso.
Os prazos estabelecidos para o direito de petição podem ser prorrogados?
Segundo o artigo 147 do Estatuto, os prazos são fatais e improrrogáveis.
Ao servidor ou ao seu representante legalmente constituído é assegurado, para efeito de re-

curso ou pedido de reconsideração, o direito de vista ao processo na repartição competente
durante todo o expediente regulamentar, assegurado o livre manuseio do processo em local
conveniente. Caso o servidor esteja assistido por advogado, aplica-se o disposto na Lei Fe-
deral pertinente.
Obs.: As disposições do Estatuto que se referem ao direito de petição podem ser aplicadas
aos procedimentos disciplinares de forma suplementar.
Da Previdência e da Assistência
Aqui, trataremos do sistema de previdência e assistência estabelecido para os servidores
públicos civis do estado do Ceará.
Previdência
O sistema de previdência será assegurado pelo Estado e mantido por meio de contri-
buições de:
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• Servidores ativos;
• Servidores inativos;
• Pensionistas;
• Estado, por meio de contribuição oriunda do orçamento.
O sistema previdenciário estadual, previsto no Estatuto, compreende benefícios pagos ao

servidor ou aos dependentes, veja:
• Pago ao servidor:
− Aposentadoria;
− Salário-família do servidor aposentado.
• Pago ao dependente:
− Pensão por morte.
Aposentadoria
Veja o que dispõe o artigo 152 do Estatuto:
Art. 152. O servidor será aposentado conforme as regras estabelecidas no art. 40 da Constituição
Federal.
Assim, é possível verificar que o próprio Estatuto ordena a aplicação das normas do artigo
40 da CF/88 no que se refere à aposentadoria. Porém, ao mesmo tempo, estabelece algumas
disposições a respeito deste assunto.
Desse modo, vou explicar para você as disposições estatutárias a respeito das apo-
sentadorias.
O Estatuto estabelece as seguintes aposentadorias:
• Aposentadoria voluntária;
• Aposentadoria por invalidez;
• Aposentadoria Compulsória.
Veja as especificidades de cada uma delas:

Aposentadoria Compulsória: nos termos do Estatuto, quando o servidor completar 70
anos de idade, será aposentado compulsoriamente.
Obs.: A CF/88 diz que o servidor será aposentado compulsoriamente quando completar 70
ou 75 anos de idade, conforme lei complementar. (A CF delegou para a Lei Comple-
mentar fixar se a compulsória ocorrerá aos 70 ou 75 anos).
Assim, a LC n. 152/2015 fixou a idade de 75 anos para aposentadoria compulsória no
serviço público.
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A aposentadoria compulsória será com proventos proporcionais ao tempo de contribuição.
O que são “proventos proporcionais ao tempo de contribuição”?
Conforme artigo 156, §§ 1º e 2º: a proporcionalidade dos proventos com base no tempo
de contribuição é a fração, cujo numerador corresponde ao total de dias de contribuição e, o
denominador, o tempo de dias necessários à respectiva aposentadoria voluntária com pro-
ventos integrais.
Essa fração será aplicada sobre o valor dos proventos calculados conforme a média arit-
mética simples das maiores remunerações ou subsídios, observando-se, previamente, que o
valor encontrado não poderá exceder à remuneração do servidor no cargo efetivo em que se
der a aposentadoria.
Aposentadoria voluntária: quando o servidor completar 35 anos de serviço, terá direito de
se aposentar (conforme o Estatuto).
Obs.: Em âmbito constitucional, a Emenda n. 103, de 2019, promoveu grandes mudanças.
Aposentadoria por invalidez: é cabível quando o servidor está acometido de invalidez per-
manente, não conseguindo mais exercer atividade laborativa.
• A aposentadoria por invalidez será precedida de licença para tratamento de saúde por
período contínuo não inferior a 24 meses.
− A aposentadoria por invalidez não será precedida de licença para tratamento de saú-
de em duas hipóteses, são elas:
◦ Quando a junta médica declarar a incapacidade definitiva para o serviço.
◦ Concessão de licença por acidente no trabalho, agressão não provocada ou do-
ença profissional.
Qual o valor da aposentadoria por invalidez?
Em regra, os proventos da aposentadoria por invalidez são proporcionais, mas existem

exceções, nas quais o provento será integral, veja:
• REGRA: aposentadoria por invalidez – proventos proporcionais
• EXCEÇÃO: a aposentadoria por invalidez terá proventos integrais se a causa da invali-
dez for:
− Doença grave;
− Doença incurável;
− Doença contagiosa;
− Acidente no trabalho;
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− Doença profissional;
− Agressão não provocada;
− Doenças previstas no artigo 89 do Estatuto.
Art. 89. O servidor será compulsoriamente licenciado quando sofrer uma dessas doenças gra-
ves, contagiosas ou incuráveis: tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira,
hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espon-
diloartrose anquilosante, epilepsia vera, nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget
(osteite deformante), síndrome da deficiência imunológica adquirida – Aids, contaminação por
radiação, com base em conclusão da medicina especializada, hepatopatia e outras que forem
disciplinadas em Lei.
Serão concedidas todas as vantagens e diretos atribuídos aos servidores da ativa (ocu-
pante de cargo correspondente), ao servidor aposentado por invalidez:
• Por acidente em serviço;
• Por moléstia profissional;
• Por doença grave contagiosa ou incurável.
A identidade de direitos e vantagens ocorrerá, ainda que o mencionado cargo tenha ou

venha a mudar a denominação, de nível de classificação ou padrão de vencimento.
A aposentadoria por invalidez pode ser concedida para servidor ocupante de cargo em
comissão, ou somente aos ocupantes de cargos efetivos?
Conforme o Estatuto, tem-se que:

REGRA: somente para os ocupantes de cargo efetivo.
EXCEÇÃO: o ocupante do cargo em comissão poderá ser aposentado por invalidez, caso
a invalidez tenha ocorrido em razão de:
• Acidente no trabalho;
• Doença profissional;
• Agressão não provocada.
Nestes casos, a aposentadoria do servidor ocupante de cargo em comissão, será com

proventos integrais.
Obs.: A “Licença por acidente no trabalho, agressão não provocada e doença profissional”
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A explicação/diferenciação é pertinente, pois os artigos 154, §1º, e 68, §§1º, 2º, 3º e

4º, da Lei 9.826/74, estão em vigor.
Você sabe como o processo para concessão de aposentadoria é iniciado?
O processo de aposentadoria será iniciado:

• Com o requerimento do interessado, no caso de inatividade voluntária.
• Automaticamente, quando o servidor atinge a idade de 70 (setenta) anos.
• Automaticamente, quando o servidor for considerado inválido, na data fixada em laudo
emitido pela Perícia Médica Oficial do Estado ou na ocasião em que verificada as de-
mais hipóteses para a aposentadoria.
Obs.: Os proventos de aposentadoria e as pensões serão reajustados na mesma data em

que se der o reajuste dos benefícios do regime geral de previdência social, exceto as
aposentadorias concedidas conforme os artigos 6º e 7º da Emenda Constitucional
Estadual n. 56, de 7 de janeiro de 2004.
Salário-Família
Salário família é o auxílio pecuniário especial concedido pelo Estado ao servidor ati-
vo e ao aposentado, como contribuição ao custeio das despesas de manutenção de seus
dependentes.
O salário-família é pago em cotas proporcionais ao número de filhos, ou equiparados.
Continuará sendo pago mesmo nos casos em que o servidor deixar de perceber vencimento
ou proventos, desde que não ocorra perda do cargo.
O salário-família não servirá de base para qualquer contribuição, ainda que para fim de pre-
vidência social.
Hipótese de suspensão do salário-família: será suspenso o pagamento do salário-famí-

lia caso o servidor, comprovadamente, negligenciar a subsistência e a educação dos seus
dependentes.
Neste caso, o salário-família pode ser recebido por outra pessoa, que não seja o servidor,
desde que mediante autorização judicial e que esta pessoa esteja mantendo os dependentes
do servidor sob os seus cuidados.
O pagamento voltará a ser feito ao servidor, se ficar comprovado o desaparecimento dos
motivos determinantes da suspensão.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
Quem pode habilitar-se para receber salário-família?
Podem habilitar-se:
• Servidor ativo;
• Servidor em disponibilidade;
• Servidor aposentado.
Como ocorre a habilitação para receber salário-família?
A habilitação ocorre por meio de declarações, nas quais o servidor declarará:

1. O cargo que exerce, ou exerceu.
2. Seus dependentes, indicando em relação a cada um deles:
• Nome completo, data e local de nascimento, comprovado por certidão do registro civil.
• Grau de parentesco ou dependência.
• No caso de se tratar de maior de 14 (quatorze) anos, se total e permanentemente invá-
lido para o trabalho, hipótese em que informará a causa e a espécie de invalidez.
As declarações do servidor serão prestadas a seu chefe imediato, que as examinará e,

após o seu visto, as encaminhará ao órgão competente para o processamento e atendimento
da concessão.
Obs.: O salário-família será concedido à vista das declarações prestadas, mediante sim-
ples despacho que será comunicado ao órgão incumbido da elaboração das folhas
de pagamento.
Se houver pendências, será concedido o prazo de 120 dias para o esclarecimento de qual-
quer dúvida na declaração, o que poderá ser feito por meio de quaisquer provas admitidas
em direito.
O que acontece se as pendências não forem sanadas no prazo?
A autoridade concedente determinará a imediata suspensão do pagamento do salário-fa-

mília, até que seja satisfeita a exigência.
O que acontece se forem constatadas inexatidões nas declarações prestadas?
Neste caso, são possíveis duas consequências:
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
1. Suspensão da concessão do salário-família;

2. Será determinada a reposição do valor que foi indevidamente recebido, mediante o des-
conto mensal de 10% da remuneração líquida, em folha de pagamento.
O servidor e o aposentado são obrigados a comunicar à autoridade concedente, dentro do

prazo de quinze dias, qualquer alteração que se verifique na situação dos dependentes, da
qual decorra supressão ou redução do salário-família.
O que acontece se houver alteração na situação de dependentes, da qual decorra supres-

são ou redução do salário-família e essa alteração não seja comunicada dentro de 15
dias?
Neste caso, incidirão as mesmas consequências:

1. Suspensão da concessão do salário-família;
2. Será determinada a reposição do valor que foi indevidamente recebido, mediante o des-
conto mensal de 10% da remuneração líquida, em folha de pagamento.
Como será pago o salário-família?
O salário-família será pago juntamente com os vencimentos ou proventos, pelos órgãos

pagadores, independentemente de publicação do ato de concessão.
Auxílio-Funeral
Será concedido auxílio-funeral à família do funcionário falecido.
Qual o valor do auxílio-funeral?
Será o correspondente ao valor de 01 mês dos vencimentos ou proventos do falecido, li-

mitado o pagamento à quantia de R$ 1.200,00.
• Valor: uma remuneração do falecido.

