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30/11/2022

TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

PREPARO DE MASSA
Marcilene Rocha dos Santos Ennes
marcilene.santos@sistemafiep.org.br

TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

➢ O que é o preparo de massa ?

➢ O que vocês imaginam ou sabem


a respeito desse processo?

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CARACTERÍSTICAS DAS
FIBRAS DE EUCALIPTO E DE PINUS

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Quais as fibras utilizamos neste processo (fabricação

de papel)?

➢ Quais as características das fibras de eucalipto?

➢ Quais as características da fibras de pinus?

➢ O que são fibras secundárias?

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Relembrando...
➢ Quais as características das fibras de eucalipto?

• São fibras de árvores denominadas folhosas, ou seja,


madeira dura.

• São fibras mais curta (0,5 a 2 mm de comprimento) e


rígidas;

• Menor resistência;

• Boa maciez e absorção.

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Relembrando...

➢ Quais as características da fibras de pinus?

• São fibras de árvores denominadas coníferas,


ou seja, madeira mole.

• São fibras mais longa (2 a 5 mm de comprimento) e mais


flexíveis;

• Maior resistência;

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Como são classificadas as pastas celulósicas?

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Classificação da pasta celulósica

A terminologia para a classificação das pastas, depende do seu processo


de fabricação. As pasta celulósica pode ser classificada como:

Química
Branqueada
Semiquímica ou Não
branqueada
Mecânica

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Mas o que é pasta celulósica classificada como QUÍMICA?

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O processo de polpação dominante atualmente é aquele


denominado de sulfato ou kraft.

Esta palavra em alemão significa "resistente", logo, uma


polpa advinda desse processo possui elevada resistência
físico-mecânica.

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Mais de 80% da polpa química produzida no mundo dá-se


mediante este processo.

No Brasil, este número chega mais de 97%.


Isso se deve ao fato desse processo possibilitar a
reutilização dos licores residuais de cozimento, e com isso
maior viabilidade econômica.

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Neste processo podemos


obter polpa branqueada e
polpa não branqueada.

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E o que é pasta celulósica classificada como


SEMI QUÍMICA?

Principal característica deste processo é tratamento químico em


digestor, seguido de desfibramento/refino em um refinador de disco. O
processo semiquímico mais desenvolvido é o NSSC (Neutral Sulfite
Semi-Chemical).
Esse processo é aplicado principalmente para madeiras duras e
proporciona rendimentos entre 65-85%.

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E o que é pasta celulósica classificada como MECÂNICA?

Bem, a pasta mecânica foi o primeiro processo realizado por


Friederich G. Keller entre 1838-1840 na Alemanha para obter
pasta a partir da madeira.

Ele construiu uma máquina e inventou um processo para


converter por trituração, a madeira em pasta fibrosa.

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Triturando um pedaço de madeira contra uma pedra de amolar,


obteve uma suspensão aquosa de pasta de madeira.

Essa pasta continha fragmentos de madeira, fibras e partículas finas.

Por meio dessa pasta fibrosa, formou-se uma folha, sendo a


primeira folha de papel a partir da pasta de madeira, conhecida hoje
por pasta mecânica.

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Pastas de alto rendimento

a) pasta mecânica - é a pasta de materiais ligno-celulósicos obtida


por processo puramente mecânico.

b) pasta mecanoquímica - é a pasta de materiais ligno-celulósicos,


obtida por processo de desfibramento, sofrendo um tratamento
químico posterior ao desfibramento.

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c) pasta quimimecânica (cmp) - é a pasta de materiais ligno-celulósicos prévia e


levemente tratados com reagentes químicos, obtida por desfibramento a pressão
atmosférica.

d) pasta termomecânica (tmp) - é a pasta obtida por desfibramento em desfibrador


a disco, sob pressão, de materiais ligno-celulósicos previamente aquecidos com
vapor saturado.

e) pasta quimitermomecânica (ctmp) - é a pasta obtida por desfibramento em


desfibrador a disco, sob pressão, de materiais ligno-celulósicos prévia e
levemente tratados com reagentes químicos.

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Moinho de papel e celulose fotos, imagens de © https://tissueonline.com.br/bo-paper-lanca-novas-marcas-da-linha-de-


moreno.soppelsa #6585937 (depositphotos.com) pastas-de-alto-rendimento/

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Classificação da pasta celulósica ou FIBRA PRIMÁRIA


Algumas siglas comuns para identificar o tipo de polpa:

✓FCBr – Fibra Curta Branqueada;

✓FCNBr – Fibra Curta Não Branqueada;

✓FLBr – Fibra Longa Branqueada;

✓FLNBr – Fibra Longa Não Branqueada;

✓PAR – Pasta de Alto Rendimento;


▪ MP – Pasta Mecânica;

▪ TMP – Pasta Termomecânicas;

▪ CTMP – Pasta Quimitermomecânicas.

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Tipos de Papel

Papéis para Acetinados, bíblia; bouffant; couché; jornal;


impressão monolúcido, off-set e outros.

Papéis para Apergaminhado, correspondência e flor post


escrever (segundas vias).

Papéis para Manilhinha (padaria), strong, fósforo, seda,


embalagem impermeáveis, kraft e outros.

Papéis para
Miolo, capa de primeira, capa de segunda
papelão ondulado

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Tipos de Papel

Papéis para fins


Higiênico e Toalha
sanitários

Cartão duplex, cartão triplex e cartão branco ou


Cartões e cartolinas
cartão em cores

Papelão Cartão de elevada gramatura e rigidez.

Base de carbono, crepado, desenho e mata-


Papéis especiais
borrão

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FIBRA SECUNDÁRIA

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Mas o que quer dizer fibra secundária?

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Mas o que quer dizer fibra secundária?

Fibra secundária é a fibra que já passou


por um processo de transformação.

Esse termo fibra secundária, fibra reciclada e aparas


são sinônimos empregados na fabricação do papel.

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Vocês sabiam que no Brasil nós temos


uma Norma Técnica que padroniza esse
tipo de fibra?

A norma ABNT NBR 15483 classifica as aparas em


29 tipos, agrupados em cinco categorias
em função do papel que as originam.
https://www.abntcolecao.com.br/

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As cinco categorias de aparas são:


a) Aparas de papelão ondulado: papelão micro-ondulado I, papelão micro-ondulado II, papelão ondulado I,
papelão ondulado II, papelão ondulado III, refile de papelão ondulado;

b) Aparas de papel de imprimir/escrever sem PAR: papel branco I, papel branco II, papel branco III, papel
branco IV, papel branco V, papel branco revestido e papel colorido;

c) Aparas de papel kraft: papel kraft I, papel kraft II, papel kraft III, refile de papel kraft, tubetes e barricas e
cartão para alimentos tipo longa vida (LPB ¬ liquid package board);

d) Aparas de cartão: cartão fibra curta não revestido, cartão fibra curta revestido, cartão fibra longa não
revestido, cartão fibra longa revestido;

e) Aparas de papel de imprimir com PAR: lista telefônica, papel jornal I, papel jornal II, revista I, revista II

PAR = pasta de alto rendimento

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Vamos discutir...

