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S237v Santos, Ana Carolina Cabral dos.


A verticalização hospitalar : estudo de caso com
análises comparativas / Ana Carolina Cabral dos Santos. –
2015.
300 f. : il. ; 30 cm.

Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) –


Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2015.
Referências bibliográficas: f. 228-234.

1. Arquitetura hospitalar. 2. Hospitais verticais. 3.


Verticalização. I. Título.

CDD 725.5

2
4
AGRADECIMENTOS,

À Deus, provedor de toda força necessária para esta caminhada, e maior


supridor em todos os momentos. Ele sabe o quanto precisei
À minha orientadora, Drª Ruth Verde Zein, por promover e semear a paixão pelo
conhecimento, me direcionando e me apoiando nesse período. Obrigada por
pensar além dos limites previamente definidos. Obrigada por me encorajar a
ultrapassá-los.
À minha família. Obrigada pelos cafés. Pelas digitalizações. Pelas leituras. Pelas
orações.
Aos meus queridos amigos, Renata Scarparo, Marcelo Concianci e Henrique
Nunes que tanto me ajudaram; seja com revisões de alguns textos em inglês, na
instalações de programas e no apoio para mexer nos tais programas.
Ao Engenheiro José Eduardo, atual Diretor de Engenharia do ICESP. Obrigada
pelo incentivo. O primeiro veio de você.
À Lara Kaiser, pela ajuda com os contatos na Inglaterra; mesmo tendo sido para
visitar outro hospital. Me incentivou a comprar a passagem, e quando veio a
confirmação da visita no Guy´s uma semana antes do embarque, eu estava
preparada.
Ao meu querido ICESP, obrigada pela oportunidade, por permitir me fazer sua
aluna. O ICESP é uma escola.
À Natalie Harman, arquiteta do Essentia, que me recebeu para o Levantamento
de Dados no Guy´s Hospital, e me proveu de todos os dados necessários.
Ao Hospital AC Camargo, obrigada por abrir as portas. Que Hospital!
À Camila Ueki. Pela capa, pela ajuda. Eu não teria conseguido sozinha.
À família Kahn do Brasil; pelos abraços, pela torcida, pelo incentivo. Em especial
ao Arthur Brito e Melissa Szuster, por acreditarem e incentivarem a busca pelo
conhecimento. “Quebra tudo”!

Obrigada.

5
6
Ao meu pai. Ninguém precisa de muitos
heróis se os escolhemos com carinho.

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RESUMO

Com o adensamento das grandes metrópoles e a


escassez de espaço urbano, a verticalização edilícia
passou a ser uma regra e não mais a exceção; esta
regra aplica-se nos hospitais de maneira cada vez
mais frequente. Considerando-se a complexidade dos
fluxos e a variedade de processos que são
cotidianamente desenvolvidos em um Hospital, de que
maneiras essa verticalização passou a afetar tanto o
projeto arquitetônico como a gestão de uso desses
edifícios?
Esta dissertação de mestrado se propõe a colaborar
para melhor compreender essa questão por meio de
um estudo referenciado e comparativo sobre três
casos significativos de hospitais verticais, sendo dois
em São Paulo e um em Londres. Os casos foram
selecionados a partir de uma ampla listagem de obras
estudadas, e atendendo um conjunto de critérios
objetivos, definidos pela pesquisa.

Palavras-chave: Arquitetura Hospitalar, Hospitais


Verticais, Verticalização

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ABSTRACT

With the density of large cities and the shortage of


urban space, the right-rise buildings has become the
rule rather than the exception; and this rule applies in
hospitals increasingly frequent way. Considering the
complexity of flows and the variety of processes that
are routinely developed in a hospital, in what ways
skyscraper buildings began to affect both the
architectural design and the use management of these
buildings?
This dissertation aims to contribute to better
understanding this issue through a referenced and
comparative study on three significant cases of vertical
hospitals, two in São Paulo and one in London. The
cases were select from a large list of works studied,
and given a set of objective criteria, defined by the
survey.

Key words: Hospital Architecture, Skyscraper


Hospitals, High-Rise Buildings

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SUMÁRIO

RESUMO ................................................................................................................... 8
ABSTRACT ............................................................................................................... 9
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 13
1.1. O PROBLEMA ............................................................................................................................... 13
1.2 OBJETIVOS ................................................................................................................................... 17
1.3 OBJETOS DA PESQUISA ............................................................................................................. 21
2. A TIPOLOGIA HOSPITALAR: HORIZONTAL X VERTICAL .............................. 27
3. METODOLOGIA.................................................................................................. 47
3.1 ESTUDO DE CASO: O REFERENCIAL TEÓRICO ......................................................................... 47
3.2 LEVANTAMENTO DE DADOS......................................................................................................... 63
4.0: ESTUDO DE CASO 1: INSTITUTO DO CÂNCER DO ESTADO DE SP .......... 67
4.1: O HOSPITAL ................................................................................................................................... 69
4.2: ANÁLISES GRÁFICAS .................................................................................................................... 97
4.3 INDICADORES............................................................................................................................... 129
4.4: DESLOCAMENTO VERTICAL ...................................................................................................... 133
5.0: ESTUDO DE CASO 2: GUY´S HOSPITAL .................................................... 139
5.1: O HOSPITAL ................................................................................................................................. 141
5.2: ANÁLISES GRÁFICAS .................................................................................................................. 147
5.3: INDICADORES.............................................................................................................................. 173
5.4: DESLOCAMENTO VERTICAL ...................................................................................................... 181
6.0: HOSPITAL A.C. CAMARGO .......................................................................... 193
6.1: O HOSPITAL ................................................................................................................................. 195
6.2: ANÁLISES GRÁFICAS .................................................................................................................. 207
6.3 INDICADORES............................................................................................................................... 219
6.4 DESLOCAMENTO VERTICAL ....................................................................................................... 223
7.0 CONCLUSÃO .................................................................................................. 227
8.0 REFERÊNCIAS ............................................................................................... 236
9.0 ANEXOS ......................................................................................................... 247
10.0 LISTRA DE ILUSTRAÇÕES.......................................................................... 330
11.0 SIGLAS ......................................................................................................... 348

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INTRODUÇÃO

1.1. O PROBLEMA

Para Góes [2004, p.29], “o hospital é um dos


programas mais complexos a ser atendido pela
composição arquitetônica“, pelo critério econômico,
com interação de diversos grupos profissionais,
processos e pluralidades de relações tecnológicas;
para o arquiteto, um edifício deste porte deveria ser
construído em um único pavimento com o objetivo de
assegurar a eficiência funcional, entretanto, as
questões legais uso e ocupação do solo, preconizam
uma ocupação máxima em torno de 50% do terreno;
um impasse frente às instâncias programáticas de
projetos hospitalares e suas especificidades.
Segundo a Norma Regulamentadora da ANVISA
(RDC 50,2002), devemos prever para cada leito no
mínimo 60 m². Também Góes em seu livro Manual
prático da arquitetura hospitalar [2004], exemplifica
que um hospital de 100 leitos deverá ter 6.000 m² de
construção em um terreno de 12.000 m². Assim,
segundo ele:

(...) a verticalização, praticamente, se


impõe pelas dificuldades de terrenos
disponíveis. Deve-se salientar que
dispondo de uma área de tamanho
adequado, a verticalização só é
recomendável em hospitais acima de 200
leitos, pois a partir daí os longos
percursos solicitam um edifício
verticalizado. A opção entre o sistema
pavilhonar térreo, com no máximo dois
pavimentos, que permite a utilização de
rampas ou de blocos na vertical, exige
alguma prudência por parte do projetista,
no sentido de dimensionar qual a

13
14
intensidade ou em qual nível se dará a
verticalização. Questões como aumento
de custos, possibilidade de incêndio (...),
elevadores, fluxos de pessoas e serviço,
suprimento de materiais, etc., são itens a
serem considerados ao se optar por uma
solução verticalizada (GOES, 2004).

Para Góes, o objetivo de evitar edifícios hospitalares


demasiadamente altos é facilitar o acesso,
implantação, inspeção e manutenção das instalações
e equipamentos. Essa posição se contrapõe à
afirmação de Pevsner em sua obra The history of
building types. Segundo Pevsner, as vantagens do
monobloco superam e muito o modelo pavilhonar,
considerado, segundo o autor, “quanto mais alto
melhor” (cf.: PEVSNER, 1997).
Por razões econômicas, alguns autores preconizam
um número de andares entre seis e oito pavimentos,
como recomendado por Juan Mascaró em seu livro O
custo das decisões arquitetônicas no projeto
hospitalar [1985] e Sílvia Caldas Pinto no livro
Hospitais: planejamento físico para unidades de nível
secundário [1996], no qual a autora defende a ideia de
que um hospital não deveria ter mais de 28 metros de
altura a partir do nível do terreno; ou seja, na prática,
um edifício com sete ou oito andares.
Afirmações como estas nos levam a crer na crescente
possibilidade da tipologia vertical para edifícios de
saúde; e esta incidência de construção de hospitais
verticais impõe novas formas de aproximação, ao
tema, não mais o negando e, sim, aceitando a
condição concreta de sua existência. Com o intuito de
colaborar para o estudo das reais vantagens e
desvantagens do hospital vertical, propomos uma
abordagem realista, comparativa e de análise
qualitativa.