• Limite: o valor será de, no máximo, R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais).
Quando não houver pessoa da família do funcionário no local do falecimento, o auxílio-funeral

será pago a quem promover o enterro, mediante comprovação das despesas.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
Auxílio-Reclusão
O auxílio-reclusão é um benefício previdenciário pago aos dependentes do servidor, nas

seguintes condições:
• Servidor de baixa renda;
• Servidor recolhido à prisão;
• Servidor não está recebendo remuneração do cargo que ocupa.
Qual o valor do auxílio-reclusão?
O auxílio-reclusão corresponde ao valor da remuneração do servidor, observado o limite

da baixa renda.
Qual o período de duração do auxílio-reclusão?
Será devido pelo período máximo de 12 (doze) meses e, somente, durante o tempo em que
estiver recolhido à prisão sob regime fechado ou semiaberto, e enquanto for titular do cargo.
Obs.: O pagamento do auxílio-reclusão deve estar fundamentado em certidão de efetivo

recolhimento à prisão, sendo obrigatória, para a manutenção do pagamento, a apre-
sentação de declaração de permanência na condição de presidiário.
Assistência
O Estado assegurará a manutenção de um sistema de assistência que preste os seguintes
benefícios e serviços aos servidores e aos seus dependentes:
• Assistência médica;
• Assistência hospitalar;
• Assistência odontológica;
• Assistência social;
• Auxílio funeral;
• Auxílio-reclusão.
É assegurada assistência médica gratuita, por meio do Estado, ao servidor acidentado em

serviço ou que tenha contraído doença profissional.
A triagem dos casos apresentados para internamento hospitalar e consequente fiscaliza-
ção e controle será realizada por um Grupo de Trabalho, cuja composição e atribuições será
determinada pelo Governo do Estado através do Instituto de Previdência do Estado, por meio
de ato próprio.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
RESUMO
Do Cômputo do Tempo de Serviço
• O tempo de serviço compreende o período de efetivo exercício das atribuições de cargo

ou emprego público.
• Para o cálculo de qualquer benefício, depois de apurado o tempo de contribuição, este
será convertido em dias, vedada qualquer forma de arredondamento.
• Será considerado de efetivo exercício o afastamento em virtude de:
− Férias;
− Casamento, até oito dias;
− Luto, até oito dias, por falecimento de cônjuge ou companheiro, parentes, consan-
guíneos ou afins, até o 2º grau, inclusive madrasta, padrasto e pais adotivos;
− Luto, até dois dias, por falecimento de tio e cunhado.
• Exercício das atribuições de outro cargo estadual de provimento em comissão, inclusi-
ve da Administração Indireta do Estado.
• Convocação para o Serviço Militar.
• Júri e outros serviços obrigatórios.
• Desempenho de função eletiva federal, estadual ou municipal, observada quanto a esta,
a legislação pertinente.
• Exercício das atribuições de cargo ou função de Governo ou direção, por nomeação do
Governador do Estado.
• Licença por acidente no trabalho, agressão não provocada ou doença profissional.
• Licença especial (os artigos do Estatuto que tratavam sobre a Licença especial foram
revogados).
• Licença à funcionária gestante.
• Licença para tratamento de saúde.
• Licença para tratamento de moléstias que impossibilitem o funcionário definitivamente
para o trabalho, nos termos em que estabelecer Decreto do Chefe do Poder Executivo.
• Doença, devidamente comprovada, até 36 dias por ano e não mais de 3 (três) dias por mês.
• Missão ou estudo noutras partes do território nacional ou no estrangeiro, quando o
afastamento houver sido expressamente autorizado pelo Governador do Estado, ou pe-
los Chefes dos Poderes Legislativo e Judiciário.
• Decorrente de período de trânsito, de viagem do funcionário que mudar de sede, conta-
do da data do desligamento e até o máximo de 15 dias.
• Prisão do funcionário, absolvido por sentença transitada em julgado.
• Prisão administrativa, suspensão preventiva, e o período de suspensão, neste último
caso, quando o funcionário for reabilitado em processo de revisão.
• Nascimento de filho, até um dia, para fins de registro civil.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
Em relação ao afastamento por motivo de luto, perceba que o prazo do afastamento pode
mudar conforme a situação, veja:
Tempo Computado para Disponibilidade e Aposentadoria
Será computado para efeito de disponibilidade e aposentadoria:

• O tempo de contribuição para o Regime Geral de Previdência Social.
• O tempo de contribuição para os Regimes Próprios de Previdência Social.
• O período de serviço ativo das Forças Armadas.
• O tempo de aposentadoria, desde que ocorra reversão.
• A licença por motivo de doença em pessoa da família, desde que haja contribuição.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
Na contagem do tempo para disponibilidade e aposentadoria, deverá ser observado

o seguinte:
• Não será admitida a contagem em dobro ou em outras condições especiais.
• É proibida a contagem de tempo de contribuição, quando concomitantes.
• Não será contado por um sistema, o tempo de contribuição utilizado para a concessão
de algum benefício por outro.
Proibições
No cômputo do tempo de serviço, é proibido:

• Computar tempo fictício para o cálculo de benefício previdenciário.
• Conceder aposentadoria especial (fundamentada no art. 40, §4º, CF/88), até que Lei
Complementar Federal discipline a matéria.
• Percepção de mais de uma aposentadoria à conta do Sistema Único de Previdência
Social dos Servidores Públicos Civis e Militares, dos Agentes Públicos e dos Membros
de Poder do Estado do Ceará – SUPSEC.
• Percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrente de regime próprio
de servidor titular de cargo efetivo, com a remuneração de cargo, emprego ou função
pública.
Da Estabilidade e da Vitaliciedade
Estabilidade
A estabilidade garante que o servidor público só perderá o cargo em determinadas

hipóteses.
Conforme a Lei n. 9.826/1974, o servidor somente será exonerado ou demitido em razão de:
• Sentença judicial.
• Inquérito administrativo, em que lhe tenha sido assegurada ampla defesa.
As condições para aquisição da estabilidade são:

• Estágio probatório pelo prazo de 03 anos.
• Confirmação do servidor em avaliação especial de desempenho.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
Vitaliciedade
• Somente a Constituição Federal é pode conferir vitaliciedade, portanto, a vitaliciedade

não pode ser conferida por lei.
• Como exemplo de cargos vitalícios, podem ser mencionados os Membros da Magistra-
tura e os Membros do Ministério Público.
• O detentor de cargo vitalício perderá o cargo somente em virtude de sentença judicial.
Da Disponibilidade
Disponibilidade é o afastamento do exercício de funcionário estável em virtude da extin-

ção do cargo, ou da decretação de sua desnecessidade.
Das Férias
• O servidor tem direito a trinta dias de férias por ano de efetivo exercício. As férias pode-
rão ser usufruídas pelo servidor de forma consecutiva ou parcelada.
• É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.
• O funcionário não poderá gozar, por ano, mais de dois períodos de férias.
• A promoção, o acesso, a transferência e a remoção não interromperão as férias.
Obs.: Como já visto nas aulas anteriores, o acesso e a transferência são incompatíveis com
o ordenamento jurídico.
Das Licenças
O Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Ceará dispõe a respeito das seguintes licenças:
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos

• Licença para servidora gestante;
• Licença para acompanhar o cônjuge.
Obs.: A “Licença especial” foi revogada pela Lei n. 12.913/99.

A “Licença por acidente no trabalho, agressão não provocada e doença profissional”
Em regra, o prazo máximo para permanência em licença é de 24 meses, mas existem ex-
ceções. Veja:
• REGRA: o prazo máximo é de 24 meses.
• EXCEÇÕES: não há limite de prazo máximo nos seguintes casos:
− Licença por motivo de doença em pessoa da família;
− Licença para serviço militar obrigatório;
− Licença para acompanhar o cônjuge;
− Licença por acidente no trabalho, agressão não provocada e doença profissional.
(Esta licença estava prevista no artigo 98, que foi revogado pela Lei n. 13.578/05).
Licença para Tratamento de Saúde
• A licença para tratamento de saúde deverá ser precedida de inspeção médica.

− O servidor não poderá recusar a realização de inspeção médica determinada pela
autoridade competente, sob pena de suspensão do pagamento dos vencimentos até
que seja realizado o exame.
• Verificada a cura clínica, o servidor voltará ao exercício das atribuições do cargo.
− O servidor deverá voltar ao exercício mesmo que precise continuar o tratamento.
− O retorno depende de comprovação da capacidade laborativa por inspeção médica.
− Considerado apto em inspeção médica, o funcionário reassumirá o exercício imedia-
tamente, sob pena de se apurarem como faltas os dias de ausência.
− No curso da licença, poderá o funcionário requerer inspeção médica, caso se julgue
em condições de reassumir o exercício.
• Na inspeção de saúde deve ser emitido um laudo médico com o período necessário
de afastamento. Quando o período previsto no laudo médico terminar, o servidor será
submetido à nova inspeção, que concluirá que:
− O servidor retorne para a atividade, em caso de cura.
− Tenha a licença prorrogada.
− Seja aposentado, quando for julgado inválido.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
Obs.: Neste caso, o tempo necessário para a nova inspeção será considerado como de pror-
rogação da licença e, no caso de invalidez, a inspeção ocorrerá a cada 2 (dois) anos.
• No processamento das licenças para tratamento de saúde, os laudos médicos serão

mantidos em sigilo.
• O servidor que estiver em licença para tratamento de saúde fica proibido de realizar
qualquer atividade remunerada.
− Caso o servidor descumpra essa medida e exerça alguma atividade remunerada, es-
tará sujeito à interrupção imediata da licença, com perda total dos vencimentos até
que retome o exercício do cargo.
• O servidor em licença para tratamento de saúde receberá os vencimentos integrais.
− O pagamento dos vencimentos do servidor licenciado para tratamento de saúde é
mantido por recursos do órgão de origem.
Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família
• Esta licença será concedida quando uma pessoa da família encontrar-se doente, desde
que prove que a assistência pessoal do servidor é indispensável, e esta não possa ser
prestada simultaneamente com o exercício funcional.
− Requisitos:
◦ Doença em pessoa da família (veja mais à frente).
◦ Assistência pessoal indispensável.
◦ Assistência não pode ser prestada simultaneamente com o exercício das atribui-
ções do cargo.
• Considera-se pessoa da família:
− Pai e mãe.
− Filhos.
− Cônjuge/Companheiro (quando não esteja separado).
• Remuneração do servidor em licença por motivo de doença em pessoa da família:
− Até 06 meses: receberá vencimentos integrais.
− Após 06 meses: o servidor não fará jus à percepção de vencimentos, tendo, porém,
que recolher mensalmente o percentual de 33% (trinta e três por cento), incidente so-
bre o valor de sua última remuneração para fins de contribuição previdenciária, que
será destinado ao Sistema Único de Previdência Social e dos Membros de Poder do
Estado do Ceará – SUPSEC.
A licença por motivo de doença em pessoa da família possui o limite máximo de 04 (qua-
tro) anos. Após o decurso do prazo, o servidor deve retornar às suas atividades funcionais
imediatamente.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
Licença à Gestante
• A gestante tem direito à licença com prazo de 120 dias, sem prejuízo do emprego ou do
salário.
• Além dos 120 dias conferidos pela Carta Magna, o Estatuto dispôs sobre a possibilida-
de de prorrogação do prazo por mais 60 dias de licença maternidade.
• Durante a licença à gestante, a servidora receberá remuneração integral.
Proibições
Durante a prorrogação da licença à gestante, é proibido:

• O exercício de qualquer atividade remunerada pela servidora beneficiária.
• Que a criança frequente creches ou organização similar.
Caso a servidora descumpra qualquer das proibições, estará sujeita à punição de perda do
direito do benefício e apuração da responsabilidade funcional.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
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Licença para Serviço Militar Obrigatório
• O servidor público que for convocado para prestar serviço militar obrigatório será
licenciado.
• A licença para serviço militar obrigatório é remunerada. O servidor tem direito a receber
os vencimentos integrais, porém, poderá optar pela retribuição financeira do serviço
militar.
Licença para Acompanhar o Cônjuge
• A licença para acompanhar cônjuge depende de requerimento, devidamente instruído,

para que possa ser analisado e deferido.
• Esta licença poderá ser deferida em duas hipóteses:
− Quando o cônjuge do servidor for mandado a servir em outro ponto do Estado, do
Território Nacional, ou no Exterior, de ofício (se for a pedido, não cabe esta licença).
− Quando o cônjuge do servidor estiver no exercício de mandato eletivo fora de sua
sede funcional.
• A licença para acompanhar cônjuge não é remunerada.
• Cabe renovação da licença para acompanhar cônjuge, bastando requerer a prorrogação
e comprovar a permanência do motivo que justificou a concessão inicial. O deferimento
da prorrogação não depende de reassunção do exercício, ou seja, o servidor não preci-
sa reassumir o cargo para pleitear a prorrogação (basta requerer e comprovar).
Das Autorizações
Os dirigentes do Sistema Administrativo Estadual poderão autorizar o afastamento do

servidor, de acordo com o regulamento próprio e as seguintes diretrizes:
• Afastamento sem prejuízo dos vencimentos, quando:
− For estudante, para incentivo à sua formação profissional e dentro dos limites esta-
belecidos no Estatuto.
− For estudar em outro ponto do território nacional ou no estrangeiro.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
− Por motivo de casamento, até o máximo de 8 (oito) dias.

− Por motivo de luto, até 8 (oito) dias, em decorrência de falecimento de cônjuge ou
companheiro, parentes consanguíneos ou afins, até o 2º grau, inclusive madrasta,
padrasto e pais adotivos.
− Por motivo de luto, até 2 (dois) dias, por falecimento de tio e cunhado.
Obs.: Observe atentamente quando o afastamento por motivo de luto será de até 2 dias, e
quando será por até 8 dias.
− For realizar missão oficial em outro ponto do território nacional ou no estrangeiro.