• Vocês sabiam que há um limite para se reciclar a


fibra?
• Porque dessa afirmação?
• Será que todo papel produzido, fabricado
volta para o processo para ser reciclado?
• Por que é importante essa separação ou
classificação das fibras?

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Índice de reciclagem de papel no


Brasil em 2017 foi de 66,2%

Isso equivale a 5 milhões de


toneladas que retornaram ao
processo produtivo.

Fonte: https://iba.org/indice-de-reciclagem-de-papel-atinge-nivel-recorde-de-66-2-em-2017-segundo-iba

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Quais os principais geradores


desse tipo de aparas?

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MATÉRIAS-PRIMAS FIBROSAS PARA A FABRICAÇÃO DE PAPEL

Fardos estocados
Aparas em depósito

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MATÉRIAS-PRIMAS FIBROSAS PARA A FABRICAÇÃO DE PAPEL

Aparas em depósito

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MATÉRIAS-PRIMAS FIBROSAS PARA A FABRICAÇÃO DE PAPEL

Suprimento de matéria-prima fibrosa ao pulper

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FABRICAÇÃO DE PAPEL

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➢ Quais as principais MATÉRIAS


PRIMAS e INSUMOS que vocês
entendem serem necessárias para
fabricar papel?

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Produção de papel
A chegada das fibras na preparação de massa pode ser realizada
de várias formas: por tubulações como suspensão cuja consistência
pode variar de 3 a 6%, quando a fábrica é integrada com o processo
de fabricação de celulose; em folhas ou rolos oriundos de uma
secadora de celulose, com umidade em torno de 10%, ou oriundos
de uma desaguadora, com umidade em torno de 60%.

Para o caso de celulose que é secada pelo sistema “flash dryier”, a


celulose vem em blocos compactos de fibras.

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Exceto no caso das fábricas integradas, existe a


necessidade de formar uma suspensão de fibras em
água com a consistência adequada para poder utilizá-la
nas etapas posteriores do processo.

Isto é obtido através da etapa de desagregação.

O desagregador, também chamado de “Hydrapulper” ou


simplesmente “Pulper”.

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Produção de papel

Os papéis podem ser produzidos a partir de fibras primárias,


secundárias ou de uma mistura de ambas, dependendo da
finalidade e das características desejadas.

Com isso, o processo de preparação da massa deve estar


adequado, sendo necessário linhas independentes, com
tratamentos específicos, para cada tipo de fibra.

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DESAGREGAÇÃO

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O que vocês acham que é o


processo de DESAGREGAÇÃO?

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Desagregação em escala industrial – pulper

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A Desagregação é a primeira etapa da fabricação de papel, como


você pode observar na figura abaixo.

QUÍMICOS

TANQUE DE
MÁQUINA DE
DESAGREGAÇÃO MATÉRIA REFINAÇÃO DEPURAÇÃO
PAPEL
PRIMA

MATÉRIA PRIMA
ÁGUA BRANCA
FIBROSA

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Desagregar significa dispersar as fibras celulósicas em água,


com auxílio do rotor desagregador, a fim de desfazer os flocos
e os feixes de fibras e, consequentemente individualizar, sem
que haja corte.
Nesse processo já podem ser adicionados alguns aditivos que
venham compor a receita.
Por exemplo, soda cáustica (NaOH), corante, alvejante.

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E QUAL O OBJETIVO DESSE PROCESSO?

QUAL A SUA IMPORTÂNCIA?

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Objetivo deste processo

✓ Quando não existir fábrica integrada de celulose, e para desagregar


aparas próprias (refugo) ou qualquer outra aparas, ou ainda quando
a fábrica de celulose não for autossuficiente, então precisamos:

✓ Produzir uma suspensão de fibras;

✓Tornar a suspensão de fibras bombeável para o estágio seguinte;

✓ Retirar impurezas pesadas como arames, pregos, madeiras,


barbantes e pedras, ou quaisquer materiais contaminantes.

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 Fardos de fibra virgem - celulose branqueada

Fibra desagregada

 Fardos de fibra secundária ou aparas

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Desagregação
Obtenção de uma suspensão a partir de matérias-primas
fibrosas com características adequadas para a fabricação do
papel:
- Maior parte das fibras individualizadas
- Mínima quantidade de pastilhas e de feixes de fibras
- Condições de bombeamento
- Sem alterar a estrutura das fibras

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Tipos de Desagregadores

Desagregadores verticais

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Tipos de Desagregadores

Desagregadores horizontais

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DESAGREGAÇÃO
a alta consistência

Desagregador de rotor helicoidal

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DESAGREGAÇÃO
a alta consistência

Layout de planta de desagregação com desagregadores de tambor


FONTE: VALMET

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Desagregação – para que haja uma polpa desagregada,


temos a:

Ação de um elemento mecânico (rotor) sobre uma polpa


sólida com adição de água em um recipiente até
➢ torná-la bombeável com um
- mínimo de pastilhas e feixes de fibras e
- sem alterar a estrutura das fibras.

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Desagregador vertical - Operação

1
1 - Matéria-prima fibrosa em desagregação

2 2 - rotor

Passagem da matéria-prima através do desagregador

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Importância
Individualização das fibras para o processo de
fabricação de papel.

Localização
É a primeira etapa do processo de fabricação de papel
em plantas não-integradas

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Desagregação em escala industrial - pulper

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DESAGREGAÇÃO

Suprimento de matéria-prima fibrosa ao pulper

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Desagregador vertical

Vista externa

FONTE: CFF

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Operação da desagregação a baixa consistência

Esteira de alimentação do pulper

METSO

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Desagregador vertical - Operação

Fardos de matéria-prima fibrosa sobre esteira para o pulper

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FONTE: METSO

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Pode ser abastecido por meio de esteiras ou empilhadeira.

Alguns sistemas modernos


retiram as fitas de enfardamento
e separam os fardos.
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Tem-se nos processos de produção de papel a


desagregação em baixa consistência e em alta
consistência

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Desagregação em baixa consistência

Esse processo é assim denominado, pois, a desagregação é operada


até 6% de consistência (6 g material sólido/100 mL de suspensão).

O equipamento mais usado na desagregação a


baixa consistência é o desagregador vertical,
também denominado de pulper vertical.

O pulper vertical é basicamente um recipiente


cilíndrico com um rotor situado no fundo.

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Como recurso para reduzir o tempo de desagregação e, ao mesmo tempo,


melhorar a eficiência energética, aumentou-se a temperatura por meio de
água morna e injeção direta de vapor.

Entretanto, o aumento da rotação do rotor e a elevação da temperatura são


limitados devido à probabilidade de pulverização das partículas de
impurezas.

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Além da elevação da temperatura, a adição de soda cáustica facilita o


umedecimento da matéria-prima fibrosa, o que favorece a
desagregação uniforme.