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1.2 OBJETIVOS

Partindo da constatação da existência e importância


social de grandes hospitais verticais contemporâneos,
o objetivo da pesquisa será colaborar para o
reconhecimento de suas características
arquitetônicas específicas, em especial na interface
das questões de projeto arquitetônico em sua
interação com os temas de gestão de seu
funcionamento.
Para tanto, propomos realizar uma análise
comparativa de três hospitais, tomando como base a
Metodologia de Avaliação Pós-Ocupação (APO), que
define-se em um processo sistematizado e rigoroso de
avaliação de edifícios, passado algum tempo de sua
construção e ocupação. A APO focaliza os ocupantes
do edifício e suas necessidades, a partir dos quais
elabora percepções sobre as consequências das
decisões de projeto na performance da edificação.
Este procedimento constitui-se na base para a criação
de edifícios melhores no futuro. [RHEINGANTZ,
COSENZA, LIMA & AZEVEDO, 1997]

17
1
.

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Figura 1: Diagrama Em virtude das inúmeras possibilidades de análise
que apresenta os
aspectos avaliados que um Estudo de Caso pode proporcionar,
pelo “AEDET”.
Fonte: (Achieving entendemos que, para atingir o objetivo desta
Excellence Design
Evaluation Tookit), pesquisa – aqui focada na análise das principais
2002
vantagens e desvantagens da verticalização edilícia
voltada à assistência – o deslocamento vertical será a
abordagem norteadora e de comparação deste
estudo; em específico, o deslocamento vertical de
fluxo do Centro Cirúrgico, que inclui:

1) Fluxo Centro Cirúrgico e Unidade de Internação;

2) Fluxo Centro Cirúrgico e Entrada de Equipe


Assistencial

3) Fluxo Centro Cirúrgico e Central de Material


Esterilizado - CME

Para complementação da pesquisa, será


apresentado, também, os resultados provenientes do
formulário Achieving Excellence Design Evolution
Toolkit (AEDET), aplicado nos Hospitais eleitos para
este estudo. O AEDET é uma ferramenta de APO
desenvolvida na Inglaterra em 2002 e também uma
publicação do National Health Service (NHS), a
agência do Serviço Nacional britânico, para aplicação
em seu sistema nacional de saúde [cf.;GUELLI, 2010].
Esse sistema utiliza instrumentos para avaliação
verificando a qualidade do espaço quanto ao impacto,
à função e à técnica, partindo do princípio que a
excelência é atingida na intersecção destes aspectos.

19
2
.

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1.3 OBJETOS DA PESQUISA

Figura 2: Imagem A seleção dos objetos para esta pesquisa parte,


dos edifícios de
saúde mais altos do primeiramente, de um levantamento dos hospitais
mundo. Fonte:
Emporis: paulistanos, cujo critério preconizado era a presença
http://www.emporis.
com/statistics/talles da tipologia arquitetônica a que propomos avaliar
t-health. Visitado
em 23.10.2013 neste trabalho: a vertical.
Ao classificar as instituições em ordem decrescentes
de altura, o hospital paulistano que alcançou o topo da
lista foi o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo
(ICESP): a edificação conta com 28 andares, 120
metros de altura, 82.483,36 m² em um terreno de
7.227 m² e 490 leitos [ICESP, 2013] e fica localizado
na Av. Dr. Arnaldo, São Paulo.
O Instituto é apontado pela Emporis Skycraper Award
[EMPORIS, 2014] como o décimo primeiro
estabelecimento de saúde mais alto do mundo e pela
Cheap Nurse Degrees [2013] como o sétimo hospital
mais alto do mundo; sendo, portanto, classificado
como o Hospital mais alto da América Latina.
Para a escolha do segundo Hospital a ser avaliado,
além do critério da tipologia arquitetônica, a segunda
Instituição deveria ter, preferencialmente, pacientes
de mesmo perfil epidemiológico que a primeira
selecionada; este critério foi estabelecido em virtude
da coleta de indicadores que nos propusemos a
avaliar neste trabalho.
Um dos indicadores pretendidos seria o número de
colaboradores por leito, este índice poderia nos dizer
se, quanto mais alto um hospital, maior a de-
setorização e quebra da contiguidade, “a forma pela
qual a anatomia do edifício hospitalar organiza os
percursos, distâncias e relações entre setores,
unidades ou departamentos” [KARMAN,1997, p.211].

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Edificação Local Altura (M)
1 Hong Kong Sanatorium and Hospital Hong Kong - China 148
2 Guy’s Hospital Londres - Inglaterra 143
3 Queen Mary Hospital Hong Kong - China 137
4 Ann & Robert H. Lurie Children’s Hospital of Chicago Chicago - EUA 135
5 Northwestern Memorial Hospital Chicago - EUA 123
6 Herlev Hospital Herlev - Dinamarca 120
7 Instituto do Câncer do Estado de São Paulo São Paulo- Brasil 120
8 Southwest Hospital Surgery Tower Chongqing - China 120
9 New York-Presbyterian Hospital Nova York - EUA 115
10 National Cancer Center Tóquio - Japão 110
3
.

22
Figura 3: Listagem Pelo índice do Comitê de Qualidade Hospitalar (CQH),
elaborada a partir
do levantamento os hospitais gerais possuem uma média de 5,23
feito pela Cheap
Nurse Degrees – 10 colaboradores por leito, já o ICESP possui uma média
Tallest Hospitals in
The World [4 de 10 colaboradores por leito [ICESP, 2013]. Ao
junho, 2013] Fonte:
Cheap Nurse buscar outro hospital com tipologia arquitetônica e
Degrees:
http://www.cheapnu perfil epidemiológico semelhantes, poderíamos
rsedegrees.com/10
responder se esse índice seria mais elevado em
virtude da complexidade do tratamento oncológico, e
portanto da necessidade de um grupo assistencial
maior, ou se esse número seria elevado em
decorrência da verticalização e quebra da
contiguidade.
Seguindo esta premissa, elegemos, portanto, o
Hospital AC Camargo Cancer Center, que, dentre os
hospitais voltados exclusivamente para o tratamento
oncológico no Estado de São Paulo, é o mais alto
depois do ICESP. Eliminamos desta seleção o
Hospital do Câncer de Barretos por ser pavilhonar.
O AC Camargo Cancer Center é um projeto dos
arquitetos Rino Levi e Roberto Cerqueira César.
Inaugurado em 1953, conta com três blocos, sendo o
menor com dois andares, o intermediário com quatro
e, finalmente, o maior com dez; está localizado na rua
Professor Antônio Prudente, em São Paulo
[DOCOMOMO, Homework 2012].
Sendo o ICESP o maior Hospital da América Latina, a
principal análise – que seria o tempo de deslocamento
vertical para fluxos do Centro Cirúrgico – ficaria
desigual, pois enquanto o AC Camargo possui dez
andares em sua torre mais alta, o ICESP possui 28
andares. Em virtude disso, baseado na listagem da
Cheap Nurse Degrees, buscamos uma Instituição de
Saúde que fosse equivalente ou ainda mais alta que a
primeira analisada, voltando-nos aos
empreendimentos do Sistema de Saúde listados ao
lado.

23
24
Pela listagem, podemos perceber que, em primeiro
lugar, está o Hong Kong Sanatorium and Hospital,
com 148 metros de altura, localizado em Hong Kong –
China; em segundo lugar, o Guy’s Hospital em
Londres – Inglaterra, com 143 metros de altura
segundo esta listagem. Porém, no decorrer deste
trabalho, especificamente no capítulo dedicado ao
Guy’s Hospital, veremos que em 2014 foi finalizada
uma reforma na fachada e cobertura que possibilitou
a instalação de uma escultura luminosa no topo do
prédio. Hoje podemos afirmar que o Guy’s Hospital
ocupa a posição de Hospital mais alto do mundo
devido à instalação desta escultura, totalizando 34
andares e 148,5 metros de altura; sendo este o objeto
eleito como terceiro Estudo de Caso para ser
comparado ao ICESP e ao AC Camargo Cancer
Center.

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26
2. A TIPOLOGIA HOSPITALAR: HORIZONTAL
X VERTICAL

As transformações dos espaços hospitalares podem


ser estudadas a partir da produção dos arquitetos
entre finais do século XIX e meados do século XX, ou
seja, da passagem do modelo pavilhonar para o
modelo monobloco vertical. Em certa medida, o
espaço hospitalar procurou responder às mudanças
de paradigmas sanitaristas pelos quais passava o
mundo ocidental, e essa análise indica que, aos
poucos, as tecnologias das construções e das
instalações dominaram o projeto, em detrimento de
conceitos consagrados pela medicina, a saber, o
higienismo [cf.:COSTA, 2011]. O período abordado
abrange do sistema hospitalar trazido pelo engenheiro
militar francês Casimir Tollet (1828-1892), até a
adoção do modelo de construção em bloco único.
O sistema Tollet foi desenvolvido em 1872 e propunha
que as construções hospitalares fossem afastadas
das aglomerações urbanas e localizadas em terrenos
ensolarados, em atendimento às exigências
sanitaristas da época. A superfície do terreno deveria
ser crescente em relação ao número de alojamentos
coletivos e os edifícios deveriam estar dispostos por
toda essa área e respeitar um paralelismo entre os
diversos prédios e os outros itens de segurança. O
sistema assim concebido foi amplamente difundido
por toda a Europa e ficou conhecido como “modelo
pavilhonar”, marcado pelo medo do contágio pelos
germes. Era caracterizado por edifícios de, no
máximo, dois pavimentos, nos quais imperavam o
princípio de isolamento, com cada doença e cada
doente sendo isolado no interior do pavilhão [cf.:
COSTA 2011].