• Sem direito à percepção dos vencimentos, quando:
− Afastamento para trato de interesses particulares.
• Com ou sem direito à percepção dos vencimentos, conforme se dispuser em regula-
mento, quando:
− O afastamento ocorrer para o exercício das atribuições de cargo, função ou emprego
em entidades e órgãos estranhos ao Sistema Administrativo Estadual.
Das Autorizações para Incentivo à Formação Profissional do Funcionário
• A autorização para incentivo à formação profissional consiste na autorização que pode

ser concedida ao servidor para afastar-se do exercício das suas funções para frequen-
tar curso regular de 1º e 2º graus ou de ensino superior.
Afastamento para o Trato de Interesses Particulares
• O afastamento para tratar de interesses particulares somente poderá ser concedido ao

servidor público estável.
• Período máximo de 04 anos.
• O servidor em afastamento para tratar de assuntos particulares não percebe
remuneração.
• O servidor pode voltar antes do decurso do prazo deferido. São dois os casos possíveis:
− Voltar às atividades por iniciativa do servidor: o servidor poderá, a qualquer tem-
po, desistir da autorização concedida, reassumindo o exercício das atribuições do
seu cargo.
− Voltar às atividades por iniciativa da Administração: quando o interesse público
exigir, a autorização de afastamento poderá ser cassada, a juízo da autoridade
competente.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
◦ Neste caso, o servidor será notificado para reassumir o exercício do cargo no pra-
zo de 30 dias.
◦ O prazo de 30 dias pode ser prorrogado por igual período, conforme o caso
concreto.
◦ O que acontecerá caso o servidor não reassuma o exercício das atribuições do
cargo? Estará caracterizado o abandono do cargo.
Da Retribuição
As formas de retribuição são as seguintes:

• Vencimento;
• Ajuda de custo;
• Diária;
• Gratificações.
• A retribuição pecuniária atribuída ao servidor SOMENTE poderá ser objeto de arresto,
sequestro ou penhora nos casos de:
− Prestação de alimentos determinada judicialmente;
− Reposição de indenização devida à Fazenda Estadual;
− Auxílios e benefícios instituídos pela Administração Pública.
Do Vencimento
• Considera-se vencimento a retribuição correspondente ao padrão, nível ou símbolo do

cargo a que esteja vinculado o funcionário, em razão do efetivo exercício de função
pública.
Hipóteses de perda do vencimento, total ou parcialmente:

− O servidor perderá o vencimento do cargo efetivo, quando nomeado para cargo em
comissão, salvo o direito de opção e de acumulação lícita.
− O servidor perderá o vencimento do cargo efetivo, quando no exercício de mandato
eletivo, federal ou estadual.
− O servidor perderá o vencimento do cargo efetivo, quando dele afastado para exercer
mandato eletivo municipal remunerado (deve-se atentar para as regras da CF/88).
− O servidor perderá o vencimento do dia, se não comparecer ao serviço, salvo motivo
legal ou doença comprovada.
− O servidor perderá um terço do vencimento do dia, se comparecer ao serviço dentro
da hora seguinte à fixação para o início do expediente, e quando se retirar antes de
findo o período de trabalho.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
◦ Chegar atrasado (até 1 hora): perde 1/3 do vencimento do dia.

◦ Saída antecipada: perde 1/3 do vencimento do dia.
− O servidor perderá um terço do vencimento durante o afastamento por motivo de:
◦ Prisão administrativa (não existe mais, mas ainda está na lei).
◦ Prisão preventiva.
◦ Pronúncia por crime comum (Exemplo: Homicídio).
◦ Denúncia por crime funcional (Exemplo: Peculato).
◦ Condenação por crime inafiançável em processo no qual não haja pronúncia
(Exemplo: Tráfico de drogas).
− O servidor perderá dois terços do vencimento durante o período de afastamento em
virtude de condenação por sentença passada em julgado à pena de que não resulte
em demissão.
◦ Perceba que este é o único motivo em que a perda do vencimento alcança 2/3.
Da Ajuda de Custo
• Será concedida ao servidor que for designado, de ofício, para ter exercício em nova
sede, mesmo fora do Estado.
• A ajuda de custo não pode ser maior do que três meses de vencimentos do servidor.
− O valor da ajuda de custo poderá exceder ao valor de três meses de vencimentos nos
seguintes casos:
◦ Servidor designado para ter exercício fora do Estado.
◦ Servidor designado para realizar serviço fora do Estado.
• O servidor restituirá a ajuda de custo quando:
− Não se transportar para a nova sede no prazo determinado.
− Regressar antes de terminada a incumbência.
− Pedir exoneração (salvo se decorridos mais de 90 dias de exercício na nova sede).
− Abandonar o serviço.
Das Diárias
• São devidas as Diárias quando o servidor se desloca da repartição por motivo de

serviço.
• As diárias indenizam os gastos que o servidor, fora da sede, tem com alimentação e
hospedagem.
Das Gratificações
As gratificações serão concedidas ao servidor em razão de:
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
• Prestação de serviços extraordinários.

− Será explicado melhor em tópico próprio.
• Representação de gabinete.
− Conforme o Estatuto, a gratificação pela representação de Gabinete poderá ser con-
cedida a funcionários e pessoas estranhas ao Sistema Administrativo, sem qualquer
vínculo, com exercício nos gabinetes e órgãos de assessoramento técnico do referi-
do Sistema, conforme for disposto em Regulamento.
• Exercício funcional em determinados locais.
• Execução de trabalho relevante, técnico ou científico.
− Essa gratificação será arbitrada e atribuída pelos dirigentes do Sistema Administra-
tivo Estadual.
• Serviço ou estudo fora do estado ou do país.
• Execução de trabalho em condições especiais, inclusive com risco de vida ou à saúde.
− Essa gratificação será atribuída pelos dirigentes do Sistema Administrativo Estadu-
al, observado o disposto em Regulamento.
• Participação em órgão de deliberação coletiva.
• Participação em comissão examinadora de concurso.
• Exercício de magistério, em regime de tempo complementar; ou em cursos especiais,
legalmente instituídos, inclusive para treinamento de funcionários.
• Representação.
− A gratificação de representação é uma indenização atribuída aos ocupantes de car-
gos em comissão e outros que a lei determinar, tendo em vista despesas de natureza
social e profissional determinadas pelo exercício funcional.
• Regime de tempo integral.
• De aumento de produtividade.
− Destina-se a incentivar o aumento da arrecadação dos tributos estaduais, devendo
ser objeto de Regulamentação.
• Exercício em órgãos fazendários.
− Será objeto de regulamentação própria.
Gratificação por Serviço Extraordinário
• É a retribuição de serviço cuja execução exija dedicação além do expediente normal a

que estiver sujeito o servidor.
• A gratificação por serviço extraordinário será paga proporcionalmente:
− Por hora de trabalho adicional: o valor da hora de trabalho adicional será 50% maior
que o da hora normal de trabalho.
− Por tarefa especial: neste caso, levar-se-á em conta a estimativa do número de dias
e de horas necessários para a realização da tarefa.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
Gratificação por Regime de Tempo Integral
Esta gratificação tem o objetivo de:

• Incrementar as atividades de investigação científica ou tecnológica;
• Aumentar a produtividade.
Do Direito de Petição
São manifestações do direito de petição:

• Requerimento: serve para solicitar vantagem, pleitear reconhecimento de direito ou pe-
dir providência de interesse do servidor.
− Deve ser despachado no prazo de 5 (cinco) dias improrrogáveis.
− Deve ser decidido dentro de 30 (trinta) dias improrrogáveis.
• Representação: serve para denunciar abuso de autoridade ou excesso de poder.
• Pedido de reconsideração: pedido para que a mesma autoridade reavalie a situação e
decida a matéria novamente.
− Deve ser despachado no prazo de 5 dias improrrogáveis.
− Deve ser decidido dentro de 30 dias improrrogáveis.
− Prazo decadencial: 60 dias da ciência do ato pelo peticionante, ou da publicação
(quando a publicação for obrigatória).
− É vedado repetir pedido de reconsideração perante a mesma autoridade.
− O pedido de reconsideração não tem efeito suspensivo, salvo disposição em contrário.
− Caso a decisão seja reformada, os efeitos retroagirão até a data do ato impugnado,
ou seja, efeito ex tunc.
• Recurso: pedido de reforma de uma decisão prolatada, dirigido à autoridade superior
àquela que prolatou a decisão recorrida.
− Caberá recurso:
◦ Do indeferimento do pedido de reconsideração;
◦ Das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.
− É vedado repetir recurso perante a mesma autoridade.
− O recurso não tem efeito suspensivo, salvo disposição em contrário.
− Caso a decisão seja reformada, os efeitos retroagirão até a data do ato impugnado,
ou seja, efeito ex tunc.
Da Previdência e da Assistência
Previdência
O sistema de previdência será assegurado pelo Estado e mantido por meio de contri-
buições de:
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
• Servidores ativos;
• Servidores inativos;
• Pensionistas;
• Estado, por meio de contribuição oriunda do orçamento.
O sistema previdenciário estadual, previsto no Estatuto, compreende benefícios pagos ao

servidor ou aos dependentes, veja:
• Pago ao servidor:
− Aposentadoria;
− Salário-família do servidor aposentado.
• Pago ao dependente:
− Pensão por morte.
Aposentadoria
O Estatuto estabelece as seguintes aposentadorias:

• Aposentadoria voluntária;
• Aposentadoria por invalidez;
• Aposentadoria Compulsória.
Aposentadoria Compulsória: nos termos do Estatuto, quando o servidor completar 70

anos de idade, será aposentado compulsoriamente.
Obs.: A CF/88 diz que o servidor será aposentado compulsoriamente quando completar 70
ou 75 anos de idade, conforme lei complementar (a CF delegou para a Lei Comple-
mentar fixar se a aposentadoria compulsória ocorrerá aos 70 ou 75 anos).
Assim, a LC n. 152/2015 fixou a idade de 75 anos para aposentadoria compulsória no
serviço público.
Aposentadoria voluntária: quando o servidor completar 35 anos de serviço, terá direito de

se aposentar (conforme Estatuto).
Obs.: Em âmbito constitucional, a Emenda n. 103, de 2019, promoveu grandes mudanças.
Aposentadoria por invalidez: é cabível quando o servidor está acometido por invalidez
permanente, não conseguindo mais exercer atividade laborativa.
• A aposentadoria por invalidez será precedida de licença para tratamento de saúde por
período contínuo não inferior a 24 meses.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
− A aposentadoria por invalidez não será precedida de licença para tratamento de saú-
de em duas hipóteses, quais sejam:
◦ Quando a junta médica declarar a incapacidade definitiva para o serviço.
◦ Concessão de licença por acidente no trabalho, agressão não provocada ou do-
ença profissional.
Salário-Família
• Salário família é o auxílio pecuniário especial concedido pelo Estado ao servidor ativo
e ao aposentado, como contribuição ao custeio das despesas de manutenção de seus
dependentes.
• Hipótese de suspensão do salário-família: será suspenso o pagamento do salário-fa-
mília caso o servidor, comprovadamente, negligenciar a subsistência e a educação dos
seus dependentes.
• O servidor e o aposentado são obrigados a comunicar à autoridade concedente, dentro
do prazo de quinze dias, qualquer alteração que se verifique na situação dos dependen-
tes da qual decorra supressão ou redução do salário-família.
Auxílio-Funeral
• Será concedido auxílio-funeral à família do funcionário falecido.

• Será o correspondente ao valor de 01 mês dos vencimentos ou proventos do falecido,
limitado o pagamento à quantia de R$ 1.200,00.
− Valor: uma remuneração do falecido.
− Limite: o valor será de, no máximo, R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais).
Auxílio-Reclusão
• O auxílio reclusão é um benefício previdenciário pago aos dependentes do servidor, nas

seguintes condições:
− Servidor de baixa renda;
− Servidor recolhido à prisão;
− Servidor não está recebendo remuneração do cargo que ocupa.
• Será devido pelo período máximo de 12 (doze) meses e, somente, durante o tempo em
que estiver recolhido à prisão sob regime fechado ou semiaberto, e enquanto for titular
do cargo.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
Assistência
• O Estado assegurará a manutenção de um sistema de assistência que preste os se-

guintes benefícios e serviços aos servidores e aos seus dependentes:
− Assistência médica;
− Assistência hospitalar;
− Assistência odontológica;
− Assistência social;
− Auxílio-funeral;
− Auxílio-reclusão.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
EXERCÍCIOS
001. (INÉDITA/2022) Tendo a Lei Estadual n. 9.826/1974 (Estatuto dos Servidores Públicos
Civis do Estado do Ceará) como parâmetro, responda:
O Estatuto estabelece que, em determinadas situações, o tempo de serviço é contado mes-
mo que o servidor não esteja desempenhando as funções. Ou seja, alguns afastamentos são
considerados tempo em efetivo exercício.
Qual das alternativas não apresenta corretamente um destes afastamentos?
a) Afastamento por motivo de luto, até sete dias, em razão de falecimento de tio e cunhado.
b) Afastamento por motivo de luto, até oito dias, em razão de falecimento de cônjuge ou
companheiro, parentes, consanguíneos ou afins, até o 2º grau, inclusive madrasta, padrasto
e pais adotivos.
c) Afastamento por motivo de doença, devidamente comprovada, até 36 dias por ano e não
mais de 3 (três) dias por mês.
d) Afastamento decorrente de período de trânsito, de viagem do funcionário que mudar de
sede, contado da data do desligamento e até o máximo de 15 dias.
e) Afastamento por motivo de nascimento de filho, até um dia, para fins de registro civil.
Civis do Estado do Ceará) como parâmetro, considere:
I – Conforme o Estatuto, entende-se por acidente de trabalho o evento que cause dano físico
ou mental ao funcionário, por efeito ou ocasião do serviço, exceto no deslocamento para o
trabalho ou deste para o domicílio do servidor.
II – A licença para acompanhar o cônjuge pode ter duração máxima de até 24 meses.
III – Conforme o Estatuto dos Servidores Civis do Ceará, entende-se por doença profissional
aquela peculiar ou inerente ao trabalho exercido, comprovada, em qualquer hipótese, a rela-
ção de causa e efeito.
Está correto o que se afirma em:
a) I e III.
b) I e II.
c) I, somente.
d) II, somente.
e) III, somente.
Civis do Estado do Ceará) como parâmetro, assinale a alternativa correta.
a) A estabilidade funcional é compatível com o cargo em comissão.
b) Disponibilidade é o afastamento de exercício de funcionário estável em virtude da extinção
do cargo, ou da decretação de sua desnecessidade.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
c) Disponibilidade é quando o servidor é demitido, estando já aposentado.