A soda cáustica diminui a demanda


catiônica, particularmente na desagregação
de aparas.

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Matérias-primas fibrosas

As fibras ao chegarem ao sistema de preparo de massa podem estar na forma


de:
- suspensão de fibras com consistências variando de 3 a 12%, em fábricas
integradas, em forma de
- Bobinas ou folhas com baixos teores de água (de 10 a 60%) ou ainda, em
forma de
- aparas e papéis velhos, além de
- sobras úmidas e secas da própria fábrica (refugo).

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Matérias-primas fibrosas

Independentemente da forma na qual as fibras chegam à fábrica de papel, a


▪ primeira etapa do preparo de massa consiste em formar uma
➢ suspensão de fibras em água, com consistência adequada, para que se
possam
- adicionar outros componentes, fibrosos e não fibrosos,
necessários para a formação de um determinado tipo de papel.

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Desagregação em alta consistência


A desagregação a alta consistência começa a
partir de 12%, chegando a 30%, sendo que os
equipamentos aplicados são o pulper de rotor
helicoidal e o pulper de tambor.

A desagregação a alta consistência pressupõe


maior capacidade de processamento em
relação à desagregação a baixa consistência.

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A ação de desagregação em alta consistência


ocorre pelo contato fibra-fibra, o que leva ao
aproveitamento mais eficiente da potência
transferida através do rotor.

Um rotor helicoidal gera um fluxo vertical


descendente até o fundo do tanque e,
secundariamente, uma movimentação no
sentido horizontal.

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Dentre as principais aplicações desse pulper tem-se a desagregação


de papéis pintados em plantas de destintamento, sendo que a
velocidade de rotação, relativamente baixa, auxilia a preservar as
partículas de tinta, facilitando sua remoção posterior.

Esse pulper também encontra aplicação na desagregação das


embalagens cartonadas, obtendo-se a separação da parte fibrosa e a
mistura de alumínio com polietileno.

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Para a desagregação da mesma quantidade de matéria-prima, o


tempo de desagregação é aproximadamente o mesmo comparado
com desagregadores verticais convencionais; a diferença é uma
economia de até 20% de energia, para qualquer tipo de aparas.

A desagregação a alta consistência pressupõe economia de produtos


químicos no caso da desagregação de aparas resistentes a úmido ou
em instalações de destintamento; outro resultado obtido é o corte
reduzido de materiais estranhos.

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Aspectos que influenciam na desagregação

❖ Temperatura

❖ Consistência

❖ Tipo de desagregador

❖ Aletas do rotor

❖ pH

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❖ Temperatura, a utilização de água quente, ou vapor para


desagregar as aparas facilita o processo;

❖ Consistência, ter controle de peso (balança) e quantidade de


água adicionada resulta em boa desagregação;

❖ Aletas do rotor, de grande importância podem influenciar no


consumo de energia;

❖ pH, o pH alcalino facilita no processo de desagregação.

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DESPASTILHADOR

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Outro tipo de desagregador


❖ DESPASTILHADOR, funciona como um individualizador das fibras
aglomeradas.
Tem o mesmo princípio que um refinador, porém os discos ficam
mais afastados.

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O despastilhamento complementa a ação de desagregação iniciada no


pulper, especialmente no caso de papéis de resistência a úmido, como
papéis de elevada gramatura e papéis colados.

Com isso, o despastilhamento tem o objetivo de garantir ausência de


aglomerados de fibras na suspensão fibrosa alimentada à máquina de
papel.

A desagregação desenvolvida em duas etapas torna o processo mais


eficiente energeticamente.

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DESPASTILHADOR

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FIBERIZER

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Outro tipo de desagregador


❖ FIBERIZER, separa impurezas leves, assim como partículas
pesadas presentes na suspensão, além de dissolver aglomerados de
fibras que possam estar presentes.

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DESTINTAMENTO

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É um processo para remover tintas de impressão, pigmentos, etc... das


aparas. Esses contaminantes presentes podem ser classificados como:

✓Contaminantes emulsionados
• Tinta a base de óleo;
• Coating.
✓Contaminantes suspensos
• Tintas insolúveis;
• Fibrilas;
• Carga mineral (caolim, dióxido de titânio, carbonatos etc...)

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✓Contaminantes dissolvidos
•Anilinas;
•Tintas solúveis;
•Sais minerais;
•Produtos Químicos.

Os sistemas de destintamentos podem ser caracterizado


por lavagem, flotação ou sistemas combinados.

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Destintamento por lavagem

O objetivo da lavagem é separar ao máximo os conteúdos


contaminados não desejáveis da massa de aparas, com
um mínimo de perda de fibras possível, sendo este
processo colocado no início para prevenir grandes
mudanças de pH, temperatura e concentração de produtos
químicos.

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Classificação do processo por lavagem

O processo de lavagem pode ser dividido em três grupos e está relacionado


a consistência da massa.
✓ Lavagem da massa com baixa consistência (até 8%)
▪ Filtro engrossador;
▪ Filtro de disco;
▪ Peneiras inclinadas ou side hill.

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Classificação do processo por lavagem

✓ Lavagem da massa com média consistência (8% a 15%)


▪ Rosca desaguadora inclinada;
▪ Filtro de vácuo;

✓ Lavagem da massa com alta consistência (acima de 15%)


▪Rosca desaguadora horizontal.

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Filtro engrossador

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Filtro de disco

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Filtro de disco

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A - água branca
Peneiras inclinadas B – tela
C – massa recuperada
D – filtrado clarificado

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Rosca desaguadora inclinada

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Filtro à vácuo

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Rosca desaguadora horizontal

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

❖ DISPERSOR, separa as
fibras sem danificá-las.
Pode-se ganhar
resistências, sobretudo
de resistência ao rasgo.
Há pouco aumento no
valor do grau de refino.

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

TANQUES E AGITADORES

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

2
Abordaremos à respeito de:

✓ Design dos tanques;


TANQUES ✓ Finalidade dos tanques;
✓ Classificação dos tanques;
✓ Dimensionamento de tanques.

✓ Finalidade dos agitadores;


AGITADORES
✓ Tipos de agitadores;

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TANQUES

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 3

Tanques
✓ Design dos tanques

Como são construídos os tanques da fabricação de papel ?

Em geral, são de azulejo, concreto, ferro fundido ou aço


inoxidável.
Alguns possuem placas de cimento, antiácidos e
camadas protetoras.

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51
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Tanques

E para ser eficiente, quais condições deve apresentar ?

✓ Manter a mesma consistência em todas as partes;


✓Misturar homogeneamente a massa que está entrando com a que está
no tanque, a fim de misturar aditivos e cargas;
✓Reduzir a quantidade de ar preso na massa;
✓Possuir formatos arredondados, evitando-se os angulares;

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Tanques

✓Apresentar paredes lisas e resistentes à corrosão para evitar floculação


ou deposição de massa nas paredes;
✓Ter os extremos dos canais, perto dos agitadores ou na saída de massas
de forma cônica, a fim de evitar estagnação da massa;
✓Apresentar fundo inclinado, sendo essa característica de grande
importância para possibilitar adequada drenagem;

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Tanques

✓Evitar a formação de espuma;


✓Possibilitar fácil esvaziamento e limpeza;
✓Não possuir pontos para acúmulo de lodo;
✓Ter baixo consumo de energia.