27
28
A tipologia pavilhonar, proveniente da preocupação
higienística, dava ao hospital um caráter de reclusão,
com o tratamento de doentes terminais, praticamente
restritos às instituições que realizavam tratamento de
pacientes com doenças que requeriam isolamento,
como a tuberculose, a lepra e as de origem mental; o
ambiente hospitalar era caracterizado meramente
como um “refúgio das misérias humanas” e não um
instrumento de cura. Segundo Foucault:,

O hospital como instrumento terapêutico


é uma invenção relativamente nova, que
data do final do século XVIII. A
consciência de que o hospital pode e deve
ser um instrumento destinado a curar
aparece claramente em torno de 1780 e é
assinalada por uma nova prática: a visita
e a observação sistemática e comparada
dos hospitais. (FOUCAULT, 1989, p.99).

Em Anatomia dos Edifícios Hospitalares [MIQUELIN,


1992], o modelo que se seguiu ao pavilhonar foi o do
monobloco modernista. Baseando-se na pesquisa
realizada para este trabalho, podemos perceber que o
período de transição entre o modelo pavilhonar e o
monobloco vertical não é totalmente claro. Em 2012,
o DOCOMOMO realizou uma listagem dos Hospitais
Modernistas e os catalogou; a partir desta listagem,
podemos verificar que essa transição não foi absoluta,
sendo:

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1) 1937 – Sanatório Santa Terezinha – Salvador.
Tipologia Pavilhonar. Arquiteto: Dado não disponível;

2) 1940 – Hospital Nereu Ramos – Santa Catarina.


Tipologia Pavilhonar. Arquiteto: Paulo Motta;

3) 1947 – Hospital AC Camargo – São Paulo, SP.


Tipologia: Monobloco Vertical. Arquiteto: Rino Levi;

4) 1947 – Hospital das Clínicas de Porto Alegre.


Tipologia: Monobloco Vertical. Arquiteto: Jorge
Machado Moreira;

5) 1948 – Hospital Municipal Raphael de Paula Souza –


Rio de Janeiro, RJ. Tipologia: Pavilhonar. Arquiteto:
Sérgio Bernarde;

6) 1949 – Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão


Gesteira – Rio de Janeiro, RJ. Tipologia: Pavilhonar.
Arquiteto: Escritório Técnico da Universidade do
Brasil;

7) 1951 – Hospital Geral da Lagoa – Rio de Janeiro, RJ.


Tipologia: Monobloco Vertical. Arquiteto: Oscar
Niemeyer;

8) 1952 – Instituto de Antibióticos – Pernambuco.


Tipologia: Monobloco Vertical. Arquiteto: Mario Russo
e membros do Escritório Técnico da Cidade
Universitária;

9) 1955 – Hospital Andaraí – Rio de Janeiro, RJ.


Tipologia: Monobloco Vertical. Arquiteto: Firmino
Saldanha ,

10) 1958 – Hospital Israelita Albert Einstein – São Paulo,


SP. Tipologia: Monobloco Vertical. Arquiteto: Rino
Levi.

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32
Baseados na listagem acima, notamos que, a partir de
1930, é perceptível mudanças na construção dos
hospitais em resposta às descobertas infeccionistas
da época; mas não é absoluta no mesmo período.
Em São Paulo, é possível averiguar que o monobloco
vertical se consolidou com mais firmeza a partir de
1948 com os projetos do Arquiteto Rino Levi; nesses,
a linguagem arquitetônica adotada aproximou-se mais
da estética proposta por Le Corbusier, quando a
consolidação da produção arquitetônica brasileira
buscou a ausência do ornamento, estrutura aparente,
planta livre, ideia de protótipo e possiblidade de
reprodução industrial.
O arquiteto pensava no hospital como um exemplo de
blocos com funções independentes, mas interligados
espacialmente, facilitando a circulação pelo conjunto,
cuja forma construtiva não deveria seguir apenas uma
orientação única, dando liberdade criativa aos
projetistas. Segundo Costa, a modernidade
construtiva levava R. Levi a ter uma atitude moderna
perante as construções hospitalares. Baseado em sua
experiência com os projetos para o Hospital do Câncer
e a Maternidade do Hospital das Clínicas, ele
descreveu o projeto ideal para um hospital:

Em primeiro lugar, localizar-se-ão nos


andares inferiores os serviços que têm
maior necessidade de ligação direta e
imediata com a rua. É o caso do
ambulatório (...); do pronto-socorro (...);
do auditório (...); dos serviços de
almoxarifado, cozinha e lavanderia (...)
Os serviços técnico-científicos terão uma
localização intermediária entre o
ambulatório e a hospitalização. Por sua
vez, o centro residencial deverá ser
afastado do hospital, para maior repouso
e distração do pessoal, durante as horas
de folga. Será conveniente localizá-lo de
modo a ter ligação direta com o
restaurante e dando para o jardim (LEVI
apud COSTA, 2011 p. 49).

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34
Para Pevsner, o sistema monobloco, criado, segundo
o autor, nos Estados Unidos, parecia ser a resposta a
uma modernidade mais própria ao novo século:

A mudança pode ser também descrita (...)


como da passagem do período pré-
antisséptico para o antisséptico. (...) Se a
bacteriologia estava certa, a necessidade
pelos pavilhões tinha acabado. Ochsner e
Sturn teriam escrito em 1907 que pavilhão
“não pode mais ser usado como base
para a construção hospitalar” e que a
nova tendência era pelo “edifício
compacto de vários andares”.
(PEVSNER, 1997, p.158)

Ainda segundo Pevsner, as vantagens do monobloco


– “quanto mais alto melhor” – repousam na
preservação da circulação do pessoal de serviço e nos
dutos, isto é, calefação, iluminação, limpeza e muito
mais [PEVSNER, 1997, p.158]. Foi preciso que
houvesse, também, uma mudança no conceito de
propagação da doença para que ocorressem
mudanças na estrutura dos hospitais. Na época dos
hospitais higienistas, acreditava-se que o contágio
ocorria pelo ar, depois, com os pavilhonares, que
ocorria entre os doentes e entre eles e os médicos e
as enfermeiras, justificando a estrutura do isolamento,
como demonstra Vicente Licínio Cardoso em sua tese
para o concurso de professor catedrático de
“Architetura Civil – Hygiene dos Edifícios –
Saneamento das Cidades” da Escola Polytechnica do
Rio de Janeiro em 1927, intitulada A margem da
arquitetura grega e romana e princípios geraes
modernos de hygiene hospitalar.

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36
O hospital europeu traduz o temor do
homem em face das teorias rigorosas
ditadas pela bacteriologia, enquanto o
tipo norte-americano exprime, ao
contrário, o destemor hodierno
consequente às conclusões
epidemiológicas e bacteriológicas
modernas que abriram horizontes novos,
não só a higiene em sua fase profilática,
como a medicina na sua ação de
assistência hospitalar. (CARDOSO 1927,
apud COSTA, 2011).

Para Cardoso, a concepção norte-americana de um


hospital-geral moderno incluía, naquele momento,
finais dos anos 1920, além das enfermarias com
pequeno número de leitos (8 a 16), quartos anexos
para no máximo duas pessoas (casos especiais),
quartos individuais (se houvesse pagantes) e anexos
às enfermarias, suficientemente amplos e bem
distribuídos, para o bom funcionamento da
enfermagem. As clínicas deviam ser independentes e
subdivididas em geral em suas especialidades,
cirúrgica, oftalmológica, otorrinolaringológica,
obstétrica e ginecológica, pediátrica, dermatológica,
entre outras. A seção de admissão de doentes,
triagem e diagnóstico, deveria ser bastante atuante e
seria imprescindível a existência de um Instituto de
Pesquisa para exames bacteriológicos. Aponta
também para a necessidade de instalações de
fisioterapia e maternidade, que deveria ter um
tratamento especial, sendo afastada das outras
clínicas [SANGLARD E COSTA, 2004].
Segundo Costa, o relatório da Divisão de Organização
Hospitalar, do Ministério da Saúde brasileiro,
primeiramente lançado em 1944 e relançado em 1965,
atesta que os hospitais pavilhonares exigiam grande
número de pessoal e alto custo de instalação e
manutenção, e que seus pavilhões, caso adotados
nos centros urbanos, estariam mais sujeitos aos
efeitos nocivos do contato com a poeira das ruas. As

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38
modificações introduzidas por Pasteur revelaram
novas noções sobre o contágio das doenças
infecciosas e a arquitetura hospitalar se viu diante de
uma encruzilhada ao longos dos anos 1930 e 1940,
pois, ao mesmo tempo em que a bacteriologia
valorizava ainda mais o pavilhão, a manutenção do
sistema para toda e qualquer doença o colocava em
cheque.
O monobloco apresentava muitas vantagens sobre o
pavilhonar, como redução do custo da compra do
terreno e instalação; economia de transporte, trajetos
e tempo de circulação do pessoal administrativo e do
corpo médico, possibilitada pelo deslocamento
vertical dos elevadores; concentração das instalações
hidráulicas, térmicas, de esgoto e de eletricidade; e
maior afastamento dos ruídos e da poeira para os
andares mais elevados [COSTA, 2008].
Ainda segundo Costa, baseado na produção de
determinados arquitetos – cujos trabalhos procuraram
adotar o que havia de mais contemporâneo em
relação à arquitetura hospitalar que se construía na
Europa e nos Estados Unidos –, podemos
compreender a transformação da arquitetura
hospitalar em São Paulo, apesar desta transição não
ser absoluta a partir de 1930. A listagem abaixo
[MOTT, M. L.; SANGLARD G., 2011] demonstra que o
modelo de Monobloco Vertical em São Paulo, após as
obras do Arquiteto Rino Levi, se sobrepôs ao modelo
pavilhonar:

Listagem das Instituições de Saúde em São Paulo.