d) O funcionário perderá o cargo estável somente em virtude de sentença judicial.
e) É permitido o cômputo de tempo fictício para o cálculo de benefício previdenciário.
004. (INÉDITA/2022) Em relação ao que a Lei Estadual n. 9.826/1974 dispõe sobre as Férias,
assinale a alternativa incorreta:
a) O funcionário gozará trinta dias, consecutivos ou não, de férias por ano, de acordo com a
escala organizada pelo dirigente da Unidade Administrativa, na forma do regulamento.
b) Se a escala não tiver sido organizada, ou houver alteração do exercício funcional, com a
movimentação do funcionário, a este caberá requerer, ao superior hierárquico, o gozo das fé-
rias, podendo a autoridade, apenas, fixar a oportunidade do deferimento do pedido, dentro do
ano a que se vincular o direito do servidor.
c) É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.
d) A promoção interrompe as férias.
e) O funcionário não poderá gozar, por ano, mais de dois períodos de férias.
005. (INÉDITA/2022) Em relação ao que a Lei Estadual n. 9.826/1974 dispõe sobre as Licen-
ças, assinale a alternativa correta:
a) Em nenhuma hipótese poderá o servidor permanecer em licença por prazo superior a vinte
e quatro meses.
b) Terminada a licença, o funcionário reassumirá o exercício por meio de reintegração.
c) A licença gozada dentro de cem dias, contados da determinação da anterior, será conside-
rada como prorrogação.
d) O pedido de prorrogação de licença deverá ser apresentado depois de finda a licença, e, se
indeferido, contar-se-á como licença o período compreendido entre a data do término e a do
conhecimento oficial do despacho.
e) A licença dependente de inspeção médica terá a duração que for indicada no respectivo
laudo. Findo este prazo, o paciente será submetido a nova inspeção, devendo o laudo concluir
pela volta do funcionário ao exercício, pela prorrogação da licença ou, se for o caso, pela apo-
sentadoria.
006. (INÉDITA/2022) Em relação ao que a Lei Estadual n. 9.826/1974 dispõe sobre a Licença
para Tratamento de Saúde, assinale a alternativa correta:
a) Expirado o prazo de licença previsto no laudo médico, o servidor deverá reassumir, imedia-
tamente, o cargo, sob pena de ser considerado faltoso.
b) Caso o servidor seja aposentado por invalidez, deverá submeter-se à inspeção de saúde ao
menos uma vez por ano, entretanto, a periodicidade da inspeção será determinada pela junta
de saúde, conforme a limitação do servidor aposentado por invalidez.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
c) Verificada a cura clínica, o funcionário licenciado voltará ao exercício, ainda quando deva
continuar o tratamento, desde que comprovada por inspeção médica capacidade para a ati-
vidade funcional.
d) No processamento das licenças para tratamento de saúde, será observada a publici-
dade dos laudos médicos, como medida de transparência e concretização do princípio da
publicidade.
e) No curso da licença, o funcionário abster-se-á de qualquer atividade remunerada, sob pena
de demissão.
I – O servidor em licença por motivo de doença em pessoa da família, perceberá vencimentos
integrais até 6 (seis) meses. Após este prazo, o servidor não fará jus à percepção de venci-
mentos, tendo, porém, que recolher mensalmente o percentual de 33% (trinta e três por cento)
incidente sobre o valor de sua última remuneração para fins de contribuição previdenciária,
que será destinada ao Sistema Único de Previdência Social e dos Membros de Poder do Es-
tado do Ceará (SUPSEC) até o limite de 4 (quatro) anos, devendo retornar às suas atividades
funcionais imediatamente ao fim do período.
II – O funcionário que for convocado para o serviço militar será licenciado com vencimentos
integrais, ressalvado o direito de opção pela retribuição financeira do serviço militar.
III – Em relação ao servidor licenciado para prestar serviço militar obrigatório, após a desin-
corporação, será concedido prazo não excedente a 15 dias para que reassuma o exercício do
cargo, sem perda de vencimentos.
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) I, II e III.
e) II, somente.
008. (INÉDITA/2022) A Lei Estadual n. 9.826/1974 estabeleceu regras para a licença à ges-
tante. Quanto a este tema, assinale a alternativa incorreta.
a) Além dos 120 dias de licença-maternidade conferidos pela Carta Magna, o Estatuto confe-
riu a possibilidade de prorrogação do prazo por mais 60 dias.
b) Durante o período de prorrogação da licença-maternidade, a servidora estadual terá direito
à sua remuneração integral.
c) A frequência em escola, creches ou organização similar, pela criança, não tem o condão de
impedir o deferimento da prorrogação da licença-maternidade.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
d) O pagamento dos vencimentos da servidora em licença-maternidade, inclusive no período

de prorrogação, é mantido por recursos do respectivo órgão de origem.
e) A prorrogação da licença-maternidade será assegurada à servidora estadual mediante re-
querimento efetivado até o final do primeiro mês após o parto, e concedida imediatamente
após a fruição dos 120 dias garantidos pela CF/88.
I – O funcionário terá direito a licença, sem vencimento, para acompanhar o cônjuge, também
servidor público, quando, de ofício, for mandado servir em outro ponto do Estado, do Território
Nacional, ou no Exterior, ou, ainda, caso o cônjuge esteja no exercício de mandato eletivo fora
de sua sede funcional.
II – A licença para acompanhar cônjuge dependerá de requerimento devidamente instruído,
admitida renovação, mas dependerá de reassunção do exercício.
III – A respeito da licença para acompanhar cônjuge, finda a causa da licença, o funcionário
retornará ao exercício de suas funções no prazo de trinta dias, após o qual sua ausência será
considerada abandono de cargo.
a) I e III.
b) I e II.
c) II e III.
d) I, somente.
e) II, somente.
I – Poderá ser autorizado o afastamento, até duas horas diárias, ao funcionário que frequente
curso regular de 1º e 2º graus ou de ensino superior.
II – Os dirigentes do Sistema Administrativo Estadual poderão autorizar o servidor, ocupante
do cargo efetivo ou em comissão, a integrar ou assessorar comissões, grupos de trabalho ou
programas, com ou sem afastamento do exercício funcional e sem prejuízo dos vencimentos.
III – Será autorizado o afastamento do exercício funcional nos dias em que o funcionário tiver que
prestar exames para ingresso em curso regular de ensino, ou que, estudante, se submeter a provas.
a) I, somente.
b) II, somente.
c) III, somente.
d) I e II.
e) I, II e III.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
Civis do Estado do Ceará) como parâmetro, a respeito do afastamento para trato de interesses
particulares, assinale a alternativa correta.
a) Depois de três anos de efetivo exercício e após declaração de aquisição de estabilidade no
cargo de provimento efetivo, o servidor poderá obter autorização de afastamento para tra-
tar de interesses particulares, por um período não superior a dois anos e sem percepção de
remuneração.
b) Quando o interesse do Sistema Administrativo o exigir, a autorização para o afastamento
poderá ser cassada, a juízo da autoridade competente, devendo, neste caso, o funcionário ser
expressamente notificado para apresentar-se ao serviço no prazo de 30 (trinta) dias, prorro-
gável por igual período, findo o qual caracterizar-se-á o abandono do cargo.
c) Após o deferimento, o servidor não poderá desistir da autorização concedida para afasta-
mento em virtude de interesses particulares.
d) O funcionário somente poderá receber nova autorização para o afastamento após decor-
rido pelo menos três anos do efetivo exercício, contado da data em que reassumiu, em de-
corrência do término do prazo autorizado ou por motivo de desistência ou de cassação da
autorização concedida.
e) O afastamento para trato de interesses particulares pode ser concedido somente uma vez
ao servidor ocupante de cargo em comissão.
012. (INÉDITA/2022) Todo servidor, em razão do vínculo que mantém com o Sistema Admi-
nistrativo Estadual, tem direito a uma retribuição pecuniária, na forma do Estatuto.
Tendo a Lei Estadual n. 9.826/1974 (Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado do Cea-
rá) como parâmetro, assinale a alternativa que não apresenta uma modalidade de retribuição
pecuniária.
a) Diária.
b) Gratificações.
c) Auxílio-reclusão.
d) Vencimento.
e) Ajuda de custo.
013. (INÉDITA/2022) A retribuição pecuniária atribuída ao servidor público não sofrerá des-
contos além dos previstos expressamente em lei, nem será objeto de arresto, sequestro ou
penhora, porém, em determinadas situações, pode haver desconto direto nos vencimentos
funcionais do servidor.
O desconto direto poderá ocorrer no caso de prestação de alimentos determinada judicial-
mente; reposição de indenização devida à Fazenda Estadual; ou então em razão de auxílios e
benefícios instituídos pela Administração Pública (art. 122, §3º, Lei Estadual n. 9.826/1974).
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
A respeito deste desconto, assinale a alternativa que completa, corretamente, a lacuna da

afirmação abaixo, de acordo com o que dispõe a Lei Estadual n. 9.826/1974 (Estatuto dos
Servidores Públicos Civis do Estado do Ceará).
As reposições e indenizações devidas à Fazenda Pública Estadual serão descontadas em
parcelas mensais, não excedentes a ________ da remuneração do servidor, assim entendida
como o vencimento-base, acrescido das vantagens fixas e de caráter pessoal.
a) 10%.
b) 15%.
c) 20%.
d) 25%.
e) 30%.
I – Considera-se vencimento a retribuição correspondente ao padrão, nível ou símbolo do
II – O servidor perderá metade do vencimento do dia, se comparecer ao serviço dentro da hora
seguinte à fixação para o início do expediente, e quando se retirar antes de findo o período
de trabalho.
III – O servidor não perderá o vencimento do cargo efetivo quando no exercício de mandato
IV – O servidor perderá dois terços do vencimento durante o período de afastamento em vir-
tude de condenação por sentença passada em julgado à pena de que não resulte demissão.
a) I e III, somente.
b) I, II e III, somente.
c) I, II, III e IV.
d) I e IV, somente.
e) III, somente.
I – Serão concedidas diárias ao funcionário que for designado, de ofício, para ter exercício em
nova sede, mesmo fora do Estado.
II – Ao funcionário que se deslocar da sua repartição em objeto de serviço, conceder-se-á
ajuda de custo a título de indenização das despesas de alimentação e hospedagem, na forma
do Regulamento.
III – É assegurado ao funcionário e ao aposentado o direito de requerer, representar, pedir
reconsideração e recorrer.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
Está incorreto o que se afirma em:

a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) III, somente.
e) II, somente.
I – A gratificação pela prestação de serviço extraordinário é a retribuição de serviço cuja exe-
cução exija dedicação além do expediente normal a que estiver sujeito o servidor, e será paga,
proporcionalmente, por hora de trabalho adicional ou por tarefa especial, levando-se em con-
ta estimativa do número de dias e de horas necessários para sua realização. O valor da hora
de trabalho adicional será 50% (cinquenta por cento) maior que o da hora normal de trabalho,
apurado através da divisão do valor da remuneração mensal do servidor por 30 (trinta) e este
resultado pelo número de horas correspondentes à carga horária ou regime do servidor.
II – A gratificação pela representação de Gabinete poderá ser concedida a funcionários e
pessoas estranhas ao Sistema Administrativo, sem qualquer vínculo, com exercício nos ga-
binetes e órgãos de assessoramento técnico do referido Sistema, na forma do Regulamento.
III – A gratificação pela elaboração ou execução de trabalho relevante, técnico ou científico,
será arbitrada e atribuída pelos dirigentes do Sistema Administrativo Estadual.
IV – A gratificação de representação é uma indenização atribuída aos ocupantes de cargos
em comissão e outros que a lei determinar, tendo em vista despesas de natureza social e pro-
fissional determinadas pelo exercício funcional.
V – A gratificação de produtividade destina-se a incentivar o aumento de arrecadação dos
tributos estaduais, devendo ser objeto de regulamentação.
a) I, III e V.
b) II, III e IV.
c) III, IV e V.
d) II, III, IV e V.
e) I, II, III, IV e V.
I – A aposentadoria por invalidez será sempre precedida de licença por período contínuo de,
no mínimo, 12 meses, salvo quando a junta médica declarar a incapacidade definitiva para
o serviço.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
II – O servidor aposentado compulsoriamente por motivo de idade, terá os seus proventos

proporcionais ao tempo de contribuição.
III – É vedado o reajuste dos proventos de aposentadoria e as pensões na mesma data em que
se der o reajuste dos benefícios do regime geral de previdência social.
a) I, somente.
b) II, somente.
c) III, somente.
d) I e III.
e) II e III.
018. (INÉDITA/2022) A respeito do Salário-Família, previsto na Lei Estadual n. 9.826/1974

(Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado do Ceará), assinale a alternativa incorreta.
a) Verificada, a qualquer tempo, a inexatidão das declarações prestadas, será suspensa a
concessão do salário-família e determinada a reposição do valor indevidamente recebido,
mediante o desconto mensal de 20% da remuneração líquida, em folha de pagamento.
b) O salário-família é o auxílio pecuniário especial concedido pelo Estado ao funcionário ati-
vo e ao aposentado como contribuição ao custeio das despesas de manutenção de seus
dependentes.
c) O salário-família será pago, ainda, nos casos em que o funcionário deixar de perceber ven-
cimento ou proventos, sem perda do cargo.
d) O salário-família não servirá de base para qualquer contribuição, ainda que para fim de
previdência social.
e) O funcionário e o aposentado são obrigados a comunicar à autoridade concedente, dentro
do prazo de quinze dias, qualquer alteração que se verifique na situação dos dependentes da
I – Será concedido auxílio-funeral à família do funcionário falecido, correspondente a 01 (um)
mês de seus vencimentos ou proventos, limitado o pagamento à quantia de R$ 1.200,00 (um
mil e duzentos reais).
II – Quando não houver pessoa da família do funcionário no local do falecimento, o auxílio-fu-
neral será pago a quem promover o enterro, mediante comprovação das despesas.
III – O auxílio-reclusão é devido pelo órgão de origem aos dependentes do servidor de baixa
renda recolhido à prisão e que, nessa condição, não esteja recebendo remuneração decorren-
te do seu cargo.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
a) I, somente.
b) I e II.
c) I, II e III.
d) II e III.
e) I e III.
Civis do Estado do Ceará) como parâmetro, a respeito do Direito de Petição, assinale a alter-
nativa incorreta.
a) O direito de pedir reconsideração, que será exercido perante a autoridade que houver expe-
dido o ato, ou proferido a primeira decisão, decairá após 30 dias da ciência do ato pelo peti-
cionante, ou de sua publicação quando esta for obrigatória.
b) A petição será dirigida à autoridade competente para decidir do pedido e encaminhada por
c) É vedado repetir pedido de reconsideração ou recurso perante a mesma autoridade.
d) O pedido de reconsideração e o recurso não têm efeito suspensivo, salvo disposição em
contrário, e o que for provido retroagirá, nos efeitos, à data do ato impugnado.
e) O direito de pleitear na esfera administrativa prescreverá em 120 (cento e vinte) dias, salvo
estipulação em contrário, prevista expressamente em lei ou regulamento.
021. (INÉDITA/2022) De acordo com a Lei n. 9.826/1974 do Estado do Ceará, julgue o item a
seguir como CERTO ou ERRADO:
O afastamento por motivo de férias será considerado tempo de efetivo exercício.
O tempo de serviço compreende o período de efetivo exercício das atribuições de cargo ou
emprego público.
Será considerado como efetivo exercício o afastamento em razão de luto, por 08 (oito) dias,
em decorrência do falecimento de cunhado.
Será considerado como efetivo exercício o afastamento em razão de luto, por no máximo 02
(dois) dias, em decorrência do falecimento de parente até o 2º grau, quando o parentesco for
por afinidade.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
em decorrência do falecimento de tio.
As faltas por motivo de doença, devidamente comprovada, até 30 dias por ano e não mais de
5 dias por mês, são consideradas como efetivo exercício.
Será considerado como efetivo exercício o afastamento decorrente de período de trânsito, de
viagem do funcionário que mudar de sede, contado da data do desligamento e até o máximo
de 15 dias.
Entende-se por acidente de trabalho o evento que cause dano físico ou mental ao funcionário,
por efeito ou ocasião do serviço, inclusive no deslocamento para o trabalho ou deste para o
domicílio do funcionário.
A agressão não provocada, sofrida pelo funcionário no serviço ou em razão dele, é mais
grave do que o acidente de trabalho, por este motivo o servidor recebe maior respaldo na
recuperação.
Por doença profissional entende-se aquela peculiar ou inerente ao trabalho exercido, compro-
vada, em qualquer hipótese, a relação de causa e efeito.
O período de serviço ativo nas Forças Armadas será contado para fins de disponibilidade, mas
não para aposentadoria.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
O tempo de contribuição para o Regime Geral de Previdência Social – RGPS, será contado
para fins de disponibilidade e aposentadoria, mas não será contado o tempo de contribuição
para os Regimes Próprios de Previdência Social – RPPS.
Não será computado para efeito de disponibilidade e aposentadoria, o tempo de aposentado-
ria, mesmo que ocorra reversão.
O tempo que o servidor estiver em licença por motivo de doença em pessoa da família so-
mente será computado, para fins de aposentadoria e disponibilidade, se houver contribuição
previdenciária.
Na contagem do tempo de serviço, será admitida a contagem em dobro, mas somente em
algumas condições especiais.
O servidor poderá obter autorização de afastamento para tratar de interesses particulares
mesmo antes de ser estável no serviço público.
Depois de três anos de efetivo exercício e após declaração de aquisição de estabilidade no
cargo de provimento efetivo, o servidor poderá obter autorização de afastamento para tratar
de interesses particulares, por um período não superior a quatro anos e sem percepção de
remuneração.
Não será autorizado o afastamento do funcionário removido antes de ter assumido o exercício.
O servidor não poderá desistir da licença para tratar de interesses particulares antes de de-
corrido, ao menos, metade do prazo deferido para afastamento.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
Quando o interesse do Sistema Administrativo o exigir, a autorização poderá ser cassada, a
juízo da autoridade competente, devendo, neste caso, o funcionário ser expressamente noti-
ficado para apresentar-se ao serviço no prazo de 60 dias, prorrogável por igual período, findo
o qual caracterizar-se-á o abandono do cargo.
juízo da autoridade competente, devendo, neste caso, o funcionário ser expressamente notifi-
cado para apresentar-se ao serviço no prazo de 30 (trinta) dias, improrrogáveis.
O funcionário somente poderá receber nova autorização para o afastamento para tratar de
interesses particulares após decorrido, pelo menos, um ano do efetivo exercício, contado da
data em que reassumiu, em decorrência do término do prazo autorizado ou por motivo de
desistência ou de cassação da autorização concedida.
Todo funcionário, em razão do vínculo que mantém com o Sistema Administrativo Estadual,
tem direito a uma retribuição pecuniária, na forma estabelecida pelo Estatuto.
As formas de retribuição pecuniária pagas aos servidores são: vencimento; ajuda de custo;
diária e gratificações.
O conjunto de gratificações percebidas pelo servidor forma os vencimentos funcionais.
A retribuição pecuniária atribuída ao funcionário não sofrerá descontos além dos previs-
tos expressamente em lei, e não será objeto de arresto, sequestro ou penhora em nenhu-
ma hipótese.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
parcelas mensais não excedentes da décima parte da remuneração do servidor, assim enten-
dida como o vencimento-base, acrescido das vantagens fixas e de caráter pessoal.
Considera-se vencimento a retribuição correspondente ao padrão, nível ou símbolo do cargo
a que esteja vinculado o funcionário, em razão do efetivo exercício de função pública.
O funcionário perderá o vencimento do cargo efetivo, quando nomeado para cargo em comis-
são, salvo o direito de opção e de acumulação lícita.
O servidor não perderá o vencimento do cargo efetivo, quando no exercício de mandato eleti-
vo, federal ou estadual.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
GABARITO
1. a 37. C
2. e 38. C
3. b 39. E
4. d 40. E
5. e 41. E
6. c 42. C
7. a 43. C
8. c 44. C
9. a 45. E
10. e 46. E
11. b 47. C
12. c 48. C
13. a 49. C
14. d 50. E
15. a
16. e
17. b
18. a
19. c
20. a
21. C
22. C
23. E
24. E
25. E
26. E
27. C
28. C
29. E
30. C
31. E
32. E
33. E
34. C
35. E
36. E
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
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GABARITO COMENTADO
Civis do Estado do Ceará) como parâmetro, responda:
O Estatuto estabelece que, em determinadas situações, o tempo de serviço é contado mes-
mo que o servidor não esteja desempenhando as funções. Ou seja, alguns afastamentos são
considerados tempo em efetivo exercício.
Qual das alternativas não apresenta corretamente um destes afastamentos?
a) Afastamento por motivo de luto, até sete dias, em razão de falecimento de tio e cunhado.
b) Afastamento por motivo de luto, até oito dias, em razão de falecimento de cônjuge ou
companheiro, parentes, consanguíneos ou afins, até o 2º grau, inclusive madrasta, padrasto
e pais adotivos.
c) Afastamento por motivo de doença, devidamente comprovada, até 36 dias por ano e não
mais de 3 (três) dias por mês.
d) Afastamento decorrente de período de trânsito, de viagem do funcionário que mudar de
sede, contado da data do desligamento e até o máximo de 15 dias.
e) Afastamento por motivo de nascimento de filho, até um dia, para fins de registro civil.
a) Errada. No caso apresentado pela alternativa, o afastamento por motivo de luto será de até
dois dias, nos termos do artigo 68, IV, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
b) Certa. Nos termos do artigo 68, III, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
c) Certa. Nos termos do artigo 68, XV, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
d) Certa. Nos termos do artigo 68, XVII, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
e) Certa. Nos termos do artigo 68, XXI, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
Letra a.
I – Conforme o Estatuto, entende-se por acidente de trabalho o evento que cause dano físico
ou mental ao funcionário, por efeito ou ocasião do serviço, exceto no deslocamento para o
trabalho ou deste para o domicílio do servidor.
II – A licença para acompanhar o cônjuge pode ter duração máxima de até 24 meses.
III – Conforme o Estatuto dos Servidores Civis do Ceará, entende-se por doença profissional
aquela peculiar ou inerente ao trabalho exercido, comprovada, em qualquer hipótese, a rela-
ção de causa e efeito.
a) I e III.
b) I e II.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
c) I, somente.
d) II, somente.
e) III, somente.
I – Errada. O acidente que ocorre no deslocamento para o trabalho, ou deste para o domicílio
do funcionário, está incluso no conceito de acidente de trabalho, nos termos do artigo 68, §1º,
da Lei Estadual n. 9.826/1974.
II – Errada. A licença para acompanhar cônjuge constitui uma das exceções à regra, podendo
perdurar por prazo superior a 24 meses, nos termos do artigo 84 da Lei Estadual n. 9.826/1974.
III – Certa. Está de acordo com artigo 68, §3º, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
Letra e.
Civis do Estado do Ceará) como parâmetro, assinale a alternativa correta.
a) A estabilidade funcional é compatível com o cargo em comissão.
b) Disponibilidade é o afastamento de exercício de funcionário estável em virtude da extinção
do cargo, ou da decretação de sua desnecessidade.
c) Disponibilidade é quando o servidor é demitido, estando já aposentado.
d) O funcionário perderá o cargo estável somente em virtude de sentença judicial.
e) É permitido o cômputo de tempo fictício para o cálculo de benefício previdenciário.
a) Errada. A estabilidade funcional é incompatível com o cargo em comissão, nos termos do

artigo 75, parágrafo único, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
b) Certa. Está de acordo com o artigo 77 da Lei Estadual n. 9.826/1974.
c) Errada. O conceito de disponibilidade está no artigo 77 da Lei Estadual n. 9.826/1974.
d) Errada. Trata-se do cargo vitalício, nos termos do artigo 76 da Lei Estadual n. 9.826/1974.
e) Errada. O referido cômputo é proibido, por força do artigo 71, I, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
Letra b.
004. (INÉDITA/2022) Em relação ao que a Lei Estadual n. 9.826/1974 dispõe sobre as Férias,
assinale a alternativa incorreta:
a) O funcionário gozará trinta dias, consecutivos ou não, de férias por ano, de acordo com a
escala organizada pelo dirigente da Unidade Administrativa, na forma do regulamento.
b) Se a escala não tiver sido organizada, ou houver alteração do exercício funcional, com a
movimentação do funcionário, a este caberá requerer, ao superior hierárquico, o gozo das fé-
rias, podendo a autoridade, apenas, fixar a oportunidade do deferimento do pedido, dentro do
ano a que se vincular o direito do servidor.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
c) É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.