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Tanques
E qual a finalidade dos tanques?

✓Armazenar os diversos tipos de massas;


✓Igualar a qualidade de materiais desuniformes;
✓Funcionar como se fosse um pulmão, em serviços intermitentes;
✓Hidratar a massa de papéis velhos;
✓Servir como recipiente para branqueamento da massa;

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022


6
Tanques

✓Servir como unidade de mistura para os diversos componentes de


massa e aditivos.

E qual o tamanho dos tanques?

✓As dimensões variam e vão depender das aplicações; Atualmente, estas


dimensões são projetadas antes, conforme a capacidade produtiva
esperada;
✓Em unidades antigas, os profissionais devem buscar soluções criativas;

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Tanques

✓Para manter movimento da massa e evitar que as fibras se separem da


água decantando, um acessório é importantíssimo:
✓Agitadores, que mantém a massa em constante circulação.

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Tanques
✓ Classificação dos tanques

❖ Tanques Horizontais

❖ Tanque Verticais

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Tanques

❖ Tanques Horizontais – caracterizam-se por possuírem uma grande superfície e baixa


altura das paredes, podendo ser instalados nos subsolos.
São construídos com pouca inclinação do fundo, que resulta em baixa velocidade de
circulação da massa, mas suficiente para evitar a separação entre água e fibras. Também
gera menor consumo de energia.
Esses tanques recebem pás agitadoras com diâmetro 60% menor que a largura do canal e
menor que 1/3 da profundidade da massa.
Os tanques devem ter capacidade suficiente para receber a massa preparada, evitando o
transbordamento e acúmulo de massa na paredes.

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Tanques

Tanque horizontal

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Tanques

Tanque horizontal

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Tanques

❖ Tanques Verticais – ocupam área relativamente pequena, mas com altura


considerável.
Podem ser construídos vários tanques verticais um ao lado do outro, aproveitando-se
assim ao máximo o espaço disponível em diversos arranjos.
Nota: para isso é importante conhecer as características do trabalho a ser realizado. Por
exemplo, consistência da massa e tamanho do tanque.

113

TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Tanques

Quando comparado com os horizontais, os verticais tem maior consumo de energia, isso
devido as hélices que necessitam de maior potência na agitação da massa.
Esses tanques são ótimos para mistura de massa de consistência de até 4,5%. Por esta
razão, estão principalmente nos tanques de mistura e tanques de máquina.

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Tanques

Tanque verticais

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Tanques
Comparação entre tanques verticais e horizontais

Características Tanque vertical Tanque horizontal

Circulação muito boa média

Mistura ótima precária

Consistência (%) 4,5 a 5,5 6,0 a 8,0

Área ocupada restrita ampla

Consumo de energia expressivo pequeno

300 (agitação simples)


Capacidade (m³) 700 (agitação múltipla)
até 700

Esvaziamento completo incompleto

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Tanques
✓ Como esses tanques são denominados?

❖ Tanques receptores de matérias prima bruta, que recebem massa dos


desagregadores (pulper) ou diretamente da fábrica de celulose;

❖ Tanques para massa refinada, que após grau refinação e consistência


controlado são adicionados alguns aditivos.

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Tanques

❖ Tanques de mistura, que recebem diferentes tipos de fibra com aditivos


químicos e corante. Nesses tanques são necessários que se tenha
reguladores de vazão.
Geralmente, são cilindros verticais provido de um agitador vertical. O
movimento gerado acontece do fundo até a parte superior, de forma radial
em todas as direções até as paredes, voltando até o fundo do tanque

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Tanques

❖ Tanques de refugo, recebem massa não apenas de do rolo couch pit


durante as quebras do papel, mas também do polpeador de refugo seco da
calandra e da enroladeira.

❖ Tanques de água branca, recebem toda água recuperada que sobra do


poço, da tela, das prensas, das bombas de vácuo e dos filtros
engrossadores.
É essa água que se usa para diluição da celulose e na desagregação do
refugo, com volume controlado para acerto da consistência.

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Tanques

❖ Tanques de aditivos, geralmente de forma cilíndrica para facilitar a


agitação e diluição dos aditivos.
Construído em aço inoxidável ou mesmo de aço comum, podem possuir
tubulações de água quente ou vapor vivo, para facilitar a diluição desses
aditivos.

❖ Press Pit – Calander Pit, recebem quebras da seção de prensas úmidas,


ou as ocorridas na secagem da máquina de papel.

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Tanques

❖ Couch Pit, é um tanque vertical para estocagem temporário do refugo


úmido da seção de formação da folha. São instalados no subsolo, embaixo do
rolo de sucção.
Também pode ser utilizado para agitar e desagregar papel de quebras, e
então deve ser instalado um eixo transversal com vários agitadores em sua
extensão. A consistência da massa pode chegar a 4%.

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Tanques

Couch Pit

Vista superior do tanque

Vista lateral do tanque

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Tanques

❖ Torre de alta consistência, é um tanque especial de até 2.500 m³ para


armazenamento de massa de alta consistência (aprox. 12%).
Tem como características redução no diâmetro para instalação de um
agitador, e também bombas para circulação da massa.
Essa massa é diluída para aprox. 4,5% próximo a zona de extração.

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Tanques

Torre de alta
consistência

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Tanques
✓ Dimensionamento dos tanques

➢ Os tanques devem ter capacidade mínima de 2,5 vezes da capacidade do


desagregador.
➢Já os tanques de máquina devem ser 10% a mais de capacidade do tanque
de mistura.
➢E os tanques de refugo, devem suportar de 30 a 60 minutos da produção de
papel.

✓ Instrumentos instalados em tanques


➢ Nos tanques podemos encontrar além dos agitadores, indicadores de nível
e os reguladores de consistência.
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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

AGITADORES

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Agitadores
Qual a finalidade dos agitadores?
Além de proporcionar agitação das fibras que estão em suspensão, os
agitadores possibilitam a mistura adequada de diferentes massa, como já
citado.
É através dos agitadores que misturamos melhor os aditivos.

Qual o tamanho ideal de um agitador?


Cada agitador deve ser projetado atendendo a uma série de condições
básicas. Exemplo,:
* tipo de massa; * consistência; * tamanho do tanque

127

TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Agitadores

As pás dos agitadores, durante seu funcionamento não devem girar fora da
massa, e por isso é necessário cuidados em se manter o tanque sempre
com massa constante, um nível acima das pás.
É recomendável a utilização de atuadores que ligam ou desligam as hélices
em função de um nível mínimo.

Outro item importante é o sentido de rotação, bem como o ângulo da hélice


para evitar sobrecarga no motor e assim resultar em bom rendimento.