Período: 1930-1960
1) Amparo Maternal

2) Associação de Assistência à Criança Deficiente


(AACD)

39
3) Associação Paulista de Medicina

4) Centro de Atenção Integrada em Saúde Mental


(CAISM)

5) Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental Vila


Mariana

6) Clínica de Repouso Parque Julieta

7) Clínica Prof. Paula Santos

8) Clínica Psiquiátrica Charcot

9) Conjunto Hospitalar Mandaqui

10) Instituto Adhermar de Barros,

11) Complexo Hospitalar Padre Bento de Guarulhos

12) Cremesp

13) Escola de Enfermagem da Universidade de São


Paulo

14) Escola de Enfermagem São José

15) Escola Paulista de Enfermagem da Universidade


Federal de São Paulo

16) Escola Paulista de Medicina

17) Fundação Para o Progresso da Medicina – Hospital


de São Lucas

18) HOJE – Hospital João Evangelista

19) Hospital AC Camargo

20) Hospital Adventista

21) Hospital Brigadeiro

22) Hospital da Cruz Azul de São Paulo

23) Divisão do Hospital Auxiliar de Suzano

40
24) Hospital Auxiliar de Cotoxó

25) Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da


Universidade de São Paulo

26) Instituto de Psiquiatria Professor Antônio Carlos


Pacheco e Silva

27) Instituto de Ortopedia e Traumatologia Professor


Francisco Elias de Godoy Moreira

28) Hospital Dom Pedro II

29) Hospital Dom Antônio de Alvarenga e Clínica Infantil


do Ipiranga

30) Hospital do Servidor Público Estadual

31) Hospital do Servidor Público Municipal

32) Hospital e Maternidade Modelo Tamandaré

33) Hospital e Maternidade Pro-Matre Paulista – Hospital


e Maternidade Santa Joana S.A.

34) Hospital Estadual Infantil Darcy Vargas

35) Hospital Ipiranga

36) Hospital Infantil Cândido Fontura

37) Hospital Infantil Menino Jesus

38) Hospital Israelita Albert Einstein

39) Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros

40) Hospital Metropolitano

41) Hospital Professor Edmundo Vasconcelos

42) Hospital Nossa Senhora de Lourdes

43) Hospital Nove de Julho

41
Mulher

44) Hospital Rede Foccus

45) Hospital São Camilo – Pompeia

46) Hospital São Camilo – Ipiranga

47) Hospital São Luiz

48) Hospital São Paulo

49) Hospital Sorocabana

50) Hospital Unimed Santa Helena

51) Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia

52) Instituto de Gastroenterologia de São Paulo

53) Lar de Idosos “Vivência Feliz”

54) Maternidade João Daudt d´Oliveira

Em São Paulo, após este período, é notável que o


monobloco vertical continuou a perpetuar, seja pelo
adensamento urbano, seja pela economia das
instalações e recursos humanos, conforme apontado
por Pevsner. Na década de 70, podemos listar o
HCOR (1976) e ampliações na década de 90 dos
hospitais Sírio Libanês e Albert Einstein; já em lâminas
verticais, destacaremos ainda o Hospital Nipo-
Brasileiro (1988) e Oswaldo Cruz (1997), ambos
verticais.

42
43
Figura 5: Imagem Mas, apesar dessa listagem, que denota a forte
Hospital do Rio de
Janeiro. Rede incidência do modelo vertical sobrepondo-se ao
Sarah K. Fonte:
LIMA, Uma pavilhonar, não podemos afirmar que este está fadado
experiência na área
da saúde, 2012, ao fracasso ou totalmente superado, pois, enquanto
p.282
que em São Paulo a verticalização se consolida desde
a década de 50, há bons exemplos de Hospitais
Pavilhonares no Brasil, como por exemplo, os
hospitais da Rede Sarah Kubitschek, projetados pelo
Figura 6: Foto
Hospital do Rio de Arquiteto João Filgueiras Lima (Lelé) – que, ao
Janeiro, Rede
Sarah K. Fonte: contrário do que preconizaram os autores já citados
LIMA, Uma
experiência na área
da saúde. 2012,
neste trabalho, não foram pensados nesta
p;288
composição para atender uma demanda médica
sanitarista de isolamento. O modelo desta Rede
iniciou-se em 1980 em Brasília e perpetuou-se com
sucesso por São Luís, Salvador, Belo Horizonte,
Fortaleza, Brasília (Lago Norte), Macapá, Belém e até
seu mais recente e contemporâneo projeto no Rio de
Janeiro, inaugurado em 2009. Os hospitais
pavilhonares de Lelé promovem o bem-estar e são
fortemente aliados ao conceito de humanização
hospitalar, partindo de obras com luz e ventilação
naturais.
Na Inglaterra, também é notável a concentração de
hospitais pavilhonares contemporâneos como, por
exemplo, o ACAD, BECAD Central Middlesex Hospital
em Londres e o Pontefract Hospital em West
Yorkshise, isso demonstra que o modelo pavilhonar
não está totalmente superado; nem é usado
unicamente em respostas a medidas sanitaristas,
conforme os autores acima nos afirmaram.

45
46
3. METODOLOGIA

3.1 ESTUDO DE CASO: O REFERENCIAL TEÓRICO

Richard Foqué , arquiteto, pesquisador e professor na


Henry van de Velde Higher Institute of Architecture em
Antwerp, Bélgica; descreve a respeito do Método da
Investigação Científica, e como a ciência pode ser
entendida e estudada na Arquitetura; não dominada
apenas pela teoria e investigação literária, mas
somando-se a investigação empírica, ao pensamento
intuitivo, observacional e dedutivo ; e como este
pensamento – legítimo na ciência - pode ser
construído na arquitetura enquanto construção
projetual, que para o autor:

“Science is not only interested in a mere


description of reality or a quantifiable
order of facts and data, but aims explicitly
at understanding and explaining the
phenomena that constitute our world”
(FOQUÉ,2010, p.31).

“A ciência não está interessada somente


em uma mera descrição da realidade ou
em uma quantificável ordem dos fatos e
dados, mas visa explicitamente a
compreender e explicar os fenômenos
que constituem nosso mundo” (FOQUÉ,
2010, p.31, tradução de própria autoria).

47
48
A ciência está constantemente em busca dos
princípios subjacentes e a conexão entre diferentes
conjuntos de fenômenos, a fim de ser capaz de prever
e controlar o comportamento e os efeitos futuros.
O Método Científico estrutura essas conclusões em
um sistema universal e logicamente coerente,
chamado Teoria Científica. Na tradição Clássica, esse
método é fundamentado no empirismo, ele nos levou
para o ciclo empírico baseado nos cinco estágios
enumerados por Adriaan De Groot ( De Groot, A.D.,
,Methodologie apud Foqué, 2010, p.31)

1) Observação, onde fatos empíricos são recolhidos


e organizados;
2) Indução, onde hipóteses são formuladas;
3) Dedução, onde consequências especiais
provenientes dessas hipóteses são deduzidas em
forma de predições testáveis;
4) Testes/Ensaios, onde as predições são
verificadas como verdadeiras ou falsas;
5) Avaliação, onde os resultados destes testes
confirmam ou negam as hipóteses.

É inevitável que durante o estágio de Observação,


hipóteses já sejam introduzidas, mesmo que
implicitamente; a distinção entre a gravação
observacional e a formulação destas hipóteses, pode
ser na maioria dos casos obscura, e caminham
paralelamente. Geralmente, o cientista já possui um
certo ponto de vista formado, ao observar o problema
sob investigação. Assim, dados empíricos são
coletados de acordo com os critérios derivados deste
ponto de vista.

49
50
Para Karl Popper, fatos puros não estão disponíveis; toda
observação é carregada de teoria, e precisa ser lapidada
para se chegar às hipóteses a serem estudadas (POPPE
1959 apud FOQUE 2010, p.32), mas como podemos
distinguir entre fatos e suposições, entre fatos e ideias, e
determinar o ponto em que uma suposição se torna uma
hipótese testável?
O cientista pode trabalhar por indução ou dedução, pode
também, recolher sistematicamente dados relevantes, a
fim de formular predições testáveis, ou pode tentar
formular teorias hipotéticas, e testá-las. A história da
ciência nos dá exemplos disso, como as sistemáticas
descrições e classificações de Darwin, levando a Teoria
da Evolução e a Teoria da Relatividade apresentada por
Einstein como um sistema teórico consistente, explicando
certos fenômenos, que só mais tarde foi validada por
experimentos e observações.
A abordagem de Einstein começa mais como um
problema a ser resolvido, do que uma série de
observações, as quais exigem uma explicação.
(FOQUE,2010, p.32). Nos termos de Popper, isso
significa que o cientista faz observações seletivas, para
testar a extensão em que uma dada teoria pode funcionar
como uma resposta satisfatória, para um problema que
ocorre.
Apesar do fato de que o método científico tenta ser
rigoroso e exato, o critério que define o que é um fato
verdadeiro, não é sempre claro ou evidente.
As fronteiras entre a arte e a ciência, são de fato bem
menos definidas do que a ciência contemporânea está
confortável em delimitar. De fato, para Foque, há um
gradiente contínuo entre ciência e arte: do objetivo para o
subjetivo, da verdade verificável à experiência estética.

