Lei N 9 826 1974 Parte III

DIREITO
ADMINISTRATIVO
Lei n. 9.826/1974 – Parte III
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
DIREITO ADMINISTRATIVO
Leonardo Deitos
Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Regime Disciplinar.. .........................................................................................................................................................3
Dos Deveres.........................................................................................................................................................................9
Das Proibições. . .................................................................................................................................................................11
Sanções Disciplinares e seus Efeitos.................................................................................................................13
Repreensão.........................................................................................................................................................................13
Suspensão...........................................................................................................................................................................13
Multa......................................................................................................................................................................................13
Demissão.............................................................................................................................................................................14
Cassação de Aposentadoria e Disponibilidade. ............................................................................................15
Súmulas Relacionadas................................................................................................................................................16
Da Sindicância.. .................................................................................................................................................................17
Do Inquérito Administrativo. . ..................................................................................................................................20
Procedimento do Inquérito Administrativo. ................................................................................................... 22
Nulidades............................................................................................................................................................................23
Da Revisão.........................................................................................................................................................................23
Procedimento da Revisão......................................................................................................................................... 24
Disposições Finais........................................................................................................................................................25
Resumo................................................................................................................................................................................27
Exercícios............................................................................................................................................................................36
Gabarito...............................................................................................................................................................................49
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................50
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Leonardo Deitos
Apresentação
Olá! Nesta aula explicarei as disposições da Lei Estadual n. 9.826/74 que tratam a respeito
do Regime Disciplinar.
Obs.: Aula atualizada com a Lei n. 17.507 de 25.05.2021, que alterou o caput do art. 182, e
renumerou parágrafos.
Querido(a) aluno(a), quero pedir a você uma gentileza rápida e fácil. Avalie o conteúdo des-
ta aula. Caso você tenha gostado da forma que apresentei os conteúdos, avalie positivamente.
Sua opinião é muito importante!
Entretanto, se você não gostou da aula, envie sua crítica e/ou sugestão. Ficarei grato em
saber a sua opinião e poder, com ela, melhorar.
Caso você não compreenda completamente qualquer dos assuntos tratados nas aulas,
envie sua pergunta pelo Fórum de Dúvidas, terei grande satisfação em responder seu questio-
namento o mais breve possível.
Seja imparável!
#SouGran
Regime Disciplinar
Regime disciplinar é modo como são tratados os ilícitos administrativos, por exemplo, é
forma pela qual é apurada uma falta administrativa, o trâmite do processo administrativo dis-
ciplinar, entre outras questões relevantes.
Explicarei, a partir de agora, o que o Estatuto dispõe a respeito do regime disciplinar, vamos lá!
Já que o regime disciplinar trata da apuração dos ilícitos administrativos, então pergunto:
O que é um ilícito administrativo?
A reposta está no art. 175 do estatuto e estabelece que:

Ilícito administrativo é a conduta do servidor público, comissiva ou omissiva, da qual resulta:
• Violação a dever geral;
• Violação a dever especial;
• Violação de uma proibição fixada no Estatuto, ou em legislação complementar;
• Constitua comportamento incompatível com o decoro funcional ou social.
O ilícito administrativo é punível, independentemente de acarretar resultado perturbador

do serviço estadual.
Leonardo Deitos
Obs.: O servidor público é administrativamente responsável, perante seus superiores hierár-

quicos, pelos ilícitos que cometer.
A quem se aplica o processo administrativo disciplinar previsto no estatuto?
Aplica-se ao:
• Servidor da ativa;
• Servidor aposentado;
• Servidor em disponibilidade.
Como acontece a apuração da responsabilidade funcional?
A apuração da responsabilidade funcional será promovida, de ofício, ou mediante represen-

tação e será realizada pela autoridade de maior hierarquia no órgão ou na entidade administra-
tiva em que tiver ocorrido a irregularidade.
E se a irregularidade tiver sido praticada fora do local de trabalho?
Caso o ilícito administrativo tenha sido praticado fora do local de trabalho, a apuração da
responsabilidade será promovida pela autoridade de maior hierarquia no órgão ou na entidade
a que pertencer o servidor que se imputar a prática da irregularidade.
Caso a prática do ilícito administrativo for imputada a vários servidores lotados em órgãos
diversos do Poder Executivo, a competência para determinar a apuração da responsabilidade
caberá ao Governador do Estado.
Existe responsabilidade penal decorrente de infração administrativa?
Caso o servidor cometa uma infração administrativa que também é crime, existirá respon-
sabilização, tanto administrativa quanto criminal.
A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados, por lei, ao servi-
dor, nesta qualidade.
EXEMPLO
Subtrair bens da administração pública pode caracterizar infração administrativa e, ao mesmo
tempo, crime de Peculato.
Leonardo Deitos
São independentes as instâncias administrativas, civil e penal, e cumuláveis as respectivas

cominações. Portanto, pelo cometimento de um único fato, o servidor pode ser punido, cumu-
lativamente, na esfera administrativa, civil e penal.
Há responsabilidade civil decorrente de conduta funcional, que acarrete prejuízo para o

patrimônio do Estado, de suas entidades ou de terceiros, a conduta pode ser:
• Comissiva ou omissiva;
• Dolosa ou culposa.
O servidor responsabilizado civilmente por prejuízo causado ao Estado, ou às suas entida-

des, deverá indenizar o Estado.
A Indenização será liquidada da seguinte maneira:
1º – Bens do servidor, que possam servir como indenização. (se não tiver bens que respon-
dam pelo ressarcimento, a indenização ocorrerá na forma do item 2º);
2º – Prestações mensais descontadas em folha de pagamento, não excedentes da décima
parte do vencimento.
Obs.: A legislação menciona que a fiança, prestada pelo servidor como condição para provi-
mento no cargo, servirá para reparar o dano. Como abordamos na Aula 1, entendemos
que esta fiança não foi recepcionada pela CF/88. Veja:
Art. 177: § 1º - A indenização de prejuízo causado ao Estado ou às suas entidades, no
que exceder os limites da fiança, quando for o caso, será liquidada mediante presta-
ções mensais descontadas em folha de pagamento, não excedentes da décima parte
do vencimento, à falta de outros bens que respondam pelo ressarcimento.
O que acontecerá caso o servidor, no exercício das funções do cargo, cause prejuízo para
terceiro?
O servidor responderá perante o Estado ou suas entidades, por meio de ação regressiva
proposta depois de transitar em julgado a decisão judicial, que houver condenado a Fazenda
Pública a indenizar o terceiro prejudicado.
Sempre que um servidor, que exerce atribuições de chefia, tomar conhecimento de fato que
possa vir a se configurar, ou se configure, como ilícito administrativo, será obrigado a represen-
tar perante a autoridade competente, a fim de que esta promova a sua apuração, SOB PENA DE
RESPONSABILIDADE!
Leonardo Deitos
Como é feita a apuração da responsabilidade funcional?
A apuração da responsabilidade funcional será feita através de sindicância ou de inquérito.
Se o comportamento funcional irregular configurar, ao mesmo tempo, responsabilidade ad-

ministrativa, civil e penal, a autoridade que determinou o procedimento disciplinar adotará
providências para a apuração do ilícito civil ou penal, quando for o caso, durante ou depois de
concluídos a sindicância ou o inquérito.
Após apurada a responsabilidade administrativa do servidor, a autoridade competente

aplicará a sanção que entender cabível, ou a que for tipificada pelo Estatuto para determina-
dos ilícitos.
Na aplicação da sanção, a autoridade levará em conta:
• Os antecedentes do funcionário;
• As circunstâncias em que o ilícito ocorreu;
• A gravidade da infração;
• Os danos que dela provierem para o serviço estatal de terceiros.
A reponsabilidade administrativa será excluída em razão de:

• Legítima Defesa: Considera-se legítima defesa o revide moderado e proporcional à
agressão ou à iminência de agressão moral ou física, que atinja ou vise a atingir o servi-
dor, ou seus superiores hierárquicos ou colegas, ou o patrimônio da instituição adminis-
trativa a que servir.
• Estado de Necessidade: Considera-se em estado de necessidade o servidor que realiza
atividade indispensável ao atendimento de uma urgência administrativa, inclusive para
fins de preservação do patrimônio público.
• Alienação Mental: Comprovada através de perícia médica oficial.
− O Sindicante ou a Comissão Permanente de Inquérito comunicarão o fato para a
autoridade competente, a fim de que seja providenciada a aposentadoria do funcio-
nário.
O exercício da legítima defesa e de atividades em virtude do estado de necessidade não serão

excludentes de responsabilidade administrativa quando houver excesso, imoderação ou des-
proporcionalidade, culposos ou dolosos, na conduta do servidor.
Obs.: A apuração da responsabilidade do funcionário processar-se-á mesmo nos casos de

alteração funcional, inclusive a perda do cargo.
Leonardo Deitos
A responsabilidade administrativa será extinta nos seguintes casos:

• Morte do servidor;
• Prescrição do direito de agir do Estado ou de suas entidades em matéria disciplinar.
Qual é o prazo prescricional?
05 anos, contados da data em que o fato se tornou conhecido.
Existe algum ilícito administrativo imprescritível?
Sim, é imprescritível o ilícito de abandono de cargo e a respectiva sanção.
Obs.: Embora a lei trate essa infração administrativa como imprescritível, há entendimento
no sentido de que somente a Constituição Federal pode atribuir a característica da
imprescritibilidade, portanto, ilícito administrativo imprescritível seria inconstitucional.
Recomendo que você observe o modo pelo qual a questão se apresenta, se for cobra-
do exatamente como está escrito na lei, considere correto.
Não acredito que a banca entrará nessa discussão, em uma questão objetiva.
Novidade Legislativa: A Lei n. 9.826/74 foi alterada pela Lei n. 17.507/2021 e entrou em vigo
dia 25 de maio de 2021 e trouxe algumas informações relevante a respeito da prescrição, nota-
damente, sobre aspectos de interrupção e suspensão do prazo prescricional. (Veja o art. 182
da Lei n. 9.826/74).
Sobre a novidade legislativa veja:

Causa de Interrupção da Prescrição: A abertura de sindicância ou a instauração de pro-
cesso disciplinar interrompem a prescrição. Lembre-se de que a interrupção da prescrição faz
com que o prazo já transcorrido seja zerado, assim, o prazo prescricional volta ao início.
Destaca-se, ainda, que o prazo prescricional voltará a correr da decisão final proferida pela
autoridade competente.
Causa de Suspensão da Prescrição: A prescrição será suspensa com a suspensão da tra-
mitação de sindicância ou de processo administrativo disciplinar.
Para suspender a prescrição, a sindicância ou PAD deve ter sido suspenso por qualquer
motivo imperioso devidamente justificado pela autoridade competente, inclusive em razão de
incidente de insanidade mental.
Leonardo Deitos
O prazo suspenso será retomado após o definitivo julgamento do incidente ou quando findo
o impedimento que motivou a suspensão. Destaca-se que o prazo volta a correr normalmente
de onde ficou suspenso.
Você sabe quais são os efeitos preliminares do inquérito administrativo para apuração de
responsabilidade do funcionário?
O inquérito administrativo para apuração da responsabilidade do funcionário produzirá,

preliminarmente, os seguintes efeitos:
• Afastamento do funcionário indiciado de seu cargo ou função, nos casos de prisão pre-
ventiva ou prisão administrativa;
• Sobrestamento do processo de aposentadoria voluntária;
• Proibição do afastamento do exercício, salvo o caso do item “i” deste artigo;
• Proibição de concessão de licença, ou o seu sobrestamento, salvo a concedida por mo-
tivo de saúde;
• Cessação da disposição, com retorno do funcionário ao seu órgão de origem.
Será assegurado ao servidor, o direito à ampla defesa, no processo disciplinar.

A ampla defesa consiste, pincipalmente, no direito de:
• Prestar depoimento sobre a imputação que lhe é feita e sobre os fatos que a geraram;
• Apresentar razões preliminares e finais, por escrito, nos termos deste Estatuto;
• Ser defendido por advogado, de sua indicação, ou por defensor público, também advo-
gado, designado pela autoridade competente;
• Arrolar e inquirir, reinquirir e contraditar testemunhas, e requerer acareações;
• Requerer todas as provas em direito permitidas, inclusive as de natureza pericial;
• Arguir prescrição;
• Levantar suspeições e arguir impedimentos.
Obs.: 1. A defesa do servidor, em sede de processo disciplinar, deve ser feita por Advogado.
2. A autoridade competente designará defensor para o funcionário que, pobre na forma
da lei, ou revel, não indicar advogado, podendo a indicação recair em advogado do Ins-
tituto de Previdência do Estado do Ceará.
3. O servidor poderá defender-se, pessoalmente, se tiver a qualidade de advogado.
Veja o que diz a Súmula Vinculante 05 do STF:
STF – Súmula Vinculante 05: A falta de defesa técnica por advogado no processo admi-
nistrativo disciplinar não ofende a Constituição.
Leonardo Deitos
Veja. O que o STF determinou, com a SV-05, foi que a defesa em processo administrativo dis-
ciplinar não exige a assistência jurídica de um advogado.
O STF não está dizendo que advogado não pode atuar em processos administrativos, mas que
esse tipo de defesa jurídica é facultativa, sendo lícita a defesa feita pelo próprio servidor, por
exemplo, ou por meio de advogado, se assim desejar.
Ocorre que a Lei n. 9.826/74 determinou que a defesa em PAD deve ser realizada por advoga-
do, assim, esta é uma garantia dirigida ao servidor por força da lei.
A lei e a súmula vinculante 05 não são contraditórias!
Resumindo: No PAD regido pela Lei n. 9.826/74, a defesa deve ser realizada por advogado.
Quando o poder disciplinar começa a incidir sobre o servidor?
No momento da POSSE. Quando a posse não for exigida, desde o ingresso ou exercício
funcional.
EXEMPLO
A promoção é uma forma de provimento, que não exige posse.
O que acontece se, no transcurso do procedimento disciplinar, outro servidor for indicia-
do?
O sindicante ou a Comissão Permanente de Inquérito reabrirá os prazos de defesa para o

novo indiciado.
A nulidade do procedimento disciplinar decorrerá de:
• Inobservância das formas e formalidades do procedimento, estabelecidas pelo Estatuto;
• Inobservância à competência (exemplo: processo disciplinar presidido por autoridade
incompetente);
• Inobservância ao direito de ampla defesa;
Dos Deveres
Os deveres do servidor podem ser gerais ou especiais.
• Serão gerais: Quando fixados pelo Estatuto e legislação complementar;
• Serão especiais: Quando fixados em observação às peculiaridades das atribuições fun-
cionais.
Portanto, o estatuto trata somente dos deveres gerais.
Você sabe quais são eles?