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Agitadores

Podemos encontrar dois tipos de agitação:

❖ Agitação interna – utilizando-se pás ou hélices.


Estes podem ser horizontais ou verticais.

❖ Agitação externa – utilizando-se bombas centrífugas.

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Agitadores
Agitadores internos

Cubo hélice
e passo ajustável

Turbina

De hélice com 4 pás


Tira de espiral dupla

De múltipla hélice

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Agitadores
Agitadores externos

Bomba centrífuga

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Fotos de Tanques

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Fotos de Tanques

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Fotos de Tanques

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Fotos de Agitador

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

REFINAÇÃO

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Refinação

A refinação é o processo mecânico pelo qual as fibras


celulósicas adquirem características físicas diferenciadas
que melhoram a qualidade do produto final.

Para entender melhor o processo e os efeitos produzidos na


refinação, é muito importante conhecer em que consiste a
nossa matéria prima, a fibra.

137

TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Refinação

Na refinação ocorrem modificações estruturais das fibras tais como


a eliminação da parede primária, a hidratação da fibra e o processo
de fibrilação externa.

Na fabricação do papel, cada produto final (tipo de papel) reúne


várias e diferentes características conforme a especificação do
cliente.

Assim uma dessas características ou propriedade de relevante


importância é a sua resistência.

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Refinação

Neste sentido, a refinação pode ajudar desenvolvendo tal


propriedade.

A resistência final do papel é influenciada principalmente pelo:

✓ Comprimento da fibra;

✓ A ligação entre as fibras.

139

TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Refinação

Microfibrila

Macrofibrila
Micelas
Cadeias de celulose

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Refinação

A etapa de refinação é considerada como “crítica” para uma boa formação


do papel pois promove nas fibras importantes mudanças físico-mecânicas
tal como a flexibilidade, característica muito importante no momento da
formação da folha de papel.

Fibras flexíveis promovem uma maior área de contato interfibras com o


consequente aumento nas resistências do papel.

141

TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 142


Refinação

As propriedades são desenvolvidas a partir da ação


mecânica dos elementos refinadores sobre a polpa. Essa
ação leva a modificações irreversíveis na estrutura da
fibra e são dependentes de vários outros fatores que
fazem parte do processo de refinação tais como:
consistência, pH e temperatura da polpa e outros fatores
relacionados ao tipo de equipamento e os de natureza
intrínsecas da própria fibra a ser refinada.

142

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 143


Refinação

As fibras podem ser consideradas como corpos de


forma cilíndrica e oca. Dependendo do tipo de fibra
(ex:folhosa ou conífera), podem variar a largura, o
diâmetro, a resistência e flexibilidade, e dependendo do
tipo de cozimento a que foram submetidas, variam
também em rigidez e resistência ao tratamento
mecânico.

143

TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 144


Refinação

Traqueído de
lenho rápido

Traqueído de
lenho tardio
Representação esquemática
de uma fibra de madeira.
Traqueídeos de Pinus sp. em corte transversal. MEB 2300x

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 145


Refinação

Então podemos dizer que a função do refino é:

✓ Aumentar as ligações entre fibras;


✓ Minimizar o encurtamento de fibras; e
✓ Minimizar a geração de finos.

Para isto, precisamos de um equipamento


denominado REFINADOR.

145

TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 146


Refinadores

São nestes equipamentos que as fibras celulósicas


desenvolvem características que levam a uma boa formação
da folha de papel.

De forma geral os refinadores consistem em duas partes


bem definidas: um rotor e um estator.

Tanto o rotor como o estator possuem um projeto/desenho


das suas superfícies em alto relevo afim de promover a ação
mecânica nesta etapa.

146

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 147


Refinadores
A polpa celulósica proveniente da Ação Mecânica dos
Discos Refinadores
depuração e lavagem ingressa entre o
rotor e o estator do refinador (ver figura).

Devido à reduzida distância existente entre

ESTATOR
ambas as partes constituintes do

ROTOR
equipamento, as fibras modificam as suas
características morfológicas.

Existem vários tipos de refinadores:

1- Holandesa; 2- Cônicos; e 3- De discos Fibras celulósicas

147

TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 148


Refinadores – tipo Holandesa

Suspensão
Rotor fibrosa
-mais refinada-
Suspensão fibrosa
-menos refinada-

Estator

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 149


Refinadores – tipo Holandesa
O refinador tipo holandesa é um tanque aberto, construído
em alvenaria, madeira ou ferro fundido. Na fabricação de
papéis especiais deve ser de aço inoxidável ou concreto
revestido com azulejos.

Suas lâminas devem ser de metal resistentes à corrosão.

Desvantagem do uso

➢Consumo de energia elevado;

➢Uniformidade deficiente da massa; e

➢Resultados de refino diferente em cada batelada; e

➢Espaço e falta de controle na refinação.


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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 150


Refinadores – tipo Cônico

Estator

Rotor

Estator
Rotor
Estator

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 151


Refinadores – tipo Cônico

O refinador tipo cônico, consiste basicamente de dois


cones (um fixo e um móvel) com lâminas na direção axial,
ou seja, que se dissipa ao longo de um eixo central.

Em uma das extremidades existe um volante que deve


promover movimento longitudinal no rotor, regulando a
distância entre as lâminas do rotor e estator. Isto resulta em
um maior ou menor consumo de energia e também é
através deste que atingimos a grau de refino desejado.

151

TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 152


Refinadores – tipo Cônico
Se faz importante o controle de movimentação do volante,
visto que se os mesmos (rotor e estator) encostarem,
podemos danificar as lâminas, ou ainda ter o travamento
de equipamento com a quebra de lâminas.

Uma maneira de avaliar o grau é através da potência do


motor. Podemos dizer que potência é um parâmetro de
processo. Não é o único, pois temperatura, consistência,
tipo de fibra, interferem diretamente no grau (°SR).

As lâminas tem larguras (2 a 8 mm) e formas


características (duplas ou triplas), retas ou em zig-zag.

152

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 153


Refinadores – tipo Disco
Estator

Rotor

Rotor

Estator

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 154


Refinadores – tipo Disco
O refinador tipo disco, consiste basicamente de dois disco
(um fixo e um móvel) e é largamente utilizado em fábrica de
alta produção.

A diferença básica entre eles além da forma física, é a


eficiência da refinação e a facilidade na produção.

Com uma maior quantidade de fibras podendo ser tratada ao


mesmo tempo, temos um melhor aproveitamento da energia,
reduzindo o consumo por tonelada refinada.

Existem basicamente três tipos de refinadores:

De disco simples, de discos duplos e discos duplos rotativos.