51
52
A Renascença não construiu barreiras entre a ciência e a
arte, este é um conceito contemporâneo que delegou a
intuição e criatividade às artes, e o pensamento racional
e descobertas à ciência, nos levando a percepção de
incompatibilidade entre forma e função, utilidade e
experiência, necessidade e luxo. Segundo Edward De
Bono, “a creative process is directly related to the
mechanisms of the thinking brain” , “ o processo criativo
está diretamente ligado aos mecanismos do cérebro
pensante” ( DE BONO 1970, apud, FOQUÉ 2010, p.37).
O autor introduziu ao termo do pensamento lateral, que é
o pensamento criativo e intuitivo, mas este pensamento
está relacionado com a escolha das medidas mais
apropriadas, a partir de uma multiplicidade de
possibilidades; assim sendo, o pensamento intuitivo é
construído a partir de uma série de possibilidades
racionais, para Foqué:

“(...) a creative process is not based on


intuition alone, but can only exist when
intuitive action is supported and
complemented by reflective thinking. I will
call this “the creative moment” –the
moment where the walls between rational
and intuitive thinking disappear and give
way to new insight”. (FOQUÉ, 2010,
p.37).

“(…) o processo criativo não é baseado


apenas em intuição, mas pode existir
somente quando a ação intuitiva é
apoiada e complementada pelo
pensamento reflexivo. Eu chamarei isso “
o momento criativo” – o momento onde as
paredes entre o pensamento racional e o
intuitivo desaparecem e dão lugar a uma
nova percepção”. (FOQUÉ,2010, p.37,
tradução de própria autoria).

53
Figura 7: Imagem A figura ao lado, ilustra como o processo criativo trabalha
do processo criativo
na mente humana com as polaridades do pensamento racional e o
Fonte:
FOQUÉ.Building pensamento intuitivo. Três fases podem ser distinguidas,
Knowledge in
Architecture,2010, e cada umas delas é caracterizada por sua devida
p.39.
denominação na escala racional-intuitiva de pensamento.
Fase 1: Iniciação e Preparação. Compreende em nos
familiarizar com o problema sob investigação, que é
minuciosamente estudado, um trabalho sistemático é feito
na procura por uma solução, supondo que será facilmente
encontrado, mas o progresso não é instantâneo. O
pensando aqui, ocorre em um nível racional forte e
crescente, o lado esquerdo do cérebro é completamente
ativado.
Fase 2: Incubação. O problema está fora da agenda
consciente. O lado direito do cérebro domina e o
pensamento intuitivo fortalece-se; o pensamento criativo
é construído. O fim desta fase é caracterizado pelo
momento de reconhecimento de uma solução; o que se
referindo à Aristóteles em sua banheira, podemos chamar
de “Momento Eureka”.
Fase 3: Consolidação. A solução é elaborada, verificada,
testada e aplicada. Os lados direito e esquerdo do cérebro
trabalham juntos, estabelecendo um pensamento em
rede. Durante esta fase o equilíbrio é alcançado na escala
racional-intuitiva, e a mente completa o processo criativo.
A construção do conhecimento, com base em casos
práticos , ou estudos de caso, sempre foi um método
importante em domínios, em que o raciocínio dedutivo e
pensamento paradigmático não conseguem explicar
certos fenômenos, ou um complexo conjunto de
parâmetros inter-relacionados.
Especialmente em domínios como direito e medicina, e,
que as decisões quantitativas e / ou éticas, muitas vezes
tornam-se mais importantes do que os quantitativos, para
Foqué, o método de estudo de caso sempre foi uma
importante forma de desenvolver uma teoria.

55
56
Administração, Direito, Escolas de Medicina e
respectivas profissões, apresentam exemplos
relacionados a programas de ensino e pesquisa
baseados em estudos de casos bem sucedidos, que
mudaram fundamentalmente essas disciplinas e
elevou-os a um nível científico e profissional
indiscutível. Por meio de pesquisa de estudo de caso,
desenvolveram um corpo consistente de
conhecimento experimental, dirigindo-os a uma base
científica sólida e de reconhecimento acadêmico.
Administração de Empresas, pode ser talvez o
exemplo mais marcante de tal disciplina. Quando
surgiu no início do século 20, faltava-lhe o seu próprio
corpo de conhecimento; o intensivo e consistente
desenvolvimento de pesquisa de estudo de caso,
elevou-o, em um curto espaço de tempo, a uma
disciplina acadêmica muito respeitada e vitrine para
muitas universidades. (FOQUE,2010, p.171).
Para Foque, se temos a intenção de criar um
organismo geral e universal de conhecimento sobre a
disciplina de arquitetura, juntamente com uma
estrutura robusta de referência, precisamos de uma
metodologia unificada e universalmente aplicável.
Para o professor, esta é a única maneira de comparar
objetivamente os resultados de um estudo de caso
com múltiplos edifícios, ou de um edifício em
particular.

57
Figura 8: Imagem Para o pesquisador, universalizar o Método para o
da metodologia de
conhecimento Estudo é tão importante quanto o próprio estudo, o
arquitetônico
através do estudo autor afirma que essa é a chave para estabelecer uma
de caso Fonte:
FOQUÉ.Building teoria consistente e prática do projeto arquitetônico:
Knowledge in
Architecture,2010,
p.191

“A case project is constituted by both case


study and case method. The confrontation
and intertwining of the outcome of these
parts can produce comprehensive
architectural knowledge. Therefore, a
general method for case project research
should provide for this. It should address
quantitative and qualitative parameters
and investigate how each contributes to
the realization of an architectural object.
How do these parameters interrelate, how
are they connected, and how do they
influence each other?” (FOQUE,2010,
p.189)

"Um projeto de estudo de caso é


constituído por ambos estudos de caso e
o método do caso. O confronto e
entrelaçamento dos resultados dessas
peças podem produzir conhecimentos de
arquitetura abrangente. Portanto, um
método geral para a pesquisa do projeto
do caso deve prever isso. Ele deve
abordar parâmetros quantitativos e
qualitativos e investigar como cada um
contribui para a realização de um objeto
arquitetônico. Como esses parâmetros se
inter-relacionam, como eles estão
conectados, e como eles influenciam uns
aos outros?” (FOQUE,2010, p.189,
tradução de própria autoria).

É crucial que o estudo de caso seja definido sob


aspectos claros, objetivos, dentro de fronteiras
previamente estabelecidas e hipóteses a serem
investigadas; questionar; qual é a finalidade do estudo
e qual é o resultado esperado?

59
Figura 9: Quadro Ainda segundo o autor, o projeto arquitetônico é, em
dos Tipos de
Estudos princípio, uma atividade geradora de hipóteses. A
preconizados pelo
autor. Fonte: nossa forma de executar um estudo de caso único
FOQUÉ.Building
Knowledge in deve levar isso em conta. Isto significa que um estudo
Architecture,2010,
p.192 de caso único-aquele que estuda um objeto- não pode
ser usado como uma ferramenta de "conjecturas"
tradicionais, mas deve ser considerada uma
ferramenta exploratória para entender a natureza das
hipóteses projetuais propostas, e porque essas
hipóteses devem ser viáveis dentro de seu contexto.
Consequentemente, o resultado de tal estudo irá, por
sua vez, ser uma hipótese. Em outras palavras, o
estudo de caso único, pode gerar hipóteses no nível
de conhecimento arquitetônico ao investigar tais
conjecturas no nível do projeto gráfico.
Assim sendo, para Foqué, os estudos de casos únicos
na arquitetura são, portanto, gerador de hipóteses e
não testes de hipóteses.
No entanto, a análise cruzada dos casos com base em
vários casos comparáveis, ou seja, o estudo de caso
múltiplo – que analisa vários objetos - pode testar a
hipótese gerada, e elevá-la a um nível de um
paradigma contextual.
O Estudo Tipo 1 vai fazer isso no nível do produto; o
Tipo 2 no nível do processo e a integração dentro do
mesmo caso de ambos os tipos em Tipo 3, tornará
possível transformar, o paradigma contextual em
conhecimento arquitetônico.
Essa compreensão do uso do Tipo 1 e Tipo 2 de
estudo, em Tipo 3, cria um método de produção do
conhecimento arquitetônico. O Tipo 3, é precisamente
a combinação do Tipo 1 com o Tipo 2 de um edifício
em particular ou de múltiplos edifícios, que gerarão
conhecimento em um nível transformador
(FOQUE,2010), nos permitindo compreender a
singularidade de um produto arquitetônico

61
62
3.2 LEVANTAMENTO DE DADOS

O levantamento consolida-se em duas etapas: a


Pesquisa Teórica e a Coleta de Dados in loco:
Pesquisa Teórica: realizada a partir de dados
secundários (dissertações, teses, artigos, referências
bibliográficas e textos conceituais), visando à criação
de uma base conceitual crítica.
Coleta de Dados de Fonte Primária: levantamento em
campo para busca de material iconográfico, fotos,
plantas, cortes e elevações de ambos hospitais, coleta
de dados de indicadores para comparações em
ambos os edifícios de saúde eleitos para esta
pesquisa, observação in loco para coleta dos tempos
dos elevadores para avaliação do deslocamento
vertical e entrevista com um colaborador indicado para
preenchimento do Formulário AEDET.
Realizado o levantamento de dados, inicia-se o
processo de análise das informações em três
camadas, que futuramente farão as intersecções nas
respectivas comparações, são estas: as Análises
Gráficas, o Deslocamento Vertical e a comparação
dos valores atribuídos ao formulário AEDET.
Análise gráfica: o material iconográfico coletado – as
plantas e cortes – será analisado nos parâmetros de
distribuição físico-funcionais preconizados na
Resolução da ANVISA (RDC 50), objetivando o
exame e análise da aplicabilidade dos conceitos de
contiguidade e fragmentação das setorizações
preconizado por Góes e Karman .
Deslocamento Vertical: análise da distribuição dos
elevadores em planta e comparação dos tempos
máximos coletados in loco em cada objeto de estudo.
Aplicação AEDET: acreditamos que as Análises
Gráficas e a Análise e comparação de distribuição e

63
64
tempos de Deslocamento Vertical não serão
suficientes para uma análise satisfatória de Avaliação
Pós-Ocupação, portanto, buscamos um instrumento
que pudesse ser equalizador e mais abrangente nos
mais distintos aspectos de avaliação; assim,
elegemos a ferramenta AEDET .