Leonardo Deitos
Os deveres gerais do servidor são:

• Lealdade e respeito às instituições constitucionais e administrativas a que servir;
• Observância das normas constitucionais, legais e regulamentares;
• Obediência às ordens de seus superiores hierárquicos;
• Continência de comportamento, tendo em vista o decoro funcional e social;
• Levar, por escrito, ao conhecimento da autoridade superior irregularidades administrati-
vas de que tiver ciência em razão do cargo que ocupa, ou da função que exerça;
• Assiduidade;
• Pontualidade;
• Urbanidade;
• Discrição;
• Guardar sigilo sobre a documentação e os assuntos de natureza reservada de que tenha
conhecimento em razão do cargo que ocupa, ou da função que exerça;
• Zelar pela economia e conservação do material que lhe for confiado;
• Atender às notificações para depor ou realizar perícias ou vistorias, tendo em vista pro-
cedimentos disciplinares;
• Atender, nos prazos de lei ou regulamentares, as requisições para defesa da Fazenda
Pública;
• Atender, nos prazos que lhe forem assinados por lei ou regulamento, os requerimentos
de certidões para defesa de direitos e esclarecimentos de situações;
• Providenciar para que esteja sempre em ordem, no assentamento individual, sua decla-
ração de família;
• Atender, prontamente, e na medida de sua competência, os pedidos de informação do
Poder Legislativo e às requisições do Poder Judiciário;
• Cumprir, na medida de sua competência, as decisões judiciais ou facilitar-lhes a execu-
ção.
O estatuto traz algumas situações em que o servidor deve deixar de cumprir as ordens de
autoridade superior.
Assim, o servidor deixará de cumprir ordem de autoridade superior quando:
• A autoridade de quem emanar a ordem for incompetente;
• Não se contiver a ordem na área da competência do órgão a que servir o funcionário seu
destinatário, ou não se referir a nenhuma das atribuições do servidor;
• A ordem for expedida sem a forma exigida por lei;
• Não tiver sido a ordem publicada, quando tal formalidade for essencial à sua validade;
• Não tiver a ordem como causa uma necessidade administrativa ou pública, ou visar a
fins não estipulados na regra de competência da autoridade da qual promanou ou do
funcionário a quem se dirige;
• A ordem configurar abuso ou excesso de poder ou de autoridade.
Leonardo Deitos
Nos casos mencionados, o servidor representará contra a ordem, fundamentadamente,

enviando a representação para a autoridade imediatamente superior de quem ordenou.
Porém, o servidor justificará perante a própria autoridade, que emitiu a ordem, a escusa da
obediência quando esta autoridade for:
• Presidente da Assembleia Legislativa;
• Chefe do Poder Executivo;
• Presidente do Tribunal de Contas;
• Presidente do Tribunal de Contas dos Municípios.
Das Proibições
Ao servidor é proibido:
• Acumular cargos, funções e empregos públicos remunerados, inclusive nas entidades da
Administração Indireta, salvo as exceções constitucionais. (art. 37, XVI, XVII da CF/88);
• Referir-se de modo depreciativo às autoridades em qualquer ato funcional que praticar,
ressalvado o direito de crítica doutrinária aos atos e fatos administrativos, inclusive em
trabalho público e assinado;
• Retirar, modificar ou substituir qualquer documento oficial, com o fim de constituir di-
reito ou obrigação, ou de alterar a verdade dos fatos, bem como apresentar documento
falso com a mesma finalidade;
• Valer-se do exercício funcional para lograr proveito ilícito para si, ou para outrem;
• Promover manifestação de desapreço ou fazer circular ou subscrever lista de donativos,
no recinto do trabalho;
• Coagir ou aliciar subordinados com objetivos político-partidários;
• Participar de diretoria, gerência, administração, conselho técnico ou administrativo, de
empresa ou sociedades mercantis;
• Pleitear, como procurador ou intermediário, junto aos órgãos e entidades estaduais, sal-
vo quando se tratar de percepção de vencimentos, proventos ou vantagens de parente
consanguíneo ou afim, até o segundo grau civil;
• Praticar a usura.
Você sabe o que é usura?
Praticar usura é o que, comumente, é chamado de agiotagem. É crime! Está tipificado no

art. 4º da Lei n. 1.521/51.
• Receber propinas, vantagens ou comissões pela prática de atos de oficio;
• Revelar fato de natureza sigilosa, de que tenha ciência em razão do cargo ou função,
salvo quando se tratar de depoimento em processo judicial, policial ou administrativo;
Leonardo Deitos
• Cometer a outrem, salvo os casos previstos em lei ou ato administrativo, o desempenho

de sua atividade funcional;
• Entreter-se, nos locais e horas de trabalho, com atividades estranhas às relacionadas
com as suas atribuições, causando prejuízos a estas;
• Deixar de comparecer ao trabalho sem causa justificada;
• Ser comerciante;
• Contratar com o Estado, ou suas entidades, salvo os casos de prestação de serviços
técnicos ou científicos, inclusive os de magistério em caráter eventual;
− Excluem-se desta proibição os contratos de cláusulas uniformes e os de emprego,
em geral, quando, no último caso, não configurarem acumulação ilícita.
• Empregar bens do Estado e de suas entidades em serviço particular;
• Atender pessoas estranhas ao serviço, no local de trabalho, para o trato de assuntos
particulares;
• Retirar bens de órgãos ou entidades estaduais, salvo quando autorizado pelo superior
hierárquico e desde que para atender a interesse público.
Destaca-se que é proibida a acumulação ilícita de cargos/empregos/funções. A acumula-

ção lícita é permitida!
Acumulação lítica é aquela que está de acordo com o que dispõe a Constituição Federal.
O que acontece caso seja verificada, em inquérito administrativo, acumulação ilícita de

cargos/emprego/função?
Depende, a solução jurídica é diferente quando o servidor esteja de má-fé. Portanto:

Acumulação ilícita de boa-fé: O servidor optará por um dos cargos, funções ou empre-
gos, não ficando obrigado a restituir o que houver percebido durante o período da acumula-
ção vedada.
Acumulação ilícita de má-fé: O servidor perderá os cargos, funções ou empregos acumu-
lados ilicitamente devolvendo ao Estado o que houver percebido no período da acumulação.
Caso o servidor seja aposentado compulsoriamente ou por invalidez não poderá acumular
seus proventos com a ocupação de cargo ou o exercício de função ou emprego público.
Porém, é permitida:
• A percepção conjunta de pensões civis e militares;
• A percepção de pensões com vencimento ou salário;
• A percepção de pensões com vencimentos de disponibilidade e proventos de aposenta-
doria e reforma;
• A percepção de proventos, quando resultantes de cargos legalmente acumuláveis.
Leonardo Deitos
Sanções Disciplinares e seus Efeitos

Para que seja lícita a aplicação de sanção é necessário que haja processo disciplinar, as-
segurado ao servidor indiciado ampla defesa, nos termos do Estatuto, sob pena de nulidade da
cominação imposta.
As sanções aplicáveis ao servidor são as seguintes:
• Repreensão;
• Suspensão;
• Multa;
• Demissão;
• Cassação de disponibilidade;
• Cassação de aposentadoria.
Veja, a partir de agora, as especificidades de cada sanção.
Repreensão
• Aplicável para falta leve (a juízo da autoridade);
• Aplicável para servidor primário, ou seja, é a primeira infração que cometeu;
• Aplicável por escrito;
• Aplicável em caráter subsidiário, ou seja, quando o estatuto não determinou aplicação
de outra sanção ao caso concreto.
Suspensão
• Aplicável nos casos de reincidência de falta leve;
• Aplicável nos casos de falta grave, quando não haja determinação estatutária pela apli-
cação de outro tipo de punição;
• Aplicável por prazo não superior a 90 dias.
Obs.: Além da pena judicial que couber, serão considerados como de suspensão os dias em
que o funcionário, notificado, deixar de atender à convocação para prestação de servi-
ços estatais compulsórios, salvo motivo justificado.
Multa
Por conveniência do serviço, a suspensão poderá ser convertida em multa.
O valor da multa é de 50% do vencimento do dia, neste caso, o servidor permanecer em
exercício.
Leonardo Deitos
Ou seja, o servidor trabalha, mas 50% da sua remuneração diária será descontada a títu-
lo de multa.
Demissão
Será obrigatória a demissão nos seguintes casos:
• Crime contra a administração pública;
− Neste caso, tendo em vista a gravidade do ilícito, a demissão poderá ser aplicada
com a nota “a bem do serviço público”.
− O servidor demitido com a nota “a bem do serviço público” somente poderá ingres-
sar, novamente, no serviço público se obtiver reabilitação em processo disciplinar de
revisão.
• Crime comum praticado em detrimento de dever inerente à função pública ou ao cargo
público, quando de natureza grave, a critério da autoridade competente;
• Abandono de cargo.
− Considera-se abandono de cargo a deliberada ausência ao serviço, sem justa causa,
por trinta (30) dias consecutivos ou 60 (sessenta) dias, interpoladamente, durante
12 (doze) meses.
− Entender-se-á por ausência ao serviço com justa causa não só a autorizada por lei,
regulamento ou outro ato administrativo, como a que assim for considerada após
comprovação em inquérito ou justificação administrativa, esta última requerida ao
superior hierárquico pelo funcionário interessado, valendo a justificação, nos termos
deste parágrafo, apenas para fins disciplinares.
• Incontinência pública e escandalosa e prática de jogos proibidos;
• Insubordinação grave em serviço;
• Ofensa física ou moral em serviço contra funcionário ou terceiros;
• Aplicação irregular dos dinheiros públicos, que resultem em lesão para o Erário Estadual
ou dilapidação do seu patrimônio;
revisão.
• Quebra do dever de sigilo funcional;
• Corrupção passiva, nos termos da lei penal;
• Desídia funcional;
• Descumprimento de dever especial inerente a cargo em comissão.
Leonardo Deitos
Cassação de Aposentadoria e Disponibilidade

A Cassação de Aposentadoria e Disponibilidade é a extinção do vínculo funcional do servi-
dor aposentado ou em disponibilidade (equivale a demissão do servidor ativo).
Será cassada a aposentadoria ou disponibilidade se ficar provado, em inquérito administra-
tivo, que o aposentado ou disponível:
• Praticou, quando no exercício funcional, ilícito punível com demissão;
• Aceitou cargo ou função que, legalmente, não poderia ocupar, ou exercer, provada a
má-fé;
• Não assumiu o disponível, no prazo legal, o lugar funcional em que foi aproveitado, salvo
motivo de força maior;
• Perdeu a nacionalidade brasileira.
Você sabe quem é competente para aplicação de sanções disciplinares?
São eles:
• Os Chefes dos Poderes Legislativo e Executivo, em qualquer caso, e privativamente, nos
casos de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade, salvo se se tratar
de punição de servidor de autarquia;
• Os dirigentes superiores das autarquias, em qualquer caso, e, privativamente, nos casos
de demissão e cassação, da aposentadoria ou disponibilidade;
• Os Secretários de Estado e demais dirigentes de órgãos subordinados ou auxiliares, em
todos os casos, salvo os referidos nos dois itens anteriores;
• Os chefes de unidades administrativas em geral, nos casos de repreensão, suspensão
até 30 (trinta) dias e multa correspondente.
Existe uma medida de cautela chamada de suspensão preventiva, você sabe o que é?
A suspensão preventiva será ordenada pela autoridade que determinar a abertura do inqué-
rito administrativo, se, no transcurso deste, a entender indispensável.
A suspensão preventiva não ultrapassará o prazo de 90 (noventa) dias e somente será
determinada quando o afastamento do funcionário for necessário, para que, como indiciado,
não venha a influir na apuração de sua responsabilidade.
O servidor que estiver suspenso preventivamente terá direito:
• A computar o tempo de serviço relativo ao período de suspensão para todos os efeitos
legais;
• A computar o tempo de serviço para todos os fins de lei, relativo ao período que ultrapas-
sar o prazo da suspensão preventiva;
Leonardo Deitos
• A perceber os vencimentos relativos ao período de suspensão, se reconhecida a sua

inocência no inquérito administrativo;
• A perceber as gratificações por tempo de serviço já prestado e o salário-família.
Súmulas Relacionadas
Existem alguns precedentes de provas onde o conhecimento de súmulas foi essencial para
resolver a questão, desse modo, veja algumas súmulas relacionadas que são relevantes.
Súmula 611 STJ – Desde que devidamente motivada e com amparo em investigação ou
sindicância, é permitida a instauração de processo administrativo disciplinar com base
em denúncia anônima, em face do poder-dever de autotutela imposto à Administração.
Explicação da Súmula: É possível instaurar PAD baseado em denúncia anônima? Sim, mas
antes de iniciar o PAD, a autoridade deverá realizar uma investigação preliminar e verificar se a
“denúncia anônima” possui um mínimo de idoneidade.
Súmula 591 STJ – É permitida a “prova emprestada” no processo administrativo discipli-

nar desde que devidamente autorizada pelo juízo competente e respeitados o contraditó-
rio e a ampla defesa.
Explicação da súmula: Em regra, a prova produzida em processo judicial servirá para em-
basar decisão neste mesmo processo. Porém, há possibilidade de se “transportar” uma pro-
va produzida em um processo para outro processo, isso é chamado pela doutrina de “prova
emprestada”.
A Súmula 591 do STJ vem para esclarecer que é possível a utilização, em PAD, de “prova
emprestada” que tenha sido produzida em inquérito policial ou processo criminal, mas é neces-
sária a autorização do juiz criminal, além de respeitar o contraditório e a ampla defesa.
Súmula 592 STJ – O excesso de prazo para a conclusão do processo administrativo disci-
plinar só causa nulidade se houver demonstração de prejuízo à defesa.
Explicação da súmula: O excesso de prazo para conclusão, por si só, não tem o condão de
causar a nulidade do PAD. Para que a nulidade seja declarada, deve ser constatado que houve
prejuízo para a defesa do servidor.
Súmula 373 STJ – É ilegítima a exigência de depósito prévio para admissibilidade de

recurso administrativo.
Leonardo Deitos
Explicação da súmula: A possibilidade de recurso administrativo não pode estar condicio-

nada ao pagamento de depósito prévio.
Súmula 18 STF – Pela falta residual, não compreendida na absolvição pelo juízo criminal,
é admissível a punição administrativa do servidor público.
Explicação da súmula:
EXEMPLO
Imagine que um servidor responde um processo criminal em razão da prática de peculato (por
ter subtraído um 1 notebook que pertencia ao Poder Público).
Imagine que o servidor tenha sido absolvido pelo crime, mas no processo ficaram comprova-
das diversas infrações disciplinares, que são irrelevantes para o processo criminal, mas que
podem provocar punição na esfera administrativa.
Neste caso, o servidor pode responder PAD em razão das infrações administrativas descober-
tas no processo criminal (conforme a Súmula 18 STF).
Súmula 19 STF – É inadmissível segunda punição de servidor público, baseada no mesmo

processo em que se fundou a primeira.
Explicação da súmula: O servidor já punido administrativamente não pode ser julgado no-
vamente para ter sua pena agravada por uma segunda punição.
Se os fatos apurados no novo processo forem diversos, não haverá violação à Súmula 19 STF
(conforme STJ-MS n. 14.598/DF).
Da Sindicância
O que é sindicância?
Conforme estabelece o art. 209 do Estatuto, a sindicância é o procedimento sumário por

meio do qual o Estado ou suas autarquias reúnem elementos informativos para determinar a
verdade em torno de possíveis irregularidades que possam configurar, ou não, ilícitos adminis-
trativos, aberta pela autoridade de maior hierarquia, no órgão em que ocorreu a irregularidade.
Resumindo, sindicância é:
• Utilizado pelo Estado, e autarquias, para investigar ilícitos administrativos;
• Procedimento sumário;
Leonardo Deitos
• A autoridade de maior hierarquia, no órgão em que ocorreu a irregularidade é quem tem

competência para abrir procedimento de sindicância.
Pode haver delegação de competência?
O estatuto dispõe que esta delegação é permitida nos seguintes casos:

• Quando a competência for do Governador, em qualquer caso;
• Quando a competência for dos Secretários de Estado, dos dirigentes autárquicos e dos
Presidentes da Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas e do Conselho de Contas dos
Municípios, em suas respectivas áreas funcionais.
Quem realiza a Sindicância?
A sindicância será realizada por um servidor estável, designado pela autoridade que deter-
minar a abertura da sindicância.
O responsável pela realização da sindicância é chamado de Sindicante.
O sindicante poderá ser assessorado por técnicos, preferencialmente pertencentes aos
quadros funcionais.
Todos os atos da sindicância devem ser reduzidos a termo por secretário designado pelo
sindicante, dentre os funcionários do órgão a que pertencer.
Qual o prazo para conclusão da sindicância?
A sindicância será realizada no prazo máximo de 15 (quinze) dias.
O prazo da sindicância pode ser prorrogado?
Sim, o prazo (máximo) de 15 dias poderá ser prorrogado por igual período, a pedido do
sindicante, e a critério da autoridade que determinou a sua abertura.
Prazo máximo da sindicância: Pode prorrogar?