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 155


Refinadores – tipo Disco
❖Refinador de disco simples

O grau de refino é regulado principalmente pela distância


entre dois discos, e cujo controle pode ser manual ou
hidráulico, o que possibilita maior precisão.
❖Refinador de disco duplos

Podemos dizer que este é a soma de dois refinadores


simples, sendo um disco rotativo e dois estacionários.
❖Refinador de discos duplos rotativos

Neste tipo de equipamento os discos rotativos giram em


sentido oposto. Utilizado somente em fábricas de papel
imprensa.
155

TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 156


Refinadores - Vantagens
✓Ocupa pouco espaço;

✓Tem menor custo operacional;

✓Curto tempo para troca de guarnição;

✓Menor consumo de energia;

✓Melhor tratamento à massa (corte, hidratação ou


fibrilamento); e

✓Versatilidade dentro do arranjo do preparo de massa.

Os refinadores precisam ser alimentados por bombas do tipo


centrífugas para maior aproveitamento do equipamento e
formar um colchão de massa entre as lâminas.
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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 157


Refinação

Quais os efeitos da refinação sobre o papel formado ?

✓ aumento na resistência à tração;

✓ aumento da resistência ao arrebentamento;

✓ redução da opacidade (papel fica translúcido);

✓ redução da espessura;

✓ redução a estabilidade dimensional; e

✓ aumento da lisura.

157

TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 158


Refinação
E o que acontece com a fibra durante a refinação?

➢Inchamento da fibra;

Com as fibras secas, estas tendem a ser mais rígidas, e


quando úmidas são bem flexíveis.

➢Hidratação da pasta;

Esse processo se faz pela fixação da água por pontes de


hidrogênio, o que provoca grande dificuldade da fibra soltar
a água absorvida;

158

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30/11/2022

TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 159


Refinação
➢Fibrilação;

Com o efeito da ação mecânica, as fibrilas internas se


desprendem e tomam o espaço uma das outras, criando
novas ponte de hidrogênio, resultando em fibras mais
flexíveis.

➢Drenabilidade;

Pastas refinadas dificultam a passagem da água, e este


efeito serve para medir o grau de refino.

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 160


Refinação
➢Corte da fibra;

Neste processo devemos tomar cuidado se estaremos


refinando ou provocando o corte da fibra. O corte muitas
vezes pode ser necessário, quando por exemplo
queremos aumentar a densidade da folha. Fibras
cortadas aumentam a propriedade de resistência.

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 161


Refinação
Quais os fatores que influenciam na refinação?
1. potência da refinação;

2. tipo de fibra;

3. processo de obtenção da polpa;

4. consistência da polpa;

5. vazão e pressão da alimentação;

6. consumo de energia e pressão específica;

7. pH da polpa e eletrólitos;

8. temperatura da polpa;

9. viscosidade da fibra;
161

Refinação
TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 162

Quais os fatores que influenciam na refinação?


10. tempo da refinação;

11. direção do fluxo;

12. velocidade;

13. dimensionamento das lâminas;

14. arranjo e fluxo dos refinadores;

15. inclinação das lâminas;

16. intersecção das lâminas – efeito tesoura;

17. fechamento entre as lâminas; e

18. natureza das guarnições


162

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 163


Refinação
Então vamos citar e descrever os mais importantes.

➢Tipo de fibra

Para cada tipo de fibra e papel a ser

fabricado teremos um grau de refino

(°SR) necessário, bem como utilizaremos

determinada potência. Por exemplo,

se tivermos um refinador convencional,

a potência necessária aplicada para

fibra curta será uma e para a fibra longa

será outra.

163

TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 164


Refinação
➢Processo de obtenção da polpa

Os efeitos do cozimento sobre as propriedades físico-químicas das


fibras também refletem diretamente no refino e nas características da
polpa.

A influência das operações de cozimento e branqueamento sobre o


refino estará condicionada à eliminação da lignina e das
hemiceluloses e à degradação sofrida pelos hidratos de carbono

que permanecem na polpa.

Como o conteúdo de lignina na polpa obtida

ao sulfato é maior do que a do processo de

sulfito, a refinação é mais dificultosa.

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 165


Refinação
➢Consistência da polpa

Em consistências de 2,5 a 4,9 %, podemos verificar que quase


não há alterações no desenvolvimento das resistências.

É afirmativo que em polpas proveniente do eucalipto, até 6,5%


de consistência não exista nenhuma influência.

Devemos tomar cuidado em não se trabalhar com baixas


consistências, pois isso acarretará em desgaste das lâminas e
favorece à ação de corte da fibra.

Em alguns casos especiais, pode-se refinar polpa 20 a 40% de


consistência, porém as fibras ficam grudadas, onduladas e
torcidas.
165

TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 166


Refinação

➢Vazão e pressão da alimentação

Os refinadores cônicos assim como os a disco sofrem


restrições para a passagem da polpa e é por isso que a
alimentação forçada é feita através de bombas centrífugas.

Mais uma vez é preciso ter cuidado com a consistência. O


ideal é trabalhar de 5 a 6% e pressão de entrada de no
mínimo 2,5kgf/cm².

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 167


Refinação
➢Consumo de energia e pressão específica

A pressão específica ou potência aplicada por área de


refinação quer dizer o quanto os discos estão próximos.

Em altas pressões específicas temos aumento no grau de


refino, o que poderá comprometer a qualidade da massa,
resultando em corte ou até mesmo formação de finos.

Já a baixa pressão proporciona refinação mais suave e


aumenta o grau de refino de forma gradual, mantém o
comprimento das fibras com efeito de hidratação e
fibrilação.
167

TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 168


Refinação
➢pH da polpa e eletrólitos

Durante a produção do papel, na tela formadora, temos


quantidade de eletrólitos na água em suspensão e como esta
água volta para o sistema, seja para a desagregação seja para
diluição, isto pode modificar e influenciar no refino e
consequentemente nas características físicas do papel.

Além disso, também são adicionados químicos, também


chamados de aditivos, como sulfato de alumínio, corantes,
agentes antiespumantes, inibidores e outros.

168

84
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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 169


Refinação
➢Temperatura da polpa

Sendo a refinação um processo mecânico, o mesmo acaba


gerando energia e esta energia se transformando em
energia térmica. Esta temperatura pode influenciar nas
propriedades da polpa.

O ideal é que não se ultrapasse a 40°C para não influenciar


no produto final.

Temperaturas altas reduz a fibrilação.

169

TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 170


Refinação
➢Viscosidade da fibra

Podemos relacionar os valores de viscosidade com as propriedades


físicas de rasgo e tração.

Quanto menor o valor de viscosidade da fibra menor será o resultado


de resistência ao rasgo e a tração.

Já com valores mais baixos de viscosidade o tempo de refino é menor,


ou seja,

é mais fácil

atingir

valores de

°SR.

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 171


Refinação
➢Duração da refinação

Se a polpa for refinada de forma controlada é possível


garantir que as resistências físicas especificadas sejam
atendidas.

O tempo de refinação é importante e deve ser bem


controlado.

➢Direção do fluxo

A direção do fluxo de pasta relacionado com as lâminas e


tem um importante efeito sobre o refino, devendo este ser
perpendicular às lâminas.