d) A promoção interrompe as férias.
e) O funcionário não poderá gozar, por ano, mais de dois períodos de férias.
a) Certa. Nos termos do artigo 78 da Lei Estadual n. 9.826/1974.

b) Certa. Nos termos do artigo 78, §1º, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
c) Certa. Nos termos do artigo 78, §4º, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
d) Errada. A promoção não interrompe as férias, nos termos do artigo 79 da Lei Estadual n.
9.826/1974.
e) Certa. Nos termos do artigo 78, §2º, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
Letra d.
005. (INÉDITA/2022) Em relação ao que a Lei Estadual n. 9.826/1974 dispõe sobre as Licen-
ças, assinale a alternativa correta:
a) Em nenhuma hipótese poderá o servidor permanecer em licença por prazo superior a vinte
e quatro meses.
b) Terminada a licença, o funcionário reassumirá o exercício por meio de reintegração.
c) A licença gozada dentro de cem dias, contados da determinação da anterior, será conside-
rada como prorrogação.
d) O pedido de prorrogação de licença deverá ser apresentado depois de finda a licença, e, se
indeferido, contar-se-á como licença o período compreendido entre a data do término e a do
conhecimento oficial do despacho.
e) A licença dependente de inspeção médica terá a duração que for indicada no respectivo
laudo. Findo este prazo, o paciente será submetido a nova inspeção, devendo o laudo concluir
pela volta do funcionário ao exercício, pela prorrogação da licença ou, se for o caso, pela apo-
sentadoria.
a) Errada. Existem exceções, conforme o artigo 84 da Lei Estadual n. 9.826/1974.

b) Errada. Não se trata de reintegração, apenas de reassumir o exercício do cargo por conclu-
são da licença. Veja o artigo 81, §2º, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
c) Errada. O prazo é de 60 (sessenta) dias, nos termos do artigo 83 da Lei Estadual n. 9.826/1974.
d) Errada. O pedido de prorrogação deve ser apresentado antes de terminar o prazo de licença,
nos termos do artigo 82, parágrafo único, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
e) Certa. Está de acordo com o que dispõe o artigo 81, §1º, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
Letra e.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
006. (INÉDITA/2022) Em relação ao que a Lei Estadual n. 9.826/1974 dispõe sobre a Licença
para Tratamento de Saúde, assinale a alternativa correta:
a) Expirado o prazo de licença previsto no laudo médico, o servidor deverá reassumir, imedia-
tamente, o cargo, sob pena de ser considerado faltoso.
b) Caso o servidor seja aposentado por invalidez, deverá submeter-se à inspeção de saúde ao
menos uma vez por ano, entretanto, a periodicidade da inspeção será determinada pela junta
de saúde, conforme a limitação do servidor aposentado por invalidez.
c) Verificada a cura clínica, o funcionário licenciado voltará ao exercício, ainda quando deva
continuar o tratamento, desde que comprovada por inspeção médica capacidade para a ati-
vidade funcional.
d) No processamento das licenças para tratamento de saúde, será observada a publici-
dade dos laudos médicos, como medida de transparência e concretização do princípio da
publicidade.
e) No curso da licença, o funcionário abster-se-á de qualquer atividade remunerada, sob pena
de demissão.
a) Errada. Expirado o prazo de licença previsto no laudo médico, o funcionário será submetido
a nova inspeção e, aposentado, se for julgado inválido, nos termos do artigo 91 da Lei Esta-
dual n. 9.826/1974.
b) Errada. No caso de aposentadoria por invalidez, a inspeção ocorrerá a cada 2 (dois) anos,
nos termos do artigo 91, parágrafo único, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
c) Certa. Está de acordo com o que dispõe o artigo 90 da Lei Estadual n. 9.826/1974.
d) Errada. No processamento das licenças para tratamento de saúde, será observado sigilo no
que diz respeito aos laudos médicos, nos termos do artigo 92 da Lei Estadual n. 9.826/1974.
e) Errada. No curso da licença, o funcionário abster-se-á de qualquer atividade remunerada,
sob pena de interrupção imediata da mesma licença, com perda total dos vencimentos, até
que reassuma o exercício, nos termos do artigo 93 da Lei Estadual n. 9.826/1974.
Letra c.
I – O servidor em licença por motivo de doença em pessoa da família, perceberá vencimentos
integrais até 6 (seis) meses. Após este prazo, o servidor não fará jus à percepção de venci-
mentos, tendo, porém, que recolher mensalmente o percentual de 33% (trinta e três por cento)
incidente sobre o valor de sua última remuneração para fins de contribuição previdenciária,
que será destinada ao Sistema Único de Previdência Social e dos Membros de Poder do Es-
tado do Ceará (SUPSEC) até o limite de 4 (quatro) anos, devendo retornar às suas atividades
funcionais imediatamente ao fim do período.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
II – O funcionário que for convocado para o serviço militar será licenciado com vencimentos
integrais, ressalvado o direito de opção pela retribuição financeira do serviço militar.
III – Em relação ao servidor licenciado para prestar serviço militar obrigatório, após a desin-
corporação, será concedido prazo não excedente a 15 dias para que reassuma o exercício do
cargo, sem perda de vencimentos.
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) I, II e III.
e) II, somente.
I – Certa. Está de acordo com o artigo 199, §3º, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
II – Certa. Está de acordo com o artigo 101 da Lei Estadual n. 9.826/1974.
III – Errada. O prazo é de 30 dias, conforme artigo 101, §1º, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
Letra a.
008. (INÉDITA/2022) A Lei Estadual n. 9.826/1974 estabeleceu regras para a licença à ges-
tante. Quanto a este tema, assinale a alternativa incorreta.
a) Além dos 120 dias de licença-maternidade conferidos pela Carta Magna, o Estatuto confe-
riu a possibilidade de prorrogação do prazo por mais 60 dias.
b) Durante o período de prorrogação da licença-maternidade, a servidora estadual terá direito
à sua remuneração integral.
c) A frequência em escola, creches ou organização similar, pela criança, não tem o condão de
impedir o deferimento da prorrogação da licença-maternidade.
d) O pagamento dos vencimentos da servidora em licença-maternidade, inclusive no período
de prorrogação, é mantido por recursos do respectivo órgão de origem.
e) A prorrogação da licença-maternidade será assegurada à servidora estadual mediante re-
querimento efetivado até o final do primeiro mês após o parto, e concedida imediatamente
após a fruição dos 120 dias garantidos pela CF/88.
a) Certa. Nos termos do artigo 100 da Lei Estadual n. 9.826/1974.

b) Certa. Nos termos do artigo 100, §2º, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
c) Errada. A criança não poderá ser mantida em creches ou organização similar, sob pena da
perda do direito do benefício e consequente apuração da responsabilidade funcional, nos ter-
mos do artigo 100, §3º, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
d) Certa. Nos termos do artigo 100, §4º, da Lei Estadual n. 9.826/1974.

e) Certa. Nos termos do artigo 100, §1º, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
Letra c.
I – O funcionário terá direito a licença, sem vencimento, para acompanhar o cônjuge, também
servidor público, quando, de ofício, for mandado servir em outro ponto do Estado, do Território
Nacional, ou no Exterior, ou, ainda, caso o cônjuge esteja no exercício de mandato eletivo fora
de sua sede funcional.
II – A licença para acompanhar cônjuge dependerá de requerimento devidamente instruído,
admitida renovação, mas dependerá de reassunção do exercício.
III – A respeito da licença para acompanhar cônjuge, finda a causa da licença, o funcionário
retornará ao exercício de suas funções no prazo de trinta dias, após o qual sua ausência será
considerada abandono de cargo.
a) I e III.
b) I e II.
c) II e III.
d) I, somente.
e) II, somente.
I – Certa. Está de acordo com os artigos 103 e 104 da Lei Estadual n. 9.826/1974.
II – Errada. A renovação da licença não dependerá de reassunção do exercício, nos termos do
artigo 103, §1º, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
III – Certa. Está de acordo com o artigo 103, §2º, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
Letra a.
I – Poderá ser autorizado o afastamento, até duas horas diárias, ao funcionário que frequente
curso regular de 1º e 2º graus ou de ensino superior.
II – Os dirigentes do Sistema Administrativo Estadual poderão autorizar o servidor, ocupante
do cargo efetivo ou em comissão, a integrar ou assessorar comissões, grupos de trabalho ou
programas, com ou sem afastamento do exercício funcional e sem prejuízo dos vencimentos.
III – Será autorizado o afastamento do exercício funcional nos dias em que o funcionário tiver
que prestar exames para ingresso em curso regular de ensino, ou que, estudante, se subme-
ter a provas.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos

a) I, somente.
b) II, somente.
c) III, somente.
d) I e II.
e) I, II e III.
I – Certa. Está de acordo com o artigo 111 da Lei Estadual n. 9.826/1974.

II – Certa. Está de acordo com o artigo 112 da Lei Estadual n. 9.826/1974.
III – Certa. Está de acordo com o artigo 110, §2º, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
Letra e.
Civis do Estado do Ceará) como parâmetro, a respeito do afastamento para trato de interesses
particulares, assinale a alternativa correta.
a) Depois de três anos de efetivo exercício e após declaração de aquisição de estabilidade no
cargo de provimento efetivo, o servidor poderá obter autorização de afastamento para tra-
tar de interesses particulares, por um período não superior a dois anos e sem percepção de
remuneração.
b) Quando o interesse do Sistema Administrativo o exigir, a autorização para o afastamento
poderá ser cassada, a juízo da autoridade competente, devendo, neste caso, o funcionário ser
expressamente notificado para apresentar-se ao serviço no prazo de 30 (trinta) dias, prorro-
gável por igual período, findo o qual caracterizar-se-á o abandono do cargo.
c) Após o deferimento, o servidor não poderá desistir da autorização concedida para afasta-
mento em virtude de interesses particulares.
d) O funcionário somente poderá receber nova autorização para o afastamento após decor-
rido pelo menos três anos do efetivo exercício, contado da data em que reassumiu, em de-
corrência do término do prazo autorizado ou por motivo de desistência ou de cassação da
autorização concedida.
e) O afastamento para trato de interesses particulares pode ser concedido somente uma vez
ao servidor ocupante de cargo em comissão.
a) Errada. Conforme artigo 115:
Art. 115. Depois de três anos de efetivo exercício e após declaração de aquisição de estabili-
dade no cargo de provimento efetivo, o servidor poderá obter autorização de afastamento para
tratar de interesses particulares, por um período não superior a quatro anos e sem percepção
de remuneração.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
b) Certa. Está de acordo com o artigo 118 da Lei Estadual n. 9.826/1974.

c) Errada. O servidor poderá, a qualquer tempo, desistir da autorização concedida, reassu-
mindo o exercício das atribuições do seu cargo, nos termos do artigo 117 da Lei Estadual n.
9.826/1974.
d) Errada. O prazo é de um ano, nos termos do artigo 120 da Lei Estadual n. 9.826/1974.
e) Errada. Para os ocupantes de cargo efetivo não há limitação de número máximo de vezes
que pode ser deferido o referido afastamento, porém, deve-se observar a regra do artigo 120.
Em relação aos ocupantes, exclusivamente, de cargo em comissão, não há direito ao afasta-
mento. Fundamento no artigo 115 da Lei Estadual n. 9.826/1974.
Letra b.
012. (INÉDITA/2022) Todo servidor, em razão do vínculo que mantém com o Sistema Admi-
nistrativo Estadual, tem direito a uma retribuição pecuniária, na forma do Estatuto.
Tendo a Lei Estadual n. 9.826/1974 (Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado do Cea-
rá) como parâmetro, assinale a alternativa que não apresenta uma modalidade de retribuição
pecuniária.
a) Diária.
b) Gratificações.
c) Auxílio-reclusão.
d) Vencimento.
e) Ajuda de custo.
a) Certa. Corresponde a uma modalidade de retribuição pecuniária, conforme artigo 122, II, da
Lei Estadual n. 9.826/1974.
b) Certa. Corresponde a uma modalidade de retribuição pecuniária, conforme artigo 122, V, da
c) Errada. Não se trata de uma modalidade de retribuição pecuniária pelo serviço prestado,
mas um auxílio ao servidor de baixa renda recolhido ao cárcere.
d) Certa. Corresponde a uma modalidade de retribuição pecuniária, conforme artigo 122, I, da
e) Certa. Corresponde a uma modalidade de retribuição pecuniária, conforme artigo 122, II, da
Letra c.
013. (INÉDITA/2022) A retribuição pecuniária atribuída ao servidor público não sofrerá des-
contos além dos previstos expressamente em lei, nem será objeto de arresto, sequestro ou
penhora, porém, em determinadas situações, pode haver desconto direto nos vencimentos
funcionais do servidor.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
O desconto direto poderá ocorrer no caso de prestação de alimentos determinada judicial-

mente; reposição de indenização devida à Fazenda Estadual; ou então em razão de auxílios e
benefícios instituídos pela Administração Pública (art. 122, §3º, Lei Estadual n. 9.826/1974).
A respeito deste desconto, assinale a alternativa que completa, corretamente, a lacuna da
afirmação abaixo, de acordo com o que dispõe a Lei Estadual n. 9.826/1974 (Estatuto dos
Servidores Públicos Civis do Estado do Ceará).
parcelas mensais, não excedentes a ________ da remuneração do servidor, assim entendida
a) 10%.
b) 15%.
c) 20%.
d) 25%.
e) 30%.
Veja o que dispõe o artigo 122, §4º, da Lei Estadual n. 9.826/1974:
Art. 122. [...]