65
4.0: ESTUDO DE CASO 1: INSTITUTO DO CÂNCER
DO ESTADO DE SÃO PAULO

67
10.

70
74
18.

19.
Figura 20: Foto Corpo
Clínico na UTI Fonte:
Departamento de
Comunicação, ICESP

21.

80
Figura 22: Foto
Fachada do edifício e
Comunicação Visual.
Fonte: Departamento
de Comunicação,
ICESP

23. 24.

82
88
90
28.

29.

92
94
96
102
106
112
43.

14º andar

44.

13º andar

120
122
124
126
128
130
132
136
5.0: ESTUDO DE CASO 2: GUY´S HOSPITAL

Figura 47: Foto Guy´s


Hospital Fonte: Acervo
Pessoal, 2014.

139
Figura 49: Estátua de
mármore de Thomas
Guys no campus do
hospital Fonte:
FLIRCK.https://www.fli
ckr.com/photos/60445
511@N05/124854784
75/in/photostream/.
Acessado em 15.12.14

50.

51.

142
55.

146
59.

61. 60.

150

Figura 65: Croqui


do Hospital, com
ênfase nas duas
Torres Fonte: Guy´s
Tower-40 years on,
2014, p.23.

154
67.

66. 68.

156
69. 70.

72.

Figura 71: Foto do


Evelina Children
Department em 1974
Fonte: Guy´s Tower-40
years on, 2014, p.11.

158
83.

84.

Figura 85: Foto da


fachada com sacada.
Fonte: Guy´s Tower-40
years on, 2014, p.17.

168
170
172
182
184
186
188
Figura 92: Foto 1.
Passarela AC Camargo
Fonte: Acervo
Pessoal,2014.

192
6.0: HOSPITAL A.C. CAMARGO

Figura 93: Foto 2.


Passarela AC Camargo
Fonte: Acervo
Pessoal,2014

193
198
200
202
204
99.

Figura 98: Foto Bloco D.


Fonte: MOTT,M. Lucia.
História da Saúde em São
Paulo: Instituições e
Patrimônio
Arquitetônico(1808-
1958),2001,verbete56,p.4
100

206
101 102

Figura 103: Foto Átrio


Fonte: Acervo Pessoal

208
104

210
105

106

212
214
216
218
220
Andar Chamada Chegada Período

08º - 06º 08:54 hrs 08:55hrs 60 seg

06º - 03º 08:58 hrs 08:59hrs 60 seg

TR-Hilda 09:17 hrs 09:17hrs 50 seg

H03º - H06º 09:20 09:21 60 seg

H06º - H4º 09:27 09:27 40 seg

107

222
224
7.0 CONCLUSÃO

Figura 108: Cortes e Após estudar os Hospitais sobre uma ótica específica,
perspectiva dos
Hospitais com algumas reflexões e análises comparativas puderam
demonstração da
localização e fluxo da ser exercitadas. Cabe aqui colocar, que o trabalho não
Cirurgia Fonte: Acervo
Pessoal possui a ambição de ser o juiz da sentença que
afirmará ou negará a tipologia mais eficiente, seja ela
pavilhonar ou vertical, em um edifício hospitalar. Ou
ainda, sentenciar ou tutelar a verticalização; pois as
variáveis que cercam esta complexa temática são
inúmeras, e seria necessário mais estudos para cercá-
las.
Inicialmente, a intenção desta proposta era a busca do
verdadeiro e do falso, do correto e do incorreto, do
certo e o errado; mas o estudo conduziu para uma
abordagem enraizada em fatos, e fatos são verdades;
e verdades não podem ser contestadas; estas porém,
podem nos levar a verdades mais profundas e
maiores, pois uma verdade não anula a outra. Citando
Borh “The opposite of a correct statement is a false
statement. The opposite of a profound truth may well
be another profound truth” (Prêmio Nobel de Física,
1922).
Estas verdades, ou fatos, foram analisadas como
dados. Poderíamos estudar outros parâmetros, outros
recortes; discutir outros ensaios; mas dentro da
questão principal do estudo, as Análises Gráficas com
estudo de mudanças nos usos no decorrer dos anos,
o estudo das plantas e fluxos do Centro Cirúrgico, os
dados coletados relativos ao Deslocamento Vertical,
foram os parâmetros, que geraram uma matriz de
dados, para a elaboração de hipóteses.

227
228
Além destas análises, foram coletados dados de
indicadores – em especial – número de colaborador
/leito e o preenchimento do AEDET, em anexo.
Das Análises Gráficas, é notável que os três hospitais
ao longo de sua história, passaram por mudanças
intensas de usos e ampliações, característico dos
hospitais.
Em alguns casos, como o Guy´s Hospital, estas
mudanças parecem, a princípio, melhor planejadas;
mesmo com a mudança intensa nesses 40 anos,
desde o início da Torre; a essência projetual parece
não ter mudado.
Para o Guy´s, é evidente nas Análises Gráficas, que o
Hospital é fortemente fragmentado em dois sendo; os
níveis inferiores voltados para o corpo clínico,
assistência e atendimento médico no geral ,e os níveis
superiores destinados à Pesquisa, Aulas e ao Hospital
Odontológico ; que por sua vez, possui um fluxo
bastante específico. Poderíamos até afirmar que, se
esta atividade fosse retirada do Guy´s Tower e
implantada em outro prédio, praticamente não haveria
impacto para o Hospital; pois a Odontologia detém
seus próprios fluxos; inclusive, os elevadores da Zona
Alta atendem, predominante este Departamento.
Mesmo com a retirada de todos os leitos de Internação
da Torre; a essência, que é pautada na assistência no
mesmo contexto físico, permaneceu. A Internação ,
por exemplo, se localiza atualmente, no mesmo nível
do Centro Cirúrgico , no prédio anexo. Um aspecto
importante, é a localização do próprio Centro
Cirúrgico. No Guy´s, as Salas de Cirurgia estão no 1º
andar; uma prática pouco conhecida no Brasil e
bastante praticada na Inglaterra, até onde pudemos
verificar.

229
230
A concentração das atividades clínicas nos níveis
inferiores parece bastante sensata frente às questões
de fluxo de deambulantes pelo prédio, e também, de
Rota de Fuga ; que na Inglaterra , também é diferente.
As Análises Gráficas do ICESP, parecem revelar que
a mudança de usos foi mais desafiadora. O edifício
não possui uma clara setorização de Serviços nos
pavimentos inferiores e superiores, apesar de alguns
pavimentos serem predominantemente voltados para
um Serviço específico – este ainda se repete em
outros andares, gerando um fluxo intenso de pessoas.
Da análise do Centro Cirúrgico; pudemos constatar
que este está localizado no meio do edifício, o que a
princípio, parece adequado, mas quando analisamos
a localização dos seus pares, é notável a quantidade
de fluxos que encadeiam todos o processo.
Diferente do Guy´s, onde o Centro Cirúrgico está no
1º andar, com Preparação Pré-Cirurgia, Salas de
Cirurgia, CME e Internação no mesmo andar; o ICESP
possui este fluxo fragmentado em três, sendo: 1) as
Salas de Cirurgia no meio do edifico, 2) as Internações
no alto e 3) a CME no 2º subsolo. Para esta análise
portanto, podemos afirmar que o fluxo para completar
o procedimento cirúrgico, percorre mais de 16
andares. Em um único recorte, é possível verificar que
um caso detém de um fluxo três vezes maior que o
outro.
O AC Camargo, no entanto, é o oposto do Guy´s; o
Centro Cirúrgico está no topo; no penúltimo andar. No
fluxo do paciente o giro pelo hospital ocorre
semelhante ao ICESP, mas a CME está no mesmo
andar, próxima as salas cirúrgicas; dirimindo um dos
aspectos citados.
Os três prédios, para a Análises do Centro Cirúrgico,
têm aspectos bastante diferentes do outro; seria difícil
julgar o mais eficaz; mas se pensarmos em
deslocamento vertical, que é um gargalo para esta

231
232
tipologia; o Guy´s Hospital apresenta resultados de
mobilidade melhores que os demais analisados.
Da Análise dos Indicadores, funcionários/leito; esta,
não pôde ser conclusiva, uma vez que os dados do
Guy´s Hospital não podem ser comparados com os
demais ,pois o número de colaboradores (mais de 11
mil), contabiliza todo o campus. O ICESP apresentou
um índice de 10,97 func/leito, e o AC Camargo de 8,39
func./leito. Menor que o ICESP, mesmo atendendo o
mesmo perfil de pacientes.
A Análise do Deslocamento Vertical; possui
semelhanças de tempos entre o Guy´s Hospital e no
AC Camargo; e disparidades se comparadas ao
ICESP. Enquanto que o ICESP apresenta números de
6 minutos de espera no Hall , 15 vezes maior que o
considerado adequado pelo Guy´s, os demais
hospitais têm tempos de 30, 40 ,50 ou no máximo, 60
segundos. No caso do Guy´s, 40 segundos, é o tempo
máximo confortável para espera do elevador; a partir
disso, o indicador é trabalhado para reduzir o tempo.
A razão desta disparidade no ICESP pode estar ligada
a diversas circunstâncias; desde o dimensionamento
dos elevadores, até o próprio zoneamento da
edificação, que contribui para o deslocamento intenso
de pessoas pelos edifício.
Ainda que estas hipóteses sejam pequenas perto da
imensidão deste contexto; elas descortinam para
outras hipóteses e suposições; suposições estas, que
podem abrir novas instâncias de ensaio como propõe
Foque,2010.
A colaboração deste trabalho está na busca da
amplificação do tema, no mergulho deste estudo para
gerar caminhos, soluções e melhorias na edificação
hospitalar; em especial, a vertical; que como bem
vimos no início, é um fato, uma verdade. Verdade que
precisa ser aprofundada.