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 172


Refinação
➢Velocidade
A ação do refino é realizada na interseção das bordas das barras do refinador.

A velocidade relativa existente entre as guarnições apresenta grande influência


sobre o efeito de refino.

Assim se tem comprovado que nos refinadores de disco, para velocidades


tangenciais na borda do disco inferior a 20m/s a ação predominante será de corte,
acima de 25m/s o efeito preponderante será a fibrilação, e entre ambas se produzirá
um efeito misto.

Por essa razão é importante se determinar o número de barras e definir polegadas


em contato por minuto (IC/M).

Logo uma refinação com um alto IC/M normalmente promoverá um refino de baixa
intensidade por polegada de corte com maior fibrilação.

E em uma refinação com baixo IC/M normalmente promoverá um refino de alta


intensidade com maior ação de corte das fibras.
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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 173


Refinação
➢Dimensão das lâminas
A largura das lâminas afeta o resultado da operação; lâminas largas
favorecem a hidratação e a fibrilação, enquanto que as estreitas tem
tendência a cortar as fibras. Quando falamos em conjunto de lâminas,
uma redução na largura da lâmina proporcionará uma maior
quantidade de lâmina por área o que ocasionará uma distribuição da
energia específica, prevalecendo a hidratação e a fibrilação.
O espaçamento mínimo é limitado pelo entupimento das fendas.

Disco B – maior fator de rasgo e arrebentamento


(figura 12 da apostila)

173

TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 174


Refinação
Características da Guarnição

ANGULO ESPESSURA/CANAL DAS LAMINAS

10° Maior Hidratação 5 mm Fibra Longa


Fibrilação Corte

7°30” 4 mm

0 Maior Corte
Fibra Curta
° 3 mm Hidratação

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 175


Refinação
➢Arranjo e fluxo dos refinadores

Os refinadores podem trabalhar, com disposições em série ou em


paralelo.

O arranjo em série apresenta as seguintes vantagens:

☺ Pressão específica pode ser baixa uma vez que as fibras passarão
por mais de um refinador;

☺ O grau de refino poderá ser melhor controlado, uma vez que se


pode ajustar e manter os refinadores trabalhando em condições
semelhantes;

☺ Recomendado para quando se desejam altos graus de refinação.

175

TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 176


Refinação
➢Arranjo e fluxo dos refinadores
Como desvantagens do sistema em série, podemos destacar:
 Aumento de temperatura gradual ao passar por cada refinador pode
levar a aumentos de temperaturas indesejadas;
 Não recomendados para baixos graus de refino e grandes
produções.

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 177


Refinação
➢Arranjo e fluxo dos refinadores
Os sistemas em paralelo por sua vez apresenta as
seguintes vantagens:
☺ Maior facilidade de controle das pressões de entrada e
saída do refinador;
☺ Pela vazão ser menor e dividida, há uma maior retenção
de massa nos discos;
☺ Recomendado para grandes produções e baixos graus de
hidratação.

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 178


Refinação
➢Arranjo e fluxo dos refinadores
Já as desvantagens para os sistemas em paralelo são:
 Alimentação exige controle na divisão igual do fluxo pelas
linhas;
 Requer maior pressão específica.

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 179


Refinação
➢Natureza das guarnições
Geralmente as lâminas são de aço inoxidável ou aço
carbono e elas não são tratadas termicamente. Sua dureza
é obtida por compactação progressiva a frio, isto permite
produzir lâminas a partir de 2 mm de espessura.
Para termos um bom rendimento na refinação, os materiais
de construção das lâminas devem possuir um determinado
teor de dureza e apresentar desgaste constante sem a
formação de rebarbas ou arredondamento das arestas de
trabalho.

179

TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 180


Refinação
MONITORAMENTO DA REFINAÇÃO

O parâmetro que nos permite comparar o grau de refinação


entre uma polpa e outra é conhecido como grau Schopper
Riegler, simbolizado como oSR.

O grau Schopper Riegler é uma medida direta da quantidade


de líquido que atravessa uma peneira padronizada.

Indiretamente é uma medida da quantidade de água retida


pelas fibras na polpa.

Quanto menor for o volume de líquido drenado (alto oSR) maior


será o grau de refinação e vice-versa.

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 181


Refinação
Uma suspensão fibrosa de 2 g/L é colocada num
recipiente para depois escoar através de uma tela
de malha fina, onde se depositará o material
fibroso.

A água drenada dirige-se para um funil que


possui na sua parte inferior dois orifícios
calibrados.

O volume de água que sai pelo orifício lateral é


acumulado num copo especialmente graduado
onde 0 oSR = 1000 mL e 100 oSR = 0 mL e cada
1oSR equivale a 10 mL.

181

TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 182


Refinação
Outra forma de expressar o grau de refinação é
conhecido como CSF (Canadian Standard Freenes).
Este tipo de leitura é mais utilizada em processos do tipo
PAR e em países do hemisfério Norte (Canadá,
Finlândia, etc), sendo uma medição indireta da
quantidade de água liberada pela polpa.

O equipamento utilizado também possui um copo


especialmente graduado porém mantém uma relação
inversa com o grau Schopper Riegler, isto é, valores
altos de oSR corresponderão sempre a baixos valores
CSF. Assim uma polpa muito refinada terá baixo CSF.

Isto pode ser observado em uma tabela de conversão


de CSF para °SR.

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 183


Refinação

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022 184


Refinação
➢Então para finalizar, podemos dizer que:
Os principais fatores que são afetados pela refinação e que
é desejável que as fibras apresentem são:
• ganho de flexibilidade durante o refino;
• colaps das fibras, o que contribui para aumentar a área de
ligação entre elas;
• conformação e resistência à folha;
• fibrilação das fibras durante a refinação, também para
aumentar a resistência da folha; e
•minimização do corte das fibras.

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

ADITIVOS DO FABRICAÇÃO DE PAPEL

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Aditivos

Diversos são os aditivos utilizados na fabricação de papel.

Tudo dependerá de qual produtos estamos produzindo na


enroladeira da máquina de papel.

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Soda cáustica
A soda cáustica (NaOH) como comentado em aulas anteriores é
utilizada pela maioria das produtoras de papel para desagregação de
fibras primárias e secundárias.

Esse produto auxilia na hidratação da fibra (inchamento) e no


controle de demanda iônica.

Com a fibra mais hidratada temos a facilidade no processo de


refinação e redução no consumo de energia.

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Alvejante
A celulose fibra curta ou fibra longa obtida no processo de
branqueamento, ou seja, uma celulose “branca” ela traz consigo o
aspecto “amarelado” devido a não extração total da lignina.

Para a produção de papéis brancos necessitamos para dar o efeito


de mais branco e para isso requer o uso de alvejante, que traz maior
alvura, um aspecto de maior luminosidade.

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Matizantes

Ainda neste processo de produção de papéis brancos, outros


aditivos fazem parte da receita, como matizantes.

O que você acha que é Matizante?