15 dias Sim, por igual período
15 dias 15 dias
A autoridade que determinou a

Sindicante requer prorrogação abertura da sindicância é quem
defere a prorrogação (ou indefere).
Leonardo Deitos
Obs.: A sindicância precede o inquérito administrativo, quando for o caso, sendo-lhe anexa-
da como peça informativa e preliminar.
Se houver indícios fortes de autoria e materialidade do ilícito administrativo, o servidor será

indiciado por ato do sindicante.
Com o indiciamento, o sindicante deverá abrir prazo de 03 dias, para que o servidor apre-
sente sua defesa prévia.
Após, o sindicante elaborará um relatório e encaminhará o processo de sindicância à auto-
ridade que determinou a sua abertura.
Terminada a sindicância, a autoridade que determinou a sua abertura poderá chegar a uma
das seguintes conclusões:
• Não houve responsabilidade do servidor no ilício administrativo: O procedimento será
arquivado;
• Houve responsabilidade do servidor no ilício administrativo: A autoridade que determi-
nou a sindicância encaminhará os respectivos autos para a Comissão Permanente de
Inquérito Administrativo.
A Comissão Permanente de Inquérito Administrativo funcionará:

• No Poder Executivo, na Governadoria, nas Secretarias de Estado, órgãos desconcentra-
dos e nas autarquias;
• No Poder Legislativo, na Diretoria Geral;
• No Tribunal de Contas e no Tribunal de Contas dos Municípios.
Obs.: Sindicância durante o Estágio probatório: Durante o Estágio Probatório, pode ser
aberta sindicância para apuração das aptidões do servidor, assegurada ao indiciado
ampla defesa, nos termos dos artigos estatutários que disciplinam o inquérito admi-
nistrativo.
Conforme o art. 209, § 1, os prazos da sindicância que ocorre durante o estágio proba-
tório são reduzidos pela metade.
Com o início de uma sindicância, o período do estágio probatório será suspenso.
Esquematização da Sindicância:
1. Maior autoridade do Órgão determina a abertura de sindicância;
2. Maior autoridade do Órgão designa um sindicante como responsável;
3. Sindicante reúne as informações sobre a possível prática de ilícito administrativo;
4. Caso existam indícios fortes de autoria e materialidade do ilícito administrativo, o sindi-
cante indiciará o servidor;
5. Sindicante abre prazo, 03 dias, para que o servidor apresente Defesa Prévia;
Leonardo Deitos
6. Sindicante elabora relatório;

7. Sindicante envia todo o procedimento para a autoridade que determinou a abertura da
sindicância;
8. A autoridade que determinou a abertura da sindicância decidirá se:
• Não houve responsabilidade do servidor no ilício administrativo: O procedimento será
arquivado;
• Houve responsabilidade do servidor no ilício administrativo: encaminhará os respectivos
autos para a Comissão Permanente de Inquérito Administrativo.
Do Inquérito Administrativo
O que é Inquérito Administrativo?
O inquérito administrativo é o procedimento através do qual os órgãos e as autarquias do

Estado apuram a responsabilidade disciplinar do funcionário.
São competentes para instaurar o inquérito:
• O Governador, em qualquer caso;
• Os Secretários de Estado, no seu âmbito de atuação, permitida a delegação de compe-
tência;
• Os dirigentes das Autarquias, no seu âmbito de atuação, permitida a delegação de com-
petência;
• Presidente da Assembleia Legislativa, no seu âmbito de atuação, permitida a delegação
de competência;
• Presidente do Tribunal de Contas, no seu âmbito de atuação, permitida a delegação de
competência;
• Presidente do Tribunal de Contas dos Municípios, no seu âmbito de atuação, permitida
a delegação de competência.
Quem realiza o Inquérito Administrativo?
O inquérito administrativo será realizado por Comissão Permanente, intuída para este fim.
Instaurado o inquérito administrativo, a autoridade encaminhará seu ato (ato de instaura-
ção) para a Comissão de Inquérito que for competente.
A fixação da competência da Comissão Permanente de Inquérito Administrativo pode ocor-
rer de acordo com os seguintes critérios:
• Em razão do local da ocorrência da irregularidade verificada;
• Em razão da vinculação funcional do servidor a quem se pretende imputar a responsa-
bilidade administrativa.
Leonardo Deitos
Quem tem competência para criar Comissão Permanente de Inquérito Administrativo?
São instituídas por ato das seguintes autoridades:

• Governador;
− Neste caso é permitida a delegação para o Secretário da Administração.
• Presidente da Assembleia Legislativa;
• Presidente do Tribunal de Contas;
• Presidente do Tribunal de Contas dos Municípios;
• Dirigentes das Autarquias e dos órgãos desconcentrados.
Qual a composição da Comissão Permanente de Inquérito Administrativo?
A composição da Comissão Permanente de Inquérito ocorrerá da seguinte maneira:

• Será composta por três membros;
• Todos devem ser servidores estáveis;
• Todos servidores do Estado ou de suas autarquias.
Quem será o presidente da Comissão Permanente de Inquérito?
A Comissão será presidida pelo servidor que for designado pela autoridade com competên-
cia para realizar sua criação.
Obs.: Está autoridade poderá colocar à disposição da Comissão o pessoal necessário ao

desenvolvimento de seus trabalhos, inclusive os de secretário e assessoramento.
Qual o prazo para conclusão do Inquérito Administrativo?
O inquérito administrativo será concluído no prazo máximo de 90 dias.
Cabe prorrogação do prazo de conclusão do Inquérito Administrativo?
Sim, o prazo pode ser prorrogado por igual período, a pedido da Comissão, ou a requeri-
mento do indiciado, dirigido à autoridade que determinou o procedimento.
Portanto: 90 + 90 = 180 dias.
Obs.: Em qualquer fase do inquérito, será permitida a intervenção do indiciado, por si, ou por
seu defensor.
Leonardo Deitos
Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, caberá o julgamento à autoridade

competente para imposição da sanção mais grave. Neste caso, os prazos assinados aos indi-
ciados correrão em comum.
O que acontece caso o servidor, que estiver respondendo Inquérito Administrativo, peça
exoneração?
A exoneração somente será concedida após a conclusão do inquérito administrativo, se ele

for julgado inocente.
Obs.: Exoneração:
Obs.: 1. Após a conclusão do Inquérito Administrativo;
Obs.: 2. Somente se for julgado inocente.
E se for julgado culpado?
Será aplicada a punição determinada pela autoridade competente, e depois poderá ser
deferido o pedido de exoneração (salvo em caso de demissão, pois esta já rompe o vínculo do
servidor com a Administração Pública).
Procedimento do Inquérito Administrativo

• Instaurado Procedimento de Inquérito Administrativo;
− Será instaurado por uma das autoridades competentes.
− Se o inquérito for precedido de sindicância: A sindicância acompanhará o inquérito
administrativo como peça informativa.
• Presidente da Comissão mandará citar o servidor acusado;
− A citação será pessoal, mediante protocolo.
− Será consignar, por escrito, a recusa do servidor em recebê-la.
− Em caso de não ser encontrado o servidor, estando ele em lugar incerto e não sabi-
do, a citação far-se-á por edital, publicado no Diário Oficial do Estado, com prazo de
15 dias, depois do que, não comparecendo o citado, ser-lhe-á designado defensor.
• Servidor terá direito de acompanhar todo o procedimento e de requerer o que for do in-
teresse da defesa;
− Citado, o indiciado poderá requerer suas provas no prazo de 05 dias, podendo re-
novar o pedido, no curso do inquérito, se necessário para demonstração de fatos
novos.
Leonardo Deitos
• Encerrada a fase probatória, o indiciado será notificado para apresentar, por seu defen-
sor, no prazo de 10 dias, suas razões finais de defesa;
• Apresentadas as razões finais de defesa, a Comissão encaminhará os autos do inqué-
rito, com relatório circunstanciado e conclusivo, à autoridade competente para o seu
julgamento;
• Recebidos os autos do inquérito, a autoridade julgadora proferirá sua decisão no prazo
improrrogável de 20 dias;
• Da decisão de autoridade julgadora cabe recurso no prazo de 10 dias, com efeito sus-
pensivo, para a autoridade hierárquica imediatamente superior, ou para a que for indica-
da em regulamento ou regimento;
− Das decisões dos Secretários de Estado e do Presidente do Tribunal de Contas dos
Municípios caberá recurso, com efeito suspensivo, no prazo de 10 dias, para o Go-
vernador.
− Das decisões do Presidente da Assembleia Legislativa e do Tribunal de Contas ca-
berá recurso, com efeito suspensivo, para o Plenário da Assembleia e do Tribunal,
respectivamente.
Nulidades
No inquérito administrativo podem ocorrer as seguintes nulidades:
• A falta de notificação do indiciado ou de seu defensor, para todas as fases do inquérito,
determinará a nulidade do procedimento;
• Sob pena de nulidade, as reuniões e as diligências realizadas pela Comissão de Inquéri-
to serão consignadas em atas.
Obs.: Declarada a nulidade do inquérito, no todo ou em parte, por falta do cumprimento de

formalidade essencial, inclusive o reconhecimento de direito de defesa, novo procedi-
mento será aberto.
Neste caso, e caso haja esgotamento do prazo para a conclusão do inquérito, o indicia-
do, se tiver sido afastado de seu cargo, retornará ao seu exercício funcional.
Quando o servidor afastado retornará ao exercício funcional?
1. No caso de declaração de nulidade, com início de novo inquérito administrativo;
2. No caso de esgotamento do prazo, sem que haja a conclusão do inquérito adminis-
trativo.
Da Revisão
O que é revisão?
Leonardo Deitos
É um procedimento destinado a revisar punição disciplinar aplicada. É usado quando fo-

rem verificadas provas que possam justificar a inocência do requerente, mencionados ou não
no procedimento original.
Tratando-se de funcionário falecido ou desaparecido, a revisão poderá ser requerida pelo:
• Cônjuge ou companheiro;
• Descendente;
• Ascendente;
• Parente colateral, consanguíneo, até o 2º grau civil;
− Parente colateral: São aqueles que têm um ancestral comum, mas que não são des-
cendentes, nem ascendentes entre si.
− Parente consanguíneo: São pessoas ligadas pelo vínculo de sangue, ou seja, vínculo
biológico, que dá origem ao parentesco natural.
− Neste caso, até o 2º grau temos: Irmãos e os tios.
Não constitui fundamento para a revisão a simples alegação de injustiça da sanção.
Como será processada a Revisão?
Processar-se-á a revisão em apenso ao processo original.
Procedimento da Revisão
• O requerimento devidamente instruído será dirigido à autoridade que aplicou a sanção,
ou àquela que a tiver confirmado, em grau de recurso;
− Na inicial, o requerente pedirá dia e hora para inquirição das testemunhas que arrolar.
− Será considerada informante a testemunha que, residindo fora da sede onde funcio-
nar a comissão, prestar depoimento por escrito.
• Para processar a revisão, a autoridade que receber o requerimento nomeará uma comis-
são;
− A comissão será composta de três funcionários efetivos, de categoria igual ou supe-
rior à do requerente.
− A comissão tem prazo de 60 dias para concluir o encargo. O prazo pode ser prorro-
gado por mais 30 dias, nos casos de força maior.
− A comissão encaminhará o processo, com o respectivo relatório, para a autoridade
competente para o julgamento.
• A autoridade competente julgará a revisão no prazo de 20 dias, prorrogável por igual
período, no caso de serem determinadas novas diligências;
Leonardo Deitos
• Das decisões proferidas em procedimento de revisão cabe recurso no prazo de 10 dias,

com efeito suspensivo, para a autoridade hierárquica imediatamente superior, ou para a
que for indicada em regulamento ou regimento;
vernador.
respectivamente.
Disposições Finais
Veja as principais disposições finais, previstas pelo Estatuto:
• Carteira Funcional: O órgão central do sistema de pessoal do Poder Executivo e os asse-
melhados do Poder Legislativo e entidades autárquicas fornecerão ao funcionário car-
tão de identidade, nele devendo constar o retrato, a impressão digital, a filiação, a data
de nascimento e a qualificação funcional do identificado,
− Será recolhido o cartão do funcionário que for exonerado, demitido ou aposentado.
• Prazos: Salvo disposição expressa em contrário, os prazos previstos no Estatuto somen-
te correrão nos dias úteis, excluindo-se o dia inicial;
• Não funcionamento de órgãos Públicos e Entidades: Nos dias úteis, só por determi-
nação dos Chefes dos Poderes Executivo e Legislativo poderão deixar de funcionar os
órgãos e entidades estaduais;
• Direito de Associação: É assegurado aos funcionários o direito de se agruparem em
associação de classe, sem caráter sindical ou político-partidário.
− Essas Associações, que deverão ter personalidade jurídica de direito privado, repre-
sentarão os que integrarem o seu quadro social perante as autoridades administra-
tivas, em matéria de interesse da coletividade funcional.
• Dia do Servidor Público: O dia 28 de outubro será consagrado ao funcionário público
estadual e comemorado, oficialmente, na forma do que for disposto em Regulamento;
• Teto Remuneratório do Servidor Público: (Lembre-se do teto remuneratório único em
âmbito estadual fixado pela Emenda à Constituição Estadual n. 90/2017). Ressalvadas
as exceções constantes de disposição expressa em lei, bem como os casos de acumu-
lação lícita, o funcionário não poderá receber, mensalmente, importância total superior a
noventa por cento da percebida pelos Secretários de Estado.
− Ficam excluídas do limite do teto:
◦ Gratificação representação.
◦ Salário-família.
◦ Progressão horizontal.
Leonardo Deitos
◦ Diárias e ajuda de custo.

◦ Gratificação pela participação em órgão de deliberação coletiva.
◦ Gratificação de exercício.
◦ Gratificação por prestação de serviço extraordinário.
− O servidor não perceberá, a qualquer título, importância mensal superior à recebi-
da pelo Governador do Estado, não se computando, entretanto, no cálculo, diárias,
ajudas de custo, gratificação por serviço ou estudo fora do Estado e a progressão
horizontal.
• Proibição: É vedado pôr o servidor à disposição de entidade de direito privado, estranha
no Sistema Administrativo, salvo em caso de convênio, ou para exercer função conside-
rada pelo sistema de relevante interesse social.
• Afastamento para disputa de mandato eletivo: O afastamento do funcionário ocupante
de cargo de chefia, direção, fiscalização ou arrecadação, para disputar mandato eletivo,
dar-se-á nos termos da legislação eleitoral pertinente;
• Ao ex-combatente da Força do Exército, da Expedicionária Brasileira, da Força Aérea
Brasileira, da Marinha de Guerra e da Marinha Mercante do Brasil, que tenha participa-
do efetivamente de operações bélicas na segunda Guerra Mundial, e cuja situação se
encontra definida na Lei Federal n. 5.315, de 12 de setembro de 1967, são assegurados
os seguintes direitos: (art. 53 dos ADCT da Constituição Federal e art. 20 dos ADCT da
Constituição Estadual);
− Estabilidade, se funcionário público.
− Aproveitamento com menos exigências.
− Aposentadoria com proventos integrais aos 25 (vinte e cinco) anos de serviço efeti-
vo, se funcionário público da administração direta ou autárquica.
− Benefício do instituto de previdência.
− Promoção após interstício legal, e se houver vaga.
− Assistência médica, hospitalar e educacional, se carente de recurso.
• Bolsa de estudos: O Estado, na forma que dispuser Decreto do Governador do Estado,
poderá assegurar bolsa de estudo ao funcionário, como incentivo à sua profissionaliza-
ção, em cursos não regulares de formação, treinamento, aperfeiçoamento e de especia-
lização profissionais, mantidos por entidades oficiais ou particulares, de reconhecida e
notória idoneidade,
− O Decreto poderá dispor sobre a concessão de bolsas de estudo para funcionários
em cursos de extensão universitária e de pós-graduação.
• Os Poderes Legislativo e Executivo, no âmbito de suas respectivas competências, expe-
dirão os atos necessários a complementação e explicitação do Estatuto;
• Aplicação subsidiária: Aplicam-se as disposições deste Estatuto subsidiariamente, no
que couber, ao Magistério Estadual em todos os graus de ensino, ao pessoal da Polícia
Civil de carreira e aos servidores administrativos do Poder Judiciário.
Leonardo Deitos
RESUMO
Regime Disciplinar
• É forma pela qual é apurada uma falta administrativa, o trâmite do processo administra-
tivo disciplinar, entre outras questões relevantes;
• Ilícito administrativo é a conduta do servidor público, comissiva ou omissiva, da qual
resulta:
− Violação a dever geral.
− Violação a dever especial.
− Violação de uma proibição fixada no Estatuto, ou em legislação complementar.
− Constitua comportamento incompatível com o decoro funcional ou social.
• A apuração da responsabilidade funcional será promovida, de ofício, ou mediante repre-
sentação e será realizada pela autoridade de maior hierarquia no órgão ou na entidade
administrativa em que tiver ocorrido a irregularidade;
• São independentes as instâncias administrativas, civil e penal, e cumuláveis as respec-
tivas cominações. Portanto, pelo cometimento de um único fato, o servidor pode ser
punido, cumulativamente, na esfera administrativa, civil e penal;
• Sempre que um servidor, que exerce atribuições de chefia, tomar conhecimento de fato
que possa vir a se configurar, ou se configure como ilícito administrativo será obrigado
a representar perante a autoridade competente, a fim de que esta promova a sua apura-
ção, SOB PENA DE RESPONSABILIDADE!
− A apuração da responsabilidade funcional será feita por meio de sindicância ou de
inquérito.
• A reponsabilidade administrativa será excluída em razão de:
− Legítima Defesa.
− Estado de Necessidade.
− Alienação Mental.
• A responsabilidade administrativa será extinta nos seguintes casos:
− Morte do servidor.
− Prescrição do direito de agir do Estado ou de suas entidades em matéria disciplinar.
◦ O prazo prescricional é de 05 anos, contados da data em que o fato se tornou co-
nhecido.
A Lei n. 9.826/74 afirma que é imprescritível o ilícito de abandono de cargo e a respectiva sanção.
• Causa de Interrupção da Prescrição: A abertura de sindicância ou a instauração de pro-