233
234
235
8.0 REFERÊNCIAS

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244
245
246
9.0 ANEXOS

247
248
9.1 AEDET : FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO:
ICESP

249
250
251
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269
270
271
272
273
274
9.2 AEDET : FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO:
HOSPITAL AC CAMARGO

275
276
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278
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280
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291
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294
295
296
297
298
299
300
9.3 AEDET : FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO:
GUY´S HOSPITAL

301
302
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305
306
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319
320
321
322
323
324
325
326
9.4. CARTA DE SOLICITAÇÃO DE PESQUISA: AC
CAMARGO

327
328
9.5. CARTA DE SOLICITAÇÃO DE PESQUISA: AC
CAMARGO

329
10.0 LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Diagrama que apresenta os aspectos


avaliados pelo “AEDET”. Fonte: (Achieving Excellence
Design Evaluation Tooki) 2002 ............................... 19
Figura 2: Imagem dos edifícios de saúde mais altos
do mundo. Fonte: Emporis:
http://www.emporis.com/statistics/tallest-health.
Visitado em 23.10.2013 .......................................... 21
Figura 3: Listagem elaborada a partir do
levantamento feito pela Cheap Nurse Degrees – 10
Tallest Hospitals in The World [4 junho, 2013]
Fonte: Cheap Nurse Degrees:
http://www.cheapnursedegrees.com/10 .................. 23
Figura 4: Croqui Hospital de Fortaleza, Rede Sarah
K. Fonte: LIMA, Uma experiência na área da saúde.
2012, p;170 ............................................................ 42
Figura 5: Imagem Hospital do Rio de Janeiro. Rede
Sarah K. Fonte: LIMA, Uma experiência na área da
saúde, 2012, p.282 ............................................... 193
Figura 7:Imagem do processo criativo na mente
humana.Fonte: FOQUÉ.Building Knowledge in
Architecture,2010, p.39........................................... 53
Figura 8: Imagem da metodologia de conhecimento
arquitetônico através do estudo de caso Fonte:
FOQUÉ.Building Knowledge in Architecture,2010,
p.191 ...................................................................... 57
Figura 9: Quadro dos Tipos de Estudos preconizados
pelo auto. Fonte: FOQUE Building Knowloledge in
Architecture,2010, p.192......................................... 19
Figura 10: Corte com usos discriminados para o
Projeto IDA. Fonte: Diretoria de Engenharia Clínica e
Infraestrutura - ICESP ............................................ 19
Figura 11: Planta do Pavimento Térreo com indicação
dos acessos 1,2,3 e 4. Fonte: Diretoria de Engenharia
Clínica e Ra Figura Infraestrutura – ICESP ............ 71

330
331
Figura 12: Imagem da cidade de São Paulo com o
ICESP à esquerda. Fonte. Departamento de
Comunicação Insti-tucional, ICESP ........................ 71
Figura 13: Tabela de mudança de usos de IDA/
ICESP. Fonte: Acervo Pessoal ............................ 75
Figura 14: Foto Painel Homero Brito no Pavimento
Térreo Fonte: Departamento de Comunicação, ICESP
............................................................................... 77
Figura 15: Foto Voluntárias reunidas no 3º andar.
Fonte: Departamento de Comunicação, ICESP ...... 77
Figura 16: Foto da Reabilitação no Pavimento Térreo
Fonte: Departamento de Comunicação, ICESP ...... 76
Figura 17: Foto Fachada do Hospital Fonte:
Departamento de Comunicação, ICESP ................. 77
Figura 18: Foto Laboratório no 8º andar Fonte:
Departamento de Comunicação, ICESP ................. 79
Figura 19: Foto Fachada do edifício e marquise.
Entrada principal. Fonte: Departamento de
Comunicação, ICESP ............................................. 79
Figura 20: Foto Corpo Clínico na UTI Fonte:
Departamento de Comunicação, ICESP ................. 78
Figura 21: Foto Anfiteatro no 6º andar. Fonte:
Departamento de Comunicação, ICESP ................. 79
Figura 22: Foto Fachada do edifício e Comunicação
Visual. Fonte: Departamento de Comunicação, ICESP
............................................................................... 80
Figura 23: Foto Leito de Internação 16º andar Fonte:
Departamento de Comunicação, ICESP ................. 81
Figura 24: Grupo de Enfermagem no Hospital-Dia
Fonte: Departamento de Comunicação, ICESP ...... 81
Figura 25: Quadro de áreas gerais do Instituto Fonte:
Departamento de Engenharia, ICESP .................... 83
Figura 26: Imagem da Macro Setorização em planta
Fonte: BRITO, Arthur. Kahn do Brasil, 2013. ........ 83
Figura 27: Planta com malha estrutural do prédio
Fonte: Departamento de Engenharia, ICESP ......... 85

332
333
Figura 28: Comparação dos sistemas construtivos de
aço de acordo com as alturas. Fonte: PANK, Will. Tall
Bulidings and Sustainability, 2002 ...................... 91
Figura 29: Comparação dos sistemas construtivos de
concreto de acordo com as alturas. Fonte: PANK, Will.
Tall Bulidings and Sustainability, 2002 .................... 91
Figura 30: Planta esquemática do 3º andar e 12º
andar, com distinção de usos. Fonte: Departamento
de Engenharia, ICESP ......................................... 97
Figura 31: Desenho esquemático para re-
presentação da loca-lização da Unidade.. Fonte:
Departamento de Engenharia, ICESP ............... 97
Figura 32: Planta do 04º andar, Ambulatórios Fonte:
Departamento de Engenharia, ICESP .................. 99
Figura 33: Planta do 12º andar, Hospital-Dia Fonte:
Departamento de Engenharia, ICESP ................ 103
Figura 34: Planta do Térreo Fonte: Departamento de
Engenharia, ICESP ............................................ 107
Figura 35: Desenho esquemático para re-
presentação da loca-lização do Térreo Fonte:
Departamento de Engenharia, ICESP ............... 107
Figura 36: Planta do Térreo ampliada Fonte:
Departamento de Engenharia, ICESP ................ 107
Figura 37: Planta esquemática do 10º andar e 19º
andar, com distinção de usos. Fonte: Departamento
de Engenharia, ICESP ........................................ 113
Figura 38: Desenho esquemático para re-
presentação da loca-lização da Internação e UTI.
Fonte: Departamento de Engenharia, ICESP .... 113
Figura 39: Planta ampliada do 10º andar, com
distinção de usos. Fonte: Departamento de
Engenharia, ICESP ............................................ 115
Figura 40: Planta ampliada do 19º andar, com
distinção de usos Fonte: Departamento de
Engenharia, ICESP ............................................ 115

334
335
Figura 41: Planta esquemática do 02º andar e 11º
andar, com distinção de usos. Fonte: Departamento
de Engenharia, ICESP ...................................... 117
Figura 42: Desenho esquemático para re-
presentação da loca-lização dos setores. Fonte:
Departamento de Engenharia, ICESP ............... 117
Figura 43: Planta do Centro Cirúrgico, 14º andar, com
setorizações. Fonte: Departamento de Engenharia,
ICESP ............................................................... 119
Figura 44: Planta do Centro Cirúrgico, 13º andar, com
setorizações. Fonte: Departamento de Engenharia,
ICESP ................................................................ 119
Figura 45: Perspectiva com setorização dos
elevadores do ICESP Fonte: Departamento de
Engenharia, ICESP ............................................ 133
Figura 46: Tabela coletada com tempos de esperas
máximos medidos para chegada dos elevadores.
Fonte: Departamento de Engenharia, ICESP .... 135
Figura 47: Foto Guy´s Hospital Fonte: Acervo Pessoal
............................................................................. 137
Figura 48: Imagem do Rei e Príncipe Pearly com
enfermeiras em 1920. Fonte: Guy´s Tower-40 years
on, 2014, p.7 ..................................................... 139
Figura 49: Estátua de mármore de Thomas Guys no
campus do hospital Fonte:
FLIRCK.https://www.flickr.com/photos/60445511@N0
5/12485478475/in/photostream/. Acessado em
15.12.14 .......................................................... 140
Figura 50: Madre com bebê em 1920. Fonte: Guy´s
Tower-40 years on, 2014, p.6 ............................... 141
Figura 51: Hospital original, atual escola da King´s
College. Fonte: Acervo pessoal ........................ 141
Figura 52: Escultura em pedra de Thomas Guys
ajudando um doente, localizada na Capela do campus
Fonte: Acervo pessoal ....................................... 143

