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1) INTRODUÇÃO
Pela razão acima, foi organizada esta breve notícia, com o objetivo de facilitar
informações para aqueles que desejam inteirar-se da verdade histórica.
Para isto, convém inicialmente lembrar que, para o estabelecimento de uma fronteira
internacional, normalmente são percorridas quatro etapas, bem distintas: 1"Estudo
dos Precedentes Histórico/Geográficos", 2"Delimitação", 3"Demarcação" e
4"Caracterização"
Vamos comparar esta carta com uma carta atual da região, em uma escala
próxima.
Carta Atual da Região - Esc. 1:500.000
8) CONCLUSÃO
Conforme vimos, esta pretensão uruguaia é de impossível aceitação por parte do
Brasil, não só pelo inconveniente do precedente diplomático de fronteira, totalmente
descabido, como pela certeza de razão na argumentação apresentada. E as
autoridades mais ponderadas uruguaias sabem disto.
Mas, porque então insistem nesta questão, que em nada engrandece o
relacionamento entre os dois países, com tão bom entrosamento existente entre
habitantes fronteiriços? Principalmente numa época de aprimoramento das relações
integradas do Mercosul.
Além de uma pretensão de "patriotada" inconsequente, duas colocações ainda
persistem, por parte do Uruguai:
1.- A esperança que apareça um segundo Rio Branco, capaz de convencer a nação da
justeza da cessão de uma parte do território brasileiro, conforme acontecido, em 1909,
por ocasião da reversão de parte das águas da lagoa Mirim e do rio Jaguarão.
2.- O pensamento, um tanto ilógico, de que sendo o Brasil um país tão grande (8,5
milhões de quilômetros quadrados) uma pequena porção (220 quilômetros quadrados)
não seria muito importante.
Ora, para a primeira ponderação, convém lembrar que aquela reversão estava
basicamente prevista, desde a assinatura do Tratado de 1851 (a linha limite, por
aquele tratado, corria pela margem ocidental da Lagoa Mirim), mesmo assim, foi
necessário um novo Tratado para a correção da linha de limite (uma nova
"delimitação").
A segunda ponderação é de tamanha insensatez que não merece ser comentada.
Ficamos então sempre na esperança de que o Uruguai, que teve a iniciativa de,
unilateralmente levantar este problema, venha um dia a retificar sua posição,
cancelando o decreto de 1974 e esquecendo para sempre este pequeno caso,
inconveniente para a relação de dois países tão amigos.