cesso disciplinar interrompem a prescrição. Lembre-se de que a interrupção da prescri-
ção faz com que o prazo já transcorrido seja zerado, assim, o prazo prescricional volta
ao início;
Leonardo Deitos
• Causa de Suspensão da Prescrição: A prescrição será suspensa com a suspensão da

tramitação de sindicância ou de processo administrativo disciplinar;
• STF – Súmula Vinculante 05: A falta de defesa técnica por advogado no processo admi-
nistrativo disciplinar não ofende a Constituição.
− Ocorre que a Lei n. 9.826/74 determinou que a defesa em PAD deve ser realizada por
advogado, assim, esta é uma garantia dirigida ao servidor por força da lei.
• No momento da POSSE o poder disciplinar começa a incidir sobre o servidor. Quando a
posse não for exigida, desde o ingresso ou exercício funcional;
• A nulidade do procedimento disciplinar decorrerá de:
− Inobservância das formas e formalidades do procedimento, estabelecidas pelo Es-
tatuto.
− Inobservância à competência (exemplo: processo disciplinar presidido por autorida-
de incompetente).
− Inobservância ao direito de ampla defesa.
Dos Deveres
• Os deveres gerais do servidor são:
− Lealdade e respeito às instituições constitucionais e administrativas a que servir.
− Observância das normas constitucionais, legais e regulamentares.
− Obediência às ordens de seus superiores hierárquicos.
− Continência de comportamento, tendo em vista o decoro funcional e social.
− Levar, por escrito, ao conhecimento da autoridade superior irregularidades adminis-
trativas de que tiver ciência em razão do cargo que ocupa, ou da função que exerça.
− Assiduidade.
− Pontualidade.
− Urbanidade.
− Discrição.
− Guardar sigilo sobre a documentação e os assuntos de natureza reservada de que
tenha conhecimento em razão do cargo que ocupa, ou da função que exerça.
− Zelar pela economia e conservação do material que lhe for confiado.
− Atender às notificações para depor ou realizar perícias ou vistorias, tendo em vista
procedimentos disciplinares.
− Atender, nos prazos de lei ou regulamentares, as requisições para defesa da Fazenda
Pública.
− Atender, nos prazos que lhe forem assinados por lei ou regulamento, os requerimen-
tos de certidões para defesa de direitos e esclarecimentos de situações.
− Providenciar para que esteja sempre em ordem, no assentamento individual, sua
declaração de família.
Leonardo Deitos
− Atender, prontamente, e na medida de sua competência, os pedidos de informação

do Poder Legislativo e às requisições do Poder Judiciário.
− Cumprir, na medida de sua competência, as decisões judiciais ou facilitar-lhes a exe-
cução.
• O servidor deixará de cumprir ordem de autoridade superior quando:
− A autoridade de quem emanar a ordem for incompetente.
− Não se contiver a ordem na área da competência do órgão a que servir o funcionário
seu destinatário, ou não se referir a nenhuma das atribuições do servidor.
− A ordem for expedida sem a forma exigida por lei.
− Não tiver sido a ordem publicada, quando tal formalidade for essencial à sua valida-
de.
− Não tiver a ordem como causa uma necessidade administrativa ou pública, ou visar
a fins não estipulados na regra de competência da autoridade da qual promanou ou
do funcionário a quem se dirige.
− A ordem configurar abuso ou excesso de poder ou de autoridade.
Das Proibições
• Ao servidor é proibido:
− Acumular cargos, funções e empregos públicos remunerados, inclusive nas entida-
des da Administração Indireta, salvo as exceções constitucionais. (art. 37, XVI, XVII
da CF/88).
− Referir-se de modo depreciativo às autoridades em qualquer ato funcional que prati-
car, ressalvado o direito de crítica doutrinária aos atos e fatos administrativos, inclu-
sive em trabalho público e assinado.
− Retirar, modificar ou substituir qualquer documento oficial, com o fim de constituir
direito ou obrigação, ou de alterar a verdade dos fatos, bem como apresentar docu-
mento falso com a mesma finalidade.
− Valer-se do exercício funcional para lograr proveito ilícito para si, ou para outrem.
− Promover manifestação de desapreço ou fazer circular ou subscrever lista de dona-
tivos, no recinto do trabalho.
− Coagir ou aliciar subordinados com objetivos político-partidários.
− Participar de diretoria, gerência, administração, conselho técnico ou administrativo,
de empresa ou sociedades mercantis.
− Pleitear, como procurador ou intermediário, junto aos órgãos e entidades estaduais,
salvo quando se tratar de percepção de vencimentos, proventos ou vantagens de
parente consanguíneo ou afim, até o segundo grau civil.
− Praticar a usura.
− Receber propinas, vantagens ou comissões pela prática de atos de oficio.
Leonardo Deitos
− Revelar fato de natureza sigilosa, de que tenha ciência em razão do cargo ou função,
salvo quando se tratar de depoimento em processo judicial, policial ou administrati-
vo.
− Cometer a outrem, salvo os casos previstos em lei ou ato administrativo, o desempe-
nho de sua atividade funcional.
− Entreter-se, nos locais e horas de trabalho, com atividades estranhas às relaciona-
das com as suas atribuições, causando prejuízos a estas.
− Deixar de comparecer ao trabalho sem causa justificada.
− Ser comerciante.
− Contratar com o Estado, ou suas entidades, salvo os casos de prestação de serviços
técnicos ou científicos, inclusive os de magistério em caráter eventual.
− Empregar bens do Estado e de suas entidades em serviço particular.
− Atender pessoas estranhas ao serviço, no local de trabalho, para o trato de assuntos
particulares.
− Retirar bens de órgãos ou entidades estaduais, salvo quando autorizado pelo supe-
rior hierárquico e desde que para atender a interesse público.
Sanções Disciplinares e seus Efeitos

• As sanções aplicáveis ao servidor são as seguintes:
− Repreensão.
− Suspensão.
− Multa.
− Demissão.
− Cassação de disponibilidade.
− Cassação de aposentadoria.
Repreensão
• Aplicável para falta leve (a juízo da autoridade);
• Aplicável para servidor primário, ou seja, é a primeira infração que cometeu;
• Aplicável em caráter subsidiário, ou seja, quando o estatuto não determinou aplicação
de outra sanção ao caso concreto.
Suspensão
• Aplicável nos casos de reincidência de falta leve;
• Aplicável nos casos de falta grave, quando não haja determinação estatutária pela apli-
cação de outro tipo de punição;
• Aplicável por prazo não superior a 90 dias.
Leonardo Deitos
Multa
• Por conveniência do serviço, a suspensão poderá ser convertida em multa;
• O valor da multa é de 50% do vencimento do dia, neste caso, o servidor permanecer em
exercício.
Demissão
Será obrigatória a demissão nos seguintes casos:

• Crime contra a administração pública;
revisão.
• Crime comum praticado em detrimento de dever inerente à função pública ou ao cargo
público, quando de natureza grave, a critério da autoridade competente;
• Abandono de cargo;
− Considera-se abandono de cargo a deliberada ausência ao serviço, sem justa causa,
por trinta (30) dias consecutivos ou 60 (sessenta) dias, interpoladamente, durante
12 (doze) meses.
− Entender-se-á por ausência ao serviço com justa causa não só a autorizada por lei,
regulamento ou outro ato administrativo, como a que assim for considerada após
comprovação em inquérito ou justificação administrativa, esta última requerida ao
superior hierárquico pelo funcionário interessado, valendo a justificação, nos termos
deste parágrafo, apenas para fins disciplinares.
• Incontinência pública e escandalosa e prática de jogos proibidos;
• Insubordinação grave em serviço;
• Ofensa física ou moral em serviço contra funcionário ou terceiros;
• Aplicação irregular dos dinheiros públicos, que resultem em lesão para o Erário Estadual
ou dilapidação do seu patrimônio;
revisão.
• Quebra do dever de sigilo funcional;
• Corrupção passiva, nos termos da lei penal;
• Desídia funcional;
• Descumprimento de dever especial inerente a cargo em comissão.
Leonardo Deitos
Cassação de Aposentadoria e Disponibilidade
Equivale a demissão do servidor ativo.

• Será cassada a aposentadoria ou disponibilidade se ficar provado, em inquérito adminis-
trativo, que o aposentado ou disponível:
− Praticou, quando no exercício funcional, ilícito punível com demissão.
− Aceitou cargo ou função que, legalmente, não poderia ocupar, ou exercer, provada a
má-fé.
− Não assumiu o disponível, no prazo legal, o lugar funcional em que foi aproveitado,
salvo motivo de força maior.
− Perdeu a nacionalidade brasileira.
Da Sindicância
• Sindicância é utilizado pelo Estado, e autarquias, para investigar ilícitos administrativos.
É procedimento sumário;
• Maior autoridade do Órgão determina a abertura de sindicância;
• Maior autoridade do Órgão designa um sindicante como responsável;
• Sindicante reúne as informações sobre a possível prática de ilícito administrativo;
• Caso existam indícios fortes de autoria e materialidade do ilícito administrativo, o sindi-
cante indiciará o servidor;
• Sindicante abre prazo, 03 dias, para que o servidor apresente Defesa Prévia;
• Sindicante elabora relatório;
• Sindicante envia todo o procedimento para a autoridade que determinou a abertura da
sindicância;
• A autoridade que determinou a abertura da sindicância decidirá se:
− Não houve responsabilidade do servidor no ilício administrativo: O procedimento
será arquivado.
− Houve responsabilidade do servidor no ilício administrativo: encaminhará os respec-
tivos autos para a Comissão Permanente de Inquérito Administrativo.
Do Inquérito Administrativo
• O inquérito administrativo é o procedimento pelo qual os órgãos e as autarquias do Es-
tado apuram a responsabilidade disciplinar do funcionário;
• São competentes para instaurar o inquérito:
− O Governador, em qualquer caso.
− Os Secretários de Estado, no seu âmbito de atuação, permitida a delegação de com-
petência.
− Os dirigentes das Autarquias, no seu âmbito de atuação, permitida a delegação de
competência.
Leonardo Deitos
− Presidente da Assembleia Legislativa, no seu âmbito de atuação, permitida a delega-

ção de competência.
− Presidente do Tribunal de Contas, no seu âmbito de atuação, permitida a delegação
de competência.
− Presidente do Tribunal de Contas dos Municípios, no seu âmbito de atuação, permi-
tida a delegação de competência.
• O inquérito administrativo será realizado por Comissão Permanente, intuída para este
fim;
• Instaurado o inquérito administrativo, a autoridade encaminhará seu ato (ato de instau-
ração) para a Comissão de Inquérito que for competente;
− A composição da Comissão Permanente de Inquérito ocorrerá da seguinte maneira:
◦ Será composta por três membros.
◦ Todos devem ser servidores estáveis.
◦ Todos servidores do Estado ou de suas autarquias.
− A Comissão será presidida pelo servidor que for designado pela autoridade com
competência para realizar sua criação.
• Prazo para conclusão do Inquérito Administrativo: O inquérito administrativo será con-
cluído no prazo máximo de 90 dias, podendo ser prorrogado por igual período, a pedido
da Comissão, ou a requerimento do indiciado, dirigido à autoridade que determinou o
procedimento. Portanto: 90 + 90 = 180 dias.
Procedimento do Inquérito Administrativo

• Instaurado Procedimento de Inquérito Administrativo;
− Será instaurado por uma das autoridades competentes.
− Se o inquérito for precedido de sindicância: A sindicância acompanhará o inquérito
administrativo como peça informativa.
• Presidente da Comissão mandará citar o servidor acusado;
− A citação será pessoal, mediante protocolo.
− Será consignar, por escrito, a recusa do servidor em recebê-la.
− Em caso de não ser encontrado o servidor, estando ele em lugar incerto e não sabi-
do, a citação far-se-á por edital, publicado no Diário Oficial do Estado, com prazo de
15 dias, depois do que, não comparecendo o citado, ser-lhe-á designado defensor.
• Servidor terá direito de acompanhar todo o procedimento e de requerer o que for do in-
teresse da defesa;
− Citado, o indiciado poderá requerer suas provas no prazo de 05 dias, podendo re-
novar o pedido, no curso do inquérito, se necessário para demonstração de fatos
novos.
Leonardo Deitos
• Encerrada a fase probatória, o indiciado será notificado para apresentar, por seu defen-
sor, no prazo de 10 dias, suas razões finais de defesa;
• Apresentadas as razões finais de defesa, a Comissão encaminhará os autos do inqué-
rito, com relatório circunstanciado e conclusivo, à autoridade competente para o seu
julgamento;
• Recebidos os autos do inquérito, a autoridade julgadora proferirá sua decisão no prazo
improrrogável de 20 dias;
• Da decisão de autoridade julgadora cabe recurso no prazo de 10 dias, com efeito sus-
pensivo, para a autoridade hierárquica imediatamente superior, ou para a que for indica-
da em regulamento ou regimento;
vernador.
respectivamente.
Nulidades
No inquérito administrativo podem ocorrer as seguintes nulidades:

• A falta de notificação do indiciado ou de seu defensor, para todas as fases do inquérito,
determinará a nulidade do procedimento;
• Sob pena de nulidade, as reuniões e as diligências realizadas pela Comissão de Inquéri-
to serão consignadas em atas.
Da Revisão
• É um procedimento destinado a revisar punição disciplinar aplicada. É usado quando
forem verificadas provas que possam justificar a inocência do requerente, mencionados
ou não no procedimento original.
Procedimento da Revisão
• O requerimento devidamente instruído será dirigido à autoridade que aplicou a sanção,
ou àquela que a tiver confirmado, em grau de recurso;
− Na inicial, o requerente pedirá dia e hora para inquirição das testemunhas que arrolar.
− Será considerada informante a testemunha que, residindo fora da sede onde funcio-
nar a comissão, prestar depoimento por escrito.
• Para processar a revisão, a autoridade que receber o requerimento nomeará uma comis-
são;
Leonardo Deitos
− A comissão será composta de três funcionários efetivos, de categoria igual ou supe-

rior à do requerente.
− A comissão tem prazo de 60 dias para concluir o encargo. O prazo pode ser prorro-
gado por mais 30 dias, nos casos de força maior.
− A comissão encaminhará o processo, com o respectivo relatório, para a autoridade
competente para o julgamento.
• A autoridade competente julgará a revisão no prazo de 20 dias, prorrogável por igual
período, no caso de serem determinadas novas diligências;
• Das decisões proferidas em procedimento de revisão cabe recurso no prazo de 10 dias,
com efeito suspensivo, para a autoridade hierárquica imediatamente superior, ou para a
que for indicada em regulamento ou regimento;
vernador.
respectivamente.
Leonardo Deitos
EXERCÍCIOS
001. (INÉDITA/2022) Tendo a Lei Estadual n. 9.826/1974 (Estatuto dos Servidores Públicos
Civis do Estado do Ceará) como parâmetro, responda:
O servidor público é administrativamente responsável, perante seus superiores hierárquicos,
pelos ilícitos que cometer. A respeito do regime disciplinar, estabelecido pela Lei Estadual n.
9.826/1974 (Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado do Ceará), assinale a alternativa
incorreta.
a) Considera-se ilícito administrativo a conduta comissiva ou omissiva, do funcionário, que
importe em violação de dever geral ou especial, ou de proibição, fixado neste Estatuto e em
sua legislação complementar, ou que constitua comportamento incompatível com o decoro
funcional ou social.
b) A apuração da responsabilidade funcional será promovida, de ofício, ou mediante repre-
sentação, pela autoridade de maior hierarquia no órgão ou na entidade administrativa em que
tiver ocorrido a irregularidade. Se se tratar de ilícito administrativo praticado fora do local de
trabalho, a apuração da responsabilidade será promovida pela autoridade de maior hierarquia
no órgão ou na entidade a que pertencer o funcionário a quem se imputar a prática da irre-
gularidade.
c) Para que o ilícito administrativo seja punível, é necessário que provoque um resultado per-
turbador do serviço estadual.
d) Caso a prática do ilícito seja imputada a vários funcionários lotados em órgãos diversos do
Poder Executivo, a competência para determinar a apuração da responsabilidade caberá ao
Governador do Estado.
e) São independentes as instâncias administrativas civil e penal, e cumuláveis as respectivas
cominações.
Considere:
I – A apuração da responsabilidade funcional será feita através de sindicância ou de inquérito.
II – Se o comportamento funcional irregular configurar, ao mesmo tempo, responsabilidade
administrativa, civil e penal, a autoridade que determinou o procedimento disciplinar adotará
III – A legítima defesa e o estado de necessidade excluem a responsabilidade penal, mas não
a responsabilidade administrativa.
IV – Em razão do rompimento do vínculo funcional, a apuração da responsabilidade adminis-
trativa do servidor não ocorrerá na hipótese de perda do cargo.
Leonardo Deitos
Está correto o que se afirma em:

a) I e II.
b) I e III.
c) II, III e IV.
d) III e IV.
e) III, somente.
A respeito do regime disciplinar, estabelecido pela Lei Estadual n. 9.826/1974 (Estatuto dos
Servidores Públicos Civis do Estado do Ceará), assinale a alternativa incorreta.
a) O direito ao exercício do poder disciplinar prescreve passados cinco anos da data em que o
ilícito tiver ocorrido.
b) A defesa do funcionário no procedimento disciplinar, que é de natureza contraditória, é pri-
vativa de advogado, que a exercitará nos termos deste Estatuto e nos da legislação federal
pertinente (Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil).
c) A autoridade competente designará defensor para o funcionário que, pobre na forma da lei,
ou revel, não indicar advogado, podendo a indicação recair em advogado do Instituto de Previ-
dência do Estado do Ceará (IPEC).
d) O funcionário público fica sujeito ao poder disciplinar desde a posse, ou, se esta não for
exigida, desde o seu ingresso no exercício funcional.
e) Se no transcurso do procedimento disciplinar outro funcionário for indiciado, o sindicante ou
a Comissão Permanente de Inquérito não reabrirá os prazos.
Considere:
I – Guardar sigilo sobre a documentação e os assuntos de natureza reservada de que tenha co-
nhecimento em razão do cargo que ocupa, ou da função que exerça, constituí um dos deveres
gerais dos servidores.
II – O servidor deve descumprir a ordem, emanada de autoridade superior, quando ela for ex-
pedida sem a forma exigida por lei, neste caso, o servidor representará contra a ordem, funda-
mentadamente, à autoridade imediatamente superior à que ordenou.
III – Um dos deveres gerais do servidor é de observância das normas constitucionais, legais
inclusive normas regulamentares.
a) I, somente.
b) I, II.
c) I, II e III.
Leonardo Deitos
d) II, somente.
e) I e III.
A respeito das proibições impostas aos servidores públicos, assinale a alternativa incorreta.
a) Ao servidor é proibido referir-se de modo depreciativo às autoridades em qualquer ato fun-
cional que praticar, ressalvado o direito de crítica doutrinária aos atos e fatos administrativos,
inclusive em trabalho público e assinado.
b) Ao servidor é proibido retirar, modificar ou substituir qualquer documento oficial, com o fim
de constituir direito ou obrigação, ou de alterar a verdade dos fatos, bem como apresentar do-
cumento falso com a mesma finalidade.
c) Ao servidor é proibido praticar a usura.
d) Ao servidor é proibido descumprir ordem de autoridade superior quando não tiver como
causa uma necessidade administrativa ou pública, ou visar a fins não estipulados na regra de
competência da autoridade da qual promanou ou do funcionário a quem se dirige.
e) Ao servidor é proibido valer-se do exercício funcional para lograr proveito ilícito para si, ou
para outrem.
A respeito das sanções disciplinares, assinale a alternativa correta.
a) Aplicar-se-á a suspensão, sempre por escrito, ao funcionário que, em caráter primário, a
juízo da autoridade competente, cometer falta leve, não cominável a outro tipo de sanção
pelo estatuto.
b) A suspensão será obrigatória quando o servidor cometer ofensa física ou moral em serviço
contra funcionário ou terceiros.
c) A repreensão será obrigatoriamente aplicada quando o servidor cometer quebra do dever de
sigilo funcional.
d) Aplicar-se-á a repreensão, através de ato escrito, por prazo não superior a 90 (noventa) dias,
nos casos de reincidência de falta leve, e nos de ilícito grave, salvo a expressa cominação, por
lei, de outro tipo de sanção.
e) Por conveniência do serviço, a suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50%
por dia de vencimento, obrigado, neste caso, o funcionário a permanecer em exercício.
Considere:
Leonardo Deitos
I – Considera-se abandono de cargo a deliberada ausência ao serviço, sem justa causa, por trin-
ta (30) dias consecutivos ou 60 (sessenta) dias, interpoladamente, durante 12 (doze) meses.
II – Caso o servidor cometa crime contra a administração pública será punido, em âmbito ad-
ministrativo, obrigatoriamente com a penalidade de demissão a bem do serviço público.
III – Caso o servidor seja considerado em desídia funcional, será punido com pena de suspen-
são ou repreensão, assegurada ampla defesa.
a) I e III.
b) I e II.
c) I, somente.
d) III, somente.
e) II, somente.
A respeito das sanções disciplinares, assinale a alternativa incorreta.
a) Os chefes de unidades administrativas em geral são competentes para aplicar sanções dis-
ciplinares nos casos de repreensão, suspensão até 30 dias e multa correspondente.
b) Além da pena judicial que couber, serão considerados como de suspensão os dias em que
o funcionário, notificado deixar de atender à convocação para prestação de serviços estatais
compulsórios, salvo motivo justificado.
c) Será cassada a aposentadoria ou disponibilidade se ficar provado, em inquérito administra-
tivo, que o aposentado ou disponível perdeu a nacionalidade brasileira.
d) A suspensão preventiva não ultrapassará o prazo de 60 dias e somente será determinada
quando o afastamento do funcionário for necessário, para que, como indiciado, não venha a
influir na apuração de sua responsabilidade.
e) Será cassada a aposentadoria ou disponibilidade se ficar provado, em inquérito adminis-
trativo, que o aposentado ou disponível praticou, quando no exercício funcional, ilícito punível
com demissão.
A respeito da suspensão preventiva, assinale a alternativa correta.
a) A suspensão preventiva será ordenada pela autoridade que determinar a abertura do inqué-
b) A suspensão preventiva não ultrapassará o prazo de 60 dias e somente será determinada
Leonardo Deitos
c) O servidor que for suspenso preventivamente não terá direito de perceber os vencimentos
relativos ao período de suspensão, mesmo se reconhecida a sua inocência no inquérito admi-
nistrativo.
d) O servidor que for suspenso preventivamente não terá direito a perceber as gratificações por
tempo de serviço já prestado e o salário-família.
e) O servidor que for suspenso preventivamente não terá direito a computar o tempo de serviço
relativo ao período de suspensão.
Assinale a alternativa incorreta.
a) É proibido, ao servidor público, ser comerciante.
b) É ressalvado ao funcionário o direito de acumular cargo, funções e empregos remunera-
dos, nos casos excepcionais da Constituição Federal. Verificada, em inquérito administrativo,
acumulação proibida e provada a boa-fé, o funcionário optará por um dos cargos, funções ou
empregos, não ficando obrigado a restituir o que houver percebido durante o período da acu-
mulação vedada.
c) O aposentado compulsoriamente ou por invalidez não poderá acumular seus proventos com
a ocupação de cargo ou o exercício de função ou emprego público.
d) Aplicar-se-á a repreensão, sempre por escrito, ao funcionário que, em caráter primário, a
pelo Estatuto.
e) Aplicar-se-á a suspensão, através de ato escrito, por prazo não superior a 60 dias, nos casos
de reincidência de falta leve, e nos de ilícito grave, salvo a expressa cominação, por lei, de outro
tipo de sanção.
A respeito da sindicância, considere:
I – A sindicância é o procedimento sumário através do qual o Estado ou suas autarquias reú-
nem elementos informativos para determinar a verdade em torno de possíveis irregularidades
que possam configurar, ou não, ilícitos administrativos.
II – É vedado iniciar sindicância para apuração das aptidões do funcionário, no estágio proba-
tório, para fins de demissão ou exoneração.
III – É possível iniciar sindicância para apuração das aptidões do funcionário, no estágio pro-
batório, para fins de demissão ou exoneração, quando for o caso, assegurada ao indiciado
ampla defesa, nos termos dos artigos estatutários que disciplinam o inquérito administrativo,
reduzidos os prazos neles estabelecidos, à metade.
Está incorreto o que se afirma em:
Leonardo Deitos
a) I e III.
b) II e III.
c) II, somente.
d) III, somente.
e) I e II.
A respeito da sindicância, assinale a alternativa incorreta.
a) Em caso de sindicância durante o estágio probatório, os prazos serão reduzidos à metade.
b) Aberta a sindicância, suspende-se a fluência do período do estágio probatório.
c) A sindicância será realizada por funcionário estável, designado pela autoridade que determi-
nar a sua abertura.
d) A sindicância precede o inquérito administrativo, quando for o caso, sendo-lhe anexada
como peça informativa e preliminar.
e) A sindicância será realizada no prazo máximo de 30 dias, prorrogável por igual período, a
pedido do sindicante, e a critério da autoridade que determinou a sua abertura.
A respeito da sindicância, assinale a alternativa correta:
a) Ultimada a sindicância, não apurada a responsabilidade administrativa, ou o descumprimen-
to dos requisitos do estágio probatório, o processo será arquivado. Fixada a responsabilidade
funcional, a autoridade que determinou a sindicância encaminhará os respectivos autos para a
Comissão Permanente de Inquérito Administrativo.
b) Havendo ostensividade ou indícios fortes de autoria do ilícito administrativo, o sindicante
indiciará o funcionário, abrindo-lhe o prazo de 15 dias para defesa prévia.
c) O indiciamento do servidor, juntamente com o relatório e a defesa prévia, serão remetidos
para a Comissão Permanente de Inquérito Administrativo.
d) A sindicância é o procedimento ordinário pelo qual o Estado ou suas autarquias reúnem
elementos informativos para determinar a verdade em torno de possíveis irregularidades que
possam configurar, ou não, ilícitos administrativos
e) Durante o estágio probatório, o servidor não responderá sindicância.
A respeito do inquérito administrativo, considere:
I – O inquérito administrativo é o procedimento através do qual os órgãos e as autarquias do
Estado apuram a responsabilidade disciplinar do servidor.
Leonardo Deitos
II – O Presidente da Assembleia Legislativa do Ceará tem competência exclusiva para instaurar

inquérito administrativo, portanto, a delegação desta competência é vedada.
III – As Comissões Permanentes de Inquérito Administrativo compor-se-ão de cinco membros,
todos funcionários estáveis do Estado.
a) I, somente.
b) I e II.
c) I, II e III.
d) II e III.
e) I e III.
A respeito do Inquérito Administrativo, assinale a alternativa incorreta.
a) O inquérito administrativo será realizado por Comissões Permanentes, instituídas por atos
do Governador, do Presidente da Assembleia Legislativa, do Presidente do Tribunal de Contas,
do Presidente do Conselho de Contas dos Municípios, dos dirigentes das Autarquias e dos ór-
gãos desconcentrados, permitida a delegação de poder, no caso do Governador, ao Secretário
de Administração.
b) Abertos os trabalhos do inquérito, o Presidente da Comissão mandará citar o funcionário
acusado, para que, como indiciado, acompanhe, na forma do estabelecido pelo Estatuto, todo
o procedimento, requerendo o que for do interesse da defesa.
c) As Comissões Permanentes de Inquérito Administrativo compor-se-ão de três membros, to-
dos funcionários estáveis do Estado ou de suas autarquias, presidida pelo servidor que for de-
signado pela autoridade competente, que colocará à disposição das Comissões o pessoal ne-
cessário ao desenvolvimento de seus trabalhos, inclusive os de secretário e assessoramento.
d) Citado, o indiciado poderá requerer suas provas no prazo de 15 dias, podendo renovar o pe-
dido, no curso do inquérito, se necessário para demonstração de fatos novos.
e) A falta de notificação do indiciado ou de seu defensor, para todas as fases do inquérito, de-
terminará a nulidade do procedimento.
No Inquérito Administrativo, após o encerramento da fase probatória, o indiciado será notifica-
do para apresentar, por seu defensor, no prazo de ______ dias, suas ____________.
Assinale a alternativa que completa, corretamente, as lacunas.
a) 05 dias / Contestação.
b) 10 dias / Razões finais de defesa.
c) 15 dias / Defesa preliminar.
Leonardo Deitos
d) 20 dias / Reconvenção.
e) 10 dias / Recurso.
A respeito do Inquérito Administrativo, considere:
I – Após a apresentação das razões finais de defesa, a Comissão Permanente de Inquérito
Administrativo realizará o julgamento.
II – Sob pena de nulidade, as reuniões e as diligências realizadas pela Comissão de Inquérito
serão consignadas em atas.
III – Da decisão de autoridade julgadora, cabe recurso no prazo de 10 (dez) dias, com efeito
suspensivo, para a autoridade hierárquica imediatamente superior, ou para a que for indicada
em regulamento ou regimento.
a) II e III.
b) I e III.
c) I e II.
d) I, II e III.
e) I, somente.
A respeito do Inquérito Administrativo, assinale a alternativa correta.
a) Das decisões proferidas pelo Presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, caberá recur-
so, sem efeito suspensivo, para o Plenário da Assembleia.
b) Recebidos os autos do inquérito, a autoridade julgadora proferirá sua decisão no prazo im-
prorrogável de 20 (vinte) dias.
c) O inquérito administrativo será concluído no prazo máximo de 60 dias, podendo ser prorro-
gado por igual período, a pedido da Comissão, ou a requerimento do indiciado, dirigido à auto-
ridade que determinou o procedimento.
d) Declarada a nulidade do inquérito, no todo ou em parte, por falta do cumprimento de forma-
lidade essencial, inclusive o reconhecimento de direito de defesa, o vício será sanado no prazo
de 5 dias, e o procedimento retomará seu curso.
e) Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções caberá o julgamento à autoridade
ciados serão contados em dobro.
Leonardo Deitos
Em relação ao Regime Disciplinar e a possibilidade de Revisão, considere:

I – A qualquer tempo poderá ser requerida a revisão do procedimento administrativo de que
resultou sanção disciplinar, quando se aduzam fatos ou circunstâncias que possam justificar
a inocência do requerente, mencionados ou não no procedimento original.
II – Tratando-se de funcionário falecido ou desaparecido, a revisão poderá ser requerida pelo
cônjuge, companheiro, descendente, ascendente colateral consanguíneo até o 2º grau civil.
III – Processar-se-á a revisão em apenso ao processo original.
IV – Não constitui fundamento para a revisão a simples alegação de injustiça da sanção.
a) I, somente.
b) I, II.
c) I, II e III.
d) I, II, III e IV.
e) I e III.
Em relação ao Regime Disciplinar e a possibilidade de Revisão, assinale a alternativa incorreta.
a) O prazo para julgamento da revisão será de 20 dias, prorrogável por igual período, no caso
de serem determinadas novas diligências.
b) Concluído o encargo da comissão, no prazo de 60 dias, prorrogável por trinta dias, nos casos
de força maior, será o processo, com o respectivo relatório, encaminhado à autoridade compe-
tente para o julgamento relativo à revisão.
c) Na petição inicial que requer a revisão, o requerente pedirá dia e hora para inquirição das tes-
temunhas que arrolar. Será considerada informante a testemunha que, residindo fora da sede
onde funcionar a comissão, prestar depoimento por escrito.
d) O requerimento de revisão, devidamente instruído, será dirigido à autoridade que aplicou a
sanção, ou àquela que a tiver confirmado, em grau de recurso.
e) Das decisões proferidas em procedimento de revisão não cabem recursos.
021. (INÉDITA/2022) De acordo com a Lei n. 9.826/1974, do Estado do Ceará, julgue o item a
seguir como CERTO ou ERRADO:
O ilícito administrativo somente é punível se acarretar resultado perturbador do serviço estadual.
O funcionário público é administrativamente responsável, perante seus superiores hierárqui-
cos, pelos ilícitos que cometer.
Leonardo Deitos
Considera-se ilícito administrativo a conduta comissiva ou omissiva, do funcionário, que im-
porte em violação de dever geral ou especial, ou de proibição, fixado no Estatuto e na legis-
lação complementar, ou que constitua comportamento incompatível com o decoro funcional
ou social.
Para que ocorra a apuração da responsabilidade funcional, é indispensável que ocorra repre-
sentação, vedado que se inicie ex officio.
A apuração da responsabilidade funcional será promovida, de ofício, ou mediante representa-
ção, pela autoridade de maior hierarquia no órgão ou na entidade administrativa em que tiver
ocorrido a irregularidade. Se se tratar de ilícito administrativo praticado fora do local de traba-
lho, a apuração da responsabilidade será promovida pelo Chefe do Executivo.
Caso seja imputada a prática do ilícito a vários funcionários lotados em órgãos diversos do
A responsabilidade administrativa decorre de conduta funcional, comissiva ou omissiva, do-
losa ou culposa, que acarrete prejuízo para o patrimônio do Estado, de suas entidades ou de
terceiros.
028. (INÉDITA/2022) De acordo com a Lei n. 9.826/1974 do Estado do Ceará, julgue o item a
Em caso de prejuízo a terceiro, o funcionário responderá perante o Estado ou suas entidades,
através de ação regressiva proposta depois de transitar em julgado a decisão judicial, que hou-
ver condenado a Fazenda Pública a indenizar o terceiro prejudicado.
Leonardo Deitos
Sob pena de responsabilidade, o funcionário que exercer atribuições de chefia, tomando co-
nhecimento de um fato que possa vir a se configurar, ou se configure como ilícito administra-
tivo, é obrigado a representar perante a autoridade competente, a fim de que esta promova a
sua apuração.
Se o comportamento funcional irregular configurar, ao mesmo tempo, responsabilidade admi-
nistrativa, civil e penal, a autoridade que determinou o procedimento disciplinar adotará pro-
vidências para a apuração do ilícito civil ou penal, quando for o caso, durante ou depois de
A inexigibilidade de conduta diversa excluí a responsabilidade administrativa.
A alienação mental, comprovada através de perícia médica oficial excluirá a responsabilidade
administrativa, comunicando o sindicante ou a Comissão Permanente de Inquérito à autorida-
de competente o fato, a fim de que seja providenciada a aposentadoria do funcionário.
Considera-se estado de necessidade o revide moderado e proporcional à agressão ou à imi-
nência de agressão moral ou física, que atinja ou vise a atingir o funcionário, ou seus superio-
res hierárquicos ou colegas, ou o patrimônio da instituição administrativa a que servir.
Considera-se em legítima defesa o servidor que realiza atividade indispensável ao atendimento
de uma urgência administrativa, inclusive para fins de preservação do patrimônio público.
Leonardo Deitos
A sindicância é o procedimento ordinário pelo qual o Estado ou suas empresas públicas reú-
que possam configurar, ou não, ilícitos penais, aberta pela autoridade de maior hierarquia, no
órgão em que ocorreu a irregularidade.
A sindicância realizada durante o estágio probatório terá o dobro do prazo determinado pela lei.
Caso haja sindicância durante o estágio probatório, após a abertura daquela, suspende-se a
fluência do período do estágio probatório.
A sindicância será realizada por funcionário estável, designado pela autoridade que determinar
a sua abertura.
A sindicância precede o inquérito administrativo, quando for o caso, sendo-lhe anexada como
peça informativa e preliminar.
A sindicância será realizada no prazo máximo de 30 dias, prorrogável por igual período, a pedi-
do do sindicante, e a critério da autoridade que determinou a sua abertura.
A sindicância será realizada no prazo máximo de 15 dias, improrrogáveis.
do do servidor, e a critério do sindicante.
Leonardo Deitos
do do sindicante, e a critério da autoridade que determinou a sua abertura
Havendo ostensividade ou indícios fortes de autoria do ilícito administrativo, o sindicante indi-
ciará o funcionário, abrindo-lhe o prazo de 15 dias para apresentar contestação.
ciará o funcionário, abrindo-lhe o prazo de 3 (três) dias para defesa prévia.
Havendo ostensividade ou indícios fortes de autoria do ilícito administrativo, o sindicante in-
diciará o funcionário, abrindo-lhe o prazo de 3 (três) dias para defesa prévia. A seguir, com o
seu relatório, encaminhará o processo de sindicância à Comissão Permanente de Inquérito
Administrativo.
ciará o funcionário, abrindo-lhe o prazo de 3 (três) dias para defesa prévia. A seguir, com o seu
relatório, encaminhará o processo de sindicância à autoridade que determinou a sua abertura.
O sindicante somente poderá ser assessorado por técnicos, se forem pertencentes aos qua-
dros funcionais, o relatório final da sindicância deve ser reduzido a termo pelo sindicante.
O sindicante poderá ser assessorado por técnicos, de preferência pertencentes aos quadros
funcionais, devendo todos os atos da sindicância serem reduzidos a termo por secretário de-
signado pelo sindicante, dentre os funcionários do órgão a que pertencer.
Leonardo Deitos
GABARITO
1. c 38. C
2. a 39. C
3. e 40. C
4. c 41. E
5. d 42. E
6. e 43. E
7. b 44. C
8. d 45. E
9. a 46. C
10. e 47. C
11. c 48. C
12. e 49. E
13. a 50. C
14. a
15. d
16. b
17. a
18. b
19. d
20. e
21. E
22. C
23. C
24. E
25. E
26. C
27. E
28. C
29. C
30. C
31. C
32. E
33. C
34. E
35. E
36. E
37. E
Leonardo Deitos
GABARITO COMENTADO
O servidor público é administrativamente responsável, perante seus superiores hierárquicos,
pelos ilícitos que cometer. A respeito do regime disciplinar, estabelecido pela Lei Estadual n.
9.826/1974 (Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado do Ceará), assinale a alternativa
incorreta.
a) Considera-se ilícito administrativo a conduta comissiva ou omissiva, do funcionário, que
importe em violação de dever geral ou especial, ou de proibição, fixado neste Estatuto e em
sua legislação complementar, ou que constitua comportamento incompatível com o decoro
funcional ou social.
b) A apuração da responsabilidade funcional será promovida, de ofício, ou mediante repre-
sentação, pela autoridade de maior hierarquia no órgão ou na entidade administrativa em que
tiver ocorrido a irregularidade. Se se tratar de ilícito administrativo praticado fora do local de
trabalho, a apuração da responsabilidade será promovida pela autoridade de maior hierarquia
no órgão ou na entidade a que pertencer o funcionário a quem se imputar a prática da irre-
gularidade.
c) Para que o ilícito administrativo seja punível, é necessário que provoque um resultado per-
turbador do serviço estadual.
d) Caso a prática do ilícito seja imputada a vários funcionários lotados em órgãos diversos do
e) São independentes as instâncias administrativas civil e penal, e cumuláveis as respectivas
cominações.
a) Errada. Não é o gabarito, pois está correto, nos termos do art. 175 da Lei Estadual n.
9.826/1974.
b) Errada. Não é o gabarito, pois está correto, nos termos do art. 176 da Lei Estadual n.
9.826/1974.
c) Certa. É o gabarito, pois está incorreto. O ilícito administrativo é punível independentemente
de acarretar resultado perturbador do serviço estadual, nos termos do art. 175, parágrafo úni-
co, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
d) Errada. Não é o gabarito, pois está correto, nos termos do art. 176, parágrafo único, da Lei
Estadual n. 9.826/1974.
e) Errada. Não é o gabarito, pois está correto, nos termos do art. 179, da Lei Estadual n.
9.826/1974.
Letra c.
Leonardo Deitos
Considere:
I – A apuração da responsabilidade funcional será feita através de sindicância ou de inquérito.
II – Se o comportamento funcional irregular configurar, ao mesmo tempo, responsabilidade
administrativa, civil e penal, a autoridade que determinou o procedimento disciplinar adotará
III – A legítima defesa e o estado de necessidade excluem a responsabilidade penal, mas não
a responsabilidade administrativa.
IV – Em razão do rompimento do vínculo funcional, a apuração da responsabilidade adminis-
trativa do servidor não ocorrerá na hipótese de perda do cargo.
a) I e II.
b) I e III.
c) II, III e IV.
d) III e IV.
e) III, somente.
Afirmação I – Certa. Está de acordo com o que dispõe o art. 179, § 2 da Lei Estadual n.
9.826/1974.
Afirmação II – Certa. Está de acordo com o que dispõe o art. 179, § 3 da Lei Estadual n.
9.826/1974.
Afirmação III – Errada. A legítima defesa e o estado de necessidade excluem a responsabilida-
de administrativa, nos termos do art. 179, § 5 da Lei Estadual n. 9.826/1974.
Afirmação IV – Errada. A apuração da responsabilidade do funcionário processar-se-á mesmo
nos casos de alteração funcional, inclusive a perda do cargo, nos termos do art. 180, da Lei
Estadual n. 9.826/1974.
Letra a.
A respeito do regime disciplinar, estabelecido pela Lei Estadual n. 9.826/1974 (Estatuto dos
Servidores Públicos Civis do Estado do Ceará), assinale a alternativa incorreta.
a) O direito ao exercício do poder disciplinar prescreve passados cinco anos da data em que o
ilícito tiver ocorrido.
Leonardo Deitos
b) A defesa do funcionário no procedimento disciplinar, que é de natureza contraditória, é pri-

vativa de advogado, que a exercitará nos termos deste Estatuto e nos da legislação federal
pertinente (Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil).
c) A autoridade competente designará defensor para o funcionário que, pobre na forma da lei,
ou revel, não indicar advogado, podendo a indicação recair em advogado do Instituto de Previ-
dência do Estado do Ceará (IPEC).
d) O funcionário público fica sujeito ao poder disciplinar desde a posse, ou, se esta não for
exigida, desde o seu ingresso no exercício funcional.
e) Se no transcurso do procedimento disciplinar outro funcionário for indiciado, o sindicante ou
a Comissão Permanente de Inquérito não reabrirá os prazos.
a) Errada. Não é o gabarito, pois está correto, nos termos do art. 182 da Lei Estadual n.
9.826/1974.
b) Errada. Não é o gabarito, pois está correto, nos termos do art. 185 da Lei Estadual n.
9.826/1974.
c) Errada. Não é o gabarito, pois está correto, nos termos do art. 185, § 1 da Lei Estadual n.
9.826/1974.
d) Errada. Não é o gabarito, pois está correto, nos termos do art. 186 da Lei Estadual n.
9.826/1974.
e) Certa. É o gabarito, pois está incorreto. Se no transcurso do procedimento disciplinar outro
funcionário for indiciado, o sindicante ou a Comissão Permanente de Inquérito, conforme o
caso, reabrirá os prazos de defesa para o novo indiciado, nos termos do art. 187 da Lei Esta-
dual n. 9.826/1974.
Letra e.
Considere:
I – Guardar sigilo sobre a documentação e os assuntos de natureza reservada de que tenha co-
nhecimento em razão do cargo que ocupa, ou da função que exerça, constituí um dos deveres
gerais dos servidores.
II – O servidor deve descumprir a ordem, emanada de autoridade superior, quando ela for ex-
pedida sem a forma exigida por lei, neste caso, o servidor representará contra a ordem, funda-
mentadamente, à autoridade imediatamente superior à que ordenou.
III – Um dos deveres gerais do servidor é de observância das normas constitucionais, legais
inclusive normas regulamentares.
Leonardo Deitos
a) I, somente.
b) I, II.
c) I, II e III.
d) II, somente.
e) I e III.
Afirmação I – Certa. Está de acordo com o art. 191, X, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
Afirmação II – Certa. Está de acordo com o art. 192, III, e § 1, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
Afirmação III – Certa. Está de acordo com o art. 191, III, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
Letra c.
A respeito das proibições impostas aos servidores públicos, assinale a alternativa incorreta.
a) Ao servidor é proibido referir-se de modo depreciativo às autoridades em qualquer ato fun-
cional que praticar, ressalvado o direito de crítica doutrinária aos atos e fatos administrativos,
inclusive em trabalho público e assinado.
b) Ao servidor é proibido retirar, modificar ou substituir qualquer documento oficial, com o fim
de constituir direito ou obrigação, ou de alterar a verdade dos fatos, bem como apresentar do-
cumento falso com a mesma finalidade.
c) Ao servidor é proibido praticar a usura.
d) Ao servidor é proibido descumprir ordem de autoridade superior quando não tiver como
causa uma necessidade administrativa ou pública, ou visar a fins não estipulados na regra de
competência da autoridade da qual promanou ou do funcionário a quem se dirige.
e) Ao servidor é proibido valer-se do exercício funcional para lograr proveito ilícito para si, ou
para outrem.
a) Errada. Não é o gabarito da questão, pois está correto, nos termos do art. 193, II, da Lei Es-
tadual n. 9.826/1974.
b) Errada. Não é o gabarito da questão, pois está correto, nos termos do art. 193, III, da Lei
Estadual n. 9.826/1974.
c) Errada. Não é o gabarito da questão, pois está correto, nos termos do art. 193, IX, da Lei
Estadual n. 9.826/1974.
d) Certa. É o gabarito, pois não se trata de uma proibição, constitui, na verdade, um dever de
não obediência à ordem que não tiver como causa uma necessidade administrativa ou pública,
ou visar a fins não estipulados na regra de competência da autoridade da qual promanou ou do
funcionário a quem se dirige, nos termos do art. 192, V, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
Leonardo Deitos
e) Errada. Não é o gabarito da questão, pois está correto, nos termos do art. 193, IV, da Lei Es-
tadual n. 9.826/1974.
Letra d.
A respeito das sanções disciplinares, assinale a alternativa correta.
a) Aplicar-se-á a suspensão, sempre por escrito, ao funcionário que, em caráter primário, a
pelo estatuto.
b) A suspensão será obrigatória quando o servidor cometer ofensa física ou moral em serviço
contra funcionário ou terceiros.
c) A repreensão será obrigatoriamente aplicada quando o servidor cometer quebra do dever de
sigilo funcional.
d) Aplicar-se-á a repreensão, através de ato escrito, por prazo não superior a 90 (noventa) dias,
nos casos de reincidência de falta leve, e nos de ilícito grave, salvo a expressa cominação, por
lei, de outro tipo de sanção.
e) Por conveniência do serviço, a suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50%
por dia de vencimento, obrigado, neste caso, o funcionário a permanecer em exercício.
a) Errada. Trata-se de repreensão, nos termos do art. 197, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
b) Errada. A punição obrigatória será a demissão, nos termos do art. 199, VI, da Lei Estadual n.
9.826/1974.
c) Errada. A punição obrigatória será a demissão, nos termos do art. 199, VIII, da Lei Estadual
n. 9.826/1974.
d) Errada. Trata-se de suspensão, nos termos do art. 198, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
e) Certa. Está de acordo com o art. 198, parágrafo único, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
Letra e.
Considere:
I – Considera-se abandono de cargo a deliberada ausência ao serviço, sem justa causa, por trin-
ta (30) dias consecutivos ou 60 (sessenta) dias, interpoladamente, durante 12 (doze) meses.
II – Caso o servidor cometa crime contra a administração pública será punido, em âmbito ad-
ministrativo, obrigatoriamente com a penalidade de demissão a bem do serviço público.
III – Caso o servidor seja considerado em desídia funcional, será punido com pena de suspen-
são ou repreensão, assegurada ampla defesa.
Leonardo Deitos

a) I e III.
b) I e II.
c) I, somente.
d) III, somente.
e) II, somente.
Afirmação I – Certa, nos termos do art. 199, § 1, da Lei Estadual n. 9.826/1974.