336
337
Figura 53: Mapa do campus quando inaugurado a
Guy´s Tower em 1974. Fonte: Guy´s Tower, 1978,
p.14 ..................................................................... 19
Figura 54: Foto vista do corredor adjacentes aos
quadriláteros interiores Fonte Acervo Pessoal .... 145
Figura 55: Mapa do campus atual com respectivos
acessos. Fonte: Essentia, Departamento Técnio NHS
Trust, 2014 ......................................................... 147
Figura 56: Mapa da Macroregião de Londres com
tempo para chegada ao hospital por região/distrito.
Fonte:NHS Trust, Guy´s and St. Thomas Story, 2014,
p.10 ................................................................... 147
Figura 57: Foto vista interna da capela para o pátio
que leva até a St. Thomas Street. Fonte: Acervo
Pessoal .............................................................. 147
Figura 58: Corte esquemático do futuro Guy´s and St
Thomas Cancer Center que está em obras. Fonte:
Publicação NHS Trust, 2014 ............................... 149
Figura 59: Vista 1 Escultura luminosa . Fonte: Guy´s
Tower-40 years on, 2014, p.38 ......................... 149
Figura 60: Guy´s Tower em 1974. Fonte: : Guy´s
Tower-40 years on, 2014, p.11 ............................... 19
Figura 61: Vista 2 Escultura luminosa . Fonte: Guy´s
Tower-40 years on, 2014, p.38. ............................ 149
Figura 62: Sr. A.E.Orchard-Lisle, Presidente do
Comitê de Construção do Guy´s tower , inserindo a
primeira “escavada” em 1968 para início das obras .
Fonte: Guy´s Tower-40 years on, 2014, p.11. .... 151
Figura 63: Foto da fachada após reforma da torre,
finalizada em 2014, que trocou o revestimento da
envoltória. Fonte: Guy´s Tower-40 years on, 2014,
p.22. .................................................................. 151
Figura 64: Esquema para troca do revestimento da
fachada. Nele, podemos perceber as Torres. Fonte:
Guy´s Tower-40 years on, 2014, p.25................... 151

338
339
Figura 65: Croqui do Hospital, com ênfase nas duas
Torres Fonte: Guy´s Tower-40 years on, 2014, p.23.
............................................................................. 152
Figura 66: Foto da fachada Torre de Comunicações
em reforma em 2014 Fonte: Guy´s Tower-40 years on,
2014, p.31. ........................................................ 155
Figura 67: Foto da fachada Torre do Usuário com
ênfase na horizontalidade. Fonte: Guy´s Tower-40
years on, 2014, p.14 ............................................. 155
Figura 68: Foto da fachada em 1974 enfatizando o
elemento estrutural nas salas de conferência. Fonte:
Guy´s Tower , 1978, p.29 .................................. 155
Figura 69: Foto do Departamento de Obstetrícia
Fonte: Guy´s Tower , 1978, p.43 ....................... 157
Figura 70: Foto do Evelina Children Department em
1974 Fonte: Guy´s Tower-40 years on, 2014, p.11.
............................................................................. 157
Figura 71: Foto da UTI no 2º andr.Fonte: Guy´s Tower
, 1978, p.46 ....................................................... 156
Figura 72: Departamento de Odontologia em 1974
Fonte: Guy´s Tower , 1978, p.40 ....................... 157
Figura 73: Estudantes no Departamento de
Odontologia no 20º andar. Fonte: Guy´s Tower-40
years on, 2014, p.32 ............................................. 159
Figura 74: Departamento de Pesquisa no 16º andar.
Fonte: Acervo pessoal ....................................... 158
Figura 75: Departamento de Obstretícia no 16º andar
em 1974. Fonte: Guy´s Tower-40 years on, 2014, p.13
............................................................................. 159
Figura 76: Planta do 1º andar, Centro Cirúrgico com
setorização. Fonte: Essentia, NHS Trust ............. 159
Figura 77: Planta do 1º andar, Centro Cirúrgico com
setorização. Fonte: Essentia, NHS Trust ............. 161
Figura 78: Planta do 1º andar, Centro Cirúrgico com
setorização. Fonte: Essentia, NHS Trust ............. 161

340
341
Figura 79 :Planta do 1º andar, Centro Cirúrgico com
demarcação de Escadas de Emergência e
Compartimentações de Rota de Fuga Fonte:
Essentia, NHS Trust ............................................. 162
Figura 80: Foto do elevador de Emergência. Fonte:
Acervo Pessoal..................................................... 163
Figura 81: Foto da Quimioterapia, 10º andar. Fonte:
Acervo Pessoal .................................................. 165
Figura 82: Planta da Quimioterapia, 10º andar. Fonte:
Essentia, NHS Trust .......................................... 165
Figura 83: Foto da fachada na Torre do Usuário em
perfis de concreto perfilado que dão ênfase à
vesticalidade. Fonte: Guy´s Tower-40 years on, 2014,
p.16 ...................................................................... 165
Figura 84: Foto da obra do Guy´s Tower Fonte: Guy´s
Tower-40 years on, 2014, p.12 .......................... 165
Figura 85: Foto da fachada com sacada. Fonte: Guy´s
Tower-40 years on, 2014, p.17 ............................. 166
Figura 86: Mapa das bases comunitárias do Guy´s
Hospital no distrito de Lambeth and Southwark´s
Fonte: NHS Trust, Guy´s and St Thomas Story,
2014,p.15. .......................................................... 173
Figura 87: Mapa regional com indicação do público
mais atendido pelo hospital Fonte: NHS Trust, Guy´s
and St Thomas Story, 2014,p.6 .......................... 173
Figura 88: Gráficos de incidências de principais
atividades exercidas Fonte: NHS Trust, Guy´s and St
Thomas Story, 2014,p.7 e 12................................ 175
Figura 89: Distribuição socioeconômica da população
de Southwark. Fonte: NHS Trust, Guy´s and St
Thomas Story, 2014,p.7 e 16 .............................. 177
Figura 90: Esquema de distribuição dos elevadores.
Fonte: Guy´s Tower, 1978,p. 16 ........................ 179
Figura 91: Tabela de medição dos tempos dos
elevadores Fonte: Essentia. Guys and St Thomas
Hospital Strategic Lift Review, 2014, p.12 .......... 189

342
343
Figura 92: Foto 1. Passarela AC Camargo Fonte:
Acervo Pessoal..................................................... 190
Figura 93: Foto 2. Passarela AC Camargo Fonte:
Acervo Pessoal ................................................... 191
Figura 94: Mapa do comlexo com indicações de
acesso Fonte:BRITO,Arthur. Análise de Operações
2014. ................................................................. 193
Figura 95: Painéis do Restaurante do Hospital. Fonte:
Acervo pessoal .................................................. 194
Figura 96: Foto Unidade de Internação. Fonte: Acervo
Pessoal .................................................................. 19
Figura 97: Foto Escultura no Átrio Fonte: Acervo
Pessoal .............................................................. 195
Figura 98: Foto Bloco D. Fonte: MOTT,M. Lucia.
História da Saúde em São Paulo: Instituições e
Patrimônio Arquitetônico(1808-
1958),2001,verbete56,p.4 ................................. 195
Figura 99: Foto ligação Bloco A e B Fonte: Acervo
Pessoal .............................................................. 205
Figura 100: Foto Bloco D. Fonte: MOTT,M. Lucia.
História da Saúde em São Paulo: Instituições e
Patrimônio Arquitetô-
nico(18081958),2001,verbete56,p.5 ................. 205
Figura 101: Foto Fachada Rua Antonio Prudente
Fonte: Acervo Pessoal ....................................... 207
Figura 102: Foto Jardim próximo Bloco D Fonte:
Acervo Pessoal .................................................. 206
Figura 103: Foto Átrio Fonte: Acervo Pessoal ..... 19
Figura 104: Corte Bloco A e vista dos Blocos C e D
Fonte: Departamento de Engenharia Hospital AC
Camargo. ........................................................... 209
Figura 105: Foto Centro Cirúrgico. Fonte: Acervo
Pessoal .............................................................. 211
Figura 106: Planta 9º andar com distribuição de
setores. Fonte: Departamento de Engenharia Hospital
AC Camargo......................................................... 211

344
345
Figura 107: Tabela com tempos de elevadores
coletados. Fonte: Acervo Pessoal ....................... 221
Figura 108: Cortes e perspectiva dos Hospitais com
demonstração da localização e fluxo da Cirurgia
Fonte: Acervo Pessoal ....................................... 225

346
347
11.0 SIGLAS

AEDET – Achieving Excellence Design Evaluation


Toolkit
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária
APCC - Associação Paulista de Combate ao Câncer
APO – Avaliação Pós Ocupação
AR – Atendimento Rápido
CAIO- Centro de Atendimento de Intercorrências
Oncológicas
CC – Centro Cirúrgico
CME – Central de Material Esterilizado
CQH – Comitê de Qualidade Hospitalar
CTO – Centro Translacional em Oncologia
DML - epósito de Material de Limpeza
FFM – Fundação Faculdade de Medicina
FMUSP – Faculda de Medicina da Universidade de
São Paulo
GILAC – Gerenciamento Interno de Leitos e Agenda
Cirúrgica
IDA – Instituto Dr. Arnaldo
ICESP – Instituto do Cancer do Estado de São Paulo
NHS- National Health Service
PET – Positron Emission Tomography
PUMB – Prédio dos Ambulatórios no HC
RPA – Repouso Pós Anestesia
SAME – Serviço de Arquivamento Médico
SPECT – CT - Single-photon emission computed
tomography
SNC - Serviço Nacional de Câncer
SUS - Sistema Único de Saúde
USP - Universidade de São Paulo
UTI – Unidade de Terapia Intensiva

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