§ 4º. As reposições e indenizações devidas à Fazenda Pública Estadual serão descontadas em
parcelas mensais, não excedentes da décima parte da remuneração do servidor, assim entendida
Letra a.
I – Considera-se vencimento a retribuição correspondente ao padrão, nível ou símbolo do
II – O servidor perderá metade do vencimento do dia, se comparecer ao serviço dentro da hora
seguinte à fixação para o início do expediente, e quando se retirar antes de findo o período
de trabalho.
III – O servidor não perderá o vencimento do cargo efetivo quando no exercício de mandato
IV – O servidor perderá dois terços do vencimento durante o período de afastamento em vir-
tude de condenação por sentença passada em julgado à pena de que não resulte demissão.
a) I e III, somente.
b) I, II e III, somente.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
c) I, II, III e IV.

d) I e IV, somente.
e) III, somente.
I – Certa. Está de acordo com o que dispõe o artigo 123 da Lei Estadual n. 9.826/1974.
II – Errada. Neste caso, perderá um terço do vencimento do dia, nos termos do artigo 124, V,
da Lei Estadual n. 9.826/1974.
III – Errada. Neste caso, perderá o vencimento, nos termos do artigo 124, II, da Lei Estadual n.
9.826/1974.
IV – Certa. Está de acordo com o que dispõe o artigo 124, VII, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
Letra d.
I – Serão concedidas diárias ao funcionário que for designado, de ofício, para ter exercício em
nova sede, mesmo fora do Estado.
II – Ao funcionário que se deslocar da sua repartição em objeto de serviço, conceder-se-á
ajuda de custo a título de indenização das despesas de alimentação e hospedagem, na forma
do Regulamento.
III – É assegurado ao funcionário e ao aposentado o direito de requerer, representar, pedir
reconsideração e recorrer.
Está incorreto o que se afirma em:
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) III, somente.
e) II, somente.
I – Errada. Trata-se de ajuda de custo, nos termos do artigo 125 da Lei Estadual n. 9.826/1974.
II – Errada. Trata-se de diária, nos termos do artigo 129 da Lei Estadual n. 9.826/1974.
III – Certa. Está de acordo com o artigo 141 da Lei Estadual n. 9.826/1974.
Letra a.
I – A gratificação pela prestação de serviço extraordinário é a retribuição de serviço cuja exe-
cução exija dedicação além do expediente normal a que estiver sujeito o servidor, e será paga,
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
proporcionalmente, por hora de trabalho adicional ou por tarefa especial, levando-se em con-
ta estimativa do número de dias e de horas necessários para sua realização. O valor da hora
de trabalho adicional será 50% (cinquenta por cento) maior que o da hora normal de trabalho,
apurado através da divisão do valor da remuneração mensal do servidor por 30 (trinta) e este
resultado pelo número de horas correspondentes à carga horária ou regime do servidor.
II – A gratificação pela representação de Gabinete poderá ser concedida a funcionários e
pessoas estranhas ao Sistema Administrativo, sem qualquer vínculo, com exercício nos ga-
binetes e órgãos de assessoramento técnico do referido Sistema, na forma do Regulamento.
III – A gratificação pela elaboração ou execução de trabalho relevante, técnico ou científico,
será arbitrada e atribuída pelos dirigentes do Sistema Administrativo Estadual.
IV – A gratificação de representação é uma indenização atribuída aos ocupantes de cargos
em comissão e outros que a lei determinar, tendo em vista despesas de natureza social e pro-
fissional determinadas pelo exercício funcional.
V – A gratificação de produtividade destina-se a incentivar o aumento de arrecadação dos
tributos estaduais, devendo ser objeto de regulamentação.
a) I, III e V.
b) II, III e IV.
c) III, IV e V.
d) II, III, IV e V.
e) I, II, III, IV e V.
I – Certa. Está de acordo com o que dispõe o artigo 133, caput e §1º, da Lei Estadual n.
9.826/1974.
II – Certa. Está de acordo com o que dispõe o artigo 134 da Lei Estadual n. 9.826/1974.
III – Certa. Está de acordo com o que dispõe o artigo 135 da Lei Estadual n. 9.826/1974.
IV – Certa. Está de acordo com o que dispõe o artigo 137 da Lei Estadual n. 9.826/1974.
V – Certa. Está de acordo com o que dispõe o artigo 139 da Lei Estadual n. 9.826/1974.
Letra e.
I – A aposentadoria por invalidez será sempre precedida de licença por período contínuo de, no
mínimo, 12 meses, salvo quando a junta médica declarar a incapacidade definitiva para o serviço.
II – O servidor aposentado compulsoriamente por motivo de idade, terá os seus proventos
proporcionais ao tempo de contribuição.
III – É vedado o reajuste dos proventos de aposentadoria e as pensões na mesma data em que
se der o reajuste dos benefícios do regime geral de previdência social.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos

a) I, somente.
b) II, somente.
c) III, somente.
d) I e III.
e) II e III.
I – Errada. O prazo mínimo é de 24 meses, nos termos do artigo 152, parágrafo único, veja:
Art. 152. O servidor será aposentado, conforme as regras estabelecidas no art. 40 da Constituição
Federal.
Parágrafo único. A aposentadoria por invalidez será sempre precedida de licença por período con-
tínuo não inferior a 24 (vinte e quatro) meses, salvo quando a junta médica declarar a incapacidade
definitiva para o serviço, ou na hipótese prevista no art. 68, inciso X.
II – Certa. De acordo com o artigo 156 da Lei Estadual n. 9.826/1974.

III – Errada. Veja o que dispõe o artigo 157 da Lei Estadual n. 9.826/1974:
Art. 157. Os proventos de aposentadoria e as pensões serão reajustados na mesma data em que se
der o reajuste dos benefícios do regime geral de previdência social, ressalvadas as aposentadorias
concedidas conforme os arts. 6º e 7º da Emenda Constitucional Estadual n. 56, de 7 de janeiro de
2004.
Letra b.
018. (INÉDITA/2022) A respeito do Salário-Família, previsto na Lei Estadual n. 9.826/1974

(Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado do Ceará), assinale a alternativa incorreta.
a) Verificada, a qualquer tempo, a inexatidão das declarações prestadas, será suspensa a
concessão do salário-família e determinada a reposição do valor indevidamente recebido,
mediante o desconto mensal de 20% da remuneração líquida, em folha de pagamento.
b) O salário-família é o auxílio pecuniário especial concedido pelo Estado ao funcionário ati-
vo e ao aposentado como contribuição ao custeio das despesas de manutenção de seus
dependentes.
c) O salário-família será pago, ainda, nos casos em que o funcionário deixar de perceber ven-
cimento ou proventos, sem perda do cargo.
d) O salário-família não servirá de base para qualquer contribuição, ainda que para fim de
previdência social.
e) O funcionário e o aposentado são obrigados a comunicar à autoridade concedente, dentro
do prazo de quinze dias, qualquer alteração que se verifique na situação dos dependentes da
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
a) Errada. O percentual é de 10%, nos termos do artigo 168 da Lei Estadual n. 9.826/1974.
b) Certa. Está de acordo com o que dispõe o artigo 158 da Lei Estadual n. 9.826/1974.
c) Certa. Está de acordo com o que dispõe o artigo 161 da Lei Estadual n. 9.826/1974.
d) Certa. Está de acordo com o que dispõe o artigo 163 da Lei Estadual n. 9.826/1974.
e) Certa. Está de acordo com o que dispõe o artigo 169 da Lei Estadual n. 9.826/1974.
Letra a.
I – Será concedido auxílio-funeral à família do funcionário falecido, correspondente a 01 (um)
mês de seus vencimentos ou proventos, limitado o pagamento à quantia de R$ 1.200,00 (um
mil e duzentos reais).
II – Quando não houver pessoa da família do funcionário no local do falecimento, o auxílio-fu-
neral será pago a quem promover o enterro, mediante comprovação das despesas.
III – O auxílio-reclusão é devido pelo órgão de origem aos dependentes do servidor de baixa
renda recolhido à prisão e que, nessa condição, não esteja recebendo remuneração decorren-
te do seu cargo.
a) I, somente.
b) I e II.
c) I, II e III.
d) II e III.
e) I e III.
I – Certa. Está de acordo com o que dispõe o artigo 173 da Lei Estadual n. 9.826/1974.
II – Certa. Está de acordo com o que dispõe o artigo 173, parágrafo único, da Lei Estadual n.
9.826/1974.
III – Certa. Está de acordo com o que dispõe o artigo 173-A da Lei Estadual n. 9.826/1974.
Letra c.
Civis do Estado do Ceará) como parâmetro, a respeito do Direito de Petição, assinale a alter-
nativa incorreta.
a) O direito de pedir reconsideração, que será exercido perante a autoridade que houver expe-
dido o ato, ou proferido a primeira decisão, decairá após 30 dias da ciência do ato pelo peti-
cionante, ou de sua publicação quando esta for obrigatória.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
b) A petição será dirigida à autoridade competente para decidir do pedido e encaminhada por
c) É vedado repetir pedido de reconsideração ou recurso perante a mesma autoridade.
d) O pedido de reconsideração e o recurso não têm efeito suspensivo, salvo disposição em
contrário, e o que for provido retroagirá, nos efeitos, à data do ato impugnado.
e) O direito de pleitear na esfera administrativa prescreverá em 120 (cento e vinte) dias, salvo
estipulação em contrário, prevista expressamente em lei ou regulamento.
a) Errada. O prazo é de 60 dias, nos termos do artigo 143 da Lei Estadual n. 9.826/1974.
b) Certa. Nos termos do artigo 142 da Lei Estadual n. 9.826/1974.
c) Certa. Nos termos do artigo 143, §2º, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
d) Certa. Nos termos do artigo 145 da Lei Estadual n. 9.826/1974.
e) Certa. Nos termos do artigo 146 da Lei Estadual n. 9.826/1974.
Letra a.
O afastamento por motivo de férias será considerado tempo de efetivo exercício.
Conforme dispõe o artigo 68, I, da Lei n. 9.826/1974, as férias entram no cômputo do tempo
de serviço.
Certo.
O tempo de serviço compreende o período de efetivo exercício das atribuições de cargo ou
emprego público.
Está de acordo com o que dispõe o artigo 67 da Lei n. 9.826/1974.