Afirmação II – Certa, nos termos dos art. 199, I, e 200, ambos da Lei Estadual n. 9.826/1974.
Afirmação III – Errada, nos termos do art. 199, XI, a punição obrigatoriamente aplicável, neste
caso, é a demissão.
Letra b.
A respeito das sanções disciplinares, assinale a alternativa incorreta.
a) Os chefes de unidades administrativas em geral são competentes para aplicar sanções dis-
ciplinares nos casos de repreensão, suspensão até 30 dias e multa correspondente.
b) Além da pena judicial que couber, serão considerados como de suspensão os dias em que
o funcionário, notificado deixar de atender à convocação para prestação de serviços estatais
compulsórios, salvo motivo justificado.
c) Será cassada a aposentadoria ou disponibilidade se ficar provado, em inquérito administra-
tivo, que o aposentado ou disponível perdeu a nacionalidade brasileira.
d) A suspensão preventiva não ultrapassará o prazo de 60 dias e somente será determinada
e) Será cassada a aposentadoria ou disponibilidade se ficar provado, em inquérito adminis-
trativo, que o aposentado ou disponível praticou, quando no exercício funcional, ilícito punível
com demissão.
a) Errada. Não é o gabarito, pois está correto, nos termos do art. 202, IV, da Lei Estadual n.
9.826/1974.
b) Errada. Não é o gabarito, pois está correto, nos termos do art. 203, da Lei Estadual n.
9.826/1974.
c) Errada. Não é o gabarito, pois está correto, nos termos do art. 204, IV, da Lei Estadual n.
9.826/1974.
Leonardo Deitos
d) Certa. É o gabarito, pois está incorreto. O prazo é de 90 dias, nos termos do art. 205, § 1, da
Lei Estadual n. 9.826/1974.
e) Errada. Não é o gabarito, pois está correto, nos termos do art. 204, I, da Lei Estadual n.
9.826/1974.
Letra d.
A respeito da suspensão preventiva, assinale a alternativa correta.
a) A suspensão preventiva será ordenada pela autoridade que determinar a abertura do inqué-
b) A suspensão preventiva não ultrapassará o prazo de 60 dias e somente será determinada
c) O servidor que for suspenso preventivamente não terá direito de perceber os vencimentos
relativos ao período de suspensão, mesmo se reconhecida a sua inocência no inquérito admi-
nistrativo.
d) O servidor que for suspenso preventivamente não terá direito a perceber as gratificações por
tempo de serviço já prestado e o salário-família.
e) O servidor que for suspenso preventivamente não terá direito a computar o tempo de serviço
relativo ao período de suspensão.
a) Certa. Está de acordo com o art. 205, caput, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
b) Errada. O prazo é de 90 dias, nos termos do art. 205, § 1, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
c) Errada. O servidor possui o direito mencionado, nos termos do art. 205, § 2, III, da Lei Esta-
dual n. 9.826/1974.
d) Errada. O servidor possui o direito mencionado, nos termos do art. 205, § 2, IV, da Lei Esta-
dual n. 9.826/1974.
e) Errada. O servidor possui o direito mencionado, nos termos do art. 205, § 2, I, da Lei Estadual
n. 9.826/1974.
Letra a.
Assinale a alternativa incorreta.
a) É proibido, ao servidor público, ser comerciante.
b) É ressalvado ao funcionário o direito de acumular cargo, funções e empregos remunera-
dos, nos casos excepcionais da Constituição Federal. Verificada, em inquérito administrativo,
Leonardo Deitos
acumulação proibida e provada a boa-fé, o funcionário optará por um dos cargos, funções ou
empregos, não ficando obrigado a restituir o que houver percebido durante o período da acu-
mulação vedada.
c) O aposentado compulsoriamente ou por invalidez não poderá acumular seus proventos com
a ocupação de cargo ou o exercício de função ou emprego público.
d) Aplicar-se-á a repreensão, sempre por escrito, ao funcionário que, em caráter primário, a
pelo Estatuto.
e) Aplicar-se-á a suspensão, através de ato escrito, por prazo não superior a 60 dias, nos casos
de reincidência de falta leve, e nos de ilícito grave, salvo a expressa cominação, por lei, de outro
tipo de sanção.
a) Errada. Não é o gabarito, pois está correto, nos termos do art. 193, XV, da Lei Estadual n.
9.826/1974.
b) Errada. Não é o gabarito, pois está correto, nos termos do art. 194, § 1, da Lei Estadual n.
9.826/1974.
c) Errada. Não é o gabarito, pois está correto, nos termos do art. 195, da Lei Estadual n.
9.826/1974.
d) Errada. Não é o gabarito, pois está correto, nos termos do art. 197, da Lei Estadual n.
9.826/1974.
e) Certa. É o gabarito, pois está errado. O prazo correto é de até 90 dias, nos termos do art. 198,
da Lei Estadual n. 9.826/1974.
Letra e.
A respeito da sindicância, considere:
I – A sindicância é o procedimento sumário através do qual o Estado ou suas autarquias reú-
que possam configurar, ou não, ilícitos administrativos.
II – É vedado iniciar sindicância para apuração das aptidões do funcionário, no estágio proba-
tório, para fins de demissão ou exoneração.
III – É possível iniciar sindicância para apuração das aptidões do funcionário, no estágio pro-
batório, para fins de demissão ou exoneração, quando for o caso, assegurada ao indiciado
ampla defesa, nos termos dos artigos estatutários que disciplinam o inquérito administrativo,
reduzidos os prazos neles estabelecidos, à metade.
Está incorreto o que se afirma em:
a) I e III.
Leonardo Deitos
b) II e III.
c) II, somente.
d) III, somente.
e) I e II.
Afirmação I – Certa. Está de acordo com o art. 209, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
Afirmação II – Errada. Não está de acordo com o art. 209, § 1, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
(A redação da afirmação III corresponde ao artigo mencionado).
Afirmação III – Certa, nos termos do art. 209, § 1, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
Letra c.
A respeito da sindicância, assinale a alternativa incorreta.
a) Em caso de sindicância durante o estágio probatório, os prazos serão reduzidos à metade.
b) Aberta a sindicância, suspende-se a fluência do período do estágio probatório.
c) A sindicância será realizada por funcionário estável, designado pela autoridade que determi-
nar a sua abertura.
d) A sindicância precede o inquérito administrativo, quando for o caso, sendo-lhe anexada
como peça informativa e preliminar.
e) A sindicância será realizada no prazo máximo de 30 dias, prorrogável por igual período, a
pedido do sindicante, e a critério da autoridade que determinou a sua abertura.
a) Errada. Não é o gabarito da questão, pois está correto. Está de acordo com o art. 209, § 1,
b) Errada. Não é o gabarito da questão, pois está correto. Está de acordo com o art. 209, § 2,
c) Errada. Não é o gabarito da questão, pois está correto. Está de acordo com o art. 209, § 3,
d) Errada. Não é o gabarito da questão, pois está correto. Está de acordo com o art. 209, § 4,
e) Certa. É o gabarito, pois está errado. O prazo é de 15 dias, nos termos do art. 209, § 5, da Lei
Estadual n. 9.826/1974.
Letra e.
Leonardo Deitos
A respeito da sindicância, assinale a alternativa correta:

a) Ultimada a sindicância, não apurada a responsabilidade administrativa, ou o descumprimen-
to dos requisitos do estágio probatório, o processo será arquivado. Fixada a responsabilidade
funcional, a autoridade que determinou a sindicância encaminhará os respectivos autos para a
Comissão Permanente de Inquérito Administrativo.
b) Havendo ostensividade ou indícios fortes de autoria do ilícito administrativo, o sindicante
indiciará o funcionário, abrindo-lhe o prazo de 15 dias para defesa prévia.
c) O indiciamento do servidor, juntamente com o relatório e a defesa prévia, serão remetidos
para a Comissão Permanente de Inquérito Administrativo.
d) A sindicância é o procedimento ordinário pelo qual o Estado ou suas autarquias reúnem
elementos informativos para determinar a verdade em torno de possíveis irregularidades que
possam configurar, ou não, ilícitos administrativos
e) Durante o estágio probatório, o servidor não responderá sindicância.
a) Certa. Está de acordo com art. 209, § 8, da Lei Estadual n. 9.826/1974.

b) Errada. A defesa prévia deve ser apresentada no prazo de 3 dias, nos termos do art. 200, §
6, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
c) Errada. O indiciamento do servidor, juntamente com a defesa prévia, serão remetidos para
a autoridade que determinou a sua abertura, nos termos do art. 200, § 6, da Lei Estadual n.
9.826/1974.
d) Errada. Sindicância é procedimento sumário, nos termos do art. 209, da Lei Estadual n.
9.826/1974.
e) Errada. Conforme art. 209, § 1, pode haver sindicância durante o estágio probatório.
Letra a.
A respeito do inquérito administrativo, considere:
I – O inquérito administrativo é o procedimento através do qual os órgãos e as autarquias do
Estado apuram a responsabilidade disciplinar do servidor.
II – O Presidente da Assembleia Legislativa do Ceará tem competência exclusiva para instaurar
inquérito administrativo, portanto, a delegação desta competência é vedada.
III – As Comissões Permanentes de Inquérito Administrativo compor-se-ão de cinco membros,
todos funcionários estáveis do Estado.
a) I, somente.
b) I e II.
c) I, II e III.
Leonardo Deitos
d) II e III.
e) I e III.
Afirmação I – Certa. Está de acordo com o art. 210, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
Afirmação II – Errada. De fato, o Presidente da ALCE possui competência para instaurar inqué-
rito administrativo, porém, pode, sim, ser delegada, nos termos do art. 210, II, da Lei Estadual
n. 9.826/1974.
Afirmação III – Errada. A composição é de três membros, nos termos do art. 212, da Lei Esta-
dual n. 9.826/1974.
Letra a.
A respeito do Inquérito Administrativo, assinale a alternativa incorreta.
a) O inquérito administrativo será realizado por Comissões Permanentes, instituídas por atos
do Governador, do Presidente da Assembleia Legislativa, do Presidente do Tribunal de Contas,
do Presidente do Conselho de Contas dos Municípios, dos dirigentes das Autarquias e dos ór-
gãos desconcentrados, permitida a delegação de poder, no caso do Governador, ao Secretário
de Administração.
b) Abertos os trabalhos do inquérito, o Presidente da Comissão mandará citar o funcionário
acusado, para que, como indiciado, acompanhe, na forma do estabelecido pelo Estatuto, todo
o procedimento, requerendo o que for do interesse da defesa.
c) As Comissões Permanentes de Inquérito Administrativo compor-se-ão de três membros, to-
dos funcionários estáveis do Estado ou de suas autarquias, presidida pelo servidor que for de-
signado pela autoridade competente, que colocará à disposição das Comissões o pessoal ne-
cessário ao desenvolvimento de seus trabalhos, inclusive os de secretário e assessoramento.
d) Citado, o indiciado poderá requerer suas provas no prazo de 15 dias, podendo renovar o pe-
dido, no curso do inquérito, se necessário para demonstração de fatos novos.
e) A falta de notificação do indiciado ou de seu defensor, para todas as fases do inquérito, de-
terminará a nulidade do procedimento.
a) Certa. Está de acordo com o art. 211, da Lei Estadual n. 9.826/1974.

b) Certa. Está de acordo com o art. 214, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
c) Certa. Está de acordo com o art. 212, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
d) Errada. O prazo é de 5 dias, nos termos do art. 215 da Lei Estadual n. 9.826/1974.
e) Certa. Está de acordo com o art. 216, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
Letra d.
Leonardo Deitos
No Inquérito Administrativo, após o encerramento da fase probatória, o indiciado será notifica-
do para apresentar, por seu defensor, no prazo de ______ dias, suas ____________.
Assinale a alternativa que completa, corretamente, as lacunas.
a) 05 dias / Contestação.
b) 10 dias / Razões finais de defesa.
c) 15 dias / Defesa preliminar.
d) 20 dias / Reconvenção.
e) 10 dias / Recurso.
A resposta é a Letra “b”, com fundamento no art. 217, da Lei Estadual n. 9.826/1974, veja:
“Art. 217 - Encerrada a fase probatória, o indiciado será notificado para apresentar, por seu de-
fensor, no prazo de 10 (dez) dias, suas razões finais de defesa.”
Letra b.
A respeito do Inquérito Administrativo, considere:
I – Após a apresentação das razões finais de defesa, a Comissão Permanente de Inquérito
Administrativo realizará o julgamento.
II – Sob pena de nulidade, as reuniões e as diligências realizadas pela Comissão de Inquérito
serão consignadas em atas.
III – Da decisão de autoridade julgadora, cabe recurso no prazo de 10 (dez) dias, com efeito
suspensivo, para a autoridade hierárquica imediatamente superior, ou para a que for indicada
em regulamento ou regimento.
a) II e III.
b) I e III.
c) I e II.
d) I, II e III.
e) I, somente.
Afirmação I – Errada. Apresentadas as razões finais de defesa, a Comissão encaminhará os

autos do inquérito, com relatório circunstanciado e conclusivo, à autoridade competente para
o seu julgamento, nos termos do art. 218, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
Afirmação II – Certa, nos termos do art. 219, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
Leonardo Deitos
Afirmação III - Certa, nos termos do art. 220, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
Letra a.
A respeito do Inquérito Administrativo, assinale a alternativa correta.
a) Das decisões proferidas pelo Presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, caberá recur-
so, sem efeito suspensivo, para o Plenário da Assembleia.
b) Recebidos os autos do inquérito, a autoridade julgadora proferirá sua decisão no prazo im-
prorrogável de 20 (vinte) dias.
c) O inquérito administrativo será concluído no prazo máximo de 60 dias, podendo ser prorro-
gado por igual período, a pedido da Comissão, ou a requerimento do indiciado, dirigido à auto-
ridade que determinou o procedimento.
d) Declarada a nulidade do inquérito, no todo ou em parte, por falta do cumprimento de forma-
lidade essencial, inclusive o reconhecimento de direito de defesa, o vício será sanado no prazo
de 5 dias, e o procedimento retomará seu curso.
e) Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções caberá o julgamento à autoridade
ciados serão contados em dobro.
a) Errada. O recurso possui efeito suspensivo, nos termos do art. 220, parágrafo único, da Lei
Estadual n. 9.826/1974.
b) Certa. Está de acordo com o que dispõe o art. 225, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
c) Errada. O prazo é de 90 dias, nos termos do art. 221, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
d) Errada. Declarada a nulidade do inquérito, no todo ou em parte, por falta do cumprimento
de formalidade essencial, inclusive o reconhecimento de direito de defesa, novo procedimento
será aberto, nos termos do art. 226, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
e) Errada. Neste caso, os prazos assinados aos indiciados correrão em comum, nos termos do
art. 223, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
Letra b.
Em relação ao Regime Disciplinar e a possibilidade de Revisão, considere:
I – A qualquer tempo poderá ser requerida a revisão do procedimento administrativo de que
resultou sanção disciplinar, quando se aduzam fatos ou circunstâncias que possam justificar
a inocência do requerente, mencionados ou não no procedimento original.
Leonardo Deitos
II – Tratando-se de funcionário falecido ou desaparecido, a revisão poderá ser requerida pelo

cônjuge, companheiro, descendente, ascendente colateral consanguíneo até o 2º grau civil.
III – Processar-se-á a revisão em apenso ao processo original.
IV – Não constitui fundamento para a revisão a simples alegação de injustiça da sanção.
a) I, somente.
b) I, II.
c) I, II e III.
d) I, II, III e IV.
e) I e III.
Afirmação I – Certa. Está de acordo com o que dispõe o art. 228, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
Afirmação II - Certa. Está de acordo com o que dispõe o art. 228, parágrafo único, da Lei Esta-
dual n. 9.826/1974.
Afirmação III - Certa. Está de acordo com o que dispõe o art. 229, da Lei Estadual n. 9.826/1974.
Afirmação IV - Certa. Está de acordo com o que dispõe o art. 229, parágrafo único, da Lei Esta-
dual n. 9.826/1974.
Letra d.
Em relação ao Regime Disciplinar e a possibilidade de Revisão, assinale a alternativa incorreta.
a) O prazo para julgamento da revisão será de 20 dias, prorrogável por igual período, no caso
de serem determinadas novas diligências.
b) Concluído o encargo da comissão, no prazo de 60 dias, prorrogável por trinta dias, nos casos
de força maior, será o processo, com o respectivo relatório, encaminhado à autoridade compe-
tente para o julgamento relativo à revisão.
c) Na petição inicial que requer a revisão, o requerente pedirá dia e hora para inquirição das tes-
temunhas que arrolar. Será considerada informante a testemunha que, residindo fora da sede
onde funcionar a comissão, prestar depoimento por escrito.
d) O requerimento de revisão, devidamente instruído, será dirigido à autoridade que aplicou a
sanção, ou àquela que a tiver confirmado, em grau de recurso.
e) Das decisões proferidas em procedimento de revisão não cabem recursos.
a) Errada. Não é o gabarito da questão, pois está correto, nos termos do art. 232, parágrafo
único da Lei Estadual n. 9.826/1974.
Leonardo Deitos
b) Errada. Não é o gabarito da questão, pois está correto, nos termos do art. 232, caput, da Lei
Estadual n. 9.826/1974.
c) Errada. Não é o gabarito da questão, pois está correto, nos termos do art. 231, da Lei Esta-
dual n. 9.826/1974.
d) Errada. Não é o gabarito da questão, pois está correto, nos termos do art. 230, da Lei Esta-
dual n. 9.826/1974.
e) Certa. É o gabarito da questão, pois está incorreto. Conforme o art. 233, cabe recurso.
Letra e.
O ilícito administrativo somente é punível se acarretar resultado perturbador do serviço estadual.
Nos termos do art. 175, parágrafo único, o ilícito administrativo é punível independentemente
de acarretar resultado perturbador do serviço estadual.
Errado.
O funcionário público é administrativamente responsável, perante seus superiores hierárqui-
cos, pelos ilícitos que cometer.
Está de acordo com o que dispõe o art. 174, da Lei n. 9.826/1974.