Os matizantes são corantes que ajudam no efeito de maior brancura


no papel.
Geralmente os mais utilizados são vermelho e violeta.

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Corantes e Pigmentos

Os corantes são aditivos utilizados na massa para colorir o papel na


cor desejada.
Pode ser utilizado sozinho ou em combinações.
Por exemplo, para a produção de papéis verde, são utilizados os
corantes amarelo e azul, ao invés do verde diretamente.

Você saberia explicar o porquê?

E para produzir um papel rosa, qual cor de corante você usaria?

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Pigmentos

Os pigmentos são aditivos comercializados na forma de


pó que dão a coloração desejada ao papel.

Mas qual a diferença entre o corante e o pigmento?

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Carga mineral

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

A incorporação de cargas minerais no papel é uma prática comum


há muitos anos.
Este grupo de materiais é formado principalmente por materiais
inorgânicos.
São componentes muito importantes em muito tipo de papéis.
Dependendo do tipo de carga e da quantidade adicionada ao papel,
estes materiais podem melhorar as propriedades ópticas, físicas e
estéticas da folha acabada.

193

TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Hoje em dia, a prática de utilização de cargas está baseada na escolha de


materiais que podem fornecer baixo custo e melhorias de qualidade.

Como cargas são adicionadas ao papel em quantidades que


podem variar entre 3 e 30%, sendo a faixa mais comum entre 10 e 20%,visando
o desempenho de diferentes funções.
A escolha do tipo de carga ou da mistura de cargas a ser usada depende das
propriedades específicas desejadas.

Qual o impacto negativo a carga


mineral pode trazer ao papel?

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Embora as cargas sejam usadas em muitos tipos de papel, a sua


maior utilização é em papéis de imprimir e escrever.
As cargas podem contribuir com as seguintes propriedades:

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

No processo de impressão gráfico os benefícios são devido a:

196

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

- Melhoria da estabilidade dimensional (a maioria das cargas não são


higroscópicas como as fibras).
- Redução de custos pela substituição de fibras que são mais caras
por cargas que, de forma geral, tem menor custo.
- Como propriedades conferidas ao papel pelas cargas dependem
principalmente de dois fatores:

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

- De forma geral, não utilizamos cargas minerais, em produtos que


necessitem de resistência às dobras e rigidez, como nos cartões.
- Nos cartões, para garantir uma melhor qualidade de impressão
("printabilidade"), é aplicada carga de forma superficial, através de
tintas couché.

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

- Principais cargas minerais utilizadas na fabricação de papel:

O carbonato de cálcio tem a mesma alvura do dióxido de titânio,


índice de refração entre o caulim e o dióxido de titânio, e custo
comparável ao caulim, portanto é muito conveniente como material
de carga.

199

TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

A forma como cargas são incorporadas ao papel variam de máquina


para máquina.
O comportamento da carga depende das condições da massa:

200

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Propriedades das principais cargas minerais


utilizadas na fabricação de papel:

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Carga mineral – Carbonato de cálcio


Até o ano 2000, o caulim foi a principal carga mineral utilizada nas grandes
produtoras de papéis branco, pois pode ser utilizado em pH ácido, ao contrário do
carbonato de cálcio que se decompõe nesta condição.

Apesar de poder ser utilizado também em pH alcalino, o caulim tem alvura e outras
características inferiores comparativamente ao carbonato de cálcio, sendo
substituído.
O caulim continua sendo utilizado mas principalmente
em tintas para papéis couché, pois em função de
suas partículas ser laminares, proporcionam maior brilho
ao papel revestido .

202

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Carga mineral - Caulim


Até o ano 2000, o caulim foi a principal carga mineral utilizada nas grandes
produtoras de papéis branco, pois pode ser utilizado em pH ácido, ao contrário do
carbonato de cálcio que se decompõe nesta condição.

Apesar de poder ser utilizado também em pH alcalino, o caulim tem alvura e outras
características inferiores comparativamente ao carbonato de cálcio, sendo
substituído.
O caulim continua sendo utilizado mas principalmente
em tintas para papéis couché, pois em função de
suas partículas ser laminares, proporcionam maior brilho
ao papel revestido .

203

TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Amido Definição e propriedades

Os Amidos e gomas foram adicionados à massa de papel quase que desde o


surgimento da fabricação de papel.

O objetivo é melhorar as características finais da folha.


As principais propriedades que podem ser melhoradas são:
Resistência ao estouro
•Resistência à tração
•Printabilidade
•Resistência das ligações internas
•Rigidez

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Amido é uma substância branca, encontrada na maioria das


plantas, particularmente em sementes (milho, arroz, trigo, etc.) e
em várias raízes ou tubérculos (batata, mandioca, etc.).
O amido é armazenado nas plantas na forma de grânulos.

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Amido Composição

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Massa - Amidos Modificados

Os efeitos do amido catiônico no desempenho global da máquina pode ser


substanciais:
• melhora a drenagem (retirada da água da folha na formação);
• melhora a retenção pois como as fibras e cargas minerais são 'grudadas',
floculadas umas as outras, fica mais fácil retê-las (imagem ao lado);
• aumentar o teor de sólidos nas prensas;
• como resultado obtém-se:
• o aumento da velocidade da máquina;
• melhoria no andamento da máquina.

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Colagem Interna - Definição e características


A colagem interna do papel não é exatamente o que o
termo nos induz a entender.
A colagem do papel tem por função a redução de
absorção de água (ou tinta) pelo papel ou cartão,
através da utilização de aditivos
químicos (chamados de colas pelos papeleiros),
melhorando a qualidade da impressão, pois a tinta
para absorvida pelo papel vai gerar uma mancha,
reduzindo a nitidez da impressão.
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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Quais as características para ser um bom agente de colagem?

Além destes cinco critérios é também desejável que o agente de colagem


não apresente efeitos adversos no processo de fabricação de papel.

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Cola ASA: anidrido de alquenil succínico


O anidrido de alquenil succínico (ASA) é uma cola sintética muito
usada no processo alcalino de fabricação de papel, pois pode ser
utilizado em uma faixa de pH entre 4,5 e 9.

A cola ASA tem sido preferida em muitas aplicações devido à sua


maior reatividade, o que produz alta colagem na máquina (>80% da
colagem total).

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Cola AKD: dímero de alquil ceteno


A reação entre o AKD e a celulose é muito lenta.
O tratamento com calor é essencial para a colagem com AKD.
Uma das funções do aquecimento é aumentar o difusão e a
migração da cola sobre a superfície da fibra e com isso melhorando
a distribuição da cola.

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

Cola de breu
Este foi o primeiro aditivo de colagem interna inventado. Foi utilizado
universalmente por cerca de 200 anos.
Breu é uma mistura complexa de substâncias resinosas que ocorrem no óleo-
resinas naturais de coníferas.
O óleo-resina é o material exsudado das coníferas, quando sua cascata é
rompida e o tecido interno da madeira é exposto.

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TECNOLOGIA DO PREPARO DE MASSA – 1º SEMESTRE 2022

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