Certo.
em decorrência do falecimento de cunhado.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
Em decorrência do falecimento de cunhado, o afastamento por 02 (dois) dias será considera-

do efetivo exercício, nos termos do artigo 68, IV, da Lei n. 9.826/1974.
Errado.
Será considerado como efetivo exercício o afastamento em razão de luto, por no máximo 02
(dois) dias, em decorrência do falecimento de parente até o 2º grau, quando o parentesco for
por afinidade.
O afastamento em decorrência do falecimento de parente até o 2º grau será de até 08 dias,

não importando se é consanguíneo ou afim. Este prazo de 08 dias de luto é considerado como
efetivo exercício, nos termos do artigo 68, III, da Lei n. 9.826/1974.
Errado.
em decorrência do falecimento de tio.
Em decorrência do falecimento de tio, o afastamento por 02 (dois) dias será considerado efe-
tivo exercício, nos termos do artigo 68, IV, da Lei n. 9.826/1974.
Errado.
As faltas por motivo de doença, devidamente comprovada, até 30 dias por ano e não mais de
5 dias por mês, são consideradas como efetivo exercício.
Serão consideradas como efetivo exercício as faltas por motivo de doença, devidamente com-
provada, até 36 dias por ano e não mais de 3 (três) dias por mês, nos termos do artigo 68, XV,
da Lei n. 9.826/1974.
Errado.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
Será considerado como efetivo exercício o afastamento decorrente de período de trânsito, de
viagem do funcionário que mudar de sede, contado da data do desligamento e até o máximo
de 15 dias.
Está de acordo com o que dispõe o artigo 68, XVII, da Lei n. 9.826/1974.
Certo.
Entende-se por acidente de trabalho o evento que cause dano físico ou mental ao funcionário,
por efeito ou ocasião do serviço, inclusive no deslocamento para o trabalho ou deste para o
domicílio do funcionário.
Está de acordo com o que dispõe o artigo 68, §1º, da Lei n. 9.826/1974.
Certo.
A agressão não provocada, sofrida pelo funcionário no serviço ou em razão dele, é mais grave
do que o acidente de trabalho, por este motivo o servidor recebe maior respaldo na recuperação.
Nos termos do artigo 68, §2º, da Lei n. 9.826/1974, equipara-se ao acidente no trabalho a
agressão, quando não provocada, sofrida pelo funcionário no serviço ou em razão dele.
Assim, temos que os dois eventos são equiparados, não havendo diferenciação quanto à gra-
vidade de um em relação ao outro.
Errado.
Por doença profissional entende-se aquela peculiar ou inerente ao trabalho exercido, compro-
vada, em qualquer hipótese, a relação de causa e efeito.
Certo.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
O período de serviço ativo nas Forças Armadas será contado para fins de disponibilidade, mas
não para aposentadoria.
Nos termos do artigo 69, II, da Lei n. 9.826/1974, o período de serviço ativo nas Forças Arma-
das será computado para efeito de disponibilidade e aposentadoria.
Errado.
O tempo de contribuição para o Regime Geral de Previdência Social – RGPS, será contado
para fins de disponibilidade e aposentadoria, mas não será contado o tempo de contribuição
para os Regimes Próprios de Previdência Social – RPPS.
Nos termos do artigo 69, I, da Lei n. 9.826/1974, RGPS e RPPS serão contados para fins de
disponibilidade e aposentadoria.
Errado.
Não será computado para efeito de disponibilidade e aposentadoria, o tempo de aposentado-
ria, mesmo que ocorra reversão.
Caso ocorra reversão, o tempo de aposentadoria será contado para fins de aposentadoria e
disponibilidade, com fundamento no artigo 69, III, da Lei n. 9.826/1974.
Errado.
O tempo que o servidor estiver em licença por motivo de doença em pessoa da família so-
mente será computado, para fins de aposentadoria e disponibilidade, se houver contribuição
previdenciária.
Está de acordo com o que dispõe o artigo 69, IV, da Lei n. 9.826/1974.
Certo.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
Na contagem do tempo de serviço, será admitida a contagem em dobro, mas somente em
algumas condições especiais.
Nos termos do artigo 69, §2º, I, da Lei n. 9.826/1974:
Art. 69. [...]

§ 2º. Na contagem do tempo, de que trata este artigo, deverá ser observado o seguinte:
I – não será admitida a contagem em dobro ou em outras condições especiais;
Errado.
O servidor poderá obter autorização de afastamento para tratar de interesses particulares
mesmo antes de ser estável no serviço público.
Não está de acordo com o que dispõe o artigo 115 da Lei n. 9.826/1974, veja:
Art. 115. Depois de três anos de efetivo exercício e após declaração de aquisição de estabilidade
no cargo de provimento efetivo, o servidor poderá obter autorização de afastamento para tratar de
interesses particulares, por um período não superior a quatro anos e sem percepção de remune-
ração.
Errado.
Depois de três anos de efetivo exercício e após declaração de aquisição de estabilidade no
cargo de provimento efetivo, o servidor poderá obter autorização de afastamento para tratar
de interesses particulares, por um período não superior a quatro anos e sem percepção de
remuneração.

Certo.
Não será autorizado o afastamento do funcionário removido antes de ter assumido o exercício.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
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Certo.
O servidor não poderá desistir da licença para tratar de interesses particulares antes de de-
corrido, ao menos, metade do prazo deferido para afastamento.
Não está de acordo com o que dispõe o artigo 117 da Lei n. 9.826/1974, veja:
Art. 117. O funcionário poderá, a qualquer tempo, desistir da autorização concedida, reassumindo
o exercício das atribuições do seu cargo.
Errado.
juízo da autoridade competente, devendo, neste caso, o funcionário ser expressamente noti-
ficado para apresentar-se ao serviço no prazo de 60 dias, prorrogável por igual período, findo
o qual caracterizar-se-á o abandono do cargo.
Não está de acordo com o que dispõe o artigo 118 da Lei n. 9.826/1974. O prazo é de 30
dias, veja:
Art. 118. Quando o interesse do Sistema Administrativo o exigir, a autorização poderá ser cassada,
a juízo da autoridade competente, devendo, neste caso, o funcionário ser expressamente notificado
para apresentar-se ao serviço no prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período, findo o
qual caracterizar-se-á o abandono do cargo.
Errado.
juízo da autoridade competente, devendo, neste caso, o funcionário ser expressamente notifi-
cado para apresentar-se ao serviço no prazo de 30 (trinta) dias, improrrogáveis.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
Não está de acordo com o que dispõe o artigo 118 da Lei n. 9.826/1974. O prazo de 30 dias,
mas pode ser prorrogado por igual período, veja:
Art. 118. Quando o interesse do Sistema Administrativo o exigir, a autorização poderá ser cassada,
a juízo da autoridade competente, devendo, neste caso, o funcionário ser expressamente notificado
para apresentar-se ao serviço no prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período, findo o
qual caracterizar-se-á o abandono do cargo.
Errado.
O funcionário somente poderá receber nova autorização para o afastamento para tratar de
interesses particulares após decorrido, pelo menos, um ano do efetivo exercício, contado da
data em que reassumiu, em decorrência do término do prazo autorizado ou por motivo de
desistência ou de cassação da autorização concedida.

Certo.
Todo funcionário, em razão do vínculo que mantém com o Sistema Administrativo Estadual,
tem direito a uma retribuição pecuniária, na forma estabelecida pelo Estatuto.

Certo.
As formas de retribuição pecuniária pagas aos servidores são: vencimento; ajuda de custo;
diária e gratificações.

Certo.
Lei n. 9.826/1974 – Parte II
Leonardo Deitos
O conjunto de gratificações percebidas pelo servidor forma os vencimentos funcionais.
Na verdade, os vencimentos funcionais são o conjunto de todas as retribuições pecuniárias

percebidas pelo servidor, não somente as gratificações, mas também os vencimentos, even-
tuais diárias, ajuda de custo etc., nos termos do artigo 112, §1º, da Lei n. 9.826/1974.
Errado.
A retribuição pecuniária atribuída ao funcionário não sofrerá descontos além dos previs-
tos expressamente em lei, e não será objeto de arresto, sequestro ou penhora em nenhu-
ma hipótese.
Em algumas hipóteses, poderá incidir sobre a retribuição pecuniária percebida pelo servidor,
arresto, sequestro ou penhora. Você lembra quais são as hipóteses?
São elas, nos termos do artigo 122, §3º, da Lei n. 9.826/1974:
- Prestação de alimentos determinada judicialmente.
- Reposição de indenização devida à Fazenda Estadual.
- Auxílios e benefícios instituídos pela Administração Pública.
Errado.
parcelas mensais não excedentes da décima parte da remuneração do servidor, assim enten-
dida como o vencimento-base, acrescido das vantagens fixas e de caráter pessoal.
Certo.
Considera-se vencimento a retribuição correspondente ao padrão, nível ou símbolo do cargo
a que esteja vinculado o funcionário, em razão do efetivo exercício de função pública.
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Leonardo Deitos

Certo.
O funcionário perderá o vencimento do cargo efetivo, quando nomeado para cargo em comis-
são, salvo o direito de opção e de acumulação lícita.
Está de acordo com o que dispõe o artigo 124, I, da Lei n. 9.826/1974.

Certo.
O servidor não perderá o vencimento do cargo efetivo, quando no exercício de mandato eleti-
vo, federal ou estadual.
Veja o que dispõe o artigo 124, II, da Lei n. 9.826/1974:
Art. 124. O funcionário perderá:

[...]
II – o vencimento do cargo efetivo, quando no exercício de mandato eletivo, federal ou estadual;
Errado.
Leonardo Deitos
Professor de cursos preparatórios para concursos públicos. Aprovado em diversos concursos, entre eles:
Técnico Judiciário do TJ/SC e Agente de Polícia da Polícia Civil de Santa Catarina.

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DIREITO

LEI N. 9.826/1974 – PARTE II

O tempo de serviço compreende o período de efetivo exercício das atribuições de cargo

• Considera-se um ano: período de 365 dias.

Existem alguns afastamentos que, mesmo o servidor não exercendo temporariamente as

• Exercício das atribuições de outro cargo estadual de provimento em comissão, inclusi-

• Desempenho de função eletiva federal, estadual ou municipal, observada, quanto a

Um laudo, resultante de inspeção médica, deverá estabelecer, expressamente, a caracteriza-

• Licença à funcionária gestante;

• Prisão do funcionário, absolvido por sentença transitada em julgado;

Tempo Computado para Disponibilidade e Aposentadoria

Será computado para efeito de disponibilidade e aposentadoria:

• O tempo de contribuição para os Regimes Próprios de Previdência Social;

• O período de serviço ativo nas Forças Armadas;

Na contagem do tempo para disponibilidade e aposentadoria, o seguinte deverá ser

No cômputo do tempo de serviço, é proibido:

• Percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrente de regime próprio

Existem três exceções, veja:

Você viu que é proibida a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorren-

Poder do Estado do Ceará – SUPSEC, exceto se decorrentes de cargos acumuláveis previstos

Obs.: Observadas as proibições apresentadas, o servidor poderá desaverbar, em qualquer

Obs.: Perceba: não menciona contraditório, somente ampla defesa.

Obviamente, as disposições da CF/88 se sobrepõem ao texto da Lei n. 9.826/1974, mas

Dando sequência ao estudo, veja o que dispõe o artigo 75:

Destaque-se que somente os ocupantes de cargos efetivos poderão adquirir estabilidade.

Disponibilidade é o afastamento do exercício, de funcionário estável, em virtude da extin-

A fração remuneratória do servidor em disponibilidade foi fixada pela Lei n. 13.578, de

Art. 7º. [...]

Como proceder caso a escala não tenha sido organizada?

Obs.: A Licença especial foi revogada pela Lei n. 12.913/99.

Ao fim da licença, o funcionário reassumirá, imediatamente, o exercício.

Você sabe quem é a autoridade competente para conceder licença ao servidor?

São competentes para conceder licença ao servidor, os Dirigentes do Sistema Adminis-

A competência para conceder licença pode ser delegada?

Sim, conforme regulamento próprio.

Qual o prazo máximo que o servidor poderá permanecer em licença?

Em regra, o prazo máximo de permanência em licença é de 24 meses, mas existem exce-

EXCEÇÃO: não há limite de prazo máximo nos seguintes casos:

Agora, vamos estudar as especificidades de cada uma das licenças:

Licença para Tratamento de Saúde

É improvável que a banca examinadora elabore uma questão exigindo o conhecimento de

Licença para Tratamento de Saúde em Tópicos

• A licença para tratamento de saúde deverá ser precedida de inspeção médica;

• No processamento das licenças para tratamento de saúde os laudos médicos serão

• O servidor em licença para tratamento de saúde receberá os vencimentos integrais.

Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família

Considera-se pessoa da família:

A doença será provada mediante inspeção médica.

O servidor receberá remuneração quando estiver em Licença por motivo de doença em

Art. 7º. [...]

Durante a licença à gestante, a servidora receberá remuneração?

Sim, recebe remuneração integral.

Obs.: O pagamento dos vencimentos da servidora em licença-maternidade, inclusive no

Durante a prorrogação da licença à gestante, é proibido:

Licença para Serviço Militar Obrigatório

A licença para serviço militar obrigatório é remunerada?

Qual é o prazo para reassumir o cargo?

Essa licença é remunerada?

Licença para Acompanhar o Cônjuge

Quais as hipóteses de cabimento da licença para acompanhar o cônjuge?

Esta licença poderá ser deferida em duas hipóteses:

A licença para acompanhar o cônjuge é remunerada?

Não há pagamento de vencimentos.