Certo.
Considera-se ilícito administrativo a conduta comissiva ou omissiva, do funcionário, que im-
porte em violação de dever geral ou especial, ou de proibição, fixado no Estatuto e na legis-
lação complementar, ou que constitua comportamento incompatível com o decoro funcional
ou social.
Está de acordo com o que dispõe o art. 175, da Lei n. 9.826/1974.

Certo.
Leonardo Deitos
Para que ocorra a apuração da responsabilidade funcional, é indispensável que ocorra repre-
sentação, vedado que se inicie ex officio.
Não está de acordo com o que dispõe o art. 176, da Lei n. 9.826/1974, veja:
Art. 176 - A apuração da responsabilidade funcional será promovida, de ofício, ou mediante
representação, pela autoridade de maior hierarquia no órgão ou na entidade administrativa
em que tiver ocorrido a irregularidade. Se se tratar de ilícito administrativo praticado fora do
local de trabalho, a apuração da responsabilidade será promovida pela autoridade de maior
hierarquia no órgão ou na entidade a que pertencer o funcionário a quem se imputar a prática
da irregularidade.
Errado.
A apuração da responsabilidade funcional será promovida, de ofício, ou mediante representa-
ção, pela autoridade de maior hierarquia no órgão ou na entidade administrativa em que tiver
ocorrido a irregularidade. Se se tratar de ilícito administrativo praticado fora do local de traba-
lho, a apuração da responsabilidade será promovida pelo Chefe do Executivo.
Não está de acordo com o que dispõe o art. 176, da Lei n. 9.826/1974, veja:
Art. 176 - A apuração da responsabilidade funcional será promovida, de ofício, ou mediante
representação, pela autoridade de maior hierarquia no órgão ou na entidade administrativa
em que tiver ocorrido a irregularidade. Se se tratar de ilícito administrativo praticado fora do
local de trabalho, a apuração da responsabilidade será promovida pela autoridade de maior
hierarquia no órgão ou na entidade a que pertencer o funcionário a quem se imputar a prática
da irregularidade.
Errado.
Caso seja imputada a prática do ilícito a vários funcionários lotados em órgãos diversos do
Está de acordo com o que dispõe o art. 176, parágrafo único, da Lei n. 9.826/1974.
Certo.
Leonardo Deitos
A responsabilidade administrativa decorre de conduta funcional, comissiva ou omissiva, do-
losa ou culposa, que acarrete prejuízo para o patrimônio do Estado, de suas entidades ou de
terceiros.
Trata-se de responsabilidade civil. Lembre-se de que a responsabilidade civil, administrativa e

penal são independentes.
Uma maneira alternativa de resolver a questão seria verificar que quando a conduta provoca
dano a terceiro, não pode ser responsabilidade administrativa.
Nos termos do art. 177, da Lei n. 9.826/1974.
Errado.
Em caso de prejuízo a terceiro, o funcionário responderá perante o Estado ou suas entidades,
através de ação regressiva proposta depois de transitar em julgado a decisão judicial, que hou-
ver condenado a Fazenda Pública a indenizar o terceiro prejudicado.
Está de acordo com o que dispõe o art. 177, § 2, da Lei n. 9.826/1974.

Certo.
Sob pena de responsabilidade, o funcionário que exercer atribuições de chefia, tomando co-
nhecimento de um fato que possa vir a se configurar, ou se configure como ilícito administra-
tivo, é obrigado a representar perante a autoridade competente, a fim de que esta promova a
sua apuração.

Certo.
Leonardo Deitos

Certo.
Se o comportamento funcional irregular configurar, ao mesmo tempo, responsabilidade admi-
nistrativa, civil e penal, a autoridade que determinou o procedimento disciplinar adotará pro-
vidências para a apuração do ilícito civil ou penal, quando for o caso, durante ou depois de

Certo.
A inexigibilidade de conduta diversa excluí a responsabilidade administrativa.
Veja o que dispõe o art. 179, § 5 e § 6, da Lei n. 9.826/1974:

§ 5º - A legítima defesa e o estado de necessidade excluem a responsabilidade administrativa.
§ 6º - A alienação mental, comprovada através de perícia médica oficial excluirá, também,
a responsabilidade administrativa, comunicando o sindicante ou a Comissão Permanente de
Inquérito à autoridade competente o fato, a fim de que seja providenciada a aposentadoria do
funcionário.
Errado.
A alienação mental, comprovada através de perícia médica oficial excluirá a responsabilidade
administrativa, comunicando o sindicante ou a Comissão Permanente de Inquérito à autorida-
de competente o fato, a fim de que seja providenciada a aposentadoria do funcionário.

Certo.
Leonardo Deitos
Considera-se estado de necessidade o revide moderado e proporcional à agressão ou à imi-
nência de agressão moral ou física, que atinja ou vise a atingir o funcionário, ou seus superio-
res hierárquicos ou colegas, ou o patrimônio da instituição administrativa a que servir.
Trata-se de legítima defesa. Veja o que dispõe o art. 179, § 7, da Lei n. 9.826/1974:
Art. 179, § 7º - Considera-se legítima defesa o revide moderado e proporcional à agressão
ou à iminência de agressão moral ou física, que atinja ou vise a atingir o funcionário, ou seus
superiores hierárquicos ou colegas, ou o patrimônio da instituição administrativa a que servir.
Errado.
Considera-se em legítima defesa o servidor que realiza atividade indispensável ao atendimento
de uma urgência administrativa, inclusive para fins de preservação do patrimônio público.
Trata-se de estado de necessidade. Veja o que dispõe o art. 179, § 8, da Lei n. 9.826/1974:
Art. 179, § 8º - Considera-se em estado de necessidade o funcionário que realiza atividade
indispensável ao atendimento de uma urgência administrativa, inclusive para fins de preserva-
ção do patrimônio público.
Errado.
A sindicância é o procedimento ordinário pelo qual o Estado ou suas empresas públicas reú-
que possam configurar, ou não, ilícitos penais, aberta pela autoridade de maior hierarquia, no
órgão em que ocorreu a irregularidade.
Veja o que dispõe o art. 209, da Lei n. 9.826/1974:

Art. 209: A sindicância é o procedimento sumário através do qual o Estado ou suas autarquias
reúnem elementos informativos para determinar a verdade em torno de possíveis irregularida-
des que possam configurar, ou não, ilícitos administrativos, aberta pela autoridade de maior
hierarquia, no órgão em que ocorreu a irregularidade (...).
Errado.
Leonardo Deitos
A sindicância realizada durante o estágio probatório terá o dobro do prazo determinado pela lei.
Na verdade, durante o estágio probatório, os prazos são reduzidos pela metade, nos termos do
art. 209, § 1, da Lei n. 9.826/1974.
Errado.
Caso haja sindicância durante o estágio probatório, após a abertura daquela, suspende-se a
fluência do período do estágio probatório.
Está de acordo com o disposto no art. 209, § 2, da Lei n. 9.826/1974.

Certo.
A sindicância será realizada por funcionário estável, designado pela autoridade que determinar
a sua abertura.

Certo.
A sindicância precede o inquérito administrativo, quando for o caso, sendo-lhe anexada como
peça informativa e preliminar.

Certo.
do do sindicante, e a critério da autoridade que determinou a sua abertura.
Leonardo Deitos
O prazo da sindicância é 15 dias. As demais informações do item estão corretas, nos termos
do art. 209, § 5, da Lei n. 9.826/1974.
Errado.
A sindicância será realizada no prazo máximo de 15 dias, improrrogáveis.
Pode haver prorrogação do prazo por igual período, ou seja, mais 15 dias. A prorrogação ocorre
a pedido do sindicante e a critério da autoridade que determinou a sua abertura, nos termos do
art. 209, § 5, da Lei n. 9.826/1974.
Errado.
do do servidor, e a critério do sindicante.
do do sindicante, e a critério da autoridade que determinou a sua abertura, nos termos do art.
209, § 5, da Lei n. 9.826/1974.
Errado.
do do sindicante, e a critério da autoridade que determinou a sua abertura

Certo.
ciará o funcionário, abrindo-lhe o prazo de 15 dias para apresentar contestação.
Leonardo Deitos
São dois erros, o primeiro é o prazo, são 3 dias de prazo. O segundo erro é o nome da peça, não
se trata de contestação, mas de defesa prévia, nos termos do art. 209, § 6, da Lei n. 9.826/1974.
Errado.
ciará o funcionário, abrindo-lhe o prazo de 3 (três) dias para defesa prévia.

Certo.
Havendo ostensividade ou indícios fortes de autoria do ilícito administrativo, o sindicante in-
diciará o funcionário, abrindo-lhe o prazo de 3 (três) dias para defesa prévia. A seguir, com o
seu relatório, encaminhará o processo de sindicância à Comissão Permanente de Inquérito
Administrativo.
O sindicante envia para a autoridade que determinou a abertura de sindicância. Ele é quem jul-
gará se o procedimento será arquivado ou enviado para a Comissão Permanente de Inquérito
Administrativo, nos termos do art. 209, § 6, da Lei n. 9.826/1974.
Certo.
ciará o funcionário, abrindo-lhe o prazo de 3 (três) dias para defesa prévia. A seguir, com o seu
relatório, encaminhará o processo de sindicância à autoridade que determinou a sua abertura.

Certo.
Leonardo Deitos
O sindicante somente poderá ser assessorado por técnicos, se forem pertencentes aos qua-
dros funcionais, o relatório final da sindicância deve ser reduzido a termo pelo sindicante.
São vários erros. Veja o que dispõe o art. 209, § 7, Lei n. 9.826/1974:
Art. 209, § 7º - O sindicante poderá ser assessorado por técnicos, de preferência pertencentes
aos quadros funcionais, devendo todos os atos da sindicância serem reduzidos a termo por
secretário designado pelo sindicante, dentre os funcionários do órgão a que pertencer.
Errado.
O sindicante poderá ser assessorado por técnicos, de preferência pertencentes aos quadros
funcionais, devendo todos os atos da sindicância serem reduzidos a termo por secretário de-
signado pelo sindicante, dentre os funcionários do órgão a que pertencer.

Certo.
Leonardo Deitos
Professor de cursos preparatórios para concursos públicos. Aprovado em diversos concursos, entre eles:
Técnico Judiciário do TJ/SC e Agente de Polícia da Polícia Civil de Santa Catarina.

Lei N 9 826 1974 Parte III

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DIREITO

O que é um ilícito administrativo?

A reposta está no art. 175 do estatuto e estabelece que:

O ilícito administrativo é punível, independentemente de acarretar resultado perturbador

Obs.: O servidor público é administrativamente responsável, perante seus superiores hierár-

A quem se aplica o processo administrativo disciplinar previsto no estatuto?

Como acontece a apuração da responsabilidade funcional?

A apuração da responsabilidade funcional será promovida, de ofício, ou mediante represen-

E se a irregularidade tiver sido praticada fora do local de trabalho?

Existe responsabilidade penal decorrente de infração administrativa?

São independentes as instâncias administrativas, civil e penal, e cumuláveis as respectivas

Há responsabilidade civil decorrente de conduta funcional, que acarrete prejuízo para o

O servidor responsabilizado civilmente por prejuízo causado ao Estado, ou às suas entida-

Como é feita a apuração da responsabilidade funcional?

A apuração da responsabilidade funcional será feita através de sindicância ou de inquérito.

Se o comportamento funcional irregular configurar, ao mesmo tempo, responsabilidade ad-

Após apurada a responsabilidade administrativa do servidor, a autoridade competente

A reponsabilidade administrativa será excluída em razão de:

O exercício da legítima defesa e de atividades em virtude do estado de necessidade não serão

Obs.: A apuração da responsabilidade do funcionário processar-se-á mesmo nos casos de

A responsabilidade administrativa será extinta nos seguintes casos:

Qual é o prazo prescricional?

05 anos, contados da data em que o fato se tornou conhecido.

Existe algum ilícito administrativo imprescritível?

Sim, é imprescritível o ilícito de abandono de cargo e a respectiva sanção.

Sobre a novidade legislativa veja:

O inquérito administrativo para apuração da responsabilidade do funcionário produzirá,

Será assegurado ao servidor, o direito à ampla defesa, no processo disciplinar.

Veja o que diz a Súmula Vinculante 05 do STF:

Quando o poder disciplinar começa a incidir sobre o servidor?

O sindicante ou a Comissão Permanente de Inquérito reabrirá os prazos de defesa para o

Portanto, o estatuto trata somente dos deveres gerais.

Você sabe quais são eles?

Os deveres gerais do servidor são:

Nos casos mencionados, o servidor representará contra a ordem, fundamentadamente,

Você sabe o que é usura?

Praticar usura é o que, comumente, é chamado de agiotagem. É crime! Está tipificado no

• Cometer a outrem, salvo os casos previstos em lei ou ato administrativo, o desempenho

Destaca-se que é proibida a acumulação ilícita de cargos/empregos/funções. A acumula-

O que acontece caso seja verificada, em inquérito administrativo, acumulação ilícita de

Depende, a solução jurídica é diferente quando o servidor esteja de má-fé. Portanto:

Sanções Disciplinares e seus Efeitos

Veja, a partir de agora, as especificidades de cada sanção.

Cassação de Aposentadoria e Disponibilidade

Você sabe quem é competente para aplicação de sanções disciplinares?

• A perceber os vencimentos relativos ao período de suspensão, se reconhecida a sua

Súmula 591 STJ – É permitida a “prova emprestada” no processo administrativo discipli-

Súmula 373 STJ – É ilegítima a exigência de depósito prévio para admissibilidade de

Explicação da súmula: A possibilidade de recurso administrativo não pode estar condicio-

Súmula 19 STF – É inadmissível segunda punição de servidor público, baseada no mesmo

Conforme estabelece o art. 209 do Estatuto, a sindicância é o procedimento sumário por

• A autoridade de maior hierarquia, no órgão em que ocorreu a irregularidade é quem tem

Pode haver delegação de competência?

O estatuto dispõe que esta delegação é permitida nos seguintes casos:

Quem realiza a Sindicância?

Qual o prazo para conclusão da sindicância?

A sindicância será realizada no prazo máximo de 15 (quinze) dias.

O prazo da sindicância pode ser prorrogado?

Prazo máximo da sindicância: Pode prorrogar?

A autoridade que determinou a

Se houver indícios fortes de autoria e materialidade do ilícito administrativo, o servidor será

A Comissão Permanente de Inquérito Administrativo funcionará:

6. Sindicante elabora relatório;